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Flashback em a Flor de Sakura - Daniel Angrimani

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DADOS DE COPYRIGHT

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Sobre a obra: Sobre a obra:

A

A presentpresente obra e obra é disponibilié disponibilizada pela equipezada pela equipe Le Livros Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de e seus diversos parceiros, com o objetivo de

oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura.

qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura.

É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo

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forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhe

forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento ecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pe

toda e qualquer pessoassoa. V. Você poocê pode encontrar mde encontrar mais ais obraobras em s em nosso site:nosso site: lelivros.lovelelivros.love ou em qualquer um ou em qualquer um

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dos sitess sites parceiros apresentadosparceiros apresentados neste linkneste link..

"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e

 poder, então nossa sociedade poderá enfi

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DANIEL ANGRIMANI

DANIEL ANGRIMANI

FLASHBACK

FLASHBACK

em: F

em: F

lor de Saku

lor de Saku

ra

ra

Dedicatória:

Dedicatória:

Aos meus pais:

Aos meus pais:

Danilo e Jussara

Danilo e Jussara

2ª edição 2ª edição Angrimani, Daniel Angrimani, Daniel

Nome do Livro: Flashback em: Flor de Sakura

Nome do Livro: Flashback em: Flor de Sakura

São Bernardo do Campo: Escritório de Mídia, 2011.

São Bernardo do Campo: Escritório de Mídia, 2011.

ISBN: 978-85-60891-17-7

ISBN: 978-85-60891-17-7

Literatura Brasileira

Literatura Brasileira

Todos os direitos desta edição reservados a

Todos os direitos desta edição reservados a

Daniel Angrimani

Daniel Angrimani

Copyright 2010 by Daniel Angrimani

Copyright 2010 by Daniel Angrimani

Diagramação e capa por Francis Lima

Diagramação e capa por Francis Lima

EDITORA:

EDITORA:

ESCRITÓRIO DE MÍDIA

ESCRITÓRIO DE MÍDIA

Rua Jônio, 12, sala 17

Rua Jônio, 12, sala 17

09750-340 – São Bernardo do Campo – SP

09750-340 – São Bernardo do Campo – SP

Telefone: (

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Capítulo 1

Capítulo 1

O Flashback

O Flashback

11:42AM – 07/05/2009 – BRASIL – PRAIA DO UNA

11:42AM – 07/05/2009 – BRASIL – PRAIA DO UNA

O relógio na parede

O relógio na parede não se mnão se movimovimententava e ava e aquela paspalaquela paspalhha da a da professora de professora de hhistória istória nnão parão parava de ava de falar,falar,

enquanto olhava para o teto.

enquanto olhava para o teto.

Rolava um

Rolava uma estória a estória dessa professora dessa professora de história, a Cibelde história, a Cibelle, sobre le, sobre essa manessa mania delia dela de nua de nunca olhar para anca olhar para a

cara de alguém. Ela fazia isso porque tinha sido capturada por uma tribo canibal em algum lugar da

cara de alguém. Ela fazia isso porque tinha sido capturada por uma tribo canibal em algum lugar da

Amazônia, no Acre... Sei lá. E, diziam que, se você olhasse fixo no olho de um canibal, ele lhe comeria

Amazônia, no Acre... Sei lá. E, diziam que, se você olhasse fixo no olho de um canibal, ele lhe comeria

vivo. Ela não olhou. Sobreviveu. Ficou traumatizada e nunca mais olhou fixo para alguém.

vivo. Ela não olhou. Sobreviveu. Ficou traumatizada e nunca mais olhou fixo para alguém.

Mas nada disso vem ao caso agora, pois o que importa é a minha história. E ela começa comigo quase

Mas nada disso vem ao caso agora, pois o que importa é a minha história. E ela começa comigo quase

dormindo na última carteira da fileira da esquerda daquela sala de aula. Lá estava sentado: eu! - um

dormindo na última carteira da fileira da esquerda daquela sala de aula. Lá estava sentado: eu! - um

garoto, com seus quase quinze anos, o queixo apoiado no braço direito observando os acontecimentos

garoto, com seus quase quinze anos, o queixo apoiado no braço direito observando os acontecimentos

daquela aula.

daquela aula.

As minhas sobrancelhas grossas, quase não se movimentavam apenas se mexiam quando a professora

As minhas sobrancelhas grossas, quase não se movimentavam apenas se mexiam quando a professora

falava a

falava a palavra palavra GUGUERRAERRA. E naqu. E naquela ela aula específica aula específica ela ela falava mfalava muuito disso. ito disso. Porque ela ePorque ela estavastava

ensinando sobre a Segunda Guerra Mundial.

ensinando sobre a Segunda Guerra Mundial.

História poderia ser uma matéria legal, ainda mais quando é discutido um assunto como a Guerra

História poderia ser uma matéria legal, ainda mais quando é discutido um assunto como a Guerra

Mundial, porque todo mundo gosta de: avião, tanque de guerra, soldado, metralhadoras, granada, um

Mundial, porque todo mundo gosta de: avião, tanque de guerra, soldado, metralhadoras, granada, um

grande inimigo para derrotar, uma mulher te esperando voltar da batalha e um uniforme bacana. É por

grande inimigo para derrotar, uma mulher te esperando voltar da batalha e um uniforme bacana. É por

isso que filme assim faz tanto sucesso e rende tanto dinheiro.

isso que filme assim faz tanto sucesso e rende tanto dinheiro.

Imagina só, você numa guerra, seu amigo sangrando querendo um pacotinho de morfina e você tendo que

Imagina só, você numa guerra, seu amigo sangrando querendo um pacotinho de morfina e você tendo que

correr

correr escapando de unescapando de uns tiros, chegs tiros, chega lá a lá e o sale o salva. Maravilha.va. Maravilha.

Obviamente, como tudo na escola, a Guerra acaba ficando chata. Porque a gente tem que decorar diversas

Obviamente, como tudo na escola, a Guerra acaba ficando chata. Porque a gente tem que decorar diversas

datas inúteis e nomes de diversos generais e políticos que deixam tudo sem graça. Na hora da emoção, a

datas inúteis e nomes de diversos generais e políticos que deixam tudo sem graça. Na hora da emoção, a

professora Cibel

professora Cibelle ale apenas dizia: “Ocorrepenas dizia: “Ocorreu enu então a Batalha de Pearl tão a Batalha de Pearl Harbor, em Harbor, em seguseguida, o ida, o presidente...”presidente...”

 – On

 – Onde estão os kde estão os kamamikazikazes? Os porta-aviões? Tiros? Sobreviventes? Nes? Os porta-aviões? Tiros? Sobreviventes? NADAADA..

E era justamente por esse motivo que eu estava quase dormindo na aula. Só não conseguia dormir porque

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o meu sh

o meu short do ort do ununiforme estava iforme estava aperapertando mtando minhinhas as coxas. Eu escoxas. Eu estava ctava crescrescendo e endo e ningninguém uém da minhda minha famíliaa família

tinh

tinha da dinhinheireiro neceso necessárisário pao para ra acompanhacompanhar ar mmeu creeu cresciscimmento estrutuento estrutural ral com roupas do com roupas do mmeu tameu tamanhanho.o.

Eu venho de uma família pequena, tenho um pai, que tem uma livraria, minha mãe o ajuda com os

Eu venho de uma família pequena, tenho um pai, que tem uma livraria, minha mãe o ajuda com os

negócios e meu irmão que simplesmente não faz nada. Apenas vive no píer andando de skate com seus

negócios e meu irmão que simplesmente não faz nada. Apenas vive no píer andando de skate com seus

amigos.

amigos.

Olhei para minha camiseta furada e fiquei ainda mais deprimido. Pode alguém ser pior do que eu? Virei

Olhei para minha camiseta furada e fiquei ainda mais deprimido. Pode alguém ser pior do que eu? Virei

meus olhos castanhos para a minha direita e estava Luís Sussumu. Ele tinha uma vida pior do que a

meus olhos castanhos para a minha direita e estava Luís Sussumu. Ele tinha uma vida pior do que a

minha.

minha.

O Luís vivia com seu avô, o seu Sussumu, o louco. O avô de Luís era tão, mas tão louco que gostava de

O Luís vivia com seu avô, o seu Sussumu, o louco. O avô de Luís era tão, mas tão louco que gostava de

pescar com dinamite. Ele era pescador e por isso eles moravam em uma vila de pescadores na minha

pescar com dinamite. Ele era pescador e por isso eles moravam em uma vila de pescadores na minha

cidade, em uma espécie de cabana. E todo dia, no café da manhã, no almoço e no jantar eles comiam

cidade, em uma espécie de cabana. E todo dia, no café da manhã, no almoço e no jantar eles comiam

peixe, com

peixe, com as varias variações: ações: assado, frito ou cruassado, frito ou cru. E era por . E era por esse motesse motivo que o Luivo que o Luís erís era pior a pior do que eudo que eu, pois, pois

tinha o hálito de peixe podre.

tinha o hálito de peixe podre.

Entretanto, em toda a Escola Estadual da Praia do Una, não existia um menino mais amigo do que o Luís

Entretanto, em toda a Escola Estadual da Praia do Una, não existia um menino mais amigo do que o Luís

Sussumu, que usava seu cabelo tigela sobre os olhos puxados, sempre de camisa por cima do uniforme e

Sussumu, que usava seu cabelo tigela sobre os olhos puxados, sempre de camisa por cima do uniforme e

chin

chinelos de elos de dedo.dedo.

Eu, por minha vez, gostava de usar tênis para ir à escola. Odiava chinelo, apesar de morar na praia.

