RESISTÊNCIA
RESISTÊNCIA
Capacidade de suportar a fadiga física
e psíquica durante algum tempo
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FORMAS DE MANIFESTAÇÃO
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO
(Fontes Energéticas Solicitadas)
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RESISTÊNCIA ANAERÓBIA
RESISTÊNCIA ANAERÓBIA
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Devido à grande intensidade da carga aquantidade de O2 capaz de ser utilizado pelo nosso organismo é insuficiente para a combustão oxidativa. O Metabolismo processa-se com dívida de O2.
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ALÁCTICA
ALÁCTICA
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Solicitada em esforços de grande intensidade e de duração muito curta (até 15seg), sendo a ENERGIAENERGIA obtida através do ATP (até 3seg) e ATP CPCP(entre os 10seg e os 15seg) armazenados nos músculos.
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LÁCTICA
LÁCTICA
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Solicitada em esforços de elevada intensidade e duração curta/média (entre os 45seg e os 3min), sendo a ENERGIA ENERGIA obtida através daGLICOSE
GLICOSE armazenada sob a forma de GLICOGÉNIOGLICOGÉNIO nos músculos e no fígado. A degradação destes açúcares provoca o aparecimento de grandes concentrações de ÁCIDO LÁCTICO
ÁCIDO LÁCTICO no sangue, provocando fadiga e dor muscular.
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RESISTÊNCIA AERÓBIA
RESISTÊNCIA AERÓBIA
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Pressupõe um equilíbrio entre o O2 que está a ser necessário para o trabalho muscular e o que está a ser transportado nacirculação até ao tecido muscular. É solicitada em esforços de longa duração com intensidade baixa ou média. AENERGIA necessária é obtida principalmente pela ENERGIA
combustão oxidativa dos HIDRATOS DE CARBONO e HIDRATOS DE CARBONO GLICOGÉNIO (cargas com GLICOGÉNIO
duração entre os 8min e os 30min), das GORDURAS (cargas com duração entreGORDURAS
os 30min e os 90min) e das PROTEÍNAS e PROTEÍNAS LACTACTOS (cargas com duração LACTACTOS
IMPORTANCIA DA RESISTÊNCIA COMO ASPECTO DE
IMPORTANCIA DA RESISTÊNCIA COMO ASPECTO DE
SAÚDE E FACTOR DE RENDIMENTO NA PRÁTICA DAS
SAÚDE E FACTOR DE RENDIMENTO NA PRÁTICA DAS
ACTIVIDADES FISICAS DESPORTIVAS
ACTIVIDADES FISICAS DESPORTIVAS
• Existe uma estreita relação entre o grau de desenvolvimento da Resistência e a Saúde Um indivíduo que pratique regularmente uma AFD, mesmo com esforços de baixa intensidade e longa duração, está a melhorar a sua
Resistência e consequentemente a diminuir os riscos das “doenças da civilização” provenientes do grande SEDENTARISMO existente nos nossos dias.
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A melhoria da Resistência permite, ao nível da SAÚDE:
- Diminuir os riscos de doenças cardiovasculares (enfarte); - Prevenir doenças do foro respiratório;
- Diminuir a fadiga física provocada pelas tarefas do dia a dia;
- Combater a obesidade, desde que acompanhada por uma alimentação equilibrada; - Aumentar a tonicidade muscular;
- Combater o stress e diminuir a fadiga psíquica.
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A melhoria da Resistência permite, em termos de RENDIMENTO
DESPORTIVO:
- Uma recuperação mais rápida após o esforço;
- Uma melhoria das qualidades psíquicas, i.é, uma maior disponibilidade para o esforço;
- Uma melhoria das técnicas e das habilidades motoras
Estas melhorias na prestação desportiva do atleta são o reflexo das ADAPTAÇÕES anatomo-fisiológicas que o organismo sofre com o treino da RESISTÊNCIA!
AS FONTES ENERGÉTICAS
AS FONTES ENERGÉTICAS
• Para se realizar trabalho (actividade muscular) é necessário ENERGIA que nos é fornecida pelos alimentos que ingerimos.
• A desintegração dos alimentos formam um composto químico (ATP) que é armazenado nas células musculares.
• Só através da libertação de ENERGIA, proveniente da desintegração do ATP, é que As células conseguem realizar trabalho (contracção para a actividade muscular)
Como o ATP armazenado nas células musculares não é ilimitado existem diferentes FONTES ENERGÉTICAS que, consoante a intensidade e
duração do esforço, aumentam o número de ATP’s
necessários para a contracção muscular.
AS 3 FONTES ENERGÉTICAS:
Ausência de O2
1-
FONTE ANAERÓBIA ALÁCTICA
FONTE ANAERÓBIA ALÁCTICA
(ATP-CP)
- Os músculos têm uma pequena quantidade de ATP para gastar (suficiente, apenas, para 2 ou 3 segundos).
- Para se poder continuar o esforço existe outro componente químico armazenado nos músculos, a FOSFOCREATINA (PC), em quantidades 3 vezes superiores ao ATP, que ao quebrar fornece ENERGIApara a reconversão do ADP em ATP (suficiente para um esforço de 10 ou 15 segundos) ATEPASE
REPOUSO
CONTRACÇÃO
E E CP (armazenado nos músculos) ATP ADP + Pi C==P C= =PC= =P PCKINASEATP + C ADP + C + P Libertação de ENERGIA
E
E para ressíntese do ATP
Esta FONTE ENERGÉTICA permite realizar movimentos explosivos e FONTE ENERGÉTICA
vigorosos (de Intensidade máxima) que exigem um fornecimento rápido de ENERGIAmas em pequenas quantidades, daí terem uma duração muito curta!
