UFPR – DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES
SISTEMAS DE TRANSPORTES –TT 046
Prof. Djalma Pereira Prof. Eduardo Ratton Profa. Gilza Fernandes Blasi Profa. Márcia de Andrade Pereira
Subsistemas básicos: Via
VIA FERROVIÁRIA OU VIA
PERMANENTE
COMPONENTES DA VIA
FERROVIÁRIA OU VIA
PERMANENTE
Infraestrutura Superestrutura •INFRAESTRUTURA
Objetivam construir o leito sobre o qual se assenta a superestrutura da via (via
permanente)
• Plataforma de terraplenagem; • Elementos de drenagem;
• Obras de Arte Especiais (túneis, pontes,
PLATAFORMA DE
TERRAPLENAGEM
É o suporte da estrutura da via e que recebe, através do lastro, as pressões devidas a circulação dos trens.
SUPERESTRUTURA
• lastro e sublastro; • dormentes;
• trilhos;
BITOLA
Distância entre as faces internas das duas filas de trilhos
BITOLAS
Vantagens da bitola métrica
• curvas de menor raio;
• menor largura da plataforma, terraplenos e obras de
arte;
• economia de lastro, dormente e trilhos; • material rodante de menor custo;
• menor resistência a tração.
Desvantagens da bitola métrica
• menor capacidade de tráfego; • menor velocidade.
COMPARATIVO ENTRE AS BITOLAS DE 1,00M E 1,60M
Bitola de 1,60m:
• lotação de um vagão: 95 ton • tara: 24 ton
Total: 119 ton - relação lotação/peso total = 0,798
Bitola de 1,00m:
• lotação de um vagão: 74 ton • tara: 16 ton
Total: 90 ton - relação lotação/peso total = 0,822
SUB-LASTRO
Funções
•aumentar a capacidade de suporte da plataforma, permitindo
elevar a taxa de trabalho no terreno – menor altura da camada de lastro;
•diminuir a altura necessária de lastro, uma vez que seu custo é
menor;
•aumentar a resistência do leito à erosão e a penetração da
água, auxiliando no processo de drenagem da via;
•permitir relativa elasticidade ao apoio do lastro, para que a via
LASTRO
LASTRO
Funções
• distribuir sobre a plataforma ou sobre o sublastro os
esforços resultantes das cargas dos veículos, produzindo uma pressão adequada a sua capacidade;
• formar um colchão até certo ponto elástico, atenuando as
trepidações resultantes da passagem dos veículos;
• formar uma superfície uniforme e contínua para os
dormentes e trilhos, suprimindo as pequenas irregularidades na superfície da plataforma ou do sublastro;
• impedir o deslocamento dos dormentes, quer no sentido
longitudinal, quer no sentido transversal;
• promover a drenagem da superestrutura e, no caso dos
LASTRO
MATERIAIS
• Pedra Britada • Cascalho
• Areia
DORMENTES
É o elemento da superestrutura ferroviária que tem por função receber e transmitir ao lastro os esforços produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de suporte dos trilhos, permitindo a sua fixação e mantendo invariável a distância entre eles(bitola).
DORMENTES
Dormente de Madeira
DORMENTES
Dormente de Madeira
Dormente de Madeira
Vida útil de 15 a 20 anos (tratada) Mais utilizada a madeira de lei (ipê)
TRATAMENTO DO DORMENTE DE MADEIRA
Impregnação ao dormente em Auto-Clave
DORMENTES
Dormente de A
Dormente de Aççoo
Dormente de Concreto
Dormente de Concreto
A vida útil é de 40 anos Manuseio é muito oneroso Custo muito alto de
aquisição
Aliado ao meio ambiente
Bem mais leve e fácil manuseio Vida útil maior que o de madeira
DORMENTES
Dormente de Pl
TRILHOS
• Perfil metálico de seção especial,
destinado a formar a pista de rolamento dos veículos ferroviários.
• Funcionam como vigas elásticas que
servem como suportes diretos e guias das rodas;
• O perfil fabricado no Brasil é
denominado Vignole e é formado por patim, alma e boleto.
