RELAÇÕES ESPACIAIS
E
COMPOSIÇÃO VOLUMÉTRICA
PROJETO ARQUITETÔNICO E PAISAGISMO I 2011/I
Alina Gonçalves Santiago Renato T. Saboya
Angela Favaretto
O arranjo e a organização das formas e espaços também determinam a maneira como a arquitetura pode promover iniciativas, trazer respostas e comunicar significados. (p.IX)
2
Obra de
arquitetura
é composta por:elementos, sistemas e organizações básicos
. Os elementos e sistemas devem estarinter-relacionados
para um todo integrado que contenha uma estrutura unificadora e coerente. Aordem
é criada quando a organização das partes torna visível seu relacionamento com cada uma delas e com a estrutura como um todo.3
A arquitetura do
ESPAÇO,
ESTRUTURA
eDELIMITAÇÃO
deve ser vivenciada através do
movimento no
ESPAÇO-TEMPO
realizada por intermédio da
TECNOLOGIA
, acomodando umPROGRAMA
e compatível com oCONTEXTO
.ESPAÇO
ESTRUTURA
DELIMITAÇÃO
• Padrão, relações, hierarquia organizacionais
• Imagem formal e definição espacial • Qualidade de formato, cor, textura,
escala, proporção
• Qualidade de superfícies, arestas e aberturas
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a ARQUITETURA do
MOVIMENTO no
ESPAÇO-TEMPO
• Acessos e entrada
• Configuração da via de acesso • Sequência de espaços
• Luz, vista, toque, audição e olfato
5
VIVENCIADA através do...
TECNOLOGIA
• estrutura e delimitação
• Proteção e conforto ambiental • Saúde, segurança e bem-estar • durabilidade
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PROGRAMA
• Exigências, necessidades e aspirações do usuário • Fatores socioculturais • Fatores econômicos • Restrições legais• Tradição e antecedentes históricos
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CONTEXTO
• Terreno e meio ambiente
• Clima: sol, vento, temperatura, precipitação
• Geografia: solos, topografia, vegetação, água
• Caraterísticas sensoriais e culturais do local
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FORMA e
ESPAÇO
• Sólidos e vazios• Interior exterior9
FÍSICAS
... E ORDENS
Sistemas e organizações de: • Espaço • Estrutura • Delimitação • máquinas10
... E ORDENS
Percepção sensorial e
reconhecimento dos
elementos físicos ao
experimentá-los
sequencialmente no
tempo
PERCEPTIVAS
Sistemas e organizações de: • Vias de acesso e de saída • Entrada e saída
• Movimento através da ordem dos espaços
• Funcionamento dos espaços e atividades dentro destes
• Qualidade de luz, cor, textura, vista e som
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ELEMENTOS PRIMÁRIOS
PONTO
RETA
PLANO
VOLUME
ELEMENTOS PRIMÁRIOS
ELEMENTO PONTUAL DOIS PONTOS
Dois pontos estabelecidos no espaço podem definir um eixo, um recurso de organização utilizado durante toda a história para se
ordenar formas e espaços de uma construção
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ELEMENTOS PRIMÁRIOS
ELEMENTO RETILÍNEO
DA RETA AO PLANO
Edifício Seagram, NY, 1956-58, Mies Van der Rohe e Philip Johnson
14
ELEMENTOS PRIMÁRIOS
ELEMENTO PLANO ELEMENTO VOLUMÉTRICO
Edifícios configurando o espaço da praça de São Marcos, Veneza Fonte: google earth
Casa Schroder, Utrecht, 1924-25, Gerrit Thomas Rietveld
“A forma é a característica fundamental na identificação de um volume. É estabelecida pelos formatos e inter-relações dos planos que descrevem as fronteiras dos volumes”
15
FORMA:
referência à estrutura interna e externa (volume)16
FORMA
17
FORMAS
18
FORMA
TRANSFORMAÇÃO DA FORMA
Dimensional Subtrativa Aditiva19
FORMA
COLISÕES FORMAIS DE GEOMETRIA:
20
Se refere à maneira como as superfícies de uma forma se reúnem a
fim de definir seu
formato e volume. Uma forma articulada revela claramente a natureza de suas partes e suas relações entre si e com o todo.
CHING, p.79
FORMA
ARTICULAÇÃO DA FORMA
Pavilhão de Barcelona Fonte: acervo pessoa Angela Favaretto
21
A forma pode ser articulada ao se:
• Diferenciar os planos vizinhos através da
mudança de material, cor, textura ou padrão • Desenvolver cantos como elementos lineares
distintos
• Remover cantos a fim de separar fisicamente planos vizinhos
• Iluminar a forma a fim de criar contrastes • Cantos podem ser arredondados ou
suavizados a fim de enfatizar a continuidade de suas superfícies.