Eu, por minha vez, gostava de usar tênis para ir à escola. Odiava chinelo, apesar de morar na praia.

Porque g

Porque gostava de andar de skate até a escola ostava de andar de skate até a escola e de chinelo é perie de chinelo é periggoso, porque na hoso, porque na hora de ora de parar parar ele podeele pode

entortar e o skatista cai de nariz no chão.

entortar e o skatista cai de nariz no chão.

Olhei para meu relógio do Homem-Aranha. Eu o usava desde os nove anos. Mas como meus pais não iam

Olhei para meu relógio do Homem-Aranha. Eu o usava desde os nove anos. Mas como meus pais não iam

me comprar outro continuava usando. Ainda bem que nessa época a moda retrô estava em alta, logo todos

me comprar outro continuava usando. Ainda bem que nessa época a moda retrô estava em alta, logo todos

que eram maneiros na minha escola usavam algo de quando eram crianças.

que eram maneiros na minha escola usavam algo de quando eram crianças.

Por

Por exemexemplo, plo, o Dênis, o Dênis, ele ele estava estava usanusando umdo uma ca chuhupeta epeta em um um m colcolar. O Ricar. O Ricardo ardo tinhtinha um poka um pokémémonon

decorando o celular. A Carlinha usava lacinhos no cabelo de quando era bebê. E até mesmo o Luís usava

decorando o celular. A Carlinha usava lacinhos no cabelo de quando era bebê. E até mesmo o Luís usava

uma pulseira de anzóis, que eram parte de seu móbile quando era neném.

uma pulseira de anzóis, que eram parte de seu móbile quando era neném.

O meu relógio marcava dez minutos para o meio-dia. Desejei muito poder adiantar o tempo e

O meu relógio marcava dez minutos para o meio-dia. Desejei muito poder adiantar o tempo e

simplesmente chegar na hora de sair daquela sala de aula, com aquela mulher que olhava para o teto. Mas

simplesmente chegar na hora de sair daquela sala de aula, com aquela mulher que olhava para o teto. Mas

eu não podia adiantar o tempo.

eu não podia adiantar o tempo.

E passei os minutos finais da aula, observando Aline Sakura, uma estudante nova que viera do Japão. Ela

E passei os minutos finais da aula, observando Aline Sakura, uma estudante nova que viera do Japão. Ela

ainda não falava quase nada de português. Seu pai era algum cientista que tinha sido mandado para cá.

ainda não falava quase nada de português. Seu pai era algum cientista que tinha sido mandado para cá.

Vai saber Deus o que um cientista vem fazer na Praia do Una, mas ainda bem que eles estavam aqui, pois

Vai saber Deus o que um cientista vem fazer na Praia do Una, mas ainda bem que eles estavam aqui, pois

com seu

com seus longs longos cabeos cabelos prlos pretos e seus olhinhetos e seus olhinhos puxos puxados de ados de cor vecor verde elrde ela era a era o mo motivo real otivo real de eu ir de eu ir parapara

a aula, ela era maravilhosa.

a aula, ela era maravilhosa.

A professora então gritou: “O DIA D” e eu me assustei. Maldita refém de canibais! Ela estava falando

A professora então gritou: “O DIA D” e eu me assustei. Maldita refém de canibais! Ela estava falando

sobre o

sobre o Dia D. QuDia D. Que o e o exército de aliexército de aliados havia desados havia desemembarcado barcado nno lio litoral da toral da NormNormandia e tinhandia e tinham am sidosido

recebi

recebidos de dos de umuma mana maneira eira pouco calorosa pouco calorosa pelos pelos nnazistas.azistas.

Entretanto, antes que a história toda pudesse ser concluída o sinal soou. E todos levantaram das cadeiras.

Entretanto, antes que a história toda pudesse ser concluída o sinal soou. E todos levantaram das cadeiras.

Com sua voz sendo praticamente consumida pelo som dos alunos, ela berrou:

Com sua voz sendo praticamente consumida pelo som dos alunos, ela berrou:

- Quem me trouxer amanhã, o nome do general que elaborou o plano de desembarque dos aliados no Dia

- Quem me trouxer amanhã, o nome do general que elaborou o plano de desembarque dos aliados no Dia

D ir

D irá ganhá ganhar ar UUM PONTO nM PONTO na pra prova!ova!

“Ninguém vai trazer”, eu pensei enquanto tirava meu boné da minha mochila e o colocava na cabeça. Não

“Ninguém vai trazer”, eu pensei enquanto tirava meu boné da minha mochila e o colocava na cabeça. Não

podíamos usar bonés na sala de aula. E como meu cabelo estava grande, quase tampando meus olhos, eu

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tinha que usar um para poder voltar para a casa. Usava um boné vermelho que tinha achado na praia, de

tinha que usar um para poder voltar para a casa. Usava um boné vermelho que tinha achado na praia, de

um turista que tinha visitado a Inglaterra, pois nele estava escrito: ENGLAND, de cor branca.

um turista que tinha visitado a Inglaterra, pois nele estava escrito: ENGLAND, de cor branca.

Já com o skate na mão, coloquei o fone de ouvido do meu mp4 no ouvido. Estava ouvindo John Mayer. E

Já com o skate na mão, coloquei o fone de ouvido do meu mp4 no ouvido. Estava ouvindo John Mayer. E

com

comecei ecei a saia sair da r da escola, escola, logo atrás de Alilogo atrás de Aline. Seu perfne. Seu perfumume de e de cerejcereja ala alcançava mcançava meus pueus pulmlmões.ões.

Perto do corredor, o aroma aos poucos foi sendo substituído por peixe. Luis estava próximo de mim. Ele

Perto do corredor, o aroma aos poucos foi sendo substituído por peixe. Luis estava próximo de mim. Ele

parecia tenso:

parecia tenso:

- Guilherme, o que você vai fazer hoje à tarde? – Ah sim, meu nome é Guilherme Carvalho, muito prazer!

- Guilherme, o que você vai fazer hoje à tarde? – Ah sim, meu nome é Guilherme Carvalho, muito prazer!

- Acho q

- Acho que nada, por ue nada, por quê? – quê? – Seus olSeus olhos aumhos aumentaram de tamentaram de tamanhanho, e o, e ficaraficaram qum quase ase do tamando tamanho dos meusho dos meus

olhos, e olha que meus olhos são enormes, parecem duas bolas de tênis e o Luís tem origem oriental!

olhos, e olha que meus olhos são enormes, parecem duas bolas de tênis e o Luís tem origem oriental!

- Meu avô

- Meu avô dissdisse que hoje e que hoje o mar estaro mar estará NERá NERVVOSO. EntOSO. Então, ão, não nade. Senão nade. Será rá pior pior que umque uma TORMENTa TORMENTA!A!

- Seu avô ainda grita: Rá. Quando é picado por um mosquito?

- Seu avô ainda grita: Rá. Quando é picado por um mosquito?

- Sim. Por quê? – Ele perguntou enquanto coçava a cabeça.

- Sim. Por quê? – Ele perguntou enquanto coçava a cabeça.

- Nada. Tomarei cuidado.

- Nada. Tomarei cuidado.

Eu já estava na saída da minha escola, que ficava em uma grande descida, e lá embaixo, a praia. Eu

Eu já estava na saída da minha escola, que ficava em uma grande descida, e lá embaixo, a praia. Eu

deveria descer a rua, virar à esquerda e mais um quarteirão era minha casa, onde também funcionava a

deveria descer a rua, virar à esquerda e mais um quarteirão era minha casa, onde também funcionava a

livraria da família.

livraria da família.

Coloquei o outro fone de ouvido. E estava tocando Daughters do John Mayer. Despedi-me de Luís. Olhei

Coloquei o outro fone de ouvido. E estava tocando Daughters do John Mayer. Despedi-me de Luís. Olhei

para Aline que entrava em seu BMW preto, dirigido pelo pai, ele tinha um semblante sério e usava

para Aline que entrava em seu BMW preto, dirigido pelo pai, ele tinha um semblante sério e usava

óculos de grau, grandes como os de alguém quase cego. Fui ver as horas em meu relógio, os dois braços

óculos de grau, grandes como os de alguém quase cego. Fui ver as horas em meu relógio, os dois braços

do Aranha, para cima: meio-dia. “Em quanto tempo chego em casa?”

do Aranha, para cima: meio-dia. “Em quanto tempo chego em casa?”

Em milésimos, já descia a rua sob meu skate. Andava rápido, muito rápido. Desviei de um carro, passei

Em milésimos, já descia a rua sob meu skate. Andava rápido, muito rápido. Desviei de um carro, passei

por um

por uma bica bicicleta. Podiicleta. Podia ouvir as a ouvir as rodinhrodinhas rodaas rodando nndo no chão em alta velocidadeo chão em alta velocidade..

Passei pelo farol verde. Era bom ouvir aquela música e sentir aquele vento em meu rosto. Desviei de

Passei pelo farol verde. Era bom ouvir aquela música e sentir aquele vento em meu rosto. Desviei de

mais um carro e já estava quase chegando à praia, tinha que virar a esquerda. O farol estava aberto.

mais um carro e já estava quase chegando à praia, tinha que virar a esquerda. O farol estava aberto.

V

Vireiirei. Ainda com . Ainda com a velocia velocidade da dade da descida descida andei mandei mais o ais o quartquarteirão eirão quque faltava até a porta da le faltava até a porta da livrariivraria daa da

minha família.

minha família.

