• Nenhum resultado encontrado

EXPANSÃO DO CENTRO DE BARRA DO CHOÇA/BA NOS ULTMOS 10 ANOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EXPANSÃO DO CENTRO DE BARRA DO CHOÇA/BA NOS ULTMOS 10 ANOS"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

EXPANSÃO DO CENTRO DE BARRA DO CHOÇA/BA NOS ULTMOS 10 ANOS

Fernanda Silva Freitas

Graduanda em Geografia/UESB Bolsista PIBID/CAPES freitas-dora1@hotmail.com

INTRODUÇÃO

O presente artigo trata de aspectos relevantes para compreensão de uma cidade, levando em consideração os fatos que são comuns dessas, como a evolução do setor terciário, o Centro e a centralidade, dependendo do tamanho dessa. Foca principalmente na cidade pequena, pois trata-se da realidade estudada. Sabe-se que todas elas são consideradas locais de mercado, independente da sua classificação, sendo essa pequena, média ou grande metrópole. No entanto, cada uma apresenta diferente centralidade, pois depende da sua influência, da qualidade de bens e serviços oferecidos aos moradores locais, como também sua importância para os territórios vizinhos.

Muitas cidades brasileiras, em especial as pequenas, não possuem qualidade e quantidade de serviços que atendam todas às necessidades cruciais para a população do município, em relação ao consumo, saúde, dentre outros. Os moradores dessas, porém, vão em busca de cidades maiores próximas, para prover o que sentem falta e que não é oferecido onde residem.

Como característica comum de toda cidade, o centro é definido como base material da centralidade urbana, local onde reproduz a vida dos moradores, tendo papel de atingir além dos seus limites. Em se tratando de uma cidade pequena todas as pessoas que residem na mesma passam quase diariamente pelo centro, para trabalhar, estudar, viajar, fazer compras, utilizar os serviços públicos, dentre outros. Algumas cidades médias, grandes e metrópoles, todavia, também possuem subcentros, os quais se localizam em bairros distantes das áreas centrais e atendem a população circunvizinha, não necessariamente a cidade como um todo. Mas, isso é incomum em pequenas cidades.

(2)

Através das abordagens mencionadas, trazemos a reflexão para a realidade de Barra do Choça, a qual é caracterizada como cidade pequena, possui 22.407 habitantes (IBGE, 2010). Tem sua economia voltada principalmente pela cafeicultura, no entanto, no Centro, há uma demanda de serviços e atividades comerciais que vem crescendo nos últimos anos, dando-lhe uma nova dinâmica. As cidades são consideradas centralidades e Barra do Choça, mesmo sendo pequena, possui equipamentos comerciais e de serviços relevantes, mas que não atendem todas as necessidades. No entanto, face à implantação de novos aparelhos públicos e da expansão do terciário, tais características vêm se acentuando, ainda que permaneça como força matriz a cafeicultura.

Com base as observações acima, desenvolveu-se este artigo, no qual questiona-se: quais fatores desencadearam o processo de expansão do centro de Barra do Choça nos últimos 10 anos? Para tanto, foi necessário debater sobre cidades pequenas, urbanização, centro e centralidade, como também o histórico da cidade e a dinâmica atual do Centro. Para chegar aos resultados da pesquisa, a princípio, foi realizado o mapeamento do uso do solo no Centro; posteriormente, aplicação de questionários para os comerciantes, como também entrevistas direcionadas a moradores e comerciantes antigos, Prefeitura Municipal de Barra do Choça e Câmara de Dirigentes Lojistas. Para que, dessa forma, fosse possível compreender a dinâmica atual do Centro e comprovar sua expansão, como também possibilitar a compreensão de quais fatores foram indispensáveis para isso.

CENTRALIDADE E ABORDAGENS SOBRE CIDADE PEQUENA

Para compreender as cidades é necessário buscar todos aspectos que a compõe, como também sua origem, sendo essas de qualquer tamanho. Pode-se assim, encaixar a cidade de Barra do Choça, segundo as classificações trazidas por autores que estudam o tema, como cidade pequena. Todavia, antes vamos fazer uma discussão ampla das cidades em geral.

