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CONCLUSÃO. Em 07/03/2018, faço estes autos conclusos ao(à) MM(ª) Juiz(a) de Direito. Eu,, Escrevente Judiciário, subscrevi.

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(1)

Praca Almeida Junior, 72, São Paulo-SP - 01510-010

CONCLUSÃO

Em 07/03/2018, faço estes autos conclusos ao(à) MM(ª) Juiz(a) de Direito. Eu,

_________________, Escrevente Judiciário, subscrevi.

DECISÃO

Processo nº:

1521885-90.2018.8.26.0090

Classe:

Assunto:

Execução Fiscal

IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano

Exeqüente:

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Executado:

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E

URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CDHU, CNPJ

47.865.597/0001-09

Valor do débito:

R$ 15.138,08

Honorários advocatícios:

10% (dez por cento) sobre o valor do débito

Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU

Rua Boa Vista, 170

São Paulo-SP

01014-000

VISTOS.

1. CITE-SE o(a) executado(a) para que, no prazo de 05 (cinco) dias,

pague o débito, cujo valor deverá ser corrigido monetariamente até a data do efetivo

pagamento, acrescido de multa, juros, honorários advocatícios - ora fixados em 10%

(dez por cento) -, custas e despesas processuais, ou, em igual prazo, ofereça bens à

penhora, sob pena de serem penhorados tantos bens quantos bastem para a garantia

da execução, ficando, ainda, CIENTE de que o prazo para oposição de embargos é de

30 (trinta) dias, contados da intimação da constrição (art. 16, da Lei 6830/80), valendo

a citação para todos os demais termos e atos processuais, até final liquidação.

Se negativa a citação, dê-se vista dos autos à Fazenda.

Se positiva, aguarde-se, pelo prazo de cinco (5) dias, o pagamento ou a

nomeação de bens; nada sendo providenciado pelo(a) executado(a), dê-se vista dos

autos à exequente.

2. Se se tratar de pessoa jurídica de direito público, CITE-SE na forma do

art. 910 do Novo Código de Processo Civil.

Nesse caso, se, efetivada a citação, não houver embargos, a solicitação

de ofício requisitório deverá ser realizada por peticionamento eletrônico (Comunicado

SPI nº 64/2015 (Processo CPA nº 2013/186913).

3. Intime-se.

São Paulo, 07 de março de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

(2)

Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min CARTA DE CITAÇÃO

Processo Digital nº: 1521885-90.2018.8.26.0090

Classe Assunto: Execução Fiscal - IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano

Exequente: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Executado(a): Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU - CNPJ: 47.865.597/0001-09

Dívida Ativa nº: 51043192018001, 51043192018002, 51043192018003, 51043192018004

Valor do Débito: R$ 15.138,08 - Atualizado até: 01/02/2018 00:00:01

Destinatário(a):

Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU Rua Boa Vista, 170, Centro

São Paulo-SP CEP 01014-000

Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo o conteúdo da petição inicial e da decisão que determinou a citação, para que, no prazo de 05 (cinco) dias, efetue o pagamento do valor indicado acima, a ser corrigido monetariamente, acrescido de multa, juros e honorários advocatícios fixados na decisão, além das custas judiciais e processuais, ou, em igual prazo, garanta a execução, sob pena de penhora de tantos bens quantos bastem para a satisfação do débito, ficando CIENTE de que o prazo para oposição de embargos é de 30 (trinta) dias, contados da intimação da constrição (art. 16, da Lei 6830/80), valendo a citação para todos os termos e atos legais do processo, até final liquidação.

Para obter o documento para pagamento ou verificar a possibilidade de parcelamento há 2 (duas) possibilidades: 1) Acesse o link http://www.dividaativa.pgm.sp.gov.br e siga as instruções da tela; 2) Compareça à Rua Maria Paula, nº 136, Centro – São Paulo – SP, das 8h30 às 17h00.

OBSERVAÇÃO: Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão que determina a

citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerada vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006) que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico. Felipe de Melo Franco, Juiz de Direito. São Paulo, 07 de março de 2018.

(3)
(4)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO

DA VARA DAS EXECUÇÕES FISCAIS MUNICIPAIS DA COMARCA DE

SÃO PAULO

PROCESSO N. 1521885-90.2018.8.26.0090

A COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO

HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO

– CDHU, já

qualificada nos autos em epígrafe que lhe move a MUNICÍPIO DE SÃO PAULO,

representada por seu advogado, vem respeitosamente a presença de Vossa

Excelência, acudindo a citação recebida, opor EXCEÇÃO DE

PRÉ-EXECUTIVIDADE, à Execução Fiscal que lhe propõe a PREFEITURA

MUNICIPAL DE SÃO PAULO, pelas razões de fato e de direito a seguir

expostas:

1. Síntese da Inicial e do Cabimento da Exceção de

Pré-Executividade

Tratam os autos de execução de valores supostamente

devidos a título de tributos, decorrentes do não pagamento do valor total de R$

15.138,08 (quinze mil cento e trinta e oito reais e oito centavos).

