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Vivência em visitas a idosos de um programa de assistência domiciliar da medicina preventiva de uma cooperativa do noroeste do RS

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0 UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

VIVÊNCIA EM VISITAS A IDOSOS DE UM PROGRAMA DE

ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DA MEDICINA PREVENTIVA DE UMA

COOPERATIVA MÉDICA DO NOROESTE DO RS.

LETÍCIA FRANTZ

Ijuí, RS 2011

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1 LETÍCIA FRANTZ

VIVÊNCIA EM VISITAS A IDOSOS DE UM PROGRAMA DE

ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DA MEDICINA PREVENTIVA DE UMA

COOPERATIVA MÉDICA DO NOROESTE DO RS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-graduação em Fisioterapia em Geriatria da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Fisioterapia Geriátrica.

Orientadora: Eliane Roseli Winkelmann

Ijuí, RS 2011

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fluxograma Seleção de pacientes do Programa de Gerenciamento Domiciliar

de Condições Crônicas...14

Figura 1 Gênero X Quantidade...23

Figura 2 Quantidade de idosos por faixa etária...24

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3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...4

2 METODOLOGIA...9

2.1 Caracterização da Instituição em estudo...9

2.2 O Serviço de Medicina Preventiva...11

2.3 Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas...12

2.3.1 Resultados do Programa no ano de 2010...16

3 RELATÓRIO DA VIVÊNCIA COM O GRUPO DO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOMICILIAR DE CONDIÇÕES CRÔNICAS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES...18

3.1 Características gerais da população idosa...18

3.2 Organização da assistência domiciliar...22

3.3 Assistência domiciliar...24

4 CONSIDERAÇÕES...32

5 CONCLUSÃO...35

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil tem um novo e grande desafio a enfrentar: o envelhecimento populacional. Este país vem apresentando mudanças profundas no que diz respeito à transição da estrutura etária nas últimas 3 ou 4 décadas. Desde 1970 há um rápido declínio da fecundidade e mortalidade e um aumento da longevidade (esperança de vida) da população, ou seja, nascem menos crianças e as pessoas vivem por mais tempo. O mesmo também está ocorrendo em outros países em desenvolvimento e já ocorreu em países desenvolvidos (Wong L. L. e Carvalho J.A., 2006). No entanto, nos países desenvolvidos este fenômeno ocorreu mais lentamente do que no Brasil, fazendo com que lá as políticas públicas e de saúde, por exemplo, conseguissem acompanhar este novo processo sem conseqüências catastróficas. Já no Brasil, por ter ocorrido uma mudança muito grande em apenas trinta anos, os setores econômicos, sociais e de saúde não conseguiram se atualizar na mesma velocidade.

Com o crescimento da população idosa as necessidades populacionais começam a mudar o que, obrigatoriamente, demanda maiores recursos para manter uma qualidade de vida satisfatória (Camarano A. A. e Pasinato M. T., 2004). Envelhecer é um processo natural do ser humano, mas para fazer com que a população tenha uma velhice saudável e ativa sem consumir grande parte dos recursos disponíveis, são necessárias mudanças estruturais capazes de construir uma infra-estrutura adequada. Por exemplo, isto ocorre na saúde, pois uma população mais velha faz com que os gastos com a saúde sejam aumentados. Isto é confirmado pelos dados do Ministério da Saúde (2005) que diz que “a cada ano, acrescentam-se 200 mil pessoas maiores de 60 anos à população brasileira, gerando uma demanda importante para o sistema de saúde”. Neste caso, faz-se

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5 necessária a implantação de programas de promoção à saúde, diminuindo custos com futuras internações, exames periódicos e freqüentes consultas médicas. Conforme Wong e Carvalho (2006) há uma preocupação com a realocação de recursos já investidos em certos programas instaurados para esse grupo populacional.

O quadro epidemiológico também muda no Brasil. As doenças passam de infecto-contagiosas para crônicas, aumentando a morbidade após os 60 anos de idade (Ministério da Saúde, 2002). As doenças crônicas mais comuns encontradas nesta faixa etária são artrites, diabetes, doenças cardíacas (hipertensão, enfartes do coração) e doenças cerebrais (demências e acidentes vasculares cerebrais) (OPAS, 2005). Muitos dos idosos com doença crônica acabam ficando dependentes da ajuda de outra pessoa, familiar ou cuidador, para a realização das AVDS (Atividades da Vida Diária). Para manter uma melhor qualidade de vida e procurar assegurar uma boa independência funcional e mental destes idosos é preciso qualificar e especializar profissionais da área da saúde como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos em enfermagem, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e, também, orientar e ensinar os cuidadores (familiar ou não) sobre como trabalhar com essa população.

Com o envelhecimento da população as doenças crônicas ou doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) se fazem mais presente, por serem normalmente de longa duração. São, também, as que mais demandam ações, procedimentos e serviços de saúde (Ministério da Saúde, 2005). Além disso, há um elevado índice de internações hospitalares e maior tempo de ocupação do leito hospitalar, o que gera risco de sucessivas reinternações e um alto custo.

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6 O Ministério da Saúde (2005), está implementando novas políticas em saúde que demonstram preocupação relacionada às doenças crônicas, visando manter a população saudável, e têm como meta diminuir custos neste setor:

“As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são responsáveis há mais de três décadas pela maior carga de doença no Brasil. A transição epidemiológica e demográfica por que passa o país, aponta cenários desafiadores. Doenças Crônicas Não Transmissíveis são passiveis de prevenção e representam o investimento mais custo efetivo entre todos aqueles do setor saúde. O Ministério da Saúde coloca como prioridade na agenda do SUS a implementação de uma política para sua prevenção e promoção da saúde. Garantir assistência aos já doentes, ofertar e estimular práticas de prevenção primária e promoção da saúde é um dever do SUS” (Ministério da Saúde, p. 59, 2005).

Então, atualmente, estão sendo discutidos novos modelos de atuação como ações de prevenção de doenças e promoção à saúde, objetivando uma assistência mais qualificada ao idoso, reduzindo ou controlando essas doenças, melhorando a qualidade de vida e também diminuindo o grande gasto com serviços de saúde.

