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Lista de Exercicios i Gramatica

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

P  P  P P P  P  Pá

Páágágáááággggi gi giii i in in nanannn n aaa a 1aa 1111111

Para as turmas 2C1, 2C2, 2C3, 2C4,

Para as turmas 2C1, 2C2, 2C3, 2C4, 2C5, 2C62C5, 2C6::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Prof.ª MartaProf.ª Marta 1ª U.L. / 2012

1ª U.L. / 2012

01 - (UFMS/2010/Verão)

01 - (UFMS/2010/Verão) Faça uma análise sintática da oração abaixo e, a seguir, assinaleFaça uma análise sintática da oração abaixo e, a seguir, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).

a(s) proposição(ões) correta(s).

A ordem, meus amigos, é a base do governo. A ordem, meus amigos, é a base do governo. 01.

01. A ordem A ordem é sujeito simples;é sujeito simples; é a base do governo é a base do governo é predicado nominal.é predicado nominal. 02. A expressão

02. A expressão meus amigos meus amigos é aposto.é aposto. 04.

04. A, meus, a, do governo A, meus, a, do governo são adjuntos adnominais.são adjuntos adnominais. 08.

08. é é - verbo transitivo direto.- verbo transitivo direto. 16.

16. a base do governo a base do governo é predicativo do objeto.é predicativo do objeto. 02 - (UFRR/2007/1ª Fase)

02 - (UFRR/2007/1ª Fase)

Em: ''A rosa é um jardim concentrado, um clarim de cor, anunciando a alvorada fogosa e o Em: ''A rosa é um jardim concentrado, um clarim de cor, anunciando a alvorada fogosa e o tempo iluminado.'' (Carlos Drummond) O termo destacado é:

tempo iluminado.'' (Carlos Drummond) O termo destacado é: a)

a) adjunto adjunto adverbial.adverbial. b)

b) objeto objeto direto.direto. c)

c) predicativo predicativo do do sujeito.sujeito. d)

d) adjunto adjunto adnominal.adnominal. e) aposto.

e) aposto.

03 - (UFAC/2006/1ª Fase) 03 - (UFAC/2006/1ª Fase)

Identifique as funções sintáticas introduzidas pelas preposições, relacionando a 2ª coluna à Identifique as funções sintáticas introduzidas pelas preposições, relacionando a 2ª coluna à 1ª

1ª e marcando, em e marcando, em seguida, a seguida, a opção correta.opção correta. (

( S S ) ) depender depender de de alguém alguém ( ( ) ) complemento complemento nominalnominal (

( E E ) ) agir agir com com prudência prudência ( ( ) ) apostoaposto (

( L L ) ) homem homem de de coragem coragem ( ( ) ) adjunto adjunto adnominaladnominal (

( V V ) ) necessidade necessidade de de carinho carinho ( ( ) ) objeto objeto indiretoindireto (

( A A ) ) a a cidade cidade de de Rio Rio Branco Branco ( ( ) ) adjunto adjunto adverbialadverbial a) VALES a) VALES b) VELAS b) VELAS c) VALSE c) VALSE d) SALVE d) SALVE e) LEVAS e) LEVAS 04 - (UNIMES SP/2006) 04 - (UNIMES SP/2006)

“E Margarida?... Essa mais pungentes sentia ainda as saudades. Sempre assim acontece. “E Margarida?... Essa mais pungentes sentia ainda as saudades. Sempre assim acontece. Em todas as separações, tem mais amargo quinhão de dores o que fica, do que o que vai Em todas as separações, tem mais amargo quinhão de dores o que fica, do que o que vai partir. A este esperam-no novos lugares, novas cenas, novas pessoas; sobretudo espera-o partir. A este esperam-no novos lugares, novas cenas, novas pessoas; sobretudo espera-o o atrativo do desconhecido, que de antemão lhe absorve quase todos os pensamentos [...] o atrativo do desconhecido, que de antemão lhe absorve quase todos os pensamentos [...] Mas ao que fica... lá estão todos os objetos que vê a recordar-lhe as venturas que perdeu; Mas ao que fica... lá estão todos os objetos que vê a recordar-lhe as venturas que perdeu; ali as flores que colheram juntos, para as trocar depois; acolá, a árvore a cuja sombra se ali as flores que colheram juntos, para as trocar depois; acolá, a árvore a cuja sombra se sentaram [...].”

sentaram [...].”

DINIS, Júlio.

DINIS, Júlio. As pupilas do senhor reitor As pupilas do senhor reitor . S.P: Ática, 1995, p.41.. S.P: Ática, 1995, p.41. Observe que, no texto de Júlio Dinis, há duas ocorrências do pronome pessoal lhe.

Observe que, no texto de Júlio Dinis, há duas ocorrências do pronome pessoal lhe. Pode-se afirmar que:

Pode-se afirmar que: a)

a) na primeira, o pronome exerce a função na primeira, o pronome exerce a função sintática de sintática de objeto direto e, objeto direto e, na segunda, na segunda, dede objeto indireto.

objeto indireto. b)

b) na primeira, o pronome exerce a na primeira, o pronome exerce a função sintática função sintática de complemento nominal e, de complemento nominal e, nana segunda, de objeto indireto.

segunda, de objeto indireto. c)

c) na primeira, o na primeira, o pronome exerce a pronome exerce a função sintática função sintática de objeto de objeto indireto e, indireto e, na segunda, na segunda, dede objeto direto.

objeto direto. d)

d) na primeira, o pronome na primeira, o pronome exerce a função exerce a função sintática de sintática de adjunto adnominal adjunto adnominal e, na segune, na segunda,da, de complemento nominal.

de complemento nominal. e)

e) na primeira, o pronome na primeira, o pronome exerce a função exerce a função sintática de sintática de adjunto adnominal adjunto adnominal e, na segune, na segunda,da, de objeto indireto.

(2)
(3)

Página Página Página Página Página Página Página Página 2 2 2 2 2 2 2 2 05 - (UNICE CE/2001/Janeiro) 05 - (UNICE CE/2001/Janeiro)

Na frase “Essas atitudes

Na frase “Essas atitudes impensadasimpensadas podem trazer-podem trazer-lhelhe algumaalguma conseqüênciaconseqüência desastrosa”, as palavras grifadas exercem, respectivamente, as funções de:

desastrosa”, as palavras grifadas exercem, respectivamente, as funções de: a)

a) sujeito, sujeito, objeto objeto direto, direto, objeto objeto indireto.indireto. b)

b) adjunto adjunto adverbial, adverbial, objeto objeto indireto, indireto, adjunto adjunto adnominal.adnominal. c)

c) adjunto adjunto adnominal, adnominal, objeto objeto indireto, indireto, objeto objeto direto.direto. d)

d) predicativo, predicativo, objeto objeto indireto, indireto, objeto objeto direto.direto. e)

e) adjunto adjunto adnominal, adnominal, objeto objeto direto, direto, predicativo.predicativo. 06 - (ITA SP)

06 - (ITA SP)

SUGESTÃO SUGESTÃO

Sede assim – qualquer coisa Sede assim – qualquer coisa Serena, isenta, fiel.