(3)

De acordo com Sposito (1988), para compreender a cidade atual é necessária uma volta ao passado com uma tentativa de reconstruir a sua trajetória, para assim compreender sua complexidade. Nesse sentido, para decifrar os aspectos de uma cidade é necessária voltar às suas origens, fazer um levantamento histórico da mesma para compreender suas formas atuais. Desse modo, compreender as cidades não é algo simples, pois as elas não nasceram simplesmente. As primeiras cidades surgiram com aglomerações, no momento que o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário. Historicamente, levaram anos para que chegassem a ser de fato cidades.

Segundo Sposito (1988, p.10): “Embutida na origem da cidade há uma outra diferenciação, a social: ela exige uma complexidade de organização social só possível com a divisão do trabalho”. Há uma diferenciação no surgimento das cidades que está atrelada a sociedade, na qual se organiza e divide o trabalho, pois as cidades não vivem somente de excedente agrícola como de uma série de serviços indispensáveis para a população. Pode-se destacar que essas surgiram em volta de um mercado, mas não se explica apenas pelo econômico, mas com aspectos sociais e políticos.

Ao abordar sobre o a urbanização, Sposito (1988) faz referência ao urbano pré-capitalista, como as cidades antigas que nasceram as bordas do Eufrates e Mediterrâneo, como também pelas “cidades” feudais, a primeira pela política e a segunda pela influência da religião. Ainda aborda que a cidade nunca fora um espaço tão importante, e nem a urbanização um processo tão expressivo e extenso a nível mundial, como a partir do capitalismo.

De acordo com Carlos (1997), “[...] a cidade nasce no momento em que a economia autossuficiente do feudo no início da idade média transforma-se em uma economia monetária, com um comércio em expansão” (CARLOS 1997 p.63). Pode-se compreender que a cidade é local de mercado expressivo, na qual a medida que cresce a circulação de mercadoria e capital a cidade também acompanha o crescimento e aumenta também sua área de influência.

Hoje, “[...] a imagem de cidade de centro de produção e consumo domina totalmente a cena urbana. Nas cidades contemporâneas não há praticamente nenhum espaço que não seja investido pelo mercado [...]” (ROLNIK, 1988, p.28), na qual não só

(4)

opera uma reorganização do seu espaço interno como também muda a dinâmica dos espaços vizinhos. Segundo Souza (2011), para que uma cidade seja cidade, é necessário mais que ter número de habitantes, mas deve apresentar certa centralidade econômica, que a distingue de diferentes aglomerações. De acordo com o autor, vários fatores são importantes para classificar uma cidade, sendo que esses aspectos se tornam comuns de todas, todavia, em algumas tem mais influências e outras menos, como também em nível populacional e pelos fenômenos urbanos ocorrentes.

A classificação das cidades brasileiras é feita por diversos critérios, dentre eles estão aspectos demográficos, econômicos entre outros. As cidades são classificadas em pequenas, médias e grandes metrópoles, dessa maneira, surge o sistema de hierarquização urbana, no qual várias cidades se submetem a uma maior, que comanda esse espaço. Em cada nível, as maiores polarizam as menores. O IBGE classifica a rede urbana brasileira de acordo com o tamanho e importância da cidade. Em se tratando de uma pequena cidade, segundo Fresca, o “[...] entendimento do contexto socioeconômico de sua inserção como eixo norteador de sua caracterização como forma de evitar equívocos, e igualar cidades com populações similares, que em essência são distintas” (FRESCA, 2001, p. 28).

A autora diz respeito ao tamanho da cidade dependendo da região em que ela está inserida. Ou seja, para que seja considerada pequena não se considera somente a dimensão físico-territorial e os dados demográficos, mas o contexto socioeconômico da sua região, uma cidade considerada pequena em um local pode ser considerada média em outro. Segundo Fresca (2010): “Por este caminho é possível ter melhores condições de entender uma cidade como sendo pequena, evitando deste modo, as armadilhas das classificações populacionais” (FRESCA, 2010, p. 78).

Segundo Soares (2010), a definição sobre cidade é particular de cada país, no entanto, no Brasil toda sede municipal é considerada cidade. Em relação às cidades pequenas, ainda aborda que há uma diferenciação de todas as demais, pois não teve privilégio histórico de estudos da mesma, mas que nos últimos anos autores trazem conceitos importantes para sua compreensão.

