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Aula 8 ADJETIVOS DE 1ª CLASSE. META Apresentar o mecanismo dos adjetivos de 1ª classe e associá-los à fl exão dos substantivos.

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Academic year: 2021

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ADJETIVOS DE 1ª CLASSE

META

Apresentar o mecanismo dos adjetivos de 1ª classe e associá-los à fl exão dos substantivos.

OBJETIVOS

Ao fi nal desta aula, o aluno deverá:

revisar os conhecimentos das declinações estudadas (1ª e 2ª declinações);

revisar a confi guração de gênero em língua latina; identifi car o emprego dos adjetivos na função sintática de adjunto adnominal;

distinguir, com base nos conhecimentos de língua portuguesa, os adjetivos de 1ª e 2ª classe; e exercitar frases latinas contendo adjetivos em diferentes posições sintáticas.

PRÉ-REQUISITOS

Domínio de análise sintática e das palavras de 1ª e 2ª declinações.

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INTRODUÇÃO

As palavras reconhecidas como adjetivos servem para fortalecer a compreensão dos nomes, imprimindo-lhes

detalhes que ampliam e facilitam o processo de identifi cação mediante a apresentação de qualidades. Desta forma, eles devem combinar com os nomes em tudo. Em latim, se diz que devem ter a mesma confi guração que os substantivos tiverem: gênero, número, caso e função sintática.

Eles se dividem em adjetivos de 1ª e 2ª classe e possuem declinação específi ca para cada classifi cação. Os de 1ª classe, objeto de estudo desta aula, seguem a mesma forma dos nomes de 1ª e 2ª declinações. Nada que cause espanto. Basta que você esteja atento ao assunto estudado, o qual vai ser agora ampliado, permitindo trabalhar frases mais complexas e mais ricas de detalhes.

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ADJETIVOS DE 1ª CLASSE

Para você compreender a diferença entre primeira e segunda classe, use o raciocínio seguinte: os adjetivos

cha-mados de primeira classe possuem formas que se tornam diferentes a depender do gênero do substantivo. Pertencem à primeira classe adjeti-vos como: bom/boa, negro/negra, sadio/sadia, preguiçoso/preguiçosa, sagrado/sagrada etc.

Assim, você pode dizer que “O menino é bom” e “A menina é boa”; “O rio é negro” e “A cultura é negra”; “O livro é sagrado”, “A Bíblia é sagrada” e “O templo (do gênero neutro em latim) é sagrado”. Como em português, o adjetivo há de ter o mesmo gênero do substantivo e, em latim, o cuidado deve ser redobrado por causa da existência do gênero neutro. Nada é complicado; essa é apenas uma novidade com a qual você rapida-mente se acostumará.

Os adjetivos aqui estudados, ditos de 1ª classe, são declinados exata-mente como as palavras de 1ª e 2ª declinações, como será explicado mais adiante.

Os adjetivos de 1ª classe são sempre apresentados no nominativo singular, numa ordem que contempla os gêneros masculino, feminino e neutro. Não é preciso mostrar a forma do genitivo porque eles estarão sempre assim distribuídos: masculino (segue a 2ª declinação), feminino (segue a 1ª declinação), e neutro (segue a 2ª declinação no quadro específi co dos nomes neutros).

No dicionário, portanto, você, ao procurar um adjetivo latino de 1ª classe, vai encontrar uma informação como esta:

Sanus, sana, sanum = sadio. Ou vai encontrar o que é mais comum: Sanus, a, um. Esta informação está mostrando a feição de cada palavra a depender do seu gênero. Como o radical san é igual para todos os gêneros, não se costuma repeti-lo nas formas do feminino e do neutro.

A combinação com os substantivos na mesma função sintática leva as terminações a serem idênticas porque se está lidando com palavras do mesmo gênero e da mesma declinação.

Populus, i = povo. Populus sanus (povo sadio). Vita, ae = vida. Vita sana (vida sadia).

Exemplum, i = exemplo. Exemplum sanum (exemplo sadio).

Se, como se disse, a ordem apresentada pelo dicionário é sempre esta: masculino, feminino e neutro da forma do nominativo singular, você deve prestar muita atenção para seguir o gênero do substantivo em pauta e es-colher o adjetivo que a ele se relacione pelo gênero correspondente.

Não é demais insistir nesta informação: para os adjetivos, não é necessário apresentar o genitivo correspondente como se fez com os substantivos. Os adjetivos 1ª classe serão sempre declinados pela segunda

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declinação (masculinos), pela primeira declinação (femininos) e pela segunda declinação (nomes neutros).