Desci do

Desci do skatskate e e e ententrei rei na livrarina livraria, que estava com ua, que estava com umma plaa placa de ca de fechfechada parada para o a o almalmoço. Passei oço. Passei pelo marpelo mar

de livros que estavam nas estantes, e atravessando a porta do fundo entrei em minha casa, exatamente na

de livros que estavam nas estantes, e atravessando a porta do fundo entrei em minha casa, exatamente na

cozinha.

cozinha.

Estavam sentados em torno da mesa meu pai e

Estavam sentados em torno da mesa meu pai e mmeu irmão, mineu irmão, minha mha mãe ãe preppreparaarava umva uma sa salaalada. da. Meu paiMeu pai

estava lendo A Origem das Espécies de Charles Darwin e meu irmão assistia à televisão enquanto comia.

estava lendo A Origem das Espécies de Charles Darwin e meu irmão assistia à televisão enquanto comia.

Lavei as mãos no lavabo e sentei à mesa. Meu pai baixou o livro, ajeitou os óculos. Seus olhos eram tão

Lavei as mãos no lavabo e sentei à mesa. Meu pai baixou o livro, ajeitou os óculos. Seus olhos eram tão

grandes quanto os meus.

grandes quanto os meus.

- Como foi na escola?

- Como foi na escola?

- A professora tentou ensinar sobre a Segunda Guerra Mundial.

- A professora tentou ensinar sobre a Segunda Guerra Mundial.

- E como foi?

- E como foi?

- Ela não falou nada de importante.

- Ela não falou nada de importante.

- Você tem que ler... – E antes que ele pudesse falar o nome de outro livro para eu ler, minha mãe trouxe a

- Você tem que ler... – E antes que ele pudesse falar o nome de outro livro para eu ler, minha mãe trouxe a

salada

salada e eu come eu comecei ecei a ma me servie servir, ela se ser, ela se senntou tou e dissee disse::

- J.T. você tem que me esperar! – Meu irmão não respondeu.

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- Ele é um rebelde sem causa e sem OUTRA calça. Porque ele só usa essa vermelha. – Após eu dizer isso

- Ele é um rebelde sem causa e sem OUTRA calça. Porque ele só usa essa vermelha. – Após eu dizer isso

todos começaram a rir, porque realmente meu irmão só usava roupas da cor vermelha:

todos começaram a rir, porque realmente meu irmão só usava roupas da cor vermelha:

- Pelo menos eu não uso o calção de quando eu engatinhava.

- Pelo menos eu não uso o calção de quando eu engatinhava.

- Nossa, que bravo. – Eu respondi enquanto enchia a boca com o purê de batatas.

- Nossa, que bravo. – Eu respondi enquanto enchia a boca com o purê de batatas.

- O que vocês pretendem fazer hoje de tarde? J.T. você bem que poderia nos ajudar com a livraria, não é

- O que vocês pretendem fazer hoje de tarde? J.T. você bem que poderia nos ajudar com a livraria, não é

mesmo?

mesmo?

- Pai, finge que eu não existo.

- Pai, finge que eu não existo.

Meu irmão, o J.T., não era uma pessoa muito agradável. Ele já tinha dezenove anos e ainda fazia o último

Meu irmão, o J.T., não era uma pessoa muito agradável. Ele já tinha dezenove anos e ainda fazia o último

ano da escola, cabulava aulas para andar de skate e sair com seus amigos que não eram pessoas muito

ano da escola, cabulava aulas para andar de skate e sair com seus amigos que não eram pessoas muito

boas. Ele andava com a turma dos Pimentas e eles tinham a fama de roubar, pichar e até mesmo usar

boas. Ele andava com a turma dos Pimentas e eles tinham a fama de roubar, pichar e até mesmo usar

algum

algumas as drogas.drogas.

- Eu pretendo andar de skate hoje de tarde. – Eu disse, enquanto abocanhava um bife.

- Eu pretendo andar de skate hoje de tarde. – Eu disse, enquanto abocanhava um bife.

- De

- De qualquer forma, não nadem nqualquer forma, não nadem no maro mar, el, ele ee está costá com onm ondas das mmuito grandes e uito grandes e formformando roando rodamoindamoinhos hoje.hos hoje.

Deu na televisão. – Falou minha mãe parecendo tensa.

Deu na televisão. – Falou minha mãe parecendo tensa.

- Nossa, o Seu Sussumu disse isso para o Luís. Achei que era mais umas de suas pirações.

- Nossa, o Seu Sussumu disse isso para o Luís. Achei que era mais umas de suas pirações.

- Você ainda anda com o Bacalhau.

- Você ainda anda com o Bacalhau.

- J.T.! – Berrou meu pai: - Mais respeito com seu irmão e os amigos dele, o Sussumu deve ter visto isso

- J.T.! – Berrou meu pai: - Mais respeito com seu irmão e os amigos dele, o Sussumu deve ter visto isso

na TV.

na TV.

- É, mas ele não tem TV – Eu disse, mas ninguém prestou muita atenção em mim.

- É, mas ele não tem TV – Eu disse, mas ninguém prestou muita atenção em mim.

De qualqu

De qualquer former forma aquele ala aquele almmoço passou rápioço passou rápido e do e depois depois de comer fude comer fui andar de i andar de skatskate, perce, percorri orri toda atoda a

orla

orla da praida praia do a do UUna. Nós tna. Nós tínhínhamamos dois os dois piers piers e cere cerca de ca de 14 quiosques, on14 quiosques, onde a de a mmaioria aioria dos pais dos pais dos meudos meuss

am

amigos trabigos trabalhava alhava e no vee no verão rão eleeles ganhs ganhavam mavam muito dinheiro. uito dinheiro. Diferente do Diferente do mmeu pai eu pai que nuque nunca ganhnca ganhavaava

nada com a livraria.

nada com a livraria.

Já eram quatro horas e trinta minutos segundo meu relógio do Homem-Aranha. Tirei meus fones de

Já eram quatro horas e trinta minutos segundo meu relógio do Homem-Aranha. Tirei meus fones de

ouvido e fui sem pressa empurrando meu skate em direção ao píer.

ouvido e fui sem pressa empurrando meu skate em direção ao píer.

Pude ver lá no fim do píer Luís e se avô pescando, mas dessa vez era com varas de bambu e não com

Pude ver lá no fim do píer Luís e se avô pescando, mas dessa vez era com varas de bambu e não com

dinam

dinamite. Comite. Comecei ecei a me aproxima me aproximar dar deles, eles, ainda sobre ainda sobre o skate. Eno skate. Encarei carei ao lao lado delado deles umes uma pea pessoa dessoa de

costas vestida de coelho rosa cercada por um punhado de crianças, me chamou a atenção um garotinho

costas vestida de coelho rosa cercada por um punhado de crianças, me chamou a atenção um garotinho

negro que estava todo lambuzado por sorvete, desde o nariz até a ponta do queixo.

negro que estava todo lambuzado por sorvete, desde o nariz até a ponta do queixo.

Enquanto passava com meu skate na frente da loja de churros pude ver que Aline e seu pai comiam ali e

Enquanto passava com meu skate na frente da loja de churros pude ver que Aline e seu pai comiam ali e

olhavam para o mar agitado. Passei na frente dela, e ela olhou fundo em meus olhos. Ela, assim como eu

olhavam para o mar agitado. Passei na frente dela, e ela olhou fundo em meus olhos. Ela, assim como eu

e Luís, ainda usava seu uniforme da escola. Engraçado, seus olhos verdes pareciam me interrogar.

e Luís, ainda usava seu uniforme da escola. Engraçado, seus olhos verdes pareciam me interrogar.

Desatento bati em alguém. Caí no chão. Mas a pessoa me ajudou a levantar, contudo ela estava me

Desatento bati em alguém. Caí no chão. Mas a pessoa me ajudou a levantar, contudo ela estava me

levantan

levantando pelo do pelo pescoço.pescoço.

Abri meus olhos quando meus pés estavam a um palmo do chão. Era J.T. que me agarrava pelo pescoço.

Abri meus olhos quando meus pés estavam a um palmo do chão. Era J.T. que me agarrava pelo pescoço.

Seus olhos grandes e castanhos como os meus pareciam estar enfurecidos e suas grossas sobrancelhas

Seus olhos grandes e castanhos como os meus pareciam estar enfurecidos e suas grossas sobrancelhas

indicavam qu

indicavam que ele ele estava ce estava com om raiva.raiva.

V

Virei irei a cabeça cabeça, Aline e seu pai estavam em a, Aline e seu pai estavam em pé abaipé abaixo da loja de xo da loja de chuchurros e rros e pareciapareciam m ansiosos, ela esansiosos, ela estavatava

próxima de mim, eu podia sentir seu cheiro. Foi quando J.T. falou:

próxima de mim, eu podia sentir seu cheiro. Foi quando J.T. falou:

- Seu verme. Você vai morrer.

(9)

- Caramba J.T.! – E pegando mais oxigênio, eu continuei: - Só encostei em você.

- Caramba J.T.! – E pegando mais oxigênio, eu continuei: - Só encostei em você.

Logo mais sete meninos todos vestidos de vermelho assim como meu irmão estavam ao seu lado. Eles

Logo mais sete meninos todos vestidos de vermelho assim como meu irmão estavam ao seu lado. Eles

queriam que eu morresse também. Os Pimentas não eram nada gentis.

queriam que eu morresse também. Os Pimentas não eram nada gentis.