Não obstante seja possível o aforamento de embargos

(art. 16, I, da Lei das Execuções Fiscais), admite-se também que seja oposta

(5)

exceção de pré-executividade, independentemente da oposição dos embargos,

quando a matéria se refere à inexistência de pressupostos exigíveis à constituição do

processo ou mesmo das condições da ação, pois constituem-se em questões de

ordem pública, podendo ser examinadas em qualquer grau de jurisdição, ex offício

ou por alegação da parte.

Vem-se admitindo a utilização da exceção de

pré-executividade na execução fiscal, tal como vem ocorrendo no Processo de

Execução.

Destaca-se que a exceção de pré-executividade é um

meio de defesa que tem por finalidade obstar um ato de constrição de bem, em

razão da extinção da obrigação ou da existência de vício no título executivo,

perceptível mediante pura ilação jurídica.

É condição para sua admissibilidade que o vício seja

aferível de plano e que se trate de matéria ligada à admissibilidade da execução,

conhecível de ofício e a qualquer tempo, sem que se cogite de apresentação de

questões dependentes de prova, que não dizem respeito aos aspectos formais do

título.

A adoção da exceção, desta feita, pode ser admitida

quando o executado lograr demonstrar, de plano, de maneira insofismável, a

vicissitude que acoberta a pretensão executória atacada, indene de dúvidas:

“A exceção de pré-executividade só pode ser acolhida

quando escancaradamente nula a execução” (AgInst 149.343-5/Tiete, Rel. Barreto

Fonseca, in JTJ 228/185).

“EXECUÇÃO FISCAL - Exceção de pré-executividade -

Requisito - Inexistência de dúvida quanto à quitação do débito- Constatação de

(6)

plano, configurando hipótese de carência da execução - Inocorrência -

Impossibilidade de dilação probatória para sua demonstração - Recurso não

provido.

” (AgInst 132.704-5/São Caetano do Sul, Rel. Demóstenes Braga, in JTJ

227/189).

Nesse sentido é o teor da Súmula nº 393 do Superior

Tribunal de Justiça:

"A exceção de pré-executividade é admissível na

execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem

dilação probatória."

Assim, é perfeitamente admissível por meio de exceção

de pré-executividade a arguição de matérias passíveis de conhecimento de ofício,

como a ausência de condições da ação e pressupostos de constituição e

desenvolvimento válido do processo de execução, sempre que aferíveis de plano, o

que, indiscutivelmente ocorre nos presentes autos.

Assim, ver-se-á nas razões de direito adiante expostas

que a Execução Fiscal ora questionada não tem a menor condição de prosseguir.

2. Da Imunidade Tributária Recíproca

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 23, inciso

IX o seguinte texto:

Art. 23 CF - é competência comum da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

(7)

IX - Promover programas de construção de moradias e

a melhoria das condições habitacionais e de saneamento

básico;

Com o advento da Lei Paulista nº 905, de 18 de

dezembro de 1975, foi criada a COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO

HABITACIONAL URBANO - CDHU, cuja finalidade é de promover moradias

populares.

Logo, a CDHU atende ao que determina o artigo 1º da

Lei nº 905, de 18 de dezembro de 1975, que assim preceitua:

Art. 1 - Fica o poder executivo autorizado a adotar as

providências necessárias a participação de Estado no

Plano Nacional da Habitação Popular (PLANHAP),

destinado a promover a ascensão social das famílias

urbanas com renda equivalente a até 5 salários-mínimos

e a propiciar, em relação a essas famílias:

I - redução gradual, até sua eliminação do déficit

habitacional;

II - atendimento da demanda de habitações das novas

famílias;

III - condições para melhoria e ampliação de habitações

já existentes;

IV - acesso aos serviços urbanos essenciais; e

V - estímulo e fornecimento da capacidade de

organização comunitária.

(8)

Com isso cumpre ressaltar que somente as famílias de

baixa renda são atendidas pelos programas habitacionais da Excipiente, tanto que

devem atender aos seguintes critérios:

Renda Familiar

Limite Máximo de Comprometimento de Renda

Salários Mínimos % sobre a Renda Familiar

1,00 a 3,00 15%

3,01 a 5,00 15 a 20%

5,01 a 8,5 20 a 25%

8,5 a 10 25 a 30%

Fonte: Gerência de Planejamento Econômico – CDHU

Resta evidente que a CDHU não comercializa suas

unidade habitacionais, mas sim atende a uma finalidade social, para tanto o

financiamento concedido as referidas famílias não leva em conta o valor de

mercado, mas apenas o custo da obra observando ainda o poder aquisitivo das

famílias de baixa renda.

Logo, com a concessão de subsídios por parte da CDHU

em favor das famílias de baixa renda, é evidente que a Executada não chega a

receber o valor de custo do apartamento ou casa.

Desta forma a CDHU subsiste em razão dos repasses

efetuados pelo Governo do Estado de São Paulo, tendo em vista que não obtém

lucro em seus empreendimentos.