Eis outros exemplos:

Bonus, bona, bonum = bom, boa. Ou melhor: Bonus, a, um. Quase não é preciso repetir o radical para as formas do feminino e do neutro, a não ser que haja qualquer modifi cação entre as formas de cada gênero.

Muitos adjetivos, como também ocorreu com os substantivos, pos-suem o nominativo singular em ER. Aí uma pequena alteração se verifi ca: Niger, nigra, um = negro, negra. Sem apresentar o radical da forma feminina, você poderia ter a impressão de que o correto seria niger, nigera, nigerum. Um erro, portanto, nas formas do feminino e do neutro.

Por outro lado, são de 2ª classe adjetivos que em português só apre-sentam uma forma que vai servir tanto para os nomes masculinos quanto para os femininos, tais como dócil, forte, pobre, agradável etc. Assim, “O menino é dócil” e “A menina é dócil”; “O vento é forte” e “A casa é forte”; “O dia é agradável”, “A noite é agradável”, e assim por diante.

Tais adjetivos serão estudados após o conhecimento da 3ª declinação, pois são fl exionados de acordo com esse paradigma.

Nesta aula, você vai aprender a combinar os substantivos de 1ª e 2ª declinações com os adjetivos de primeira classe. O nome é o elemento principal de sua atenção, por isso aconselha-se sempre trabalhar primeiro o substantivo, pois ele é que é considerado o núcleo daquilo que se quer expressar. O adjetivo vem em seguida e deve combinar com ele em gênero, número e caso. Mesmo que em português você faça frases colocando in-distintamente o adjetivo antes ou depois do substantivo e em latim isso também seja possível, aqui é melhor você sempre imaginar primeiro o sub-stantivo. O adjetivo virá depois e lhe obedecerá em tudo, repetindo: tendo o

mesmo gênero, número e caso que o substantivo tiver. É exatamente como em português: não é pos-sível dizer: “Menino bonita”.

Esta recomendação vai evi-tar, certamente, o que é muito freqüente em alguns falantes do português, ou seja, construção de frases como: “Foi marcado, para a próxima semana, a reunião com os formandos”. O que está em destaque mostra a falta de concordância de gênero, ocorrida simplesmente porque o substan-tivo aparece depois da forma nominal do verbo, que funciona

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como adjetivo. Por outro lado, você nunca vai ouvir de nenhum falante a frase: A reunião com os formandos foi marcado para a próxima semana. Quem também costuma dizer assim são os falantes de língua estrangeira que ainda não dominam a questão de gênero em português. O mesmo pode ocorrer com você ao tentar raciocinar os gêneros latinos com base no português. Nem sempre, porém, as palavras latinas possuem exata-mente o mesmo gênero que em português. Portanto, confi ra o gênero de cada palavra antes de realizar qualquer frase com ela e, para facilitar o seu trabalho, imagine sempre o substantivo colocado antes do adjetivo e este combinando com ele em gênero número e caso.

Este cuidado com o latim deve ser mais intenso por causa da existên-cia do gênero neutro, o qual deverá levar o adjetivo também para a forma neutra. Desta maneira, mais uma vez se recomenda, antes de qualquer exercício, procurar saber o gênero a que pertence o substanti vo com que se vai trabalhar. Por exemplo: a palavra sinal (signum, i) em latim pertence ao gênero neutro. Se você raciocinar com base no português, certamente colocará o adjetivo no gênero masculino, descaracterizando completamente a estruturação do latim. O erro ainda será mais fácil de acontecer se você colocar o adjetivo antes do substantivo numa frase como:

Eternos sinais de Deus são as maravilhas da natureza. O melhor raciocínio para chegar à tradução em latim é:

Sinais eternos de Deus são as maravilhas da natureza. Assim, trabal-hando em primeiro lugar o substantivo, você vai receber a informação sobre o seu gênero e imediatamente fi cará atento para também colocar o adjetivo na forma do gênero neutro. A frase em latim fi cará:

Signa aeterna Dei mirabilia naturae sunt.

Exercite um pouco mais esta frase. Dadas as palavras do latim, procure analisar sintaticamente cada termo e justifi car a confi guração das formas.

Substantivos de 1ª e 2ª declinações combinados com adjetivos de 1ª classe apresentarão sempre terminações iguais em qualquer circunstância ou função sintática desempenhada na frase. Isso é lógico, pois tais adjetivos são declinados segundo o paradigma dessas declinações. Assim,

fi ca muito fácil exercitar frases combinando substantivos e adjetivos nas condições acima. Neste aspecto, nem é preciso buscar muito as formas dos adjetivos, basta dar a eles a mesma terminação dos substantivos que estão qualifi cando.