Os Pi

Os Pimmentas eraentas eram m constituconstituídos ídos do edo energúnergúmmeno do eno do mmeu irmão J.T., do eu irmão J.T., do PP.H. que tinha idei.H. que tinha ideias as tão áctão ácidaidas ques que

poderiam até derreter aço, de J.D. um menino que fazia a quarta vez a décima série, do F.T. que tinha sido

poderiam até derreter aço, de J.D. um menino que fazia a quarta vez a décima série, do F.T. que tinha sido

considerado mais burro que um macaco pelo teste de QI da Escola Estadual da Praia do Una, por G.G.

considerado mais burro que um macaco pelo teste de QI da Escola Estadual da Praia do Una, por G.G.

um

um mmenino tão grande, mas tão grande enino tão grande, mas tão grande que nenque nenhuhumma foto tinha sido a foto tinha sido tirada tirada do sdo seu pé eu pé até sua caté sua cabeçabeçaa

durante toda sua vida, de A.B. um garoto que aparentemente gostava de beber sangue e de Pimenta, o

durante toda sua vida, de A.B. um garoto que aparentemente gostava de beber sangue e de Pimenta, o

líder do bando, com a ficha criminal tão extensa quanto a bíblia.

líder do bando, com a ficha criminal tão extensa quanto a bíblia.

- Joga ele no chão e vamos chutá-lo! – P.H. berrou.

- Joga ele no chão e vamos chutá-lo! – P.H. berrou.

- Bate com a cabeça dele aqui no píer. – Disse o F.T. encostando na madeira que servia como proteção

- Bate com a cabeça dele aqui no píer. – Disse o F.T. encostando na madeira que servia como proteção

para ninguém no píer cair no mar assim que chegasse na beirada desse.

para ninguém no píer cair no mar assim que chegasse na beirada desse.

- Não, joga ele no mar.

- Não, joga ele no mar.

Todos ficaram em silêncio. Era o Pimenta que estava falando, o líder da gangue. Seu nariz parecia uma

Todos ficaram em silêncio. Era o Pimenta que estava falando, o líder da gangue. Seu nariz parecia uma

pimenta malagueta e seus cabelos eram vermelhos como sangue. Olhei para o fim do píer e vi Luis e

pimenta malagueta e seus cabelos eram vermelhos como sangue. Olhei para o fim do píer e vi Luis e

Sussumu pescando, desejei tanto que eles virassem naquele momento. Que ódio! Então J.T. me colocou

Sussumu pescando, desejei tanto que eles virassem naquele momento. Que ódio! Então J.T. me colocou

para o lado de fora do píer, apenas me segurando com suas mãos.

para o lado de fora do píer, apenas me segurando com suas mãos.

- Eu sou... – Com dificuldade concluiu: - ...Seu irmão!

- Eu sou... – Com dificuldade concluiu: - ...Seu irmão!

Ele ainda me segurou alguns instantes. Deu-me tempo de observar o mar se movendo abaixo de mim, ele

Ele ainda me segurou alguns instantes. Deu-me tempo de observar o mar se movendo abaixo de mim, ele

parecia estar agitado mesmo. Eu estava cerca de uns sete metros de distância da água. E a praia estava

parecia estar agitado mesmo. Eu estava cerca de uns sete metros de distância da água. E a praia estava

longe dali. Olhei para meu irmão mais uma vez.

longe dali. Olhei para meu irmão mais uma vez.

Mas ele me soltou, e eu fui caindo. Coloquei as mãos na frente do meu rosto enquanto tentava retomar o

Mas ele me soltou, e eu fui caindo. Coloquei as mãos na frente do meu rosto enquanto tentava retomar o

ar. O relógio marcava quatro horas e trinta e oito minutos. Ainda mal conseguia respirar e meu mp4

ar. O relógio marcava quatro horas e trinta e oito minutos. Ainda mal conseguia respirar e meu mp4

estava no bolso. Aline tinha me visto passar por essa humilhação. E aquele cara era meu irmão! Quando

estava no bolso. Aline tinha me visto passar por essa humilhação. E aquele cara era meu irmão! Quando

o mar j

o mar já eá estava stava mmuito próximo, eu fechei meuuito próximo, eu fechei meus ols olhos e minhhos e minhas mãos cas mãos com mom muita força. uita força. MinMinha cabeha cabeça ça atéaté

doeu quando eu pensei: Eu quero voltar e derrubar J.T.

doeu quando eu pensei: Eu quero voltar e derrubar J.T.

16:36PM – 07/05/2009 - BRASIL – PRAIA DO UNA 16:36PM – 07/05/2009 - BRASIL – PRAIA DO UNA

Senti meu corpo atingir algo sólido. Abri os olhos e minhas mãos continuavam fechadas, mas eu estava

Senti meu corpo atingir algo sólido. Abri os olhos e minhas mãos continuavam fechadas, mas eu estava

seco. Meu relógio marcava quatro horas e trinta e seis minutos. Levantei com dificuldade. Estava em um

seco. Meu relógio marcava quatro horas e trinta e seis minutos. Levantei com dificuldade. Estava em um

terreno declinado e

terreno declinado e azuazul.l.

Olhei em volta e vi apenas telhados. Muito longe dali, no fim do píer, estavam Luís e seu avô pescando.

Olhei em volta e vi apenas telhados. Muito longe dali, no fim do píer, estavam Luís e seu avô pescando.

Pude ver o garotinho negro abraçando o coelho rosa. Fui descendo devagar e vi a cena que mudaria para

Pude ver o garotinho negro abraçando o coelho rosa. Fui descendo devagar e vi a cena que mudaria para

sempre minha vida: Lá estava eu mesmo sendo enforcado pelo meu irmão, ao lado P.H. falando: “Joga

sempre minha vida: Lá estava eu mesmo sendo enforcado pelo meu irmão, ao lado P.H. falando: “Joga

ele no chão e vamos chutá-lo”, do outro lado F.T., e mais atrás o Pimenta mais o resto da gangue maldita.

ele no chão e vamos chutá-lo”, do outro lado F.T., e mais atrás o Pimenta mais o resto da gangue maldita.

Observei meu relógio de novo: marcava agora quatro horas e trinta e sete minutos, em um minuto o

Observei meu relógio de novo: marcava agora quatro horas e trinta e sete minutos, em um minuto o

desgraçado do meu irmão ia me jogar no mar!

desgraçado do meu irmão ia me jogar no mar!

Fiquei em silêncio. Minha cabeça não parava de pensar em como eu havia voltado no tempo e ido parar

Fiquei em silêncio. Minha cabeça não parava de pensar em como eu havia voltado no tempo e ido parar

ali em cima. Como isso era possível? Como tinha acontecido? Não sabia de nada. Mas dessa vez ia

(10)

empurrar J.T. do píer. Meu coração batia mais rápido do que nunca, parecia que meu peito ia explodir.

empurrar J.T. do píer. Meu coração batia mais rápido do que nunca, parecia que meu peito ia explodir.

Podi

Podia sea sentntir ir mmeu pulso eeu pulso em mm minhinha ja jugugular bular batendo forte.atendo forte.

Prep

Prepareiarei-me para -me para pular pular no píer no píer no mno momomento em quento em que fosse e fosse jogado jogado no mno mar. Não ar. Não demorou mdemorou muito e Juito e J.T. m.T. mee

deixou pendurado no píer. Tudo aquilo era tão estranho, parecia que eu estava tendo um flashback, sabia

deixou pendurado no píer. Tudo aquilo era tão estranho, parecia que eu estava tendo um flashback, sabia

exatam

exatamente o que iente o que iria ria acontecer. Paacontecer. Passadossados mais as mais algulguns segunns segundos, dos, mmeu irmão me soltou.eu irmão me soltou.

A f

A fúria tomou núria tomou novamenovamente conta de te conta de mmim, e meu coração im, e meu coração salsaltou qutou quase ase pelpela minha minha boa boca. ca. Foi Foi então que puleientão que pulei

na frente de toda a gangue do telhado da loja de churros. Meus sentidos estavam muito apurados, pude

na frente de toda a gangue do telhado da loja de churros. Meus sentidos estavam muito apurados, pude

sentir a surpresa em Aline e seu pai e ver com meus próprios olhos a surpresa da gangue dos Pimentas.

sentir a surpresa em Aline e seu pai e ver com meus próprios olhos a surpresa da gangue dos Pimentas.

Saí correndo e pulei sobre meu irmão que se agarrou em mim. Ele bateu na madeira que protegia as

Saí correndo e pulei sobre meu irmão que se agarrou em mim. Ele bateu na madeira que protegia as

pessoas de caírem do píer, mas com tanta força que essa quebrou e nós dois caímos.

pessoas de caírem do píer, mas com tanta força que essa quebrou e nós dois caímos.

Durante a queda, J.T. estava atordoado, provavelmente com meu retorno ou com a queda. Pude apenas

Durante a queda, J.T. estava atordoado, provavelmente com meu retorno ou com a queda. Pude apenas

dizer enquanto caíamos:

dizer enquanto caíamos:

- Como você pode me derrubar?

- Como você pode me derrubar?

Dessa vez atingimos a água, o mar estava muito bravo. Eu tentei abrir os olhos e subir para a superfície,

Dessa vez atingimos a água, o mar estava muito bravo. Eu tentei abrir os olhos e subir para a superfície,

m

mas, pela as, pela força das ondas, não conforça das ondas, não conseguseguia colia colocar a ocar a cabeça pacabeça para fora e rra fora e respirar. Tenespirar. Tentei nadar diversastei nadar diversas

vezes. E nada. Estava morrendo afogado. Meu irmão nadava para longe dali. Conseguia vê-lo.

vezes. E nada. Estava morrendo afogado. Meu irmão nadava para longe dali. Conseguia vê-lo.