(9)

Logo, a CDHU atua como instrumento da política

habitacional do Governo do Estado de São Paulo, voltado à população de baixa

renda, que não poderá encontrar guarida no denominado mercado imobiliário

regular e também no desenvolvimento urbano das áreas degredadas, atendendo

ainda a uma finalidade de interesse coletivo.

Ressalte-se que em razão dessa atuação auxiliar ao

Governo do Estado fica evidente sua privação quanto a liberdade na fixação ou

modificação dos próprios fins e obrigação de cumprir os escopos, bem como se

extinguir pela própria vontade.

Não apenas isso, por ser uma entidade do Estado a ela se

aplica o controle positivo do Estado, isto é, este tem por finalidade verificar se a

entidade está cumprindo os fins para os quais foi criada, ainda que seja pessoa

jurídica de direito privado.

Desta forma, cristalino está que a Excipiente presta um

serviço público em regime de monopólio estatal, um porque atende ao que

determina o artigo 23, inciso IX da Constituição Federal e duas pela inviabilidade

de se tratar de uma atividade econômica, pois se assim o fosse as famílias de baixa

renda não teriam as mínimas condições para adquirir sua moradia.

Com isso a Carta Magna prevê em seu artigo 150 e

seguintes, a limitação ao poder de tributar, impedindo que haja tributação entre o

patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.

Art. 150 CF - Sem prejuízo de outras garantias

asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos

Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(10)

III - cobrar tributos:

[...]

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

[...]

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às

autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo

Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda

e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais

ou às delas decorrentes.

A referida limitação se refere a imunidade recíproca que

tem por fundamento a liberdade, sendo-lhe estranhas as considerações de justiça ou

utilidade, logo, os entes públicos não são imunes por insuficiência de capacidade

contributiva ou pela inutilidade das incidência mútuas, senão que gozam da

proteção constitucional em homenagem aos direitos fundamentais dos cidadãos, que

seriam feridos com o enfraquecimento do federalismo e da separação dos poderes.

A imunidade recíproca objetiva a proteção do

Federalismo, isto é, protege as pessoas jurídicas de direito público umas das outras,

no que concerne à incidência de impostos.

Neste sentido nos ensina Luciano Amaro:

“A imunidade recíproca objetiva a proteção do

federalismo. O que se imuniza é o “patrimônio, a renda e os serviços” dos entes da

federação, o que não impede a incidência de impostos indiretos, como o IPI e o

(11)

ICMS, mas repele a cobrança de tributos que atinjam o patrimônio dos entes

políticos, ainda que não sejam “classificados” como “impostos sobre o

patrimônio”. (Amaro, Luciano – Direito Tributário Brasileiro – 15ª Ed. – São Paulo

– Saraiva – pág. 151).

Não apenas isso, no parágrafo 2º do artigo 150 da

Constituição Federal explicita que a imunidade recíproca é extensiva apenas às

autarquias e às fundações instituídas e das pelo Poder Público, no que concerne ao

patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas

decorrente.

Ocorre que, a imunidade tributária recíproca, antes

deferida apenas à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,

extensível originariamente às autarquias e fundações públicas, agora passou a ser

considerada também para as empresas públicas e sociedades de economia mista que

desenvolvam atividades com monopólio estatal e ou prestação de serviço público

essencial.

Neste sentido é o entendimento da Suprema Corte:

CONSTITUCIONAL.

Tributário

EMPRESA

BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

RECÍPROCA: C.F., art. 150,VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE

ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO

PÚBLICO: DISTINÇÃO.

I

– As empresas públicas prestadoras de serviços

público distinguem-se das empresas que exercem atividade econômica. A Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação

obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade

tributária recíproca: C.F., art. 150, VI,a.

(12)

Desta forma a Companhia de Desenvolvimento

Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU, apesar de ser uma

sociedade de economia mista e por tanto uma pessoa jurídica de direito privado, não

é destinada a atividade econômica, mas sim uma atividade de monopólio estatal,

qual seja oferecer as famílias de baixa renda a possibilidade de adquirir sua

moradia;

Ressalte-se ainda que a competência de oferecer moradia

para as famílias de baixa renda é comum à União, aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios, isto nos termo do artigo 23, inciso IX, da Constituição Federal.

Não apenas isso, por ser uma entidade integrante da

Administração Indireta, aplica-se à Excipiente todos os princípios insertos no artigo

37 da Constituição Federal, sujeitando-se inclusive, à fiscalização do Tribunal de

Contas do Estado de São Paulo.

Logo, a CDHU atua como instrumento da política

habitacional do Governo do Estado de São Paulo voltado ao desenvolvimento

urbano de áreas degradadas e ao oferecimento de moradias à população de baixa

renda que não poderá encontrar guarida no denominado mercado imobiliário

regular, ressaltando-se inclusive que o financiamento é concedido de acordo com o

que determina a legislação do Sistema Financeiro da Habitação.

Desta forma, caracterizado está que a CDHU presta

serviço público monopolizado.

