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RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE A SITUAÇÃO DE VIDA E EMPREGO DOS CIDADÃOS ESTRANGEIROS

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE

A SITUAÇÃO DE VIDA E EMPREGO

DOS CIDADÃOS ESTRANGEIROS

Edição do Grupo de Estudos das Classes Sociais em

Sociedades Multiculturais

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0. Introdução

A presente pesquisa tem como objetivo compreender as condições de vida dos estrangeiros residentes no Japão e suas opiniões sobre a sociedade japonesa. Assim, pretende-se averiguar a existência de desvantagens decorrentes da nacionalidade, assim como elaborar medidas para a eliminação das mesmas, caso existentes. O presente relatório foi elaborado com o propósito de informar os resultados sobre as respostas dos principais itens a todos que colaboraram nesta pesquisa, lembrando que análises detalhadas continuarão sendo realizadas.

1. Detalhes sobre a pesquisa

A presente pesquisa abrange todos os cidadãos estrangeiros de 20 a 79 anos de idade residentes em todo o Japão, com exceção das áreas onde quase não existem residentes estrangeiros. 5.000 pessoas em 60 municípios selecionados aleatoriamente colaboraram na pesquisa. Foram coletadas respostas de 1.123 pessoas, totalizando um índice de coleta de 23,8%, com exceção daqueles que não puderam ser encontrados devido à mudança de endereço. O valor numérico de “n =” a seguir, representa o número de respondentes de cada pergunta. Também, o "local de nascimento" foi definido com base na nacionalidade dos respondentes.

Dentre todos os respondentes que colaboraram, 42,5% foram homens e 52,8% mulheres (4,7% não responderam o sexo), o que demonstra que a proporção de homens foi ligeiramente menor. Em relação à faixa etária, houve uma alta porcentagem de respondentes entre 20 e 30 anos, sendo que em comparação com os estrangeiros da mesma faixa etária residentes em todo o Japão (dados do censo de 2015) a faixa dos 30 anos superou ligeiramente a faixa dos 20 anos (Fig. 1-1).

Figura 1-1 Comparação da distribuição etária entre os respondentes e os estrangeiros residentes em todo o Japão 26% 30% 20% 14% 10% 1% 34% 25% 19% 12% 7% 3% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos Total de respondentes(n=1,123)

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Em relação ao tempo de permanência, excluindo aqueles que nasceram no Japão, a média foi de 11.1 anos. Analisando a distribuição, a porcentagem de respondentes com menos de 1 ano de permanência foi de 11%, e respondentes com 2 a 5 anos de permanência representaram 19%, o que significa que 30% dos estrangeiros possuem menos de 5 anos de permanência no país. Por outro lado, 15% dos estrangeiros residem no Japão por mais de 21 anos. A porcentagem daqueles que nasceram no Japão é de 14%.

Figura 1-2 Distribuição dos anos de permanência (n=1,123)

Em relação à distribuição por nacionalidade, a maioria dos respondentes são de nacionalidade chinesa representando 34%, coreanos representando 18%, e brasileiros e filipinos ambos representando 11% do total. Os respondentes de outras nacionalidades representam menos de 5% cada. Em comparação com os estrangeiros residentes em todo o Japão (dados estatísticos de residentes estrangeiros de 2017), muitos dos respondentes são de nacionalidade chinesa e brasileira, sendo que o número de respondentes vietnamitas e de outras nacionalidades, além das já mencionadas, foi ligeiramente menor. A presente pesquisa teve a colaboração de respondentes de 52 países e regiões. 11% 19% 15% 13% 9% 15% 14% 4% 0% 5% 10% 15% 20% 25% Me n o s d e 1 an o 2 a 5 an o s 6 a 10 an o s 11 a 15 an o s 16 a 20 an o s Ma is d e 20 an o s N asc id o n o Jap ão Se m re sp o sta

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Figura 1-3 Comparação da distribuição por nacionalidade entre os respondentes e os estrangeiros residentes em todo o Japão

2. Inscrição no seguro de saúde e pensão

Na presente pesquisa, foi verificada a situação de inscrição no seguro de saúde e pensão. Como é mostrado na Figura 2-1, a maioria dos respondentes são inscritos no seguro de saúde, porém 20% não são inscritos no plano de pensão, e 9% alegaram “não ter conhecimento” sobre o assunto. Observando o tipo de qualificação de permanência, percebe-se que 10% dos residentes permanentes e residentes permanentes especiais, e 20% dos esposos(as) de japoneses(as) não são inscritos no plano de pensão. A necessidade de inscrição por um longo período foi apontada como um dos problemas do Plano Nacional de Pensão do Japão, sendo comprovado também a partir deste resultado que até o momento não houve um progresso suficiente em relação ao índice de inscrição.

