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MONITORIZAÇÃO DA SALINIDADE E SODICIDADE DE SOLOS REGADOS POR RAMPAS ROTATIVAS NOS PERÍMETROS DO ROXO E DE ODIVELAS

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MONITORIZAÇÃO DA SALINIDADE E SODICIDADE DE SOLOS

REGADOS POR RAMPAS ROTATIVAS NOS PERÍMETROS DO

ROXO E DE ODIVELAS

Martins, J.C.; Vilar, M.T.; Neves, M.J.; Pires, F.P.; Ramos, T.B.; Prazeres, A.O. & Gonçalves, M.C.

Estação Agronómica Nacional, Quinta do Marquês, 2784-505 Oeiras, Portugal –

Tel: 214 403 500 – Fax: 214 416 011 – E-mail: jcmartins-lx@iol.pt

Resumo

No âmbito das actividades previstas na execução do projecto Pediza 1462 estudaram-se, em 2003 e 2004, as condições de eventual salinização, sodicização e contaminação com nitratos de solos regados por rampas rotativas e localizados nas áreas de influência dos perímetros do Roxo e Odivelas.

Procedeu-se à caracterização da água de rega utilizada naqueles solos, à monitorização da salinidade de solução do solo durante o período de rega e à avaliação no solo, antes e após o ciclo de rega de 2004, dos riscos de salinização, de sodização e de contaminação com azoto nítrico.

Neste trabalho são apresentados e discutidos alguns parâmetros quer os relativos à água de rega e à solução do solo, quer do solo nomeadamente a condutividade eléctrica do extracto de saturação (CE), razão de adsorção de sódio (SAR), a percentagem de sódio de troca (ESP) e dos teores de azoto nítrico (N-NO3-) e amoniacal (N-NH4+).

Palavras chave: condutividade eléctrica; SAR; ESP; azoto nítrico; azoto amoniacal

Abstract

Salinization, sodicization and nitrate contamination of soils irrigated by center pivots, and located in the irrigation districts of Roxo and Odivelas, were studied in 2003 and 2004, in the scope of the schedulled activities of the Pediza 1462 project.

Irrigation waters were characterized, the salinity of the soil solution during the irrigation period was monitored and the soil salinity, sodicity and nitric contamination, before and after irrigation in 2004, was evaluated.

In this work, some of the parameters related to the irrigation waters, to the soil solution and to the soil are presented and discussed, namely the electrical conductivity of the saturation extract, sodium adsorption ratio (SAR), exchangeable sodiun percentage

(ESP) and the nitric (N-NO3-) and ammonium (N-NH4+) nitrogen contents.

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1. INTRODUÇÃO

A salinização ou o desenvolvimento de solos afectados por sais é um processo de degradação que conduz geralmente à desertificação das terras. É um dos riscos ambientais mais importantes e que ocorre em todos os continentes. A introdução de regadio, nomeadamente em zonas de clima árido, semi-árido e ocasionalmente sub-húmido, tem conduzido a numerosos insucessos devido à salinização do solo dado que as condições de drenagem não foram asseguradas (Sentis, 1996). A carência ou insuficiência de drenagem dão origem a que os níveis freáticos, alimentados pelas perdas de água na própria zona ou em zonas adjacentes, podem aproximar-se da superfície do solo e promover aí a evaporação e deposição de sais (Alvim, 1980).

No Alentejo interior, prevalecem as condições climáticas mediterrâneas, em que o Verão apresenta temperatura elevada, luminosidade forte, grande insolação e reduzida precipitação (Ribeiro, 1986). De acordo com Alvim & Nunes (1984), a maior parte dos regadios do Sul de Portugal situa-se em zonas de clima semi-árido (perímetros do Caia, Roxo, Silves e Alvor) ou sub-húmido seco (perímetros do Divor, Vale do Sado, Campilhas e Alto Sado), ou em zonas abrangidas por ambas aquelas classes climáticas (perímetro de Odivelas e bacia do Guadiana). As zonas semi-áridas apresentam, como seria de esperar, os valores mais baixos para o superavit hídrico anual, o que origina uma menor probabilidade de se verificar uma lavagem dos sais veiculados pela água de rega apenas pela acção das chuvas outono-invernais.

