Microssistemas de RF
Campus de Azurém, 4800-058 Guimarães, PORTUGAL Phone: +351-253-510190, Fax: +351-253-510189
http://lattes.cnpq.br/5589969124054528 João Paulo Carmo, PhD
Investigador Principal Universidade do Minho
Departamento de Electrónica Industrial
Centro MicroElectroMechanical Systems (CMEMS) de I&D
Sumário
1
– Amplificadores de potência
1.1
– Introdução
1.2
– Aspectos preliminares
1.3
– Classes de operação
2
– Amplificadores de potência lineares
2.1
– Classe A
2.2
– Classe B
2.3
– Classe AB
2.4
– Classe C
3
– Amplificadores de potência comutados
3.1
– Classe D
3.2
– Classe E
3.3
– Classe F
(1) Definição popular de PA
Amplificadores de potência
- Vantagens
Amplificador de sinais movido a esteroides
(a) Só o ultimo andar é optimizado em termos de dissipação de potência
(2) Projecto analógico
- Primeiros andares optimizados em tensão - Andar final optimizado em corrente
(b) Obtenção de elevados ganhos de potência e simultâneamente
- Optimização espacial das zonas de grande dissipação - Restrição bem definida dessas zonas
(3) Amplificador de potência no âmbito dos circuitos de RF
- É o último andar antes da antena no subsistema do emissor
- Andar de saída
(1) Dificuldades no projecto de um PA
Amplificadores de potência
- Tenta-se conciliar aspectos aparentemente contraditórios entre si
- PAs são os blocos que mais energia consomem num transceiver de RF - Proj. p/ operação linear a baixa tensão de alimentação extremamente difícil
- Não existe uma metodologia que sirva para todas as aplicações - A solução encontrada é específica para a aplicação em causa
(2) Projecto de um PA obriga a analisar
- A linearidade
- O balanço energético
(3) Nos amplificadores de pequenos sinais
- O problema da linearidade não se colocava - O balanço energético não era necessário
(1) PA divide-se em diversas categorias
Amplificadores de potência
- Dependentes da aplicação em causa
(2) Classificação dos PAs quanto à largura de banda
- Banda larga (ex., UWB) - Banda estreita (ex., AM)
(3) PAs com requisitos de saída em termos de replicação dos sinais à entrada
- Lineares (envolvente variável)
- Saída com envolvente constante
- Sinais à saída de um PA linear
- São sempre uma réplica exacta dos sinais à entrada
- Sinais à saída de um PA de envolvente constante
- Possuem amplitude independente do sinal à entrada
- Vantagens face aos PAs lineares
- Maior eficiência - Projecto simples
(1) Em amplificadores de pequenos sinais
Amplificadores de potência
- Máxima potência transferida para a carga quando ZS=ZL*
(2) No caso dos PAs para RF
- Máxima transferência de potência para a carga não é o critério de projecto
- Caso contrário a máxima eficiência teórica seria 50%
- Completamente inviável desperdiçar 50% de potência
- Se por exemplo PRF=400 W, dissiparia no mínimo 400 W no interior do PA
- Na ausência de precauções relativamente à dissipação térmica
- Poderia resultar na destruição do PA ou mesmo do microchip
- Mesmo que não houvesse o perigo da destruição térmica
- O desperdício de potência limitaria a vida útil da bateria
- Para potências muito mais elevadas que 400 W
- Recorre-se a TWTs: Gpower=70 dB @ 300 MHz-70 GHz
- Em aplicações de baixa potência (0.8 W, dispositivos móveis)
- Eficiência tem um impacto na autonomia das baterias
(1) Indicador muito usado para caracterizar PAs
Amplificadores de potência
- Factor de utilização pk pk RFI
V
P
FU
- Quantifica o nível de esforço (stress, ou solicitação) do PA
- Menor FU para uma dada potência RF
- Maior dissipação térmica no PA
- Pode ocorrer destruição do PA se a potência de pico for alta
- Se a destruição não for problema diminuição da vida útil da bateria
- FU não pode ser dissociado da percentagem do tempo de condução [do dispositivo activo no PA] por ciclo RF