E o que seria prevenção e promoção? Dina Czeresnia (p. 6, 2003) descreve um conceito de prevenção em seu texto “Ações de promoção à saúde e prevenção de doenças: papel da ANS”, segundo Leavell & Clarck, definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença”. E ainda, divide em três fases a prevenção: a prevenção primária que seria antes do desenvolvimento de doenças; a prevenção secundária que abrangeria diagnóstico e tratamento precoce e, ainda, limitação da invalidez; e, por último, a prevenção terciária que já seria a parte da reabilitação.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no texto “Envelhecimento ativo: uma política de saúde” (2005) diz que as estratégias de prevenção de enfermidades devem ter enfoque também no tratamento dessas, especialmente

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7 naquelas que são comuns aos indivíduos à medida que envelhecem, ou seja, prevenir e tratar doenças não-transmissíveis e lesões.

A promoção da saúde, segundo Czeresnia (p. 6, 2003), estaria inserida na prevenção primária, e seria o desenvolvimento de uma saúde ótima através de ações educativas. Para a OPAS (2005) “Promoção da saúde é o processo que permite às pessoas controlar e melhorar sua saúde” (p.21).

Segundo a Carta de Otawa (1986), promoção da saúde é melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas, mas não apenas sendo responsabilidade do setor saúde, e sim, responsabilidade política e social,como indica a concepção veiculada nesse documento:

“Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global” (Carta de Otawa, p. 01, 1986)

Ainda, neste sentido, foi aprovada pelos Ministérios da Saúde dos países membros da Organização Mundial da Saúde nova definição que reforça e amplia o sentido da concepção da Carta de Otawa:

“A Promoção da Saúde é concebida, cada vez mais, como a soma das ações da população, dos serviços de saúde, das autoridades sanitárias e outros setores sociais e produtivos, voltados para o desenvolvimento de melhores condições de saúde individual e coletiva” (Atenção à saúde do idoso, p. 30, 2006).

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8 Visando a uma melhora da qualidade de vida dos idosos, a diminuição de reinternações hospitalares e do custo em serviços de saúde, muitos hospitais e operadoras assistencias de saúde criaram seu serviço de Medicina Preventiva, com programas e ações de promoção e prevenção à saúde.

A medicina preventiva surgiu, segundo Czeresnia (p. 4, 2003), na Inglaterra, EUA e Canadá entre os anos de 1920 e 1950. Foi um movimento como crítica à medicina curativa e propunha que a formação dos profissionais médicos se voltasse à promoção da saúde e à prevenção de doenças. Então, pode-se dizer que a medicina preventiva é uma prática médica que busca a prevenção de doenças e não o tratamento. Os profissionais que trabalham nesta área têm a perspectiva de intervenção precoce para minimizar os danos causados à saúde.

Assim sendo, para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso, escolhi realizar uma vivência junto ao Serviço de Medicina Preventiva do Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH) de uma Cooperativa Médica Particular do Noroeste/RS. Acompanhei a equipe da Medicina Preventiva, entre o final do mês de junho e meados do mês de julho de 2011 no turno da tarde, nas visitas domiciliares realizadas aos idosos que fazem parte do Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas da mesma.

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9

2 METODOLOGIA

Para a realização desta vivência, primeiramente, conversei com o médico diretor da medicina preventiva da cooperativa com o intuito de poder participar das visitas domiciliares aos idosos integrantes do Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas. Fui autorizada por aquele e então agendei minha primeira participação às visitas, porém, apenas como observadora da assistência.

A cada visita realizada combinava com a enfermeira coordenadora para participar de uma próxima.

Então entre os dias 20 de junho e 13 de julho de 2011, durante o turno da tarde, acompanhei a equipe do Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas do Serviço de Medicina Preventiva da Cooperativa X nas visitas domiciliares aos idosos, totalizando em torno de 60 horas.

Esta vivência objetivou a observação e a análise de como funciona um programa preventivo e de promoção à saúde de idosos, além de sua importância para estes e seus familiares e para a própria cooperativa.

2.1 Caracterização da Instituição em Estudo

A Cooperativa X foi fundada em 20 de outubro de 1971. Foi a segunda deste tipo no estado do Rio Grande do Sul e uma das primeiras do Brasil.

Esta está presente em 52 municípios sendo divididos em sete coordenadorias regionais: de Ijuí, de Frederico Westphalen, de Palmeira das Missões, de Panambi, de Tenente Portela, de Três Passos e de Santo Augusto. Além disso, hoje já são 28

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10 hospitais credenciados, 362 médicos cooperados, 45 clínicas, 13 centros de diagnóstico e 58 laboratórios.

A Cooperativa visa o bem estar dos clientes e também valorizar os médicos, por isso tem como missão “oferecer soluções em saúde, valorizando o trabalho médico e a satisfação dos clientes, de forma sustentável e comprometida com os princípios cooperativistas e com a responsabilidade social.” E, além disso, trabalha para atingir o que definiu como ambição que é “ser referência estadual em soluções de saúde, com harmonia institucional, crescimento sustentável e satisfação dos associados.” Mas para isso deve seguir seus princípios estipulados: valorização da relação médico-paciente; cooperação e comprometimento; ética institucional e interpessoal; excelência organizacional; satisfação dos cooperados, clientes e colaboradores; gestão participativa e transparente.

Também foram estabelecidas diretrizes, que foram divididas em corporativas e institucionais. As diretrizes corporativas pretendem: desenvolver uma organização integrada aos propósitos de uma medicina cuidadora e que tenha nas ações cooperativas responsáveis a base de sustentação do projeto institucional; promover o crescimento institucional sustentável, com ênfase no profissionalismo, no comprometimento e na valorização das pessoas; ofertar produtos e serviços diferenciados com foco na qualidade, na resolubilidade e na promoção à saúde.

As diretrizes institucionais indicam o seguinte: valorizar e comprometer o cooperado e colaborador; qualificar a estrutura e os processos organizacionais; crescimento sustentável da instituição; atenção integral à saúde.

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11

2.2 O Serviço de Medicina Preventiva:

O Serviço de Medicina Preventiva é uma das áreas de atuação do Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH) da Cooperativa X estruturado e oficializado em outubro de 2009. Em janeiro de 2010 a coordenação é assumida por uma enfermeira e, no mês de maio desse mesmo ano, iniciam-se os programas. O NDH conta com um médico diretor, uma gerente, uma coordenadora e uma equipe multidisciplinar totalizando oito (8) pessoas.

