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Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.

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Academic year: 2021

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GEOGRAFIA, Rio Claro, v. 40, n. 1, p. 143-158, jan./abr. 2015.

Nova Porteirinha e Matias Cardoso

Silviane Gasparino COSTA1

Vivian Mendes HERMANO2

Cássio Alexandre da SILVA3

Ana Ivania Alves FONSECA4

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica produtiva do biodiesel no Norte de Minas Gerais. Para tanto, buscou-se contextualizar a importância das agroenergias na mesorregião em estudo, com enfoque nos municípios de Nova Porteirinha e Matias Cardoso. Em Nova Porteirinha, o cultivo de mamona (Rícinus communis) já foi feito em outros momentos, fazendo parte, inclusive, da tradição do cultivo em área de restrição hídrica. Todavia, em função das outras iniciativas (pública ou privada), o pe-queno produtor apresentou resistência ao programa atual, já que as experiências ante-riores foram negativas; destaca-se que apesar da má expectativa, muitos produtores decidiram cultivar novamente. Já Matias Cardoso foi o município de maior área planta-da e de maior produção de mamona no estado, porém, com o término do contrato com a EMATER e a PETROBRAS, reduziu-se a área plantada. Ao analisar, obtiveram-se como resultados a importância do programa biodiesel para a agricultura familiar, pela gera-ção de emprego e renda, e o aproveitamento produtivo das áreas de sequeiro. Porém, alguns problemas fazem-se presentes, principalmente, no que diz respeito à utilização real da produção da agricultura familiar para o biodiesel.

Palavras-chave: Energia. Agricultura familiar. Biodiesel e Norte de Minas Gerais.

1 Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. E-mail: silviane-gaspar@hotmail.com 2 Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. E-mail: hermanovivian@gmail.com 3 Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. E-mail: cassioas27@gmail.com 4 Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. E-mail: anaivania@gmail.com

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Abstract

Ricinus communis farming as an alternative for family farm in the north of Minas Gerais: biodiesel production in

Nova Porteirinha and Matias Cardoso city

This study aims to analyze the dynamics of biodiesel production in the North of Minas Gerais. Therefore, we attempted to contextualize the importance of the meso agroenergias study, focusing on case studies in the cities of Nova Porteirinha and Matias Cardoso. In Nova Porteirinha, castor bean farming (Rícinus communis) has been done at other times and it has been also part of the tradition of farming in a water restriction area. Nevertheless, according to other initiatives (public or private), small producers showed resistance to the current program, as previous experiences were negative. Despite the poor expectation, many farmers decided to grow it again. Matias Cardoso was the largest city in planted area, and it has increased castor production in the state, however, with the end of a contract with EMATER and PETROBRAS, the city has reduced the planted area. After analyzing case studies, the results showed the importance of the biodiesel program for family farms, creation of jobs and income, and also for productive use of non-irrigated areas. However, some problems are still present, especially regarding to the real production use of the family agriculture to biodiesel.

Key words: Energy. Family farming. Biodiesel and north of Minas Gerais.

INTRODUÇÃO

A energia é base do sistema capitalista de produção. O uso de energia propi-ciou uma infinidade de ações sociais que são atualmente inevitáveis para qualquer continuidade econômica. Porém, o aumento do consumo de energia imprime a rele-vância da busca de fontes de energias alternativas; dessa maneira, a agroenergia é um dos caminhos na buscade soluções energéticas. O interesse por essa fonte de energia não é recente, ele se iniciou em um processo longo de exploração da nature-za. O biodiesel é um combustível feito a partir de fontes renováveis que podem ser vegetais – oleaginosas (mamona, dendê, girassol, dentre outras) – e/ou feito a partir de óleos animais ou residuais, para uso em motores à combustão interna, que pos-sam substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil.

No Norte de Minas, a produção de agrodiesel segue uma tendência específica, a partir de parâmetros definidos para as regiões semiáridas do país.A monocultura da mamona (Rícinus communis) possui característica especial para o clima semiárido, sua grande adaptabilidade e resistência às intempéries que esse clima possui tem sido alvo de grande debate e aceite por parte dos agricultores familiares.O Norte do estado de Minas Gerais insere-se no processo de produção global de energia de dois modos: por meio da hidroeletricidade, com a implantação da usina hidrelétrica de Irapé em agosto de 2006, compotência nominal instalada de 360 Megawatts, resul-tando em impactos agudos, porém, localizados; e a produção de agroenergia, por meio da produção de etanol e biodiesel, pela usina Sada Bioenergia no município de Jaíba, e a produção de biodiesel, exclusivamente, pela usina Darcy Ribeiro em Montes Claros, da Petrobras Biocombustível.

