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Técnico Judiciário Área Judiciária e Administrativa Direito Administrativo e Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado

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Direito Administrativo e Estatuto e Regime

Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis

do Estado do RS - Conforme Edital

Profª Tatiana Marcello

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dos Servidores Públicos Civis do Estado do RS

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DIREITO ADMINISTRATIVO E ESTATUTO E REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO RS: (Lei Complementar nº 10.098/94) - arts. 2º a 10, inclusive; arts. 16 a 27, inclusive; arts. 177 e 178; arts. 183 a 186. Constituição Federal: Da administração pública: arts. 37 a 43. Constituição Estadual: Da administração pública. Dos servidores públicos civis: arts. 29 a 45.

BANCA: FAURGS

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CONCEITOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AGENTES PÚBLICOS

1. Conceitos introdutórios

Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não, com ou sem remuneração.

Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles sujeitos que exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público enquanto as exercita.

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2. Classificação/Espécies dos Agentes Públicos

Agentes Públicos

Agentes Políticos Agentes Administrativos(Servidores Estatais ou Servidores Públicos em sentido amplo) Servidores Públicos (Estatuários) cargo público Empregados Públicos (Celetistas) emprego público Servidores Temporários (Contrato prazo determinado) função pública Particulares em colaboração (Agentes honoríficos) Agentes Militares (Estatuto/Lei Específica)

Os agentes públicos podem ser classificados em:

a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da Repú-blica, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices), Parla-mentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de Estado... b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido

amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza profissional e remunerada. Dividem-se em:

• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário. • Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime

celetista – CLT)

• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem em-prego público, exercendo função pública remunerada e temporária).

Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo” abran-ge essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores tem-porários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor Estatutário. Vejamos o esquema:

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c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por:

• Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o ser-viço militar);

• Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando o Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um incên-dio e presta socorro);

• Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é con-tratado para fazer um parecer);

• Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e permis-sionárias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal);

• Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais). d) Agentes Militares (Forças Armadas, Policiais Militares e Corpos de Bombeiros Militares)

– Quem compõe os quadros permanentes das forças militares possui vínculo Estatutário especial, ou seja, seu regime jurídico é regido por lei específica, não se confundindo com os Estatutos aplicáveis aos servidores públicos civis.

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Cargo Público

Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submeti-dos ao regime estatutário.

A Lei nº 10.098/1994 define: “Art. 3º Cargo público é o criado por lei, em número certo, com denominação própria, consistindo em conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.”

De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis uni-dades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”.

Emprego Público

Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao regi-me celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam por meio de concurso público para ocupar empregos públicos, de natureza essencialmente contra-tual.

De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista”.

Função Pública

De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e as exer-cidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”

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ESTATUTO E REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL

Nº 10.098/94, COM ALTERAÇÕES SUPERVENIENTES)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098,

DE 3 DE FEVEREIRO DE 1994

(atualizada até a Lei Complementar nº 14.821, de 30 de dezembro de 2015)

Dispõe sobre o estatuto e regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul.

TÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta lei dispõe sobre o estatuto e o re-gime jurídico dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, excetuadas as ca-tegorias que, por disposição constitucional, de-vam reger-se por estatuto próprio.

Art. 2º Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público é o criado por lei, em nú-mero certo, com denominação própria, consis-tindo em conjunto de atribuições e responsa-bilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públi-cos.

Art. 4º Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requi-sitos legais para a investidura e aos estrangeiros na forma da Lei Complementar, são de provi-mento efetivo e em comissão.

§ 1º Os cargos em comissão, de livre nome-ação e exonernome-ação, não serão organizados em carreira.

§ 2º Os cargos em comissão, preferencial-mente, e as funções gratificadas, com atri-buições definidas de chefia, assistência e assessoramento, serão exercidos por servi-dores do quadro permanente, ocupantes de cargos técnicos ou profissionais, nos casos e condições previstos em lei.

Art. 5º Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções de grau a grau, mediante aplicação de critérios al-ternados de merecimento e antigüidade.

Parágrafo único. Poderão ser criados cargos isolados quando o número não comportar a organização em carreira.

Art. 6º A investidura em cargo público de pro-vimento efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Parágrafo único. A investidura de que trata este artigo ocorrerá com a posse.