Além da Medicina Preventiva, o NDH possui mais duas áreas centrais de atuação que são: o Espaço Cooperado e a Responsabilidade Socioambiental. No entanto, será feito referência apenas ao Serviço de Medicina Preventiva. O trabalho do NDH é acompanhado e controlado pelo Planejamento Estratégico da cooperativa por meio de ferramentas de gestão.

As primeiras atividades de Medicina Preventiva começaram a ser planejadas em março de 2010 atendendo aos objetivos do planejamento estratégico e à diretriz da Diretoria. Já no mês de maio de 2010 é iniciado o Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas.

A equipe desse Serviço é agora composta por um médico diretor, duas enfermeiras sendo uma delas coordenadora, uma nutricionista, uma assistente social, uma técnica em enfermagem e uma secretária. Cada enfermeira e a técnica de enfermagem trabalham 36 horas semanais, a nutricionista e a secretária têm um contrato de 44 horas semanais e a assistente social de 30 horas semanais. Além disso, esta equipe conta com parceiros colaboradores do Hospital da Cooperativa X, que são: uma fisioterapeuta, uma enfermeira por unidade de internação (U100, U200

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12 e U300), uma farmacêutica, uma nutricionista e o médico assistente dos pacientes sujeitos a fazer parte do Programa.

2.3 Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas

O Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas é um programa de assistência domiciliar a pacientes do Hospital da Cooperativa X que possuem condições crônicas e que têm a possibilidade de receberem tratamento em casa com apoio de uma equipe multiprofissional. Esta equipe auxilia e orienta os pacientes e familiares em relação a vários aspectos: nutrição, aspectos clínicos, funcionais, sociais e outros.

Objetivos:

Os objetivos do programa visam à melhora da qualidade de vida dos pacientes, além de ajudar os cuidadores e/ou familiares orientando-os nas atividades diárias e, por último, diminuir o custo assistencial para a cooperativa X.

Critérios de inclusão:

Como critérios de inclusão para este programa estão sendo selecionados, em um primeiro momento, pacientes com doença crônica, com certo grau de dependência para deambulação, necessidade de auxilio para realizar atividades da vida diária (AVDs) como alimentação e banho, além da precisão de curativos, sondas e outros. Também é critério de inclusão a freqüência de internações hospitalares, que gera grandes perdas funcionais para o paciente e um custo elevado para a cooperativa. É

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13 importante que o paciente possua cuidador ou familiar responsável além de possuir plano de saúde da cooperativa.

Critérios de exclusão:

Pacientes totalmente independentes, com baixo risco de reinternação hospitalar, ou que internou uma vez para tratamento clínico agudo ou cirúrgico. Paciente que possuir outro plano (ex: IPE, FUSEX) ou que interna de modo particular não se beneficiando do programa.

Métodos de seleção

São realizadas reuniões semanais, nas quartas-feiras pela manhã, entre a equipe e os parceiros buscando integrar mais pacientes ao Programa. Nessas reuniões são sugeridos pelos parceiros colaboradores nomes de pacientes internados e que julgam necessitar acompanhamento do programa. Após as sugestões, são avaliados os critérios de inclusão e, se selecionados os pacientes, é passado para o médico assistente (MA) sobre a seleção e também solicitada a liberação de seu paciente para o acompanhamento da equipe de Medicina Preventiva. Caso haja a aceitação do médico e a liberação do mesmo, a enfermeira coordenadora entra em contato com a família e explica a proposta do programa. Estando a família de acordo com a proposta estabelecida é possível iniciar as avaliações, orientações e acompanhamento do paciente pela equipe. Abaixo é possível visualizar o fluxograma do método de seleção dos pacientes para o Programa.

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14 Fluxograma: Seleção de pacientes do Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL COORDENADORES IDENTIFICAM POSSÍVEIS PERFIS

DISCUTIDO NO ENCONTRO DA EQUIPE PRÉ ALTA, SEMANALMENTE ELEGE-SE O PACIENTE

COMUNICAMOS O MA PARA SOLICITARMOS AUTORIZAÇÃO PARA ACOMPANHARMOS O PACIENTE DURANTE A

INTERNAÇÃO E NO PÓS ALTA.

CASO MA ACEITE

CASO MA NÃO ACEITE

CONVERSAMOS COM PACIENTE, FAMILIAR E/OU RESPONSÁVEL, APRESENTANDO:

# SETOR DA MEDICINA PREVENTIVA; # PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOMICILIAR

DE CONDIÇÕES CRÔNICAS.

ENCERRA-SE, E ACOMPANHA PELO SISTEMA

NÃO ACEITA

ACEITA

ENCERRA, MONITORA NO SISTEMA

APLICA-SE: AVALIAÇÃO DE ELEGIBILIDADE;

NÃO ELEGÍVEL ELEGÍVEL

ASSINAR O TERMO DE ADESÃO E A APLICAÇÃO DA AVALIAÇÃO

SISTEMATIZADA

TODA A EQUIPE PRÉ ALTA COMEÇA A PREPARAR PARA A ALTA HOSPITALAR COM PLANO DE CUIDADOS

EQUIPE PRÉ-ALTA:

- ENFERMEIRAS (HOSPITAL E MED. PREVENTIVA) - NUTRICIONISTA (HOSPITAL E MED. PREVENTIVA)

- FISIOTERAPEUTA (HOSPITAL) - FARMACÊUTICA (HOSPITAL) - ASSISTENTE SOCIAL (MED. PREVENTIVA)

- MÉDICO ASSISTENTE

PACIENTES IJUÍ PACIENTES DA REGIÃO DA COOPERATIVA X

PÓS-ALTA COM

VISITAS DOMICILIARES PÓS-ALTA COM ACOMPANHAMENTO VIA

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15 Legenda: Sem acompanhamento

Acompanhamento pré alta Apenas medicina preventiva

Antes da alta do paciente selecionado para o Programa a equipe pré-alta, geralmente formada pelos parceiros colaboradores, passa no leito de internação do paciente para dar orientações para realizar em casa. A fisioterapeuta entrega folhetos com explicações e fotos sobre posicionamento no leito quando o paciente é acamado, exercícios para pacientes mais independentes, dicas de acessórios que podem ser adquiridos para evitar deformidades e úlceras de decúbito/pressão, além de outras indicações que julga importantes para cada paciente. O material da fisioterapia entregado é dividido para pacientes acamados, semi-dependentes e independentes.

