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RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Segurança pública

RETRATOS DA

SOCIEDADE

BRASILEIRA

38

Medo da violência limita uso das cidades

Metade dos brasileiros considera péssima a si-tuação da segurança pública no país e seis em cada dez consideram que ela piorou em relação a três anos atrás. Nos últimos doze meses, 40% das famílias tiveram alguma vítima de furto, assalto ou agressão e, no mesmo período, oito em cada dez brasileiros foram expostos a pelo menos uma situação que gera insegurança.

A falta de segurança levou sete em cada dez brasileiros a alterarem ao menos um hábito que limita o uso da cidade, como deixar de circular por alguns bairros/ruas da cidade, evitar sair à noite, entre outros. Três em cada quatro já tiveram algu-ma despesa com segurança, como contratação de seguro ou aquisição de itens de segurança. Apesar de a maioria dos brasileiros (81%) acredi-tar que ações sociais são mais eficazes que ações repressivas para reduzir a violência, 85% citam pelo menos uma ação repressiva como uma das duas principais para melhorar a situação da se-gurança pública.

A maioria da população culpa a impunidade como

(82%), defende uma política de tolerância zero (83%), redução da maioridade penal (85%) e penas mais rigorosas (75%).

No entanto, a população é favorável a penas alter-nativas para crimes de menor potencial ofensivo (79%), o que pode significar que a demanda é por punição, mas com maior aderência das penas à gravidade dos crimes.

A sociedade defende, ainda, ação mais incisiva do estado para garantir a segurança, como no apoio ao uso de câmeras de segurança nas ruas (93%), ao uso das forças armadas no combate à criminalidade (82%) e à unificação das polícias civil e militar (77%). No entanto, os brasileiros não apoiam a liberação do porte de armas (66%). Para 86% dos brasileiros, o tráfico de drogas é a principal causa da violência, sendo que 64% concordam que o governo deve investir mais na recuperação de dependentes químicos do que no combate ao tráfico. Além disso, a população apresenta grande apoio aos programas de recupe-ração, seja com internação involuntária, seja com oferta de trabalho, abrigo, e assistência médica e

(2)

Situação da segurança pública piorou e metade

da população a avalia como péssima

A situação da segurança pública no Brasil piorou entre 2011 e 2016, de acordo com os brasileiros. O percentual dos que avaliam a situação como

Seis em cada dez brasileiros afirmam que a situação da segurança pública piorou em relação a três anos atrás. Em 2011, o percentual dos que afirmavam

péssima passou de 28% em 2011 para 50% em 2016, enquanto o percentual dos que avaliam a situação como boa ou ótima caiu de 12% para 6%.

que a situação havia piorado em relação a três anos antes era de 37%. Ou seja, a piora da situação tem se intensificado nos últimos anos.

SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

Segundo os brasileiros, a situação da segurança pública no país é ruim e vem piorando nos últimos anos. Metade dos brasileiros classifica a situação como péssima e 60% afirmam que a situação piorou nos três anos anteriores à pesquisa. A deterioração da segurança pode ser verificada no aumento de 30%, em julho de 2011, para 40%, em dezembro de 2016, do percentual de famílias que

tiveram algum membro vítima de furto, assalto ou agressão nos doze meses anteriores à pesquisa. Também corrobora a gravidade da situação o alto percentual de brasileiros (80%) que presenciou nos últimos 12 meses alguma situação de insegurança, como pessoas usando drogas nas ruas, a polícia prendendo alguém, alguém sendo agredido, alguém sendo assaltado, entre outros.

Situação da segurança pública no Brasil

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Ótima Boa Regular Ruim Péssima Não sabe / não respondeu

25

5 18 50

36

11 23 28

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

1 1

1 1

Situação da segurança pública no Brasil em relação a três anos antes da pesquisa

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Melhor Igual Pior Não sabe / não respondeu

29 9 60 47 15 37 1 1

(3)

28 41 51 67 26 32 39 50 70 Tiroteios Alguém sendo assaltado Alguém sendo agredido Polícia prendendo alguém Alguém usando drogas na rua

Quatro em cada dez famílias brasileiras teve vítima de

furto, assalto ou agressão nos últimos 12 meses

Oito em cada dez brasileiros vivenciaram de perto

a insegurança pública

Quatro em cada dez brasileiros afirmam ter sido vítima ou ter algum parente que foi vítima de assalto, furto ou agressão nos últimos 12 meses. Houve um crescimento de 10 pontos percentuais