ARTICULAÇÃO DA FORMA
22
“A cor, a textura e o padrão das superfícies articulam a existência
dos planos e
influenciam o peso
visual de uma forma”
CHING, p.87
ARTICULAÇÃO DAS SUPERFÍCIES
23
“ O espaço engloba
constantemente nosso ser. Através
do volume do espaço nos
movemos, percebemos formas, ouvimos sons, sentimos brisas, cheiramos as fragrâncias de um jardim em flor. (...)
A medida que o espaço começa a
ser capturado, encerrado,
moldado e organizado pelos
elementos da massa, a arquitetura começa existir.”
CHING, p.92
FORMA E ESPAÇO
UNIDADE DE OPOSTOS
Espaço externo positivo Átrio
Funde interior-exterior particular
Porção do terreno com recinto externo
Domina terreno Ampla fachada a um elemento de seu terreno
Solto no terreno, exterior Particular constituem extensão do interior
Forma positiva em espaço negativo
24 Qualquer forma tridimensional articula o volume de espaço circundante e gera um campo de influência ou território que reivindica como próprio. CHING, p.98
25
FORMA
ELEMENTOS HORIZONTAIS DEFININDO ESPAÇO
Plano de base
Plano de base rebaixado Plano de base elevado Plano superior
26
FORMA
ELEMENTOS VERTICAIS DEFININDO ESPAÇO
Retilíneos verticais Plano vertical Único Planos em forma de L
Planos paralelos
Planos em forma de U
27
FORMA
QUALIDADES DE ESPAÇO ARQUITETÔNICO
As qualidades espaciais de forma, proporção, escala, textura, luz e som dependem das propriedades de delimitação de um espaço. Nossa percepção dessas
qualidades constitui uma resposta aos efeitos combinados das
propriedades encontradas, e é condicionada pela cultura, por experiências anteriores, interesse ou inclinação pessoal.
28
FORMA
LUZ
P. 170 171
É possível prever o impacto visual da luz solar sobre as superfícies, formas e espaços de recintos, com base no tamanho, na localização e na orientação de aberturas
(janelas e clarabóias) nos planos de delimitação.
CHING, p.171
A cor e a textura das formas e
superfícies afetam a reflexibilidade e o nível de luz ambiente dentro do espaço.
29
FORMA
VISTA
Através de aberturas é possível estabelecer relação visual entre o recinto e seus arredores
30
Monsarraz, Portugal.
Acervo pessoal Angela Favaretto
FORMA
31
Sagrada Família, Barcelona, Espanha.. Acervo pessoal Angela Favaretto
FORMA
32 ELEMENTOS REFERENCIAIS DA PAISAGEM
ORGANIZAÇÃO
DA FORMA E ESPAÇO
Os espaços dos edifícios
podem ser relacionados uns aos outros e organizados em padrões coerentes de forma e
espaço pela função,
proximidade ou uma via de circulação.
33
ORGANIZAÇÃO
DA FORMA E ESPAÇO
RELAÇÕES ESPACIAIS
CHING, 179
Espaço dentro de um Espaço
Espaços Interseccionais
Espaços Adjacentes
34
ORGANIZAÇÃO
espacial
• Que tipos de espaços são acomodados e aonde?
• Que tipos de relações são
estabelecidos entre os espaços, entre si e com o ambiente
externo?
• Onde pode se dar a entrada para a organização e que configuração tem o trajeto de circulação?
(exercício de espacialização dos fluxos)
• Qual a forma externa da
organização e como esta poderia responder a seu contexto?
35
ORGANIZAÇÃO
espacial
CENTRALIZADA LINEAR RADIAL AGLOMERADA EM MALHA
36 Cairo Expo City – Cairo, Egito, 2009. Zaha Hadid Architects. Fonte: http://www.zaha-hadid.com/masterplans/cairo-expo-city
ORGANIZAÇÃO
espacial
Espaços secundários organizados em função de espaços principais e das conexões.
37
ORGANIZAÇÃO espacial:
relação público/ privado
ÁREA PÚBLICA
é uma área acessível a todos e a qualquermomento; a responsabilidade por sua manutenção é assumida
coletivamente.