O objetivo geral deste trabalho é conhecer a cadeia produtiva delineada para o biodiesel no Norte de Minas Gerais e os objetivos específicos são: verificar quais os pontos negativos e positivos da incorporação da mamona para a produção de biodiesel na mesorregião do Norte de Minas; conhecer a opinião dos agricultores familiares

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sobre a Rícinus communis; identificar quais os pontos que deixaram de ser assistidos pelas políticas públicas ou demais interessados no programa biodiesel por meio de estudo comparativo com a técnica da entrevista nos municípios que participaram do programa biodiesel, especificamente, Nova Porteirinha e Matias Cardoso.

Assim, na construção do trabalho foram utilizadas como metodologia a revisão bibliográfica com autores que discutem o tema; a pesquisa em órgãos como o Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério das Minas e Energia e o Ministério da Ciência e Tecnologia. Realizaram-se também alguns trabalhos de campo no âmbito do projeto de pesquisa: “Novas fronteiras do biodiesel no Norte de Minas: limites e desafios da incorporação da pequena produção agrícola”, para o conheci-mento da realidade regional da produção de energia pela agricultura familiar, com posterior sistematização dos dados.

Neste trabalho deu-se ênfase às fontes energéticas de origem vegetal, pois estão diretamente associadas à produção regional e local. O trabalho está dividido em três partes, a primeira tratada incorporação do biodiesel na mesorregião do Norte de Minas; a segunda aborda o programa biodiesel no município de Nova Porteirinha; e a terceira, os impactos socioambientais do cultivo de mamona pela agricultura familiar em Matias Cardoso.

O biodiesel no Norte de Minas Gerais

Atualmente, o Norte do estado de Minas Gerais vem sendo incorporado ao plano de produção de energia que começou por meio da intensa implantação das florestas homogêneas de eucalipto. Inserindo-se no processo de produção global de energia de dois modos: por meio da hidroeletricidade, com a implantação da usina hidrelétrica de Irapé em agosto de 2006, que resulta em impactos agudos, porém, localizados; e a produção de agroenergia, por meio da produção de etanol e biodiesel, pela usina Sada Bioenergia no município de Jaíba, e a produção de biodiesel, exclusi-vamente, pela usina Darcy Ribeiro em Montes Claros, da Petrobras Biocombustível (MARTINS et. al., 2008).

A produção de agroenergia no Norte de Minas segue uma tendência específica, em função de suas características sociais, edáficas e climáticas, uma vez que se assemelha aos parâmetros definidos para o Nordeste do país. Assim, tendo por obje-tivo a produção de oleaginosas, o culobje-tivo da mamona (Rícinus communis) parece constituir o verdadeiro caminho e vocação para essa extensa área (PARENTE, 2003). Desse modo, depreende-se: a) a mamoneira se adapta muito bem ao clima e às condições de solo do semiárido; b) estudos realizados pelo Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (CNPA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), em Campina Grande, estão disponibilizando cultivares que permitem altas produtividades (até 2.500kg de semente por hectare); c) a lavoura da mamona se presta para a agricultura familiar, podendo apresentar economicidade elevada; d) a torta resultante da extração do óleo de mamona se apresenta como adubo de excelência, encontrando aplicações ideais na fruticultura, horticultura e floricultura, atividades importantes e crescentes nos perímetros irrigados nordestinos; e e) a la-voura de um hectare de mamona pode absorver até 8 toneladas de gás carbônico da atmosfera, contribuindo para a diminuição do acúmulo desse gás.

Através de estudos aprofundados do tema na região, constatou-se que o culti-vo de mamona pela agricultura familiar não é recente, existindo um histórico desse cultivo muito antes da implantação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Queiros (2009, p.14) ressalta que “a grande importância da cultura da mamona na economia do Nordeste brasileiro está em sua capacidade de gerar

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renda para os agricultores familiares dessa extensa área”. Segundo o autor, mesmo em condições de atraso tecnológico, a mamona é cultivada, constituindo-se em fator de sobrevivência e fixação para a população rural.

