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A GRUPAMENTO DE ESCOLAS M IRADOURO DE A LFAZINA A LMADA

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Academic year: 2021

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GRUPAMENTO DE

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SCOLAS

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IRADOURO DE

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LFAZINA

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LMADA

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I – Introdução

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um “programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho”.

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas Miradouro de Alfazina realizada pela equipa de avaliação que visitou esta Unidade de Gestão entre 7 e 9 de Abril de 2008. Os capítulos do relatório ― caracterização da unidade de gestão, conclusões da avaliação por domínio, avaliação por factor e considerações finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Unidade de Gestão, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento, será oportunamente disponibilizado no sítio internet da IGE (www.ige.min-edu.pt).

E sca la de ava lia ção ut iliza da

N ív eis de cla ssif ica ção do s cinco domínios na U nidade de Gest ão

Muito Bom ― Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Bom ― Revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em

procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Suficiente ― Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos

positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da Unidade de Gestão. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

Insuficiente ― Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. Não demonstra uma prática coerente e

não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

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II – Caracterização do Agrupamento

O Agrupamento Vertical de Escolas Miradouro de Alfazina situa-se no Monte de Caparica, freguesia de Caparica e concelho de Almada. Este Agrupamento foi homologado em 2 de Junho de 2004, sendo constituído pela Escola Básica Integrada com Jardim-de-infância do Monte da Caparica (escola sede) e pela Escola Básica do 1.º Ciclo do Ensino Básico com Jardim-de-infância do Monte da Caparica n.º 2. As duas Escolas situam-se junto a um bairro social, conhecido por “Bairro Amarelo”, que está inserido no Plano Integrado de Habitação Social de Almada. Os residentes neste bairro caracterizam-se por serem uma população maioritariamente jovem, com grande diversidade de grupos étnicos, com um elevado número de famílias numerosas e de famílias monoparentais. Na generalidade, são famílias com fracos recursos económicos e baixas expectativas face à escola. A maioria dos alunos reside neste bairro, pelo que no Agrupamento convivem diversas etnias e culturas. Quanto às habilitações dos pais e encarregados de educação, de registar que, apenas, 7,7% possuem habilitações iguais ou superiores ao Ensino Secundário, 16% o 3.º Ciclo do Ensino Básico e a maioria, 51,3%, o 1.º Ciclo ou inferior. Dadas as características do meio, particularmente desfavorecido, e da população escolar que o frequenta, o Agrupamento candidatou-se ao segundo Programa de Territorialização de Políticas Educativas e Intervenção Prioritária, retomado pelo Ministério da Educação a partir do ano lectivo de 2006/2007. As instalações da escola sede, em funcionamento desde o ano lectivo 2001/2002, são constituídas por um edifício de quatro blocos de dois pisos interligados, onde funcionam, entre outras, salas de aula (normais e específicas), laboratórios de Ciências e de Físico-Química, Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, Ludoteca, Conselho Executivo, Serviços de Administração Escolar, sala de professores, gabinete de Directores de Turma, bar, refeitório e um pavilhão gimnodesportivo que serve os grupos/turmas da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo. Os alunos dos 2.º e 3.º Ciclos utilizam um pavilhão gimnodesportivo anexo ao edifício principal. Nesta Escola está instalada uma Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiência. A Escola Básica do 1.º Ciclo do Ensino Básico com Jardim-de-infância do Monte da Caparica n.º 2 abriu no ano lectivo 1983/1984 e é constituída por dois edifícios de dois pisos que comunicam entre si. Para além das salas de aula, conta com um salão polivalente, refeitório e Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos. Frequentam o Agrupamento, 71 crianças na Educação Pré-escolar, 289 alunos no 1.º Ciclo (30 alunos em 2 turmas de Percursos Curriculares Alternativos), 153 alunos no 2.º Ciclo (31 alunos em 2 turmas de Percursos Curriculares Alternativos), 153 alunos no 3.º Ciclo (38 alunos em Cursos de Educação e Formação), o que totaliza 666 discentes. O número de crianças/alunos apoiados pelos serviços de acção social escolar é de 458 (68,7%), usufruindo a maioria do Escalão A (387 alunos). O corpo docente do Agrupamento é constituído por 87 educadores e professores, pertencendo 46 (53%) ao Quadro de Escola, 28 (32%) ao Quadro de Zona Pedagógica, sendo 13 (15%) contratados. Este é um corpo docente muito jovem, já que 77 docentes (88,5%) têm menos de 50 anos e apenas 10 docentes (11,5%) têm entre 50 e 59 anos. O Agrupamento conta com 33 Administrativos e Auxiliares. Este é um sector em que a estabilidade do pessoal é reduzida, apenas cerca de 15% pertence ao Quadro. A maioria é bastante jovem, apenas 9 (27%) têm mais de 50 anos.

III – Conclusões da avaliação por domínio

1. Resultados Suficiente

O Agrupamento, no triénio 2004/2007, tem realizado com alguma regularidade, o tratamento estatístico e a análise reflexiva dos resultados escolares. A partir do presente ano lectivo, foi iniciada a elaboração, por período, de um relatório designado “Balanço da Avaliação” que integra o tratamento estatístico dos resultados académicos, a análise reflexiva e as propostas de estratégias dos diferentes intervenientes educativos. Deste modo, o Agrupamento tem identificado algumas causas para o insucesso escolar, tais como o fraco domínio da Língua Portuguesa e as grandes dificuldades dos alunos em termos de métodos e hábitos de estudo associados às carências socioeconómicas e culturais, com consequências ao nível do acompanhamento escolar dos alunos. As estratégias utilizadas para superar as dificuldades têm sido, entre outras, as tutorias e o reforço das aprendizagens com apoios, principalmente, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. A análise dos resultados escolares, no triénio 2004/2007, mostra que as taxas de sucesso, nos três Ciclos do Ensino Básico, se situam abaixo das médias nacionais. Contudo, é de salientar que as taxas de sucesso do 1.º Ciclo, no referido triénio, apresentam uma evolução positiva. Os alunos são informados dos seus direitos e deveres que têm desenvolvimento consequente, na Formação Cívica, ao nível da educação para a cidadania. As duas unidades educativas promovem a identificação dos alunos com o Agrupamento, o respeito pelos outros e a responsabilidade pelo bem-estar, com as actividades de enriquecimento curricular e os vários projectos que oferecem e com a intensa acção do Conselho Executivo, dos Directores de Turma, professores e auxiliares de acção educativa, que não tendo, ainda, o grau de concertação desejável já mostra evidências de efeitos positivos.