38
ORGANIZAÇÃO espacial:
relação público/ privado
A
ÁREA PRIVADA
é uma área deacesso é determinado por um
pequeno grupo ou uma pessoa , que tem a responsabilidade de mantê-la.
(Fonte: Herman Hertzberger-1999)
39
CIRCULAÇÃO
“A via de nosso movimento pode ser entendida como a linha perceptiva que conecta os espaços de um edifício ou qualquer série de espaços internos e externos.”
Como nos movemos NO
TEMPO
através de umaSEQUÊNCIA
de
ESPAÇOS
CHING, p.228
Assitir vídeo projeto Cairo Expo City http://vimeo.com/11162584
40
CIRCULAÇÃO
• ACESSO
• ENTRADA
• CONFIGURAÇÃO DA
VIA
• RELAÇÕES
VIA-ESPAÇO
• FORMA DO ESPAÇO DE
CIRCULAÇÃO
ELEMENTOS
CHING, p.22941
CIRCULAÇÃO: elementos
• ACESSO
A vista distante Através dela é possível se aproximar da entrada Pode ser: • Frontal • Obíguo • Espiral CHING, p.229; 230; 247; 252 Frontal Oblíguo Espiral42
CIRCULAÇÃO: elementos
• ENTRADA
De fora para dentro;
Demarcação entrada principal: propiciar abrigo, receber e anunciar Podem ser:
• Em nível • Projetadas • Recuadas
43
CIRCULAÇÃO: acesso, entrada
BARCELONA MARKET_ MiAS ARCHITECTES
44
CIRCULAÇÃO: acesso, entrada
GLASGOW RIVERSIDE MUSEUM OF TRANSPORT _ ZAHA HADID
45
CIRCULAÇÃO: acesso, entrada
HARVEY B GANTT CENTER FOR AFRICAN ARTS CULTURE – FREELON GROUP ARCHITECTS
Fonte :http://www.archdaily.com/140195/harvey-b-gantt-center-for-african-american-arts-culture-the-freelon-group-architects/gantt_1/
46
CIRCULAÇÃO: acesso, entrada
CASA DA MÚSICA - REM KOOLHAAS ARCHITECT
47
CIRCULAÇÃO: acesso, entrada
CASA DA MÚSICA - REM KOOLHAAS ARCHITECT
48
CIRCULAÇÃO: acesso, entrada
FUNDAÇÃO IBERE CAMARGO – ÁLVARO SIZA
49
CIRCULAÇÃO: elementos
• CONFIGURAÇÃO DA
VIA
A sequencia de espaços
Vias principais conduzem a
espaços principais e trajetórias secundárias a espaços de
menor importância
A natureza da configuração de uma via tanto influencia como é influenciada pelo padrão
organizacional dos espaços que conecta CHING, p.229; 252; 253 2. Radial Podem ser: 1. Linear 3. Espiral 4. Malha 5. Rede
50
CIRCULAÇÃO: elementos
• RELAÇÕES
VIA- ESPAÇO
Bordas, pontos centrais e terminações da via
As vias podem estar
relacionadas aos espaços que conectam:
• Passar pelos espaços • Passar através dos
espaços
• Terminar em espaços
CHING, p.229; 264
• Passar pelos espaços
• Passar através dos espaços
51
CIRCULAÇÃO: elementos
• FORMA DO
ESPAÇO DE
CIRCULAÇÃO
Horizontal: Corredores, salões, galerias, salas;Vertical: escada, elevador A forma e o espaço de um espaço de circulação devem acomodar o movimento de pessoas que caminham, se detêm, descansam ou
observam uma vista ao longo de uma via.
Pode ser:
• Fechado
• Aberto em um dos lados
52
RELAÇÃO
entreÁREAS, PROXIMIDADES e CIRCULAÇÃO
Fonte: Szokolay, S. V.; (1980)
53
DIMENSIONAMENTO DO ESPAÇO DE
CIRCULAÇÃO
ITEM VARIAÇÃO DA MEDIDA (cm) ITEM (letra) VARIAÇÃO DA MEDIDA (cm) A 320,0 – 381,0 G 61,0 – 76,2 B 167,6 – 198,1 H 15,2 – 30,5 C 152,4 – 182,9 I 30,5 – 40,6 D 91,4 J 45,7 – 50,8 E 76,2 – 106,7 K 73,7 – 76,2 F 76,2 – 91,4 L 304,8 – 335,3 M 152,4(*) DADOS EXISTENTES NAS TABELAS ANTROPOMÉTRICAS.