Analisando as novas condições produtivas da (Rícinus communis) no Norte de Minas, toma-se como base de avaliação que uma cadeia produtiva dessa magnitude deva possuir as seguintes etapas: produção de mamona no campo, esmagamento da mamona para transformação em óleo, produção de biodiesel a partir do óleo vegetal e mercado consumidor. Considerando os fatores regionais analisados, a seguir apre-senta-se um esquema síntese da cadeia produtiva do biodiesel, organizado por Hermano (2011) sobre a região do Norte de Minas:

Organograma 1 - Comparativo entre a cadeia básica de produção de biodiesel e a cadeia do Norte de Minas

Organização: HERMANO, V. M., 2011.

O organograma 1 demonstra que a cadeia produtiva dessa mesorregião está incompleta. Não existe unidade de esmagamento da mamona, fato que dificulta a recepção da produção na indústria Darcy Ribeiro em Montes Claros, que recebe so-mente o óleo vegetal bruto para beneficiamento e transformação em biodiesel. A unidade esmagadora de mamona mais próxima está localizada no estado da Bahia, que recebe a maior parte da produção. A falta dessa tecnologia promove uma descontinuidade da estrutura produtiva que encarece o produto final, tornando o biodiesel regional inviável para o consumidor final. Para a solução desse problema, a iniciativa mais difundida para o estabelecimento dessa cadeia é a ampliação e a con-solidação de um plano de produção de mamona pela agricultura familiar em alguns

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municípios da região. Segundo pesquisa de campo, a produção da mamona nunca esteve diretamente a cargo da PETROBRAS, a principal forma de atuação é por meio de convênios com diversas entidades como os sindicatos, ONGs (Organizações não governamentais) e pela EMATER (Empresa Brasileira de Assistência técnica e Exten-são Rural).

A produção de oleaginosas no campo gerou consequências irreversíveis na vida dos agricultores familiares norte-mineirospor meio de novas relações de produ-ção. A cadeia produtiva delineada para essa região teve como fundamento a constru-ção da Usina Darcy Ribeiro na cidade de Montes Claros, por apresentar centralidade econômica em relação às outras cidades situadas nessa mesorregião. Assim, busca-se, em primeiro lugar, fortalecer a cadeia produtiva com a geração de emprego e renda; a diversificação da matriz energética e a obtenção pelas empresas gestoras do projeto o Selo Combustível Social. A Portaria de nº60, de 6 de setembro de 2012, dispõe sobre os critérios e procedimentos relativos à concessão, manutenção e uso do Selo Combustível Social:

VII – Selo Combustível Social: componente de identificação concedido pelo MDA a cada unidade industrial do produtor de biodiesel que cumpre os critérios descritos nesta Portaria e que confere ao seu possuidor o caráter de promotor de inclusão social dos agricultores familiares enquadrados no Pronaf, conforme estabelecido no Decreto n° 5.297, de 06 de dezembro de 2004 (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, 2012).

Por meio do Selo Combustível Social, as empresas fabricantes de biodiesel têm

reduzidas as arrecadações de tributos, como o PIS/PASEP2 e o Cofins3, além de

me-lhores financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-cial - BNDES e outras instituições financeiras. Contam, inclusive, com o benefício do enquadramento como empresa responsável “ambientalmente e socialmente”.

Para aquisição do Selo, as empresas devem comprovar a compra da matéria-prima do agricultor familiar que esteja inserida no PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) de acordo com os percentuais estabelecidos. O percentual mínimo de aquisição de matéria-prima do agricultor do semiárido é de 30%. Além do fornecimento obrigatório de assistência técnica, devem-se responsabi-lizar pela entrega de sementes e garantir a compra pelos preços preestabelecidos.

Conforme relatório da EMATER 2010, a safra de 2009/2010 entre o cultivo de mamona com casca e girassol somaram-se 29.527,27 Kg, atualmente, mais 80% são

assistidos pela empresa4. Em entrevista realizada no dia 23/05/2011 em Montes

Cla-ros-MG, o coordenador de cultura e biodiesel, Reinaldo Nunes de Oliveira, ressaltou a viabilidade do cultivo da mamona para o Norte de Minas. Segundo o técnico, o progra-ma biodiesel foi iniciado em 2007/2008 com a progra-mamona e amendoim, na safra de 2008/2009 mamona e girassol, e em 2009/2010 e 2010/2011 apenas mamona. A área total cultivada está em torno de 28.000 Km², e nos projetos de irrigação a participação é menor que 30%, pois essas áreas são destinadas à produção de ali-mentos e a mamona é adaptada ao regime de sequeiro.

