• Nenhum resultado encontrado

Aula8- Fitocromo e sinalização ambiental

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aula8- Fitocromo e sinalização ambiental"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

Regulação do crescimento por

fatores ambientais

(2)

Principais fatores ambientais que afetam o

crescimento vegetal

• Luz

• Temperatura

– Alta – Baixa

• Disponibilidade de água

• Salinidade

• Gases

– Oxigênio – Gás carbônico

(3)

Luz

• A luz pode afetar diversos processos da planta além

de ser fonte de energia para a fotossíntese

• Provavelmente é o fator ambiental mais importante

na sinalização para o crescimento da planta

• Três características principais da luz tem efeito

biológico:

– Qualidade – Direção

(4)

Luz: Qualidade

• É definida pelo comprimento de onda do espectro

luminoso

• O espectro visível varia entre 400 e 700nm

• As plantas tem pigmentos específicos que captam

diferentes comprimentos de onda:

– Criptocromo na faixa do azul (320-400nm) – Fitocromo - no vermelho (660-730nm)

(5)

Luz: Direção

• A direção da luz pode influenciar:

– O crescimento orientado das plantas que resulta

em curvatura: Fototropismo

Provavelmente um receptor de luz azul

está envolvido na resposta da planta,

intermediando a

degradação diferencial da auxina.

(6)

Luz: Quantidade

• A luz é uma forma de energia, pode ser

medida em Watts/m

2

• Luz azul (400nm) tem o dobro da energia da

luz infravermelha (800nm)

• Pode ser subdividida em dois aspectos:

– Intensidade

(7)

• A intensidade da luz pode afetar o desenvolvimento anatômico das folhas e afeta diretamente a fotossíntese

• A folha com menos camadas de células consegue aproveitar a luz num local sombreado

(8)

Luz: Duração

• O Fotoperiodismo é uma resposta fisiológica das plantas ao fotoperíodo, ou seja, a duração do dia comparada com a

duração da noite que varia ao longo das estações do ano. • Tipicamente o inverno tem noites mais longas e dias curtos.

O verão tem dias longos e noites curtas. Na primavera, o comprimento do dia está aumentando e o da noite

diminuindo. No outono, ocorre o inverso.

• Baseando-se na quantidade de luz a que são expostas, as

plantas alteram seus ritmos internos para determinar a época de brotamento, floração, perda de folhas e germinação de sementes

• A percepção da duração do dia é regulada por um tipo especial de pigmento vegetal o Fitocromo.

(9)

O fitocromo

• O fitocromo é uma proteína solúvel sensível à luz

vermelha do espectro eletromagnético (660-730nm)

• Localização intracelular: em membranas de retículo

endoplasmático, mitocôndrias .... A distribuição

parece modificar-se em função da iluminação.

• É mais abundante em tecidos meristemáticos

(brotos, pontas de raiz), mas também está presente

em folhas

• É composto por duas cadeias peptídicas (dímeros)

que modificam sua estrutura na presença ou

(10)

O fitocromo: estrutura molecular

• Um cromóforo (a

fitocromobilina) está ligado a cada subunidade.

• Ao ser extraído e purificado, o

fitocromo apresenta coloração azul-esverdeada.

• O cromóforo tem a habilidade

de mudar forma em função da exposição à luz, resultando em duas isoformas do fitocromo (Pr e Prf)

O fitocromo é formado por duas subunidades protéicas de 125kDa que que estão ligadas

(11)

Fitocromo: interconversão de formas

O fitocromo é sintetizado na forma Pr.

A forma Pr ao ser exposta à luz vermelha 660nm, é convertida para Pfr. A forma Pfr exposta à luz de 730 nm é convertido para Pr.

No escuro a forma Pfr se transforma em Pr.

660 nm 730 nm Conversão lenta no escuro Respostas biológicas: germinação de sementes, abertura de estômatos, floração Forma ativa Destruição enzimática Biossíntese

(12)
(13)

Fitocromo: espectro de absorção da luz

A forma Pr absorve o máximo

de luz no comprimento de onda 660nm e se converte na forma Pfr (ativa)

A forma Pfr absorve o máximo de luz a 730nm e se converte na forma inativa (Pr).