Entre os entrevistados, 80% presenciaram alguma situação que gera insegurança nos doze meses anteriores à pesquisa. As situações que geram inseguran-ça que foram presenciadas por maior percentual de brasileiros foram: pessoas usando drogas nas ruas (70%); polícia pren-dendo alguém (50%); alguém sendo agredido (39%); alguém sendo assaltado (32%) e

tiro-em relação a 2011, quando 30% das famílias haviam sido afetadas pela violência nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Pessoa ou algum parente foi vítima de furto, assalto ou agressão nos 12

meses anteriores à pesquisa

Percentual de respostas (%)

Exposição a situações que geram insegurança nos 12 meses

anteriores à pesquisa

Percentual de respostas “sim, presenciou nos últimos 12 meses” (%)

Dez/2016

Jul/2011

Sim, o próprio entrevistado Sim, algum parente

Sim, ambos Não, nem o entrevistado e nem algum parente Não sabe / não respondeu

3 25 12 60 2 19 9 68

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

1 2

(4)

IMPACTO DA FALTA DE SEGURANÇA SOBRE OS HÁBITOS DA POPULAÇÃO

Por causa da falta de segurança, 82% dos brasi-leiros afirmam terem mantido ou aumentado seus cuidados com segurança nos três anos anteriores à pesquisa.

Entre as diversas medidas tomadas pelos brasilei-ros para lidar com a crescente falta de segurança, se destacam aquelas que representam restrições ao pleno aproveitamento das cidades, como deixar de circular por algumas regiões, evitar sair à noite, mudar o trajeto de casa para o trabalho ou para a escola, entre outras. Mais de sete em cada dez brasileiros (71%) afirmam ter adotado ao menos uma dessas medidas.

Além de limitar a vida dos brasileiros, a violência também gera custos às famílias. Três em cada quatro brasileiros afirmam ter adotado alguma medida custosa, como contratação de seguros contra roubo ou furto, instalação de alarmes, gra-des ou trancas em suas residências ou compra de armas.

Quase metade dos brasileiros aumentou seus

cuidados com segurança nos últimos três anos

Entre os brasileiros, 46% aumentaram os cuidados

que tomam com segurança nos últimos três anos, 36% afirmam que mantiveram seus cuidados e 16% os diminuíram.

Cuidados com segurança nos últimos três anos

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Aumentou Manteve Diminuiu Não sabe / não respondeu

36

46 16

49

45 4

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2 2

Mudanças de hábito por causa da violência

Sete em cada dez limitaram o uso das cidades tomando ao

menos uma dessas medidas nos 12 meses anteriores à pesquisa:

53%

Evitar sair à noite

Mudar o trajeto entre a casa e o trabalho, ou entre a casa e a escola

Mudar de residência

Mudar os filhos de escola

0 100

Deixar de circular por alguns bairros/ruas da cidade 51% 0 100 32% 0 100 12% 0 100 8% 0 100

(5)

Mudança de hábitos devido à violência

Percentual de respostas (%) 2 * * 10 * 36 52 48 54 63 57 3 8 12 15 27 32 46 51 53 62 69

Comprar uma arma Mudar os filhos de escola Mudar de residência Contratar seguro contra roubo/ furto Mudar o modo de se vestir para reduzir o risco de assalto ou assédio Mudar o trajeto entre a casa e o trabalho, ou entre a casa e a escola Colocar alarmes, grades, cadeados, ou trancas em sua residência Deixar de circular por alguns bairros/ ruas da cidade Evitar sair à noite Evitar andar com dinheiro Aumentar o cuidado ao sair/ entrar de casa/ trabalho/escola

Dez/2016 Jul/2011

Nota: *Alterações nos hábitos que foram avaliadas apenas na pesquisa de 2016.

Falta de segurança limita o usufruto pleno das

cidades para maioria dos brasileiros

Sete em cada dez brasileiros afirmam que a falta de segurança os fizeram alterar algum hábito, limitando o usufruto das cidades. As mudanças de hábito por causa da violência consideradas limitantes foram: mudar o trajeto entre a casa e o trabalho, ou entre a casa e a escola; deixar de circular por alguns bairros/ ruas da cidade; evitar sair à noite; mudar de residência; e mudar os filhos de escola.