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A maioria dos alunos mostra conhecer as regras de funcionamento do Agrupamento, mas, apresenta alguma dificuldade em as cumprir e, por isso, não tem um comportamento disciplinado. É de salientar, por um lado, a forma célere e rigorosa como são resolvidos os casos mais problemáticos, que têm merecido penas de suspensão exemplares e, por outro, o empenho do pessoal docente e não docente, demonstrado no acompanhamento efectivo dos seus alunos e na aprazibilidade e limpeza dos espaços escolares. O baixo índice de escolaridade dos pais e encarregados de educação, associado a carências socioeconómicas e culturais e aos problemas graves de saúde e de alimentação têm dificultado muito o acompanhamento dos seus educandos e explicam as baixas expectativas dos alunos e das suas famílias. Por outro lado, o reduzido número de instituições existentes na comunidade mais próxima do Agrupamento tem feito deste o principal promotor de melhoria educacional.

2. Prestação do serviço educativo Bom O Agrupamento dispõe das ferramentas fundamentais para uma gestão que tem como preocupação a articulação das diferentes actividades e dos diferentes protagonistas da comunidade educativa. No entanto, na prática, estas intenções ainda não se concretizam de forma generalizada. A coordenação pedagógica, ao nível de cada disciplina, é feita informalmente, sobretudo através da partilha de materiais didácticos e experiências pedagógicas. Não há evidências de acompanhamento e supervisão da prática lectiva. A articulação dos professores de cada grupo/turma faz-se nos conselhos de docentes e de turma. Nos departamentos, procede-se à elaboração das planificações, à partilha de experiências e de materiais e à definição dos critérios de avaliação. O Agrupamento considera como primeira prioridade, dado o seu contexto socioeconómico e cultural, ser cada vez mais uma escola inclusiva no sentido global do conceito, optando, assim, por uma política que se pauta pela criação de condições para a promoção da igualdade de oportunidades de acesso à educação para todos. Para dar resposta à diferenciação, atendendo às capacidades e aptidões dos alunos e do contexto em que se inserem, o Agrupamento desenvolve um conjunto de acções, tais como programas de desenvolvimento de competências sociais e de competências cognitivas, a implementação das tutorias, dos Percursos Curriculares Alternativos e a criação da Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiência. O sucesso dos alunos com Necessidades Educativas Especiais tem, certamente fruto das tão diversificadas medidas tomadas, vindo a aumentar. O Agrupamento é considerado muito importante para a comunidade, pelo modo como tem contribuído para uma maior estabilidade e relacionamento. Para promover nos alunos a valorização do conhecimento, nomeadamente no âmbito do domínio da Língua Portuguesa como ferramenta da aprendizagem, estão em desenvolvimento projectos de melhoria que têm como objectivo principal aumentar o nível de literacia dos alunos. Foram observadas algumas evidências, no domínio da componente experimental e de incentivo a uma prática activa na aprendizagem das ciências, nomeadamente fora da sala de aula (Clube das Ciências), sem articulação com o 1.º ciclo, não havendo, ainda, uma cultura de desenvolvimento de práticas promotoras de uma atitude de valorização do conhecimento científico. As actividades de Desporto Escolar são, no Agrupamento, um complemento importante para a formação pessoal e social destes alunos, motivando-os para comportamentos e atitudes de respeito, partilha e solidariedade.

3. Organização e gestão escolar Bom Ao apresentar a sua candidatura no âmbito de “Território Educativo de Intervenção Prioritária”, o Agrupamento elaborou um Projecto Educativo, para o triénio de 2006/2009, em consonância com o Projecto Educativo do Agrupamento elaborado para o triénio de 2005/2008. Embora o Plano Anual de Actividades não preveja as actividades a desenvolver por todas as estruturas educativas, com vista à consecução dos objectivos previstos no Projecto Educativo do Agrupamento, o Projecto de 2006/2009 define as áreas de intervenção e as acções que se pretendem realizar com vista a combater os problemas detectados. O Conselho Executivo demonstra grande capacidade organizativa e uma gestão eficaz dos recursos humanos. As instalações das Escolas do Agrupamento apresentam-se bem cuidadas e em bom estado de conservação, sendo de realçar o esforço que a comunidade escolar desenvolve neste sentido. De salientar, o trabalho realizado pelo pessoal auxiliar de acção educativa, nomeadamente no que se refere aos serviços de limpeza e manutenção das instalações e equipamentos, contribuindo com o seu empenho e profissionalismo para que os espaços escolares sejam muito aprazíveis. A inexistência de espaços exteriores cobertos obriga os alunos a permanecer no interior das instalações durante o tempo destinado a recreio, em dias de maior adversidade atmosférica, o que causa alguns constrangimentos. O Agrupamento tem canalizado os seus recursos financeiros para melhoria das instalações e equipamentos. Face ao contexto em que se insere, o Agrupamento tem tido algumas dificuldades em envolver os pais/encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos, mas o esforço e a persistência dos docentes titulares de grupo/turma, bem como dos Directores de Turma e ainda de outros docentes, tem vindo a dar os seus frutos. Embora o Agrupamento não tenha, ainda, um leque muito alargado de entidades e instituições com quem

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mantenha colaboração, as parcerias/protocolos já existentes têm-se mostrado bastante profícuos na resolução de alguns problemas. As evidências recolhidas apontam no sentido de os responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas se pautarem por princípios de equidade e de justiça. A promoção da integração de alunos oriundos de diversos grupos étnicos e culturais é uma constante de todos os profissionais do Agrupamento. 4. Liderança Bom

Os documentos orientadores da vida escolar e o discurso dos responsáveis exprimem a visão e o Projecto do Agrupamento. Os órgãos de gestão manifestam conhecer bem o território educativo e, por isso, desde o início que vêm trabalhando em parcerias bem fundamentadas, o que obriga a responsabilizar os próprios parceiros. O Agrupamento tem vindo continuamente a afirmar-se e não pretende afastar-se dos seus objectivos fundamentais, “tirar as crianças da rua” e apetrechá-las com as ferramentas que lhes propiciem uma melhor inclusão social. A oferta educativa tem em conta as necessidades de uma comunidade com as características sociais, económicas e culturais desta, em que as expectativas da maior parte dos alunos e dos pais, em relação à escola são baixas e a principal preocupação dessa maioria é a entrada no mundo do trabalho. A liderança é determinada, assente numa gestão rigorosa e atenta na organização dos recursos humanos e materiais que procura motivar para um trabalho de assumpção de responsabilidades, sendo evidente a motivação e empenho dos diferentes profissionais nas suas áreas de actuação. O bom ambiente e relacionamento entre alunos, não docentes e docentes tem contribuído para o reforço da sua motivação e do seu interesse, que se vão consolidando com o tempo de permanência no Agrupamento. As parcerias desenvolvidas e os projectos aos quais concorrem demonstram uma atitude de abertura e alguma dinâmica de inovação, sendo oportunidades de proporcionar aos alunos contextos de aprendizagem diversificados. São desenvolvidos alguns projectos e actividades centrados nos alunos e envolvendo parceiros da comunidade, de modo a promover a sua integração social e o seu desenvolvimento pessoal e social. 5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento Suficiente

