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PROJETO DE LEITURA 2º trimestre. Resenha Crítica

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Academic year: 2021

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PROJETO DE LEITURA – 2º trimestre Resenha Crítica

É muito comum se ver, em jornais e revistas, informações resumidas sobre um determinado filme, livro, disco, show, peça teatral ou algum acontecimento importante do ponto de vista artístico ou científico.

Chama-se resenha esse tipo de texto em que o autor informa, ao descrever o objeto de interesse público, ou ainda faz uma análise pessoal do assunto.

Desse modo, a resenha pode ser apenas descritiva, na qual há somente informações sobre o nome do autor (ou autores), título completo e exato da obra (ou artigo), nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra, lugar e data da publicação, número de volumes e páginas, uma divisão sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices,...). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor.

No entanto, a resenha descritiva deve apresentar um resumo do conteúdo da obra que constará de uma indicação sucinta do assunto global e do ponto de vista adotado pelo autor. É no resumo que se apresentam os pontos essenciais do texto e seu plano geral.

O resenhista deve selecionar apenas os aspectos pertinentes do objeto a ser resenhado, tendo em vista uma intenção previamente definida.

Ao contrário da resenha descritiva, uma resenha crítica, além dos elementos já mencionados, deve apresentar-se rica em apreciações, comentários, julgamentos sobre as ideias do(s) autor(es), valor da obra, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.

Nosso trabalho escrito para o Projeto de Leitura do 2º trimestre consistirá na produção de uma resenha crítica; então, atenta para as informações abaixo:

A resenha crítica deve constar de: 1. INTRODUÇÃO (um parágrafo)

1.1.  uma parte descritiva em que se dá informações sobre o objeto a ser resenhado (texto, o livro, capítulo de um livro etc.);

1.2.  nome do autor (ou autores );

1.3.  título completo e exato da obra ( ou artigo, ou conteúdo ); 1.4.  indicação sucinta do assunto tratado.

 Veja alguns exemplos de início de resenha:

"Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (L&PM, 1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de idéias que subvertem a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veementemente, o ensino da gramática em sala de aula.

"Michael Jackson: uma Bibliografia Não Autorizada (Record: tradução de Alves Calado; 540 páginas, 29,90 reais), que chega às livrarias nesta semana, é o melhor perfil de astro mais popular do mundo". (Veja, 4 de outubro, 1995). 2. DESENVOLVIMENTO (dois a três parágrafos)

2.1.  resumo que apresenta os pontos essenciais do texto;  Veja alguns exemplos de resumos feitos em resenhas:

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 Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Gilberto Scarton.

"Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística;o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante".

2.2.  destaque aos aspectos relevantes; 2.3.  justificativas;

2.4.  comparação com outros conteúdos; 2.5.  paralelo entre conceitos;

2.6.  relação com fatos referentes ao conhecimento de mundo do autor da resenha.

3. CONCLUSÃO (um parágrafo)

3.1.  comentário pertinente ao assunto; 3.2.  aplicabilidade;

3.3.  apreciação valorizando o assunto trabalhado.

Obs.: Não esquecer, no final da resenha, de expor as referências bibliográficas

UM PONTO MUITO IMPORTANTE!!!

A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estar presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram.

O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc.

Fontes de pesquisa:

“Para Entender o Texto” de Platão e Fiorin – 3ª edição; Editora Ática.

“Oficina de Redação” de Leila Luar Sarmento – volume único; Editora Moderna

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 Agora, leia os exemplos de resenhas abaixo e faça um ótimo trabalho!

Doce sem ser adocicado

Juno, uma das criações mais originais do cinema independente, merece mais do que suas quatro indicações ao Oscar: merece ser visto

Isabela Boscov

Divulgação

Juno (Ellen Page) divide uma refeição nada balanceada com sua amiga (Olivia Thirlby): não, ela não está

esperando um "food baby"

 O trabalho escrito é individual e deve ser entregue em fonte ARIAL 10 ou TIMES NEW ROMAN 12, com espaçamento simples e justificado. Os dados de identificação deverão aparecer na capa (ver modelo).