Quase sem oxigênio, fechei as mãos e os olhos com toda minha força e não só a minha cabeça doeu,

Quase sem oxigênio, fechei as mãos e os olhos com toda minha força e não só a minha cabeça doeu,

minha barriga torceu dessa vez quando eu pensei:

minha barriga torceu dessa vez quando eu pensei:

“Eu quero sair daqui, para qualquer lugar!”

(11)

Capítulo 2

Capítulo 2

O dia D

O dia D

08:47AM – 06/06/1944 – LITORAL DA NORMANDIA 08:47AM – 06/06/1944 – LITORAL DA NORMANDIA

Minha cabeça saiu do mar e pude pegar um pouco de ar. Meus joelhos estavam em contato com a areia,

Minha cabeça saiu do mar e pude pegar um pouco de ar. Meus joelhos estavam em contato com a areia,

assim como as mãos, só a cabeça e as costas estavam descobertas pela água do mar. Eu cuspia água, mas

assim como as mãos, só a cabeça e as costas estavam descobertas pela água do mar. Eu cuspia água, mas

conseguia respirar.

conseguia respirar.

Aos poucos, os sent

Aos poucos, os sentidos foram voltanidos foram voltando, ouvi passar do, ouvi passar correndo pessoas correndo pessoas ao mao meu lado, e eu lado, e diversos diversos chiados.chiados.

Abri os olhos, e a visão foi tomando foco.

Abri os olhos, e a visão foi tomando foco.

Na minha frente estavam correndo cerca de dois mil soldados fardados metralhando em direção a uma

Na minha frente estavam correndo cerca de dois mil soldados fardados metralhando em direção a uma

colina. E da

colina. E da colina, mcolina, metralhadoras, postadas em cabanas, disparavam conetralhadoras, postadas em cabanas, disparavam contra os soltra os soldados na praidados na praia.a.

Olhei em volta. De diversos barcos, mais soldados saltavam e corriam em direção à praia. Um grupo

Olhei em volta. De diversos barcos, mais soldados saltavam e corriam em direção à praia. Um grupo

veio próximo a mim, enquanto corria em direção à praia. Um soldado todo barbudo parou ao meu lado e

veio próximo a mim, enquanto corria em direção à praia. Um soldado todo barbudo parou ao meu lado e

perguntou em inglês:

perguntou em inglês:

- What a hell are you doing here, boy? – Que em português significa: Que diabo você está fazendo aqui,

- What a hell are you doing here, boy? – Que em português significa: Que diabo você está fazendo aqui,

menino?

menino?

- Me fala que você é aliado! – Respondi também em inglês.

- Me fala que você é aliado! – Respondi também em inglês.

- Cla

- Claro que eu sou! Aro que eu sou! Ammeriericano! Vcano! Vou chuou chutar a ctar a cabeçabeça de a de Hittler! – Ele Hittler! – Ele olhou para a olhou para a praipraia e ca e continontinuouuou: -:

-Isso aqu

Isso aqui vai i vai ser ráser rápido, os nossos pára-pido, os nossos pára-quedistas vão descer quedistas vão descer atrás das cabaatrás das cabanas e emnas e empurrar eles, a purrar eles, a gengentete

tem

tem que correr que correr pra prpra praia aia e daíe daí... Esm... Esmagar!agar!

Olhei para o alto e pude ver diversos aviões passando por ali e desses muitos pára-quedistas saltando.

Olhei para o alto e pude ver diversos aviões passando por ali e desses muitos pára-quedistas saltando.

Olhei para o soldado que agarrou meu ombro e berrou:

Olhei para o soldado que agarrou meu ombro e berrou:

- Garoto, o mar não é seguro, e a praia também não. Mas me segue, vou tentar te deixar atrás de uma das

- Garoto, o mar não é seguro, e a praia também não. Mas me segue, vou tentar te deixar atrás de uma das

barricadas.

barricadas.

- Qual é o seu nome?

- Qual é o seu nome?

- Gordon. Sargento Gordon. Agora vamos!

- Gordon. Sargento Gordon. Agora vamos!

Saí cor

(12)

meu redor na água, fomos caminhando na areia saltando sobre cadáveres de soldados aliados que

meu redor na água, fomos caminhando na areia saltando sobre cadáveres de soldados aliados que

m

morreorreram antes mram antes mesmo de esmo de avançaravançarem contem contra ra o nazismo.o nazismo.

Gordon deu uma cambalhota em certo ponto e arrancou da cabeça de um soldado morto um capacete e

Gordon deu uma cambalhota em certo ponto e arrancou da cabeça de um soldado morto um capacete e

deu para mim, e disse:

deu para mim, e disse:

- NUNCA, mas NUNCA tire seu capacete!

- NUNCA, mas NUNCA tire seu capacete!

Após avançarmos mais alguns metros paramos atrás de uma barricada de metal. Lá estavam mais dois

Após avançarmos mais alguns metros paramos atrás de uma barricada de metal. Lá estavam mais dois

soldados, enquanto eu prendia meu capacete um deles virou para mim e perguntou em inglês:

soldados, enquanto eu prendia meu capacete um deles virou para mim e perguntou em inglês:

- O que você está fazendo?

- O que você está fazendo?

- Me protegendo!

- Me protegendo!

- A situação já está quase controlada. – Ao dizer isso tirou seu capacete e coçou o cabelo, de repente uma

- A situação já está quase controlada. – Ao dizer isso tirou seu capacete e coçou o cabelo, de repente uma

bala cortou os céus e atingiu o homem entre seus olhos. Em instantes, ele estava morto ao meu lado.

bala cortou os céus e atingiu o homem entre seus olhos. Em instantes, ele estava morto ao meu lado.

- O rádio caiu! – Gritou outro soldado. Gordon se ajoelhou e tirou a mala das costas do homem que havia

- O rádio caiu! – Gritou outro soldado. Gordon se ajoelhou e tirou a mala das costas do homem que havia

morrido. Eu estava petrificado, nunca tinha visto nada como aquilo. Gordon me entregou a mala e disse:

morrido. Eu estava petrificado, nunca tinha visto nada como aquilo. Gordon me entregou a mala e disse:

- Qual seu nome? Último nome?

- Qual seu nome? Último nome?

- Carvalho. – Eu disse quase balbuciando, segurando aquela mala pesada que Gordon havia me

- Carvalho. – Eu disse quase balbuciando, segurando aquela mala pesada que Gordon havia me

entregado.

entregado.

- CAR

- CARVVALALHO! AgHO! Agora ora você você é um soldado! Colé um soldado! Coloca oca o ráo rádio dio nas costasnas costas, e , e fica efica escutanscutando o do o comancomandantedante

falar, se ele falar algo importante grite para nós!

falar, se ele falar algo importante grite para nós!

Com muita dificuldade, coloquei a mala nas costas e me apoiei na barricada, enquanto Gordon e outro

Com muita dificuldade, coloquei a mala nas costas e me apoiei na barricada, enquanto Gordon e outro

soldado atiravam contra as cabanas. Coloquei os fones, mas mal conseguia ouvir tamanho era o barulho

soldado atiravam contra as cabanas. Coloquei os fones, mas mal conseguia ouvir tamanho era o barulho

das bal

das balas que saíam das mas que saíam das metralhadoras.etralhadoras.

Observava o mar, todos aqueles barcos, navios e soldados. Estava no dia D. Muitos mal conseguiriam

Observava o mar, todos aqueles barcos, navios e soldados. Estava no dia D. Muitos mal conseguiriam

chegar à praia, eu estava em uma situação que em relação aos outros era confortável e também com muita

chegar à praia, eu estava em uma situação que em relação aos outros era confortável e também com muita

sorte. Foi quando com muita dificuldade ouvi o comandante falar:

sorte. Foi quando com muita dificuldade ouvi o comandante falar:

- TODA A REGIÃO SUL, ONDE ESTÁ O SETOR AZUL SERÁ VARRIDA. REPITO! REGIÃO SUL

- TODA A REGIÃO SUL, ONDE ESTÁ O SETOR AZUL SERÁ VARRIDA. REPITO! REGIÃO SUL

SERÁ VARRIDA! - Gritando com todos meus pulmões perguntei:

SERÁ VARRIDA! - Gritando com todos meus pulmões perguntei:

- Onde fica a r

- Onde fica a região Suegião Sul?l?

- Exatamente aqui! – Respondeu o outro soldado.

- Exatamente aqui! – Respondeu o outro soldado.

- Ela vai ser varrida!

- Ela vai ser varrida!

Os dois pararam de atirar e olharam em volta, fiz o mesmo, os soldados do setor azul estavam correndo

Os dois pararam de atirar e olharam em volta, fiz o mesmo, os soldados do setor azul estavam correndo

para o leste. Gordon me empurrou para eu correr, e mesmo com o rádio eu saí correndo junto com os

para o leste. Gordon me empurrou para eu correr, e mesmo com o rádio eu saí correndo junto com os

outros soldados. Gordon e os outros davam cobertura contra as cabanas.

outros soldados. Gordon e os outros davam cobertura contra as cabanas.

Foi quando aviões começaram a se aproximar da praia, mais especificamente da região sul. Eu não pude

Foi quando aviões começaram a se aproximar da praia, mais especificamente da região sul. Eu não pude

ver a

ver as boms bombas, apenas senti o calbas, apenas senti o calor delor delas e as e escutescutei o ei o som som de explosão. Junde explosão. Junto com to com os soldaos soldados fudos fui atiradoi atirado

em uma trincheira.

em uma trincheira.