(2) Conjunto das técnicas para fazer um PA
- Classes de operação
(1) Classes de operação
Amplificadores de potência
- Classe A
- Dispositivo activo polarizado para se comportar como um PA linear
- Classe B - Classe AB - Classe C
- Dispositivo activo comutando p/ sinais RF na carga c/ amplitude constante
- Classe D - Classe E - Classe F
- Classes de funcionamento lineares
- Apropriadas para modulações de amplitude (AM, Amplitude Modulation)
- Classes de funcionamento comutadas
(1) Circuito genérico às classes A, B, AB e C
Amplificadores lineares
- Distinção entre as 4 classes
- Na forma como a polarização é feita
entrada RL Cb saída Lchoke L C antena vds i ds vin(t) vout(t) Ichoke - Comonentes
- Lchoke: indutância de choke suficientemente elevada p/ se comportar como fonte de corrente constante
- LC: circuito tanque (“circuito aberto” apenas para fRF, sujeito a Q)
- CB: condensador de bloqueio DC, impede Ichoke na antena e mantém-na cte - n-MOSFET: disp. activo como interruptor ON/OFF (e OFF/ON) à taxa fRF
(1) Circuito genérico às classes A, B, AB e C
Amplificadores lineares
- Assumindo um tanque com Q elevado
- Tensão sinusiodal pura nos terminais
entrada RL C b saída L choke L C antena v ds i ds vin(t) vout(t) Ichoke - Frequência fRF
- “Elimina” componentes espectrais resultantes de não-linearidades
- Ângulo de condução depende da fracção [%] do período do sinal RF que o n-MOSFET conduz [rad]
T
F
2
- Diversas tensões e correntes para uma tensão vin(t) sinusoidal
vin(t) 0 VDC Vin,pk t ids 0 Ichoke Ipk=Ichoke+ARF t 2ARF vds 0 Vdd Vpk=2Vdd t vout(t) -Vdd 0 +Vdd t Tensão DC de polarização (Vbias)
Situação limite (toque tangencial)
entrada RL C b saída L choke L C antena v ds i ds vin(t) vout(t) Ichoke (1) Circuito genérico às classes A, B, AB e C
Amplificadores lineares
- Valor médio de Vds igual a Vdd porque
- Choque é CA para sinais de RF - Choque é CC para sinais DC
- Vdd aplicado directa/ na source
- Ramos não podem ter potenciais negativos Swing máximo: 0 a 2Vdd - Como os ramos CASTANHO só “passam” por pontos de potencial zero (2) PA de classe A
- Ângulo de condução:
=2
rad- max[iRF(t)]Ichoke
ids 0 Ichoke Ipk=Ichoke+ARF t 2ARF max[iRF(t)]
- Para o MOSFET não entrar em corte
- Portanto: ids=Ichoke+iRF(t)=Ichoke+ARFcos(2fRFt)
- Só o persistir da corrente de polarização Ichoke
- Há uma dissipação térmica constante - Traduz-se em baixa eficiência
entrada RL C b saída L choke L C antena v ds i ds vin(t) vout(t) Ichoke
(1) Amplificador de classe A funcionando no limite
Amplificadores lineares
(a) max[iRF(t)]=ARF=Ichoke
ids 0 Ichoke Ipk=Ichoke+ARF t 2ARF
(b) Potência DC no amplificador é PDC=IchokeVdd - ou seja, PDC=ARFVdd L RF L RF RF
R
t
i
R
i
P
2
)]
(
max[
2 2(c) Potência RF à saída do amplificador é
- : valor RMS de i2 RF(t)
RF
i
(c) Potência RF à saída pode ainda ser
- : valor RMS de v2 out(t) out v L out L out RF
R
v
R
v
P
2
]
max[
2 2
(d) A eficiência é dd L RF dd RF L t i DC RFV
R
t
i
V
t
i
R
P
P
RF2
)]
(
max[
)]
(
max[
2 )] ( max[ 2
(1) Amplificador de classe A funcionando no limite
Amplificadores lineares
(a) Considerando Vin(t) de forma a max[vout(t)]=Vdd
vout(t)
-Vdd
0
+Vdd
t - Não esquecer o swing máximo de Vds [0,2Vdd]
- Cuja componente DC (Vdd) é cortada por Cb
(b) Todavia max[vout(t)]=max[iRF(t)]×RL (=Vdd)
- Substituindo max[iRF(t)]×RL por Vdd em
max[
i
RF(
t
)]
R
L
/
2
V
dd
- Resulta para o funcionamento no limite (=50%)
2
1
(c) Para max[iRF(t)]×RL=k.Vdd, k<1 max[vout(t)]<Vdd, i.e., é uma fracção de Vdd
- Resulta (menor que 50%)
2
k
- A eficiência teórica máxima é de apenas 50%
- Quanto maior a amplitude do sinal RF na saída maior é a eficiência - Na ausência de sinal a amplificar: vin(t)=0
As perdas de energia são máximas e iguais a 100% da energia fornecida pela fonte de alimentação