Os solos contêm alguns sais solúveis, cuja concentração não excede 0,4 g por litro de água do solo. O teor de sal dos solos das regiões áridas, embora em geral mais elevado do que nas regiões húmidas, pode ainda considerar-se baixo quando comparado com o dos solos salinos, os quais apresentam elevados teores de sais e, muitas vezes, também uma elevada percentagem de sódio de troca (ESP), isto é, a proporção de sódio de troca relativamente à capacidade de troca catiónica. Quando a ESP é elevada (maior que 15%) o solo classifica-se como sódico ou alcalizado (Alvim, 1975). Nos solos salinos as culturas são afectadas quer por efeitos tóxicos específicos, quer pela elevada pressão osmótica da solução do solo, que reduz a capacidade das plantas para extrair água do solo. Nos solos sódicos, os prejuízos podem também dever-se a uma estrutura desfavorável.

A salinidade do solo pode ser devida a diferentes causas (isoladas ou combinadas), entre outras:

a. Ao próprio material originário que sofre o processo de meteorização (salinidade primária ou residual) e que se pode verificar sob condições áridas e semi-áridas;

b. À inundação com água do mar (áreas costeiras); c. Deposição de sais transportados pelo vento;

d. Rega com águas salinas e nomeadamente em solos com drenagem inadequada;

e. Contaminação com águas salinas industriais ou de origem agrícola (fertilizantes);

f. Repasses (“seepage”) de zonas de maior declive para zonas de menor cota e que atravessam ou transportam sais.

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3 A extensão da salinização capilar e a profundidade até à qual os sais se acumulam são governados, por um lado, pela taxa de ascensão capilar e pela salinidade da água subterrânea, e por outro, pela intensidade de lavagem (chuva ou rega). A taxa de transporte de água em direcção à superfície do solo depende da profundidade da toalha freática, do gradiente de potencial entre essa toalha e a superfície do solo, e da condutividade hidráulica do solo insaturado. A redução conseguida no teor de sal do solo pela água da chuva ou de rega depende da quantidade e qualidade da água que percola através do solo, das características físicas deste e do seu teor de água. Os solos salinos variam bastante quanto ao teor e tipo de sais, estrutura e viabilidade de

recuperação. Os aniões dominantes são os cloretos (Cl-), os sulfatos (SO42-), os

carbonatos (CO32-) e bicarbonatos (HCO3-) e por vezes encontram-se também os nitratos

(NO3-). Os sais mais frequentes são os de sódio, mas abundam também os compostos de

cálcio e magnésio.

Nos solos salinos verifica-se em geral uma distribuição irregular dos sais, com grandes variações de salinidade em curtas distâncias, devido a pequenas irregularidades de relevo e variações na composição do solo, permeabilidade, crescimento das plantas, etc. Estas variações de salinidade imprimem frequentemente à vegetação o aspecto de um desenvolvimento às manchas e dificultam uma adequada amostragem do solo.

As condições climáticas prevalecentes no Alentejo aliadas a uma menor qualidade da água de rega e a técnicas inadequadas de rega e de gestão de solo, podem conduzir à salinização/sodização e eventual contaminação com azoto nítrico e amoniacal do solo e águas superficiais e subterrâneas. A implementação de um Código de Boas Práticas Agrícolas impõe a necessidade de se controlar a qualidade de água de rega utilizada e de monitorizar o estado do solo quanto aos potenciais riscos de salinização e contaminação do solo pela rega.

Este estudo teve como objectivo, monitorizar a salinização, sodicização e contaminação com nitratos de solos regados por rampas rotativas e localizados nos perímetros do Roxo e de Odivelas, em 2003 e 2004.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A água utilizada nas áreas regadas que foram monitorizadas teve origem nas albufeiras do Roxo e de Odivelas. No Quadro 1 são apresentadas algumas características das águas de rega, amostradas em diferentes datas de Junho/Julho a Setembro dos anos de 2003 e 2004 no caso do Roxo, e de Julho a Setembro de 2004 para a água de rega de Odivelas. Os parâmetros analisados incluem o pH, a condutividade eléctrica (CE), os teores de azoto nítrico (N-NO3-) amoniacal (N-NH4+), os catiões solúveis sódio, potássio, cálcio e

magnésio, o anião cloreto e a razão de adsorção de sódio (SAR).