As grandes metas identificadas pelo Agrupamento, no seu Projecto Educativo de 2005/2008, firmam-se em aspectos nucleares como o insucesso escolar, a indisciplina e o abandono. A auto-avaliação, não sendo, ainda, reflexo de um plano intencional e sistemático, corresponde já a um conjunto de acções com alguma articulação, das quais decorrem decisões que levaram a que fossem implementadas acções de melhoria. A avaliação dos resultados escolares, como processo mais estruturado, iniciou-se no Agrupamento no presente ano lectivo. A auto-avaliação realizada no último triénio, apesar de não existir enquanto projecto formalizado, tem produzido alguma informação útil para o Agrupamento conhecer os aspectos a melhorar e propor estratégias de superação. Ainda que seja indispensável garantir a formação dos diferentes intervenientes, há evidências que a implementação de diferentes estratégias tem produzido melhorias, sobressaindo a evolução positiva de algumas taxas de sucesso. Reconhece-se que a motivação e o empenho dos docentes, demonstrado nas acções já realizadas, conjugado com o trabalho da equipa de auto-avaliação constituída no presente ano lectivo para reformular o Projecto Educativo e com a formação prevista do Observatório Escolar e Social, são uma garantia de que o processo de auto-avaliação vai ser aprofundado e alargado, de forma contínua e progressiva, para se constituir como uma metodologia regular e sistemática que monitorize a eficácia do desempenho global do Agrupamento.

IV – Avaliação por factor 1. Resultados

1.1 Sucesso académico

No triénio 2004/2007, que coincide com os primeiros anos de existência do Agrupamento, foi realizado, com alguma regularidade, o tratamento estatístico dos resultados escolares dos alunos, cuja análise e reflexão não nasciam de uma acção definida e concertada, por parte das diferentes estruturas educativas. Contudo, a partir do presente ano lectivo, foi iniciada a elaboração, por período, de um relatório designado “Balanço da Avaliação” que, para além do tratamento estatístico dos resultados académicos, inclui a análise reflexiva e a apresentação de estratégias dos diferentes intervenientes dos Conselhos de Docentes e de Turma e os Departamentos Curriculares. Esta reflexão recente não resulta, ainda, de um plano intencional e sistemático, sobretudo nos 2.º e 3.º Ciclos, cuja análise dos resultados disponibilizados pelo Agrupamento, no triénio 2004/2007, mostra uma flutuação das taxas de sucesso que pode indiciar a existência de factores determinantes dos resultados que ainda não são controlados (taxas de sucesso – 2.º Ciclo: 58,66% - 2004/2005; 70,87% - 2005/2006; 67,51% - 2006/2007 e 3.º Ciclo: 68,05% - 2004/2005; 61,11% - 2005/2006; 65,74% - 2006/2007). O Agrupamento tem identificado algumas

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causas para o insucesso escolar, nos três Ciclos do Ensino Básico, nomeadamente o fraco domínio da Língua Portuguesa e as grandes dificuldades dos alunos em termos de métodos e hábitos de estudo associados às carências socioeconómicas e culturais, com ambientes familiares muito pouco propiciadores ao acompanhamento escolar dos alunos. Na verdade, a análise dos dados referentes ao ano lectivo 2007/2008, disponibilizados pelo Agrupamento, mostra que 29% dos alunos são descendentes de emigrantes e 9% são de etnia cigana. As estratégias utilizadas para superar as dificuldades têm sido, entre outras, as tutorias, o reforço das aprendizagens com apoios, principalmente, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o Plano de Acção para a Matemática, o Plano Nacional de Leitura e o recurso a parcerias com instituições sociais. De salientar a reflexão realizada no âmbito da avaliação das seis crianças que são apoiadas na Unidade de Multideficiência, no que concerne aos progressos alcançados, nomeadamente ao nível das competências de comunicação, da atenção e da concentração no desenvolvimento das diferentes actividades. O Agrupamento não faz, ainda, recolha e análise sistemática de dados qualitativos relativos ao desenvolvimento das crianças que frequentam a Educação Pré- -escolar, tendo em conta as diferentes áreas de conteúdo das respectivas Orientações Curriculares, embora sejam aplicados diferentes instrumentos de avaliação e se faça uma reflexão conjunta sobre o desenvolvimento global das crianças. A análise dos resultados escolares referentes ao triénio 2004/2007, disponibilizados pelo Agrupamento, mostra que as taxas de sucesso (transição/conclusão), nos três Ciclos do Ensino Básico, se situam abaixo das médias nacionais. De salientar que as taxas de sucesso do 1.º Ciclo, no referido triénio, apresentam uma evolução positiva (taxas de sucesso: 73,49% - 2004/2005; 79,15% - 2005/2006; 81,20% - 2006/2007). Contudo, não são, ainda, claras as causas subjacentes às taxas de sucesso dos 2.º e 4.º anos do 1.º Ciclo, que são, em cada um dos anos lectivos do triénio 2004/2007, sempre mais baixas no 2.º ano e mais altas no 4.º ano (excluindo o 1.º ano em que não há lugar a retenção), o que pode condicionar a concepção de estratégias de melhoria (taxas de sucesso – 2.º ano:47,78% - 2004/2005;63,75% - 2005/2006;68,96% - 2006/2007 e 4.º ano: 94,55% - 2004/2005;86,67% - 2005/2006;86,95% - 2006/2007). No ano lectivo 2006/2007, os resultados dos alunos dos 4.º e 6.º anos do Agrupamento nas Provas de Aferição de Língua Portuguesa e de Matemática, apesar de inferiores aos nacionais, apresentam valores percentuais, maioritariamente, iguais ou superiores a “Satisfaz” na Língua Portuguesa em ambos os anos de escolaridade. Nos anos lectivos 2005/2006 e 2006/2007, os resultados em exames nacionais do 9.º ano, em Língua Portuguesa (1,9 - 2005/2006; 2,7 - 2006/2007) apresentam uma evolução positiva, embora abaixo da média nacional (2005/2006: – 0,8; 2006/2007: – 0,5). No que se refere às diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, naquela mesma disciplina e naqueles anos lectivos, os resultados apresentam, também, uma evolução positiva, apesar das médias das classificações de exame terem sido mais baixas (– 1,2 em 2005/2006; – 0,3 em 2006/2007). Na Matemática, os resultados em exames nacionais do 9.º ano apresentam um decréscimo (1,9 - 2005/2006; 1,4 - 2006/2007) e situam-se abaixo da média nacional. Merecem atenção as diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, nesta disciplina e nos mesmos anos lectivos, tendo em conta o desvio relativamente às médias de exame (– 1,1 em 2005/2006; – 1,5 em 2006/2007). Assim, a análise dos valores resultantes das diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, nestas disciplinas, mostra que os critérios internos de avaliação poderão não estar bem calibrados e não oferecer, globalmente, confiança. No triénio 2004/2007, de acordo com os dados disponibilizados pelo Agrupamento, as taxas de abandono escolar nos três Ciclos do Ensino Básico, denotam uma evolução globalmente positiva em que o Agrupamento tem procurado prevenir as situações de risco o mais cedo possível, nomeadamente com um efectivo acompanhamento dos alunos, por parte das diferentes estruturas educativas e com a implementação dos Percursos Curriculares Alternativos e dos Cursos de Educação e Formação (1.º Ciclo: 0% - 2004/2005; 1,16% - 2005/2006; 0% - 2006/2007; 2.º Ciclo: 0% - 2004/2005; 0,70% - 2005/2006; 0,65% - 2006/2007; 3.º Ciclo: 5,55% - 2004/2005; 2,08% - 2005/2006; 0% - 2006/2007).