Abri os olhos e senti um cheiro horrível de pólvora e uma poeira tão densa quanto um chumaço de

Abri os olhos e senti um cheiro horrível de pólvora e uma poeira tão densa quanto um chumaço de

algodão. E escutei pelo rádio: Bulls Eye. Reproduzi para os outros ouvirem e eles começaram a gritar.

algodão. E escutei pelo rádio: Bulls Eye. Reproduzi para os outros ouvirem e eles começaram a gritar.

Em seguida, o comandante no rádio mandou: AVANÇAR.

Em seguida, o comandante no rádio mandou: AVANÇAR.

- GORDON! Temos que avançar!

- GORDON! Temos que avançar!

Foi então que Gordon tirou a mala das minhas costas e deu para outro soldado, se agachou em minha

(13)

frente e retirou suas medalhinhas e as colocou em meu pescoço:

frente e retirou suas medalhinhas e as colocou em meu pescoço:

- V

- Você você vai ficai ficar aar aqui garoto. Nós vamos prosqui garoto. Nós vamos prosseguirseguir. Aqui é seguro. – Ele . Aqui é seguro. – Ele bateu em bateu em mmeu rosto, soreu rosto, sorriu,riu,

levantou

levantou e vie virou as costas. Eu berrei:rou as costas. Eu berrei:

- Hey Gord

- Hey Gordon! Qon! Quem uem é o é o gengeneraeral ql que pensou em tue pensou em tudo issudo isso?o?

--GeneralGeneral Dwight David EisenhowerDwight David Eisenhower – Ele gritou já saindo da trincheira com o grupo de soldados. E – Ele gritou já saindo da trincheira com o grupo de soldados. E

berrando: - URRÁ!

berrando: - URRÁ!

Eu sentei naquele b

Eu sentei naquele buraco curaco cheio de heio de águágua do a do mmar, segurei ar, segurei as medalhinhas com mas medalhinhas com minhinha mão e a mão e pensei. pensei. ComComoo

eu estou fazendo isso? Eu nem moro na França! Eu nunca saí da Praia do Una. Ainda bem que eu aprendi

eu estou fazendo isso? Eu nem moro na França! Eu nunca saí da Praia do Una. Ainda bem que eu aprendi

inglês com aqueles livros do Charles Dickens. Fechei os olhos, espremi as medalhinhas com a mão e

inglês com aqueles livros do Charles Dickens. Fechei os olhos, espremi as medalhinhas com a mão e

minha cabeça voltou a doer. Eu quero voltar para a casa. URRÁ!

minha cabeça voltou a doer. Eu quero voltar para a casa. URRÁ!

20:14PM – 07/05/2009 - BRASIL – PRAIA DO UNA 20:14PM – 07/05/2009 - BRASIL – PRAIA DO UNA

Meu corpo bateu contra as ripas de madeira. Meus olhos se abriram e eu reconheci o lugar, era o píer. Eu

Meu corpo bateu contra as ripas de madeira. Meus olhos se abriram e eu reconheci o lugar, era o píer. Eu

estava na frente da loja de churros, mas já era noite. O local estava vazio, apenas uma figura se destacava

estava na frente da loja de churros, mas já era noite. O local estava vazio, apenas uma figura se destacava

no fim do píer.

no fim do píer.

Levantei com certa dificuldade e com uma leve dor de cabeça. Olhei para meu relógio do

Levantei com certa dificuldade e com uma leve dor de cabeça. Olhei para meu relógio do

Homem-Aranha que com a luz proveniente dos refletores estrategicamente posicionados no píer pude ver as

Aranha que com a luz proveniente dos refletores estrategicamente posicionados no píer pude ver as

horas, já eram oito e quinze da noite.

horas, já eram oito e quinze da noite.

Coloquei as mãos na cabeça e senti meu capacete da Segunda Guerra Mundial. Ainda não podia acreditar

Coloquei as mãos na cabeça e senti meu capacete da Segunda Guerra Mundial. Ainda não podia acreditar

no que acontecia comigo, era tudo inacreditável. Foi quando a figura se aproximou de mim, e pelo cheiro

no que acontecia comigo, era tudo inacreditável. Foi quando a figura se aproximou de mim, e pelo cheiro

de peixe eu reconheci na hora, era Seu Sussumu.

de peixe eu reconheci na hora, era Seu Sussumu.

- Como foi de viagem? – Eu congelei! Minha espinha arrepiou! Como ele sabia? Como ele poderia

- Como foi de viagem? – Eu congelei! Minha espinha arrepiou! Como ele sabia? Como ele poderia

saber? Eu mesmo mal sabia se tudo aquilo tinha acontecido mesmo.

saber? Eu mesmo mal sabia se tudo aquilo tinha acontecido mesmo.

- Como eu sei não importa. O que importa é como isso é importante.

- Como eu sei não importa. O que importa é como isso é importante.

- Como assim? – perguntei ainda assustado.

- Como assim? – perguntei ainda assustado.

- Da mesma maneira que eu sei que tudo isso está acontecendo com você, muitos sabem também, sua vida

- Da mesma maneira que eu sei que tudo isso está acontecendo com você, muitos sabem também, sua vida

pode estar em risco... – E tomando um fôlego, Sussumu concluiu: - ...E sua vida vale muito.

pode estar em risco... – E tomando um fôlego, Sussumu concluiu: - ...E sua vida vale muito.

Então o avô de Luís caminhou de volta para o fim do píer, e ao chegar lá na ponta se virou para mim e

Então o avô de Luís caminhou de volta para o fim do píer, e ao chegar lá na ponta se virou para mim e

berrou:

berrou:

- Seu skate está atrás do banco azul.

- Seu skate está atrás do banco azul.

Sorri e saí correndo, meus pais deveriam estar preocupados. Eu mesmo estava preocupado comigo

Sorri e saí correndo, meus pais deveriam estar preocupados. Eu mesmo estava preocupado comigo

m

mesmo! Puesmo! Pude ide immaginar que praginar que provaveovavelmenlmente acte achavam quhavam que me afogara. Je me afogara. Já no fim do píá no fim do píer er encontencontrei rei o bao banconco

azul de praça e embaixo, meu skate.

azul de praça e embaixo, meu skate.

Disparei

Disparei em em alta velocialta velocidade peldade pela orla orla, e em poua, e em poucos instancos instantes emtes empurrei a porta da purrei a porta da livralivraria. Estava aberria. Estava aberta.ta.

Corri entre os livros e em instantes entrei na cozinha. Lá estavam meus pais jantando ao lado de J.T.

Corri entre os livros e em instantes entrei na cozinha. Lá estavam meus pais jantando ao lado de J.T.

Todos me olharam assustados. Afinal de contas eu usava um capacete do exército e estava imundo de

Todos me olharam assustados. Afinal de contas eu usava um capacete do exército e estava imundo de

areia e poeira da guerra.

areia e poeira da guerra.

- Onde você estava?! – exclamou minha mãe, que continuou: - Seu irmão contou que você tinha ido para o

(14)

outro lad

outro lado da o da cidcidade ade com Lcom Luis Sussumuis Sussumu!u!

Olhei dentro dos olhos de J.T. que comia animado um hot-dog preparado pela minha mãe. Ele parecia

Olhei dentro dos olhos de J.T. que comia animado um hot-dog preparado pela minha mãe. Ele parecia

assustado, provavelmente com meu retorno triunfal ao píer mesmo após ele ter me derrubado, e deveria

assustado, provavelmente com meu retorno triunfal ao píer mesmo após ele ter me derrubado, e deveria

ter mentido aos meus pais para se proteger.

ter mentido aos meus pais para se proteger.

- É, foi bem isso que aconteceu. – Eu falei com ironia, e lavando meu rosto e minhas mãos no lavabo,

- É, foi bem isso que aconteceu. – Eu falei com ironia, e lavando meu rosto e minhas mãos no lavabo,

continuei: - Foi exatamente isso que rolou.

continuei: - Foi exatamente isso que rolou.

- Você tinha que ter nos avisado, porque nunca se sabe o que pode acontecer – continuou minha mãe.

- Você tinha que ter nos avisado, porque nunca se sabe o que pode acontecer – continuou minha mãe.

Sentando-me à mesa, falei:

Sentando-me à mesa, falei:

- Eu avisei. O J.T., ele é meu irmão e é da família. E ele fez o grande favor de avisar todos vocês.

- Eu avisei. O J.T., ele é meu irmão e é da família. E ele fez o grande favor de avisar todos vocês.

- Faz sentido - concluiu meu pai.

- Faz sentido - concluiu meu pai.

Enquanto eu tomava um pouco de refrigerante, meu pai contava sobre o livro que ele estava lendo, A

Enquanto eu tomava um pouco de refrigerante, meu pai contava sobre o livro que ele estava lendo, A

Origem das Espécies e como era fascinante que, durante os anos, as espécies fossem sendo alteradas,

Origem das Espécies e como era fascinante que, durante os anos, as espécies fossem sendo alteradas,

com características di

com características diferenferentes de tes de seus antseus antecessores. ecessores. CaracterizanCaracterizando-se do-se assim a evolução.assim a evolução.

Talvez fosse isso que estivesse acontecendo comigo. Eu poderia ser uma evolução, a evolução da

Talvez fosse isso que estivesse acontecendo comigo. Eu poderia ser uma evolução, a evolução da

espécie humana! Quem poderia saber? Nada disso jamais tinha sido observado por alguém.

espécie humana! Quem poderia saber? Nada disso jamais tinha sido observado por alguém.