Nos perímetros de rega do Roxo e de Odivelas foram seleccionados 5 locais em que foram monitorizados diversos parâmetros com o objectivo de avaliar os riscos de salinização, sodicização e contaminação com nitratos de solos regados por rampas rotativas.

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4 Quadro 1– Características químicas da água de rega dos perímetros do Roxo e de Odivelas.

N-NO3- N-NH4+ Catiões (mmol(c) L-1)

Data Local pH CE dS m-1 mg L-1 mmolCl (c) L-1 Na Ca Mg K SAR (mmol (c) L-1)0,5 03/7/03 Roxo 7,76 1,05 - - 7,18 3,52 2,72 2,32 0,36 2,22 03/9/03 Roxo 8,01 1,11 - - 1,09 4,36 2,60 3,00 0,08 2,61 30/6/04 Roxo 7,69 1,17 0,85 0,02 8,12 4,76 2,58 2,86 0,08 2,89 20/7/04 Roxo 7,57 1,21 1,08 0,02 7,77 4,72 2,82 3,04 0,08 2,76 10/8/04 Roxo 7,90 1,23 0,29 0,11 8,05 4,60 2,68 3,44 0,08 2,63 07/9/04 Roxo 7,62 1,27 0,20 0,20 8,54 5,08 2,68 2,86 0,08 3,05 23/7/04 Odivelas 8,13 0,75 0,64 0,05 3,48 2,90 2,20 2,20 0,10 1,96 12/8/04 Odivelas 7,62 0,66 0,40 0,07 2,79 2,32 1,54 1,55 0,11 1,87 10/9/04 Odivelas 8,44 0,53 0,17 0,27 2,66 2,64 0,74 1,54 0,09 2,47

No caso do perímetro de Rega do Roxo, estudaram-se, em 2003 e 2004, 3 solos com a cultura de milho-grão pertencentes a áreas regadas por 3 rampas rotativas que designámos por L1, L2 e L3. Segundo a classificação da FAO (1998), os solos destes 3 locais incluem-se no grupo dos Luvissolos Gleizados (Solos Mediterrâneos Pardos, Não Calcários para-hidromórficos). Estes solos caracterizam-se por apresentar uma camada superficial (horizonte A) de textura ligeira a mediana a que se segue um horizonte B de textura fina, com baixa a muito baixa permeabilidade e compacidade elevada.

No perímetro de Rega de Odivelas monitorizaram-se 2 locais (L4 e L5), mas apenas em 2004. Em L4, a cultura instalada foi a de milho-grão e o solo inclui-se no grupo dos Cambissolos Flúvicos; em L5, a cultura foi a beterraba sacarina e o solo inclui-se no grupo dos Vertissolos Cálcicos (FAO, 1998).

Nos 5 locais recolheu-se solução do solo através de cápsulas porosas instaladas a 2 profundidades (20 e 40 cm), em regra duas vezes por semana, de Julho a Setembro (período de rega) em 2003 (locais L1, L2 e L3) e em 2004 (locais L1, L2, L3, L4 e L5).

Na solução do solo determinaram-se os teores em catiões solúveis (Na+, Ca2+ e Mg2+) e

a condutividade eléctrica (CE). Antes do início e após os períodos de rega de 2004, colheram-se amostras de solo nos 5 locais e em pelo menos 3 profundidades até 50/60 cm para avaliação da condutividade eléctrica, dos teores de catiões solúveis e da razão de adsorção de sódio (SAR) no extracto de saturação do solo e ainda dos teores de catiões extraíveis e de troca, da capacidade de troca catiónica (CTC) e da percentagem de sódio de troca (ESP) do solo. Os teores de catiões solúveis foram determinados por espectrofotometria de absorção atómica. A determinação dos teores de catiões extraíveis

foi efectuada pelo método da trietanolamina e cloreto de bário (TEA+BaCl2) a pH 8.1 e

a capacidade de troca catiónica pelo método de Bascomb, descritos por Mesquita & Alvim (1981). Os teores de catiões de troca obtiveram-se pela diferença entre os teores de catiões extraíveis e os de catiões solúveis. A condutividade eléctrica das águas de rega, da solução do solo e dos extractos de saturação do solo com água foi determinada com recurso a um condutivímetro (Silva et al., 1975).