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DIMENSIONAMENTO DO ESPAÇO DE
CIRCULAÇÃO
ITEM VARIAÇÃO DA MEDIDA (cm) ITEM (letra) VARIAÇÃO DA MEDIDA (cm) A 320,0 – 381,0 G 61,0 – 76,2 B 167,6 – 198,1 H 15,2 – 30,5 C 152,4 – 182,9 I 30,5 – 40,6 D 91,4 J 45,7 – 50,8 E 76,2 – 106,7 K 73,7 – 76,2 F 76,2 – 91,4 L 304,8 – 335,3 M 152,4(*) DADOS EXISTENTES NAS TABELAS ANTROPOMÉTRICAS.
55
RELAÇÃO
entreÁREAS, PROXIMIDADES e CIRCULAÇÃO
Fonte: SILVA, Elvan; (1983)
MATRIZES DE INTERAÇÕES
●
CÍRCULO ESCURO: CONEXÃO OU PROXIMIDADE É NECESSÁRIA,○
CÍRCULO VAZADO: CONEXÃO OU PROXIMIDADE É DESEJÁVEL,/
TRAÇO: CONEXÃO OU PROXIMIDADE É INDESEJÁVEL,NENHUM SÍMBOLO (QUADRADO EM BRANCO): RELAÇÃO NEUTRA.
56
RELAÇÃO
entreCIRCULAÇÃO e ALCANCE
ITEM (letra) VARIAÇÃO DA MEDIDA (cm) ITEM (letra) VARIAÇÃO DA MEDIDA(cm) A 152,4-167,6 I 149,9 B 121,9 J 64,8 C 61,0-76,2 K 61,0-66,0 D 91,4 L 38,1 min. E 121,9 M 45,7 F 30,5-33,0 N 88,9-91,4 G 193,0 max. O 175,3 max. H 182,9 max.(*) DADOS OBTIDOS EM TABELAS ANTROPOMÉTRICAS. FONTE: PANERO & ZELNIK (1998)
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RELAÇÃO
entreCIRCULAÇÃO e ALCANCE
ITEM (letra) VARIAÇÃO DA MEDIDA (cm) ITEM (letra) VARIAÇÃO DA MEDIDA(cm) A 152,4-167,6 I 149,9 B 121,9 J 64,8 C 61,0-76,2 K 61,0-66,0 D 91,4 L 38,1 min. E 121,9 M 45,7 F 30,5-33,0 N 88,9-91,4 G 193,0 max. O 175,3 max. H 182,9 max.(*) DADOS OBTIDOS EM TABELAS ANTROPOMÉTRICAS. FONTE: PANERO & ZELNIK (1998)
58 “Enquanto a escala alude ao tamanho de algo comparado a um padrão de referência ou tamanho de algo mais, a proporção se refere à relação apropriada e harmonia de uma parte com a outra e com o todo”
CHING, p.278
59
PROPORÇÃO E ESCALA
Seção áurea
Ordens clássicas
Teoria renascentista
Modulor
60
PROPORÇÃO E ESCALA
Antropometria
Medidas antropométricas. Fonte GRANDJEAN (1998).
Variabilidade das dimensões humanas é classificada em percentis. Denomina-se de percentil de 5 % ou de 95%. Dependendo do projeto pode-se também trabalhar com a média de
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PROPORÇÃO E ESCALA
Antropometria
Modelo matemático para
estimativa de partes do corpo em pé, em função da estatura H;
Usado quando se tem um
usuário com características específicas para
determinado ambiente a ser projetado.
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PROPORÇÃO E ESCALA
Relação Antropometria, espaços e funções
ESPAÇO DE PREENÇÃO HORIZONTAL AO NÍVEL DA SUPERFÍCIE DA MESA
LIMITE ENTRE OS QUAIS DEVE VARIAR A ALTURA DO PLANO DE EM FUNÇÃO DA ALTURA DO COTOVELO E DO TIPO DE TRABALHO A SER REALIZADO
BIBLIOGRAFIA
Base:
• CHING, Francis D. K. Arquitetura:
forma, espaço e ordem. São Paulo
(SP): Martins Fontes, 2008. 399p. Complementar:
• SILVA, Elvan. Uma introdução ao
projeto arquitetonico. Porto Alegre:
Ed. da Universidade, UFRGS, 1983. 122p.
• SANTIAGO, Alina. Programa de
necessidades. Florianópolis, 2010.
Curso de Arquitetura e Urbanismo, UFSC, 2010/2.
63 ELEMENTOS REFERENCIAIS DA PAISAGEM