Algumas medidas também geram custos aos brasileiros, como a instalação de alarmes, grades e trancas, a compra de armas e a contratação de seguros contra roubo ou furto. São 76% os que afirmam ter adotado ao menos uma dessas medi-das custosas.

Quando comparado com pesquisa similar realizada em 2011, verifica-se um aumento da opção aumentar o cuidado ao chegar e sair dos lugares, que passou de 57%, em 2011, para 69%, em 2016.

A pesquisa de 2016 também ofereceu três opções que não constavam na pesquisa de 2011. Entre as novas opções, mudar o modo de se vestir para evitar assédio ou assalto foi a mais citada, com 27%. Verifica-se nesse item diferença significativa entre os gêneros: 30% das mulheres afirmam ter alterado seu modo de vestir com medo da violência, contra 23% dos homens.

(6)

POLÍTICAS E AÇÕES PARA O COMBATE À VIOLÊNCIA

A maioria dos brasileiros (81%) acredita que ações sociais que estimulem a mobilidade social e reduzam a pobreza são mais eficazes para reduzir a violência do que ações repressivas. Essa posição também aparece no apoio da maioria da população a políticas de reintrodução dos presos na sociedade (71%).

Apesar disso, quando instados a escolher duas medidas prioritárias para melhorar a situação da segurança pública no país, 85% dos brasileiros prio-rizam pelo menos uma ação repressiva, como maior combate ao tráfico de drogas e de armas, maior poli-ciamento e aumentos das penas, entre outros. A priorização de medidas de repressão também pode ser explicada pela opinião de 82% dos brasileiros de que a impunidade é uma das principais causas da criminalidade e na concordância de 75% dos brasileiros com a afirmação de que penas mais rigorosas reduzem a criminalidade. Essa opinião é coerente com o apoio de 83% da população às políticas de tolerância zero.

A ideia de que a impunidade gera aumento da criminalidade e de que penas maiores a reduzem pode ser um fator relevante na opinião de 80% da população de que a maioridade penal em 18 anos de idade incentiva a participação de menores no crime. Como resposta, 90% são a favor do julgamento de menores que cometem crime hediondo como adultos e 85% são favoráveis à redução da maioridade penal.

Apesar do apoio a medidas repressivas e a penas mais severas, verifica-se também que 79% da população apoia a imposição de penas alternativas para crimes menos graves. Isso sugere que a demanda da população é por punição, mas com maior aderência das penas à gravidade dos crimes. A maioria dos brasileiros (69%) é favorável à pena de prisão perpétua, mas a sociedade se divide em relação à pena de morte (49% favoráveis e 46% contrários). Além disso, 73% dos brasileiros acreditam que devem ser impostas penas mais severas àqueles que cometem crimes de ódio.

Maioria acredita que ações sociais funcionam melhor

que ações repressivas para diminuir a violência

Oito em cada dez brasileiros concordam totalmente ou em parte que ações sociais, como educação e formação profissional, contribuem mais para diminuir a violência no país do que ações repressivas, como o aumento do policiamento ou

maior rigor na punição de criminosos. Entre 2011 e 2016, no entanto, verifica-se um aumento no percentual que discorda totalmente ou em parte: passou de 5% para 13%.

Ações sociais contribuem mais para diminuir a violência do que ações repressivas

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

2 23 58 7 6 4 29 61 32

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

4 2

(7)

Brasileiros são favoráveis a políticas públicas para

reinserção de presos na sociedade

Sete em cada dez brasileiros são totalmente ou parcialmente favoráveis a políticas de reinserção de presos na sociedade. Cabe ressaltar o aumento

no percentual daqueles que são totalmente ou par-cialmente contrários às medidas de ressocialização, que passou de 12% em 2011 para 21% em 2016.

Políticas públicas para reinserção dos presos na sociedade

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

2 24 47 8 13 7 23 53 6 6

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

6 4

Brasileiros priorizam políticas de repressão para

melhorar a segurança pública

Mais de oito em cada dez brasileiros (85%) citam entre as duas principais medidas para melhorar a situação da segurança pública ao menos uma ação de repressão (maior combate à venda ilegal de armas; maior combate ao tráfico de drogas; aumentar o policiamento nas ruas; aumentar as penas pelos crimes cometidos; e agilizar a atuação do Sistema Judiciário).