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A água de rega proveniente da albufeira do Roxo foi colhida no Verão de 2003 e de 2004 enquanto a da albufeira de Odivelas foi apenas colhida em 2004. As amostras de água foram analisadas quanto a vários parâmetros nomeadamente o pH, a condutividade eléctrica e teores de azoto nítrico e amoniacal, cloretos e catiões solúveis. A água do Roxo (Quadro 1) apresenta valores de condutividade eléctrica (CE) variando 1 e 1,27

dS m-1 nos 2 anos, pelo que se enquadra na classe C

3 (salinidade elevada), segundo a

classificação da U.S. Salinity Laboratory (Richards, 1954). Quanto ao risco de

sodicização, a água do Roxo integra-se na classe S1, isto é com baixo teor de sódio, pois

que o valor da razão de adsorção de sódio (SAR) não excede 3 (mmol (c) L-1)0,5. O sódio

solúvel é, porem, o catião dominante. Relativamente à água de Odivelas (Quadro 1), os valores de CE e SAR variam entre 0,5 e 0,8 dSm-1 e entre 1,9 e 2,5 (mmol (c) L-1)0,5,

respectivamente. É uma água que se insere na classe C2, de salinidade média, e na classe

S1, como a água do Roxo.

A classe S1 indica que a água pode ser utilizada em quase todos os solos, com pouco

risco de sodização. A classe C3 (água do Roxo), implica que este tipo de água não pode

ser usada em solos com má drenagem e pode ser exigível o uso de práticas especiais

para controlo da salinidade e de culturas resistentes. Já a classe C2 (água de Odivelas)

significa que a água pode ser usada na rega da maior parte das plantas moderadamente tolerantes ao sal sem necessidade de práticas especiais para controlo da salinidade. Relativamente aos valores de azoto nítrico e amoniacal, verifica-se que, em todas as

amostras de água, não excedem 1 mg L-1, podendo-se concluir que as águas de rega não

apresentam qualquer problema de contaminação com azoto nítrico ou amoniacal.

Quanto à solução do solo, a Figura 1, relativa ao local L1, mostra que a salinidade, avaliada pela condutividade eléctrica (CE) e pelo teor de sódio solúvel no decurso dos ciclos de rega de 2003 e de 2004, apresenta valores crescentes ao longo do período de

rega sendo os mais elevados entre 8 e 10 dS m-1 para a CE e entre 30 a 40 mmol L-1

para o sódio e correspondentes ao fim da rega (Agosto). Os valores da CE tendem a ser mais elevados na espessura mais superficial do solo (0-20 cm). A razão de adsorção de sódio (SAR), que traduz a sodicidade do solo é também crescente ao longo do ciclo de rega, sendo os valores registados mais altos entre 8 e 10 (mmol(c) L-1)0,5.

O local L2 (Figura 2) revela que em 2003 a CE da solução do solo apresentou valores

entre 10 e 22 dS m-1, de Julho a Setembro, sendo os valores mais elevados, da ordem

dos 15 a 22 dS m-1, correspondentes a 40 cm de profundidade. Em 2004, verificou-se

uma inversão do comportamento da salinidade da solução do solo, dado que a CE, à profundidade de 20 cm e no mesmo período de Julho a Setembro, se mostrou mais

elevada que a verificada a 40 cm. Assim, a CE a 20 cm, revelou valores de 13 dS m-1 no

início de Julho, 17 dS m-1 em meados de Julho e valores decrescentes até Setembro,

enquanto a CE, a 40 cm, variou de 10 a 8 dS m-1. Os valores de Na solúvel e de SAR

mostraram-se altos quer em 2003 quer em 2004. À profundidade de 20 cm, o Na solúvel

oscilou entre 50 e 75 mmol L-1 mas a 40 cm variou entre 50 e 100 mmol L-1, enquanto o

SAR assumiu valores entre 7,5 e 10 (mmol(c) L-1)0,5 na camada superficial e

ligeiramente superiores a 40 cm. Os maiores valores do Na solúvel e do SAR, correspondem em 2004, à menor profundidade (20 cm), com valores entre 50 e 65 mmol L-1 e 8 e 10 (mmol(c) L-1)0,5, respectivamente.