2 Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. 3 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

4 Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) – executa assistência técnica para

os agricultores participantes do Programa Biodiesel vinculados à Petrobras Brasileiro S.A. que investe em Combustível Social.

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Os dados, cedidos pela EMATER 2011, indicam que foram cultivados em 57 municípios, os que mais produziram (total das duas safras) foram Matias Cardoso, Manga, São Francisco, Janaúba e Mato Verde; os que menos produziram foram Buritizeiro, Ibiaí e Várzea da Palma. A produção de Buritizeiro (o que menos produ-ziu) representa 0,07 % do município de maior destaque, Matias Cardoso – há grande irregularidade de produção entre os municípios.

A produção total foi estimada em 24.397,15 Kg distribuídos de forma extrema-mente irregular, principalextrema-mente, quando se observa o dinamismo da produção de uma safra 2008/2009 para outra 2009/2010. Cerca de 20% dos municípios não parti-ciparam da segunda safra e apenas duas cidades (Juvenília e Gameleira) foram inclu-ídas apenas na segunda safra. Por outro lado, entre os municípios que mais produzi-ram, ocorreu uma expansão da safra de até mais de 100%, como no caso de Matias Cardoso. O girassol, na segunda safra, praticamente deixou de ser cultivado, porém, a cidade de Chapada Gaúcha apresentou crescimento marcante de uma safra para outra, indicando provavelmente uma tendência produtiva. O mapa 1 explana a produ-ção de mamona na região.

A análise foi feita pelo volume de produção, sendo que os tons de cinza (mais escuros) são das maiores safras e os tons mais claros, das menores safras. Uma parte considerável dos municípios da região norte de minas participou do programa, no entanto, o principal foco produtivo está próximo ao Rio São Francisco.

Mapa 1 - Produção de mamona 2009/2010

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O BIODIESEL EM MUNICÍPIOS DO NORTE DE MINAS GERAIS

Nesta parte abordar-se-á a respeito da produção de biodiesel pela agricultura familiar no município de Nova Porteirinha no primeiro subtítulo. No segundo, expla-nar-se-ão os impactos socioambientais do cultivo de mamona (Rícinus communis), especificamente no município de Matias Cardoso.Essa subdivisão obedece à forma de condução da pesquisa na região Norte de Minas.

Nova Porteirinha – MG

Antigo distrito do município de Porteirinha, Nova Porteirinha (Mapa 2) possui 120,943 Km² de área territorial e 61,17 habitantes por Km² (IBGE, 2010). Sua eman-cipação ocorreu através da Lei 12.030, de 21 de outubro de 1995, sendo considerada a “rainha fecunda de um reino” por possuir o grande potencial do vale do Rio Gorutuba. A construção da Barragem do Bico da Pedra a 5 km da atual sede do município trouxe impulso econômico para área. Essa barragem foi inaugurada em março de 1979, sendo que, logo após, ocorreu a implantação do Projeto Gorutuba, que produz grande variedade de frutas, com a predominância da banana, que representa 90% do total de produção; localizado na margem direita do rio, ocupa parte significativa de sua área e desempenha papel de suma importância no desenvolvimento da região do norte de Minas, além do município. A população estimada do ano de 2013 para Nova Porteirinha é de 7.623, sendo que no ano de 2010, era de 7.398 (IBGE, 2010).

Mapa 2 – Localização de Nova Porteirinha na mesorregião do Norte de Minas Gerais

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A emancipação do antigo distrito do município de Porteirinha (São José), bati-zado logo depois de Nova Porteirinha (Mapa 2), foi feita com o intuito de administrar as novas áreas irrigáveis que foram disponibilizadas pelo governo, à margem direita do Rio Gorutuba. “Esse interesse político foi fortalecido pelo fato de que essas áreas passaram a produzir em grande escala, dinamizando a economia local” (HERMANO, 2006, p.80).