PERFIL DOS TRILHOS
Os trilhos são designados pelo peso que
apresentam por metro-linear – TR 37 – 37 kg em 1 metro de trilho
ACESSÓRIOS DOS TRILHOS
ACESSÓRIOS DOS TRILHOS
–
– Talas de junTalas de junççãoão
São elementos que atuam na emenda dos São elementos que atuam na emenda dos trilhos. A junta
trilhos. A junta éé feita com duas talas de feita com duas talas de jun
junçção justapostas ão justapostas
Montadas na alma do trilho e apertadas com 4
Montadas na alma do trilho e apertadas com 4
a 6 parafusos de alta resistência
ACESSÓRIOS DOS TRILHOS
–
– FixaFixaçções ões
São elementos que tem como funSão elementos que tem como funçção ão manter o trilho na posi
manter o trilho na posiçção correta e ão correta e garantir a bitola da via
garantir a bitola da via
ACESSÓRIOS DOS TRILHOS
Placas de Apoio
• Distribuem as tensões dos trilhos aos dormentes
APARELHO DE MUDANÇA DE VIA - AMV
APARELHO DE MUDANÇA DE VIA - AMV
• Tem a função de desviar os veículos com segurança e velocidade
compatível. Mudar o trem entre segmentos de via
APARELHO DE MUDANÇA DE
VIA - AMV
APARELHO DE
MUDANÇA DE VIA
Transposição de Via Férrea –
Passagem em Nível
NOMENCLATURA DAS FERROVIAS
• Radiais: as que partem de Brasília, em qualquer
direção para ligá-la a capitais regionais ou a pontos periféricos importantes;
• Longitudinais: as que se orientam na direção geral
norte-sul;
• Transversais: as que se orientam na direção geral
leste-oeste;
• Diagonais: as que se orientam nas direções gerais
nordeste-sudoeste e noroeste-sudeste;
• Ligações: as que, em qualquer direção, não se
enquadrando nas categorias anteriores, ligam entre si diferentes ferrovias ou pontos importantes ou se constituem em ramais coletores regionais
DESIGNAÇÃO DAS FERROVIAS
EF - X X X
Primeiro algarismo:
• 0 para as radiais;
• 1 para as longitudinais
• 2 para as transversais
• 3 para as diagonais
• 4 para as ligações
DESIGNAÇÃO DAS FERROVIAS
Algarismos complementares:
• radiais: de 00 a 99 pela porcentagem do ângulo medido a partir da parte norte do meridiano de Brasília, localizado no sentido horário, com a ferrovia considerada;
• longitudinais: interpolação entre 00 no extremo leste do país e 50 em Brasília e deste número a 99 no extremo oeste,
proporcionalmente a distância da ferrovia ao meridiano de Brasília; • transversais: de 00 no extremo norte do país a 50 no paralelo de
Brasília e deste valor a 99 no extremo sul;
• diagonais: a numeração complementar varia seguindo números pares de 00 no extremo NE a 50 em Brasília e deste valor a 98 no extremo SO. A numeração complementar varia seguindo números ímpares de 01 no extremo NO a 51 em Brasília e deste valor a 99 no extremo SE.
• ligações: de 00 a 50 se a ferrovia estiver ao norte do paralelo de Brasília e entre 50 e 99 se estiver ao sul.
CLASSIFICAÇÃO DAS
FERROVIAS
A - Quanto a bitola: • Larga: b > 1,435m; • Normal: b = 1,435m; • Estreita: b < 1,435m.CLASSIFICAÇÃO DAS
FERROVIAS
B - Quanto a importância • Troncais • Secundárias • Ligações / RamaisCARACTERÍSTICAS
GEOMÉTRICAS DE FERROVAS
Obedecem as determinações dos manuais e normas técnicas
estabelecidas pelo DNIT e
procedimentos adotados em outros países.
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
DE FERROVIAS
Planta (Eixo)
Perfil Longitudinal (Greide)
CLASSIFICAÇÃO DOS
TERRENOS
RAIO MÍNIMO DE CURVATURA
HORIZONTAL (PLANTA)
SEÇÃO TRANSVERSAL (plataforma
de 7,80 metros)
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ORÇAMENTAR OBRAS DE SUPERESTRUTURA FERROVIÁRIA Extensão da Linha Tipo de Fixação Tipo do Serviço Quantidade de Vias
Extensão Obras de Arte Altura do Lastro
Quant. e Tipo dos AMVs Bitola da Via
Ext.de Linha a Conserv. Perfil do Tr, no de furos Quant. Placas e Marcos Quant. Cortes de Tr
Tipo do Dormente
Taxa de Dormentes / km Quant. Furos de Tr.
