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Art. 29. São direitos dos servidores públicos ci- vis do Estado, além de outros previstos na Cons- tituição Federal, nesta Constituição e nas leis:

I – vencimento básico ou salário básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União para os trabalhadores urbanos e rurais; II – irredutibilidade de vencimentos ou sa- lários;

III – décimo terceiro salário ou vencimen- to igual à remuneração integral ou no valor dos proventos de aposentadoria;

IV – remuneração do trabalho noturno su- perior à do diurno;

V – salário-família ou abono familiar para seus dependentes;

VI – duração do trabalho normal não supe- rior a oito horas diárias e quarenta sema- nais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada conforme o estabe- lecido em lei;

VII – repouso semanal remunerado, prefe- rencialmente aos domingos;

VIII – remuneração do serviço extraordiná- rio, superior, no mínimo em cinqüenta por cento, à do normal;

IX – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal, e pagamento ante- cipado;

X – licença à gestante, sem prejuízo do em- prego e da remuneração, com a duração de cento e vinte dias;

XI – licença-paternidade, nos termos fixa- dos em lei;

XII – redução dos riscos inerentes ao traba- lho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XIII – adicional de remuneração para as ati- vidades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XIV – proibição de diferenças de remunera- ção, de exercício de funções e de critério de admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XV – auxílio-transporte, correspondente à necessidade de deslocamento do servidor em atividade para seu local de trabalho, nos termos da legislação federal.

Parágrafo único. O adicional de remune- ração de que trata o inciso XIII deverá ser calculado exclusivamente com base nas ca- racterísticas do trabalho e na área e grau de exposição ao risco, na forma da lei.

Art. 30. O regime jurídico dos servidores públi- cos civis do Estado, das autarquias e fundações públicas será único e estabelecido em estatu- to, através de lei complementar, observados os princípios e os as normas da Constituição Fede- ral e desta Constituição. (Vide Leis Complemen- tares nos 10.098/94 e 10.842/96)

Art. 31. Lei complementar estabelecerá os cri- térios objetivos de classificação dos cargos pú- blicos de todos os Poderes, de modo a garantir isonomia de vencimentos.

§ 1º Os planos de carreira preverão tam- bém:

I – as vantagens de caráter individual;

II – as vantagens relativas à natureza e ao local de trabalho;

III – os limites máximo e mínimo de remu- neração e a relação entre esses limites, sen- do aquele o valor estabelecido de acordo com o art. 37, XI, da Constituição Federal. § 2º As carreiras, em qualquer dos Poderes, serão organizadas de modo a favorecer o acesso generalizado aos cargos públicos. § 3º As promoções de grau a grau, nos car- gos organizados em carreiras, obedecerão aos critérios de merecimento e antigüidade, alternadamente, e a lei estabelecerá nor- mas que assegurem critérios objetivos na avaliação do merecimento.

§ 4º A lei poderá criar cargo de provimento efetivo isolado quando o número, no res- pectivo quadro, não comportar a organiza- ção em carreira.

§ 5º Aos cargos isolados aplicar-se-á o dis- posto no “caput”.

Art. 32. Os cargos em comissão, criados por lei em número e com remuneração certos e com atribuições definidas de direção, chefia ou as- sessoramento, são de livre nomeação e exone- ração, observados os requisitos gerais de pro- vimento em cargos estaduais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 14/12/95) (Vide Lei Complementar nº 10.842/96) (Vide ADI nº 1521/STF)

§ 1º Os cargos em comissão não serão orga- nizados em carreira.

§ 2º A lei poderá estabelecer, a par dos ge- rais, requisitos específicos de escolaridade, habilitação profissional, saúde e outros para investidura em cargos em comissão.