Hermano (2006) escreve que a transformação no sistema produtivo passou a ser mais dinâmico e polarizado, levando a uma modificação estrutural urbana. Esse fato ocorre devido ao loteamento das áreas do projeto, que teve como objetivo operacionalizar as atividades comerciais e promover a reestruturação latifundiária do local. Na tabela 1 pode-se observar tal fato:

A tabela 1 demonstra que o local não passa por uma explosão demográfica, com taxa média baixa de crescimento de 2,21%. Outro fato marcante é que, apesar de a população urbana ser um pouco maior que a rural, essa praticamente se mante-ve estámante-vel, fato que o diferencia da tendência nacional à inmante-versão populacional. Em Nova Porteirinha, cerca de 40% da população é rural, sem levar em consideração o fato de que, em 6 das 11 colonizações, as pessoas que desenvolvem atividades no campo declararem residência na cidade.

Isso significa que a maior parte da população está direta ou indiretamente envolvida com as atividades do campo, ratificando sua estruturação socioeconômica com caráter agrário, fato que pode ser demonstrado na tabela 2, sobre o PIB munici-pal.

Tabela 1 - Composição da população do município de Nova Porteirinha 1991-2001

Fonte: Dados do IBGE. Organização: COSTA, S. G., 2014.

* Os dados deste ano são referentes ao distrito de Nova Porteirinha

Tabela 2 - Produto Interno Bruto divido por setores da economia em Nova Porteirinha – MG

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2010.

Organização: COSTA, S. G., 2014

Os dados indicam que na cidade analisadahá preponderância das atividades do setor primário, confirmadas pelas atividades do projeto. Essa situação é distinta da

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região norte de Minas, que tem suas atividades voltadas, principalmente, para o setor secundário, 43,5% e terciário, 44,4%.

Com predominância das atividades rurais, em especial a fruticultura irrigada, nessa localidade, também foi implementado o projeto biodiesel, porém, nas áreas de sequeiro. Nesse local, apesar de se abrigarem extensas áreas com infraestrutura irrigacional, ainda estão presentes aqueles produtores que cultivam no sequeiro.

De acordo com técnico da EMATER, Alex Sandro Franco de Almeida, entrevista-do no dia 28/02/2012, em relação ao histórico entrevista-do cultivo dessa cultura na região, tem-se a tem-seguinte contextualização:

Bem, antigamente, [...] na época de plantio da mamona era época de muita alegria para as crianças, porque eles tinham dinheiro para comprar: sapato, roupinha, então as-sim, o pessoal pegava a mamona [...] os meninos saíam catando no chão, ia lá no boteco e tinha o dono do armazém que trocava a mamona a troco de alimentos, e aí comprava também, então, naquela época as crianças tinham dinheiro para comprar bala, comprar isso, comprar roupinha, então nisso tudo bem, então, aqui tem histórico na região. Depois passou. Aí veio a época dum empresário, esqueci o nome dele, um deputado lá de Montes Claros, que montou uma indústria de comprar mamona, e ele comprou muito na re-gião só que ele comprou, do mesmo jeito não pagou, outras vezes ele ficou de pegar e não pegou e o pessoal ficou com os armazéns cheios de mamona, então, assim, passou este tempo, aí quando nós voltamos em 2008 para falar de mamona, as vezes a prefeitura nem nos recebia. Não, se você quiserfalar de outra coisa a gente fala, se for para falar de mamona cê pode voltar! Então nós tivemos uma resis-tência enorme em voltar a trabalhar com este produto por-que teve esse histórico negativo.

O relato feito pelo técnico da EMATER acima, comprova que a mamona já foi cultivada na região em outros momentos, fazendo parte, inclusive, da tradição do cultivo em área de restrição hídrica, todavia, em função das outras iniciativas (pública ou privada) o pequeno produtor apresentou resistência ao programa atual, já que as experiências anteriores foram negativas. Contudo, apesar da má expectativa, muitos produtores decidiram cultivar novamente. A seguir apresentam-se os resultados da pesquisa de campo com quatro produtores de sequeiro de Nova Porteirinha – MG, de um universo total de doze áreas de cultivo de mamona. Destaca-se que se buscou distribuir as amostras de forma homogênea no espaço representado pelo grupo que participa do programa.