Serena, isenta, fiel. Flor que se cumpre, Flor que se cumpre, Sem pergunta. Sem pergunta. 5

5 Onda Onda que que se se esforça,esforça,

par exercício desinteressado. par exercício desinteressado. Lua que envolve igualmente Lua que envolve igualmente Os noivos abraçados

Os noivos abraçados e os soldados já frios. e os soldados já frios. 10

10 Também como este Também como este ar da ar da noite:noite: sussurrante de silêncios,

sussurrante de silêncios,

cheio de nascimento e pétalas. cheio de nascimento e pétalas. Igual à pedra detida,

Igual à pedra detida,

Sustentando seu demorado destino. Sustentando seu demorado destino. 15

15 E a E a nuvem, leve nuvem, leve e bela,e bela,

vivendo de nunca chegar a ser. vivendo de nunca chegar a ser. À cigarra, queimando-se em música, À cigarra, queimando-se em música,

ao camelo que mastiga a sua longa solidão, ao camelo que mastiga a sua longa solidão, ao pássaro que procura o fim do mundo, ao pássaro que procura o fim do mundo, 20

20 ao boi ao boi que vai que vai com inocência com inocência para a para a morte.morte. Sede assim qualquer coisa

Sede assim qualquer coisa Serena, isenta, fiel.

Serena, isenta, fiel.

Não como o resto dos homens Não como o resto dos homens

Assinale a opção em que os termos desempenham a mesma função sintática: Assinale a opção em que os termos desempenham a mesma função sintática: a)

a) flor flor – – ar ar – – destino;destino; b)

b) nascimentos nascimentos – – pétalas pétalas – – pedra pedra detida;detida; c)

c) coisa coisa – – sem sem pergunta pergunta – – onda;onda; d)

d) ar ar – – cheio cheio – – igual;igual; e)

e) coisa coisa – – abraçados abraçados – – solidão.solidão. 07 - (UFCG PB/2008/1ª Fase)

07 - (UFCG PB/2008/1ª Fase)

No trecho “Estudos indicam a criação de três milhões de empregos se a carga for reduzida No trecho “Estudos indicam a criação de três milhões de empregos se a carga for reduzida para 40 horas semanais, sem redução salarial.

para 40 horas semanais, sem redução salarial. No futuroNo futuro, será possível chegar às 36, será possível chegar às 36 horas, viabilizando sete milhões de empregos. Reforma trabalhista sim. Mas qual?

horas, viabilizando sete milhões de empregos. Reforma trabalhista sim. Mas qual?

Paulo, Paim. Revista Isto é Online. 08/08/08. Paulo, Paim. Revista Isto é Online. 08/08/08. O termo em destaque ”no futuro...” por indicar circunstância trata-se de:

O termo em destaque ”no futuro...” por indicar circunstância trata-se de: a)

a) adjunto adjunto adnominal.adnominal. b)

b) adjunto adjunto adverbial adverbial de de lugar.lugar. c)

c) adjunto adjunto adverbial adverbial de de tempo.tempo. d)

d) adjunto adjunto adnominal adnominal de de tempo.tempo. e)

(4)

Página Página Página Página Página Página Página Página 3 3 3 3 3 3 3 3 08 - (CEFET RJ/2001)

08 - (CEFET RJ/2001) TEXTOTEXTO

“Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros do que a asa “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros do que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeir.

da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeir.

O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.”

roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.” (ALENCAR, José de. Iracema. São

(ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Scipione, 1994, p. 10)Paulo: Scipione, 1994, p. 10) Assinale a opção cuja expressão destacada tem valor sintático semelhante ao da Assinale a opção cuja expressão destacada tem valor sintático semelhante ao da destacada em “Iracema, virgem dos lábios de mel”.

destacada em “Iracema, virgem dos lábios de mel”. a)

a) O cão O cão que dorme que dorme na calçada na calçada acalmou-se, após acalmou-se, após a ventania ventania.a. b)

b) espiei os espiei os três cavaletrês cavaleiros, que iros, que permaneciam mudos sobre permaneciam mudos sobre suas montarias.suas montarias. c)

c) Sinhá Vitória, que era a sofrida esposa de FabiSinhá Vitória, que era a sofrida esposa de Fabiano, esticou o beiço, ano, esticou o beiço, indicandoindicando vagamente uma direção.

vagamente uma direção. d)

d) Marília, não Marília, não perturbe o perturbe o vaqueiro, porque vaqueiro, porque ele precisa ele precisa guardar o guardar o alheio gado.alheio gado. e)

e) Iracema tinha Iracema tinha um desejo: um desejo: que o que o guerreiro branco guerreiro branco jamais retornasse jamais retornasse à pátria.à pátria. 09 - (UNIRIO RJ)

09 - (UNIRIO RJ) “APELO”“APELO”

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, pra dizer a Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, pra dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda.

perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu  jeito

 jeito de de querer querer bem. bem. Acaso Acaso é é saudade. saudade. Senhora? Senhora? Às Às suas suas violetas, violetas, na na janela, janela, não não lheslhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.”

bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.”

DALTON TREVISAN, “Apelo”, em “O Conto Brasileiro Contemporâneo” (seleção de textos, DALTON TREVISAN, “Apelo”, em “O Conto Brasileiro Contemporâneo” (seleção de textos, introdução e notas bibliográficas por Alfredo Bosi) 2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p.190. introdução e notas bibliográficas por Alfredo Bosi) 2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p.190. O número de ocorrências de VOCATIVO, no texto, corresponde a:

O número de ocorrências de VOCATIVO, no texto, corresponde a: a) dois. a) dois. b) três. b) três. c) quatro. c) quatro. d) cinco d) cinco e) seis e) seis 10 - (UFAM/2007)

10 - (UFAM/2007) Assinale a opção em que o predicado da oração é verbo-nominal:Assinale a opção em que o predicado da oração é verbo-nominal: a)

a) Por Por que que andas, andas, jovem rapazjovem rapaz, , meio sorumbático?meio sorumbático? b)

b) Só na Só na ficção infantil ficção infantil um sapo um sapo pode vipode virar príncipe.rar príncipe. c)

c) O rato, O rato, após cruel após cruel assédio, assédio, foi devorado foi devorado pelo manhoso pelo manhoso bichano.bichano. d)

d) Esse Esse talentoso talentoso rapaz rapaz nasceu nasceu músico.músico. e)

e) Continuo Continuo aqui. aqui. Que Que jeito!jeito! 11 - (UNIFOR CE/2001/Julho)

11 - (UNIFOR CE/2001/Julho) …não apenas a devastação causada pela guerra condenara …não apenas a devastação causada pela guerra condenara  a maior parte da Europa à pobreza…

a maior parte da Europa à pobreza…

A predicação do verbo grifado na frase acima se repete em: A predicação do verbo grifado na frase acima se repete em: a)

a) despertou despertou esperanças esperanças tão tão grandes grandes quanto quanto a a catástrofe…catástrofe… b)

b) no qual no qual a paz a paz e a e a prosperidade seriam prosperidade seriam o destino o destino de todos.de todos. c)

c) que que não não ficava ficava muito muito longe longe da da ditadura ditadura nazista.nazista. d)

d) e e essa essa conclusão conclusão positiva positiva resiste resiste a a muitas das muitas das restrições…restrições… e)

(5)

Página Página Página Página 4 4 4 4 12 - (FEI SP)

1 "Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um  juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. ELE, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera(...).

2 - Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.

3 Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...) Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando: 4 - Você é um bicho, Fabiano.

5 Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades".

Observe a oração: "Fabiano ia SATISFEITO". O termo em destaque assume a função de: a) predicativo do sujeito b) objeto direto c) adjunto adverbial d) adjunto adnominal e) agente da passiva 13 - (UNIRIO RJ) “APELO”

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, pra dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu  jeito de querer bem. Acaso é saudade. Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes

poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.”