Neste sentido nos ensina Roque Antonio Carrazza:

“Esclarecendo o assunto, o serviço de correio é um

serviço público federal, ex vi do disposto no art. 21, X, da CF. Pois bem, a

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (empresa pública a quem

(13)

compete, por delegação legal, manter o serviço postal) é obrigada a

encaminhar a correspondência da pessoa que procura seus serviços mesmo que

– contas feitas – isso lhe cause assinalados prejuízos, pela dificuldade de

acesso ao destinatário.

É que o serviço público vem prestado por determinação

legal; não porque foi remunerado por meio de taxa, preço ou tarifa. Logo, há

de surdir, ainda que tal pagamento se revele insuficiente para manter o

equilíbrio econômico-financeiro da delegatária. Dito de outro modo, recebendo

remuneração insuficiente (ou até nada recebendo), a delegatária é obrigada a

prosseguir em suas finalidades, legalmente estabelecidas.

Sobremais, o serviço público é indisponível. Melhor

dizendo, a empresa estatal delegatária presta-o, nos termos da lei, para

atender, conforme determina a Constituição, ao interesse público. Trata-se de

um ônus, não de uma faculdade. Res extra commercium, é insuscetível de

negociação, quer da parte da delegatária (que é obrigada a prestá-lo, nos

termos da lei), quer do usuário (que, para a ele ter acesso, deve curvar-se às

exigências legais pertinentes).

Deste ponto de vista não discrepa Humberto Ávila, para

quem “a entidade pública deve possuir a liberdade, total ou parcial, para

determinar o valor da contraprestação”. Caso os valores a serem pagãos pelo

usuário do serviço público não sejam “livremente fixados, mas regulados por

lei ou pelo Poder Executivo, não existe uma contraprestaçã

o adequada”. Com

isso, “não estão presentes os elementos necessários à configuração de uma

atividade econômica”, não se podendo falar, pois, em aplicação do §3º do art.

150 da CF.

Além do mais, quando o serviço está sob a égide do art.

175 da CF, e vem prestado em regime de monopólio, a empresa estatal que o

realiza equipara-se à pessoa política delegante, sendo, destarte, também

beneficiária do princípio da imunidade recíproca, sem sofrer as injunções do §

3º do art. 150 do mesmo Diploma Magno.

” (Carrazza, Roque Antonio - Curso

(14)

de Direito Constitucional Tributário - 26ª Ed. - São Paulo - Malheiros Editores -

págs. 767/769.).

Outrossim, inaplicáveis as restrições contidas nos

parágrafos 1º e 2º do art. 173 da CF, que determinam a submissão de sociedade de

economia mista ao regime de direito privado no que tange, dentre outras, às

obrigações tributárias, vedando-lhe a fruição de benefício tributário não extensivo

às empresas do setor privado.

É que tais restrições têm fundamento no princípio da

livre concorrência, sobre o qual se assenta o regime econômico da livre iniciativa.

Sendo assim em relação à Excipiente que presta serviço

público em regime de monopólio, fazendo as vezes do próprio Estado, não há que

se cogitar do princípio de livre concorrência, até porque eventual comercialização

de imóveis a famílias de baixa renda nos termos da legislação do Sistema

Financeiro de Habitação é altamente deficitária e não oferece ameaça ao mercado e

não há qualquer possibilidade de abuso do poder econômico.

Neste sentido é o que nos ensina José dos Santos

Carvalho Filho:

“É cabível, no entanto, admitir, como o fazem alguns

estudiosos, situação excepcional que não seria atingida pelas regras restritivas do

art. 173: é a hipótese em que a empresa pública ou a sociedade de economia mista

executam serviço público monopolizado. A concessão de um ou outro privilégio

seria aceitável nesse caso em virtude da inexistência de ameaça ao mercado e da

ausência do risco de abuso do poder econômico. Com efeito, se o serviço é

monopolizado, por força de alguma estratégia especial do Estado, não há regime

de competitividade e nem se pode considerar propriamente o serviço executado

como atividade econômica stricto sensu, esta sim suscetível de exercício pelas

empresas privadas em geral, como afirma o art. 170, parágrafo único, da CF.

(15)

(Filho, José dos Santos Carvalho

– Manual de Direito Administrativo – 19ª Ed. –

Rio de Janeiro

– Ed. Lúmen Júris – pág. 453).

Desta forma, concluí-se que de fato, a CDHU exerce

uma atividade de prestação de serviço público em regime de monopólio estatal, e

que apesar de sua natureza de pessoa jurídica de direito privado, necessário se faz a

sua equiparação a autarquia, para o fim de reconhecer em seu favor a imunidade

tributária recíproca, tendo em vista ao que dispõe o artigo 150, parágrafo 2º, da

Constituição Federal.

3. Da Isenção Tributária

A atuação como instrumento de política habitacional do

Governo do Estado de São Paulo, no mais das vezes, implica em parceria com os

Municípios.

Via de regra, há a união de esforços entre a Excipiente e

o Município, para a produção de moradias de interesse social e ainda implantação

de projetos de urbanização e regularização fundiária, visando reduzir os custos para

atendimento habitacional às famílias de baixa renda.

