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Esporte e lazer na praia: o desenho como ferramenta e o movimento na orla dos Ingleses

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Academic year: 2021

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(1)

O DESENHO COMO FERRAMENTA DEAPROPRIACAO E MOVIMENTO NA ORLA DOS INGLESES

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:

ANA CAROLINA BLEYER BAZZO

ORIENTAÇÃO:

AMERICO ISHIDA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

MARÇO.2016 FLORIANÓPOLIS-SC

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INTENÇÃO

O distrito dos Ingleses do Rio Vermelho possui uma comunidade multicultural e diversificada. Gente do interior do estado, de São Paulo, Porto Alegre, os “gringos”, descendentes dos primeiros habitantes; idosos, jovens, crianças; o pobre e o rico. Não há como traçar um perfil do morador, não há como querer impor a preservação de uma cultura que não tem mais força para ser assimilada. Mesmo com a consciência que os Ingleses gera arrepios em urbanistas e ambientalistas, nunca houve a intenção de listar problemáticas e corrigi-las. Aliás, não é necessário ser especialista para entender tamanha desordem. No entanto, meu olhar e minha intenção fogem desse paradigma, gosto de projetos alegres. E defino o ponto de partida como sendo potencialidades. Mesmo que eu perca a humildade e tente corrigir alguns problemas, isso é encarado como um meio, não objetivo.

Adoro a arquitetura festiva, sempre me encantei por imagens de pessoas festando, sorrindo, pulando, dançando, praticando esporte. Aqueles em que chega a luz do sol e a noite se enche de luzes coloridas e vida boêmia. É possível até escutar uma trilha sonora só de olhar. Mas não é qualquer trabalho que consegue transmitir isso, mas aqueles em que se tem a certeza de que essa vida seria possível. E esse é o objetivo que gostaria de atingir nesse projeto

“Eu acredito que uma cidade de sucesso é como uma festa incrível. As pessoas ficam porque estão se divertindo” Amanda Burden Ex-diretora do Departamento de Planejamento Urbano de Nova York ao falar de espaços públicos em uma palestra em Março de 2014.

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JUSTIFICATIVA

O principal motivo para a escolha desta área como tema do Trabalho de Conclusão de Curso é por ter crescido no distrito. Assim como muitos que passam por esse momento, temos vontade retribuir o acolhimento e boas lembranças com o que está ao nosso alcance. Sendo assim, me pus a caminhar e olhar por dias, meses, relembrando a minha infância, do meu amor por ver a água do mar todos os dias, de todas as brincadeiras na rua e na praia.

Pensando na qualidade de vida de seus moradores, o projeto foca em oferecer equipamentos para prática esportiva e lazer a beira mar. Atividades acessíveis a pessoas de diversas localidades, culturas, faixas etárias e níveis sócio econômicos.

Após uma análise da área, podemos perceber que devido à falta de estrutura, a praia dos Ingleses não oferece condição de permanência a quem reside distante da Orla, ou visitantes eventuais da praia. Se não consumir em um bar ou restaurante, as pessoas ficam sem acesso a banheiros. Além de não existir vestiários, guarda volumes nem chuveiros.

O lugar onde se nasceu e se criou, percebido por muitos como um aconchego e ponto de segurança inigualável, se expõe como o próprio lar de cada um de nó, deixando-nos muito à vontade, pois conhecemos cada um de seus cantinhos e sua rede Labirintos[...] O fato é que não nos perdemos no lugar onde nascemos, e sabemos também que ali teremos socorro no caso de necessidade. É o sentimento de pertença! A FONTE É A INTRODUÇÃO DO LIVRO QUE TA C VC haha

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LOCALIZAÇÃO

A área da implantação do projeto localiza- se na orla da praia dos Ingleses, no distrito de Ingleses do Rio Vermelho, situado na porção norte/nordeste da Ilha de Santa Catarina, município de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, Brasil.

MAPA DA LOCALIZAÇÃO DE SANTA CATARINA NO BRASIL MAPA DA LOCALIZAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS EM SANTA CATARINA MAPA DA LOCALIZAÇÃO DO DISTRITO INGLESES DO RIO VERMELHO EM FLORIANÓPOLIS MAPA DA DA LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO NO DISTRITO DO RIO VERMELHO

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INGLESES DO

RIO VERMELHO

Localizada na capital de Santa Catarina, a ilha foi dividida em 12 distritos, sendo Ingleses do Rio Vermelho o segundo mais populoso, com aproximadamente 50 mil habitantes - ficando apenas o Centro na frente. A extensão do distrito é de, aproximadamente, 20,50km² e faz limite com os distritos de Cachoeira do Bom Jesus e São João do Rio Vermelho.