A nutricionista conversa com os familiares/cuidadores sobre o tipo de alimentação mais adequada para o paciente. Quando faz uso de sonda

NO DOMICÍLIO COM PACIENTE, CUIDADOR E /OU RESPONSÁVEL AFERIÇÃO DOS INDICADORES PERTINENTES PLANO DE CUIDADO REAVALIAÇÃO DOS PLANOS DE CUIDADOS

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16 nasogástrica, nasoenteral ou gastrostomia explicam a necessidade e importância da higiene destas sondas e do tipo de dieta que nelas descem. Também comentam sobre a hidratação e a importância de uma boa nutrição.

A farmacêutica orienta sobre a importância de seguir corretamente o horário das medicações e quantidade diária de cada uma delas. Como geralmente esses pacientes necessitam de uma polifarmácia, é entregue como sugestão de organização uma caixa, já organizada, com o nome dos remédios e horário de administração dos mesmos.

A enfermagem ensina os cuidados de higiene do paciente (quando dependente), enfatiza sobre as trocas de decúbito, curativos de feridas, cuidados com sonda vesical e outros.

Os atendimentos aos pacientes selecionados para o Programa são realizados semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente por teleconferência ou visitas domiciliares, dependendo das condições de saúde que eles apresentam. Pacientes de Ijuí recebem acompanhamento através de visitas domiciliares, já pacientes da região de abrangência da Cooperativa X são acompanhados apenas via sistema e por teleconferência.

2.3.1 Resultados do Programa no ano de 2010

Entre os meses de maio e outubro de 2010 foram acompanhados 50 pacientes pelo Programa de Gerenciamento Domiciliar de Condições Crônicas. A partir dos dados deste período foi possível realizar uma previsão de gastos para 2011, ou seja, pode-se prever uma grande redução nos custos pela hospitalização dos idosos incluídos no Programa. Antes do desenvolvimento do Programa, os 50

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17 pacientes acompanhados naquele período produziriam um gasto de R$ 1.595.904,00. Após a implementação do programa haveria uma redução do custo para R$ 422.760,00, ou seja, uma diminuição de R$ 1.173.144,00.

Assim sendo, foi possível perceber, conforme gráfico 2, uma redução de custos entre o ano de 2010 e 2011, com uma economia de R$ 798.035,64. Sendo que deste valor, não foram gastos R$ 466.546,20 apenas entre os meses de janeiro e abril de 2011, atingindo já neste período, 46,6% da meta prevista para o ano de 2011.

Kylza Aquino Estrella (2008) realizou um estudo de título “Análise de custo de um programa de prevenção de internação para idosos no ambiente da saúde suplementar”, e, a partir deste, pôde-se concluir que por intermédiode um programa de prevenção é possível reduzir o custo em saúde. Percebeu-se que para diminuir o número de hospitalizações foi necessário aumentar o número de consultas e exames (serviço de menor complexidade). No entanto, como a utilização de serviços hospitalares gera um alto custo, diminuir a utilização destes e aumentar aqueles ainda foi vantajoso à medida que o custo em saúde foi menor.

A redução nos custos do hospital é muito importante para a cooperativa X. Porém, essa deve ser considerada ao lado dos benefícios gerados aos pacientes, pois é impossível deixar de salientar que, pelo fato de os pacientes diminuírem o número de internações, provavelmente estão tendo uma redução ou controle de suas doenças crônicas e conseqüente melhora da qualidade de vida. Sabemos que o tratamento domiciliar é mais aconchegante para o idoso e que a hospitalização deve ser uma opção rara e não cotidiana, pois esta traz muitas desvantagens funcionais, emocionais e sociais ao indivíduo.

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3 RELATÓRIO DA VIVÊNCIA COM O GRUPO DO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOMICILIAR DE CONDIÇÕES CRÔNICAS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

O Programa realiza visitas domiciliares levando assistência, podendo ajudar no cuidado do idoso doente ou auxiliar o mesmo para um envelhecimento mais saudável. Isto significa que procuram desenvolver um cuidado de saúde para os indivíduos e sua família em sua residência promovendo ou mantendo a saúde, diminuindo os efeitos das doenças e, muitas vezes, da baixa mobilidade. O serviço deve respeitar as características individuais de cada participante visando à promoção e prevenção da saúde com apoio de profissionais qualificados. (Apud MENDES, 2001)

3.1 Características gerais a população idosa

Desde o início do Programa Domiciliar de Gerenciamento de Condições Crônicas em maio de 2010 foram acompanhados um total de 137 pacientes. No entanto, 37 destes já foram a óbito e 4 não entram neste estudo por terem menos de 60 anos de idade. Então, apenas 96 pacientes em acompanhamento estão sendo analisados neste trabalho.

Como se pode perceber, de 100 pacientes do Programa, 96 estão acima dos 60 anos de idade, ou seja, 96% dos pacientes são idosos. Segundo a Universidade Aberta de Terceira Idade (MENDES, 2001), nos Estados Unidos da América, já no ano de 1993, os idosos em assistência domiciliar já era cerca de 70% de todos os usuários.

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19 Dos 96 pacientes do Programa que estão acima dos 60 anos de idade, a predominância era de mulheres com 53 (55,21%) integrantes, enquanto havia 43 (44,79%) do sexo masculino. (Figura 1)

Figura 1: Genero x Quantidade

A faixa de idade encontrada foi de 62 até 105 anos de idade. Para análise dos dados foi dividido em quatro faixas etárias, sendo: de 62 a 71 anos com 21 indivíduos (21,87%); de 72 a 81 anos com 34 indivíduos (35,42%); de 82 a 91 anos com 32 indivíduos (33,33%); e, finalmente, de 92 a 105 anos com 9 indivíduos (9,38%). (Figura 2) Masculino; 43; 45% Feminino; 53; 55%

Gênero X Quantidade

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20 Figura 2: Quantidade de idosos por faixa etária

Em relação às doenças foram encontradas como mais prevalentes: Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 26 idosos, Alzheimer e Diabetes Mellitus (DM) em 14 deles, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em 17 integrantes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em 11 pacientes e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) em 6 idosos (figura 3), podendo apresentar uma ou mais doenças por pessoa. Dos 96 pacientes, 21 não possuíam diagnóstico médico concreto, sobrando 75 idosos dos quais sabemos suas patologias.