Art. 33. Os vencimentos dos cargos do Poder Le- gislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

§ 1º A remuneração dos servidores públi- cos do Estado e os subsídios dos membros

de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procura- dores, dos Defensores Públicos, dos deten- tores de mandato eletivo e dos Secretários de Estado, estabelecidos conforme o § 4º do art. 39 da Constituição Federal, somen- te poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada através de lei de iniciativa do Poder Executivo a re- visão geral anual da remuneração de todos os agentes públicos, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre na mesma data e sem distinção de índices. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08) (Vide ADI-O nº 70020452413/TJ, DJE de 15/07/08)

§ 2º O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao necessário para repor seu poder aquisitivo. § 3º As gratificações e adicionais por tempo de serviço serão assegurados a todos os ser- vidores estaduais e reger-se-ão por critérios uniformes quanto à incidência, ao número e às condições de aquisição, na forma da lei. § 4º A lei assegurará ao servidor que, por um qüinqüênio completo, não houver inter- rompido a prestação de serviço ao Estado e revelar assiduidade, licença-prêmio de três meses, que pode ser convertida em tem- po dobrado de serviço, para os efeitos nela previstos. (Vide Lei nº 9.075/90)

§ 5º Fica vedado atribuir aos servidores da administração pública qualquer gratificação de equivalência superior à remuneração fi- xada para os cargos ou funções de confian- ça criados em lei.

§ 6º É vedada a participação dos servido- res públicos no produto da arrecadação de multas, inclusive da dívida ativa.

§ 7º Para fins do disposto no art. 37, § 12, da Constituição Federal, fica fixado como li- mite único, no âmbito de qualquer dos Po- deres, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, o subsídio mensal, em espécie,

dos Desembargadores do Tribunal de Justi- ça do Estado do Rio Grande do Sul, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08)

Art. 34. Os servidores estaduais somente serão indicados para participar em cursos de especia- lização ou capacitação técnica profissional no Estado, no País ou no exterior, com custos para o Poder Público, quando houver correlação en- tre o conteúdo programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.

Parágrafo único. Não constituirá critério de evolução na carreira a realização de curso que não guarde correlação direta e imedia- ta com as atribuições do cargo exercido. Art. 35. O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos do Estado e das autar- quias será realizado até o último dia útil do mês do trabalho prestado. (Vide ADI nº 657/STF, DJ de 28/09/01)

Parágrafo único. O pagamento da gratifica- ção natalina, também denominada décimo terceiro salário, será efetuado até o dia 20 de dezembro. (Vide ADI nº 657/STF, DJ de 28/09/01)

Art. 36. As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os seus servidores ativos e inativos ou pensionis- tas não cumpridas até o último dia do mês da aquisição do direito deverão ser liquidadas com valores atualizados pelos índices aplicados para a revisão geral da remuneração dos servidores públicos do Estado.

Art. 37. O tempo de serviço público federal, es- tadual e municipal prestado à administração pú- blica direta e indireta, inclusive fundações públi- cas, será computado integralmente para fins de gratificações e adicionais por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade.

Parágrafo único. O tempo em que o servi- dor houver exercido atividade em serviços

transferidos para o Estado será computado como de serviço público estadual.

Art. 38. O servidor público será aposentado: I – por invalidez permanente, sendo os pro- ventos integrais quando decorrente de aci- dente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, es- pecificadas em lei, e proporcionais nos de- mais casos;

II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III – voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se ho- mem, e aos trinta, se mulher, com proven- tos integrais;

b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos inte- grais; (Vide Lei nº 9.841/93)

c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de ser- viço.

§ 1º Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, alíneas a e c, no caso de exercício de atividades con- sideradas penosas, insalubres ou perigosas. § 2º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.

§ 3º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remune- ração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, in- clusive quando decorrentes da transforma-

ção ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 5º As aposentadorias dos servidores pú- blicos estaduais, inclusive membros do Po- der Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado serão custea- dos com recursos provenientes do Tesouro do Estado e das contribuições dos servido- res, na forma da lei complementar. (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 9, de 12/07/95) (Vide Leis Complementares nos 13.757/11 e 13.758/11)

§ 6º As aposentadorias dos servidores das autarquias estaduais e das fundações pú- blicas serão custeados com recursos prove- nientes da instituição correspondente e das contribuições de seus servidores, na forma da lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 12/07/95)