2-
FONTE ANAERÓBIA LÁCTICA
FONTE ANAERÓBIA LÁCTICA
(GLICOGÉNIO)
FORMAÇÃO DE ÁCIDO LÁCTICO
FORMAÇÃO DE ÁCIDO LÁCTICO
- Quando as reservas de CP estão quase esgotadas e o músculo continua a trabalhar tem-se de utilizar outras fontes de ENERGIAcapazes de
ressíntetizar o ATP.
- Passamos a usar o GLICOGÉNIO, armazenado nos músculos e no fígado. - O GLICOGÉNIO transforma-se em GLICOSE (açúcar mais simples), através
de uma série de reacções químicas de degradação dos açúcares (GlicóliseGlicólise) que vai libertar a ENERGIAnecessária para a ressíntese do ATP.
- A degradação da GLICOSE em ÁCIDO PIRÚVICO faz com que fique, como produto residual o ÁCIDO LÁCTICO, devido à ausência de O2!
GLICOGÉNIO
ADP + Pi
GLICOSE
E
E
ATP
ÁCIDO PIRÚVICO
(O2 insuficiente)ÁCIDO LÁCTICO
ÁCIDO LÁCTICO
A ENERGIAENERGIAfornecida por esta fonte permite realizar esforços entre 1 e 3min, com intensidade elevada, não produzindo muitas moles de ATP.
A concentração de ÁCIDO LÁCTICO provoca fadiga muscular,
3-
FONTE AERÓBIA
FONTE AERÓBIA
(GLICOGÉNIO, GORDURAS e PROTEÍNAS)
O2 SUFICIENTE
O2 SUFICIENTE
- Este é o sistema de fornecimento de ENERGIA mais complexo e de maior rendimento.
- O processo é semelhante ao anterior, as reacções químicas ocorrem dentro das células musculares, mas como agora já está presente o O2, as reacções processam-se dentro das MITOCONDRIAS, onde se processa o CICLO DE KREBS e o SISTEMA TRANSPORTADOR DE ELECTRÕES, tendo como resultado a libertação de CO2, H2O e ATP
-GLICOGÉNIO
ADP + Pi
GLICOSE
E
E
ATP
ÁCIDO PIRÚVICO
(O2 suficiente) CO2 H+ + e-CICLOCO2 + H20 + ATP
DE KREBS CO2ADP +
ADP +
Pi
Pi
H+ + H+ + ee--E
E
++ ATP ATP O2O2No CICLO DE KREBS o ÁCIDO PIRÚVICO é submetido a um conjunto de reacções provocando a libertação de CO2 (que é transportado para os pulmões); IÕES DE HIDROGÉNIO (H+) e ELECTRÕES (e-)
Estes H+ e e- que foram removidos do CICLO DE KREBS, através do
SISTEMA TRANSPORTADOR DE ELECTRÕES, e por existir a presença de O2 suficiente, libertam mais ENERGIApara a ressíntese do ATP e dão origem à formação de H2O.
FONTE AERÓBIA
FONTE AERÓBIA
(GLICOGÉNIO, GORDURAS e PROTEÍNAS)
(GLICOGÉNIO, GORDURAS e PROTEÍNAS)
O2 SUFICIENTE
O2 SUFICIENTE
A FONTE AERÓBIA é a mais eficiente, fornecendo ENERGIAENERGIApara esforços moderados com duração de 3min até várias horas!!
Enquanto que o GLICOGÉNIO pode ser metabolizado AERÓBIA e
ANAERÓBIAMENTE, as GORDURAS e as PROTEÍNAS só produzem ENERGIAENERGIA
RESUMINDO
É PRECISO ENTENDER QUE ESTAS FONTES
É PRECISO ENTENDER QUE ESTAS FONTES
ENERGÉTICAS NUNCA TRABALHAM
ENERGÉTICAS NUNCA TRABALHAM
ISOLADAMENTE, ESTÃO SEMPRE INTERLIGADAS
ISOLADAMENTE, ESTÃO SEMPRE INTERLIGADAS
ANAERÓBIA
AERÓBIA
ALÁCTICA LÁCTICA COM O2
MÁXIMA
SUBMÁXIMA
MODERADA
FONTES ENERGÉTICAS
ATP
CP
GLICOGÉNIOO2
1 a 3 seg10 a 15seg
45/60seg até 3min 3min até varias
HORAS
DURAÇÃO INTENSIDADE
FONTES
Imagina as tuas
FONTES ENERGÉTICAS
como os depósitos de combustível do
Space-Shuttle
1- Tal como o Sistema de Propulsão é o responsável pelo fornecimento de ENERGIA para a 1ª fase da descolagem, também a nossa FONTE ANAERÓBIA ALÁCTICA (ATP-CP) dá-nos a ENERGIA para cerca de 10/15seg de exercício intenso.
2- O tanque de depósito seguinte permite obter a ENERGIA para continuar a levar o Space-Shuttle até ao espaço, sendo o 2º mais potente, tal como a nossa FONTE ANAERÓBIA LÁCTICA (GLICOGÉNIO), que nos permite realizar esforços até cerca de 3min. Depois do “empurrão” dado inicialmente pelo ATP-CP, esta fonte encarrega-se de nos ajudar a aguentar durante mais algum tempo, mas já sem a força máxima inicial.
3- A nave em si, depois de estar no espaço, aguenta-se o tempo que for necessário, tal como a nossa FONTE AERÓBIA (com O2) que, sendo a menos potente, é de longe a mais eficiente, utilizando inicialmente o GLICOGÉNIO (proveniente dos Hidratos de Carbono), depois as GORDURAS, e em último caso as PROTEINAS, que fornecem a ENERGIA para esforços que podem durar várias horas.
É esta fonte que utilizamos no dia a dia, desde que não andemos sempre a correr!!