E neste contexto, constatou recentemente que, no ano de

2008, o Município de São Paulo validamente concedeu isenção fiscal à Excipiente,

isto nos termos do artigo 3º da lei Municipal n. 14.865, de 29 de dezembro de 2008,

que assim dispõe:

“Art. 3º São isentos do Imposto Predial e Territorial

Urbano - IPTU os imóveis pertencentes ao patrimônio

da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

Urbano do Estado de São Paulo - CDHU, destinados ou

(16)

utilizados para implementação de empreendimentos

habitacionais voltados a moradias populares, até o

lançamento individualizado do imposto referente às

respectiva unidades autônomas.”

O art. 3ª da supracitada lei dispõe a respeito da isenção

concedida a Executada quanto ao Imposto Predial e Territorial e Urbano - IPTU.

Ressalte-se que para a Executada obter a referida isenção

é necessário que o imóvel seja de sua propriedade, bem como seja destinado ou

utilizado para implementação de empreendimentos habitacionais voltados a

moradias populares, e que haja o lançamento individualizado do imposto referente

às respectivas unidades autônomas.

Desta forma, necessária breve considerações sobre a

natureza da Excipiente e suas atividades, para que possa o Juízo formar seu

convencimento quanto a isenção concedida e o devido preenchimento dos requisitos

para sua obtenção por parte da CDHU.

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

Urbano do Estado de São Paulo

– CDHU se figura empresa pública, criada

mediante prévia autorização da Lei Estadual n. 905, de 18 de dezembro de 1975,

com a finalidade de

“promover a ascensão social das famílias urbanas com renda

equivalente a até cinco salários mínimos e propiciar, com relação a essas famílias:

I

– redução gradual, até sua eliminação, do déficit habitacional; II – atendimento

da demanda de habitações das novas famílias; III

– condições para melhoria

eampliação das habitações já existentes; IV

– acesso aos serviços urbanos

essenciais; e V

– estímulo e fortalecimento da capacidade de organização

comunitária”.

(17)

Ao longo da década a Requerente executa fielmente seu

papel eminentemente social, conferindo moradia digna a centenas de milhares de

famílias, mediante os mais diversos programas habitacionais e formas de

intervenção, dentre os quais se destaca a aquisição de imóveis para fins de

construção de empreendimentos e respectiva comercialização de suas unidades

habitacionais, ressaltando-se que a comercialização destas unidades são efetuadas

de acordo com a legislação do Sistema Financeiro da Habitação para as família de

baixa renda, isto é, as famílias que tenham rendimentos mensais não superiores a

10(dez) salários mínimos.

Não apenas isso, cumpre informar também que vem

implantando também o “PROGRAMA PRÓ-LAR EM FAVELAS E ÁREAS DE

RISCO”, que por sua vez se constitui “SUB-PROGRAMA URBANIZAÇÃO

INTEGRADA”, cujas ações visam 1) a transformação de núcleos e assentamentos

de ocupação precária em bairros estruturados e integrados à cidade; 2) a melhoria

integrada das condições de vida dos moradores e a indução ao desenvolvimento da

cidadania; 3) a qualificação urbana de áreas e o atendimento habitacional à

totalidade da população envolvida; 4) a manutenção/preservação do maior número

possível de famílias/moradia no local; 5) a promoção dos núcleos com ocupação

precária e seus moradores objetivando sua inclusão social.

Desnecessário dizer que consequência natural da ação da

Requerente é o combate a especulações imobiliária, que, aliado à valorização

urbanística das áreas de intervenção promove a valorização da população

diretamente beneficiada e a região metropolitana no seu todo considerada, posto que

será menos um “bolsão de miséria” na já conturbada região metropolitana da

Grande São Paulo.

E assim sendo, em atendimento a sua finalidade,

adquiriu a área constante da matrícula de nº 62.612 do 2º Cartório de Registro de

Imóveis de São Paulo.

(18)

Na referida área, foi construído um Conjunto

Habitacional denominado Santa Cecília

“A”, mediante CONTRATO DE

EMPREITADA PARA REALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO DE

28 (vinte e oito) UNIDADES HABITACIONAIS, firmado entre CDHU e a GF &

LUTFALA LTDA.

Verifica-se assim que foram preenchidos dois requisitos

para obtenção da isenção. Primeiro, o imóvel é de propriedade da excipiente, isto de

acordo com as matrículas em anexo.

Segundo, em atendimento a finalidade social para o qual

foi constituída, a CDHU fará construir na área adquirida o Conjunto Habitacional

Santa Cecília “A”, cujas unidades habitacionais foram comercializadas com a

população de baixa renda, verificando-se assim se tratar de moradias populares.

Com relação ao último requisito, verifica-se pela

notificação de pagamento do IPTU, que o referido imposto está sendo cobrado pela

área total e que com isso não há uma individualização do imposto a incidir sobre

cada unidade habitacional que integra o referido empreendimento.

Ressalta-se que o empreendimento foi devidamente

comercializado ainda que não tenha sido averbado tendo em vista ao que dispõe o

provimento nº 58/89 da Corregedoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo.