DALTON TREVISAN, “Apelo”, em “O Conto Brasileiro Contemporâneo” (seleção de textos, introdução e notas bibliográficas por Alfredo osi) 2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p.190. As funções sintáticas de sem o perdão de sua presença (l. 11-12) e de a todas as aflições do dia (l. 12) são, respectivamente:

a) predicativo do sujeito indireto.

b) predicativo do sujeito e complemento nominal de perdão.

c) adjunto adverbial de exclusão e complemento nominal de presença. d) adjunto adverbial de exclusão e objeto indireto.

e) adjunto adverbial da exclusão e adjunto adnominal de presença. 14 - (UNIRIO RJ)

"CARIOCA (...) FOI O NOME DADO EM VIRTUDE DO DEPÓSITO DE PIPAS DE ÁGUAS FRESCA."

A opção correta, quanto à sintaxe da oração acima, é: a) o predicado é nominal.

b) o predicado é verbal.

c) o verbo, na oração, é transitivo direto.

d) EM VIRTUDE DO DEPÓSITO ... FRESCA é adjunto adverbial de conseqüência. e) DE ÁGUA FRESCA é complemento nominal.

(6)

Página Página Página Página 5 5 5 5 15 - (UFCG PB/2006)

[...] Graças à abundância d’água que lá havia, como em nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.

E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.

AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: FTD, 1993, p. 31. O termo às tinas (linha 3) tem função de

a) adjunto adnominal e reforça a caracterização dos personagens. b) objeto indireto e destaca a caracterização do ambiente.

c) complemento nominal e evidencia a descrição do cenário.

d) adjunto adverbial e é fundamental para a composição do cenário da obra. e) sujeito e serve para indicar a profissão dos habitantes do cortiço.

16 - (UNIMAR SP/2002)

Assinale a função sintática do elemento sublinhado:

“A invasão das escolas por esses novos equipamentos tecnológicos exige adaptação.” a) Complemento nominal

b) Adjunto adnominal c) Adjunto adverbial d) Objeto indireto e) Objeto direto

17 - (FGV /2011/Janeiro) Analise a tira.

Observe a função sintática da expressão “o carnaval”, no primeiro quadrinho, e de “adiamentos”, no segundo. As palavras grifadas desempenham essas mesmas funções sintáticas, respectivamente, em:

a) Não temos mais desculpas. / Quando é a Páscoa?

b) Vamos enfrentar a realidade. / Não temos mais desculpas. c) Vamos festejar a Páscoa. / Basta de preocupações.

d) Chega de reclamações. / Quando é o Carnaval? e) Aproxima-se o Natal. / Basta de reclamações.

(7)

Página Página Página Página 6 6 6 6 18 - (FGV /2009/Janeiro)

Há anos o Itaú investe na cultura brasileira e é desse compromisso com o país que nasceu  o Itaúbrasil.

(Veja , 09.07.2008) Assinale a alternativa correta.

a) Considerando os sentidos da frase, está correto quanto à concordância o enunciado: Muitos bancos, como o Itaú, vêem investindo na cultura brasileira .

b) A expressão Itaúbrasil funciona sintaticamente como objeto direto do verbo nascer . c) Na frase, poder-se-ia substituir Há anos  por Fazem anos , mantendo-se o registro

padrão da língua.

d) Na frase, o pronome esse, em desse compromisso , não tem sua referência explícita. e) O processo de formação de palavras de Itaúbrasil é o mesmo que ocorre com norte- 

americano .

19 - (UFAM/2008/Janeiro)

Assinale a opção em que o pronome que exerce a função sintática de objeto direto: a) Nosso amigo vendeu bem todos os quadros a óleo que pintou.

b) Amemos, jovens, a terra que nos viu nascer.

c) Gostei de descobrir em ti a pessoa solidária que és. d) Inocente que era, como ficou claro, foi logo liberado. e) Somos o que somos, não aquilo que pensamos ser. 20 - (UFAM/2007)

Assinale a opção em que o pronome se aparece na frase com a função de objeto direto de verbo reflexivo recíproco:

a) Quem se imola em praça pública é monge budista.

b) Os vaidosos deslustrados se atribuem importância que não têm. c) Os dois jovens se davam demonstrações de profundo afeto.

d) No início dos debates, os adversários cumprimentaram-se apenas formalmente. e) O velho se arrependia amargamente de sua passada vida viciosa.

21 - (UNIMAR SP/2002)

“A nossa intenção era de que todos os alunos fossem ouvidos, mas não houve tempo.” Os termos grifados exercem a função sintática, respectivamente, de:

a) Objeto indireto e sujeito b) Objeto direto e objeto direto c) Sujeito e sujeito

d) Objeto direto e sujeito e) Sujeito e objeto direto. 22 - (ITA SP/2002)

Leia, a seguir, o texto em que Millôr Fernandes parodia Manuel Bandeira: Que Manuel Bandeira me perdoe, mas

VOU-ME EMBORA DE PASÁRGADA Vou-me embora de Pasárgada

Sou inimigo do Rei

Não tenho nada que eu quero Não tenho e nunca terei

Vou-me embora de Pasárgada Aqui eu não sou feliz

A existência é tão dura As elites tão senis

Que Joana, a louca da Espanha, Ainda é mais coerente

do que os donos do país.

(8)

Página Página Página Página 7  7 7  7 

Os três últimos versos de Millôr Fernandes exprimem: a) a inconseqüência dos governantes.

b) a má vontade dos políticos. c) a ignorância do povo.

d) a pobreza de espírito das elites. e) a loucura das mulheres no governo.

23 - (PUC PR/2001/Janeiro) Observe a frase que segue:

“Não posso lhe garantir que todos estarão presentes à sua festa de formatura”. Do enunciado acima, pode-se afirmar que a parte sublinhada desempenha a função de:

a) sujeito de posso, b) objeto direto de posso, c) objeto indireto de posso, d) objeto direto de garantir, e) objeto indireto de garantir.

24 - (UNP RN/Janeiro) Objeto direto preposicionado é um recurso da língua que permite o uso de uma preposição junto a um verbo transitivo direto, a fim de adequar o texto à norma culta da língua. Nas alternativas abaixo, apenas em uma delas esse recurso não foi utilizado, estabelecendo, portanto, um erro. Aponte-a :

a) “Mulher que ama a dois, a ambos engana.” b) Esta é a pessoa a quem respeito muito.

c) Encontrei a ele em um momento de grande dificuldade. d) Na Copa do Mundo de 1998, venceu a França o Brasil.

25 - (UNP RN/Julho) “Em face da História, rio sem fim que vai arrastando tudo e todos no seu curso, o contista é um pescador de momentos singulares, cheios de significação. Inventor do novo: descobrir o que os outros homens não souberam ver com tanta clareza, não souberam sentir com tanta força. Literariamente: o contista explora no discurso ficcional uma hora intensa e aguda de percepção. Esta, acicatada pelo demônio da visão, não cessa de perscrutar situações narráveis na massa aparentemente amorfa do real. E entre nós, o que tem achado?”

Os verbos “ver” e “sentir” necessitam de um complemento para que tenham realmente sentido. Sendo assim, concluímos que o objeto deles, no texto acima, é :

a) momento - momentos b) pescador - pescador c) homens - homens d) que - que

26 - (UNIFOR CE/2002/Janeiro) O próprio mato foge à obrigação .