São 37% os que citam entre as duas principais ações, ao menos uma medida de caráter social (ampliar as políticas de combate à pobreza; ampliar os programas de reintegração dos presos à sociedade; maior presença do Estado com políticas públicas de educação, saneamento, etc. nas comunidades carentes; campanhas focadas na recuperação dos usuários de drogas, para reduzir o consumo; e fazer campanha para aproximar a polícia da população, em parceria com o governo).

(8)

Ao comparar a pesquisa realizada em 2016 com pesquisa similar realizada em 2011, verifica-se que as quatro medidas mais citadas entre as duas prioridades permanecem as mesmas. Chama a atenção, no entanto, a perda de 15 pontos percentuais da opção maior combate ao tráfico de drogas, que passou de 58% para 43% de citações entre as duas principais ações.

É importante ressaltar que, em 2011, não haviam sido apresentadas as opções campanha para aproximar a polícia da população e campanhas para recuperação dos usuários de drogas. A maior quantidade de alternativas na pesquisa de 2016 pode induzir a uma diluição maior dos percentuais entre as opções, reduzindo o percentual de citações de cada alternativa separadamente, o que dificulta a comparação direta.

Principais ações para melhorar a situação da segurança pública no Brasil em 2016

Percentual de respostas entre as duas principais (%)

Principais ações para melhorar a situação da segurança pública no Brasil em 2011

Percentual de respostas entre as duas principais (%)

1 3 5 5 11 12 12 15 21 24 41 43

Nenhuma destas/ Outras Não sabe/ Não respondeu Programas de reintegração de presos à sociedade Campanhas de recuperação dos usuários de drogas Campanha para aproximar polícia da população Agilizar a atuação do Judiciário Políticas públicas nas comunidades carentes Políticas de combate à pobreza Combate à venda ilegal de armas Aumentar penas pelos crimes Aumentar policiamento Maior combate ao tráfico de drogas

0 1 6 13 14 17 24 27 37 58

Nenhuma destas/ Outras Não sabe/ Não respondeu Programas de reintegração de presos à sociedade Agilizar a atuação do Judiciário Políticas de combate à pobreza Políticas públicas nas comunidades carentes Combate à venda ilegal de armas Aumentar penas pelos crimes Aumentar policiamento Maior combate ao tráfico de drogas

(9)

Oito em cada dez brasileiros consideram que a

impunidade é motivo para aumento da criminalidade

Brasileiros apoiam política de tolerância zero

Entre os brasileiros, 82% concordam totalmente ou em parte que a certeza da impunidade é uma das

Mais de quatro em cada cinco brasileiros concordam totalmente ou em parte que para reduzir a criminali-dade, é preciso impor uma política de tolerância zero, em que todo tipo de infração ou ilegalidade sejam

principais razões para o aumento da criminalidade. Em 2011, esse percentual era de 87%.

punidos. Esse percentual é similar ao verificado em 2011. No entanto, entre 2011 e 2016 o percentual dos que concordam totalmente aumentou nove pontos percentuais, passando de 54% para 63%.

A certeza da impunidade é uma das principais razões para o aumento da

criminalidade

Percentual de respostas (%)

Para reduzir a criminalidade, é preciso impor política de tolerância zero

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Dez/2016 Jul/2011

Jul/2011

Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

14 68 5 8 2 20 63 7 6 5 21 66 3 4 6 29 54 7 4

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

3

3 1

1

(10)

Brasileiros acreditam que penas maiores

reduzem criminalidade

Brasileiros acreditam que maioridade em 18 anos

incentiva a participação de menores em crimes

Três em cada quatro brasileiros concordam totalmen-te ou em partotalmen-te que penas mais rigorosas reduzem a criminalidade. O percentual de concordância oscilou

Quatro em cada cinco brasileiros concorda totalmente ou em parte que a atribuição da responsabilidade penal somente a partir dos 18 anos incentiva a participação de menores de idade

dentro da margem de erro entre 2011 e 2016. O percentual que discorda totalmente ou em parte, por sua vez, passou de 14% para 22% no período.

na prática criminosa. O percentual oscilou dentro da margem de erro em relação a 2011. Cabe ressaltar, no entanto, o aumento do percentual dos que discordam totalmente ou em parte de 9% para 17%.