Não se sabe ao certo a origem do nome do bairro Ingleses do Rio Vermelho. Uma das suposições mais aceitas pela população, é de um suspeito naufrágio de um navio inglês, entre 1683 e 1737. Já a versão menos provável, porém que alguns moradores antigos afirmam, é que a tripulação desse navio tinha algum grau de parentesco com a rainha Ana da Inglaterra. A última das suposições é que o nome surgiu em homenagem a companhia inglesa de exploração de óleo de baleia localizada nas redondezas. O que pode se afirmar é que “Rio Vermelho” se refere a região, por muito tempo, ter pertencido à freguesia de São João Batista do Rio Vermelho.

É um distrito que já foi reconhecido como uma freguesia agrícola e pesqueira, atividades tipicamente açorianas. Contudo, as transformações que ocorreram na região, sejam elas de ordem geográfica, social ou cultural, alteraram significativamente o modo de vida na região. São transformações de população residente, de uso do solo, turismo e cultura. De comunidade isolada até os anos 1970, Ingleses do Rio Vermelho é hoje um dos Distritos mais populosos e um dos polos turísticos sazonais mais frequentados da cidade de Florianópolis.

Faz limite com os distritos de Cachoeira do Bom Jesus e São João do Rio Vermelho. Localizado aproximadamente 33Km do centro de Florianópolis. Os principais acessos rodoviários são pela SC-401, e depois pela SC-403. Ingleses é um dos balneários com a maior infraestrutura urbana da região, com a maior população residente, superior a 25 mil habitantes fixos, porém, durante os meses de férias e veraneio, a população chega a dobrar.

INGLESES NORTE INGLESES CENTRO INGLESES SUL SANTINHO

DUNAS DOS INGLESES CAPIVARI

N

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PAISAGEM NATURAL

Seu espaço físico é o resultado da consolidação do processo geológico e geomorfológico que formou a ilha no seu todo e, em especial, resultou da ligação natural de algumas ilhas, que podem ser identificadas hoje como os Morros dos Ingleses e das Aranhas, com a parte norte, no seu lado leste, do maciço norte central da ilha (Morro do Maurício e da feiticeira). Desse jeito, formou-se a imensa planície composta por dunas e restingas, a qual, em parte, permitiu o assentamento de uma comunidade, hoje, acima dos 30.000 habitantes.

No lado sudeste da praia dos Ingleses está o morro dos ingleses com a altitude de 195 m, culminando com a ponta dos Ingleses, ao norte da qual estão as ilhas Matafome e Moleque do Norte. À leste do morro dos Ingleses está a ilha do Badejo. Já o extremo sul do distrito está limitado pelo morro das Aranhas, ou Leandra, com 225m de altitude, confrontando com o distrito de São Joao do Rio vermelho. Ao Leste daquele acidente geográfico estão as ilhas das Aranhas Grande e Pequena. O Morro dos Canudos que termina na ponta da Feiticeira, a noroeste, faz a divisão com Ponta das Canas e ao extremo norte com a Praia Brava. O Morro do Maurício que faz divisa com a Vargem Grande e Cachoeira do Bom Jesus, é um dos principais acessos ao distrito, através da SC 403. Entre os morros dos Ingleses e das Aranhas encontra-se a praia do Santinho, antiga praia das Aranhas, denominação do século XVII.

No mundo das águas vale também registrar a existência do Aquífero dos Ingleses. Esse importante reservatório subterrâneo de água vem sendo objeto de recentes e aprofundados estudos. Sua importância como reserva hídrica potável é fundamental para o futuro abastecimento da população insular e deve merecer, desde já, atenção redobrada, pois a ocupação da região tem sido intensa, podendo vir a criar condições de insalubridade comprometedoras para as águas acumuladas pela natureza ao longo de milhares de anos. Nesse sentido, a rede de tratamento de esgoto de ingleses

deve, o mais urgente possível, se estender por toda a área.

N

ESC 1:50000 MATA ATLÂNTICA DUNAS

RIOS E CÓRREGOS RESTINGA

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MORADIA DE VERANEIO MORADIA PERMANENTE

CASAS DE VERANEIO X PERMANENTES

N

ESC 1:50000 Na orla dos Ingleses, assim como ocorre em outras

praias em Florianópolis, predominam as moradias de veraneio, normalmente apartamentos utilizados somente durante a temporada de verão, pelos proprietários ou por locatários. Por essa razão, os moradores do bairro muitas vezes moram mais distantes da praia e por falta de infraestrutura não usufruem de uma permanência prolongada.