- Quem qu

- Quem quer er sunsundae dae pergunperguntou mtou minha minha mãe ãe abriabrindo a gelando a geladeideira.ra.

- Eu quero! - Após eu exclamar, um estrondo ecoou na livraria. De imediato meu pai e minha mãe

- Eu quero! - Após eu exclamar, um estrondo ecoou na livraria. De imediato meu pai e minha mãe

correram até lá, seguidos por mim.

correram até lá, seguidos por mim.

Aparentemente estava tudo bem, mas logo acima da sessão da Guerra Fria, a prateleira da Segunda

Aparentemente estava tudo bem, mas logo acima da sessão da Guerra Fria, a prateleira da Segunda

Guerra Mundial havia cedido. Meu pai com a ajuda de uma escada subiu até ali e retirou o livro que

Guerra Mundial havia cedido. Meu pai com a ajuda de uma escada subiu até ali e retirou o livro que

havia proporci

havia proporcionado peso excedentonado peso excedente suficiente suficiente pare para a a a prateleira prateleira cair cair e o e o jogou jogou em mem meus braços.eus braços.

“Diários de uma Guerra”. Ele desceu da escada, pegou o livro e o folheou. E com muita surpresa disse

“Diários de uma Guerra”. Ele desceu da escada, pegou o livro e o folheou. E com muita surpresa disse

para minha mãe e para mim, que estavam na expectativa:

para minha mãe e para mim, que estavam na expectativa:

- Esse livro, tinha 670 páginas, agora ele tem 680. Eu tenho certeza.

- Esse livro, tinha 670 páginas, agora ele tem 680. Eu tenho certeza.

- Mas como isso é possível? – Perguntou minha mãe.

- Mas como isso é possível? – Perguntou minha mãe.

- Não faço a menor ideia.

- Não faço a menor ideia.

- É sobre o que esse livro, pai?

- É sobre o que esse livro, pai?

- É um conjunto de diários de guerra de vários soldados da Segunda Guerra Mundial.

- É um conjunto de diários de guerra de vários soldados da Segunda Guerra Mundial.

- Me deixa ver!

- Me deixa ver!

Meus pais voltaram para a cozinha e eu subi a pequena escada que se encontrava na livraria e entrei em

Meus pais voltaram para a cozinha e eu subi a pequena escada que se encontrava na livraria e entrei em

meu quarto que se localizava em um sótão sobre a livraria da minha família. Escolhi ficar ali em vez de

meu quarto que se localizava em um sótão sobre a livraria da minha família. Escolhi ficar ali em vez de

dividir o quarto com o J.T.

dividir o quarto com o J.T.

Meu quarto não era muita coisa, tinham diversos brinquedos espalhados pelo chão. Minha cama ficava

Meu quarto não era muita coisa, tinham diversos brinquedos espalhados pelo chão. Minha cama ficava

abaixo da pequena janela que o iluminava durante o dia. Meu guarda-roupa não cabia metade de minhas

abaixo da pequena janela que o iluminava durante o dia. Meu guarda-roupa não cabia metade de minhas

roupas e a escrivaninha quando eu não queria ser incomodado colocava-a sobre a portinhola no chão que

roupas e a escrivaninha quando eu não queria ser incomodado colocava-a sobre a portinhola no chão que

dava acesso ao sótão, digo, ao meu quarto.

dava acesso ao sótão, digo, ao meu quarto.

Acen

Acendi o di o abajurabajur. Deitei na cam. Deitei na cama. Folheei o a. Folheei o livro livro até o índice até o índice dos diádos diários. Foi rios. Foi quanquando encondo encontrei na págintrei na páginaa

32, O Diário de Francis Gordon. Tirei de dentro da minha camiseta as medalhinhas que o Sargento

32, O Diário de Francis Gordon. Tirei de dentro da minha camiseta as medalhinhas que o Sargento

Gordon tinha me dado, há pouco tempo para mim, mas havia 65 anos pelo tempo comum. Nelas, estava

Gordon tinha me dado, há pouco tempo para mim, mas havia 65 anos pelo tempo comum. Nelas, estava

escrito:

(15)

Procurei ent

Procurei entre as re as páginpáginas daquele lias daquele livro o divro o diário ário de Francis Gordon, fde Francis Gordon, foi quanoi quando comdo comecei a ecei a ler aler ass

primeiras li

primeiras linhnhas daas daquele capítulo:quele capítulo:

04/06/1944 – O DIA D

04/06/1944 – O DIA D

Hoje foi o dia D. Descemos na Normandia e chutamos os nazistas para longe daqui. Desci do meu navio

Hoje foi o dia D. Descemos na Normandia e chutamos os nazistas para longe daqui. Desci do meu navio

em um bote com meu grupo de homens, fazíamos parte do setor azul e atacaríamos a região sul. Pulei de

em um bote com meu grupo de homens, fazíamos parte do setor azul e atacaríamos a região sul. Pulei de

meu bote com meus homens e começamos a marchar em direção aos inimigos.

meu bote com meus homens e começamos a marchar em direção aos inimigos.

Sabia

Sabia que podia estar mortque podia estar morto no fim o no fim do dia. do dia. Sabia Sabia disso, mas eles disso, mas eles não sabiamnão sabiam. Não prec. Não precisavam saber.isavam saber.

Perdemos dois antes mesmo de alcançar a praia.

Perdemos dois antes mesmo de alcançar a praia.

E ainda dentro da água encontrei um menino, com uma roupa esquisita e com uma espécie de boina. Por

E ainda dentro da água encontrei um menino, com uma roupa esquisita e com uma espécie de boina. Por

alguns segundos achei que eu tinha morrido e ele era meu filho amado, o Christian. Mas não era! Ele

alguns segundos achei que eu tinha morrido e ele era meu filho amado, o Christian. Mas não era! Ele

estava perdi

estava perdido, e do, e seu nseu nomome era e era Carvalho.Carvalho.

Com um sotaque esquisito ele me seguiu em direção às barricadas, arranjei um capacete para ele.

Com um sotaque esquisito ele me seguiu em direção às barricadas, arranjei um capacete para ele.

Conseguimos nos esconder. Aniquilei uns nazis. O garoto estava assustado, Flinch perdeu os miolos na

Conseguimos nos esconder. Aniquilei uns nazis. O garoto estava assustado, Flinch perdeu os miolos na

frente dele.

frente dele.

Pedi pro menino ser o rádio. Ele topou. Em menos de dois minutos, ele me alertou que a gente ia ser

Pedi pro menino ser o rádio. Ele topou. Em menos de dois minutos, ele me alertou que a gente ia ser

varrido pela artilharia aérea. Saímos em retirada. Milagrosamente chegamos a uma trincheira após

varrido pela artilharia aérea. Saímos em retirada. Milagrosamente chegamos a uma trincheira após

sermos cobertos de poeira.

sermos cobertos de poeira.

Dei minha corrente para Carvalho e pedi pra ele ficar ali escondido. Tentei encontrá-lo hoje no fim do

Dei minha corrente para Carvalho e pedi pra ele ficar ali escondido. Tentei encontrá-lo hoje no fim do

dia

dia para brpara brindar com ele, com uindar com ele, com um m pouco de cidrpouco de cidra e a e ração, ração, mmas elas ele já e já não estava no bunão estava no buraco. Só raco. Só espero espero queque

ele esteja bem, ou tenha voltado para o céu junto com outros anjos da guarda...

ele esteja bem, ou tenha voltado para o céu junto com outros anjos da guarda...

O diári

O diário de o de Francis Gordon conFrancis Gordon contintinuava, muava, mas pareas parei de i de ler. Sorri. ler. Sorri. ProvavelmenProvavelmente, o diárte, o diário não estava noio não estava no

livro antes, não saberia responder essa pergunta, mas esse trecho anteriormente não existia. Deitei com a

livro antes, não saberia responder essa pergunta, mas esse trecho anteriormente não existia. Deitei com a

cabeça na cama e sorri. Estava feliz de estar em casa e ainda mais de ter conseguido viajar no tempo.

cabeça na cama e sorri. Estava feliz de estar em casa e ainda mais de ter conseguido viajar no tempo.

Eu poderia ir

Eu poderia ir para qualquer lugpara qualquer lugar, nar, não interessava onde esse ão interessava onde esse luglugar fosse, mas se quisesse, podear fosse, mas se quisesse, poderia ria ir! Erair! Era

só pensar no local. Não sei como tinha ido parar na Segunda Guerra, mas tinha sido bom por ter

só pensar no local. Não sei como tinha ido parar na Segunda Guerra, mas tinha sido bom por ter

encontrado Gordon.

encontrado Gordon.

Tirei meu capacete e coloquei no chão. Foi quando observei meus dinossauros espalhados no chão.

Tirei meu capacete e coloquei no chão. Foi quando observei meus dinossauros espalhados no chão.

Poderia voltar para o tempo dos dinossauros se quisesse, ou mais, poderia ver exatamente o momento em

Poderia voltar para o tempo dos dinossauros se quisesse, ou mais, poderia ver exatamente o momento em

que foram extintos.

que foram extintos.

Olhei para a parede e observei o pôster de Einstein com a língua para fora e da seleção brasileira em

Olhei para a parede e observei o pôster de Einstein com a língua para fora e da seleção brasileira em

minha parede. Eu poderia ver qualquer jogo de qualquer época, poderia até mesmo ir para o futuro e ver

minha parede. Eu poderia ver qualquer jogo de qualquer época, poderia até mesmo ir para o futuro e ver

quem venceria os jogos da Copa de 2014, quem sabe até mesmo os de 2018!

quem venceria os jogos da Copa de 2014, quem sabe até mesmo os de 2018!