(6)

6 Figura 1- Variação da condutividade eléctrica (CE), sódio (Na) solúvel e da razão de adsorção de sódio (SAR) da solução do solo, no Verão de 2003 e de 2004, em duas profundidades (20 e 40 cm), do local 1 (Roxo).

Na (meq L-1) 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 06-07 18-07 30-07 11-08 23-08 04-09 16-09 data Na ( m e q L -1) CE (dS m-1) 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 06-07 18-07 30-07 11-08 23-08 04-09 16-09 data CE ( d S m -1) CE (dS m-1) 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 22.07 29.07 05.08 12.08 19.08 26.08 02.09 09.09 data CE ( d S m -1) Na (mmol(c) L-1) SAR (meq L-1)0,5 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 22.07 29.07 05.08 12.08 19.08 26.08 02.09 09.09 data S AR ( m e q L -1) 0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5 Na (meq L-1) 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 22.07 29.07 05.08 12.08 19.08 26.08 02.09 09.09 data Na ( m e q L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol (c) L -1 ) Na (mmol(c) L-1) Na (mmol(c) L -1) SAR (meq L-1)0,5 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 06-07 18-07 30-07 11-08 23-08 04-09 16-09 data SA R ( m e q L -1) 0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5 SAR ( mmol (c) L -1 ) 0,5 SAR ( mmol (c) L -1 ) 0,5 P ro f. = 2 0 c m P ro f. = 4 0 c m 2004 2003 Local 1

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7 CE (dS m-1) 0,0 4,0 8,0 12,0 16,0 20,0 06-07 16-07 26-07 05-08 15-08 25-08 04-09 14-09 data CE ( d S m -1)

Figura 2- Variação da condutividade eléctrica (CE), sódio (Na) solúvel e da razão de adsorção de sódio (SAR) da solução do solo, no Verão de 2003 e de 2004, em duas profundidades (20 e 40 cm), do local 2 (Roxo).

Na (meq L-1) 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 70.0 06-07 18-07 30-07 11-08 23-08 04-09 16-09 data Na ( m e q L -1) SAR (meq L-1)0,5 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 06-07 18-07 30-07 11-08 23-08 04-09 16-09 data SA R ( m e q L -1) 0,5 SAR (mmol (c) L-1)0,5 SAR ( mmol (c) L -1) 0,5 SAR ( mmol (c) L -1 ) 0,5 SAR (meq L-1)0,5 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 18.07 28.07 07.08 17.08 27.08 06.09 16.09 data S AR ( m e q L -1) 0, 5 SAR ( mmol (c) L -1 ) 0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5 CE (dS m-1) 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 18.07 28.07 07.08 17.08 27.08 06.09 16.09 data CE ( d S m -1) P ro f. = 2 0 c m P ro f. = 4 0 c m 2004 2003 Local 2 Na (meq L-1) 0,0 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 18.07 28.07 07.08 17.08 27.08 06.09 16.09 data Na ( m eq L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol(c) L-1) Na (mmol(c) L-1)

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8 Figura 3- Variação da condutividade eléctrica (CE), sódio (Na) solúvel e da razão de adsorção de sódio (SAR) da solução do solo, no Verão de 2003 e de 2004, em duas profundidades (20 e 40 cm), do local 3 (Roxo).

A figura 3, referente ao local L3, mostra que a CE apresenta valores mais baixos que

nos locais 1 e 2, embora em 2004 a CE se revele mais elevada (entre 5 e 7 dS m-1, ao