Essa análise presente no mapa é uma observação pessoal que permite concluir que na orla dos Ingleses, assim como ocorre em outras praias em Florianópolis, predominam as moradias de veraneio, normalmente apartamentos utilizados somente durante a temporada de verão, pelos proprietários ou por locatários. Por essa razão, os moradores do bairro em sua maioria moram mais distantes da praia.

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SÓCIOECONÔMICO

O distrito desde o início de sua urbanização começou a perder sua identidade cultural, causada principalmente pela migração de moradores, vindos de diversas culturas e não tiveram interesse em incorporar novos costumes e tradições, fazendo com que ao longo do tempo perdessem a forca até que as mesmas acabassem. Na área em estudo percebe se que as construções originais foram substituídas por modernas, mantendo apenas a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, reconstruída na década de 60, que perdeu seu papel como centralidade, ponto de encontro, devido ao adensamento de seu entorno e a perda da sua relação com o mar.

A principal atividade a partir de 1930, a pesca, com o auge na década de 40 e 50, como já foi citado. Com caráter essencialmente artesanal, praticado por homens, já algumas mulheres confeccionavam as redes para a pesca. A tainha era, a principal pesca de safra, nesta época toda a comunidade era envolvida, desde crianças à idosos. Os ranchos, aproximadamente 40, eram construções simples para guardar as embarcações, feitos de pau-a-pique e cobertura de palha e em épocas de safra eram monta¬dos ranchos extras ao longo da orla, local onde os pescadores ficavam à espera do cardume. A pesca, uma das atividades que mais representava a comunidade, que envolvia a todos os moradores, atualmente está em declínio e tende a

desaparecer.

Atualmente os ranchos permanentes que restaramW, são feitos de madeira e dos fixos, localizados em áreas de preservação.

Hoje com a falta de incentivo do poder público e falta de locais adequados para a ocorrência dessas atividades pouco resta destes costumes e tradições.

A economia local, hoje baseada no setor imobiliário, comercio e na prestação de serviços, incluindo o turismo como atividade forte e crescente, esteve, por longas décadas, pautada na pesca e na agricultura, restando

muito pouco para outras atividades produtivas (mobiliário, cestaria, redes, fabricação de canoas e apetrechos

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FORMAÇÃO DO

ESPAÇO CONSTRUÍDO

Em

1938

, uma das principais bases para a economia local era a agricultura que ocupava quase toda a área do distrito. As áreas de planície eram grandes roças, nas planícies interdunares existiam roças de mandioca, amendoim e outros cultivos. Os morros também eram tomados por plantações, além de serem fonte de madeira, também utilizadas como lenha. Haviam poucos moradores, suas residências se localizavam Companhas/Aranhas e no Sítio do Capivari, ao longo das Estradas Gerais, que de um modo geral eram pouco largas e modestas. A estrada do Sítio do Capivari ligava ao Rio Vermelho, já a ligação entre a estrada que passava pelo Morro do Maurício, vinda da Cachoeira do Bom Jesus e a estrada que ia das Companhas até o final das Aranhas até a data não existia.

Entre os morros dos Ingleses e das Aranhas está a famosa praia do Santinho, denominação derivada de uma figura gravada pelos índios (inscrição rupestre) em uma rocha na base da ponta sul do morro dos Ingleses, portanto junto à porção norte da dita praia, e extraída do local nos anos 40. A figura foi tomada pela população local como expressão de divindade, sendo então batizada de santinho.

O bairro se desenvolveu junto ao templo católico à beira mar, Igreja Sagrado Coração de Jesus, local denominado por Companhas e desenvolvido por açorianos e seus descendentes. A população era formada por famílias de

pescadores-agricultores, sendo a pesca artesanal a principal atividade local. Havia também uma significativa produção de farinha nos engenhos, onde a economia girava em torno da subsistência e dos sistemas de trocas, com alguma comercialização do excedente.

Em relação aos espaços públicos, assim como outras freguesias, existia a igreja e a praça em frente que funcionavam como uma centralidade, por ser um ponto de encontro para toda a população é nela que se desenvolvia os eventos mais importantes para a comunidade. Esse ambiente tinha uma relação direta com a praia, a qual era um local de trabalho, devida a sua importância com atividade pesqueira, ou como caminho para acessar outras partes do distrito, não possuindo qualquer característica de local de lazer.