Observe os seguintes exemplos:

Puer piger nunquam discipulus bonus erit. (Menino preguiçoso nunca será bom aluno).

Colocada no feminino, a frase seria:

Puella pigra nunquam discípula bona erit. (Menina preguiçosa nunca será boa aluna).

As palavras têm função de sujeito e predicativo do sujeito, fi cando, por

VOCABULÁRIO Signum, i = sinal Aeternus, a, um = eterno, a Deus, i = Deus Mirabilia, ae = maravilha Natura, ae = natureza Sunt = são (verbo).

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isso, no caso nominativo. Observe como as terminações dos adjetivos são as mesmas dos substantivos e assim sempre ocorrerá, pois estamos lidando com palavras das mesmas declinações. Isso, porém, não vai ser sempre as-sim. Haverá uma diferença quando forem combinados adjetivos de 1ª classe com palavras de outras declinações ou adjetivos de 2ª classe (que seguem a terceira declinação) com palavras de outras declinações.

Veja a mesma diferença em português: Menino sadio/ Menina sadia...

Menino pobre/ Menina pobra...

Você já pode observar algumas divergências entre palavras de 1ª e 2ª declinações e adjetivos de 1ª classe. Na verdade, isso acontece porque, nesta categoria, existem substantivos e

adjeti-vos cujo nominativo singular termina em us e er. Com isso, a depender da combinação, podem ocorrer divergên-cias de desinêndivergên-cias. Observe as formas seguintes, que são divergentes, mas todas completamente corretas:

Magister bonus/Discipulus piger (Mestre bom/Discípulo preguiçoso).

A compreensão desse fenômeno vai ocorrendo aos poucos. Não se afl ija por isso. Os exercícios irão facilitar o domínio das formas e as suas possíveis combinações. Esta pequena diferença somente acontece com os nomes mas-culinos. No que se refere aos nomes femininos e neutros, a igualdade de formas sempre acontece quando se trata de combinar 1ª e 2ª declinações com adjetivos de 1ª classe.

Pluvia magna; Pluviae magnae; Pluviarum magnarum; Pluviis magnis = grande(s) chuva(s).

Miraculum magnum; Miracula magna; Miraculo magno; Miraculis Magnis etc = grande(s) milagre(s)...

No que tange à função sintática, os adjetivos funcionam como adjun-tos adnominais e, assim sendo, não possuem caso defi nido como acontece com as outras funções sintáticas. Isso porque, servindo ao substantivo, vão estar sempre ligados a ele em gênero, número e caso. Desta maneira, você encontrará o adjunto adnominal em todos os casos latinos a depender da posição ocupada pelo substantivo.

Outra tendência errada em relação aos adjetivos é esperar terminações idênticas aos substantivos aos quais se juntam. Coisas do tipo: puer boner

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ATIVIDADES

Comece a observar a função de adjunto adnominal exercida pelos adjetivos em diferentes posições sintáticas. Analise-os e identifi que o caso latino correspondente:

a) A menina bonita é também estudiosa. b) Ó menino preguiçoso, valoriza a tua vida.

c) A dedicação dos bons mestres foi elogiada pelo conselho diretor. d) Encontrei no belo jardim da nossa escola animais raros.

e) As grandes guerras deixam eternos sinais na nossa vida.

f) Nos templos sagrados dos povos antigos, as crianças eram sacrifi cadas aos poderosos deuses.

g) Marta, minha querida fi lha, ganhou novos prêmios.

h) Marta, minha querida fi lha, ouve os bons exemplos do teu mestre! (em lugar de puer bonus), disciulus nigrus (em lugar de discipulus niger) etc. Para não cometer tais faltas, é preciso ter muita certeza da forma própria do adjetivo antes de decliná-lo.

CONCLUSÃO

O estudo dos adjetivos é parte importante do conhecimento do latim. Com isso, você pode realizar frases

mais elaboradas e dominar o livre trânsito entre as palavras. É também, no caso dos adjetivos de 1ª classe, um ótimo exercício com as palavras de 1ª e 2ª declinações, pois eles são fl exionados tendo essas declinações por modelo. É, portanto, o mesmo quadro que serve de base para os referidos substantivos que vai ser a base de onde os adjetivos aqui referidos encontram as desinências de cada caso latino.