A função sintática do termo sublinhado acima é a mesma do termo também sublinhado na frase:

a) Só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. b) A paisagem toca pela pobreza calma.

c) Os bois se postam junto à árvore.

d) Que fazer desses ermos lobrigados de passagem? e) O rebanho amontoa-se em círculo.

27 - (UNIFOR CE/2002/Julho) … e sonhava em escrever um grande romance. Considere as frases abaixo, construídas com o verbo grifado acima.

I. Dizem que Napoleão sonhava com uma grande reputação literária. II. Napoleão sonhava-se um afamado escritor.

III. Ninguém poderia sonhar o que Napoleão faria.

O tipo de complemento exigido pelo verbo sonhar está correto em: a) I, II e III.

b) I e II, somente. c) II e III, somente. d) III, somente. e) I, somente.

(9)

Página Página Página Página 8 8 8 8

28 - (EFEI SP/2002) No fragmento "dizendo-lhe que", lhe é analisado morfossintaticamente como:

a) pronome pessoal reto na função de objeto direto. b) pronome pessoal reto na função de objeto indireto. c) pronome pessoal oblíquo na função de objeto direto. d) pronome pessoal oblíquo na função de objeto indireto. e) pronome possessivo na função de adjunto adnominal. TEXTO: 1 - Comum à questão: 29

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância. Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causar repugnância… Sobe-se à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreita meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos Na frialdade inorgânica da terra!

29 - (ITA SP) Em “Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia” os termos grifados funcionam respectivamente como:

a) adjunto adverbial e adjunto adnominal b) adjunto adverbial e adjunto adverbial c) objeto indireto e complemento nominal d) objeto adverbial e adjunto adnominal

e) adjunto adnominal e complemento nominal TEXTO: 2 - Comum à questão: 30

01Olá. Espero que esteja gostando da revista. Neste artigo, eu 02gostaria de apresentar algo que pode ser de extrema importância 03para você. Você já foi induzido a dizer “sim”? Já se sentiu forçado a 04comprar o que não queria ou a contribuir com alguma causa 05suspeita? Alguma vez já desejou entender por que agiu desse jeito, 06para que no futuro pudesse resistir a esses ardis? Sim? Então este 07artigo é perfeito para você. Ele contém informações de grande valor 08sobre as mais poderosas pressões psicológicas que fazem você 09responder “sim” a pedidos. E é repleto de pesquisas NOVAS e 10APRIMORADAS que mostram exatamente como e por que essas 11técnicas funcionam. Então não perca tempo, apenas relaxe e acesse 12as informações – que, no fundo, você já está desejando ter.

Adaptado de Robert Cialdini 30 - (MACK SP/2006/Janeiro)

Neste artigo, eu gostaria de apresentar algo que pode ser de extrema importância para você.

Assinale a alternativa que, alterando a ordem dos termos, mantém o sentido original do trecho acima.

a) Eu gostaria de apresentar algo neste artigo de extrema importância para você.

b) Eu gostaria, neste artigo, de poder apresentar algo de extrema importância para você. c) Eu gostaria de apresentar, neste artigo, algo que pode ser de extrema importância para

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Página Página Página Página 9 9 9 9

d) Para você, eu gostaria de apresentar algo que pode ser de extrema importância neste artigo.

e) Eu gostaria, neste artigo, de poder apresentar, para você, algo que pode ser de extrema importância.

TEXTO: 3 - Comum à questão: 31

TUDO VERDE NA GROELÂNDIA

As geleiras da Groelândia estão derretendo tão rapidamente que, em alguns lugares, os níveis glaciais baixaram 10 metros num único ano. A constatação é de um grupo de cientistas da fundação Gary Comer, entidade americana que estuda as mudanças bruscas do clima no planeta. Para os pesquisadores, o território dinamarquês se tornou um laboratório gigante das transformações ambientais. O recuo do gelo e o desnudamento das rochas deram espaço a liquens e até a plantas mais desenvolvidas, além de resgatarem traços da agricultura viking extinta no século 15, quando a temperatura caiu tanto que nenhuma civilização resistiu ali. Hoje, a novidade ressuscita o verde e os fazendeiros. O aparente bom pasto é apenas a ponta de um grande problema ecológico.

( Terra, ed. 162, out. 2005, p.25.) 31 - (PUC PR/2006/Janeiro) “A constatação é de um grupo de cientistas da fundação Gary

Comer, entidade americana que estuda as mudanças bruscas do clima no planeta.” O enunciado destacado tem a função de:

a) referir-se ao Estados Unidos.

b) explicar as mudanças bruscas no clima. c) caracterizar as mudanças climáticas.

d) explicar o que vem a ser a fundação Gary Comer. e) referir-se aos cientistas e suas habilidades.

. 32 - CANCELADA

TEXTO: 5 - Comum à questão: 33

CONVIVER COM A DIFERENÇA: O GRANDE DESAFIO DO SÉCULO 21 (NA VIDA PRIVADA, NO TRABALHO E NA SOCIEDADE)

Patrícia Zaidan (Adaptado da Revista Cláudia, julho de 2005) 1No mundo tecnológico de hoje, que permite que um vietnamita se comunique2com um boliviano ouvindo sua voz e vendo seu rosto, não há mais problema3particular. É como se a casa do vizinho deixasse de existir – moramos, todos, sob o 4mesmo teto e o que atinge uma5pessoa afeta as demais. Foi assim que o atentado de 11 de setembro feriu o coração 6da humanidade. E cada bomba que explode no Iraque reforça a tese de que estamos 7ameaçados pela violência global.

8Para tentar neutralizá-la, é preciso entender o que se passa. “O começo do 9caos, o princípio da desordem no mundo é a falta de compreensão sobre o 10diferente”, afirma a filósofa Anita Novinsky, chefe do Laboratório de Estudos sobre a 11Intolerância da Universidade de São Paulo. “Se existe uma esperança para pacificar 12as relações humanas, ela se chama tolerância.”

13Anita assegura que as ações econômicas que levaram o planeta à modernidade 14também decretaram a perda da originalidade. Ao padronizar mercados, meios e 15modos de produção, a globalização interfere – muitas vezes de forma desastrosa – na 16dinâmica das cidades, das famílias e faz pairar o sentimento de que o diferente deve 17ser excluído. Isso pode significar um tiro no pé.

18Para haver desenvolvimento sustentável, o planeta tem de preservar a 19diversidade biológica; para realizar justiça social, deve aceitar a multiplicidade étnica, cultural e religiosa; para respirar democracia, necessita acatar a diversidade política. Em resumo: o homem precisa respeitar o homem.

(11)

Página Página Página Página 1 1 1 10000 33 - (FURG RS/2006/Janeiro)

Observando as relações entre os termos, assinale a alternativa em que as expressões destacadas têm a mesma função:

a) a tese (ref. 5) e a, em neutralizá- la (ref. 7).

b) de compreensão (ref. 8) e de 11 de setembro (ref. 4). c) da originalidade (ref. 12) e da humanidade (ref.s 4-5). d) o homem (ref. 18) e o homem (ref. 19).

e) no Iraque (ref. 5) e sustentável (ref. 16). TEXTO: 6 - Comum à questão: 34

A animalização do país

Clóvis Rossi, Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 2006

SÃO PAULO - No sóbrio relato de Elvira Lobato, lia-se ontem, nesta Folha, a história de um Honda Fit abandonado em uma rua do Rio de Janeiro "com uma cabeça sobre o capô e os corpos de dois jovens negros, retalhados a machadadas, no interior do veículo".

