• Nenhum resultado encontrado

Estrutura e replicação viral

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estrutura e replicação viral"

Copied!
68
0
0

Texto

(1)

Estrutura e replicação viral

Fabrício S. Campos

camposvet@gmail.com

Equipe de Virologia do ICBS / UFRGS Agosto de 2015

1

(2)
(3)

Infectam todas as formas de vida

3

(4)

Nós comemos e

(5)

Nós carreamos genomas virais como

parte do nosso próprio genoma

5

(6)

Cada uma de nossas células está

infectada por vírus

• Retrovírus endógenos: elementos virais

derivados de retrovírus

• Traços de infecções virais ocorridas a milhares de anos integrados no genoma humano

(7)

Retrovírus endógenos

Fonte: Lavialle et al., 2013

Infecção por retrovírus RNA viral Pró-vírus integrado Infecção de células germinativas Transmissão vertical para os filhos Transmissão horizontal 7

(8)

• HSV‐1, HSV‐2, VZV, EBV, HCMV, HHV‐6, HHV‐7, HHV‐8

• Permanecem no organismo por toda a vida

(9)

Curvularia Thermal Tolerance Virus Vírus da tolerância termal da Curvularia Não colonizada Colonizada Temperatura 55oC Curvularia protuberata

Todos os vírus causam danos?

9

(10)

Apesar dos riscos, a maioria

dos vírus são benéficos

(11)

 Pétalas “anormais”  Quebras de cor

 Não forma pigmento em partes da flor

Tulip breaking virus (TBV)

11

(12)

Descoberto vírus gigante congelado

há mais de 30 mil anos na Sibéria

(13)

• Demonstrar a estrutura dos vírus e como ocorre a replicação viral

 O que é um vírus  Estrutura dos vírus

 Como ocorre a replicação viral

 Dificuldades para combater os vírus

Objetivo da aula

(14)

A árvore da vida

• Onde estão vírus?

• Por que eles “não fazem” parte da árvore da vida?

(15)

• Agente infeccioso não-celular com duas características principais:

O que é um vírus?

15

 Possui um ácido nucleico (DNA ou RNA) envolto por uma capa proteica

 E não pode se reproduzir sem o auxílio da maquinaria celular

Fonte: http://www.google.com/imghp

Capa proteica Bacteriófago

(16)

• Agentes infecciosos não-celular

• Não podem se reproduzir sem o auxílio da

maquinaria celular

Os vírus são vivos?

 Então, os vírus NÃO são vivos

 Por isto “não fazem” parte da árvore da vida

(17)

Miosina Actina Poliovírus Ribossomos Átomo de carbono HIV-1 TMV E. coli Fago 100.000 X 1.000.000 X

Os vírus são muito pequenos

(18)
(19)

Estrutura de um vírus

• Ácido nucleico: DNA ou RNA

• Capsídeo: do latim “capsa” significa caixa • Nucleocapsídeo: ác nucleio + capsídeo

• Matrix: proteína que preenche o espaço entre o capsídeo e o envelope

• Envelope: membrana viral

 Derivado da membrana do hospedeiro

(20)

Estrutura de um vírus

(21)

21

(22)

Capsídeo

• Estrutura formada por proteínas idênticas para proteger o ácido nucleico viral

• Deve se dividir rapidamente durante a infecção viral

• Interage com a membrana celular para formação do envelope

(23)

Os capsídeos são metaestáveis

• Devem proteger o genoma (estável)

• E libera-lo rapidamente durante a infecção viral (instável)

(24)

Nucleocapsídeo

• Simetria icosaédrica

Adenovirus

(25)

Nucleocapspídeo

• Simetria helicoidal

(26)

Nucleocapsídeo

• Simetria complexa

(27)

Envelope

• Derivado da membrana plasmática (bi-camada lipídica)

 Genoma viral não codifica lipídios

• Envelope é formado durante o brotamento do nucleocapsideo através da membrana

(28)

Glicoproteínas

• Integram a membrana

• Possuem um domínio externo e um interno

 Externo: ligação, sítios antigênicos, fusão  Interno: montagem, ancoragem

(29)

Outros componentes virais

• Enzimas: polimerases, integrases, proteínas associadas, proteases, topoisomerase

• Ativadores, mRNA de degradação

• Componentes celulares: histonas, tRNAs, lipídios, entre outros

(30)

“Entendendo” os vírus

• Vírus dependem de seus hospedeiros para sobreviver

Se são muito bem sucedidos e matam seus hospedeiros, eles podem ser eliminados

Se eles forem muito passivos e a defesa do hospedeiro impedir o seu crescimento, eles podem ser eliminados

(31)

Defesas do organismo

(32)

Genética de “bottlenecks”