34% 18% 11% 11% 3% 3% 3% 17% 0% 29% 20% 8% 10% 1% 9% 2% 21% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% Chin es es Core an o s Bras ile iros Fil ip in o s In d ian o s Vie tn amita s Es ta d u n id en se s Ou tro s Se m re sp o sta

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Figura 2-1 Inscrição no plano de pensão e seguro de saúde

3. Ocupação atual

A respeito da ocupação atual de cada respondente, os dados foram compilados de acordo com cada região de nascimento. Dentre os respondentes, 785 pessoas (69,9%) atualmente estão empregadas, 65 pessoas (5,8%) estão desempregadas, 87 (7,7%) não possuem ocupação, e 174 pessoas (15,5%) são estudantes. A situação atual de ocupação de acordo com cada região de nascimento é mostrada na Figura 3-1. Mais de 90% dos brasileiros e peruanos, e mais de 80% dos europeus, americanos e vietnamitas encontram-se empregados. No caso dos chineses, 29% são estudantes. Em relação ao número de desempregados, os filipinos apresentam uma porcentagem ligeiramente alta.

96%

71% 19% 9%

Seguro de saúd(n=1,064) Pensão(n=1,099)

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Figura 3-1 Situação ocupacional (por região de nascimento)

Em seguida, resultados sobre o status profissional são mostrados abaixo na Figura 3-2. 53% 67% 81% 88% 92% 76% 76% 57% 7% 6% 5% 11% 6% 6% 9% 8% 11% 11% 8% 31% 19% 16% 6% 7% 29% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Outros(n=45) Outros países asiáticos(n=121) Vietnamitas(n=32) Estadunidenses/Europeus(n=65) Brasileiros/Peruanos(n=149) Filipinos(n=120) Coreanos (n=194) Chineses(n=380)

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Figura 3-2 Status profissional no atual emprego (por região de nascimento)

Observando a proporção de funcionários efetivos por região de nascimento, os vietnamitas representam a maioria com 58%, seguidos dos chineses com 57%, e dos americanos e europeus com 50%. A menor porcentagem foi dos brasileiros e peruanos, com 28% de funcionários efetivos. Analisando brevemente as características por região de nascimento, percebe-se que em relação aos coreanos há uma grande proporção de autônomos e administradores. Além disso, nota-se que a maioria dos brasileiros e peruanos são funcionários terceirizados, temporários, ou contratados, enquanto americanos e europeus apresentam uma alta porcentagem de funcionários temporários e contratados.

Em seguida foi questionado sobre a existência de um período de duração para o atual contrato de trabalho. A figura abaixo mostra as tendências dos períodos de contrato por região de nascimento, referentes aos respondentes atualmente empregados. Pode-se comprovar que tanto a existência de um determinado prazo, quanto o período do contrato variam de acordo com a região de nascimento. Assim, 84% dos coreanos, 67% daqueles que nasceram em outros países asiáticos, e 60% daqueles que nasceram em outros países não possuem um determinado prazo de contrato. No entanto, a maioria dos brasileiros, peruanos, filipinos e vietnamitas possuem um contrato com tempo determinado. Outra característica notável principalmente em trabalhadores brasileiros e peruanos, foi a alta porcentagem de respondentes com um contrato de prazo inferior a 6 meses (37%). Muitos americanos e europeus também são contratados por prazo determinado, porém na maioria dos casos

17% 14% 16% 4% 22% 10% 42% 50% 58% 50% 28% 28% 41% 56% 29% 23% 19% 7% 33% 14% 23% 14% 13% 5% 4% 4% 16% 35% 6% 8% 8% 19% 23% 19% 22% 8% 11% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Outros(n=24) Outros países asiáticos(n=78) Vietnamitas(n=26) Estadunidenses/Europeus(n=56) Filipinos(n=90) Brasileiros/Peruanos(n=133) Coreanos(n=146) Chineses(n=216)

Autônomos e proprietários Funcionários efetivos

Funcionários temporários Funcionários terceirizados

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a validade do contrato é de 6 a 12 meses, ou 1 a 3 anos, sendo que nenhum respondente possui um contrato de curto período inferior a 6 meses.