Prossegue o relato: "A reação dos moradores foi tão chocante como as brutais mutilações. Vários moradores buscaram seus celulares para fotografar os corpos, e os mais jovens riram e fizeram troça dos corpos.

Os próprios moradores descreveram a algazarra à reportagem. "Eu gritei: Está nervoso e perdeu a cabeça?", relatou um motoboy que pediu para não ser identificado, enquanto um estudante admitiu ter rido e feito piada ao ver que o coração e os intestinos de uma das vítimas tinham sido retirados e expostos por seus algozes.

"Ri porque é engraçado ver um corpo todo picado", respondeu o estudante ao ser questionado sobre a causa de sua reação.

O crime em si já seria uma clara evidência de que bestas-feras estão à solta e à vontade no país. Mas ainda daria, num esforço de auto-engano, para dizer que crimes bestiais ocorrem em todas as partes do mundo.

Mas a reação dos moradores prova que não se trata de uma perversidade circunstancial e circunscrita. Não. O país perde, crescentemente, o respeito à vida, a valores básicos, ao convívio civilizado. O anormal, o patológico, o bestial, vira normal. "É engraçado", como diz o estudante.

O processo de animalização contamina a sociedade, a partir do topo, quando o presidente da República diz que seu partido está desmoralizado, mas vai à festa dos desmoralizados e confraterniza com trambiqueiros confessos. Também deve achar "engraçado".

Alguma surpresa quando é declarado inocente o comandante do massacre de 111 pessoas, sob aplausos de parcela da sociedade para quem presos não têm direito à vida? São bestas-feras, e deve ser "engraçado" matá-los. É a lei da selva, no asfalto.

34 - (PUC SP/2006/Julho)

No trecho "Os próprios moradores descreveram a algazarra à reportagem", pode-se dizer que os dois termos grifados são, respectivamente,

a) o sujeito e o predicado do verbo "descreveram".

b) o adjunto adnominal e o adjunto adverbial do verbo "descreveram". c) o objeto direto e o objeto indireto do verbo "descreveram".

d) o aposto e o vocativo do verbo "descreveram".

e) o complemento nominal e o agente da passiva do verbo "descreveram". TEXTO: 7 - Comum à questão: 35

Ética dos advogados e ensino jurídico

Diante da crescente evidência de envolvimento de advogados com traficantes, é razoável e até necessário que a OAB reveja seus mecanismos de controle do exercício da profissão. Que acione com mais vigor sua Comissão de Ética, 5como quer seu presidente, Roberto Busato. Mas serão essas comissões suficientes? Ou estão elas também aprisionadas pela armadilha tradicional – a dificuldade estrutural de qualquer corporação em controlar a si mesma? Dificuldade não exclusiva dos advogados, mas de qualquer corporação:10médicos, juízes e políticos, por exemplo.

Aliás, foi justamente a evidência de que as corregedorias judiciais eram insuficientes para controlar o comportamento ético-disciplinar dos magistrados que levou o ministro Cézar Peluso, ao defender a constitucionalidade do Conselho 15Nacional de Justiça, a

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ressaltar: "(...) os atuais instrumentos orgânicos de controle ético-disciplinar dos juízes, porque praticamente circunscritos às corregedorias, não são de todo eficientes, sobretudo nos graus superiores de jurisdição (...)". A tarefa é difícil. Exige mais do que controles internos20corporativos.

Nessa perspectiva, surgiu proposta de tornar obrigatória a disciplina Ética Profissional nas faculdades de Direito. A proposta, aparentemente adequada, deve ser vista com cuidado. Mais importante do que ensinar ética é praticar um 25comportamento ético. Isso quer dizer que uma escola de Direito só tem legitimidade para ensinar ética se tiver antes implantado a prática cotidiana da ética entre professores, alunos e funcionários. Tiver antes implantado a educação como prática da ética, parafraseando o grande educador Paulo 30Freyre, quando pregava a educação como prática da liberdade.

Infelizmente, em grande número de faculdades de Direito existem práticas antiéticas de muitos alunos e até de alguns professores. Práticas que, nesta crise de perda de indignação do brasileiro, de tão corriqueiras, parecem até normais. Dou35exemplo de duas: a cola na prova e o plágio no trabalho de curso.

Qual a política efetiva que as escolas têm para controlar a cola? Que punições ou reeducação as escolas têm para o aluno que é pego colando? No nível institucional, 40provavelmente nenhuma. Tudo fica ao arbítrio do professor cansado, sem formação didática renovada, mal pago, a dar aula a um número excessivo de alunos empacotados numa sala, em situação que a boa didática jamais recomendaria. A ele cabe decidir se o aluno vai perder a questão, perder a45prova, ou apenas laisser passer.

Isso é suficiente? Difícil dizer. As estratégias para violação se sofisticaram. A cola tradicional, olhar e copiar a prova do aluno ao lado, insinuante, quase provocativa, que se autoconvida, dá lugar a "métodos" mais sofisticados, celulares50e outros meios eletrônicos. Tudo facilitado pelo fato de que a prova pede mais a memorização da doutrina alheia do que o raciocínio original do aluno.

O plágio em trabalhos escritos está em ascensão. Culpa do Google, da familiaridade das novas gerações de alunos 55com a tecnologia de busca na internet, e da facilidade de se atribuir a autoria de um texto. Essa situação é agravada pelo fato de que os trabalhos de disciplinas e de conclusão de curso são, sobretudo, pesquisas bibliográficas, estruturadas pelo que o professor Luciano de Oliveira chama de ideologia 60da "manualização". Assim como a maioria dos manuais de Direito são apenas uma colagem de autores, textos, doutrinas e jurisprudência sem necessariamente maior arte, assim também são os trabalhos de classe e de conclusão de curso. A pesquisa dos alunos começa e termina nos manuais65de sempre.

Incluir, pois, um curso de ética profissional no currículo pode nos levar a um paradoxo. O currículo ensinando ética, e o aluno praticando a antiética, ao usar a tecnologia para plagiar autores e colar nas provas e trabalhos do curso. Em outras 70palavras: não vamos resolver o grave problema do comportamento antiético de alguns advogados tornando obrigatório o ensino de uma nova disciplina – Ética Profissional – num ambiente marcado pela cola e plágio.

Temos o mesmo problema nas disciplinas de ética 75profissional nos cursos de formação dos juízes. Não raramente, essas disciplinas se transformam em discussões filosóficas ou dogmáticas europeizadas. Raramente se estruturam a partir da análise crítica dos problemas éticos disciplinares que existem em seus próprios tribunais.

80Soluções existem. Há escolas privadas, no Brasil e no exterior, onde os alunos assinam, além do contrato de prestação de serviços educacionais com a faculdade, um código de ética que se obriga a respeitar. Algumas escolas já têm Conselhos de Ética, nos quais a cola e o plágio são 85discutidos e julgados por alunos, professores e funcionários: as sanções vão desde a advertência até a expulsão, passando pela perda da bolsa.