O distrito tinha caráter rural, com baixa densidade, sem nenhuma infraestrutura (agua, esgoto e energia) com vias estreitas e precárias. A ocupação se deu de maneira linear e irregular, acompanhando o desenho das Estradas Gerais, nas quais cada propriedade tinha seu pomar e sua roça, em algumas existiam engenhos de farinha. A malha viária era fragmentada, tanto nas conexões entre os núcleos Companhas/ Aranhas e Sítio do Capivari, como com o Centro de Florianópolis, que não existia uma conexão viária direta, mantendo assim o caráter de um local isolado do resto da Ilha.

MANCHA URBANA EM 1938 MANCHA URBANA EM 1957

N

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FORMAÇÃO DO

ESPAÇO CONSTRUÍDO

Em

1957

houve uma ampliação da área ocupada pela agricultura sentido aos morros, isso se deu ao crescimento da população e a consequente demanda, e ao desenvolvimento das Estradas Gerais. Mesmo com essas mudanças as características foram mantidas.

Vinte anos depois, percebe-se uma significativa presença da atividade agrícola no distrito, porém, estava começando a entrar em declínio, levando assim alguns anos depois ao inicio da recomposição da vegetação das áreas de morro. Nesta mesma época houve a construção da rodovia SC 403, que se liga à rodovia SC 401 ligando o Norte da Ilha ao centro, o contato e as trocas com a cidade urbanizada foram facilitados, além das trocas internas através da ligação entre as Estradas Gerais que conectou as centralidades do distrito. A partir daí ocorreram as principais mudanças físico-espaciais, como a ampliação e melhorias do sistema viário, implantação dos sistemas urbanos, início dos loteamentos, construção das segundas residências e mudanças de centralidade.

Neste período começa o crescimento urbano do distrito por meio do parcelamento simples, com um crescimento espontâneo e não planejado, aproveitando os caminhos coloniais e o parcelamento das

propriedades rurais preexistentes, podendo ser formais e irregulares. Percebe se que o sistema viário como consequência deste tipo de parcelamento e dos próximos, se desenvolve no formato espinha de peixe reforçando o “o antigo caminho estruturando crescimentos marginais surgidos do parcelamento dos lotes coloniais” dividindo as grandes propriedades em pequenos lotes de ocupações lineares, continuas e ignorando a topografia. Este parcelamento gerou grandes impactos ambientais, por exemplo, a ligação entre a estrada geral dos Ingleses e a estrada geral das Companhas/ Aranhas que acabou com a relação entre as dunas e o mar, gerando danos ao ambiente e à paisagem. Esta ligação foi uma das mudanças mais significativas do período, nesta mesma época iniciou-se a ocupação das áreas junto ao mar.

A centralidade das Companhas para o atual Centrinho, redirecionada com a chegada da rodovia SC 403 no distrito, tornando se a porta de entrada para o balneário, num momento que ele havia se tornado um grande atrativo de área de lazer na Ilha, que antes era conhecido como uma vila de pescadores-agricultores em área urbana e turística.

MANCHA URBANA EM 1977 MANCHA URBANA EM 1994

N

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FORMAÇÃO DO

ESPAÇO CONSTRUÍDO

Em

1994

a consolidação da ocupação e organização espacial e funcional, seguindo o parcelamento simples, juntamente com o adensamento resultado do crescimento populacional, culminou no fim da atividade agrícola como consequente regeneração da mata dos morros. A implantação da rua das Gaivotas, a construção de novos empreendimentos de grande porte, residenciais ou turísticos, ocupação e loteamento do canto Norte e novos comércios surgiram para atender a nova demanda populacional, tanto dos novos moradores como dos turistas, desta forma nova vias foram criadas e a mancha urbana se expandiu.

Com todo este desenvolvimento, as terras nos balneários dos Ingleses e Santinho sofreram um aumento significativo no valor, principalmente as áreas à orla, fazendo com que a especulação imobiliária obrigasse a população de baixa renda, em sua maioria nativos ligados a pesca migrasse para áreas afastadas, muitas vezes para assentamentos irregulares, localizadas em áreas de preservação como as Dunas dos Ingleses. Na região do Capivari e do Santinho o adensamento é marcante, sendo no Capivari onde se concentra a maior parte da população residente atual do distrito.