Figura 3-3 Existência de um prazo determinado no atual contrato de emprego (somente para empregados, por nacionalidade)

Na presente pesquisa também foi questionado sobre as características dos empregos, sob vários pontos de vista. O gráfico a seguir (Figura 3-4) mostra o resultado das respostas em relação à pergunta sobre “oportunidade de desenvolver a minha capacidade no trabalho”. As respostas variam de 1 (corresponde bastante) a 5 (Não corresponde em nada). A maioria das pessoas que concordaram que “é possível aplicar as habilidades” são de origem coreana, ou de outros países asiáticos. Contudo, em relação aos brasileiros, peruanos, americanos e europeus, o número de respondentes que afirmaram ser “possível aplicar as habilidades” foi relativamente menor.

60% 67% 35% 45% 39% 35% 84% 59% 5% 10% 8% 19% 37% 5% 15% 8% 8% 19% 14% 17% 5% 5% 10% 10% 23% 23% 12% 20% 3% 23% 4% 6% 10% 4% 9% 13% 8% 3% 6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=20) Outros países asiáticos(n=67) Vietnamitas(n=26) Estadunidenses/Europeus(n=47) Filipinos(n85) Brasileiros/Peruanos(n=192) Coreanos(n=113) Chineses(n=192)

Sem prazo/Até aposentar Menos de 6 meses 6 meses a menos de 1 ano

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Figura 3-4 “Tenho oportunidade de desenvolver a minha capacidade” (por região de nascimento)

4. Primeiro emprego no Japão

Figura 4-1 Status profissional no primeiro emprego no Japão (por região de nascimento)

30% 40% 27% 28% 35% 24% 42% 33% 30% 23% 42% 26% 24% 17% 27% 24% 30% 26% 15% 25% 26% 28% 20% 29% 8% 8% 12% 8% 14% 5% 7% 10% 3% 8% 9% 7% 16% 6% 7% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Outros(n=20) Outros países asiáticos(n=77) Vietnamitas(n=26) Estadunidenses/Europeus(n=57) Filipinos(n=85) Brasileiros/Peruanos(n=128) Coreanos(n=144) Chineses(n=213)

Corresponde bastante 2 3 4 Não corresponde em nada

7% 11% 11% 32% 46% 48% 43% 22% 16% 57% 43% 52% 23% 19% 13% 35% 5% 15% 27% 6% 15% 51% 7% 7% 22% 30% 16% 25% 7% 11% 4% 7% 8% 7% 8% 11% 9% 6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=31) Outros países asiáticos(n=89) Vietnamitas(n=27) Estadunidenses/Europeus(n=61) Filipinos(n=113) Brasileiros/Peruanos(n=148) Coreanos(n=185) Chineses(n=267)

Autônomos e proprietários Funcionários efetivos

Funcionários temporários Funcionários terceirizados

Funcionários por contrato fixo Trabalho (bico) em casa

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Foi realizada a coleta dos dados por região de nascimento, referentes às perguntas sobre o primeiro emprego no Japão. Primeiramente, seguem os resultados sobre o status profissional. Com foco na diferença de proporção dos funcionários efetivos por região de nascimento, os coreanos apresentam a maior porcentagem com 57%, seguidos dos vietnamitas com 48%. No caso dos chineses, respondentes de outros países asiáticos, americanos e europeus, a proporção de funcionários efetivos cai para a faixa de 40%. Em relação aos filipinos, brasileiros e peruanos o número é ainda menor, sendo 22% dos filipinos e 16% dos brasileiros e peruanos atuando como funcionários efetivos. Em seguida, sobre a quantidade de funcionários não efetivos, os filipinos representam a maior porcentagem de funcionários temporários com 35%, seguidos dos chineses com 27%, e outros países asiáticos com 23%. Sobre o número de funcionários terceirizados, os brasileiros e peruanos representam a maior porcentagem com 51%, seguidos dos filipinos com 15%. Para outras regiões de nascimento, a porcentagem de funcionários terceirizados foi inferior a 10%. Sobre a proporção de funcionários contratados, os americanos e europeus obtiveram a maior porcentagem com 30%, seguidos dos brasileiros e peruanos com 25%. Desta forma, é possível notar que a porcentagem total de funcionários efetivos é inferior à porcentagem de funcionários não efetivos. Por outro lado, houve uma grande diferença de proporção entre os tipos de trabalho temporário, de acordo com a região de nascimento.