Razões pragmáticas favorecem uma postura mais rigorosa. O aluno que cola pode apresentar um currículo igual ou 90melhor do que aquele que se esforçou sozinho. Isso é concorrência desleal num mundo em que é cada vez mais difícil obter emprego. Em algumas escolas, os alunos estão se conscientizando e contribuindo para o controle ético de seus colegas. Sem falar que está em jogo o próprio nome e 95reputação da escola – o que também começa a ser percebido pelos alunos. De uma maneira ou de outra, o mercado empregador acaba descobrindo quais as escolas que facilitam a aprovação do aluno e quais as que exigem um comportamento mais ético profissionalmente.

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Página Página Página Página 1 1 1 12222 35 - (FGV /2007/Janeiro)

Em seus mecanismos de controle do exercício da profissão (L.3-4), de controle, do exercício e da profissão exercem, respectivamente, função sintática de:

a) adjunto adnominal – complemento nominal – adjunto adnominal. b) adjunto adnominal – complemento nominal – complemento nominal. c) complemento nominal – adjunto adnominal – complemento nominal. d) complemento nominal – adjunto adnominal – adjunto adnominal. e) adjunto adnominal – adjunto adnominal – adjunto adnominal. TEXTO: 8 - Comum à questão: 36

TEXTO 1: POR UM POUCO DE LIMITES

Lya Luft. Revista Veja, 14 de junho de 2006 (adaptação).

1Sempre que devo falar em educação procuro não parecer cética, mas me lembro do que 2dizia um velho e experiente professor: “Se numa turma de quarenta alunos faço um aprender3a pensar, me dou por satisfeito”.

4Das coisas boas que me marcaram, uma foram os limites sensatos, outra, a autoridade5bondosa. Nada a ver com autoritarismo, desrespeito ou controle abusivo.

6O colégio era severo, não cruel. Estudava-se muito.

7Muito de psicologia mal interpretada nos mostrou pelos anos 60 que não dá para 8traumatizar crianças e jovens: eles têm que aprender brincando. Esqueceu-se que a vida não9é brincadeira e que o colégio – como a família – deveria nos preparar para ela.

10Um pouco de ordem na infância e na adolescência – em casa, na escola e na sociedade 11em geral – ajudaria a aliviar a perplexidade e angústia dos jovens. Respeito deveria ser algo 12natural e geral, começando em casa, onde freqüentemente as crianças comandam o13espetáculo.

14O exemplo vem de cima, e nisso estamos mal. Corrupção e impunidade são o modelo que15se nos oferece publicamente. Se os pais pudessem instaurar uma ordem em casa – amorosa,16mas firme - dando aos filhos limites e sentido, respeitando o fato de estarem em formação, 17estariam sendo melhores do que agindo de forma servil ou eternamente condescendente.

18Aliás, em casa começaria o melhor currículo, a melhor ferramenta para a vida: respeitar, 19enxergar e questionar. Nem calar a boca, como antigamente, nem gritar, bagunçar ou 20ofender: dialogar, comunicar-se numa boa, com irmãos, pais e outros. Isso estimularia a21melhor arma para enfrentar o tsunami de informações, das mais positivas às mais loucas, que22enfrentamos todos os dias: discernimento.

23O resto, meus caros, pode vir depois: com todas as teorias, nomenclaturas, 24“modernidades” e instrumentação. É ornamento, é detalhe, pouco serve para quem não 25aprendeu a analisar, ler, concentrar-se, argumentar e ser um cidadão integrado e firme no 26caótico e admirável mundo nosso.

36 - (FURG RS/2007/Janeiro)

Assinale a alternativa em que as expressões grifadas apresentam a mesma função. I. em casa (linha 18) e numa boa (linha 20)

II. dos jovens (linha 11) e de cima (linha 14) III. sensatos (linha 4) e bondosa (linha 5) IV. aos filhos (linha 16) e para ela (linha 9)

V. de forma servil (linha 17) e de informações (linha 21) a) IV, V e I estão corretas.

b) II, IV e III estão corretas. c) III, II e V estão corretas. d) I, III e IV estão corretas. e) V, I e II estão corretas.

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TEXTO: 9 - Comum à questão: 37

TEXTO 2: NO ANO PASSADO...

Mario Quintana: Porta Giratória. São Paulo, Ed Globo, 3ª edição, 1997.

1Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem já tivesse 2atravessado um rio, deixando tudo na outra margem... .Tudo sim, tudo mesmo! Porque, 3embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa 4extraordinária sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas.

5Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no último dia do 6ano passado, deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de 7anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, 8informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte: "Na Itália, quando 9soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os 10vasos rachados".

11Ótimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, 12tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido 13despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente 14irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz 15para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em 16versos...

17Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto 18andar do ano passado. Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para 19outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua 20ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.

37 - (FURG RS/2007/Janeiro) Assinale a alternativa em que as expressões grifadas desempenham o mesmo papel sintático.

a) de alívio (linha 4), da Europa (linha 7) e pela janela (linha 11). b) leve (linha 3), concretas (linha 15) e livre (linha 3).

c) um rio (linha 2), um parágrafo (linha 8) e tudo (linha 2). d) a alma (linha 3), metáforas (linha 14) e um recorte (linha 12). e) nossa (linha 20), já (linha 1) e eu (linha 5).

TEXTO: 10 - Comum à questão: 38 MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

Fonte: PESSOA, F. Mensagem. In: Mensagem e outros poemas afins seguidos de Fernando Pessoa e idéia de Portugal. Mem Martins: Europa-América [19-]. 38 - (UEL PR/2007/1ª Fase)

Em “Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal”. A expressão Ó mar salgado classifica-se, sintaticamente, como:

a) Sujeito, pois expressa o ser de quem se diz algo.

b) Objeto, pois completa o sentido do verbo transitivo direto.

c) Vocativo, pois expressa o ser a quem se dirige a mensagem do narrador. d) Complemento nominal, pois completa a idéia expressa por um nome. e) Aposto, pois explica e identifica o termo a que se refere o narrador.

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TEXTO: 11 - Comum à questão: 39

Mudança no clima afeta mais os pobres, diz secretário da ONU

Após alerta climático da ONU, reunião com ministros do Meio Ambiente de cem países pretende estudar modificações no comércio global para salvar o planeta Agência Reuters NAIRÓBI, Quênia - Os pobres do mundo, embora sejam os menos responsáveis pelo aquecimento global, serão os mais afetados pelo fenômeno, disse na segunda-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a ministros de Meio Ambiente de vários países. Eles estão reunidos em Nairóbi, capital do Quênia, para estudar modificações no comércio global de modo a salvar o planeta.

"A degradação do ambiente global continua incontida, e os efeitos da mudança climática estão sendo sentidos em todo o globo", disse Ban em nota que ecoa o relatório divulgado na semana passada pela ONU que apontava as atividades humanas como principais causas do aquecimento.

Em um discurso atribuído a Ban no início da reunião ministerial de Nairóbi, capital do Quênia, o secretário-geral afirmou que todos os países vão sentir os efeitos adversos das mudanças climáticas.

"Mas são os pobres, na África e em pequenos Estados insulares, que vão sofrer mais, mesmo que sejam os menos responsáveis pelo aquecimento global", afirmou.

Especialistas dizem que a África é o continente que menos emite gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, mas que devido à pobreza e à geografia é a região que tem mais a perder. Símbolos disso são a desertificação em torno do Saara e a redução da capa de gelo do monte Kilimanjaro.

Agências ambientais da ONU pressionam Ban a se empenhar na busca por um tratado que suceda ao Protocolo de Kyoto, que prevê a redução nas emissões globais de poluentes, mas expira em 2012.