 O nome do resenhista pode vir após o título da resenha, o que deixa o texto ainda mais culto.

 A organização do trabalho será avaliada, por isso seja “caprichoso” e use sua criatividade expondo, também na sua resenha, imagens compatíveis com teu texto, assim como presenciamos nas resenhas publicadas em revistas, por exemplo.

ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MARIO QUINTANA

Título do trabalho

Nome: Blá de Blá de Blá Turma: X

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Algumas adolescentes se expressam por meio das roupas que vestem, outras montam blogs, outras ainda fazem álbuns de colagem. Já a personagem-título de Juno (Estados Unidos/Canadá, 2007) dirige toda a sua criatividade para o que diz, e como o diz. Juno é incapaz de deixar uma palavra quieta no seu canto: todas elas têm de ser modificadas ou arranjadas em combinações inovadoras e improváveis. É condizente então que os diálogos do filme (já em exibição em esquema de pré-estréias, e com entrada em circuito prevista para o dia 22) fervilhem de imaginação – e que, na interpretação da notável Ellen Page e dos atores igualmente inteligentes que lhe fazem companhia, eles ricocheteiem para lá e para cá como balas num tiroteio. Oportunidade para essa fuzilaria não é o que falta na história. Por causa de uma tarde sem muito que fazer, passada na companhia do amigo Paulie Bleeker (Michael Cera, que é um capítulo à parte), Juno se descobre grávida. Aos 16 anos. Vai ter de dar a notícia ao pai e à madrasta (J.K. Simmons e Allison Janney), que, na sua perplexidade inicial, se perguntam se não preferiam ter sido informados de que a filha está usando drogas. Vai anunciar a novidade à melhor amiga (Olivia Thirlby), que pondera que Juno pode simplesmente estar esperando um "food baby" – ou seja, talvez ela tenha comido demais no almoço (uma série de testes de farmácia, realizados com o auxílio de um galão de suco de laranja, desmente a hipótese). E vai ter uma conversa surreal com uma colega de escola que faz plantão na porta de uma clínica de abortos. "Seu bebê já tem unhas!", afirma a menina, conseguindo com isso que a grávida dê meia-volta. Juno terá, portanto, de achar uma outra solução para o bebê, a qual vem na forma dos Loring (Jason Bateman e Jennifer Garner), um casal jovem, bem de vida e de bem com a vida, mas desesperado por um filho. Ou isso, ao menos, é o que eles procuram aparentar.

Mordaz sem ser cruel e doce sem ser adocicado, o filme dirigido por Jason Reitman é uma das criações mais originais do cinema americano nos últimos anos. Mais ainda por vir do cenário independente, no qual uma regra implícita dita que todas as famílias têm de ser desajustadas e todo humor tem de passar pela ironia. Como em seu trabalho anterior, Obrigado por Fumar, Reitman (uma edição revista e melhorada de seu pai, Ivan Reitman, diretor de Os Caça-Fantasmas) é seguro no controle do ritmo e do tom, e ajuda personagens em situações potencialmente antipáticas a revelar o melhor de si. O que fez Juno abalar o meio cinematográfico, porém, foi a sua autora: a ex-stripper Diablo Cody (veja o quadro abaixo), que, até onde se sabe, é a primeira representante da categoria a ser indicada a um Oscar. Antes de o filme ser lançado, especulava-se que sua assinatura não passaria de um golpe de marketing para atrair curiosidade para uma produção modestíssima, rodada a um custo de 2,5 milhões de dólares e sem orçamento para publicidade. Com a acolhida entusiasmada do público e dados os elogios unânimes à voz singular que emerge de Juno – o diretor garante que ela pertence integralmente à sua colaboradora –, o desdém se transformou em admiração (ou irritação, no caso de alguns roteiristas invejosos). O que se esperava de Diablo era vulgaridade ou choque; o que Juno oferece é o oposto: uma visão madura e generosa de uma menina numa situação difícil e da maneira como ela e as pessoas que gostam dela tentam fazer das circunstâncias o melhor que puderem.