No serviço de assistência domiciliar do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo no ano de 1992, preponderaram as patologias: neoplasias em 28,2%, AVC em 18,8%, ICC em 10,9%, DPOC em 10,1%, diabetes mellitus em 9,2% e, por último, HAS em 8,8% dos pacientes. (MENDES, 2001). Doenças parecidas com a do Programa de Gerenciamento de Condições Crônicas da Cooperativa X, porém com prevalências um pouco diferentes.

0 5 10 15 20 25 30 35 62-71 anos 72-81 anos 82-91 anos 92-105 anos 21 34 32 9 Faixa etária

Quantidade de idosos por faixa etária

(22)

21 Figura 3: Prevalência das doenças nos idosos do Programa

Além dessas doenças citadas anteriormente constam ainda, porém com menor significância: parkinson, úlceras de pressão, fraturas, osteoporose, depressão, trombose vascular periférica, anemia, insuficiência renal, coronariopatias, insuficiência urinária, obesidade, tumores, tabagismo e etilismo.

É bastante comum que aumente a quantidade de patologias, especialmente crônicas, em uma mesma pessoa após os 60 anos e fica ainda mais evidente após os 80 anos de idade, ou seja, normalmente os idosos possuem doenças crônicas e múltiplas (Veras, 2003). Não foi diferente com o grupo estudado, pois entre os 75 idosos, 45 possuem duas patologias ou mais associadas. Um paciente possui 7 patologias, três possuem 6 e dois possuem 5 patologias associadas.

As enfermidades presentes nesse grupo de idosos não difere das doenças referidas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), porém não em ordem de prevalência. Segundo a OPAS (2005) as principais doenças crônicas que afetam os idosos são: doenças cardiovasculares, hipertensão, derrame, diabete, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doenças músculo-esqueléticas (artrite

0 5 10 15 20 25 30 26 17 14 14 11 6

Prevalência das doenças nos idosos

do Programa

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22 e osteoporose), doenças mentais (demência e depressão), cegueira e diminuição da visão.

O Diabetes Mellitus, segundo o Manual de Saúde do Idoso (2003), é bastante freqüente no idoso, ocorre em cerca de 20% acima dos 70 anos de idade. Geralmente tem como causas a obesidade, pouca prática de atividades físicas, além de estresse e uso de certos medicamentos. Como conseqüências do diabetes mal tratado podem ocorrer outras doenças como derrame cerebral, amputações de membros inferiores, cegueira, infarto agudo do miocárdio e outros.

A alta prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) nos idosos integrantes do Programa indica a necessidade de apoio e orientação para prevenir doenças cardiovasculares e renais (insuficiência cardíaca, coronariana, acidente vascular encefálico e a insuficiência renal), já que a HAS é um fator causador daquelas doenças (Atenção à saúde do idoso, 2006). Segundo o Ministério da Saúde (2005), as doenças cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade no Brasil e em segundo lugar os cânceres.

A osteoporose, apesar de ter aparecido em poucos idosos desse grupo estudado, é uma doença de bastante relevância nesta faixa etária, pois é uma das principais causas de invalidez nas pessoas idosas. Ela causa o enfraquecimento dos ossos tornando-os mais frágeis e quebradiços podendo levar a fraturas mesmo por leves traumatismos (Manual de saúde do idoso, 2003).

3.2 Organização da assistência domiciliar

A equipe do Programa Domiciliar de Gerenciamento de Condições Crônicas encontrava-se na sala do Serviço de Medicina Preventiva situada na parte inferior do

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23 Hospital da Cooperativa em Ijuí/RS. As visitas eram previamente agendadas pela secretária e após passadas para a responsável daquele dia. A visitação não era sempre feita pela mesma pessoa, os horários eram divididos na semana por uma das enfermeiras, uma técnica de enfermagem ou pela nutricionista. A assistente social apenas participava quando solicitada por uma das três anteriores referidas, no momento em que estas percebiam a necessidade de um apoio maior à família ou ao paciente.

Os atendimentos aos pacientes são divididos em semanal, quinzenal ou mensal. Pacientes mais acometidos, muitas vezes acamados, apresentando lesões como escaras, desnutridos e com maior risco de reinternação hospitalar são atendidos mais seguidamente, de forma semanal. Outros um pouco menos acometidos, mais estáveis, porém com certo grau de risco são atendidos quinzenalmente e os pacientes praticamente independentes, estáveis e com menor risco de reinternação são visitados apenas uma vez ao mês. No entanto, todos podem entrar em contato com o Serviço no momento em que acharem necessário, pedindo uma reavaliação.

Na realização das visitas são levados alguns materiais de apoio como: estetoscópio, esfignomanômetro, material para curativos, termômetro, balança para a verificação do peso de alguns pacientes, material para a verificação da glicose (HGT), luvas de procedimento, álcool gel e outros.

Como meio de locomoção foi usado transporte próprio da Unimed, sendo que, para o controle do Patrimônio do HU, era necessária a anotação da quilometragem e hora de saída e chegada e do número de visitas realizadas no turno.

No turno da tarde era possível a realização de aproximadamente 3 a 5 visitas, sendo que estas tinham perto de 30 minutos à uma hora de duração cada.

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24 O horário de saída para as visitas domiciliares estava organizado em torno das 13 horas e 30 minutos. Durante o caminho até a casa de um dos pacientes, a profissional da equipe responsável por aquele turno, passava um breve histórico do paciente a ser atendido naquele primeiro momento, ou seja, descrevia as condições de moradia, o relacionamento familiar, qual enfermidade(s) acometia o paciente, se era necessário deixar algum material para ele (ex: material de curativo), e outras observações que considerasse importantes.