(33)

Replicação

• Replicação em biologia – Síntese de moléculas de ácidos nucléicos • Em virologia – Todo o processo de multiplicação viral X 33

(34)

Objetivo da replicação

• Produzir progênie viral viável • Consequências

– “Nenhuma” (TTV)

– Doença (Hepatites virais) – Morte do hospedeiro (HIV)

(35)

1 2 3 4 5 6 7

Etapas da

replicação

1. Adsorção 2. Penetração 3. Desnudamento 4. Expressão gênica (transcrição e tradução) 5. Replicação do genoma 6. Morfogênese / maturação 7. Egresso/Liberação 35

(36)

1. Adsorção

• Ligação específica das partículas víricas na superfície das células hospedeiras

Proteínas de superfície dos vírions (VAPs)

Vírus nú: proteínas do capsídeo Vírus envelopados: glicoproteínas Receptores celulares Proteínas (glicoproteínas) Carboidratos

(37)

1. Adsorção

(38)

1. Adsorção

Tabela 2 – Receptores celulares e mecanismos de penetração dos principais

vírus DNA

(39)

1. Adsorção

Tabela 3 – Receptores celulares e mecanismos de penetração dos principais vírus RNA

Família Vírus Receptor viral Forma/local de Penetração

(40)

1. Adsorção

• Co-receptores: auxiliam na interação

– HIV: o complexo gp120 – gp41 vai se ligar ao receptor CD4

– E os receptores de citocinas vão atuar como co-receptores celulares

(41)

Co-receptores

41

(42)

2. Penetração

Principais mecanismos de penetração dos vírus nas células hospedeiras:

A) Fusão com a memb. plasmática B) Fusão após endocitose mediada

por clatrina

C) Fusão após endocitose mediada por caveolina

D-E) Penetração após endocitose mediada por lipídios

(43)

3. Desnudamento

• Série de eventos que ocorre após a penetração

• Exposição do genoma para transcrição / tradução

• Estar acessível as enzimas

• Vírus DNA: penetração do genoma nos poros nucleares

(44)
(45)

Estrutura dos genomas

• Os genomas virais de DNA ou RNA são estruturalmente diversos

– linear – circular

– segmentado

– Fita única de polaridade (+) – Fita única de polaridade (-) – Fita dupla

– Fita dupla parcial

(46)

GENOMAS VIRAIS

Classificação de Baltimore (1975)

Vírus de DNA fd (±)

Pode ser usado diretamente

Síntese da outra fita

Transcrição fita (-) mRNA

(sentido +)

Vírus RNA fs (+) Vírus RNA fs (-)

Transcrição Vírus de DNA fs Intermediário de DNA fd Retrovírus RNA fs (+) Transcrição reversa Vírus de RNA fd (±) Transcrição fita (-)

(47)

Vírus DNA

• Replicação no núcleo

– Exceção: poxvírus (replicam no citoplasma)

• DNA fita dupla: dsDNA (Classe I) maioria

• DNA fita simples: ssDNA (Classe II)

• DNA parcialmente dupla: pdsDNA (Classe VII)

(48)

Transcrito

Traduzido

Transcrito

Replicado

• Genoma é copiado pela DNA polimerase hospedeiro (polioma, papiloma)

• Alguns carregam DNA polimerase viral (Adeno, herpes)

(49)

Transcrito

Traduzido

Transcrito

Replicado

Replicação viral é sequencial

• Genes cedo: codificam proteínas não estruturais

relacionadas com a interação com o hospedeiro

• Genes intermediários: codificam proteínas não estruturais relacionadas com a replicação

• Genes tardios: codificam proteínas estruturais envolvidas na montagem

(50)

Vírus RNA

• Replicação no citoplasma

– * Ortomixovírus: no núcleo

• As células não possuem a RNA polimerase dependente de RNA viral

• Enzima é codificada pelo genoma viral

• Vai sintetizar o genoma de RNA e o mRNA viral

• Vírus RNA (+): genoma “infeccioso”

RNA fita simples Maioria

(51)

Replicado Traduzido

Replicado

Coronavírus: SARS

Febre amarela, dengue, BDVD, Hepatite C Febre aftosa, Rinovírus, Enterovírus

Encefalite equina, rubéola

51

(52)

Replicado Traduzido

Replicado

• Genoma com ORF única e longa

• Origem uma poliproteína que é clivada pelas proteases celulares e virais e dá origem as enzimas virais

• Dentre elas RNA polimerase viral: replicação do genoma num intermediário de RNA (-) que é replicado em RNA (+)

(53)

Replicado Replicado Replicado Traduzido Vírus da raiva Parainfluenza, Sarampo, hRSV, Pneumo e Metapneumovirus Influenzavírus 53