É na maneira como Diablo escreve as falas, contudo, que seu talento singular se mostra melhor. Às vezes copiosas, outras vezes compostas em staccato, elas são mais do que imaginativas – são um exemplo de como construir personagens e evocar seus estados de espírito por meio de diálogos. Todas as pessoas que aparecem em Juno têm sua própria identidade verbal, distinta das

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outras e sempre perfeitamente apropriada a quem são e a quem as interpreta. Em algumas cenas, o contraponto se dá por meio da música que está ao fundo; em outras, como todas as protagonizadas pelo radiosamente capaz Michael Cera, são as pausas e os silêncios que contam. Essa habilidade, que diretor, roteirista e elenco exercem em conjunto, é indício de que Juno não é apenas um acidente feliz. É um filme gestado com carinho e desvelo por artistas que têm um respeito fundamental pelo que criam e pelos eventuais apreciadores de sua criação.

MEMÓRIA  ricas lembranças de um precioso modo de vida

Diário de uma garota ( Record, Maria Julieta Drummond de Andrade ) é um texto que comove de tão bonito. Nele o leitor encontra o registro amoroso e miúdo dos pequenos nadas que preencheram os dias de uma adolescente em férias, no verão antigo de 41 para 42.

Acabados os exames, Maria Julieta começa seu diário, anotando em um caderno de capa dura que ela ganha já usado até a página 49. É a partir daí que o espaço é todo da menina, que se propõe a registrar nele os principais acontecimentos destas férias para mais tarde recordar coisas já esquecidas.

O resultado final dá conta plena do recado e ultrapassa em muito a proclamada modéstia do texto que, ao ser concebido, tinha como destinatária única a mãe da autora, a quem o caderno deveria ser entregue quando acabado.

E quais foram os afazeres de Maria Julieta naquele longínquo verão? Foram muitos, pontilhados de muita comilança e de muita leitura: cinema, doce-de-leite, novena, o Tico-Tico, doce-de-banana, teatrinho, visita, picolés, missa, rosca, cinema de novo, sapatos novos de camurça branca, o Cruzeiro, bem-casados, romances franceses, comunhão, recorte de gravuras, Fon-Fon, espiar casamentos, bolinhos de legumes, festas de aniversários, Missa do Galo, carta para a família, dor-de-barriga, desenho de aquarela, mingau, indigestão...Tudo parecia pouco para encher os dias de uma garota carioca em férias mineiras, das quais regressa sozinha, de avião.

Tantas e tão preciosas evocações resgatam do esquecimento um modo de vida que é hoje apenas um dolorido retrato na parede. Retrato, entretanto, que, graças à arte de Julieta, escapa da moldura, ganha movimentos, cheiros, risos e vida.

O livro, no entanto, guarda ainda outras riquezas: por exemplo, o tom autêntico de sua linguagem, que, se, como prometeu sua autora, evita as pompas, guarda, não obstante, o sotaque antigo do tempo em que os adolescentes que faziam diários dominavam os pronomes cujo/a/os/as, conheciam a impessoalidade do verbo haver no sentido de existir e empregavam, sem pestanejar, o mais-que-perfeito do indicativo quando de direito...

Outra e não menor riqueza do livro é o acerto de seu projeto gráfico, aos cuidados de Raquel Braga. Aproveitando para ilustração recortes que Maria Julieta pregava em seu diário e reproduzindo na capa do livro a capa marmorizada do caderno, com sua lombada e cantoneiras imitando couro, o resultado é um trabalho em que forma e conteúdo se casam tão bem casados que este Diário de uma garota acaba constituindo uma grande festa para seus leitores.

Referências

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