Penas mais rigorosas reduzem a criminalidade

Percentual de respostas (%)

Maioridade em 18 anos incentiva participação de menores em crimes

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Dez/2016 Jul/2011

Jul/2011

Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

17 58 9 13 12 68 4 13 6 24 55 8 6 6 19 64 4 5

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2 2 1 1 1 1

(11)

Brasileiros querem redução da maioridade para 16 anos

e menores que praticam crimes hediondos respondendo

como adultos

Nove em cada dez brasileiros concordam totalmente ou em parte que menores que cometam crimes violentos/hediondos devem ser responsabilizados

Entre os brasileiros, 85% são totalmente ou parcialmente a favor da redução da maioridade

como adultos. O percentual se manteve estável em relação a 2011, embora tenha havido uma migração da concordância parcial para a concordância total.

penal para 16 anos. O percentual oscilou dentro da margem de erro em relação ao verificado em 2011.

Menores que praticam crimes violentos/hediondos devem ser julgados

como adultos

Percentual de respostas (%)

Redução da maioridade penal para 16 anos

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

9

81 3 4

3 16

75 23

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

1 1 1 Dez/2016 Jul/2011 8 77 3 9 4 11 75 3 6 2 1 1

(12)

Maioria é favorável a penas alterativas para

crimes menos graves

Maioria é a favor da prisão perpétua, mas

população se divide quanto à pena de morte

Praticamente oito em cada dez brasileiros são total ou parcialmente favoráveis à aplicação de penas al-ternativas à prisão, como trabalho comunitário, para crimes de menor gravidade. Entre 2011 e 2016 o

Praticamente sete em cada dez brasileiros são totalmente ou parcialmente favoráveis à prisão perpétua, percentual igual ao verificado em 2011.

percentual dos que são favoráveis oscilou dentro da margem de erro, passando 82% para 79%. O percen-tual dos que são contrários, totalmente ou em parte, no entanto, aumentou, passando de 11% para 17%.

O percentual dos que são contrários oscilou dentro da margem de erro, passando de 23% para 26%.

Pena alternativas à prisão para crimes menos graves

Percentual de respostas (%)

Prisão Perpétua

Percentual de respostas (%) Dez/2016 Dez/2016 Jul/2011 Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

19 60 5 12 2 16 53 8 18 5 22 60 5 6 6 18 51 8 15

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

3

3 2

1 1

(13)

brasileira se divide: 49% se dizem total ou parcialmente favoráveis, enquanto 46% são total ou parcialmente contrários. A opinião sobre esse

a 2011, quando as posições encontravam-se empatadas com 46% favoráveis e 46% contrários.

Pena de morte

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

2 14 35 9 37 7 15 31 12 34

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2 1

Brasileiros acreditam que crimes de ódio devem gerar

penas mais severas

Quase três quartos dos brasileiros concordam total-mente ou em parte que crimes de ódio, decorrentes de preconceito de cor, de gênero, de classe social,

de etnia, de orientação sexual, etc.) devem gerar penas mais severas que os crimes comuns. Os que discordam totalmente ou em parte somam 22%.

Crimes de ódio devem ser punidos mais severamente que crimes comuns

Percentual de respostas (%)

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100%

Concorda totalmente Concorda em parte

Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte

Discorda totalmente Não sabe / não respondeu 55 18 2 3 11 11 Dez/2016

(14)

POLICIAMENTO

Aumentar o policiamento foi a segunda medida mais citada entre as duas prioritárias para melhorar a situação da segurança pública no Brasil. As medidas mais pela população entre as duas principais para melhorar a atuação da polícia são equipar melhor a polícia (36%), melhorar a formação e o treinamento dos policiais (35%) e melhorar o salário dos policiais (34%).

Percebe-se, ainda, que a sociedade defende ação mais intensiva do estado para garantir a segurança,

opinião que se reflete no expressivo apoio ao uso de câmeras de segurança nas ruas (93%), ao uso das forças armadas no combate à criminalidade (82%) e à unificação das polícias civil e militar (77%). Os brasileiros não apoiam a liberação do porte de armas (66%) e se dividem quanto à afirmação de que “a violência dos criminosos justifica uma ação violenta dos policiais”, sendo que 53% concordam com a afirmação e 42% discordam.