Em seguida, foram coletados os dados referentes ao conteúdo do primeiro emprego no Japão. Com 39%, americanos e europeus representam a maior porcentagem de respondentes empregados em trabalhos especializados e cargos de gerência, seguidos dos outros países asiáticos com 38%. A porcentagem de chineses, coreanos, e vietnamitas empregados em trabalhos especializados e cargos de gerência é de aproximadamente 20% para cada região de nascimento. Observando a distribuição, nesta pesquisa a maioria dos respondentes atuam em trabalhos específicos, havendo apenas uma pequena porcentagem de respondentes atuando em cargos de gerência. Filipinos, brasileiros e peruanos apresentam uma proporção extremamente pequena, com 5% dos filipinos, e 3% dos brasileiros e peruanos ocupando trabalhos específicos e cargos de gerência.

Por outro lado, analisando a distribuição dos trabalhos manuais como operação industrial, serviços de segurança, e agricultura, brasileiros e peruanos representam a maioria com 45%, seguidos dos vietnamitas com 30%. Em relação aos chineses, coreanos, e respondentes que nasceram em outros países asiáticos, a porcentagem de trabalhadores manuais é de 10% para cada região de nascimento.

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Figura 4-2 Tipo de ocupação no primeiro emprego no Japão (por região de nascimento)

Figura 4-3 Porte da empresa no primeiro emprego no Japão (por região de nascimento)

Por fim, foi questionado sobre o porte das empresas do primeiro emprego no Japão. Observando a

29% 38% 22% 39% 5% 21% 21% 3% 9% 4% 19% 13% 23% 21% 7% 18% 19% 16% 32% 33% 16% 13% 30% 5% 45% 57% 12% 15% 16% 9% 22% 26% 15% 18% 7% 8% 13% 10% 15% 12% 14% 5% 9% 10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=31) Outros países asiáticos(n=90) Vietnamitas(n=27) Estadunidenses/Europeus(n=61) Filipinos(n=113) Brasileiros/Peruanos(n=148) Coreanos(n=186) Chineses(n=268)

Trabalhos especializados e cargos de gerência Escritório

Vendas Trabalhos manuais

Outros Não sei/Sem resposta

36% 21% 26% 25% 27% 16% 42% 28% 13% 32% 41% 18% 35% 39% 24% 32% 32% 32% 19% 43% 12% 28% 22% 24% 19% 14% 15% 15% 27% 18% 13% 16% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=31) Outros países asiáticos(n=90) Vietnamitas(n=27) Estadunidenses/Europeus(n=61) Filipinos(n=113) Brasileiros/Peruanos(n=148) Coreanos(n=186) Chineses(n=268)

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distribuição por região de nascimento, americanos e europeus foram os grupos que relativamente obtiveram o maior número de funcionários trabalhando em grandes empresas. Em contraste, filipinos e vietnamitas, relativamente tendem a apresentar uma menor proporção de pessoas trabalhando em grandes empresas.

5. Nível de educação escolar

Na pesquisa, os respondentes foram perguntados sobre o nível de educação recebida no Japão ou no exterior. Aproximadamente 50% dos respondentes em geral afirmaram terem frequentado escolas japonesas. Daqueles que não frequentaram escolas japonesas, a maioria frequentou alguma escola no país de origem ou no exterior. Sobre o tipo de escola frequentada, independentemente de terem frequentado escolas japonesas ou não, 39% dos respondentes estudaram em universidades e 20% fizeram pós-graduação, comprovando que mais da metade dos respondentes frequentaram algum curso superior a universidade de curto período.