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

Os alunos são informados dos seus direitos e deveres, constantes numa brochura síntese do Regulamento Interno que lhes é entregue para o efeito e que tem desenvolvimento consequente, na Formação Cívica, ao nível da educação para a cidadania. O Agrupamento, atento ao desenvolvimento cívico dos alunos, assinalou, no seu Projecto Educativo 2005/2008, “Promover a integração dos alunos”, como prioridade e “Diminuir os níveis de conflito/violência físico(a) e verbal entre os alunos”, como um dos objectivos a atingir. Na verdade, as duas unidades educativas promovem a identificação dos alunos com o Agrupamento, o respeito pelos outros e a responsabilidade pelo bem-estar, não só com as actividades de enriquecimento curricular e os vários projectos que oferecem, nomeadamente as actividades desportivas e da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, mas também com a intensa acção do Conselho Executivo, dos Directores de Turma, professores e auxiliares de acção educativa. Esta acção não tendo, ainda, o grau de concertação desejável já mostra evidências de efeitos positivos, no que respeita, por exemplo, “ao gostar de estar na escola”, às regras e à segurança, reconhecidos

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pelos pais e encarregados de educação e pelas instituições que desenvolvem parcerias com o Agrupamento. Aquando da elaboração do Projecto Educativo não foi tida em conta a opinião da comunidade educativa, nem existe, ainda, um trabalho de análise nem deste, nem dos outros documentos de planeamento do Agrupamento, que envolva não só o pessoal docente, como também os alunos, o pessoal não docente e os pais e encarregados de educação. O Agrupamento identificou esta dificuldade, como aspecto a melhorar, nomeadamente no que respeita a promover a participação dos pais e encarregados de educação na vida das duas unidades educativas. Ainda que muitas causas sejam apontadas para a situação descrita, tais como os fracos recursos económicos associados ao baixo índice de escolaridade e aos graves problemas sociais, não existe uma estratégia interna definida e auto-regulada por metas claras, que assegure a participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar. Embora não esteja, ainda, instituído um Quadro de Valor e Excelência, o Agrupamento promove uma Festa de Final de Ano em que faz a entrega de diplomas às crianças que concluem a Educação Pré-escolar e os 1.º e 2.º Ciclos. Outras práticas utilizadas para estimular e valorizar os pequenos e grandes sucessos individuais dos alunos consistem na exposição de trabalhos realizados e, no presente ano lectivo, a título experimental, foram eleitos, na turma de Instalação e Operação de Sistemas Informáticos dos Cursos de Educação e Formação, os alunos que se destacaram em termos de atitudes, comportamento e relacionamento.

1.3 Comportamento e disciplina

A maioria dos alunos mostra conhecer as regras de funcionamento do Agrupamento, mas, apresentam alguma dificuldade em as cumprir e, por isso, não têm um comportamento disciplinado. As situações problemáticas, nomeadamente de contestação, afronta e desrespeito pelas regras, que podem dar origem a danos materiais e a algumas agressões com poucas consequências ao nível da integridade física dos diferentes intervenientes, mostram que não existe, ainda, um código de conduta conhecido e assumido por todos que contribua para um ambiente calmo e respeitador. Contudo, é de salientar, por um lado, a forma célere e rigorosa como são resolvidos os casos mais problemáticos, que têm merecido penas de suspensão exemplares e, por outro, o empenho do pessoal docente e não docente, demonstrado no acompanhamento efectivo dos seus alunos e na aprazibilidade e limpeza dos espaços escolares. Da análise dos dados disponibilizados pelo Agrupamento no triénio 2004/2007 e considerando o tipo de sanções aplicadas, que indiciam o nível de gravidade dos actos de indisciplina, confirma-se que a situação é preocupante. Na verdade, no conjunto de penas aplicadas, no ano lectivo 2004/2005, 6 alunos tiveram repreensões registadas e 44 alunos foram punidos com pena de suspensão, representando um total acumulado de 138 dias; no ano lectivo 2005/2006, 18 alunos tiveram repreensões registadas e foram punidos com pena de suspensão 71 alunos, acumulando um total de 266 dias; no ano lectivo 2006/2007, 47 alunos tiveram repreensões registadas e 44 alunos foram punidos com pena de suspensão representando um total acumulado de 164 dias. O trabalho da psicóloga no desenvolvimento de competências sociais, o sistema de tutorias, as actividades realizadas por uma mediadora escolar e duas animadoras nos espaços escolares, o Serviço de Atendimento Técnico-pedagógico aos Alunos para enquadrar os que perturbam o regular funcionamento das aulas, são algumas das estratégias utilizadas que mostram o compromisso das diferentes estruturas em detectar, tão cedo quanto possível, os casos mais problemáticos. Assinala-se como positivo o facto de, num dos painéis de entrevistados, considerarem que “é um privilégio estar nesta escola para ajudar estas crianças”. Porém, não foram, ainda, criadas condições que permitam, de forma articulada, trabalhar em rede, promovendo eficazmente a inserção daqueles jovens na cultura e no clima de escola e a melhoria da assiduidade e da pontualidade (2006/2007: 11% no 1.º Ciclo e 33% nos 2.º e 3.º Ciclos de falta de assiduidade e pontualidade).