Durante a visita eram observados e avaliados vários fatores como: sinais vitais, HGT, peso quando possível, nutrição (enteral ou oral), desidratação, aspecto da pele, feridas, posicionamento no leito, horários medicamentos, cuidados da família/cuidador com paciente (necessidade da orientação assistente social), outras orientações. Alguns destes fatores serão explicitados adiante.

3.3 Assistência domiciliar

A primeira coisa, a saber, durante a assistência é como está o estado geral do(a) paciente, como está se sentindo, como passou a semana, se está dormindo bem durante à noite, se está se alimentando bem, se não teve nenhuma intercorrência desde a última visita. Observar a aparência do idoso, se ele parece saudável ou não. Em seguida, são verificados os sinais vitais: pressão arterial, temperatura, freqüência cardíaca e respiratória, ausculta pulmonar e nível de glicose no sangue (HGT). A verificação dos sinais vitais se faz muito importante, pois a presença de doenças como hipertensão arterial, diabetes e AVC são bastante prevalentes e, mantendo um controle desses fatores, é possível reduzir o surgimento de novos casos.

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25 Se o idoso tem condições de se manter em pé sozinho ou com auxílio é possível a realização da pesagem. Este item é muito importante para saber se está se mantendo, aumentando ou diminuindo de peso e, conseqüentemente, auxilia no diagnóstico de obesidade ou desnutrição. Segundo Lourenço ([200?], p. 91), após os 65 anos de idade é comum a perda de peso e a redução de nutrientes, que são causadas pelo estado mórbido pela presença de uma ou mais afecções crônicas.

Ao saber o peso ou, nos casos de pacientes acamados, observar se está mais emagrecido ou se engordou um pouco, é possível ter uma idéia de como está o estado nutricional desse idoso. A partir daí a nutricionista pode reavaliar as orientações já passadas anteriormente, mantendo o que foi proposto ou mudando-as, a fim de estabelecer uma dieta adequada. Uma dentre várias preocupações da nutricionista em relação à dieta é aquela administrada por via sonda ou gastrostomia, pois estas necessitam mais cuidado no preparo, na manipulação, na quantidade, velocidade de administração e na higienização, além de adequar os nutrientes necessários para que o paciente não tenha escaras e outras disfunções orgânicas. Já para os idosos que se alimentam via oral é preciso também uma alimentação adequada para evitar fraquezas e fragilidades, reduzindo os fatores de um envelhecimento adoecido. Quando se faz necessário é utilizada suplementação protéica e/ou calórica.

As orientações sobre uma boa alimentação é importante e deve ser sempre reavaliada, pois muitos fatores podem levar à desnutrição ou à obesidade, além de ajudar a prevenir doenças ou a tratá-las. Segundo a OPAS (2005), a desnutrição em idosos pode ser causada pelas doenças já presentes, isolamento social, deficiências cognitivas e físicas, o uso de muitos medicamentos que podem inibir a fome entre outros. Outro problema pode ser a obesidade, pois o consumo excessivo de

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26 calorias, sal, comidas prontas, pode causar ou piorar problemas crônicos como doenças cardiovasculares, pressão alta e diabetes. Ainda, muitos idosos têm a refeição como o principal evento do dia e guardam uma relação emocional com a comida, tornando mais difícil a manutenção de uma alimentação adequada (Manual de Saúde do Idoso, 2003).

Outro aspecto importante analisado é a hidratação do idoso. O aspecto da pele seca e enrugada pode ser um sinal de desidratação. A orientação de consumo de água tanto via oral quanto enteral é sempre dada, explicando a importância da mesma para as funções orgânicas do corpo.

Alguns dos idosos integrantes do Programa possuem escaras de decúbito. A enfermeira ou a técnica de enfermagem sempre estão presentes na visita destes idosos, pois é necessária a avaliação da ferida para saber se está evoluindo para melhora ou piora. O procedimento para o fechamento da escara é simples e bem explicado aos cuidadores. Primeiro a ferida é limpa com soro fisiológico, após, se necessário, são retirados pedaços de tecido necrosado para dar espaço para o tecido sadio. Quando a ferida é muito profunda e fétida muitas vezes é usado o carvão ativado. O hidrogel também pode ser utilizado em muitos casos. Mas, o que mais foi orientado para evitar as escaras e para o fechamento das mesmas foi o óleo mineral ou ácidos graxos essenciais (como exemplo o Dersani). Muitos destes materiais são disponibilizados pelo serviço de medicina preventiva, ou seja, é contabilizado pela mesma. Caso a ferida piore ou entre em processo de infecção, a equipe comunica o médico coordenador e este encaminha o idoso para uma avaliação com o médico assistente que decide a necessidade de um tratamento com antibióticos ou até debridamento.

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27 Outro aspecto de cunho da enfermagem é a revisão das sondas vesicais e enterais e gástricas, pois têm data de vencimento e devem ser trocadas regularmente para evitar infecções urinárias nas vesicais e dificuldade de alimentação nas outras.

Durante a visita também são observadas as condições em que o paciente se apresenta na cama, na cadeira ou no sofá em que se encontra. Neste momento verifica-se a continuidade das orientações pré-alta recebidas pelos fisioterapeutas e enfermeiros no hospital. Quando o paciente é totalmente dependente procura-se reavaliar as orientações já passadas e se for o caso melhorá-las e deixar de acordo com as condições familiares, financeiras e de espaço. Enfatizando as trocas de decúbito com apoios para evitar úlceras por pressão, a retirada da cama para cadeira, a mudança de um cômodo para outro e o uso de colchão piramidal. São coisas importantes para o paciente sentir-se bem e evitar maiores deficiências funcionais pela imobilidade. Ao perceber-se necessário é indicada a procura de um profissional fisioterapeuta, podendo ser particular, com convênios ou de postos de saúde das regiões em que moram, para tratar desse paciente, já que no presente momento ainda não há um profissional fisioterapeuta que faça parte da equipe de Medicina Preventiva. No entanto, as famílias já saem do hospital orientadas a realizar alguns tipos de exercícios de mobilização do paciente no leito para que este tenha um mínimo de conforto.