Art. 7º São requisitos para ingresso no serviço público:

I – possuir a nacionalidade brasileira;

II – estar quite com as obrigações militares e eleitorais;

III – ter idade mínima de dezoito anos; IV – possuir aptidão física e mental; V – estar em gozo dos direitos políticos; VI – ter atendido às condições prescritas para o cargo.

§ 1º De acordo com as atribuições peculia-res do cargo, poderão ser exigidos outros requisitos a serem estabelecidos em lei.

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§ 2º A comprovação de preenchimento dos requisitos mencionados no “caput” dar-se- á por ocasião da posse.

§ 3º Para efeitos do disposto no inciso IV do “caput” deste artigo será permitido o in-gresso no serviço público estadual de candi-datos portadores das doenças referidas no § 1º, do artigo 158 desta Lei, desde que: I – apresentem capacidade para o exercício da função pública para a qual foram selecio-nados, no momento da avaliação médico--pericial;

II – comprovem, por ocasião da avaliação para ingresso e no curso do estágio proba-tório, acompanhamento clínico e adesão ao tratamento apropriado nos padrões de indicação científica aprovados pelas autori-dades de saúde.

Art. 8º Precederá sempre, ao ingresso no servi-ço público estadual, a inspeção médica realiza-da pelo órgão de perícia oficial.

§ 1º Poderão ser exigidos exames suple-mentares de acordo com a natureza de cada cargo, nos termos da lei.

§ 2º Os candidatos julgados temporaria-mente inaptos poderão requerer nova ins-peção médica, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data que dela tiverem ciência. Art. 9º Integrará a inspeção médica de que trata o artigo anterior, o exame psicológico, que terá caráter informativo.

TÍTULO II

Do Provimento, Promoção, Vacância,

Remoção e Redistribuição

CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO

Art. 10. São formas de provimento de cargo pú-blico: I – nomeação; II – readaptação; III – reintegração; IV – reversão; V – aproveitamento; VI – recondução.

CAPÍTULO III

DA NOMEAÇÃO

Art. 16. A nomeação far-se-á:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado em concurso público para provimento em cargo efetivo de carrei-ra ou isolado;

II – em comissão, quando se tratar de cargo de confiança de livre exoneração.

Parágrafo único. A nomeação em caráter efetivo obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.

CAPÍTULO IV

DA LOTAÇÃO

Art. 17. Lotação é a força de trabalho qualitativa e quantitativa de cargos nos órgãos em que, efe-tivamente, devam ter exercício os servidores, observados os limites fixados para cada reparti-ção ou unidade de trabalho.

§ 1º A indicação do órgão, sempre que pos-sível, observará a relação entre as atribui-ções do cargo, as atividades específicas da

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repartição e as características individuais apresentadas pelo servidor.

§ 2º Tanto a lotação como a relotação pode-rão ser efetivadas a pedido ou “ex-officio”, atendendo ao interesse da Administração. § 3º Nos casos de nomeação para cargos em comissão ou designação para funções gratificadas, a lotação será compreendida no próprio ato.

CAPÍTULO V

DA POSSE

Art. 18. Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada com a assinatura do termo no pra-zo de 15 (quinze) dias, a contar da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do inte-ressado.

§ 1º Quando se tratar de servidor legalmen-te afastado do exercício do cargo, o prazo para a posse começará a fluir a partir do tér-mino do afastamento.

§ 2º A posse poderá dar-se mediante procu-ração específica.

§ 3º No ato da posse, o servidor deverá apresentar declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

Art. 19. A autoridade a quem couber dar posse verificará, sob pena de responsabilidade, se fo-ram cumpridas as formalidades legais prescritas para o provimento do cargo.

Art. 20. Se a posse não se der no prazo referido no artigo 18, será tornada sem efeito a nomea-ção.

Art. 21. São competentes para dar posse:

I – o Governador do Estado, aos titulares de cargos de sua imediata confiança;

II – os Secretários de Estado e os dirigen-tes de órgão diretamente ligados ao chefe

do Poder Executivo, aos seus subordinados hierárquicos.

CAPÍTULO VI

DO EXERCÍCIO

Art. 22. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de até 30 (trinta) dias contados da data da posse.

§ 1º Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que não entrar em exercício no prazo estabelecido neste artigo.

§ 2º Compete à chefia imediata da unidade administrativa onde for lotado o servidor, dar-lhe exercício e providenciar nos ele-mentos necessários à complementação de seus assentamentos individuais.

§ 3º A readaptação e a recondução, bem como a nomeação em outro cargo, com a conseqüente exoneração do anterior, não interrompem o exercício.