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

O impacto das aprendizagens é valorizado nos professores e na sua satisfação, sendo evidente a importância atribuída, pelo Agrupamento, à qualidade das aprendizagens realizadas da Educação Pré-escolar ao 3.º Ciclo. De um modo geral as expectativas dos alunos e das suas famílias são baixas relativamente ao futuro académico, havendo uma larga maioria que tem como objectivo concluir apenas a escolaridade básica ou uma via mais profissionalizante, de forma a ingressar rapidamente na vida activa. O baixo índice de escolaridade dos pais e encarregados de educação, associado a carências socioeconómicas e culturais e aos problemas graves de saúde e de alimentação têm dificultado muito o acompanhamento dos seus educandos e explicam as baixas expectativas das famílias. Por outro lado, o reduzido número de instituições existentes na comunidade mais próxima do Agrupamento tem feito deste o principal promotor de melhoria educacional. Neste contexto é de destacar que, no painel de apresentação do Agrupamento, um dos autarcas presentes sublinhou: “dá gosto estar na escola, esta foi uma lufada de ar fresco que entrou neste bairro”. O Projecto Educativo de 2006/2009 apresentado, pelo Agrupamento, no âmbito das escolas inseridas nos “Territórios Educativos de Intervenção Prioritária” foi uma das

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formas de assegurar respostas às diferentes expectativas dos alunos e das famílias tendo em conta as necessidades do meio. Assim, a criação de turmas de Percursos Curriculares Alternativos e de Cursos de Educação e Formação, a abertura de mais uma sala para a Educação Pré-escolar e o desenvolvimento da Unidade de Multideficiência, constituíram algumas das acções de melhoria já implementadas e que fazem parte do referido projecto.

2. Prestação do serviço educativo 2.1 Articulação e sequencialidade

O Agrupamento dispõe das ferramentas fundamentais para uma gestão que tem como preocupação a articulação das diferentes actividades e dos diferentes protagonistas da comunidade educativa. De acordo com os documentos de planeamento, a articulação deverá processar-se, no Agrupamento, tanto numa perspectiva vertical como horizontal. No entanto, na prática, estas intenções ainda não se concretizam de forma generalizada. Entre os 1.º e 2.º Ciclos, só na Língua Portuguesa e Matemática, há uma ficha por competências que os Coordenadores distribuem aos professores dos dois ciclos e que funciona como guião, de modo a promover a sequencialidade das aprendizagens. Nas restantes disciplinas do currículo, quando acontece, é de modo informal e pontual. As actividades de sequencialidade do 2.º para o 3.º Ciclo ainda não funcionam e a articulação horizontal nestes Ciclos tem sido difícil de implementar. Ao nível da Educação Pré-escolar, os dois Jardins-de-Infância organizam actividades em conjunto e no 1.º Ciclo a ficha de diagnóstico é a mesma para todos os professores do Agrupamento. A coordenação pedagógica, ao nível de cada disciplina, é feita informalmente, sobretudo através da partilha de materiais didácticos e experiências pedagógicas.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

Não há evidência de acompanhamento e supervisão da prática lectiva, tanto ao nível da preparação das aulas, como da sua observação ou reflexão conjunta sobre as mesmas, nem estão previstos mecanismos de actuação no caso de um professor ter problemas no desenvolvimento da sua prática, nem no âmbito do departamento nem da direcção de turma. No 1.º ciclo, os docentes procuram calibrar as classificações a partir da realização de testes de diagnóstico e com o departamento de Língua Portuguesa organizando as aprendizagens dos alunos a partir de uma ficha de competências comuns aos dois ciclos. A articulação dos professores de cada grupo/turma faz-se nos conselhos de docentes e de turma; nos Departamentos, procede-se à elaboração das planificações, à partilha de experiências e de materiais e à definição dos critérios de avaliação. No final de cada período lectivo, uma equipa com professores dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos faz o balanço dos resultados dos alunos que depois é analisado em Conselho Pedagógico. O Agrupamento não tem Plano de Formação, embora, ao nível dos departamentos, tenha sido feito o levantamento das necessidades recolhidas pela Comissão de Formação que depois as encaminha para o Centro de Formação. As acções de formação realizadas pelos docentes do Agrupamento nos últimos quatro anos 2007) incidiram fundamentalmente na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (2004-66.7%; 2005-55.6%; 2006-12.5%; 2007-80%), muito poucas se dirigiram às componentes didáctica (25%) e nenhuma na componente científica.

2.3 Diferenciação e apoios

O Agrupamento considera como primeira prioridade ser cada vez mais uma escola inclusiva no sentido global do conceito, optando, assim, por uma política que se pauta pela criação de condições para a promoção da igualdade de oportunidades de acesso à educação para todos.

Não existe Serviço de Psicologia e Orientação mas sim uma equipa de serviços especializados de apoio, constituída por uma psicóloga (colocada no Agrupamento ao abrigo do projecto Território Educativo de Intervenção Prioritária) e duas docentes da educação especial. Para dar resposta à diferenciação, atendendo às capacidades e aptidões dos alunos e do contexto em que se inserem, o Agrupamento desenvolve um conjunto de acções, tais como programas de desenvolvimento de competências sociais e de competências cognitivas, a implementação das tutorias, dos Percursos Curriculares Alternativos, e a criação da Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiência, que apoia seis crianças, com deficit cognitivo, motor e sensorial. Com a intenção de organizar mais um espaço de apoio às aprendizagens dos alunos, nomeadamente aqueles que não têm hábitos de estudo ou condições para estudar em casa, foi criada a sala de estudo. No entanto, o seu horário de funcionamento não responde totalmente às necessidades dos discentes. São 4,2% os alunos apoiados pela educação especial e 43% os considerados com dificuldades de aprendizagem. Após as avaliações psicológicas dos alunos, há troca de experiências e planeamento do apoio aos professores das turmas em que os alunos são integrados. O sucesso dos alunos com Necessidades Educativas Especiais tem vindo a aumentar, certamente fruto

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das tão diversificadas medidas tomadas, centrando-se no último ano lectivo nos 100% nos 1.º e 2.º Ciclos e nos 85,7% no 3.º Ciclo.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

O Agrupamento é considerado muito importante para a comunidade, pelo modo como tem contribuído para uma maior estabilidade e relacionamento, pretendendo agora os pais dos alunos e outros parceiros que a oferta educativa caminhe no sentido da criação de cursos mais práticos, de formação mais imediata que dê acesso ao mundo do trabalho. Para dar resposta a esta preocupação já foram criados dois Cursos de Educação e Formação (Instalação e Operação de Sistemas Informáticos e Acompanhamento de Crianças e Jovens). Para promover nos alunos a valorização do conhecimento, nomeadamente no âmbito do domínio da Língua Portuguesa como ferramenta da aprendizagem, estão em desenvolvimento projectos de melhoria (articulação com o 1.º Ciclo, ficha de competências básicas comum, actividades do Plano Nacional de Leitura) que têm como objectivo principal aumentar o nível de literacia dos alunos, tais como actividades de escrita, sensibilização para a leitura, frequência da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, leitura de histórias. Também é de sublinhar, neste âmbito, a boa organização da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, que integra dois pólos (um na escola sede do Agrupamento e outro na Escola Básica do 1.º Ciclo), pelo conjunto de actividades que aí se realizam tanto no incentivo à leitura como à pesquisa. Foram observadas algumas evidências, no domínio da componente experimental e de incentivo a uma prática activa na aprendizagem das ciências, nomeadamente fora da sala de aula (Clube das Ciências), sem articulação com o 1.º ciclo, não havendo, ainda, uma cultura de desenvolvimento de práticas promotoras de uma atitude de valorização do conhecimento científico. As actividades do Desporto Escolar são, no Agrupamento, um complemento importante para a formação pessoal e social destes alunos, motivando-os para comportamentos e atitudes de respeito, partilha e solidariedade.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