Tabela 3 - Sistematização dos dados colhidos junto aos produtores em Nova Porteirinha – MG, referentes ao cultivo da mamona

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Os dados coletados apresentam certa divergência. O produtor A, que cultivou meio hectare, obteve um rendimento declarado de 1.200 reais; o produtor D que cultivou um hectare e meio teve rendimento de 600 reais, nota-se também essa diferente proporção (área/rentabilidade) nos produtores B e C. Podem-se inferir al-gumas causas hipotéticas dessa situação: em primeiro lugar, a recorrente tradição de certos produtores em diminuir a renda obtida com a atividade rural, e, em segundo, pelo fato de ser um programa público, que envolve uma série de procedimentos burocráticos para o acesso aos pagamentos, assim, os produtores poderiam se preju-dicar por algum procedimento falho ou inadequado.

Como ponto positivo, o quesito mais citado foi o fato de o manejo dessa cultura ser simples; além da Rícinus communis ser resistente às condições ambientais da região, uma situação estratégica, considerando os longos períodos de restrição hídrica a que os produtores de sequeiro do semiárido estão submetidos.

Os pontos negativos se referem especificamente às características de condu-ção do programa Biodiesel do Governo Federal pela Petrobrás Brasileiro S.A. na área de estudo, como fornecimento de sementes, preço baixo e assistência técnica. Matias Cardoso – MG e os impactos socioambientais da produção de mamona nos municípios analisados do Norte de Minas

De acordo com Alfonso de Taunay (1948), foi por volta de 1612 que bandeiras anônimas paulistas começaram a percorrer o rio São Francisco, criando o Caminho Geral do Sertão. A partir da década de 1650, a área do Recôncavo baiano começou a ser invadida por grupos indígenas aliados a negros quilombolas. O governo baiano decidiu, então, pedir auxílio aos paulistas. O bandeirante de nome Matias Cardoso de Almeida conduziu um grupo de mais de cem bandeirantes, além de escravos e indíge-nas para a região média do rio São Francisco, objetivando aprear índios e exterminar os quilombolas que ameaçavam as povoações dedicadas ao cultivo de cana e à cria-ção de gado.

Matias Cardoso de Almeida, por volta de 1660, e seu grupo se estabeleceram na região do rio Verde Grande, porém, as inundações e a insalubridade da área fizeram que os arraiais fundados tivessem que se deslocar. Então, fundou-se às mar-gens do rio São Francisco o povoado de Morrinhos. A sociedade pastoril disseminada a partir de Morrinhos se dedicou à criação de gado e à produção de gêneros alimen-tícios comercializados para a cidade de Salvador.

A formação administrativa do povoado de Morrinhos ocorreu através de alvará de 1755 que cria a denominação de Nossa Senhora da Conceição de Morrinhos. Em 1954, Morrinho tem a sua igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ISPHAN). O distrito de Matias Cardoso (ex. Nossa Senhora da Conceição de Morrinhos) emancipado e elevado à categoria de município (Mapa 3) através da Lei Estadual nº 10.704/92 é instalado em 01/01/1993. Os principais aglomerados populacionais que compõem o município são: Lajedão, Lajedinho, Linha da Cruz, Praia, Lagoa Nova, Ilha da Ressaca Porto de Matias e Rio Verde Minas, conhecido como Gado Bravo. Possui população de 9.979 habitan-tes com densidade demográfica de 5,12 hab./km² em uma área territorial de 1.949,738 km² (IBGE, 2010).

Para se compreenderem os impactos da cadeia produtiva da mamona nos municípios do Norte de Minas analisados neste trabalho (Matias Cardoso e Nova Porteirinha) serão desenvolvidas duas análises, a primeira se refere à relação da agricultura familiar com a produção de mamona, e a segunda diz respeito aos impac-tos dessa produção no meio ambiente local.

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Neste trabalho, adota-se a definição de Tauk (1995), que conceitua impacto socioambiental como todo efeito no meio ambiente causado pelas alterações e/ou atividades do ser humano. Conforme o tipo de intervenção, modificações produzidas e eventos posteriores, pode-se avaliar qualitativa e quantitativamente o impacto, classificando-o de caráter “positivo” ou “negativo”, ecológico, social e/ou econômico.

Positivo ou benéfico - quando a ação resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental ou social, ou ambos (por exemplo, o deslocamento de uma população residente em palafitas para uma nova área adequadamen-te localizada e urbanizada).