Figura 5-1 Nível de escolaridade

No entanto, o nível de escolaridade varia de acordo com a região de nascimento. Americanos, europeus e chineses representam a maior proporção de respondentes que cursaram o ensino superior. Em relação aos respondentes coreanos, sul-americanos e do Sudeste Asiático, a proporção daqueles que cursaram o ensino superior é relativamente menor. Pressupõe-se que o nível de escolaridade exerce uma influência sobre diversos aspectos da vida pessoal, inclusive nas oportunidades de emprego. A partir disto, pode-se dizer que ainda há muitos assuntos a serem esclarecidos, como as desvantagens existentes devido à falta de formação superior, tanto quanto a possibilidade de não conseguir usufruir dos benefícios mesmo obtendo uma formação superior.

49% 16% 4% 7% 8% 8% 20% 21% 5% 7% 9% 14% 39% 39% 15% 9% 20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% No Japão(n=1,068) No exterior(n=957) No Japão e no exterior(n=1,077)

Sem experiência escolar Ensino superior exceto universidade

Ensino médio Ensino primário / fundamental

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Figura 5-2 Nível de escolaridade (por região de nascimento)

6. Familiaridade com a cultura japonesa 9% 4% 6% 10% 8% 9% 12% 5% 5% 14% 29% 38% 27% 27% 11% 9% 8% 10% 12% 10% 8% 13% 7% 9% 37% 33% 29% 45% 56% 27% 48% 49% 31% 9% 4% 9% 27% 23% 27% 28% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Chineses(n=354) Coreanos(n=181) Brasileiros/Peruanos(n=138) Filipinos(n=100) Estadunidenses/Europeus(n=63) Vietnamitas(n=30)

Outros países asiáticos(n=117)

Outros(n=43)

Sem experiência escolar Ensino superior exceto universidade

Ensino médio Ensino primário / fundamental

Universidadey Pós-graduação

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Figura 6-1 Frequência com que os respondentes assistem filmes ou novelas japonesas (por região de nascimento)

Figura 6-2 Frequência com que os respondentes escutam música japonesa (por região de nascimento)

7% 13% 9% 8% 17% 10% 25% 18% 20% 22% 25% 11% 14% 15% 24% 27% 41% 28% 47% 37% 45% 29% 39% 37% 18% 20% 9% 25% 19% 29% 11% 12% 14% 18% 9% 20% 5% 16% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=46)

Outros países asiáticos(n=121) Vietnamitas(n=32) Estadunidenses/Europeus(n=65) Filipinos(n=120) Brasileiros/Peruanos(n=149) Coreanos(n=200) Chineses(n=384)

Faço sempre Faço frequentemente Faço de vez emquando

Faço raramente Nunca fiz

7% 17% 9% 14% 17% 19% 24% 21% 14% 13% 22% 8% 16% 20% 29% 26% 36% 25% 53% 32% 41% 27% 29% 32% 27% 28% 9% 31% 14% 24% 14% 16% 16% 18% 6% 15% 12% 10% 4% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=46)

Outros países asiáticos(n=121) Vietnamitas(n=32) Estadunidenses/Europeus(n=65) Filipinos(n=120) Brasileiros/Peruanos(n=149) Coreanos(n=200) Chineses(n=384)

Faço sempre Faço frequentemente Faço de vez emquando

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Figura 6-3 Frequência com que os respondentes leem livros japoneses (por região de nascimento)

Perguntou-se aos respondentes sobre a frequência de contato com a cultura japonesa como filmes e novelas, música, livros, entre outros. As figuras 6-1 a 6-3 mostram o resultado por região de nascimento. Chineses, coreanos, e vietnamitas possuem um contato mais ativo com a cultura japonesa.

Dentre as pessoas que nunca, ou raramente assistiram filmes ou novelas japonesas, a porcentagem foi de 17% para chineses, 13% para coreanos, e 18% para vietnamitas. Em contraste, 24% dos filipinos, 45% dos brasileiros e peruanos, 45% dos americanos e europeus, 32% dos respondentes de outras nacionalidades, e 38% daqueles nascidos em outros países asiáticos responderam que nunca assistiram, ou raramente assistem filmes ou novelas japonesas. Também pôde-se perceber uma tendência semelhante em relação a música. Sobre a leitura de livros japoneses, houve uma grande diferença na frequência entre chineses, coreanos, e respondentes de outras nacionalidades.