Idosos mais ativos ou pouco dependentes também já saem do hospital com orientações de realizar exercícios regulares em casa, se possível com orientação de um fisioterapeuta e, dependendo do caso, de um educador físico. Muitos aprendem alguns exercícios durante a internação e acabam repetindo-os em casa sozinhos ou com ajuda de familiares, no entanto, os mais adeptos a isto são os pacientes com

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28 problemas crônicos pulmonares como os DPOCs. Estes acabam adquirindo alguns aparelhos como o shaker e realizam os exercícios respiratórios aprendidos durante a internação hospitalar por realmente se sentirem melhor.

Então, a fisioterapia e suas orientações realizadas no hospital durante a internação até a pré-alta são muito importantes, pois procuram restaurar déficits físico-funcionais (motores ou respiratórios), estimular o paciente a ser mais ativo e autônomo ou, simplesmente, trazer um mínimo de conforto ao idoso, quando este, já bastante debilitado em cima de uma cama. O objetivo maior da fisioterapia é fazer com que os pacientes consigam ter uma melhor qualidade de vida.

A falta do fisioterapeuta e de outros profissionais, como o psicólogo, na equipe de Medicina Preventiva e no Programa de Gerenciamento de Condições Crônicas faz com que o trabalho e a assistência domiciliar não sejam completos. O fisioterapeuta participante dessa equipe não precisaria fazer atendimentos a cada idoso, mas sim, a cada visita, reavaliar as condições físico-funcionais deste e fazer novas orientações e intervenções ou apenas reforçar as passadas em um momento anterior, assegurando a melhora da qualidade de vida. Um atendimento completo caberia, a meu ver, a um profissional específico de atendimento domiciliar que estimule mais de uma vez por semana o idoso a realizar exercícios respiratórios e motores, a se movimentar e procurar fazer, quanto mais independente possível, as suas atividades cotidianas.

Pacientes idosos que praticam uma atividade física regularmente acabam sofrendo retardo do declínio funcional, promovem contatos sociais e melhoram a capacidade mental. Além disso, segundo a OPAS (p. 23, 2005), o exercício regular pode diminuir o aparecimento de doenças crônicas, o risco de morte por problemas

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29 cardíacos, o risco de quedas, e ainda, reduzir as deficiências causadas pelas doenças crônicas.

Em relação às medicações sempre tem alguma dúvida sobre a administração, horários, dose certa. Isto acontece geralmente quando são idosos ativos, casais que moram sozinhos, sem cuidadores. Apesar de receberem a caixa com os nomes e horários de cada medicamento, muitos acabam se perdendo, principalmente quando o médico assistente resolve trocar uma das medicações. Já é difícil por existir uma enorme quantidade de remédios que precisam tomar para cada tipo de problema, é uma polifarmácia. Piora ainda mais quando precisam ser administrados em muitos horários diferentes. Por esses motivos, a equipe da visita sempre revisa os medicamentos, as novas receitas médicas, trocas de horário e perguntam como estão se sentindo.

O consumo de tantos remédios muitas vezes se torna um problema. A interação medicamentosa ou dosagens inadequadas podem trazer maiores agravos à saúde desses idosos com conseqüente reinternação hospitalar. Por este motivo faz-se necessária a especialização dos profissionais da saúde para tratar adequadamente a população dessa faixa etária.

Algumas considerações sobre a organização dos móveis na casa do paciente, sobre a retirada de obstáculos e de tapetes que possam deslizar ou provocar quedas, também são dadas. Os idosos precisam ter acesso livre aos cômodos sem correr risco de sofrerem quedas e conseqüentes fraturas. A luz acesa no corredor ou no banheiro também é indicada para prevenir acidentes.

Quando o idoso é acamado sugerem-se camas mais altas, algumas vezes hospitalares, para facilitar o trabalho do cuidador/familiar durante o banho e trocas de decúbito.

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30 Apesar da necessidade de algumas modificações estruturais na casa do paciente, é importante ressaltar que este deve se sentir mais amparado quando em seu lar e o processo de melhora pode ser acelerado, pois é um lugar conhecido e que tem a presença da família tornando uma relação mais humanizada (MENDES, 2001). O idoso não tem que se adaptar a um lugar diferente como o hospital, quem precisa de adaptação aos costumes e valores da família em que está interferindo são os profissionais da saúde responsáveis pela assistência domiciliar (MENDES, 2001).

Um fator muito importante observado pela equipe é se o idoso está realmente sendo bem tratado, alimentado, higienizado. Isto é possível perceber quando começam a aparecer muitas feridas pelo corpo do idoso, quando o local em que ele mais fica na casa está fétido de urina e outros sinais de maus tratos. Nestes casos, a assistente social é acionada para averiguar o que está realmente acontecendo.

No entanto, muitas vezes quem precisa de um apoio da assistente social e de uma psicóloga são os familiares e cuidadores, principalmente quando são responsáveis pelos cuidados de um idoso dependente. Algumas vezes, quem cuida acaba se abstendo da própria vida para não deixar nada faltar ao seu ente querido.

A cooperação e a confiança da família para com a equipe são essenciais para o tratamento dos idosos. Sem eles um programa de assistência domiciliar não funciona, pois é a família ou o cuidador que passa todos os dias com o paciente e pode ajudar a detectar algum problema ou algo que esteja precisando (MENDES, 2001).

É preciso incentivar os integrantes do Programa para que cultivem, quando possível, o autocuidado, ou seja, o próprio idoso deve ser autônomo e responsável por suas coisas, sua alimentação, banho, medicamentos, questões financeiras e

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31 outros. Mesmo quando há certas restrições funcionais o idoso pode praticar seu autocuidado utilizando adaptações: bengalas, andadores, mudanças no meio ambiente e de comportamento. (Atenção à Saúde do Idoso, 2006).

Por fim, ao final de cada visita, a equipe anota em uma planilha alguns dados encontrados como sinais vitais, aparência de feridas, dia da troca de sonda entre outros. Procura tirar as dúvidas dos idosos ou de seus cuidadores e encaminha assuntos pendentes.

Entre cada visita, a equipe higieniza as mãos com álcool gel, junta alguns possíveis materiais e lixos hospitalares para serem desprezados no hospital com coleta de lixo adequada.