Negativo ou adverso - quando a ação resulta em um dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental ou social, ou ambos (por exemplo, o lançamento de esgotos não trata-dos em um lago). (TAUK,1995, p. 17).

Os resultados obtidos em entrevistas com os agricultores familiares da comuni-dade da Linha da Cruz em Matias Cardoso apontam, no geral, aspectos positivos e negativos em relação ao cultivo da mamona. Essa foi a região de maior área plantada e de produção de mamona no estado, porém, com o término do contrato com a EMATER e a PETROBRAS, reduziu-se a área plantada. Hoje, de acordo com os entre-vistados, os agricultores continuam cultivando, mas vendem a produção para um “atravessador” que revende a matéria-prima bruta para indústrias localizadas no es-tado de São Paulo.

Mapa 3 – Localização de Matias Cardoso na mesorregião do Norte de Minas

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A PETROBRAS5, em períodos não contínuos, vem à região comprar a mamona,

mas a parceria com os agricultores familiares fragilizou-se, pela falta de confiança desses nessa instituição, já que, segundo a pesquisa de campo, ocorreu um período de colheita em que a produção pereceu porque a empresa não coletou o produto, causando prejuízos financeiros. Nessa perspectiva, os agricultores vendem a mamona para atravessadores que oferecerem o melhor preço, de forma individual, pois não há nenhum tipo de organização comunitária local para essa finalidade.

Dentre as vantagens relatadas pelos produtores de mamona estão: a de pro-duzir onde a maioria das outras culturas não consegue se desenvolver (área de sequeiro); a utilização de poucos produtos químicos (somente no período inicial para reduzir a incidência de ervas daninhas), pois a planta apresenta resistência às pra-gas; o fato de a planta no período de crescimento fornecer ao solo alguns nutrientes que ajudam outros cultivos; a facilidade, tanto na hora da colheita como na manuten-ção do crescimento da planta; a geramanuten-ção de renda para os agricultores, a maioria deles vive na área de sequeiro, sendo a mamona uma das únicasalternativas nessas condições climáticas, e o fato de fixar esses agricultores no campo – trabalhando em suas próprias terras eles deixam de ir para outras regiões e evitam a migração.

A seguir, apresentam-se os relatos considerados mais emblemáticos das pes-quisas de campo realizadas em 2012 e 2013:

5 Desenvolve atualmente Projeto Piloto de Educação para a Sustentabilidade para Agentes da

Petrobras Biocombustível (PBIO): Técnicos, Agricultores Familiares e Comunidade do entorno da Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, Montes Claros – MG.

Quadro 1 - Opinião dos agricultores sobre o Programa Biodiesel e o cultivo da mamona (Rícinus communis)

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Os relatos do quadro 1 são de períodos distintos. O que se pode verificar de comum em todas as declarações é a facilidade de manejo e a resistência dessa cultu-ra ao clima regional, vista muitas vezes como a única opção quando a restrição hídrica se torna mais agressiva. Especificamente no que se refere à relação com o programa governamental, destacou-se a reativação dos créditos junto a organismos financei-ros, o que de fato tem sido um grande percalço aos produtores familiares da região, por outro, destacou-se a fragilidade quanto o cumprimento de todas as etapas de atuação, em especial ao final do ciclo produtivo, na compra da colheita.

Considerando a questão ambiental, foi marcante o fato de todos os produtores defenderem a cultura da mamona como alternativa sustentável. Houve unanimidade na afirmativa de que não se provoca desmatamento ou poluição para essa finalidade e, como a cultura é muito resistente, consumindo apenas a água disponibilizada pelo regime pluvial local, não há necessidade de irrigação, o que contribui para a preser-vação dos corpos hídricos existentes.

Somando-se o fato de que a utilização de defensivos é mínima ao longo de seu cultivo e o fato de alguns produtores afirmarem ser essa uma boa alternativa de recuperação de solos, pode-se inferir que os impactos ambientais são mínimos. É importante destacar que tal fato não implica um bom grau da conservação na área estudada – a degradação ambiental é uma constante no Norte de Minas – o que a pesquisa verificou é que a produção da mamona é muito adaptada às condições regionais.

Fonte: Entrevistas realizadas em trabalhos de campo, períodos: 2011, 2012 e 2013.