longo do período de rega) que em 2003. O teor de Na solúvel e o SAR são também mais baixos que nos locais 1 e 2 e compatíveis com os valores da CE. A variação dos 3 parâmetros, relativamente à profundidade a que a solução do solo foi obtida, é ligeira, ocorrendo mesmo uma quase coincidência de valores em algumas das datas de monitorização. P ro f. = 2 0 c m P ro f. = 4 0 c m 2004 2003 Local 3 CE (dS m-1) 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 23-07 04-08 16-08 28-08 09-09 21-09 data CE ( d S m -1) CE (dS m-1) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 22.07 29.07 05.08 12.08 19.08 26.08 02.09 09.09 data CE ( d S m -1) Na (meq L-1) 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 23-07 04-08 16-08 28-08 09-09 21-09 data Na ( m e q L -1) SAR (meq L-1)0,5 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 22.07 29.07 05.08 12.08 19.08 26.08 02.09 09.09 data SA R ( m e q L -1) 0, 5 SAR (meq L-1)0,5 0.0 2.0 4.0 6.0 23-07 04-08 16-08 28-08 09-09 21-09 data SA R ( m e q L -1) 0, 5 SAR ( mmol (c) L -1) 0,5 SAR ( mmol (c) L -1) 0,5 Na (meq L-1) 0,0 3,0 6,0 9,0 12,0 15,0 18,0 22.07 29.07 05.08 12.08 19.08 26.08 02.09 09.09 data Na ( m e q L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol(c) L-1)

SAR (mmol(c) L-1)0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5

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9 Figura 4- Valores da condutividade eléctrica (CE), sódio solúvel (Na) e da razão de adsorção de sódio (SAR) da solução do solo, no Verão de 2004, em duas profundidades (20 e 40 cm), dos locais L4 e L5 (Odivelas).

A figura 4, relativamente aos locais L4 e L5 e após a rega de 2004, mostra que a

salinidade da solução do solo é baixa, variando a CE entre 1 e 2 dS m-1 e o sódio solúvel

entre 1 e 4 mmol(c) L-1. O SAR é também muito baixo no Local 4 e oscilou entre 1 e 2

(mmol(c) L-1)0,5 no Local 5. A salinidade nestes solos dos locais 4 e 5 deve-se à menor

CE da água de rega de Odivelas relativamente à do Roxo e ao facto de os solos do Roxo

Na (meq L-1) 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 09-07 21-07 02-08 14-08 26-08 07-09 19-09 data Na ( m e q L -1) CE (dS m-1) 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 09-07 21-07 02-08 14-08 26-08 07-09 19-09 data CE ( d S m -1) SAR (meq L-1)0,5 0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 09-07 21-07 02-08 14-08 26-08 07-09 19-09 data SA R ( m e q L -1) 0,5 SAR (meq L-1)0,5 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 09-07 21-07 02-08 14-08 26-08 07-09 19-09 data SA R ( m e q L -1) 0,5 SAR ( mmol (c) L -1) 0,5 SAR ( mmol (c) L -1) 0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5 SAR (mmol(c) L-1)0,5 CE (dS m-1) 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 09-07 21-07 02-08 14-08 26-08 07-09 19-09 data CE ( d S m -1) Na (meq L-1) 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 09-07 21-07 02-08 14-08 26-08 07-09 19-09 data Na ( m e q L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol (c) L -1) Na (mmol(c) L-1) Na (mmol(c) L -1) P ro f. = 2 0 c m P ro f. = 4 0 c m Ano 2004 Local 5 Local 4

(10)

10 serem regados consecutivamente há uma série de anos enquanto que os locais 4 e 5 são regados apenas há poucos anos.

Quadro 2- Condutividade eléctrica (CE) do extracto de saturação, sódio (Na) e cloreto (Cl) solúveis, razão de adsorção de sódio (SAR), percentagem de sódio de troca (ESP),