Ao apresentar a sua candidatura no âmbito de “Território Educativo de Intervenção Prioritária”, o Agrupamento elaborou um Projecto Educativo, para o triénio 2006/2009, em consonância com o Projecto Educativo do Agrupamento elaborado para o triénio 2005/2008. O Projecto Educativo 2006/2009 foi elaborado a partir da caracterização do Agrupamento, já realizada, e do conhecimento que o grupo de trabalho tinha da realidade em que esta unidade de gestão se insere. Embora o Plano Anual de Actividades não preveja as actividades a desenvolver por todas as estruturas educativas, com vista à consecução dos objectivos previstos no Projecto Educativo do Agrupamento, o Projecto de 2006/2009 define as áreas de intervenção e as acções que se pretendem realizar com vista a combater os problemas detectados. A operacionalização das acções encontra-se devidamente planeada, estando a maioria já em desenvolvimento e algumas concluídas. O Projecto Curricular de Agrupamento está concebido mais como instrumento regulador dos aspectos organizativos do Agrupamento, do que como instrumento de gestão do currículo. Quanto às áreas curriculares não disciplinares, de referir que o Estudo Acompanhado é utilizado como reforço às disciplinas com maior insucesso, na Área de Projecto os temas dos projectos a desenvolver são escolhidos de acordo com o “lema” do Projecto Educativo e a Formação Cívica é um espaço que tem contribuído para o desenvolvimento de competências e atitudes de cidadania.

3.2 Gestão dos recursos humanos

O Conselho Executivo demonstra grande capacidade organizativa e uma gestão eficaz dos recursos humanos. A formação das equipas pedagógicas tem em conta o perfil dos docentes e as características da turma. A atribuição das direcções de turma é feita pelo Conselho Executivo, de acordo com os critérios definidos e que prevêem a atribuição deste cargo, preferencialmente, a docentes do quadro que deverão acompanhar a turma durante o ciclo de ensino. A recepção aos docentes colocados no Agrupamento pela primeira vez é feita pelo Conselho Executivo e pelos Departamentos sendo de referir a existência de “guiões” que contêm as informações mais relevantes e que são um instrumento de apoio ao desenvolvimento do trabalho docente nas diversas vertentes. De salientar, a dinâmica de partilha e de trabalho cooperativo promotora de uma boa integração dos docentes que chegam pela primeira vez ao Agrupamento. A distribuição de tarefas ao pessoal auxiliar de acção educativa é feita pelo Conselho Executivo em colaboração com a Coordenadora de pessoal. De referir, o trabalho realizado por este sector de pessoal, nomeadamente no que se refere aos serviços de limpeza e manutenção das instalações e equipamentos, contribuindo com o seu empenho e profissionalismo para que os espaços escolares sejam muito aprazíveis. Os Serviços de Administração Escolar estão organizados por áreas funcionais, havendo polivalência de funções. Apesar da grande rotatividade de funcionários os serviços respondem de forma adequada às

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necessidades do Agrupamento. Relativamente às acções de formação frequentadas por não docentes, houve uma redução significativa entre os anos de 2004 a 2007, tanto no que respeita ao número de horas de formação como às temáticas abordadas.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

As instalações das Escola sede do Agrupamento apresentam-se muito bem cuidadas e em bom estado de conservação, sendo de realçar o esforço que a comunidade escolar desenvolve neste sentido. A Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico, embora mais antiga, também se encontra em bom estado. A inexistência de espaços exteriores cobertos obriga os alunos a permanecerem no interior das instalações durante o tempo destinado a recreio, em dias de maior adversidade atmosférica, o que causa alguns constrangimentos. O número de salas de aula é adequado ao número de alunos que frequenta o Agrupamento pelo que todas as turmas funcionam em regime normal. Com a abertura da segunda sala de Jardim-de-infância na Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico, deixou de haver crianças em lista de espera na Educação Pré-escolar. No entanto, as duas salas acolhem, apenas, 24 crianças na totalidade, uma vez que muitas das famílias das crianças que estavam inscritas acabaram por desistir da frequência do Jardim-de-infância devido ao preço fixado para a comparticipação dos pais/encarregados de educação na componente socioeducativa, nomeadamente para pagamento dos almoços, considerado elevado. O Centro de Recursos Educativos/Biblioteca Escolar e a Ludoteca da escola sede estão bem equipados. Os alunos são acompanhados por docentes, auxiliares de acção educativa e uma animadora que lhes prestam o apoio necessário. Na Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico existe também uma Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, recentemente inaugurado que é utilizado pelas diversas turmas em horário pré-definido. Na escola sede, existem laboratórios de Ciência e Física/Química que registam algumas carências ao nível de equipamentos, tendo sido realizadas diligências no sentido de suprir estas faltas. Existe alguma dinâmica na captação de verbas com a cedência de instalações e a colaboração de algumas empresas. O Agrupamento tem canalizado os seus recursos financeiros para a melhoria das instalações e equipamentos.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

O Agrupamento tem tido algumas dificuldades em envolver os pais/encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos. Embora exista uma acção denominada “A comunidade na escola”, em que um dos vectores é a intervenção junto das famílias e tenham ocorrido já alguns eventos em que a participação destas foi elevada, o Agrupamento não tem, ainda, um plano estruturado de desenvolvimento de iniciativas no sentido de atrair os pais à Escola. No entanto, o esforço e a persistência dos docentes titulares de grupo/turma, bem como dos Directores de Turma e ainda de outros docentes, tem vindo a mostrar os seus frutos. Também o Conselho Executivo, numa atitude de disponibilidade para atendimento dos pais/encarregados de educação, tem feito com que estes comecem a demonstrar maior interesse no acompanhamento dos seus educandos. Não existe Associação de Pais, mas os encarregados de educação encontram-se representados nas estruturas onde têm assento, ainda que, em algumas turmas, tenha havido dificuldade em cooptar os seus representantes. Os Directores de Turma estão disponíveis para atendimento aos pais, para além do horário previsto, embora muitos dos contactos aconteçam por via telefónica, por indisponibilidade dos encarregados de educação se deslocarem à Escola. Relativamente à presença dos pais em reuniões é mais elevada nos grupos/turmas de Jardins-de-Infância e do 1.º Ciclo do que nos 2.º e 3.º Ciclos. No presente ano lectivo, registam-se valores de 59%, na Educação Pré-escolar, 51,4% no 1.º Ciclo, 49,8% no 2.º Ciclo e de 38,7% no 3.º Ciclo. Embora o Agrupamento não tenha, ainda, um leque muito alargado de entidades e instituições com quem mantenha colaboração, as parcerias/protocolos já existentes têm-se mostrado bastante profícuos na resolução de alguns problemas.