Para concluir esta etapa pode-se dizer que, no geral, as visitas domiciliares se baseiam na reavaliação contínua do idoso, na obtenção de informações importantes sobre o mesmo com os familiares, no cuidado de afecções já presentes, mas principalmente, na atenção global da saúde do idoso. O Programa busca satisfação, melhora da saúde física e mental, melhora da qualidade de vida e assim, procura prevenir o risco de novas internações hospitalares e possível agudização das doenças crônicas, evitando uma morte precoce.

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4 CONSIDERAÇÕES

Com o aumento da expectativa de vida e conseqüente aumento da população idosa, surge a necessidade de novas implementações na área da saúde que visam a um melhor atendimento desta população, buscando a prevenção e promoção da sua saúde. Além disso, há uma preocupação com a diminuição de custos na saúde, pois esta população tende utilizar mais os recursos de exames, consultas e internações hospitalares.

A parte mais preocupante são as internações hospitalares, que acabam prejudicando ainda mais os idosos em vários aspectos: físico-funcionais, emocionais e sociais e que geram o maior custo em saúde.

Como a população dessa faixa de idade apresenta uma grande predominância em possuir doenças crônicas que podem se agravar e levar à internações hospitalares repetidas, estão sendo reformuladas estratégias de atendimento, através da promoção e prevenção em saúde, para evitar complicações na saúde do idoso e mantê-lo mais ativo e com melhor qualidade de vida.

Uma dessas estratégias são os programas de assistência domiciliar. No caso deste trabalho, foi feito um acompanhamento as visitas domiciliares de idosos participantes no Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas da Medicina Preventiva da Cooperativa X. É um projeto relativamente recente, mas que já é possível acompanhar bons resultados.

Os idosos são sempre selecionados dentro do Hospital da Cooperativa X, ou seja, são pacientes internados que tem risco de reinternação hospitalar e que podem ser acompanhados em casa ou por telefone.

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33 Pode-se perceber que esses pacientes possuem um acompanhamento de vários profissionais dentro do hospital, onde também recebem várias orientações, de várias áreas antes da alta hospitalar.

O acompanhamento domiciliar tem se mostrado muito importante, pois já se pode ver resultados quanto ao custo. Este diminuiu à medida que as reinternações também diminuíram e, isso, em pouco tempo de existência do Programa.

Durante as visitas aos domicílios dos pacientes, a satisfação e a alegria da maioria dos familiares era bastante presente. Os pacientes mais independentes também se mostraram gratos com o trabalho da equipe do programa. A maioria conversava e tirava suas dúvidas independentemente quais fossem, perguntavam se estavam seguindo corretamente as orientações recebidas. A necessidade de dialogar era imensa, sempre estavam prontos pra nos receber.

Claro que, em algumas famílias, a recepção não foi tão calorosa e muito menos gostariam de escutar o que precisava ser dito. Geralmente nesses casos pode-se perceber certo descuido do familiar ou cuidador para com o idoso, principalmente em casos em que o idoso fosse dependente e que precisaria de um apoio maior da família. Felizmente, isso ocorreu na minoria dos que visitei.

As profissionais da equipe de visitas são muito competentes e atenciosas, sempre tentando ouvir, responder e resolver tudo o que lhes foi solicitado, mesmo quando se fazia necessário repetir orientações e informações.

Os profissionais da saúde que trabalham nesta área de assistência no domicílio precisam estar preparados para entender diferentes concepções, culturas e maneiras de ser de cada paciente e seus familiares. Cada um tem uma maneira diferente de viver e já estão acostumados com isso, o profissional que chega lá na

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34 casa do idoso precisa tentar cuidar da saúde do indivíduo usando tudo o que sabe, porém preservando o histórico deste e suas experiências de vida.

A partir da minha vivência percebi que talvez, este seja o ponto mais delicado e complicado de entender. Pois não é fácil o profissional lidar com um paciente em um ambiente estranho, que não seja seu local de trabalho (no meu caso o hospital). Além disso, precisa ter a família como parceira no tratamento, mostrando a ela como cuidar mantendo, quando possível, a autonomia do paciente.

Nesse Programa vivenciado por mim, foi possível perceber algumas falhas como a falta de mais profissionais de diferentes áreas como um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional e um psicólogo. Com certeza a presença destes profissionais melhoraria ainda mais os resultados do Programa e, principalmente, melhoraria a qualidade de vida dos idosos. A assistência ficaria mais completa, reduziriam problemas resultantes da imobilidade, problemas respiratórios, facilitariam os meios de locomoção e de espaço no lar desses indivíduos e, também, teriam um melhor apoio emocional que é tão importante para essas pessoas.

No entanto, como o Serviço de Medicina e o Programa Domiciliar de Gerenciamento de Condições Crônicas são recentes na Cooperativa X, incluir na equipe mais profissionais de diferentes áreas poderá acontecer durante o seu processo de estruturação.

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5 CONCLUSÃO

A realização desta vivência me mostrou o quanto é importante um trabalho de promoção e prevenção de saúde com idosos como a assistência domiciliar, pois esta procura fazer com que os idosos vivam melhor mesmo com doenças crônicas instaladas, estimulando uma velhice mais ativa e evitando internações hospitalares repetidas e conseqüentes agravos funcionais, emocionais e sociais. Isso para mim é de extrema importância e fiquei satisfeita com o que vi nesta experiência, ou seja, alcançou minhas expectativas. Além disso, são inegáveis os benefícios para a própria cooperativa, pelo fato de seus custos com saúde diminuírem consideravelmente.

Este trabalho me possibilitou ampliar o conhecimento de um campo de atuação onde ainda não tinha experiência, principalmente no atendimento domiciliar a idosos a partir de uma equipe multiprofissional. Foi importante perceber as articulações e vínculos entre essa equipe, de um lado, e de outro, as relações e atividades desta com os pacientes e suas famílias e/ou cuidadores.

Ainda saliento que esta experiência permitiu estabelecer novas relações com o meu trabalho no âmbito hospitalar, por ter proporcionado uma maior compreensão das necessidades dos idosos quando hospitalizados e, além disso, fortaleceu a minha opção pela Fisioterapia em Geriatria cuja área pretendo continuar estudando e exercendo atividades.

Por fim, é preciso destacar a relevância deste trabalho no aprofundamento teórico realizado nesta área, que oportunizou a busca de literatura específica para a compreensão de aspectos analisados.

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