No canto norte, há a consolidação como um dos únicos locais com possíveis áreas para expansão. A ocupação irregular nas áreas de dunas, nas margens dos rios e córregos,

salvo os que se encontram canalizados e tubulados, continuam se expandindo e acabaram por descaracterizar a paisagem natural original por completo. Já a orla está ocupada em quase toda a sua extensão, com construções como barreira visual e de acesso chegando ao ponto de em alguns trechos não ser possível avistar o mar.

No Centrinho, onde desde o início se localizava uma centralizada, ao longo de toda a urbanização mudou seu caráter para turístico, essa característica se estendeu ao longo da rodovia SC 403, e por outras vias com comercio e serviços que suprem as demandas não apenas do distrito, mas também de distritos vizinhos, como São João do Rio Vermelho. Todas essas mudanças geraram alguns problemas que a cada dia se agrava, como as poucas áreas verdes, a privatização das terras e a consequente falta de espaços públicos em todo o território, com espaços com pouco ou quase nenhuma infraestrutura para a população.

Assim como em diversos distritos, a área se modificou em um curto espaço de tempo, passando do rural para o urbano sem planejamento. Hoje é um local totalmente urbano, com uma estrutura consolidada e aproximadamente 40 mil habitantes sendo o segundo mais populoso da ilha e tende a aumentar, segundo IPUF, tem um número maior de residências permanentes, diferente do cenário de alguns anos em que a maioria doas residências eram de veraneio.

MANCHA URBANA EM 2000 MANCHA URBANA EM 2015

N

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ACESSOS E VIAS

O principal acesso ao bairro se dá pela SC 403, sentido centro-bairro. É possível se chegar ao bairro

também através da estrada Vereador Onildo Lemos, que se conecta ao bairro do Rio Vermelho, que por sua vez à Barra da Lagoa.

Já o acesso a orla se dá pela Rod. SC 403, até a

centralidade da praia, o Centrinho, e é diluída entre Estrada Dom João Becker para o Sul - até Vereador Onildo Lemos, via que conecta ao bairro do Santinho, e Rua das Gaivotas, que margeia a Orla sentido Norte.

As únicas vias que possuem ciclovia são SC 403 e SC 406.

N

ESC 1:50000 ACI PRAÇAS CICLOVIA ACESSO PRINCIPAL BAIRRO DO RIO VERMELHO ACESSO PRINCIPAL PELA SC 401 TRANSITO RÁPIDO ARTERIAIS COLETORAS SUBCOLETORAS VIAS PANORAMICAS

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ESC 1:17500

PLANO DIRETOR

ÁREA MISTA CENTRAL

ÁREA TURÍSTICA RESIDENCIAL ÁREA RESIDENCIAL MISTA

ÁREA RESIDENCIAL PREDOMINANTEMENTE

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ÁREA DE PRESERVAÇÃO USO LIMITADO ENCOSTA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PLANÍCIE

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INFRAESTRUTURA

No sul a falta de relação dos espaços públicos com os privados criaram barreiras dificultando o acesso,

outra relação impactante foi a falta de relação entre as edificações e os espaços aberto que juntamente com a privatização dos espaços, são fatores que acabam por prejudicar a vitalidade urbana da área. Percebe se uma grande carência de infraestrutura nos espaços públicos, como as praças, a orla e as vias.

Ao longo da Orla faltam equipamentos de apoio a população, como sanitários (no verão distribuem alguns poucos “pipi móveis”), bancos e duchas de agua doce, bicicletários. No Centrinho, uma área predominantemente comercial as calçadas são estreitas e pouco convidativas para uma caminhada, obrigando os pedestres a disputar espaço. A praça é pequena, sendo assim não atende a

população que cresceu muito nos últimos anos. Concluímos então que faltam espaço qualificados de permanência, de convívio e interação.

O distrito também enfrenta grave problema de

saneamento básico, sendo que apenas 15% da população possui acesso a rede de esgoto e quem, não possui fossa, joga clandestinamente o esgoto nos rios e na praia.

Atualmente, de cinco pontos analisados na praia, apenas três se encontram próprio para banho.

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ACESSOS A PRAIA

Podemos perceber que os acessos à praia, na orla dos Ingleses, são em sua grande maioria acessos indiretos, muitas vezes entre muros opressores de edificações. Eles são insuficientes, sem infraestrutura, estreitos e precários, em sua maioria sem acessibilidade alguma.

Existem dois tipos de acessos, os para pedestres, estreitos e localizados entre os limites de edificações, e os acessos que permitem que veículos cheguem até a linha da praia, que mesmo localizados entre os muros das edificações, são mais largos.