(1) Amplificador de classe A funcionando no limite
Amplificadores lineares
(a) Anteriormente: MOSFET ser interruptor ideal
entrada RL C b saída L choke L C antena v ds i ds vin(t) vout(t) Ichoke
- Sem perdas: min(vds)=0
(b) Além disso, o valor mínimo não é nulo pq
- Os elementos reactivos tem perdas
- Existem variações nas condições de polarização
- Tudo isto faz com que a máxima eficiência se situe abaixo de 50%
(c) Os níveis de tensão e corrente que o dispositivo deve suportar é importante
- Na classe A saber
- MOSFET deve suportar Vpk=2Vdd entre a source e o drain - MOSFET deve suportar o fluxo de Ipk=2Vdd/RL
8
1
2
2 2 2
L d d L d d R V dd R V pk pk RFV
I
V
P
FU
(d) O factor de utilização em classe A é tal que
- O amplificador de classe A enfrenta condições muito
desfavoráveis de funcionamento
- Uso reservado quando não é possível
linearidade desejada com outras configurações
(1) Amplificador de classe B
Amplificadores lineares
(a) Nesta classe, a corrente ids é
- ids=ARFcos(2fRFt) , para ids>0 ids 0 Ipk t - ids=0 , para ids<0
(b) Graças ao tanque a componente fundamental da corrente na carga é
- i1(t)=A1cos(2fRFt)
- onde A1 é tal que
2
)
2
cos(
)]
2
cos(
[
2
2 0 1 RF T RF RF RF RFA
dt
t
f
t
f
A
T
A
RF
(c) Portanto, a tensão na antena é
- vout(t)RLARFcos(2fRFt)/2
- Teoricamente, vout é uma sinusóide pura de amplitude máxima Vdd - Adicionalmente, A1,max=Vdd/RL
ARF,max=2Vdd/RL
- max[i1(t)]=Vdd/RL
- max[vout(t)]=Vdd São os mesmo valores em classe A
- Portanto, em classe B tem-se:
GRALHA
(1) Amplificador de classe B
Amplificadores lineares
(a) Calculo da eficiência máxima requer o conhecimento de
- potência máxima na carga PRF - potência DC PDC
(b) Potência máxima na carga PRF ocorre quando
- max[vout(t)]=Vdd
(c) Potência máxima na carga PRF vale
L dd L out R V R t v RF
P
max[2 ( )]2
2 2(d) Potência DC PDC é dada pelo produto de
- tensão de alimentação Vdd pelo
- pelo valor médio da corrente Ids que flui no canal do n-MOSFET
RF T RF RF RF dsA
dt
t
f
A
T
I
RF
2 0cos(
2
)
1
- Esse valor médio é
(d) A potência DC é então
dd RF dd ds DCV
A
V
I
P
(1) Amplificador de classe B
Amplificadores lineares
(a) Por definição, a eficiência é =PRF/PDC -- L dd R V RF
P
2 2
dd L dd dd RF DCV
R
V
V
A
P
)
2
(
(b) A eficiência é então%
6
.
78
4
)
2
(
2
2
dd L dd L ddV
R
V
R
V
(c) Conclusões (comparando com a classe A)
- Eficiência maior quando comparada com a classe A
(1) Amplificador de classe C
Amplificadores lineares
(a) Nesta classe escolhe-se
<
rad- A amplitude de vin(t)
- Para que o ângulo de condução seja tal que
- A componente DC
(b) Para ângulos de condução progressivamente menores
- Filtros evolutivamente mais selectivos (distorção harmónica crescente)
(c) A corrente no drain pode-se exprimir por
- ids=IDC+iRF(t)=IDC+ARFcos(2fRFt) , para ids>0 - ids=0 , para ids<0
(d) Ajustando a origem dos tempo para se ter
(e) Neste caso IDC pode então exprimir-se em termos de
)
2
cos(
RF DCA
I
(f) Valor médio de Ids:)]
2
cos(
)
2
(
)
2
[sen(
)
cos(
2
1
2 2
RF RF DC dsA
d
A
I
I
(1) Amplificador de classe C
Amplificadores lineares
(a) A potência DC vem então igual a PDC=IdsVdd=ARFVdd/[sen(/2)-(/2)cos(/2)]
(b) Graças ao choque
- A componente fundamental que flúi na carga é a mesma no MOSFET e é )] sen( [ 2 ) 2 cos( 2 2 2 1
RF RF ds RF A dt t f i T i- A tensão correspondente na carga é dada por
)] sen( [ 2 ) ( 1 RF L L out R A R i t v
- Supondo max[vout(t)]=Vdd significa que [ sen( )]
2 ) max( RF L dd R A V
- É possível variar ARF até atingir a máxima potência RF na carga que é
)] sen( [ 4 ) max( 2 )] sen( [ 2 ) max( RF dd L L RF dd RF V A R R A V P (c) A eficiência em função de
é)
2
cos(
)
2
(
)
2
sen(
)
sen(
4
1
DC RFP
P
- Diminuir aumenta - TODAVIA, PRF só aumenta se também