§ 4º O prazo de que trata este artigo, para os casos de reintegração, reversão e apro-veitamento, será contado a partir da publi-cação do ato no Diário Oficial do Estado. Art. 23. O servidor removido ou redistribuído “ex-officio”, que deva ter exercício em outra lo-calidade, terá 15 (quinze) dias para entrar em exercício, incluído neste prazo, o tempo neces-sário ao deslocamento para a nova sede.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado do exercício do cargo, o prazo a que se refere este artigo será con-tado a partir do término do afastamento. Art. 24. A efetividade do servidor será comuni-cada ao órgão competente mensalmente, por escrito, na forma do regulamento.

Parágrafo único. A aferição da freqüência do servidor, para todos os efeitos, será apu-rada através do ponto, nos termos do regu-lamento.

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Art. 25. O servidor poderá afastar-se do exercí-cio das atribuições do seu cargo no serviço pú-blico estadual, mediante autorização do Gover-nador, nos seguintes casos:

I – colocação à disposição;

II – estudo ou missão científica, cultural ou artística;

III – estudo ou missão especial de interesse do Estado.

§ 1º O servidor somente poderá ser posto à disposição de outros órgãos da administra-ção direta, autarquias ou fundações de di-reito público do Estado, para exercer função de confiança.

§ 2º O servidor somente poderá ser posto à disposição de outras entidades da admi-nistração indireta do Estado ou de outras esferas governamentais, para o exercício de cargo ou função de confiança.

§ 3º Ficam dispensados da exigência do exercício de cargo ou função de confiança, prevista nos parágrafos anteriores:

I – os afastamentos de servidores para o Sis-tema Único de Saúde;

II – os afastamentos nos casos em que haja necessidade comprovada e inadiável do ser-viço, para o exercício de funções correlatas às atribuições do cargo, desde que haja pre-visão em convênio.

§ 4º Do pedido de afastamento do servidor deverá constar expressamente o objeto do mesmo, o prazo de sua duração e, conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem. Art. 26. Salvo nos casos previstos nesta lei, o servidor que interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias consecutivos será demitido por abandono de cargo, com base em resultado apurado em inquérito administrativo.

Art. 27. O servidor preso para perquirição de sua responsabilidade em crime comum ou fun-cional será considerado afastado do exercício do

cargo, observado o disposto no inciso IV do ar-tigo 80.

§ 1º Absolvido, terá considerado este tem-po como de efetivo exercício, sendo-lhe ressarcidas as diferenças pecuniárias a que fizer jus.

§ 2º No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão, continuará afastado até o cumprimento to-tal da pena.

CAPÍTULO VII

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 28. Estágio probatório é o período de 2 (dois) anos em que o servidor, nomeado em ca-ráter efetivo, ficará em observação e durante o qual será verificada a conveniência ou não de sua confirmação no cargo, mediante a apuração dos seguintes requisitos:

I – disciplina; II – eficiência;

III – responsabilidade; IV – produtividade; V – assiduidade.

Parágrafo único. Os requisitos estabeleci-dos neste artigo, os quais poderão ser des-dobrados em outros, serão apurados na for-ma do regulamento.

TÍTULO IV

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO I

DOS DEVERES DO SERVIDOR

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I – ser assíduo e pontual ao serviço;

II – tratar com urbanidade as partes, aten-dendo-as sem preferências pessoais;

III – desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas atribuições;

IV – ser leal às instituições a que servir; V – observar as normas legais e regulamen-tares;

VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

VII – manter conduta compatível com a mo-ralidade administrativa;

VIII – atender com presteza:

a) o público em geral, prestando as informa-ções requeridas que estiverem a seu alcan-ce, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para defesa da Fazenda Pú-blica;

IX – representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;

X – zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimô-nio público;

XI – observar as normas de segurança e me-dicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de pro-teção individual (EPI) que lhe forem confia-dos;

XII – providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu endereço residencial e sua declaração de fa-mília;

XIII – manter espírito de cooperação com os colegas de trabalho;

XIV – representar contra ilegalidade, omis-são ou abuso de poder.

§ 1º A representação de que trata o inciso XIV será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

§ 2º Será considerado como co-autor o su-perior hierárquico que, recebendo denún-cia ou representação a respeito de irregula-ridades no serviço ou de falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua apuração.