Vírus RNA

(54)

• Trazem a replicase viral (RNA polimerase) • RNA (-) => RNA (+) = mRNA

• mRNA sem CAP e cauda de poli A (ir no núcleo) • Proteínas estruturais e não estruturais

Replicado

Replicado

Replicado Traduzido

(55)

• Única família: Retroviridae

• HIV e HTLV (vírus T-linfotrófico humano) • Replicação no citoplasma e núcleo

• Carregam: RT, integrase, protease provírus Replicado Replicado Transcrito Traduzido Transcriptase reversa

Vírus RNA

55

(56)

6. Morfogênese/maturação

• Morfogênese

– Processo de montagem das partículas víricas

– Ocorre no final do ciclo replicativo

• Maturação

– Aquisição da capacidade infectiva

(57)

7. Egresso

• Maturação intracelular e egresso dos vírus sem envelope

- Vírus nú já sai pronto do citoplasma (RNA) ou núcleo (DNA) - Liberados quando ocorre a destruição das células infectadas

(58)

• Processo de aquisição do envelope

- Envelope é adquirido da membrana plasmática - Liberação por exocitose com ou sem lise celular

(59)

Vídeo exemplificando a replicação do HIV

(60)

Mensagens principais

• Entender os mecanismos da replicação viral é a fonte para o diagnóstico e tratamento antiviral

• Por que é tão difícil combater os vírus?

– Vírus utilizam a maquinaria celular para a replicação (parasita intracelular)

– Se replicam muito rapidamente e aos milhares ou milhões por células

(61)

Por que é tão difícil combater os

vírus?

• Infectam novas células / hospedeiros

• Fazem latência (Herpesvírus) ou promovem infecções persistentes (HIV)

• Possuem mais de um hospedeiro (Influenza)

• Possuem reservatórios (vírus da Dengue) • Sofrem mutações (variações antigênicas)

(62)

Latência

• Perpetuação dos herpesvírus na população humana

(63)

Provirus

• Perpetuação do HIV na população humana

63

(64)

• Possuem vários tipos e subtipos

• Falta de conhecimento de detalhes do método de replicação (HPV)

• Sem contato prévio (Ebola) • Resistência viral

• Não existe um padrão de replicação

Por que é tão difícil combater os

vírus?

(65)

• Existem cerca de 1016 genomas de HIV no

planeta atualmente

• Com este número de genomas, é altamente provável que os genomas de HIV existentes são resistentes a qualquer uma das drogas antivirais atuais e futuras!

(66)
(67)

Sugestões de leitura

67

• Livros:

– Kyluik, D.L., Sutton, T.C., Le, Y., Scott, M.D. Polymer-Mediated Broad Spectrum Antiviral Prophylaxis: Utility in High Risk Environments, Progress in Molecular and Environmental Bioengineering - From Analysis and Modeling to Technology Applications, Angelo Carpi (Ed.), ISBN: 978-953-307-268-5, InTech. 2011.

– Principles of Virology. Flint, S.J.; Enquist, L.W.; Racaniello, V.R. 3rd ed. ASM Press, 2009.

• Artigos:

– He, H. 2013. Vaccines and Antiviral Agents. Current Issues in Molecular Virology - Viral Genetics and Biotechnological Applications (http://dx.doi.org/10.5772/56866)

• Blog / site:

– Virology blog (http://www.virology.ws/).

(68)

http://www.ufrgs.br/labvir/

Grato pela atenção!!!

Referências

Documentos relacionados

O debate sobre a Mobilização Marítima se fez pouco presente nas questões voltadas para a Defesa Nacional, nos últimos anos, sendo necessário um maior envolvimento de

13.1 O provimento do CARGO obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos candidatos aprovados, observada a necessidade da PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CAPIVARI e o limite

Desta forma, tendo rastreado as necessidades tecnológicas para desenvolvimento do projeto os softwares/ferramentas escolhidas para utilização foram: Alteryx Designer,

Erickson et al 29 , em estudo experimental de bloqueios de ramo em cães, utilizando uma técnica mais elaborada com múltiplas áreas de registro, observaram que o septo era ativado

Objetiva-se com esse projeto investigar a relação adverbial causal nas variedades do português, fornecendo uma explanação satisfatória das orações ligadas por meio de

Por consequência, como os cálculos são feitos em relação à estrutura média de ocupações por setor (ver equação 1), pode-se dizer que nestas regiões, há uma carência

25 – Conhecida como Marco Regulatório, a Lei n.º ______________ estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da

Visando atender aos objetivos previstos na tese, foi realizada uma análise sobre as mudanças no perfil epidemiológico da meningite pneumocócica na região metropolitana de