Existem também, na porção norte, acessos que se dão através da pouca restinga preservada da praia. Onde as pessoas abrem caminhos prejudicando a vejetação, que vai se esvaindo ao longo dos trajetos definidos.

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UNIDADES DE PAISAGEM

As unidades de paisagem são definidas como trechos que apresentam características similares pela sua dimensão e disposição dos quatro elementos que definem a paisagem: suporte físico, estrutura/padrão de drenagem, cobertura vegetal e mancha urbana. Ele é utilizado como elemento de análise de conjuntos paisagísticos expressivos. Utiliza se a escala de análise possível ao pedestre, considerando

a homogeneidade morfológica como um parâmetro de identidade.

Baseado na análise de Marina Grossi, em seu Trabalho de Conclusão de Curso, na Orla dos Ingleses, os trechos homogêneos foram classificados em sete unidades de paisagem:

1.

Morro dos Canudos, tem a sua mata preservada et com pedras marcantes na paisagem. Seu trecho não é urbanizado, praia de mar aberto, agitado e com ondas. Centralidade turística do bairro, com um maior número de restaurantes, comércios e serviços voltados à orla.

2

. Único trecho da orla onde a restinga foi preservada completamente, sem edificações imediatas no entorno, a urbanização se desenvolve ao fundo. A praia desta área possui uma faixa de areia larga e o mar agitado. Os acessos a praia são indiretos, conectando a praia a via que passa por trás da restinga.

3

. Área Urbanizada com edificações imediatas à praia, porem há preservação de uma faixa de restinga ao longo de todo o trecho. Praia com faixa de areia larga e mar

agitado, neste trecho desemboca o Rio das Capivaras. A área é plana, com uma diferença de nível pequena entre as edificações e a orla.

4

. Encontra se restinga numa faixa estreita ou em restituição em algumas áreas. Ao longo do trecho a cota entre a praia e os lotes adjacentes vai aumentando gradativamente, com início no Centrinho. A erosão da costa estreita lentamente a faixa de areia.

5

. Área de estreita faixa de areia, resultado do processo de erosão que a praia vem sofrendo e pelas ocupações cada vez mais próximo à praia, sem restinga em nenhuma área. Percebe se na paisagem o contato direto da faixa de areia e do muro das edificações do entorno, que estão numa cota significativamente mais elevada que a orla.

6

. Este trecho é caracterizado pelas Dunas do Santinho, percebemos uma descaracterização do local, uma vez que em sua paisagem percebemos ocupações irregulares e construções já soterradas. Área onde encontra se a maioria dos barracões de pesca do distrito, transformando a paisagem e marcando uma das características cultural.

7

. Morro dos Ingleses com a mata preservada, mar de águas calmas, nesta área a praia forma uma baía, local que muitos barcos ancoram, criando um cenário marcante da paisagem. Este trecho é pouco urbanizado, com um sítio arqueológico, semi preservado, com inscrições rupestres e oficinas líticas.

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3

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N

ESC 1:50000

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UNIDADES DE PAISAGEM

1

4

5

6

7

2

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A ORLA DOS INGLESES

A praia dos Ingleses caracteriza-se por ser uma praia de mar aberto, voltada para o oceano a noroeste, de areias finas e claras, com diversidade ambiental. Com uma grande extensão de 4,8Km, o posicionamento é norte/ nordeste, sendo assim os ventos norte e nordestes são predominantes ao longo do ano e o vento sul no inverno. No canto Norte, o mar é mais agitado e violento, e a faixa de areia maior. Já no canto sul as Dunas do Santinho, o morro e o mar mais calmo, propício à atividade da pesca.

A ocupação dos ingleses de forma não regular, com loteamento costeiro que ocupa as bordas da praia, que foram crescendo a partir da implantação da Estrada Dom João Becker, no canto sul, É ali que também ocorre os maiores lances de tainha e outras capturas de peixes de cardume que buscam águas calmas. Já o canto Norte se desenvolveu a partir da construção da Rua das Gaivotas.

A configuração de ocupação da orla se dá com as edificações junto à praia e a via passa por trás dos lotes, porem há uma heterogeneidade de ocupação da extensão da orla, sendo a via é interrompida no canto externo sul da praia, pela barreira natural de dunas semi-fixas, e no final do canto Norte a via beira um trecho de restinga preservada. Muitas das edificações eram de Veraneio, um cenário que vem mudando, tornando se cada vez mais uma área residencial

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RESTINGA EXISTENTE RESTINGA PROPOSTA

A RESTINGA

ESC 1:17500

A restinga é uma forma de vegetação rasteira e lar de algumas espécies animais, característica de praias ao longo de uma grande extensão do litoral brasileiro e presente em diversos pontos da costa de Florianópolis. Esse bioma atua na contenção de ressacas e no avanço das dunas, estabelecendo uma relação importante entre a praia e seu ambiente circundante. Em razão da ocupação humana sem planejamento, pouco restou da restinga original da praia dos Ingleses, estando mais presente no trecho da Rua das Gaivotas. Propõe-se a manutenção e valorização do trecho preservado e a recuperação nos demais trechos, estabelecendo uma relação da cidade com a restinga que estimule a sua preservação.