CAPÍTULO II

DAS PROIBIÇÕES

Art. 178. Ao servidor é proibido:

I – referir-se, de modo depreciativo, em in-formação, parecer ou despacho, às auto-ridades e a atos da administração pública estadual, podendo, porém, em trabalho as-sinado, criticá-los do ponto de vista doutri-nário ou da organização do serviço;

II – retirar, modificar ou substituir, sem pré-via permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existente na repartição;

III – ausentar-se do serviço durante o ex-pediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

IV – ingerir bebidas alcoólicas durante o ho-rário de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se em estado de embriaguez ou drogado ao serviço;

V – atender pessoas na repartição para tra-tar de interesses particulares, em prejuízo de suas atividades;

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VI – participar de atos de sabotagem contra o serviço público;

VII – entregar-se a atividades político-parti-dárias nas horas e locais de trabalho;

VIII – opor resistência injustificada ao anda-mento de docuanda-mento e processo ou execu-ção de serviço;

IX – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

X – exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das defi-nidas em lei ou regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encar-gos de chefia e as comissões legais;

XI – celebrar contrato de natureza comer-cial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o Estado, por si ou como representante de outrem;

XII – participar de gerência ou administra-ção de empresa privada, de sociedade civil ou exercer comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se tratar de função de confiança de empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor será considerado como exercendo cargo em comissão;

XIII – exercer, mesmo fora do horário de ex-pediente, emprego ou função em empresa, estabelecimento ou instituição que tenha relações industriais com o Estado em ma-téria que se relacione com a finalidade da repartição em que esteja lotado;

XIV – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ou parente até o segundo grau civil, ressalvado o disposto no artigo 267;

XV – cometer, a pessoas estranhas à repar-tição, fora dos casos previstos em lei, o de-sempenho de encargos que competirem a si ou a seus subordinados;

XVI – coagir ou aliciar subordinados no sen-tido de filiarem-se à associação profissional

ou sindical, ou com objetivos político-parti-dários;

XVII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares ou políticas;

XVIII – praticar usura, sob qualquer das suas formas;

XIX – aceitar representação, comissão, em-prego ou pensão de país estrangeiro;

XX – valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detri-mento da dignidade do serviço público; XXI – atuar, como procurador, ou intermedi-ário junto a repartição pública, salvo quan-do se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e do cônjuge;

XXII – receber propinas, comissões, presen-tes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XXIII – valer-se da condição de servidor para desempenhar atividades estranhas às suas funções ou para lograr, direta ou indireta-mente, qualquer proveito;

XXIV – ceder de forma desidiosa;

XXV – exercer quaisquer atividades que se-jam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho. § 1º Não está compreendida na proibição dos incisos XII e XIII deste artigo a participa-ção do servidor na presidência de associa-ção, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.

§ 2º Na hipótese de violação do disposto no inciso IV, por comprovado motivo de depen-dência, o servidor deverá, obrigatoriamen-te, ser encaminhado a tratamento médico especializado.

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CAPÍTULO IV

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 183. Pelo exercício irregular de suas atribui-ções, o servidor responde civil, penal e adminis-trativamente.

Art. 184. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo causado ao erário somente será liquidada na forma pre-vista no artigo 82, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a tercei-ros, responderá o servidor perante a Fazen-da Pública, em ação regressiva.

§ 3º A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servi-dor nesta qualidade.

Art. 185. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 186. As sanções civis, penais e administrati-vas poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, assim como as instân-cias civil, penal e administrativa.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI Nº 10.098/1994

A Lei nº 10.098/1994 estabelece o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Esta-do Esta-do Rio Grande Esta-do Sul. Ou seja, é o Estatuto Esta-do serviEsta-dor Esta-do RS. Obs.: os serviEsta-dores municipais terão estatutos próprios.

1. Disposições Preliminares

Servidor – pessoa legalmente investida em cargo público.

Cargo público – conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.

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Os cargos públicos estaduais são: a) criados por lei;

b) em número certo; c) denominação própria;

d) acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais para a investidura e aos estrangeiros na forma da Lei Complementar;

e) de provimento efetivo e em comissão.

É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei (ex.: a lei permite que o mesário preste serviços de forma gratuita).

Cargo em Comissão (CCs) – Os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não serão organizados em carreira. Os cargos em comissão, preferencialmente, e as funções gratificadas, com atribuições definidas de chefia, assistência e assessoramento, serão exercidos por servidores do quadro permanente, ocupantes de cargos técnicos ou profissionais, nos casos e condições previstos em lei.