CUSTOS DE OBRAS FERROVIÁRIAS
36% 7% 25% 2% 26% 3% 1% TERRAPLENAGEM DRENAGEM e O.A.C OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS OBRAS COMPLEMENTARES SUPERESTRUTURA DA VIA SINALIZAÇÃO E SISTEMAS DESAPROPRIAÇÃOCUSTO DE MANUTENÇÃO DA
LINHA FÉRREA E OBRAS DE ARTE
CARACTERÍSTICAS DO MODAL
FERROVIÁRIO
• Realizado por trem, compostos de vagões puxados por locomotivas
• Não é tão ágil quanto o rodoviário no acesso às cargas
• Falta de flexibilidade - são presos a caminhos únicos • Recomendado para mercadorias de baixo valor
agregado e grandes quantidades • Baixo frete
MODO FERROVIÁRIO
• Vantagens
– Menor custo de transporte e grande capacidade (rodoviário)
– Frete mais barato que o rodoviário – Livre de congestionamento
– Grande quantidade de carga com vários vagões
MODO FERROVIÁRIO
• Desvantagens
– Modal mais lento que o rodoviário – Não tem flexibilidade no trajeto
– Problemas de bitola - dentro e fora do país – Exige transbordo constante de carga
MODO FERROVIÁRIO
• RODO X FERRO
• Caminhões são capazes de manipular menor variedade de cargas, devido principalmente as restrições que limitam tamanho e peso de
carregamentos
• Entretanto, oferecem entrega mais rápida no caso de cargas pequenas, enquanto que o ferroviário precisa lotar um trem.
MODO FERROVIÁRIO
• TRANSPORTE RODOFERROVIÁRIO -VANTAGENS SOBRE O RODOVIÁRIO
• Custo baixo do transporte ferroviário para longas distâncias
• Acessibilidade do transporte rodoviário
• Combinados permitem uma entrega na porta do cliente a um custo total menor - buscando um equilíbrio na relação preço/serviço
MATERIAL RODANTE
• Veículos tratores: locomotivas (vapor,
elétricas, combustão, diesel-elétricas);
LOCOMOTIVA ELÉTRICA
(transporte de cargas)
LOCOMOTIVA ELÉTRICA
(transporte de passageiros)
LOCOMOTIVAS DIESEL
ELÉTRICAS
TIPOS DE VAGÕES
• VAGÃO FECHADO
Granéis sólidos Carga geral
TIPOS DE VAGÕES
• VAGÃO GAIOLA COM ESTRADOS
TIPOS DE VAGÕES
• VAGÃO ISOTÉRMICO
Produtos com controle de temperatura
TIPOS DE VAGÕES
• VAGÃO SEM LATERAIS E CABECEIRAS -PLATAFORMA
Madeira e
TIPOS DE VAGÕES
• VAGÃO PLATAFORMA ARTICULADO
Transporte de Containeres
TIPOS DE VAGÕES
• VAGÃO TANQUE
Transporte de líquidos
TIPOS DE VAGÕES
VAGÃO SILO
Transporte de cimento a granel
TIPOS DE VAGÕES
VAGÃO GÔNDOLA
Transporte de minérios
TRANSTRAILLER
Truque Ferroviário
VEÍCULO RODOFERROVIÁRIO
VEÍCULO RODOFERROVIÁRIO
CUSTOS DO MATERIAL RODANTE
DA FERRONORTE
• Locomotiva nova US$2,0 milhões
• Locomotiva remanufaturada US$ 350 mil • Vagão hopper US$80.000,00(alumínio) • Vagão plataforma US$40.000,00
DESVIO FERROVIÁRIO
Linha adjacente à linha principal, ou a
outro desvio, destinada aos cruzamentos, ultrapassagens e formação de trens.
PÁTIOS FERROVIÁRIOS
• Grande área de terreno, mais ou menos nivelada. Áreas externas em torno das
estações, oficinas, depósitos etc., onde se colocam desvios.
• Área de esplanada em que um conjunto de vias é preparado para formação de trens, manobras e estacionamento de veículos ferroviários e outros fins.
PÁTIOS FERROVIÁRIOS
• Para a montagem de um trem é
necessário uma organização racional e
rápida dos vagões, condições que exigem grandes superfícies, equipamentos
adequados e operação eficiente. Essas aéreas são denominadas de pátios ou estações de triagem, cruzamentos ou terminais.
PÁTIOS FERROVIÁRIOS
PÁTIO DE DESVIO RIBAS (Ponta
Grossa/PR)
TRENS DE ALTA VELOCIDADE
JAPÃO – SHINKANSEN – 500KM/H ALEMANHA – ICE 363 KM/H
TRENS DE ALTA VELOCIDADE
CHINA – MAGLEV – 501KM/H ITALIA – PENDOLINO - 300 KM/H
BIBLIOGRAFIA
• BRINA, Helvécio Lapertosa – “Estradas de Ferro”, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio de Janeiro, 1983
• http://www.abifer.org.br/
• http://www.antf.org.br/
• http://www.cnt.org.br/