Desta forma, cristalino está que foram preenchidos todos

os requisitos para que a CDHU seja beneficiada pela lei de isenção anteriormente

mencionada.

Assim, cumpre mencionar o que dispõe o Código

Tributário Nacional em seu artigo 175:

(19)

Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I

– a isenção;

II

– a anistia.

Verifica-se, portanto que a isenção é causa excludente

do crédito tributário, assim definido na expressão de Ruy Barbosa Nogueira, como

“dispensa do tributo devido, feita por expressa disposição de lei”.

Com isso a certidão da divida ativa que instrui a

execução fiscal não poderia ter sido expedida, porque, fundada em tributo

inexigível, se afigura nula, autorizando a extinção da ação de execução fiscal.

4. Do Pedido

Diante do exposto, e após a manifestação da Exequente,

requer o acolhimento da presente manifestação, extinguindo a execução fiscal em

relação à CDHU, dada a inexistência de crédito tributário, condenando a Exequente

no pagamento de honorários advocatícios, a serem arbitrados por Vossa Excelência,

respeitando-se o artigo 85 do Código de Processo Civil.

Requer, finalmente, que todas as intimações, via DJE ou

não, sejam feitas exclusivamente em nome do advogado: HENRIQUE SIN ITI

SOMEHARA, OAB/SP 200.832.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

São Paulo/SP, 7 de agosto de 2018.

JOSÉ CANDIDO MEDINA

OAB/SP 129.121 (assinado eletronicamente)

ROBERTO CORRÊA DE SAMPAIO

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LEI Nº 14.865, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008

Concede isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano -

IPTU nas condições que especifica; altera dispositivos das

Leis nº 6.989, de 29 de dezembro de 1966, nº 11.154, de 30

de dezembro de 1991, nº 13.476, de 30 de dezembro de

2002, nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, nº 14.097, de

8 de dezembro de 2005, nº 14.107, de 12 de dezembro de

2005, e nº 8.645, de 21 de novembro de 1977, com as

res-pectivas alterações posteriores; autoriza a reabertura de

prazo para ingresso no Programa de Parcelamento

Incenti-vado - PPI; revoga os dispositivos e leis que especifica.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são

conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 18 de dezembro de 2008,

decretou e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I – DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO – IPTU

Art. 1º A alínea “h” do inciso II do “caput” do art. 18 da Lei nº 6.989, de 29 de dezembro de

1966, com as respectivas alterações posteriores, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18 ...

II – ...

h) das agremiações desportivas, efetiva e habitualmente utilizados no exercício de suas

atividades, desde que não efetuem venda de “poules” ou talões de apostas;

...” (NR)

Art. 2º Ficam isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU os imóveis cedidos em

comodato à Administração Direta e Indireta do Município de São Paulo, durante o prazo do

comodato.

Art. 3º São isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU os imóveis pertencentes ao

patrimônio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo

- CDHU, destinados ou utilizados para implementação de empreendimentos habitacionais

vol-tados a moradias populares, até o lançamento individualizado do imposto referente às

respecti-vas unidades autônomas.

CAPÍTULO II – IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO “INTER VIVOS”, A QUALQUER

TÍTULO, POR ATO ONEROSO, DE BENS IMÓVEIS, POR NATUREZA OU ACESSÃO

FÍSICA, E DE DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS, EXCETOS OS DE GARANTIA,

BEM COMO CESSÃO DE DIREITOS À SUA AQUISIÇÃO - ITBI-IV

Art. 4º O inciso I do “caput” do art. 10 da Lei nº 11.154, de 30 de dezembro de 1991, com a

redação dada pela Lei nº 13.107, de 29 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte

redação:

(38)

“Art. 10. ...

I – nas transmissões compreendidas no Sistema Financeiro de Habitação - SFH, no

Pro-grama de Arrendamento Residencial - PAR e de Habitação de Interesse Social - HIS:

...” (NR)

CAPÍTULO III – DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISS

Art. 5° O “caput” e o § 2º do art. 27 da Lei nº 13.476, de 30 de dezembro de 2002, com as

res-pectivas alterações posteriores, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 27. As instituições financeiras que contribuírem ao Fundo Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente - FUMCAD poderão descontar do valor mensal devido a título

de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, incidente sobre os serviços

des-critos nos itens 15.03, 15.07, 15.14, 15.16 e 15.17 da lista do “caput” do art. 1° da Lei nº

13.701, de 24 de dezembro de 2003, o valor doado ao referido fundo, até o limite de 1/6

(um sexto) do valor do imposto devido.

...

§ 2º A comprovação do direito ao desconto previsto no “caput” deste artigo será feita

me-diante documento próprio emitido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente - CMDCA.” (NR)

Art. 6° O inciso II do “caput” e o § 4º do art. 9º e o § 2º do art. 10, ambos da Lei nº 13.701, de

24 de dezembro de 2003, com as respectivas alterações posteriores, passam a vigorar com a

seguinte redação:

“Art. 9°...