Cargo efetivo – Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções de grau a grau, mediante aplicação de critérios alternados de merecimento e antiguidade. A investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Importante: A investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com a posse. Requisitos para ingresso no serviço público:

I – possuir a nacionalidade brasileira;

II – estar quite com as obrigações militares e eleitorais; III – ter idade mínima de 18 anos;

IV – possuir aptidão física e mental; V – estar em gozo dos direitos políticos;

VI – ter atendido às condições prescritas para o cargo.

A comprovação do preenchimento dos requisitos ocorrerá no momento da posse.

Exames médicos – Precederá sempre, ao ingresso no serviço público estadual, a inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial. Poderão ser exigidos exames suplementares de acordo com a natureza de cada cargo. Candidatos julgados temporariamente inaptos poderão requerer nova inspeção médica, no prazo de 30 dias, a contar da data que dela tiverem ciência. Integrará a inspeção médica de que trata o artigo anterior, o exame psicológico, que terá caráter informativo.

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2. Provimento

Provimento é o ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se à Administração Pública ou a um novo cargo, para prestação de um serviço.

2.1. Formas de provimento de cargo público:

NAR4

Nomeação Aproveitamento Readaptação Reversão Reintegração Recondução

2.2. Classificação das formas de provimento:

a) Provimento Originário – quando não existe um vínculo anterior entre o servidor e a Admi-nistração Publica (obs.: a nomeação é a única e sempre forma de provimento originário) b) Provimento Derivado – quando há um vínculo anterior entre o servidor e a Administração

Pública (todas as demais formas de provimento).

2.3. Nomeação

Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física e pode ser: a) Nomeação em caráter efetivo – quando se tratar de candidato aprovado em concurso

público para provimento em cargo efetivo de carreira ou isolado;

b) Nomeação em comissão – quando se tratar de cargo de confiança (de livre nomeação e exoneração).

A nomeação em caráter efetivo obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.

Concurso Público – será de provas ou de provas e títulos. Validade de até 2 anos, prorrogáveis uma única vez, por igual período, no interesse da Administração. Enquanto houver candidatos aprovados em concurso público com prazo de validade não expirado, em condições de serem nomeados, não será aberto novo concurso para o mesmo cargo. O desempate entre candidatos aprovados no concurso em igualdade de condições, obedecerá aos seguintes critérios:

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I – maior nota nas provas de caráter eliminatório, considerando o peso respectivo;

II – maior nota nas provas de caráter classificatório, se houver, prevalecendo a que tiver maior peso;

III – sorteio público, que será divulgado através de edital publicado na imprensa, com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis da sua realização.

Posse – Posse é a aceitação expressa do cargo. Aprovada em concurso público e nomeada, a pessoa terá direito subjetivo à posse, que dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no prazo de 15 dias contados da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do interessado. Não tomando posso no prazo, será tornado sem efeito a nomeação. Em se tratando de servidor legalmente afastado do exercício do cargo, o prazo para a posse começará a fluir a partir do término do afastamento. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

Exercício – é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor deverá entrar em exercício em até 30 dias contados da posse, sob pena de tornar-se sem efeito sua nomeação. Estágio Probatório – segundo expresso no Estatuto (Art. 28), estágio probatório é o período de 2 (dois) anos em que o servidor, nomeado em caráter efetivo, ficará em observação e durante o qual será verificada a conveniência ou não de sua confirmação no cargo. No entanto, ATENÇÃO, esse prazo é inconstitucional, já que após a Medida Provisória 19/98, o prazo de estágio probatório seria equivalente aos 3 anos da estabilidade (CF Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público). Além disso, o Decreto nº 44376/2006 institui que:

Art. 1º Estágio Probatório é o período de três anos de exercício do servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo, durante o qual será verificada a conveniência ou não da sua confirmação no cargo, mediante a apuração dos seguintes Fatores: (macete: P.E.R.D.A)

I – Disciplina: II – Eficiência:

III – Responsabilidade: IV – Produtividade: V – Assiduidade:

Estabilidade – Aprovado no estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade e só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

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Concurso Nomeação Posse Exercício ProbatórioEstágio Estabilidade Promoção 15 dias (+ 15) Até 30 dias 3 anos “PERDA”

3. Regime Disciplinar

3.1. O art. 177 elenca quais são os deveres do servidor.

São deveres do servidor:

I – ser assíduo e pontual ao serviço;

II – tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferências pessoais;

III – desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas atribuições; IV – ser leal às instituições a que servir;

V – observar as normas legais e regulamentares.

VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VII – manter conduta compatível com a moralidade administrativa; VIII – atender com presteza:

d) o público em geral, prestando as informações requeridas que estiverem a seu alcance, ressalvadas

as protegidas por sigilo;

e) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de situações de

interesse pessoal;

f) às requisições para defesa da Fazenda Pública;

IX – representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver

conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;

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XI – observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso

obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem confiados;

XII – providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu endereço

residencial e sua declaração de família;

XIII – manter espírito de cooperação com os colegas de trabalho; XIV – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 3.2. O art. 178 traz a lista das proibições ao servidor.

Ao servidor é proibido:

I – referir-se, de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da

administração pública estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;

II – retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer

documento ou objeto existente na repartição;

III – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

IV – ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se

em estado de embriaguez ou drogado ao serviço; (Obs.: se comprovado que a violação se deu por motivo de dependência, o servidor deverá, obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento médico especializado).

V – atender pessoas na repartição para tratar de interesses particulares, em prejuízo de suas atividades; VI – participar de atos de sabotagem contra o serviço público;

VII – entregar-se a atividades político-partidárias nas horas e locais de trabalho;

VIII – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; IX – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

X – exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei ou

regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as comissões legais

XI – celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o Estado, por

si ou como representante de outrem;

XII – participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer

comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se tratar de função de confiança de empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor será considerado como exercendo cargo em comissão; (Obs.: exceto a participação do servidor na presidência de associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.)

XIII – exercer, mesmo fora do horário de expediente, emprego ou função em empresa, estabelecimento

ou instituição que tenha relações industriais com o Estado em matéria que se relacione com a finalidade da repartição em que esteja lotado; (Obs.: exceto a participação do servidor na presidência de associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.)

XIV – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ou parente até o

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XV – cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de

encargos que competirem a si ou a seus subordinados;

XVI – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional ou sindical, ou

com objetivos político-partidários;

XVII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares ou políticas; XVIII – praticar usura, sob qualquer das suas formas;

XIX – aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de país estrangeiro;

XX – valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da

dignidade do serviço público;

XXI – atuar, como procurador, ou intermediário junto a repartição pública, salvo quando se tratar de

benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e do cônjuge;

XXII – receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas

atribuições;

XXIII – valer-se da condição de servidor para desempenhar atividades estranhas às suas funções ou

para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;

XXIV – ceder de forma desidiosa;

XXV – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e

com o horário de trabalho.

3.3. Das Responsabilidades

Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servido responde civil, penal e administrativa-mente.

Responsabilidade civil – decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiro. Se o servidor causar danos a terceiros, responderá perante a Fazenda Pública mediante ação regressiva (ex.: se o servidor que exerce função de motorista, por imprudência, bate o veículo em um muro de um terceiro, este certamente vai entrar com ação contra o Poder Público, que terá o dever de indenizar; porém, a Fazenda Pública poderá buscar ressarcimento do servidor que culposamente causou o dano).

Responsabilidade penal (criminal) – abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Responsabilidade administrativa – a responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omis-sivo ou comisomis-sivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Independência das instâncias – Regra: as sanções civis, penais e administrativas poderão cumu-lar-se, sendo independentes entre si, assim como as instâncias civil, penal e administrativa.

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QUESTÕES SOBRE A LEI Nº 10.098/94

1. Considere as afirmações a seguir, tendo em vista as disposições da Lei Complementar nº 10.098/94.

I – Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de até 30 (trinta) dias contados da data da pos-se.

II – O servidor removido ou redistribuído “ex officio” que deva ter exercício em outra localidade terá 20 (vinte) dias para entrar em exercício, incluído, neste prazo, o tem-po necessário ao deslocamento para a nova sede.

III – Não será admitida a posse mediante procuração.

Quais estão corretas? a) Apenas I.

b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III.

2. Considere as afirmações a seguir, tendo em vista as disposições da Lei Complementar nº 10.098/94.

I – Pelo exercício irregular de suas atribui-ções, o servidor responde civil, penal e ad-ministrativamente.

II – A responsabilidade penal abrange os cri-mes e contravenções imputadas ao servidor nesta qualidade.

III – A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda Estadu-al ou a terceiros.