§ 7º Na hipótese do parágrafo anterior, caso a entidade não possua fonte própria de re- ceita, ou esta seja insuficiente, os recursos necessários serão complementados pelo Tesouro do Estado, na forma da lei comple- mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 9, de 12/07/95)

§ 8º Os recursos provenientes das contri- buições de que tratam os parágrafos ante- riores serão destinados exclusivamente a integralizar os proventos de aposentadoria, tendo o acompanhamento e a fiscalização dos servidores na sua aplicação, na forma da lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 12/07/95)

Art. 39. O professor ou professora que trabalhe no atendimento de excepcionais poderá, a pe- dido, após vinte e cinco anos ou vinte anos, res- pectivamente, de efetivo exercício em regência de classe, completar seu tempo de serviço em outras atividades pedagógicas no ensino públi- co estadual, as quais serão consideradas como de efetiva regência.

Parágrafo único. A gratificação concedida ao servidor público estadual designado ex- clusivamente para exercer atividades no

atendimento a deficientes, superdotados ou talentosos será incorporada ao venci- mento após percebida por cinco anos con- secutivos ou dez intercalados.

Art. 40. Decorridos trinta dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da apo- sentadoria, o servidor público será considerado em licença especial, podendo afastar-se do ser- viço, salvo se antes tiver sido cientificado do in- deferimento do pedido.

Parágrafo único. No período da licença de que trata este artigo, o servidor terá direito à totalidade da remuneração, computando- -se o tempo como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

Art. 41. O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência à saúde para seus servidores e dependentes, mediante contribui- ção, na forma da lei previdenciária própria. (Re- dação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 21/05/97) (Vide Leis Complementares nos 12.134/04, 13.757/11 e 13.758/11)

§ 1º A direção do órgão ou entidade a que se refere o “caput” será composta paritaria- mente por representantes dos segurados e do Estado, na forma da lei a que se refere este artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 21/05/97)

§ 2º Os recursos devidos ao órgão ou enti- dade de previdência deverão ser repassa- dos: (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 16, de 21/05/97)

I – no mesmo dia e mês do pagamento, de forma automática, quando se tratar da con- tribuição dos servidores, descontada em folha de pagamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 21/05/97) II – até o dia quinze do mês seguinte ao de competência, quando se tratar de parcela devida pelo Estado e pelas entidades conve- niadas. (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 16, de 21/05/97)

§ 3º O benefício da pensão por morte cor- responderá a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei previdenciária própria, observadas as disposições do pa- rágrafo 3.o do artigo 38 desta Constituição e do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 16, de 21/05/97) (Vide Lei nº 9.127/90) (Vide ADI nº 1630/STF, DJ de 30/05/03)

§ 4º O valor da pensão por morte será rate- ado, na forma de lei previdenciária própria, entre os dependentes do servidor falecido, extinguindo-se a cota individual de pensão com a perda da qualidade de pensionista. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 21/05/97) (Vide ADI nº 1630/STF, DJ de 30/05/03)

§ 5º O órgão ou entidade a que se refere o “caput” não poderá retardar o início do pa- gamento de benefícios por mais de quaren- ta dias após o protocolo de requerimento, comprovada a evidência do fato gerador. § 6º O benefício da pensão por morte de segurado do Estado não será retirado de seu cônjuge ou companheiro em função de nova união ou casamento destes, vedada a acumulação de percepção do benefício, mas facultada a opção pela pensão mais conveniente, no caso de ter direito a mais de uma. (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 16, de 21/05/97)

Art. 42. Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao pai e à mãe naturais, na forma a ser regulada por lei.

Art. 43. É assegurado aos servidores da admi- nistração direta e indireta o atendimento gratui- to de seus filhos e dependentes de zero a seis anos em creches e pré-escolas, na forma da lei. Art. 44. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem qual-

quer modalidade de contrato com o Estado, sob pena de demissão do serviço público.

Art. 45. O servidor público processado, civil ou criminalmente, em razão de ato praticado no exercício regular de suas funções terá direito a assistência judiciária pelo Estado. (Vide ADI nº 3022/STF, DJ de 04/03/05)

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