Equipamento, formação e melhores salários são apostas

dos brasileiros para melhorar atuação da polícia

As medidas mais citadas entre as duas principais para melhorar a atuação da polícia são equipar melhor a polícia (36%), melhorar a formação e o treinamento dos policiais (35%) e melhorar o

salário dos policiais (34%). Punir com rigor os maus policiais e aumentar o número de policiais também são citados por parte significativa da população: 31% e 28%, respectivamente.

Duas principais medidas para melhorar a atuação da polícia

Percentual de respostas (%) 3 13 14 28 31 34 35 36

Não sabe/ Não respondeu Reconhecer e premiar os bons policiais Mais unidades de polícia comunitária Aumentar o número de policiais Punir com rigor os maus policiais Melhorar o salário dos policiais Melhorar formação/treinamento policiais Equipar melhor a polícia

(15)

Em pesquisa similar realizada em 2011, as duas medidas mais citadas como prioritárias para melhorar a atuação da polícia eram melhorar o salário dos policiais (42%) e melhorar a formação/treinamento dos policiais (41%). Equipar melhor a polícia, que aparece em primeiro lugar em 2016, ocupava a quarta colocação em 2011, com 36% de citações.

Em 2011 a opção aumentar o número de unidades de polícia comunitária não estava disponível para os entrevistados, motivo pelo qual as duas perguntas não são diretamente comparáveis.

Duas principais medidas para melhorar a atuação da polícia em 2011

Percentual de respostas entre as duas principais (%)

2 14 27 36 37 41 42

Não sabe/ Não respondeu Reconhecer e premiar os bons policiais Aumentar o número de policiais Equipar melhor a polícia Punir com rigor os maus policiais Melhorar formação/treinamento policiais Melhorar o salário dos policiais

1231

Vigilância tem apoio da maioria da população

Mais de nove em cada dez brasileiros são totalmente ou parcialmente favoráveis à ampliação do uso de câmeras de segurança

nas ruas. Apenas 5% se dizem totalmente ou parcialmente contrários à medida.

Maior vigilância com câmeras nas ruas

Percentual de respostas (%)

Totalmente a favor Parcialmente a favor

(16)

Uso das forças armadas no combate à criminalidade tem

apoio da maioria da população

Mais de oito em cada dez brasileiros é totalmente ou parcialmente favorável ao uso das forças armadas no combate à criminalidade, percentual similar ao verificado em 2011. O percentual dos que são totalmente ou parcialmente contrários à

medida, no entanto, passou de 7% em 2011 para 14% em 2016, crescendo a partir da diminuição do percentual daqueles que se declararam nem favoráveis e nem contrários em 2011.

Uso das Forças Armadas no combate à criminalidade

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

14

68 5 9

7 19

65 3 4

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2 2 1

Unificação das polícias civil e militar ganha força

O apoio à unificação das polícias civil e militar aumentou entre 2011 e 2016. O percentual dos que são totalmente ou parcialmente a favor da

unificação passou de 67% em 2011 para 77% em 2016.

Unificação das polícias civil e militar

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

3 14 63 5 10 12 20 47 6 10

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

5 6

(17)

Maioria dos brasileiros não apoia porte de armas

para todos

Metade da população acredita que a violência

dos criminosos justifica a violência policial

Dois terços dos brasileiros são totalmente ou parcialmente contrários ao porte de armas por todos os cidadãos. O percentual oscilou dentro da margem de erro em relação a 2011. Cabe ressaltar,

Entre os brasileiros, 53% concordam totalmente ou em parte que a violência dos criminosos justifica a violência policial. Entre 2011 e 2016 se verifica uma polarização maior em relação a esse tema,

no entanto, que o percentual dos que são totalmente favoráveis à liberação do porte de armas aumentou, passando de 14% em 2011 para 22% em 2016.

com aumento nos percentuais dos que concordam totalmente ou que discordam totalmente com a afirmativa e com redução dos que não concordam nem discordam.

Direito à porte de armas a todo cidadão

Percentual de respostas (%)

A violência dos criminosos justifica uma ação violenta dos policiais

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Dez/2016 Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

2 9 22 10 56 2 18 35 15 27 6 9 14 16 54

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2

3 1

(18)

Maioria é favorável à privatização de presídios

Entre os brasileiros, 58% se dizem total ou par-cialmente favoráveis à privatização dos presídios, percentual superior aos 53% verificados em 2011. O percentual dos que são total ou parcialmente

contrários oscilou na margem de erro de 26% para 30% no mesmo período. Cabe ressaltar que a pesqui-sa foi realizada em dezembro de 2016, antes da crise do sistema prisional trazer a público esse debate.