Quais estão corretas? a) Apenas I.

b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

3. Considere as afirmações a seguir, tendo em vista as disposições da Lei Complementar Estadual nº 10.098/94.

I – A readmissão constitui uma das formas de provimento de cargo público.

II – A nomeação em caráter efetivo obede-cerá, sempre que possível, à ordem de clas-sificação dos aprovados, não sendo admi-tida a hipótese de opção do candidato por última chamada.

III – Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada com a assinatura do termo no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da nome-ação, prorrogável por igual período a pedi-do pedi-do interessapedi-do.

Quais estão corretas? a) Apenas I.

b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

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4. Tendo em vista as disposições da Lei Com-plementar Estadual nº 10.098/94, conside-re as afirmações abaixo.

I – É dever do servidor atender com pres-teza o público em geral, prestando as infor-mações requeridas que estiverem a seu al-cance, inclusive as protegidas por sigilo. II – É dever do servidor atender com pres-teza às requisições para defesa da Fazenda Pública.

III – É dever do servidor zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela con-servação do patrimônio público.

IV – É dever do servidor desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, ainda que fora de suas atribui-ções.

Quais estão corretas? a) Apenas I e II. b) Apenas I e IV. c) Apenas II e III. d) Apenas III e IV. e) I, II, III e IV.

5. Com base na Lei Complementar Estadual nº 10.098/94, considere as seguintes afirma-ções.

I – Ao servidor é proibido opor resistência justificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço.

II – Ao servidor é proibido promover mani-festação de apreço ou desapreço no recinto da repartição.

III – Ao servidor é proibido utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em ati-vidades particulares ou políticas, salvo se autorizado por superior hierárquico.

IV – Ao servidor é proibido atuar como pro-curador ou intermediário junto à repartição pública, salvo quando se tratar de benefí-cios previdenciários ou assistenciais de pa-rentes até o segundo grau e do cônjuge. Quais estão corretas?

a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e IV. d) Apenas III e IV. e) I, II, III e IV.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

CAPÍTULO VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preen-cham os requisitos estabelecidos em lei, as-sim como aos estrangeiros, na forma da lei; II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a com-plexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro-vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir car-go ou emprecar-go, na carreira;

V – as funções de confiança, exercidas exclu-sivamente por servidores ocupantes de

car-go efetivo, e os carcar-gos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos pre-vistos em lei, destinam-se apenas às atribui-ções de direção, chefia e assessoramento; VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei espe-cífica;

VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas por-tadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX – a lei estabelecerá os casos de contrata-ção por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional in-teresse público;

X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XI – a remuneração e o subsídio dos ocu-pantes de cargos, funções e empregos pú-blicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumu-lativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Mu-nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Execu-tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e

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Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribu-nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do sub-sídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procu-radores e aos Defensores Públicos;

XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não po-derão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do ser-viço público;

XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-pantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e so-ciedades controladas, direta ou indireta-mente, pelo poder público;

XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas

áre-as de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de eco-nomia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das en-tidades mencionadas no inciso anterior, as-sim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pa-gamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técni-ca e econômitécni-ca indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios, atividades essenciais ao funciona-mento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prio-ritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de infor-mações fiscais, na forma da lei ou convênio. § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, infor-mativo ou de orientação social, dela não po-dendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de au-toridades ou servidores públicos.

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

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§ 3º A lei disciplinará as formas de partici-pação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

II – o acesso dos usuários a registros admi-nistrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, em-prego ou função na administração pública. § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políti-cos, a perda da função pública, a indisponi-bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-rio, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-crição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre-juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a tercei-ros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as res-trições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibili-te o acesso a informações privilegiadas. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da ad-ministração direta e indireta poderá ser am-pliada mediante contrato, a ser firmado en-tre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, ca-bendo à lei dispor sobre:

I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e respon-sabilidade dos dirigentes;

III – a remuneração do pessoal."

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às em-presas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem re-cursos da União, dos Estados, do Distrito Fe-deral ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune-ração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de li-vre nomeação e exoneração.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, me-diante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa intei-ros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-sições:

I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sen-do-lhe facultado optar pela sua remuneração;

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III – investido no mandato de Vereador, ha-vendo compatibilidade de horários, perce-berá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do car-go eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afasta-mento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para to-dos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão de-terminados como se no exercício estivesse.