azoto nítrico (N-NO3-) e amoniacal (N-NH4+) de solos colhidos em profundidades

diferentes de 3 locais (L1, L2 e L3), em 2004 (antes e após a rega) Local e Data Prof. cm CE dSm-1 Na solúvel mmol(c) L-1 Cl solúvel mmol(c) L-1 SAR (mmol(c) L-1)0,5 ESP % N-NO3 -mg kg-1 N-NH4 + mg kg-1 03/06 0-20 20-40 40-60 2,11 1,48 1,81 7,40 6,70 9,90 11,78 9,43 14,08 3,25 4,16 5,79 0,36 1,83 1,52 7,72 3,13 0,50 0,99 1,98 1,85 L1 24/09 0-10 10-30 30-50 3,29 1,91 2,09 11,68 8,08 7,84 4,14 4,22 3,63 4,14 4,22 3,63 1,81 1,65 1,38 12,74 4,52 3,26 0,38 0,80 0,34 03/06 20-40 0-20 40-60 9,97 6,74 5,68 42,20 32,20 30,60 100,15 64,13 56,10 8,12 7,98 8,98 3,50 3,76 7,64 7,95 2,20 1,48 2,35 1,91 2,12 L2 24/09 10-30 0-10 30-50 6,67 5,72 3,91 29,25 26,10 18,80 50,69 46,60 30,62 7,33 7,49 6,95 1,57 2,67 2,72 7,10 1,72 0,07 0,47 3,07 0,87 26/03 0-25 25-62 62-85 85-160 1,61 2,64 2,33 1,81 4,80 11,00 11,30 11,10 12,72 23,92 16,98 11,67 2,35 4,40 5,42 7,17 2,89 3,87 4,45 5,44 4,38 2,63 5,25 3,50 7,00 4,38 6,13 11,38 L3 24/09 0-10 10-30 30-50 5,62 2,46 2,37 18,90 11,80 10,30 41,06 16,83 16,83 4,52 4,77 4,23 3,81 4,28 4,14 23,08 3,03 1,45 1,22 0,08 0,55

O Quadro 2 apresenta os valores de vários parâmetros dos solos dos 3 locais estudados na área de influência do Roxo , amostrados antes da rega (Março ou Julho) e após a rega (Setembro), em 2004.

Nos locais L1 e L3, a amostragem efectuada antes da rega indica que a salinidade do solo, avaliada pela condutividade eléctrica do extracto de saturação (CE), se apresenta

com valores de cerca de 2 dS m-1 na camada superficial mas também nas camadas

subjacentes. Os valores de SAR e ESP que reflectem a sodicidade ou alcalização do solo são relativamente baixos nas camadas superficiais mas mais elevados e crescentes em profundidade. Os teores de azoto nítrico são mais elevados na camada superficial e decrescem em profundidade. Porém, no local L2, a salinidade é, na amostragem realizada antes da rega, mais elevada que nos locais anteriores com um valor de

10 dS m-1 (solo salino) na camada superficial, o que significa não ter a chuva

outono-invernal de 2003/2004 provocado a lixiviação de sais do solo. É de notar que este local apresenta um declive reduzido e portanto com drenagem externa desfavorável e uma má

(11)

11 drenagem interna, que proporcionam uma concentração de sais veiculados pela água de rega (Roxo) ao longo dos anos.

Analisando os resultados obtidos após a rega, verifica-se que a CE e Na e Cl solúveis decrescem da superfície do solo até à profundidade de 50 cm. Os valores mais elevados e preocupantes referem-se aos locais 2 e 3 e nas camadas superficiais. Os valores da percentagem de sódio de troca (ESP) do solo não são todavia preocupantes pois só no local 3 rondam 4%, valor que se considera como não susceptível de conduzir à degradação da estrutura do solo. Os valores mais elevados de azoto na forma nítrica

referem-se à camada superficial dos locais L1 e L3, com 12,7 e 23 mg kg-1

respectivamente.

Quadro 3- Condutividade eléctrica (CE) do extracto de saturação, sódio (Na) e cloreto (Cl) solúveis, razão de adsorção de sódio (SAR), percentagem de sódio de troca (ESP),

azoto nítrico (N-NO3-) e amoniacal (N-NH4+) de solos colhidos em profundidades

diferentes de 2 locais (L4 e L5), em 2004 (antes e após a rega) Local e Data Prof. cm CE dSm-1 mmolNa solúvel (c) L-1 Cl solúvel mmol(c) L-1 SAR (mmol(c) L-1)0,5 ESP % N-NO3 -mg kg-1 N-NH4 + mg kg-1 L4 24/09 0-10 10-30 30-50 1,72 1,55 0,63 6,24 3,12 0,78 11,26 11,26 3,19 3,20 1,47 0,56 2,43 0,89 0,58 2,45 1,19 1,46 0,13 0,12 0,24 L5 10/09 0-10 10-30 30-50 2,22 1,28 0,77 8,40 4,20 2,40 13,47 7,89 4,42 3,38 2,33 1,69 2,58 1,75 1,26 3,56 1,05 1,88 0,75 1,50 0,54 Os solos dos locais L4 e L5, regados com a água de Odivelas, apresentam valores (Quadro 3) para a salinidade, sodicidade e azoto nítrico e amoniacal que não são de algum modo nem elevados nem preocupantes como os dos locais anteriores.