II – as pessoas jurídicas, ainda que imunes ou isentas, e os condomínios edilícios

resi-denciais ou comerciais, quando tomarem ou intermediarem os serviços:

a) descritos nos subitens 3.04, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 11.02, 17.05 e 17.09 da lista do

“caput” do art. 1º, a eles prestados dentro do território do Município de São Paulo;

b) descritos nos subitens 7.02, 7.04, 7.05, 7.11, 7.15, 7.17 e 16.01 da lista do “caput” do

art. 1º, a eles prestados dentro do território do Município de São Paulo por prestadores de

serviços estabelecidos fora do Município de São Paulo;

...

§ 4° Independentemente da retenção do imposto na fonte a que se referem o “caput” e o

§ 3°, fica o responsável tributário obrigado a recolher o imposto integral, multa e demais

acréscimos legais, na conformidade da legislação, eximida, neste caso, a

responsabilida-de do prestador responsabilida-de serviços.

...” (NR)

“Art. 10. ...

§ 2° O prestador de serviços responde pelo recolhimento do imposto integral, multa e

demais acréscimos legais, na conformidade da legislação, no período compreendido

en-tre a data em que deixar de se enquadrar em qualquer das condições previstas nos

(39)

inci-quando a comprovação a que se refere o § 1° for prestada em desacordo com a

legisla-ção municipal.” (NR)

Art. 7º A Lei nº 13.701, de 2003, com as respectivas alterações posteriores, passa a vigorar

acrescida do art. 14-A, com a seguinte redação:

“Art. 14-A. A base de cálculo do Imposto referente aos serviços descritos no subitem

21.01 da lista do “caput” do art. 1º é o preço do serviço, como tal considerada a receita

bruta a ele correspondente, sem deduções, excetuados os descontos ou abatimentos

concedidos independentemente de qualquer condição.” (NR)

Art. 8º Os incisos do § 1º e os §§ 2º e 3º do art. 2º e o “caput” do art. 3º, ambos da Lei nº

14.097, de 8 de dezembro de 2005, com as respectivas alterações posteriores, passam a

vigo-rar com a seguinte redação:

“Art. 2º...

§ 1º...

I – de até 30% (trinta por cento) para pessoas físicas domiciliadas no Estado de São

Pau-lo, observado o disposto no § 3º deste artigo;

II – de até 10% (dez por cento) para Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte

- EPP optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribui-ções - Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de

de-zembro de 2006, observado o disposto no inciso IV deste parágrafo e nos §§ 2º e 3º

des-te artigo;

III – de até 10% (dez por cento) para condomínios edilícios residenciais ou comerciais

lo-calizados no Município de São Paulo, observado o disposto no § 3º deste artigo;

IV – de até 5% (cinco por cento) para as pessoas jurídicas responsáveis pelo pagamento

do ISS, nos termos do art. 9º da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, observado o

disposto no § 2º deste artigo.

§ 2º Não farão jus ao crédito de que trata o “caput” deste artigo:

I – os órgãos da administração pública direta da União, dos Estados e do Município de

São Paulo, bem como suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de

economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, pelos

Estados ou pelo Município, exceto as instituições financeiras e assemelhadas;

II – as pessoas jurídicas estabelecidas fora do território do Município de São Paulo.

§ 3º No caso de o prestador de serviços ser ME ou EPP optante pelo Simples Nacional,

será considerada, para cálculo do crédito a que se refere o “caput” deste artigo, a

alíquo-ta de 3% (três por cento) incidente sobre a base de cálculo do ISS.” (NR)

“Art. 3º O crédito a que se refere o art. 2º desta lei poderá ser utilizado exclusivamente

para abatimento de até 50% (cinqüenta por cento) do valor do Imposto sobre a

Proprie-dade Predial e Territorial Urbana – IPTU a pagar, referente a imóvel localizado no

territó-rio do Município de São Paulo, indicado pelo tomador, na conformidade do que dispuser

(40)

...”(NR)

Art. 9º Os tomadores de serviços prestados por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional

farão jus ao crédito de que trata o “caput” do art. 2º da Lei nº 14.097, de 2005, a partir da

regu-lamentação desta lei.

CAPÍTULO IV – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

FISCAL E DO CONSELHO MUNICIPAL DE TRIBUTOS

Art. 10. Os §§ 5º e 7º do art. 10 e o § 1º do art. 12, ambos da Lei nº 14.107, de 12 de

dezem-bro de 2005, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 10. ...

§ 5º Quando a notificação for enviada pelo correio, sem aviso de recebimento, deverá ser

precedida de divulgação, a cargo do Executivo, na imprensa oficial e, no mínimo, em 2

(dois) jornais de grande circulação no Município, das datas de entrega das notificações

nas agências postais, das datas de vencimento dos tributos e do prazo para comunicação

pelo sujeito passivo do não-recebimento da notificação, para os fins do disposto no § 7º

deste artigo.

...

§ 7º A presunção referida no § 6º deste artigo é relativa e poderá ser elidida pela

comuni-cação do não-recebimento da notificomuni-cação, protocolada pelo sujeito passivo perante a

Ad-ministração Municipal, no prazo a que se refere o § 5º deste artigo.