As duas formas de fitocromo absorvem um pouco de luz na faixa do azul, mas não se sabe se isso tem algum efeito

biológico

Há um pouco de sobreposição de absorção de luz pelas duas formas de fitocromo, assim, nenhuma das duas forma

predomina de modo absoluto. Há um equilíbrio dinâmico entre elas

Pr

(14)

Fitocromo: tipos de respostas

• Há dois tipos de respostas:

– Rápidas- envolvem eventos bioquímicos. Ex. reações enzimáticas, fechamento de estômatos.

– Lentas- envolvem eventos morfológicos e de crescimento. Exemplo: indução floral

• Em geral as respostas rápidas estão ligadas a mudança de

permeabilidade de íons na membrana. Já as lentas envolvem a Fitomorfogênese

(15)

Fotomorfogênese: genes envolvidos

• “O termo fotomorfogênese refere-se aos efeitos da luz sobre o desenvolvimento vegetal e o metabolismo celular.” (Taiz e Zeiger, 1998)

• Como um todo, a fotomorfogênese é um processo complexo, que envolve uma grande quantidade de genes

• Vários processos parciais podem ser isolados e cada um deles apresenta seus próprios mecanismos de controle a partir de sinais luminosos

• O fitocromo participa da sinalização em vários desses processos • Alguns envolvem indução da expressão gênica, enquanto outros

dependem de inibição

• A construção desse tipo de mapa só foi possível com os avanços da biologia molecular

(16)
(17)

Exemplo de Fitocromo atuando na

expressão gênica

• A forma Pfr do fitocromo induz a expressão

dos genes que codificam para:

– Subunidade pequena da RUBISCO

(18)

Fitocromo: Modelo geral de ação

LUZ

FITOCROMO

Forma

inativa

FITOCROMO

Forma Ativa

Transdução de sinal (fosforilação ?) Proteínas intermediárias Resposta Fisiológica

(19)

Fitocromo: importância ecológica

• As plantas crescem de modo a evitar a sombra

• Ao detectar a luz, o fitocromo contribui para a sincronização dos ritmos circadianos (ciclos de 24h)

(20)
(21)
(22)
(23)

Em paralelo, os folíolos abrem e fecham no mesmo ritmo. As folhas abrem ao amanhecer e fecham ao anoitecer.

Ritmo circadiano do movimento de folhas de Albizzia.

O ritmo persiste em amplitude menor durante um certo tempo no escuro.

(24)

Fotoperiodismo e floração

Plantas de dia curto (noite longa) Plantas de dia longo (noite curta)

Florescem no final da primavera ou início do verão Florescem no final do verão ou

(25)

Fotoperiodismo e outros eventos

• Brotação de gemas dormentes

• Abscisão foliar no outono

• Formação de bulbos ao final da estação de

crescimento

(26)

Ausência de luz: Estiolamento

• O foto-controle da síntese de clorofila

Plantas crescidas no escuro, apresentam alongamento excessivo do caule, os primórdios foliares não se expandem e algumas vezes o gancho apical não se desfaz. Cinco minutos diários de luz vermelha (660 nm) são

suficientes para minimizar alguns desses sintomas, indicando a participação do fitocromo.

(27)

Fotoblastia em sementes

ESCURO LUZ ESCURO + 660 nm ESCURO + 660 nm + 730nm ESCURO + 660 nm + 730nm + 600nm ESCURO + 660 nm + 730 nm + 660 nm + 730 nm

SEMENTES FOTOBLÁSTICAS POSITIVAS

O último pulso de luz determina a resposta da semente O fitocromo é o pigmento envolvido na percepção

(28)

Fotoblastia: Importância ecológica

• Evita que plantas de

sementes pequenas

germinem em local

muito sombreado,

que impossibilita a

sobrevivência das

plântulas

• Plantas de sombra

geralmente tem

sementes neutras e

ricas em reservas

(29)

Principais fatores ambientais que afetam o

crescimento vegetal

• Luz

• Temperatura

– Alta – Baixa

• Disponibilidade de água

• Salinidade

• Gases

– Oxigênio – Gás carbônico

(30)

Temperatura baixa

• Reduz a atividade enzimática como um todo e pode causar diferentes injúrias, dependendo da espécie e sua tolerância ao frio

• Temperatura baixas, mas sem congelamento (0-10oC) podem

induzir respostas biológicas em espécies adaptadas:

– Indução da floração (vernalização)

– Quebra de dormência de sementes embebidas (estratificação)

• O tratamento a baixas temperaturas simula as condições naturais de regiões de clima temperado

• A expressão gênica e o balanço hormonal se alteram em resposta às baixas temperaturas

(31)