Trabalho de MOURA (Matias Cardoso, 2011); Projeto Gorutuba (Nova Porteirinha, 2012) e Linha da Cruz (Matias Cardoso, 2013). Organização: HERMANO, V. M. e COSTA, S. G., 2013.

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Correlacionando as questões sociais e as ambientais, a seguir apresenta-se um quadro síntese dos impactos do cultivo da mamona nas duas cidades analisadas da região Norte de Minas.

O quadro 2 demonstra que a relação sistema produtivo, agricultura familiar e meio ambiente, no caso da mamona, pode ser considerada parcialmente equilibrada, em especial pela sua adaptabilidade às condições ambientais. Os grandes entraves estão na comercialização e também na forma de atuação dos agentes públicos. A partir da pesquisa desenvolvida, verificou-se que os agricultores são favoráveis ao desenvolvimento do programa de estímulo à produção de agroenergia, porém, esse deve ser devidamente adequado às necessidades dos grupos produtivos locais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo conhecer a cadeia produtiva do biodiesel no Norte de Minas Gerais, verificando os pontos negativos e positivos da incorporação da mamona para a produção de biodiesel. Através da ida a campo, foi possível conhe-cer a opinião dos agricultores familiares do Norte de Minas Gerais sobre a Rícinus

communis e identificar quais os pontos que deixaram de ser assistidos pelas políticas

públicas ou demais interessados no programa biodiesel, fazendo-se, posteriormente, um estudo de caso nos municípios do Norte de Minas que participaram do programa biodiesel, especificamente Nova Porteirinha e Matias Cardoso.

Em Nova Porteirinha apesar do histórico negativo e de certa resistência inicial, o poder público municipal e os agricultores tiveram uma boa aceitação do programa biodiesel pelo incremento na renda e pela facilidade de cultivo da Rícinus communis, além de ser uma alternativa produtiva para as áreas de sequeiro. Já em Matias Car-doso, município de maior área plantada e de produção, os agricultores e a EMATER (2013) relataram que a mamona é uma fonte de resistência a não migração do campo para a cidade. Em períodos de grande estresse hídrico, a mamona é cultivada, forne-cendo renda para muitas famílias de agricultores familiares, além de ser um meio de segurança e comprovação de renda para aqueles que necessitam de financiamentos e crédito bancário.

Quadro 2 - Impactos da cultura da mamona para agricultura familiar do Norte de Minas

(15)

Dessa maneira, considera-se que a produção de oleaginosas pela agricultura familiar Norte Mineira é uma alternativa promissora. Os agricultores dessa extensa área possuem histórico de produção de mamona, o que contribui para a aceitação do programa biodiesel e a geração de emprego e renda, principalmente nas épocas de estresse hídrico presentes na região. Porém, há alguns pontos negativos desse pro-cesso devido à cadeia produtiva do agrodiesel estar incompleta pela falta de unidade esmagadora, incluindo a deficiência no fornecimento de sementes, assistência técnica para a agricultura familiar, além da falta de recolhimento da produção nas datas preestabelecidas pelos atores do programa.

Outra questão relevante é o fato de a Rícinus communis não estar sendo utilizada como matéria-prima para a produção de biodiesel na Usina Darcy Ribeiro, que processa o óleo de soja, de algodão, os óleos e gorduras residuais e o sebo bovino. Dessa maneira, há a necessidade de redefinir os objetivos desse programa, pois, quanto à inclusão da agricultura familiar, as falhas e descumprimento das metas encontram-se crescentes.

REFERÊNCIAS

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Porteirinha. 2006. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Social) - Programa

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Disponível em: <http://www.mme.gov.br/programas/biodiesel/galerias/arquivos/ biodiesel/cartilha_biodiesel_ingles>. Acesso em: 15 fev. 2011.

PARENTE, Expedito de Sá et al. Biodiesel: uma aventura tecnológica num país engraçado. Fortaleza: Tecbio CE. 2003, 66p.

QUEIROS, Vicente de Paula. SANTOS, Rogério Ferreira. Levantamento dos

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www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/CNPA-2009-09/22011/1/E%2003.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2013.

TAUK, Sâmia Maria (Org.). Análise Ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1995.

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TAUNAY, Affonso d’Escragnolle. Memórias do Visconde de Taunay. São Paulo: Instituto Progresso Editorial 1948 (Coleção Espelhos 1).

Recebido em abril de 2014 Aceito em julho de 2014

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