Daí em diante, o processo é sempre o mesmo, basta somente ter atenção e analisar corretamente as palavras em cada frase, identifi cando as funções sintáticas a cada momento de uso.

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RESUMO

Nesta aula você estudou os adjetivos de 1ª classe. Você deve assimilar que o latim possui adjetivos de 1ª e 2ª classe e, pela própria confi guração do português, é possível compreender tal classifi cação, sobretudo buscando a tradução exata de cada termo a fi m de desfazer alguns equívocos. Se você, no processo de tradução, recorrer a palavras sinônimas, deverá ter muita aten-ção para não enganar-se na identifi caaten-ção das classes. Por exemplo: em latim Magnus, a, um e Calidus, a, um, dizem, respectivamente, magno e cálido, mas usando os sinônimos grande e quente, o que é perfeitamente normal, você poderá, erradamente, associar as formas latinas aos adjetivos de 2ª classe.

Os adjetivos funcionam como adjuntos adnominais e, assim sendo, não possuem caso latino defi nido. Eles concordam sempre em gênero, número e caso com os substantivos aos quais se juntam, por isso você vai encontrar adjetivos em todas as funções sintáticas.

O paradigma para declinar os adjetivos de 1ª classe será sempre baseado nas palavras de 1ª e 2ª declinações, daí recomendar-se refl etir as frases sempre a partir dos substantivos; são eles que vão receber as qualidades de alto, baixo, pequeno, novo, sadio, bom etc.

A classifi cação de adjunto adnominal também se aplica aos numerais ordinais, a alguns pronomes e a certas formas nominais dos verbos, como se verá mais adiante.

O latim possui três gêneros: masculino, feminino e neutro. Os adjetivos são apresentados nos dicionários com a forma do nominativo singular con-tendo a confi guração de cada gênero. Não é preciso dar a forma do genitivo, como se faz com os substantivos, porque já se sabe que o paradigma para decliná-los é o mesmo da 1ª e 2ª declinação.

ATIVIDADES

Uma série de questões vai cobrar os seus conhecimentos sobre os adjetivos de 1ª classe e a articulação com que se fl exionam em latim. Estas questões gerais fazem parte da compreensão desta classe de palavras e servem de base para as atividades posteriores.

1. Responda:

a) Que função sintática exercem os adjetivos nas frases latinas?

b) Por que motivo no quadro das declinações não se encontra um caso específi co para o adjunto adnominal?

c) O que você compreendeu pela distinção de 1ª e 2ª classe atribuída aos adjetivos latinos? Explique essa diferença com base no próprio português. d) Como são apresentados os adjetivos de 1ª classe nos dicionários latinos? e) Como se declinam os adjetivos de 1ª classe?

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f) Costuma-se repetir ou não o radical dos adjetivos ao apresentá-los. Ex-plique.

g) Os gêneros das palavras latinas são os mesmos em por-tuguês? Explique.

2. Análise e tradução:

a) Preencha as lacunas com as palavras destacadas no texto colocadas em latim. Justifi que o emprego das formas: (Não se esqueça de sempre trabalhar o substantivo em primeiro lugar).

a.1. As crianças amam a boa mestra.

a.2. Pedro, meu mestre, viajou para a Itália. a.3. Confi ei aos bons anjos a minha sorte. a.4. O futuro de nossos fi lhos depende de nós.

a.5. As crianças são motivadas pelos grandes exemplos dos pais. a.6. Apareceram negros sinais no céu.

b) Construa frases em português nas quais se enquadrem perfeitamente as expressões latinas a seguir:

b.1. Reginae nostrae. b.2. Populi antiqui. b.3. Templa sacra. b.4. Puero pigro. b.5. Vita sana. b.6. Discipulorum bonorum.

Obs.: Não é preciso repetir as palavras que já foram dadas em exercícios da mesma lição. Se alguma palavra de um novo exercício, portanto, não constar no vocabulário cor-respondente, basta procurá-la em listas anteriores.

c) Apesar das desinências iguais, as expressões latinas abaixo são diferentes em gênero, número, caso e signifi -cado. Explique tais diferenças recorrendo às listas das declinações.