Temperatura alta

• Temperatura elevada pode induzir:

– Dormência secundária de sementes (termodormência) – Danos celulares

– Aumento da transpiração – Interrupção do crescimento

– Inibição da fotossíntese antes da respiração

• A temperatura limite para causar morte e o tempo

de exposição variam entre espécies e órgãos

• O etileno está envolvido na superação da

termodormência de sementes de alface

(32)

Temperatura alta: adaptações

• Pilosidade e ceras foliares para refletir a luz solar • Enrolamento de folhas e

mudança na orientação das folhas nas horas mais quentes do dia

(33)

Interação entre luz e temperatura

• Principal interação

– Fotoperíodo – alternância de temperatura

– Para algumas espécies a vernalização deve

ser seguida do fotoperíodo adequado para

induzir a floração

– Provavelmente a vernalização é necessária

para que o meristema apical se torne

competente a responder aos sinais que

induzem a floração

(34)
(35)

Deficiência de água: efeitos

• Condensação da cromatina,

• Acúmulo de ions e substâncias

osmoticamnete ativas no vacúolo

• Fechamento dos estômatos –

limitação da fotossíntese

• Inibição do crescimento – devido à

perda de turgor celular

• Aumento da massa foliar específica • Enrolamento do limbo

• Perda de área foliar por abscisão • Expansão do sistema radicular–

para garantir acesso à água

• Efeitos secundários

– Aumento de radicais livres, devido ao fechamento estomático, reduz-se a concentração de CO2 intercelular

(36)

Stress hídrico

• Leve

– Nas horas mais quentes do dia – Fechamento estomático

• Moderado

– Sazonal

– Desaceleração cíclica do crescimento

• Severo

– Estiagem prolongada

– Perda de folhas, morte de plantas

• Muito severo

– Clima desértico

(37)

Stress hídrico: Adaptações

• Bioquímicas

– Ajustamento osmótico,

• reduz o potencial hídrico foliar e permite manutenção do turgor celular e absorção de água do solo com potencial hídrico mais baixo

– Fechamento estomático

• Induzido pelo ABA

– Alteração da expressão gênica

• Fisiológicas

– Fotossíntese C4 e CAM

• Morfológicas

– Folhas pequenas, espessas, modificadas em espinhos – Raízes profundas ou muito espalhadas

(38)
(39)

Salinidade do solo

• Causa deficiência hídrica em plantas não adaptadas

• É comum em regiões áridas, manguezais e terras agrícolas manejadas inadequadamente • Plantas adaptadas apresentam: – Ajustamento osmótico

(40)

Gases

• Deficiência de oxigênio para as raízes geralmente ocorre em condições de alagamento

• Ocorre aumento da síntese de ABA na raízes

– Fechamento estomático, mesmo que as folhas não seja afetadas

– Senescência foliar prematura

• Paralisação do crescimento das raízes • Respiração anaeróbica

• Formação de aerênquimas • Raízes aéreas

(41)

Movimentos Vegetais

• Tropismos: direcional

– Fototropismo – Gravitropismo (geotropismo) – Quimiotropismo – Tigmotropismo

• Nastismos: Não direcional

– Fotonastismo – Tigmonastismo

(42)

Referências

Documentos relacionados

Figura 4.28 – Power of the tests as a function of the generalized Mahalanobis distance δ between the parametric and hypothetical vector means, with multivariate

Os testes de desequilíbrio de resistência DC dentro de um par e de desequilíbrio de resistência DC entre pares se tornarão uma preocupação ainda maior à medida que mais

Esse sentimento de pertencimento a uma determinada cultura depende da representação que se tem de um determinado contexto. Tal mecanismo se reflete e refrata da história,

Mediante os resultados conclui-se que: a espécie Pinus oocarpa apresentou grande potencial de utilização para a produção de painéis OSB; a inclusão laminar promoveu

a companhia avalia, na data de cada balanço, se há alguma evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável (impairment) de ativos financeiros. no caso de

Inicia-se com a validação do elemento de viga sanduíche e, na sequência, a caracterização das amostras, confrontação dos dados experimentais com os numéricos, aná- lise da

Esse deslocamento da Justiça para um primeiro plano, tem um preço, condenando o direito positivo a um déficit permanente, principalmente, pela omissão legislativa

Conforme o trabalho de pesquisa “Costurando a Inclusão: desenvolvimento de um dispositivo mecânico de acionamento de máquina de costura utilizando movimento do tronco para pessoas