7. Consciência sobre a subsistência e condição de saúde 11% 4% 9% 6% 5% 27% 17% 7% 15% 47% 5% 6% 19% 18% 25% 25% 0% 26% 28% 13% 34% 31% 32% 24% 25% 32% 20% 21% 15% 22% 25% 31% 19% 31% 47% 55% 5% 12% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros(n=46) Outros países asiáticos(n=121) Vietnamitas(n=32) Estadunidenses/Europeus(n=65) Filipinos(n=120) Brasileiros/Peruanos(n=149) Coreanos(n=200) Chineses(n=384)

Faço sempre Faço frequentemente Faço de vez emquando

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Figura 7-1 Média do nível de satisfação com a vida por tempo de permanência

Figura 7-2 Média da condição de saúde por tempo de permanência

Na presente pesquisa, foram realizadas perguntas sobre o nível de satisfação com a vida e condições de saúde. Nas figuras 7-1 a 7-2, a alta pontuação somada representa uma boa condição, e a média do nível de satisfação com a vida e condição de saúde foram calculadas com base em cada ano de permanência. Embora a média seja de aproximadamente 3, valor próximo ao centro, observando por tempo de permanência nota-se que a média do nível de satisfação com a vida e

3.75 3.67 3.74 3.25 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00

0 a 5 anos 5 a 10 anos Mais de 10 anos Nascido no Japão

3.67 3.64 3.47 3.23 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00

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condição de saúde é menor para aqueles que nasceram no Japão.

8. Experiências de discriminação

Figura 8-1 Experiências desagradáveis

Foi perguntado aos respondentes se alguma vez já passaram por situações desagradáveis devido ao fato de serem estrangeiros. Como mostra a Figura 8-1, o resultado ficou dividido entre os respondentes que já tiveram experiências do gênero (“frequentemente” e “às vezes”) e aqueles que quase nunca passaram por tais situações (“muito pouco” e “nunca tiva”). Para aqueles que tiveram experiências desagradáveis, foi perguntado sobre os detalhes da situação. O resultado é mostrado na Figura 8-2.

7% 42% 33% 12% 6%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

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Figura 8-2 Situação em que experienciou alguma ocorrência desagradável

Nota: Porcentagem referente a múltiplas respostas, e aqueles que responderam que já experienciaram ocorrências desagradáveis “frequentemente” ou “às vezes”.

A partir da Figura 8-2, nota-se que a maioria dos casos ocorrerem no trabalho. Muitos casos também ocorrem durante a procura de empregos ou moradia, sendo possível afirmar que o fato de ser estrangeiro pode ser desvantajoso quando o indivíduo é exposto a algum selecionamento. Além disso, muitas pessoas passam por ocasiões desagradáveis em ambientes públicos ao fazer compras, ou no trem, o que aponta a existência da possibilidade de os estrangeiros estarem sendo discriminados em situações comuns do dia a dia.

Em seguida, são mostrados por região de nascimento os resultados da pergunta sobre a “situação de aceitação como membro da sociedade japonesa". Como é mostrado na Figura 7-3, mais de 50% dos coreanos acreditam que são "bem aceitos pela sociedade japonesa" (soma de "concordo" e "concordo um pouco"). Em contraste, aproximadamente 25% dos brasileiros, peruanos e chineses se sentem bem aceitos. Embora esta seja a menor porcentagem dentro dos respondentes, existe uma grande diferença na tendência entre ambas nacionalidades. Aproximadamente metade dos chineses responderam “não concordo, nem discordo”, enquanto quase metade dos brasileiros e peruanos afirmaram que não se sentem bem aceitos pela sociedade japonesa (soma de “discordo um pouco” e “discordo”). 46% 21% 18% 33% 34% 33% 24% 20% 10% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% N o tr ab alh o N o re lac io n amen to c o m co le gas japo n es es N o re lac io n amen to c o m viz in h o s Em lo cal p ú b lic o s O u an d o fui p ro cu rar emp re go Q u an d o fu i p ro cu rar u ma mo rad ia Q u an d o fu i tr atar d e d o cu me n taç ão n u m re cin to p ú b lic o Q u an d o e stava ve n d o TV o u in te rn et O u tr a