Os governos estão sob pressão para agirem à luz das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, que apontou grande probabilidade de que no futuro haja mais tempestades, secas, ondas de calor provocadas pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades.

Alternativas

Achim Steiner, chefe do Programa Ambiental da ONU, que organiza o encontro de uma semana dos quase cem ministros, disse que a globalização está esgotando os recursos mundiais, sem oferecer os benefícios esperados.

Mas há muitos exemplos de gerenciamento sustentável, lembrou ele, citando a certificação de recursos como madeira e pesca para evitar a exploração ilegal e mecanismos "criativos", como o mercado de carbono, ou seja, de créditos para a emissão de poluentes, que se amplia rapidamente.

"Precisamos valorizar o poder do consumidor, atender aos apelos por regulamentação internacional para o setor privado e impor padrões e normas realistas para os mercados globalizados", disse Steiner em nota antes da reunião.

Relatório climático

O encontro ocorre sob o impacto do relatório da ONU, de acordo com o qual há mais de 90% de probabilidade de que o aquecimento global tenha como principal causa o fator humano.

Funcionários da ONU esperam que o estudo incentive governos – especialmente o dos EUA, maior poluidor mundial – e empresas a se empenharem mais na redução dos gases do efeito estufa, emitidos principalmente por usinas termelétricas, fábricas e carros.

O encontro desta semana do Conselho do Programa Ambiental da ONU no Quênia discutirá também a crescente ameaça da poluição por mercúrio, a demanda por biocombustíveis e reformas na ONU.

Pela primeira vez, o evento receberá dirigentes de outras agências, como Pascal Lamy, da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Acredito que a presença (de Lamy) mostra que não há mais um tráfego de mão única a respeito do comércio e meio ambiente", disse Steiner.

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Página Página Página Página 1 1 1 15555 39 - (PUC SP/2007/Julho)

Considerando o trecho “Os governos estão [1] sob pressão [2] para agirem à luz das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, que apontou grande probabilidade [3] de que no futuro haja mais tempestades, secas, ondas de calor provocadas [4] pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades”, os termos grifados e numerados exercem, respectivamente, a função sintática de

a) predicativo do sujeito, adjunto adverbial de finalidade, complemento nominal e agente da passiva.

b) predicativo do sujeito, adjunto adverbial de conformidade, objeto indireto e sujeito paciente.

c) adjunto adverbial de modo, adjunto adverbial de conseqüência, objeto direto preposicionado e aposto.

d) adjunto adnominal, adjunto adverbial de afirmação, adjunto adnominal e complemento nominal.

e) adjunto adverbial de companhia, adjunto adverbial de proporção, agente da passiva e objeto indireto.

TEXTO: 12 - Comum à questão: 40 Tirinha 1

Disponível em <http://tiras-hagar.blogspot.com/2006_04_01_archive.html>. Tirinha 2

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Página Página Página Página 1 1 1 16666 40 - (UEM PR/2007/Julho)

Na tirinha 1, em “...dizer pra elas o que é bom pra elas?”, temos dois complementos que se classificam, respectivamente, como

a) objeto indireto e complemento nominal. b) objeto direto e complemento nominal. c) objeto indireto e objeto indireto.

d) complemento nominal e complemento nominal. e) objeto indireto e objeto direto.

TEXTO: 13 - Comum à questão: 41 O BARBEIRO

01Perto de casa havia um barbeiro, que me 02conhecia de vista, amava a rabeca e não 03tocava inteiramente mal. Na ocasião em que ia 04passando, executava não sei que peça. Parei 05na calçada a ouvi-lo (tudo são pretextos a um 06coração agoniado), ele viu-me, e continuou a 07tocar. Não atendeu a um freguês, e logo a 08outro, que ali foram, a despeito da hora e de 09ser domingo, confiar-lhe as caras à navalha. 10Perdeu-os sem perder uma nota; ia tocando 11para mim. Esta consideração fez-me chegar 12francamente à porta da loja, voltado para ele. 13Ao fundo, levantando a cortina de chita que 14fechava o interior da casa, vi apontar uma 15moça trigueira, vestido claro, flor no cabelo. 16Era a mulher dele; creio que me descobriu de 17dentro, e veio agradecer-me com a presença o 18favor que eu fazia ao marido. Se me não 19engano, chegou a dizê-lo com os olhos. 20Quanto ao marido, tocava agora com mais 21calor; sem ver a mulher, sem ver fregueses, 22grudava a face no instrumento, passava a23alma ao arco, e tocava, tocava…

24Divina arte! Ia-se formando um grupo, 25deixei a porta da loja e vim andando para 26casa; enfiei pelo corredor e subi as escadas 27sem estrépito. Nunca me esqueceu o caso 28deste barbeiro, ou por estar ligado a um 29momento grave de minha vida, ou por esta 30máxima, que os compiladores podiam tirar 31daqui e inserir nos compêndios da escola. A 32máxima é que a gente esquece devagar as 33boas ações que pratica, e verdadeiramente 34não as esquece nunca. Pobre barbeiro! Perdeu 35duas barbas naquela noite, que eram o pão do 36dia seguinte, tudo para ser ouvido de um37transeunte. Supõe agora que este, em vez de 38ir-se embora, como eu fui, ficava à porta a 39ouvi-lo e namorar-lhe a mulher; então é que40ele, todo arco, todo rabeca, tocaria41desesperadamente. Divina arte!

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro – obra completa – vol. I, Aguilar, 2a ed. 1962. 41 - (UECE/2008/Janeiro) Na passagem “... executava não sei que peça.” (linha 04), a

palavra que tem função de:

a) pronome relativo — sujeito

b) pronome adjetivo — adjunto adnominal c) pronome relativo — adjunto adnominal d) conjunção integrante — conectivo TEXTO: 14 - Comum à questão: 42

(O Estado de S. Paulo, 1/12/2003.) 42 - (UFMT/2009/Janeiro) Em relação aos recursos lingüísticos e textuais, assinale a

afirmativa correta.

a) No primeiro quadrinho, o pronome isso retoma Todo mundo busca a felicidade!  b) A palavra Haroldo, no último quadrinho, tem a função de aposto.

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c) Em Eu não!, a elipse serve para evitar a repetição de parte da frase anterior.

d) O pronome lhe, no último quadrinho, na linguagem padrão deveria ser substituído pelo pronome o.

e) Na única fala de Haroldo, a palavra que, nas três ocorrências, é conjunção integrante. TEXTO: 15 - Comum à questão: 43

É a mais pura verdade, pode acreditar: no último fim de semana, um rapaz foi seduzido e embriagado por uma loira daquelas de cinema numa boate e acordou numa banheira de hotel cercado de gelo, com uma mensagem escrita no espelho com batom vermelho para que procure imediatamente um médico, pois seu rim fora retirado. Uma variável dessa história é a do menino – “filho da vizinha de um primo” – que desapareceu quando comprava lanches no McDonald’s de um famoso shopping da cidade e foi encontrado uma semana depois pálido. Quando a mãe foi dar banho nele, viu um grande corte não cicatrizado e o levou ao pronto-socorro, onde descobriram que traficantes de órgãos tinham retirado um de seus rins.

Que usuário regular de internet em todo o planeta nunca recebeu pelo menos uma mensagem assim, repassada por amigo ou conhecido, com o relato de algum caso que lhe pareceu bizarro ou absurdo, capaz de causar calafrios? Provavelmente, nenhum.