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EDIFICIOS REMOVIDOS

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ACESSOS EXISTENTES E PROPOSTOS

ESC 1:17500

A orla como um todo possui acessos a praia mal distribuídos e as pessoas tem necessidade de caminhar, muitas vezes, mais de 300m para acessar a praia. O mapa a seguir é uma proposta de redistribuição desses acessos com a abertura de novos, promovendo maior permeabilidade e conexão entre rua e praia.

ACESSOS EXISTENTES ACESSOS PROPOSTOS

(23)

ACESSOS EXISTENTES E PROPOSTOS

Proposta de qualificação dos acessos:

- todos os acessos devem ser ampliados para no mínimo 4m de largura

- os muros que fazem limite com os acessos devem ter altura de no máximo 1,5m. Dessa forma existirá maior segurança e permeabilidade visual para os transeuntes.

-marcos visuais com vegetação alta para que possa ser enxergado a uma certa distância. -pavimentação deve ser unificada, sem desníveis.

-deve ser acessível.

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O distrito dos Ingleses do Rio Vermelho possui uma comunidade multicultural e diversificada. Gente do interior do estado, de São Paulo, Porto Alegre, os “gringos”, descendentes dos primeiros habitantes; idosos, jovens, crianças; o pobre e o rico. Não há como traçar um perfil do morador, não há como querer impor a preservação de uma cultura que não tem mais força para ser assimilada.

Mesmo com a consciência que os Ingleses gera arrepios em urbanistas e ambientalistas, nunca houve a intenção de listar problemáticas e corrigi-las. Aliás, não é necessário ser especialista para entender tamanha desordem. No entanto, meu olhar e minha intenção fogem desse paradigma, gosto de projetos alegres. E defino o ponto de partida como sendo potencialidades, como rica paisagem natural e diversidade cultural de uma população de residentes que cresce exponencialmente. Mesmo que eu perca a humildade e tente corrigir alguns problemas, isso é encarado como um meio, não objetivo. TRealizar um desenho de projeto que conecte e qualifique a orla, dando ênfase em quatro recortes selecionados através de análises e vivência, norteado por diretrizes projetuais. Diretrizes:

-recuperação e preservação da restinga

-novos acessos a praia e qualificar os preexistentes

- conectar os quatro recortes através de um caminho largo que possibilite a coexistência de pedestres e ciclistas. Ele deve ser implantado em terrenos particulares que estão dentro da área de marinha. Somente o deck elevado em Ingleses norte ficará sobre a restinga. - oferecer equipamentos de apoio ao esporte ao longo de toda orla. - possibilitar a permanência das pessoas na praia através da implantação de sanitários, chuveiros, guarda-volumes, comércios e serviços. -resgatar a memória do bairro através da reconexão da igreja com o mar e a requalificação do seu entorno. - criação de dois mirantes, um no costão sul e outro no norte, para que as pessoas possam enxergar toda a orla de ambos os lados da praia.

Algumas propostas extras para que o projeto seja incorporado com eficiência ao lugar e a vida das pessoas que o frequentam: Fiscalização na rede de drenagem urbana (coibir ligações ilegais de esgoto); Estudo para despoluição dos pontos da praia analisados como impróprios; os bares/lanchonetes locados na orla deve prever preços acessíveis de forma a extinguir a atual gentrificação; Alargamento das calçadas existentes na Rua das Gaivotas e Estrada Dom João Becker;

principais fluxos identificados eixos de permeabilidade visual barreira visual devido às edificações orla

preservar

área de interesse 1

área de interesse 2 área de interesse

área de interesse 4 eixos principais conectar - atrair RECORTES ->qualificar preservar

OBJETIVO E DIRETRIZES

1 2 3 4

(25)

passarela sobre rio e restinga arquibancada

quadras de vôlei de areia

rampa chuveiros acesso a praia

edifícios modulares que conformam a praça, com bares, restaurantes, comércio, banheiros públicos, guarda volumes para pequenos volumes e grandes (materiais esportivos, cadeiras, guarda-sóis).