Seção II

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

(Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, inte-grado por servidores designados pelos respecti-vos Poderes.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remu-neratório observará:

I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II – os requisitos para a investidura; III – as peculiaridades dos cargos.

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Fede-ral manterão escolas de governo para a for-mação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a

celebra-ção de convênios ou contratos entre os en-tes federados.

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requi-sitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acrésci-mo de qualquer gratificação, adicional, abo-no, prêmio, verba de representação ou ou-tra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabele-cer a relação entre a maior e a menor re-muneração dos servidores públicos, obede-cido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju-diciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri-to Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários pro-venientes da economia com despesas cor-rentes em cada órgão, autarquia e funda-ção, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, moderni-zação, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe-tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal

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e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdên-cia de caráter contributivo e solidário, median-te contribuição do respectivo enmedian-te público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo se-rão aposentados, calculados os seus pro-ventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:

I – por invalidez permanente, sendo os pro-ventos proporcionais ao tempo de contribui-ção, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença gra-ve, contagiosa ou incurável, na forma da lei; II – compulsoriamente, com proventos pro-porcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-tenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-cício no serviço público e cinco anos no car-go efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-co anos de idade e trinta de cin-contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-mem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respec-tivo servidor, no cargo eferespec-tivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de refe-rência para a concessão da pensão.

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposen-tadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor

aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-térios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I – portadores de deficiência;

II – que exerçam atividades de risco;

III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saú-de ou a integridasaú-de física.

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contri-buição serão reduzidos em cinco anos, em rela-ção ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. § 6º Ressalvadas as aposentadorias decor-rentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. § 7º Lei disporá sobre a concessão do bene-fício de pensão por morte, que será igual: I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo esta-belecido para os benefícios do regime ge-ral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da par-cela excedente a este limite, caso aposenta-do à data aposenta-do óbito; ou

II – ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o fa-lecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdên-cia soprevidên-cial de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. § 8º É assegurado o reajustamento dos be-nefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme crité-rios estabelecidos em lei.

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§ 9º O tempo de contribuição federal, esta-dual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço cor-respondente para efeito de disponibilidade. § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribui-ção fictício.

§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, in-clusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proven-tos de inatividade com remuneração de car-go acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-me de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de li-vre nomeação e exoneração bem como de ou-tro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-ral e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedi-das pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os bene-fícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 15. O regime de previdência complemen-tar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executi-vo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência com-plementar, de natureza pública, que ofere-cerão aos respectivos participantes planos

de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

§ 16. Somente mediante sua prévia e expres-sa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regi-me de previdência compleregi-mentar.

§ 17. Todos os valores de remuneração con-siderados para o cálculo do benefício pre-visto no § 3º serão devidamente atualiza-dos, na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven-tos de aposentadorias e pensões concedi-das pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdên-cia soprevidên-cial de que trata o art. 201, com per-centual igual ao estabelecido para os servi-dores titulares de cargos efetivos.

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposen-tadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentado-ria compulsóaposentado-ria contidas no § 1º, II.

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efeti-vos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, res-salvado o disposto no art. 142, § 3º, X. § 21. A contribuição prevista no § 18 deste ar-tigo incidirá apenas sobre as parcelas de pro-ventos de aposentadoria e de pensão que su-perem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de pre-vidência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

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§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I – em virtude de sentença judicial transita-da em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a demis-são do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, re-conduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des-necessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração propor-cional ao tempo de serviço, até seu adequa-do aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da es-tabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Seção III

DOS MILITARES DOS ESTADOS,

DO DISTRITO FEDERAL E DOS

TERRITÓRIOS

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Cor-pos de Bombeiros Militares, instituições organi-zadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 18, de 1998)

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposi-ções do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art.

142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos gover-nadores. (Redação dada pela Emenda Cons-titucional nº 20, de 15/12/98)

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Seção IV

DAS REGIÕES

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União po-derá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvi-mento e à redução das desigualdades regionais.

§ 1º Lei complementar disporá sobre:

I – as condições para integração de regiões em desenvolvimento;

II – a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

§ 2º Os incentivos regionais compreende-rão, além de outros, na forma da lei:

I – igualdade de tarifas, fretes, seguros e ou-tros itens de custos e preços de responsabi-lidade do Poder Público;

II – juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;

III – isenções, reduções ou diferimento tem-porário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;

IV – prioridade para o aproveitamento eco-nômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. § 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e mé-dios proprietários rurais para o estabeleci-mento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

Referências

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