Foi quando uma mão apertou minha boca. A mão usava uma luva. Então a voz de quem me segurava

Foi quando uma mão apertou minha boca. A mão usava uma luva. Então a voz de quem me segurava

ecoou pelo quarto e disse:

ecoou pelo quarto e disse:

- V

- Vou soltá-lou soltá-lo Guilhermo Guilherme, mas fique em e, mas fique em silsilêncio. Acrêncio. Acrediedito que você vato que você vai fazer ii fazer isso.sso.

A voz me passou tranquilidade e era estranhamente familiar. Ele me soltou. Me encolhi perto do abajur e

A voz me passou tranquilidade e era estranhamente familiar. Ele me soltou. Me encolhi perto do abajur e

apontei a luz até a pessoa.

apontei a luz até a pessoa.

O homem usava roupa preta de borracha, botas altas também pretas. As botas eram presas por diversas

O homem usava roupa preta de borracha, botas altas também pretas. As botas eram presas por diversas

presilhas. Ele usava um capacete semelhante a de um motoqueiro, entretanto cabia perfeitamente no

presilhas. Ele usava um capacete semelhante a de um motoqueiro, entretanto cabia perfeitamente no

formato de sua cabeça. A viseira estava fechada. Em seu braço, estavam diversos relógios. Havia uma

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espada

espada guguardada ardada em suem suas costas e as costas e ele ele se equilibrse equilibrava sobrava sobre ume uma prancha.a prancha.

- Meu nome é Flashback. Venho do futuro. Não preciso explicar para você como viajo no tempo, pois

- Meu nome é Flashback. Venho do futuro. Não preciso explicar para você como viajo no tempo, pois

você sabe exatamente como fazer isso.

você sabe exatamente como fazer isso.

- Você é como eu? – Perguntei com a boca aberta.

- Você é como eu? – Perguntei com a boca aberta.

- Si

- Simm, vi, vim m te acte aconselhar. Vonselhar. Você ocê gostaria gostaria de pde pergunerguntar altar algugumma ca coisaoisa??

CLARO QUE SIM, pensei. Tinha diversas perguntas. Estava extremamente empolgado, mas de alguma

CLARO QUE SIM, pensei. Tinha diversas perguntas. Estava extremamente empolgado, mas de alguma

forma não sabia se podia confiar nele. Eu o conhecia há vinte segundos!

forma não sabia se podia confiar nele. Eu o conhecia há vinte segundos!

- Como a gente faz isso?

- Como a gente faz isso?

- O tempo é como uma estrada, as pessoas normalmente andam por essa estrada. Nós podemos de alguma

- O tempo é como uma estrada, as pessoas normalmente andam por essa estrada. Nós podemos de alguma

form

forma sala saltar para tar para frenfrente das pessoate das pessoas ou para s ou para trás delas, trás delas, indo para o indo para o fufututuro ou para ro ou para o passadoo passado..

- Posso então ir pra onde quiser, quando quiser?

- Posso então ir pra onde quiser, quando quiser?

- Pode. – Flashback respondeu duramente e continuou: - Mas você deve ter cuidado! Tudo que você fizer

- Pode. – Flashback respondeu duramente e continuou: - Mas você deve ter cuidado! Tudo que você fizer

no passado, irá afetar seu futuro. Por exemplo, suas aventuras na Segunda Guerra Mundial, afetaram

no passado, irá afetar seu futuro. Por exemplo, suas aventuras na Segunda Guerra Mundial, afetaram

exem

exemplares plares do lido livro “Diárivro “Diários de os de uumma Guerra” de a Guerra” de centcentenas de pessoaenas de pessoas.s.

- Mas...

- Mas...

- Agora, imagina se ao lhe proteger, Francis Gordon tivesse morrido? Ele nunca mais veria sua família e

- Agora, imagina se ao lhe proteger, Francis Gordon tivesse morrido? Ele nunca mais veria sua família e

o pior talvez nunca tivesse tido seu segundo filho, que viraria um grande poeta. – Aproximando-se de

o pior talvez nunca tivesse tido seu segundo filho, que viraria um grande poeta. – Aproximando-se de

m

mim, concluiu: - TUDO quim, concluiu: - TUDO que voe você cê fizer no pasfizer no passado sado afetará afetará o futo futuro de uro de alguémalguém, nem qu, nem que see seja ja mmovimenovimentartar

um grão de areia. Você deve tomar cuidado.

um grão de areia. Você deve tomar cuidado.

- Isso é um poder? – perguntei com medo que ele me respondesse que fosse uma maldição.

- Isso é um poder? – perguntei com medo que ele me respondesse que fosse uma maldição.

- Interprete isso como você quiser, Guilherme. Eu gosto de pensar que somos iluminados. Que isso tudo é

- Interprete isso como você quiser, Guilherme. Eu gosto de pensar que somos iluminados. Que isso tudo é

um DOM.

um DOM.

- O que devo fazer?

- O que devo fazer?

- Não vim aqui para dizer o que você deve fazer, afinal de contas quem deve tomar seu próprio rumo é

- Não vim aqui para dizer o que você deve fazer, afinal de contas quem deve tomar seu próprio rumo é

você mesmo. Vim aqui apenas para dizer para você tomar cuidado com suas ações no passado e no

você mesmo. Vim aqui apenas para dizer para você tomar cuidado com suas ações no passado e no

fu

fututuro. ro. E reE responder sponder suas pesuas pergurguntntas.as.

- Quero fazer alguma coisa pelo mundo. - Não sabia de onde tinha vindo aquilo, simplesmente fluiu.

- Quero fazer alguma coisa pelo mundo. - Não sabia de onde tinha vindo aquilo, simplesmente fluiu.

- Quando você tiver certeza disso, saberá exatamente o que fazer. – Olhando um de seus relógios,

- Quando você tiver certeza disso, saberá exatamente o que fazer. – Olhando um de seus relógios,

Flashback prossegu

Flashback prosseguiu: - iu: - Devo lhe alerDevo lhe alertar sobre tar sobre uummas coias coisas.sas.

- Pode

- Pode dizerdizer...

- Não interf

- Não interfira na MOira na MORRTE. Pois, ela TE. Pois, ela poderá lpoderá lhe procuhe procurar e rar e você não vai querer ivocê não vai querer isso.sso.

- Não posso salvar ninguém de morrer?

- Não posso salvar ninguém de morrer?

- Apenas tente não voltar no tempo e impedir alguém que morreu de morrer! Pode ter consequências

- Apenas tente não voltar no tempo e impedir alguém que morreu de morrer! Pode ter consequências

catastróficas.

catastróficas.

- Putz... – Eu cocei minha cabeça, tudo parecia mais complicado do que era antes.

- Putz... – Eu cocei minha cabeça, tudo parecia mais complicado do que era antes.

-

- EntEntenda o enda o seguinseguinte, Guilherme, algumte, Guilherme, algumas as coiscoisas as devem acodevem acontntecer. ecer. E outras E outras nós podenós podemmos os mmudar. Tudar. Tudoudo

segue um padrão, tente não exagerar e quebrar esse padrão. Tudo tem uma regra. Existem pessoas que

segue um padrão, tente não exagerar e quebrar esse padrão. Tudo tem uma regra. Existem pessoas que

sabem disso e não querem que nós existamos. Porque quebramos regras... – e tomando fôlego, Flashback

sabem disso e não querem que nós existamos. Porque quebramos regras... – e tomando fôlego, Flashback

cont

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- Pessoas querem me matar?

- Pessoas querem me matar?

- V

- Você docê deve tomar cuidado eve tomar cuidado com você mcom você mesmo e princiesmo e principalmentpalmente com sua fe com sua famamílília. Elia. Eles vies virão rão atrás datrás de voce você eê e

destruirão tudo, até destruírem você.

destruirão tudo, até destruírem você.

- Quem são essas pessoas? – perguntei, levantando da cama, mas nisso Flashback disse:

- Quem são essas pessoas? – perguntei, levantando da cama, mas nisso Flashback disse:

- Realmente, gostei de lhe reencontrar Guilherme, mas devo ir agora. Na sua vida, você encontrará

- Realmente, gostei de lhe reencontrar Guilherme, mas devo ir agora. Na sua vida, você encontrará

pessoas

pessoas mmaravilaravilhhosas osas e terá e terá experiênexperiências cias incríveis incríveis – e – e se ise immpupulsionando para clsionando para cimima, sua prancha coma, sua prancha começoueçou

a levitar pelo quarto, enquanto Flashback fazia meia-volta concluiu: - Te vejo por aí, amigo! Cuide-se!

a levitar pelo quarto, enquanto Flashback fazia meia-volta concluiu: - Te vejo por aí, amigo! Cuide-se!

URRÁ!

URRÁ!

Em um piscar de olhos, Flashback já não se encontrava em meu quarto. Desabei na cama, entusiasmado

Em um piscar de olhos, Flashback já não se encontrava em meu quarto. Desabei na cama, entusiasmado

com tudo que tinha me acontecido naquele dia:

com tudo que tinha me acontecido naquele dia:

- Nossa, eu tenho que perguntar onde ele arranjou aquele skate!

- Nossa, eu tenho que perguntar onde ele arranjou aquele skate!

Sorr

Sorrindo, deindo, deitei itei em mem minhinha ca cama. Apaguama. Apaguei ei a la luzuz. Dormi naquela . Dormi naquela noite mnoite muito muito mais ais feliz do feliz do que jaque jammais ais tinhtinhaa

sido em toda a minha vida.

Referências

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