bowl de skate praça acesso principal ponto de ônibus bicicletário A A

RECORTE 1

ESC 1:750

N

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CORTE AA

0 5 10 15

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Vista da praça para o passeio sentido sul

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RECORTE 1

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RECORTE 1

(30)

ESC 1:750

fluxo principal

rampa de acesso a praia passarela

chuveiros

chafarizes de chão arquibancada

palco para pequenas manifestações culturais

edifício modular com restaurantes, bar, comércio, wc público, guarda-volumes. Possui acesso por cima da passarela e térreo.

espaço para feira livre bicicletário

RECORTE 2

(31)

CORTE BB

0 5 10 15 m

(32)

RECORTE 2

(33)

RECORTE 2

Vista dos chafarizes para praia

(34)

RECORTE 3

ESC 1:750

C

C

módulos com restaurantes que foram removidos para implantação das praças. quadra de futebol de areia

módulo com bar/lanchonete, wc público, guarda-volumes

bicicletário alongamento

parque que conecta a rua com a praia. Possui uma estrutura modular que concebe unidade e ludicidade ao parque. Diversas atividades podem ser realizadas em sua estrutura e plataformas, desde

encarar como área de estar, brincar nos balanços, até praticar slackline.

fluxo principal

(35)

CORTE CC

0 5 10 15 m

(36)

RECORTE 3

(37)

RECORTE 3

(38)

RECORTE 4

ESC 1:750

D

D

trapiche para mirante

arquibancada para o mar. Permite o contato direto da praça com o mar na maré cheia.

alongamento bicicletário

praça da igreja aberta para reconexão de igreja histórica com o mar

rampa de acesso à praia rampa de acesso à praia

fluxo principal

módulo com bar, loja de aluguel de equipamentos esportivos, cadeiras e guarda-sóis, wc

público e no segundo pavimento, restaurante

Igreja Nossa Senhora dos Navegantes e paróquia

(39)

CORTE DD

0 5 10 15

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RECORTE 4

(41)

RECORTE 4

Vista da praça para trapiche

(42)

DETALHE PASSARELA

DETALHE MOBILIÁRIO

Mobiliário pensado de forma a compor e gerar ambiência com o projeto. O diferencial é a possibilidade dos usuários apoiarem seus equipamentos para poder relaxar sem se preocupar em apoiar no chão ou paredes sem segurança. Os componentes criados são:

1. Banco com encosto para deitar 2. Banco com vaso

3. Banco com lixeira

4. Mesa com bancos para até 4 pessoas 5. Informativo 6. Lixeira 1 2 3 4 5 6 Guarda- corpo em alumínio com pintura eletrostática viga em aço galvanizado cabos de aço pilares em aço galvanizado rótula sapata em concreto steel deck com piso em madeira (quando deck) ou concreto jateado

A passarela foi pensada em estrutura de aço galvanizado com pintura eletrostática por suportar melhor os desgastes causados pela maresia. Os pilares tubulares se dispõe em formato “V” e apoiam vigas de perfil “I”. Que por sua vez suportam um steel deck. O piso é feito ora em madeira, quando trapiche e deck sobre a restinga, ora em concreto jateado, quando passarela elevada nos recortes 2 e 3.

(43)

REFERÊNCIAS

SITTE, Camillo. A construção da cidade segundo seus princípios artísticos. São Paulo: Ática

ZEFERINO, Augusto César. Ingleses do Rio Vermelho: O Lugar e a Gente. Florianópolis: Augusto César Zeferino, 2008. 252 p.

COUTO, Marcelo Machado. Ingleses do Rio Vermelho (Florianópolis/SC): Um distrito, duas realidades. Questões históricas e outros determinantes acerca do desenvolvimento urbano da região nos últimos vinte anos (1991-2010). 2010. 10 f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.

GROSSI, Marina Sorquini. Orla dos Ingleses: Proposta de qualificação urbana. 2015. 43 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

BRASIL. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 09284. Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=6687#>.

BRASIL. Projeto orla: fundamentos para gestão integrada. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2006.

FLORIANÓPOLIS, Prefeitura Municipal. Plano Diretor de Urbanismo do Município de Florianópolis, Lei Complementar N. 482, de 17 de janeiro de 2014.v

FLORIANÓPOLIS, Prefeitura Municipal. Fórum Agenda 21 Local do município de Florianópolis. Florianópolis: Prefeitura Municipal, 2000.

Referências

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