Terra nostra Bella nostra Terra, ae = terra Bellum, i = guerra Noster, nostra, um = nosso, a.

d) Reconheça em superlativos da língua portuguesa a base de derivação dos seguintes adjetivos latinos:

Pius, a, um = piedoso, a ________________________________ Frigidus, a, um = frio __________________________________ Calidus, a, um = quente ________________________________ Acutus, a, um = agudo _________________________________ Sacer, sacra, um= sagrado, a _____________________________ Amarus, a, um = amargo, a ______________________________ Macer, macra, um = magro, a ____________________________

VOCABULÁRIO Bonus, a, um = bom, boa

Magistra, ae = mestra Petrus, i = Pedro Magister, magistri = mestre

Meus, a, um = meu, minha Angelus, i = anjo

Noster, nostra, um = nosso, a Filius, i = fi lho

Magnus, a um = magno, a (grande)

Exemplum, i = exemplo Signum, i = sinal Niger, nigra, um = negro, a

VOCABULÁRIO Regina, ae = rainha

Populus, i = povo Antiquus, a, um = antigo, a

Templum, i = templo Sacer, sacra, um = sagrado, a

Puer, pueri = menino Piger, pigra, um =

preguiço-so, a Vita, ae = vida Sanus, a, um = sadio, a Discipulus, i = discípulo

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COMENTÁRIO SOBRE AS ATIVIDADES

Questão 2

a) Aqui você exercita os conhecimentos de análise sintática e reconhece a persistência das formas de acordo com a identifi cação da cada função. Sem este trabalho não é impossível trabalhar corretamente o latim. Neste exercício, ainda não se trata de efeturar a tradução completa dos termos da oração; apenas se pede que você transponha para o latim os termos em destaque a fi m de acentuar o pleno domínio de cada função sintática em questão. Por exemplo, no item “a.1”, a expressão em destaque boa mestra exerce na frase a função de objeto direto pedida como complemento do verbo amar, que é transitivo direto. Como no latim esta fração sintática pede o acusativo, a resposta correta é magistram bonam, pois ambas as palavras pertencem à primeira declinação, cuja desinência do acusativo singular é am.

Os demais itens do quesito seguem a mesma lógica e você deve apenas estar bem atento às funções sintáticas a fi m de escolher corretamente as formas latinas.

Após efetuar o exercício, tente retrabalhar todos os itens, variando, desta vez, o número (singular e plural) da expressão em destaque. Assim, no item”a.1”, a expressão a boa mestra, irá para o plural as boas mestras, que em latim, observadas a função sintática e apertinencia do caso, terá a forma magistras bonas (objeto direto - acusativo plural - 1ª declinação). b. Neste item, você vai aprender que determinadas formas latinas podem servir a mais de uma função sintática, haja vista a própria confi guração dos casos que, muitas vezes, apresenta equivalência, o que pode confundir o estudante no início do contato com a língua latina. Assim, considerando o item “b.1”, você pode notar que a expressão reginae nostrae pode contemplar os seguintes casos latinos:

- Genitivo singular - Dativo singular - Nominativo plural - Vocativo plural

Isso acontece porque a desinência AE corresponde aos casos acima destacados. Assim, para realizar o exercício, você tem quatro possibilidades de frases em português a depender do caso que você queira contemplar:

Genitivo singular: As palavras da nossa rainha são sábias (adjunto adnominal resttitivo).

Dativo singular: As crianças ofereciam fl ores a nossa rainha (objeto indireto).

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Nominativo plural: As nossas rainhas desprezam o povo (sujeito). Vocativo plural: Nossas rainhas, escutai os clamores do povo! (vocativo).

Estas frases são simples sugestões, mas você pode criar uma infi nidade de exemplos com base nos modelos acima apresentados.

c. Algumas expressões latinas, pela semelhança de formas, podem confundir o iniciante, pensando tratar-se da mesma declinação, do mesmo caso, do mesmo gênero etc.

Procure esclarecer este equívoco nas expressões dadas, identifi cando declinação, caso, função, gênero e número a que pertencem as palavras. d. As marcas latinas no português podem ser vistas na formação dos superlativos dos adjetivos, os quais retomam com exatidão a confi guração do latim. É assim, por exemplo, no superlativo de pobre = paupérrimo (pauper é pobre em latim). Faça o mesmo com as palavras sugeridas no exercício.

REFERÊNCIAS

CARDOSO, Zélia de Almeida. Iniciação ao latim. São Paulo: Ática, 1989. COMBA, Júlio. Gramática latina. São Paulo: Salesiana, 1981.

FURLAN, Oswaldo Antônio. Latim para o português. Florianópolis: EDUFSC, 2006.

MACHADO, Luiz. Uma nova visão do latim pelo uso da inteligência. Rio de Janeiro: Cidade do Cérebro, 1999.

SOARES, João S. Latim 1 – Iniciação ao latim e à civilização romana. Coimbra: Almedina, 1999.

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