3.5 Equidade e justiça

As evidências recolhidas apontam no sentido de os responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas se pautarem por princípios de equidade e de justiça. Tais princípios estão presentes, por exemplo, na constituição de turmas, elaboração de horários e distribuição de serviço, bem como na avaliação dos alunos. A criação de turmas de Percursos Curriculares Alternativos e de Cursos de Educação e Formação veio potenciar a integração de alunos em risco de insucesso e de abandono escolar. A promoção da integração de alunos oriundos de diversos grupos étnicos e culturais é uma constante de todos os profissionais do Agrupamento. Os alunos com Necessidades Educativas Especiais ou com dificuldades de aprendizagem são apoiados, sendo de realçar o trabalho realizado pela Unidade de Apoio a Alunos com Multidificiência, bem como o trabalho de articulação desenvolvido pelos docentes de Educação Especial, docentes colocados em apoios socioeducativos e Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.

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4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

Os documentos orientadores da vida escolar e o discurso dos responsáveis exprimem a visão e o Projecto do Agrupamento. O que mais se destacou, nestes três últimos anos, foi a organização, no sentido de clarificar objectivos, nomear responsáveis e apostar em metas que, embora ainda não quantificáveis, são já evidentes em termos das mudanças verificadas. A gestão conseguiu fazer do Agrupamento um espaço agradável, ponto de referência no bairro. Os órgãos de gestão manifestam conhecer bem o território educativo e, por isso, desde o início que vêm trabalhando em parcerias bem fundamentadas, o que obriga a responsabilizar os próprios parceiros, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia e as Autarquias, na construção de consensos que visam resultados mais imediatos mas ao mesmo tempo mais alargados e cimentados ao nível da comunidade. Esta opção estratégica de partilha e comunhão com outros parceiros da comunidade, para melhor resolver os problemas que se assumem como prioritários, encontra-se plenamente assumida. O Agrupamento tem vindo, continuadamente a afirmar-se e não pretende afastar-se dos seus objectivos fundamentais, “tirar as crianças da rua” e apetrechá-las com as ferramentas que lhes propiciem uma melhor inclusão social. A oferta educativa tem em conta as necessidades desta comunidade, em que as expectativas da maior parte dos alunos e dos pais, em relação à escola, são baixas e a principal preocupação dessa maioria é a entrada no mundo do trabalho. O Agrupamento atingiu, nestes quatro anos de existência, patamares bastante satisfatórios de unidade integradora e do funcionamento das suas estruturas de orientação educativa, sublinhando-se a actuação enérgica do Conselho Executivo na concretização do seu objectivo fundamental, de ter uma escola realmente inclusiva, no sentido global, promotora da mudança/melhoria da própria comunidade.

4.2 Motivação e empenho

A liderança é determinada, assente numa gestão rigorosa e atenta na organização dos recursos humanos e materiais que procura motivar para um trabalho de assunção de responsabilidades, sendo evidente a motivação e empenho dos diferentes profissionais nas suas áreas de actuação. Para isto parece ter contribuído a política de integração e cometimento de responsabilidades implementada pelo Conselho Executivo com reuniões de Departamento, distribuição do “Guia do Professor” e a feição orientadora reguladora do próprio Projecto Curricular do Agrupamento. Embora haja esta politica de atribuição de responsabilidades, o Conselho Executivo, principalmente na pessoa do seu Presidente, concentra muito as decisões; as lideranças intermédias são frágeis, pois, por exemplo, os Coordenadores de Departamento sentem-se líderes dentro do seu departamento mas acham que o Conselho Pedagógico é apenas um órgão consultivo. A Assembleia de Agrupamento ainda não se assumiu como um órgão de decisão e de poder efectivo, na condução da unidade de gestão. A gestão está muito atenta ao absentismo dos alunos, intervindo nos casos mais problemáticos, “indo mesmo buscar alunos à rua”, muitas vezes com a colaboração de entidades parceiras. Relativamente ao absentismo do pessoal docente, o Conselho Executivo procede ao tratamento estatístico da assiduidade dos diferentes profissionais do Agrupamento, que aponta para uma grande diminuição no último ano (2005-2006: 60,11% e 2006-2007: 35,48%). Os valores do absentismo do pessoal não docente (de quem toda a comunidade sublinha o empenho e a dedicação aos alunos) são baixos (2004-2005: 14,96%; 2005-2006: 13,93%; 2006-2007: 8,16%). O bom ambiente e bom relacionamento entre alunos, não docentes e docentes tem contribuído para o reforço da sua motivação e do seu interesse, que se vão consolidando com o tempo de permanência no Agrupamento.

4.3 Abertura à inovação

O Agrupamento demonstra uma atitude de abertura e alguma dinâmica de inovação sobretudo através das parcerias desenvolvidas e de projectos aos quais concorrem. Estas oportunidades proporcionam aos alunos contextos de aprendizagem diversificados. Os órgãos de gestão do Agrupamento têm uma preocupação dominante com a organização rigorosa na sua dependência, que, por vezes limita a criatividade e a inovação das diferentes estruturas educativas, a necessitarem de intervenção mais estratégica de modo a aproveitar mais os recursos internos e os disponibilizados pela Autarquia e pelas instituições sociais parceiras. O Agrupamento, como resultado desta politica de rigor e contenção, demonstra fragilidades ao nível da informatização das diferentes áreas, criação de página Web, plataforma informática, embora a predominância da formação seja na área das Tecnologias de Informação e Comunicação.

4.4 Parcerias, protocolos e projectos

O Agrupamento incrementa alguns projectos e actividades centrados nos alunos e envolvendo parceiros da comunidade, de modo a promover a sua integração social e o seu desenvolvimento pessoal e social. Desenvolve

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parcerias com as Autarquias e com instituições locais, tais como a Escola Superior de Educação de Setúbal e Instituto Piaget (das quais recebe estagiários), Santa Casa da Misericórdia (apoia os alunos dos Percursos Curriculares Alternativos no seus Ateliers de Tempos Livres e as famílias na alfabetização), Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (fornece o transporte de alunos com Necessidades Educativas Especiais), Escola Segura, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, Centro de Saúde e ainda com as Fundações Calouste Gulbenkian e Aga Kan. No que se refere à participação em programas nacionais, o Agrupamento está envolvido nos projectos do Desporto Escolar, Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, Plano Nacional de Leitura, Plano de Acção para a Matemática e Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis. O envolvimento do Agrupamento nestas parcerias e programas é uma forma de responder a problemas reais que se lhe colocam, embora não sejam, ainda, muito proactivos no desenvolvimento dos mesmos, nomeadamente na dinamização de uma rede social que abranja outras escolas do concelho.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento 5.1 Auto-avaliação