(19)

Figura 8-3 “Você se sente bem aceito pela sociedade japonesa?” (por região de nascimento)

9. Planos futuros de permanência no Japão

Foram analisadas as respostas sobre os planos futuros de permanência no Japão, de acordo com cada região de nascimento (exceto para aqueles que não responderam). No geral, 20,0% das pessoas responderam “quero sair do Japão o mais rápido possível, ou após alguns anos”, ou “penso em deixar o Japão futuramente”. Por outro lado, 46,4% responderam “quero viver permanentemente no Japão”, e 33,6% responderam “ainda não decidi” e “outros”. Analisando as repostas por região de nascimento, de modo relevante os coreanos responderam que “quero viver permanentemente no Japão”. Isso pode estar associado ao fato de que a maioria dos respondentes coreanos que colaboraram na pesquisa possuem status de residente permanente ou residente permanente especial por terem nascido Japão, e já residem no país por um longo período.

9% 23% 16% 19% 8% 17% 9% 17% 29% 24% 32% 15% 9% 18% 20% 47% 28% 38% 16% 27% 20% 36% 39% 19% 11% 17% 26% 21% 23% 12% 14% 8% 9% 6% 6% 28% 47% 17% 18% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Chineses(n=371) Coreanos(n=198) Filipinos(n=114) Vietnamitas(n=31) Brasileiros/Peruanos(n=144) Estadunidenses/Europeus(n=66) Outros países asiáticos(n=121) Outros(n=44)

(20)

Figura 9-1 Planos futuros de permanência no Japão (por região de nascimento)

10. Aquisição da nacionalidade japonesa

Foram analisadas as respostas em relação à pergunta sobre a “existência de interesse em adquirir a nacionalidade japonesa” (exceto para aqueles que não responderam). Em geral, 21.2% responderam “concordo”, 20,8% responderam “concordo ligeiramente”, 33,4% responderam “discordo ligeiramente”, e 24,5% responderam “discordo”. Observando em detalhes, percebe-se que os filipinos demonstraram maior interesse em comparação com os respondentes de outras nacionalidades, totalizando 62% de pessoas que responderam “concordo” e “concordo ligeiramente”. Em contraste, europeus e americanos demonstraram menor interesse que os respondentes de outras nacionalidades, totalizando 14,3% de pessoas que responderam “concordo” e “concordo ligeiramente”. 13% 5% 25% 10% 16% 14% 13% 9% 5% 10% 9% 11% 10% 17% 17% 45% 72% 46% 28% 39% 32% 33% 24% 32% 19% 36% 38% 39% 41% 34% 46% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Chineses(n=381) Coreanos(n=193) Filipinos(n=113) Vietnamitas(n=32) Brasileiros/Peruanos(n=147) Estadunidenses/Europeus(n=63) Outros países asiáticos(n=119) Outros(n=32)

O quanto antes/após alguns anos No futuro quero deixar o Japão. Quero viver permanentemente no Japão Não decidi ainda

(21)

Figura 10-1 “Você pensa em adquirir a nacionalidade japonesa?” (por região de nascimento)

11. Conclusão

Com base nos resultados acima, análises mais aprofundadas serão realizadas futuramente, tendo como objetivo descobrir os diversos fatores que afetam as condições de vida dos cidadãos estrangeiros. Através destas análises, pretende-se elaborar medidas para eliminação das barreiras de nacionalidade existentes. Os resultados das análises serão divulgados por comunicados oficiais, publicações acadêmicas e livros.

Por último, é importante realçar que a realização desta pesquisa somente foi possível graças ao apoio de todos. Deixamos aqui nossos sinceros agradecimentos aos respondentes que dedicaram o seu precioso tempo para colaborar com o questionário.

15% 24% 36% 25% 27% 5% 23% 23% 18% 23% 26% 32% 26% 10% 19% 20% 42% 27% 20% 25% 28% 41% 34% 32% 25% 26% 18% 18% 19% 44% 24% 25% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Chineses(n=365) Coreanos(n=192) Filipinos(n=113) Vietnamitas(n=28) Brasileiros/Peruanos(n=142) Estadunidenses/Europeus(n=63) Outros países asiáticos(n=118) Outros(n=44)

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