4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

No caso dos solos estudados no perímetro do Roxo, que são solos argiluviados para-hidromórficos com uma drenagem interna desfavorável, isto é, um horizonte B com uma condutividade hidráulica lenta a muito lenta e um elevado grau de compacidade, os

sais veiculados pela água de rega, de salinidade elevada (1 a 1,3 dS m-1), ao longo do

ciclo de rega das culturas e de anos consecutivos de rega, não são ou são dificilmente arrastados para as camadas profundas e portanto afectar as águas freáticas e subterrâneas; nestas condições, ou a topografia apresenta algum declive e há escorrimento superficial das águas não infiltradas, de rega ou da chuva, para as linhas de água e ribeiras e, portanto, existe o risco de contaminação das águas superficiais da bacia, ou o declive é mínimo e então os sais tendem a concentrar-se nas camadas superficiais dando origem à salinização e sodização do solo, como se diagnosticou no

caso do local 2 com valores da ordem de 7 a 10 dS m-1, obtidos antes do início da rega

de 2004. Acresce referir que o rendimento das culturas será mais ou menos afectado em função da respectiva tolerância à salinidade.

(12)

12 Mesmo com uma água como a do Roxo e quando os solos apresentam boas taxas de infiltração e condutividade hidráulica favorável, caso do local L1 em que a textura é grosseira até à profundidade de 70 cm e mostra um declive ligeiro, é possível haver lixiviação dos sais pela água das chuvas Outono-Invernais, retardando-se a salinização do solo; neste caso, aquelas chuvas permitem a diluição dos sais e a água de drenagem superficial arrastará os sais da parcela para as linhas de água.

Nas parcelas com drenagem externa e interna desfavoráveis há que implementar sistemas de drenagem artificial para favorecer não só o encharcamento mas também a dessalinização do solo após o ciclo de rega. Quando a quantidade de chuva é escassa poder-se-á recorrer à aplicação de água de rega adicional ou de lavagem para se efectuar a lixiviação do solo, através de dotações e intensidade de rega apropriadas a cada tipo de solo.

Relativamente aos locais monitorizados no perímetro de Odivelas, os valores resultantes da monitorização efectuada em 2004, depois do ciclo de rega, indicam que a salinidade

é baixa pois não excede 2 dS m-1 e que o risco de sodização é também baixo, com

valores da percentagem de sódio de troca inferiores a 2,5%. Estes locais não requerem qualquer medida de prevenção ou recuperação do solo embora se recomende que devam ser monitorizados com uma frequência de 3 em 3 anos ou pelo menos 5 em 5 anos, apesar de a água de rega utilizada ser de qualidade média a boa.

Quanto aos efeitos no solo da fertilização azotada, aplicada durante o ciclo de rega através de rampas rotativas, verificou-se que os valores de azoto nítrico e amoniacal não são em regra elevados. Uma boa gestão da adubação azotada é possível desde que haja uma boa eficiência da rega, quer em termos da sua distribuição como da utilização da água pela cultura. Assim, é possível minimizar as perdas de azoto por lavagem e consequentemente a contaminação dos lençóis freáticos, não apenas por se limitar as perdas de água por drenagem profunda e escorrimento superficial mas por se poder fornecer o azoto repartido por várias aplicações.

5. AGRADECIMENTOS

Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projecto PEDIZA II 1462.

6. BIBLIOGRAFIA

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Alvim, A. & Nunes, J. 1984. Qualidade da água e risco de halomorfização do solo nos perímetros de Rega do Sul de Portugal (1980 a 1982). Ministério da Agricultura, Florestas e Alimentação. Direcção Geral de Hidráulica e Engenharia Agrícola. Lisboa.

(13)

13 FAO. 1998. World Reference Base for Soil Resources. World Soil Resources Reports,

84. FAO. Rome, Italy.

Mesquita, M. E. & Alvim, A. 1981. Testagem de um método de determinação da capacidade de troca catiónica em solos salinos. Pedologia, 16 (1): 165-176.

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