...” (NR)

“Art. 12. ...

§ 1º. Os meios de intimação previstos nos incisos I, II e III deste artigo não estão sujeitos

à ordem de preferência.

...” (NR)

Art. 11. O art. 72 da Lei nº 14.107, de 2005, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com

a seguinte redação:

“Art. 72. ...

Parágrafo único. Os integrantes da carreira de Auditor-Fiscal Tributário Municipal que

vie-rem a ocupar os cargos de Chefe da Representação Fiscal, Referência DAS-13, e de

Representante Fiscal, Referência DAS-12, além das vantagens relativas a esses cargos,

farão jus, respectivamente, à percepção da Gratificação de Produtividade Fiscal em

valo-res equivalentes aos dos cargos de Diretor de Departamento, Referência PFC-04, e de

Diretor de Divisão, Referência PFC-02, conforme pontuações previstas nas alíneas “c” e

“d” do inciso I do art. 18 da Lei nº 8.645, de 21 de novembro de 1977, com as respectivas

alterações posteriores.” (NR)

(41)

CAPÍTULO V – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 12. O Poder Executivo poderá reabrir, no exercício de 2009, mediante decreto, o prazo

para o ingresso no Programa de Parcelamento Incentivado - PPI, instituído pela Lei nº 14.129,

de 11 de janeiro de 2006.

Art. 13. Fica suspensa, no exercício de 2009, a obrigatoriedade de que trata a Lei nº 12.275,

de 19 de dezembro de 1996.

CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 14. O art. 17 da Lei nº 8.645, de 21 de novembro de 1977, com as respectivas alterações

posteriores, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 17. ...

...

§ 2º O Auditor-Fiscal Tributário Municipal, quando vier a ocupar cargo de provimento em

comissão não exclusivo da carreira de Auditor-Fiscal Tributário Municipal, fará jus, além

das vantagens decorrentes do exercício desse cargo, à Gratificação de Produtividade

Fiscal, na forma estabelecida nos incisos I e II do art. 18 da Lei nº 8.645/77:

...

II – quando estiver prestando serviços na Secretaria Municipal de Finanças ou em outras

unidades no Poder Executivo Municipal, em cargos de referências:

a) DAS-13, como Chefe de Representação Fiscal, em valor equivalente ao cargo de

Dire-tor de Departamento - PFC-04;

b) DAS-13, nos demais cargos, em valor equivalente ao cargo de Assessor de Diretoria,

PFC-03;

c) DAS-12, em valor equivalente ao cargo de Diretor de Divisão, PFC-02;

III – em valor equivalente à ocupação do cargo de Diretor de Departamento, PFC-04,

quando o exercício das seguintes funções fora do Poder Executivo do Município de São

Paulo:

a) Ministro ou Secretário da União, Secretário de Estado e Secretário Municipal;

b) Presidente de autarquias e de sociedades de economia mista da União, Estados e

Municípios;

IV – em valor equivalente à ocupação do cargo de Assistente Técnico - PFC-01, quando

no exercício, fora do Poder Executivo do Município de São Paulo, das funções de

dire-ção, coordenadire-ção, chefia, supervisão, assistência ou assessoria dos órgãos respectivos

às funções mencionadas no inciso III.

§ 3º Os afastamentos para o exercício dos cargos em unidades do Poder Executivo

Mu-nicipal fora da Secretaria MuMu-nicipal de Finanças previstos no inciso II e para os cargos

previstos nos incisos III e IV do § 2º deste artigo deverão ser autorizados pelo Prefeito,

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máximo de 2,5% (dois e meio por cento) do número de Auditores-Fiscais Tributários

Mu-nicipais em atividade, excluídos deste limite, os cargos em comissão junto ao Conselho

Municipal de Tributos.

...

§ 5º Para efeitos da aplicação dos índices de correção de produtividade fiscal, previstos

na tabela do Anexo IV da Lei nº 12.477, de 22 de setembro de 1997, os cargos de Chefe

de Representação Fiscal - 13, bem como os de referência 14, 15,

DAS-16 ou de Secretário Municipal, referência SM, equivalem ao cargo PFC-04; e os demais

cargos de referência DAS-13 e DAS-12, equivalem, respectivamente, aos cargos PFC-03

e PFC-02.” (NR)

Art. 15. Ficam revogados:

I – as Leis nº 9.273, de 10 de junho de 1981, nº 10.816, de 28 de dezembro de 1989, e nº

12.666, de 22 de maio de 1998;

II – o art. 25 da Lei nº 13.476, de 30 de dezembro de 2002, com as alterações introduzidas pela

Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003;

III – o § 9º do art. 9º da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, acrescido pela Lei nº

14.042, de 30 de agosto de 2005, os incisos V e VI do “caput” do art. 10 e o inciso I do “caput”

do art. 15, ambos da Lei nº 13.701, de 2003;

IV – o art. 9º da Lei nº 14.107, de 12 de dezembro de 2005.

Art. 16. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 29 de dezembro de 2008, 455º da

funda-ção de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, Prefeito

Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 29 de dezembro de 2008.

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