A auto-avaliação realizada focaliza-se na qualidade do serviço prestado em áreas importantes, nomeadamente resultados e processo de ensino e aprendizagem. As grandes metas identificadas pelo Agrupamento, no seu Projecto Educativo de 2005/2008, firmam-se em aspectos nucleares como o insucesso escolar, a indisciplina e o abandono. Assim, a auto-avaliação, não sendo, ainda, reflexo de um plano intencional e sistemático, corresponde já a um conjunto de acções com alguma articulação, como foi demonstrado na construção do Projecto Educativo do Agrupamento de 2005/2008 e do Projecto Educativo de 2006/2009 apresentado no âmbito das escolas inseridas nos “Territórios Educativos de Intervenção Prioritária”. Com efeito, foram constituídos grupos/equipas de trabalho para a identificação e construção de dezassete acções de melhoria a implementar, apesar de não ter sido feito um diagnóstico organizacional profundo que permitisse um melhor conhecimento dos pontos fortes e fracos do Agrupamento. A avaliação dos resultados escolares, como processo mais estruturado, iniciou-se no Agrupamento no presente ano lectivo com a designação de uma equipa de docentes, que foi incumbida do tratamento estatístico dos referidos resultados e da elaboração do relatório “Balanço da Avaliação” que inclui, também, propostas de estratégias de superação. De salientar que, da auto-avaliação desenvolvida pelo Agrupamento, decorrem algumas decisões a partir das quais foram implementadas acções de melhoria, tais como a criação das turmas de Percursos Curriculares Alternativos e de Cursos de Educação e Formação, o desenvolvimento de competências sociais e cognitivas, o recurso à pedagogia diferenciada ao nível da sala de aula e à realização de testes diagnóstico por disciplina e por ano de escolaridade. Porém, a inexistência de projecto de auto-avaliação não permite, ainda, o seu desenvolvimento numa perspectiva estratégica, focada e progressiva, de forma a tornar-se um instrumento de gestão do Agrupamento.

5.2 Sustentabilidade do progresso

A auto-avaliação realizada no último triénio, apesar de não existir um projecto formalizado, tem produzido alguma informação útil para o Agrupamento conhecer os aspectos a melhorar e propor estratégias de superação. A construção do Projecto Educativo do Agrupamento de 2005/2008 e do Projecto Educativo de 2006/2009, associada ao recente relançamento da análise reflexiva dos resultados escolares, consubstanciada no relatório “Balanço da Avaliação”, mostra que há vontade em aperfeiçoar o processo de auto-avaliação, de forma a permitir uma maior sustentabilidade do progresso do Agrupamento. Ainda que seja indispensável garantir a formação dos diferentes intervenientes, há evidências de que a implementação de diferentes estratégias têm produzido melhorias, sobressaindo a evolução positiva das taxas de sucesso do 1.º Ciclo do Ensino Básico e dos resultados em exames nacionais do 9.º ano, na Língua Portuguesa (nos anos lectivos 2005/2006 e 2006/2007), os resultados dos alunos dos 4.º e 6.º anos nas Provas de Aferição de Língua Portuguesa (em 2006/2007) e a evolução globalmente positiva das taxas de abandono escolar nos três Ciclos do Ensino Básico. Reconhece-se que a motivação e o empenho dos docentes, demonstrado nas acções já realizadas, conjugado com o trabalho da equipa de auto-avaliação constituída no presente ano lectivo para reformular o Projecto Educativo e com a formação prevista do Observatório Escolar e Social, são uma garantia de que, enquanto processo em si mesmo, vai ser aprofundado e alargado, de forma contínua e progressiva, para se constituir como uma metodologia regular e sistemática que monitorize a eficácia do desempenho global do Agrupamento.

V – Considerações finais

Apresenta-se agora uma síntese dos atributos da Unidade de Gestão (pontos fortes e pontos fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos) que poderá orientar a sua estratégia de melhoria.

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Neste âmbito, entende-se por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; oportunidade: condição externa

à organização que poderá ajudar a alcançar os seus objectivos; constrangimento: condição externa à organização que poderá prejudicar o cumprimento dos seus objectivos.

Todos os tópicos seguidamente identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

ƒ clima e relações interpessoais entre os diferentes actores da comunidade educativa; ƒ estabilidade, motivação, empenho e capacidade de trabalho de docentes e de não docentes; ƒ aprazibilidade, higiene e manutenção dos espaços escolares;

ƒ redução da taxa de alunos que abandonam sem diploma de escolaridade básica;

ƒ articulação e trabalho desenvolvido pela psicóloga, Educação Especial e Unidade de Multideficiência que tem contribuído para o sucesso dos alunos com Necessidades Educativas Especiais;

ƒ acompanhamento e disponibilidade para ouvir os alunos, por parte das diferentes estruturas educativas; ƒ organização e coordenação que permite o controlo dos diferentes sectores;

ƒ afirmação do Agrupamento como unidade de gestão com identidade própria. Pontos fracos

ƒ inexistência de projecto de auto-avaliação que permita o seu desenvolvimento numa perspectiva estratégica, focada e progressiva, de forma a tornar-se um instrumento de gestão do Agrupamento; ƒ fraca calibração dos critérios internos de avaliação dos alunos;

ƒ ausência de um sistema de reconhecimento dos sucessos dos alunos (individuais e/ou de grupo); ƒ falta de assiduidade e pontualidade e índices elevados de indisciplina dos alunos;

ƒ não existência de um plano de formação centrado nas necessidades de desenvolvimento profissional; ƒ limitado acesso às Tecnologias de Informação como instrumento de aprendizagem e de comunicação

entre os diferentes elementos da comunidade educativa;

ƒ inexistência de Planos de Segurança e Emergência devidamente aprovados; ƒ ausência de lideranças intermédias;

ƒ fraca adequação dos horários da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, Ludoteca e Sala de Estudo.

Oportunidades

ƒ incremento de novas parcerias e reforço das já existentes (Faculdade de Ciências e Tecnologia, Escola Profissional do Monte de Caparica, Autarquia, Instituto Piaget, Escola Superior de Educação de Setúbal); ƒ articulação com entidades da região no sentido do alargamento e diversificação da formação

profissionalizante. Constrangimentos

ƒ falta de abrigos cobertos para os alunos em ambas as escolas do Agrupamento e de equipamentos educativos no espaço exterior na Escola do 1.º Ciclo com Jardim-de-Infância;

ƒ falta de terapeuta ocupacional na Unidade de Multideficiência;

ƒ número reduzido de organizações sociais ou outras no bairro, o que dificulta o trabalho do Agrupamento com a comunidade;

ƒ inexistência de Associação de Pais e Encarregados de Educação;

ƒ valor elevado da comparticipação da componente socioeducativa da responsabilidade dos encarregados de educação que impede algumas crianças de frequentarem o Jardim-de-infância, devido aos fracos recursos económicos das famílias.

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