Privatização de presídios

Percentual de respostas (%)

Dez/2016

Jul/2011

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

4 16 42 9 21 12 17 36 8 18

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

8 9

(19)

O PROBLEMA DAS DROGAS

Entre os brasileiros, 86% acreditam que o tráfico de drogas é uma das principais causas da violência. A solução para esse problema, para a maioria, passa pela recuperação dos usuários de drogas. Para 58%, o uso de drogas é uma questão de saúde pública e não de polícia e 64% afirmam que o governo deveria investir mais na recuperação de usuários do que no combate ao tráfico.

Verifica-se, também, amplo apoio aos programas de recuperação de usuários, sejam eles de internação dos usuários por pedido da família ou da justiça (81%), sejam de oferta de abrigo, emprego e assistência médica e psicológica nas próprias cidades (90%).

Por fim, cerca de dois terços (65%) da população discordam que a legalização da maconha reduziria a criminalidade.

Maioria dos brasileiros concorda que o tráfico de drogas

é uma das principais causas da violência

Quase nove em cada dez brasileiros concorda totalmente ou em parte que o tráfico de drogas

é uma das principais causas da violência. Os que discordam totalmente ou em parte somam 12%.

69 17

1

1

6 6

O tráfico de drogas é uma das principais causas da violência

Percentual de respostas (%)

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

Concorda totalmente Concorda em parte

Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte

Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

Maioria concorda que uso de drogas é uma

questão de saúde pública e não de polícia

(20)

39 19 3 3 12 24

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

Concorda totalmente Concorda em parte

Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte

Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

O uso de drogas é uma questão de saúde pública, não de polícia

Percentual de respostas (%)

Maioria concorda que recuperação de dependentes deve

receber mais investimento que combate ao tráfico

Quase dois terços dos brasileiros concordam totalmente ou em parte que o governo deveria investir mais em recuperação de dependentes

do que em combate ao tráfico de drogas. Os que discordam totalmente ou em parte dessa afirmativa são 31%. 46 18 12 2 2 19

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

Concorda totalmente Concorda em parte

Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte

Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

O governo deveria investir mais na recuperação de dependentes químicos

que no combate ao tráfico de drogas

Percentual de respostas (%)

População apoia todos os programas de recuperação

Os dois modelos de programas de recuperação de dependentes mais debatidos no país, a internação involuntária de dependentes a pedido das famílias ou da justiça e a oferta pelo governo de trabalho, abrigo e assistência psicológica e médica para dependentes químicos moradores de rua contam

com expressivo apoio da população: oito em cada dez brasileiros são totalmente ou parcialmente favoráveis ao primeiro e nove em cada dez brasileiros são totalmente ou parcialmente favoráveis ao segundo.

(21)

Programas de recuperação de dependentes

Percentual de respostas (%)

Internação involuntária/contra a vontade de dependentes químicos, a pedido das famílias ou da justiça Oferta pelo governo de trabalho, abrigo,

assistência psicológica e médica para dependentes químicos moradores de rua

Totalmente a favor Parcialmente a favor Nem a favor nem contra (Espontânea) Parcialmente contra Totalmente contra Não sabe / não respondeu

13

68 5 10

14

76 2 4

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2 1

2 1

Dois terços dos brasileiros discordam que

legalização da maconha reduziria criminalidade

Quando questionados se concordam que a legalização da maconha reduziria a criminalidade, 65% dos brasileiros discordam totalmente ou em parte, percentual 5 pontos menor que o verificado

em 2011. Já o percentual dos que concordam totalmente ou em parte cresceu 9 pontos no período, passando de 23% para 32%.

Legalizar a venda e o uso da maconha reduzirá a criminalidade

Percentual de respostas (%) Dez/2016 Jul/2011 2 10 22 10 55 6 10 13 13 57

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% por questões de arredondamento.

2 1

Concorda totalmente Concorda em parte Não concorda nem discorda (Espontânea) Discorda em parte Discorda totalmente Não sabe / não respondeu

Referências

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