(Pesquisa  – Fapesp, maio 2008) 43 - (UNISA SP/2009)

Assinale a alternativa em que as palavras em destaque funcionam como aposto explicativo, acrescentando informações sobre a seqüência anterior.

a) É a mais pura verdade, pode acreditar .

b) ... seduzido e embriagado por uma loira daquelas . c) ... escrita no espelho com batom vermelho .

d) Seu rim fora retirado. Uma variável dessa história . e) ... e a do menino – filho da vizinha de um primo . TEXTO: 16 - Comum à questão: 44

A MACHADO DE ASSIS, MORTO VIVO 01De que maneira a fundo iremos conhecer-te, 02se muita vez estás noutro lugar,

03mil cabriolas a dar,

04com a manipulação freqüente de um falar 05e dois entenderes?

06O que propões, porém, vamos tateando, 07e o teu pungente riso saboreando.

08Algo fica, afinal, de tuas reticências –, 09mesmo sem se atingir total a tua essência 10e não obstante a previsão de Cubas –, 11também nas duas tais colunas da opinião, 12não só numa terceira, a dos agudos, 13e assim o teu discurso não é vão. 14De além dos vermes que roeram 15as tuas frias carnes

16sem deixar boca para rir 17nem olhos para chorar,

18escuta-me com a alma que restou 19do teu grande naufrágio

20(longe do feroz ágio e do pedágio). 21Aqui estou para dizer-te o quanto 22ainda te ouvimos, lemos e te amamos. 23Ensinaste-nos que há sempre

24uma gota da baba de Caim,

25tanto a vontade como a ação umedecendo 26de indivíduos, de classes ou de tribos.

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28(Quantos, qual tu sem Deus, acham que a morte é o fim!) 29Joaquim Maria, as tuas esquivanças,

30silêncios e trejeitos e artimanhas

31deram-nos luz para a experiência do homem. 32E, quanto a nado, mar, navegação,

33embora cada um de nós manobre 34bem a seu modo o timão,

35para o leitor abriste uma Escola de Sagres, 36onde muito se pode observar,

37dos olhos de ressaca em tua Capitu 38até os confins da Europa no seu corpo, 39que por Bentinho, enfim, é rejeitado. 40Fizeste de Escobar o próprio rio Cobar, 41para em Ezequiel, homônimo do bíblico, 42denunciar-se por fumos todo um fogo, 43a culpa intencional da sedução de um mar... 44E fizeste surgir a dúvida no ar.

45Ora com humour , ora com ironia, 46contra Leibniz puseste Schopenhauer.

47De Laurence Sterne filtraste a sátira menipéia. 48E o vulnerável, mestre, apanhas com mão fria. 49Sobressai-te um vigor: a sensual latência, 50quase sempre consciente e deletéria,

51qual sangue a latejar por dentro de uma artéria. 52Evidenciando aqui, ali insinuando,

53soubeste registrar o desconforto, 54o descontentamento e a frustração 55da nossa humana condição

56desde o emplasto de Brás Cubas 57à solda da opinião.

58E aqui ficamos tristes e inquietos

59com as mil formas de ser da humana Dor.

60Muito amor ainda falta e pão. Faltam mais tetos, 61a paz pública falta e a paz interior.

62Sentimo-nos pequenos e incompletos.

LINHARES FILHO, José. A Machado de Assis, m orto vivo. In: _____________. Notícias de bordo: poemas selecionados. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 91-93. 44 - (UFC CE/2009) Acerca dos elementos constitutivos do verso “E o vulnerável, mestre, apanhas com mão fria” (verso 48), analise as assertivas a seguir e coloque V ou F conforme sejam verdadeiras ou falsas.

( ) “mestre” exerce função de vocativo, assim como “Joaquim Maria” (verso 29). ( ) “apanhas” tem como sujeito “tu”, que remete a “Joaquim Maria” (verso 29).

( ) “E” exerce a mesma função que em “o desconforto, / o descontentamento e  a frustração / da nossa humana condição” (versos 53-55).

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta. a) VFV.

b) FVF. c) FFV. d) VFF. e) VVF.

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TEXTO: 17 - Comum à questão: 45 Brasil

O Zé Pereira chegou de caravela

E preguntou pro guarani da mata virgem  – Sois cristão?

 – Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!

Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha

Tomou a palavra e respondeu  – Sim pela graça de Deus

Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval

(ANDRADE, Oswald de. Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 1991, p. 41.) 45 - (UFES/2009)

O elemento do Texto que apresenta a mesma função sintática do termo “zonzo” (verso 07) é:

a) de caravela (verso 1). b) pro guarani (verso 2). c) da mata virgem (verso 2). d) da fornalha (verso 7).

e) pela graça de Deus (verso 9) . TEXTO: 18 - Comum à questão: 46

Leia o poema abaixo, de Manuel Bandeira.

O Bicho 

Vi ontem um bicho  Na imundície do pátio 

Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava:  Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão, Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem. 46 - (UFMS/2008/Inverno)

O substantivo bicho  aparece três vezes nos versos do poema, exercendo, na ordem, as seguintes funções sintáticas:

a) complemento verbal, sujeito, aposto. b) objeto indireto, sujeito, sujeito.

c) complemento nominal, agente da passiva, sujeito. d) objeto direto, sujeito, sujeito.

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TEXTO: 19 - Comum à questão: 47

O texto abaixo é de autoria do grande poeta Manuel Bandeira, que foi o homenageado da sétima edição da Festa Literária Internacional de Paraty, no Rio de Janeiro (Flip), em julho de 2009.

Poética

Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador Político

Raquítico Sifilítico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo

De resto não é lirismo

Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes

maneiras de agradar às mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare

 — Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

47 - (IBMEC/2010/Janeiro) As alternativas abaixo contem locuções preposicionadas retiradas do poema onde funcionam como adjuntos adnominais. Assinale aquela que possui função sintática diferente das demais:

a) “Estou farto do lirismo comedido ”. b) “livro de ponto ”.

c) “manifestações de apreço ”. d) “as sintaxes de exceção ”. e) “O lirismo dos bêbedos ”. TEXTO: 20 - Comum à questão: 48

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar?

ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi

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um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, m enos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009). 48 - (UEL PR/2010/2ª Fase) Considere o trecho: “Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são a) predicados verbais. b) núcleos do sujeito. c) substantivos. d) advérbios. e) adjetivos.

TEXTO: 21 - Comum à questão: 49

O Ser nordestino: sentimentos em relação ao Nordeste Texto 9

1 A pobre esposa chorosa 2 naquele estranho ambiente 3 recorda muito saudosa 4 sua terra e sua gente

5 relembra o tempo de outrora, 6 lamenta, suspira e chora 7 com a alma dolorida 8 além da necessidade 9 padece a roxa saudade 10 de sua terra querida

ASSARÉ, Patativa do. Emigração. In: ______. Cordéis e outros  poemas. Fortaleza: Edições UFC, 2006, p. 108 Texto 10

1 Ó cidade da querença, 2 sob o sol ou sob a chuva 3 tu me penetras de ausência. 4 Minha ilha e meu refúgio, 5 aço em que, longe, me firo 6 e espelho em que me revejo, 7 oásis a que me retiro

8 entre os desertos de andejo, 9 morada antiga de deuses,

10 me enches de luar e de adeuses.

FILHO, Linhares. Canção para Lavras. In: ______. Notícias de Bordo : poemas selecionados. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 118.

Referências

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