(5)

As características urbanas para quem vivem grandes cidades são edifícios, fluxo de pessoas e automóveis, funções administrativas, mas em relação a uma pequena cidade tais funções não ocorrem. O fluxo é pequeno, não há grandes edificações, mas que para seus habitantes tem sua importância, tem um significado e uma dinâmica diária, considerada por eles localidade urbana pois são capazes de atender necessidades mais urgentes.

A cidade pequena é responsável por atender a população em bens de serviços imediatos, suprindo as demandas mais necessárias. Dessa maneira vem ocorrendo mudanças nas cidades pequenas, em razão das necessidades da população, e essas mudanças quantitativas e qualitativas ocorrem no terciário. Segundo Damiani (2006), o processo modernizador que vem ocorrendo nas cidades acontece de forma diferente em cada escala, sendo que nas cidades pequenas apresentam mais residualmente, mesmo com tais diferenças temporais e espaciais há um contínua reprodução do capital.

A cidade em si é considerada centralidade, local de influência para diversos seguimentos. Em se tratando de cidades médias e grandes, é visível a existência de “centros”, sendo que há um principal e outros denominados subcentros. Nessa perspectiva, Ribeiro (2004) aborda que há uma necessidade de se concentrar os equipamentos, atividades e serviços, sendo que esse proporciona relações econômicas tornando o centro mais dinâmico. Dessa forma, essas concentrações formam-se áreas centrais dentro de uma mesma cidade, chamada de centralidade urbana, formando uma articulação diferenciada e diferentes usos do solo.

“Portanto, o centro e as demais expressões correspondem à dimensão material, espacial, do processo de constituição da centralidade urbana” (SANTOS, 2008, p. 137). Segundo autor o centro se trata da dimensão matéria, ou seja, é local onde ocorre a centralidade. Para Santos (2008), “[...] o centro não é apenas centro porque nele localiza-se esse conjunto de atividades; ele se constitui como uma expressão da centralidade, também, porque é onde está concentrada grande parte do capital urbano”. (SANTOS, 2008, p. 139).

(6)

O centro não é apenas um aspecto geográfico, sendo apenas a área central de uma cidade, seu significado vai além disso. Possui centralidade de atividades as quais possibilitam um movimento centrípeto, estabelecendo a centralidade do local no qual há concentrações de capital e constante fluxo. Vale lembrar que a centralidade ocorre em diferentes formas nas cidades sendo que nas pequenas os fluxos são menores, os movimentos dos automóveis não são tão intensos, como também em relação ao movimento oscilatório das pessoas.

BARRA DO CHOÇA: MARCAS DA IMPLANTAÇÃO DA CAFEICULTURA

Em relação ao município de Barra do Choça, o grande divisor de águas da sua história foi a introdução e o desenvolvimento da lavoura cafeeira. Na qual foi responsável pelas mudanças econômicas, populacionais, agrarias e ambientais pelo qual passou o município nas últimas quatro décadas. A cidade é localizada no território de identidade de Vitória da Conquista, na qual fazia parte como distrito durante muito tempo, foi emancipada somente em 1962. Encontra-se distante 27 km de Vitória da Conquista e 527 km de Salvador. Liga-se à capital pela BA-265, BR–116, e a Vitória da Conquista pela BA-265. Está situada na região Sudoeste da Bahia, e é atualmente conhecida como capital do café.

Em 1971, Barra do Choça recebeu a primeira visita do IBC, que observou as terras e viu que essas eram aptas para o plantio do café, tinham condições climáticas propícias a plantação, e, em 1972, foi implantado o polo cafeeiro em Vitória da Conquista e Barra do Choça. A cafeicultura trouxe implicações para os pequenos produtores do campo, que foram surpreendidos e tiveram que desfazer das suas terras, pois não tinham créditos do governo para cultivar o café, e os que detinham o capital compraram as terras ainda com subsídios do governo para a manutenção da plantação. Em relação à sede do município, as mudanças foram muito significativas, pois os antes pequenos produtores tinham a cidade como destino, aumentando assim a população urbana. Segundo L. Santos (1987):

(7)

[...] uma das razões para o crescimento populacional no município foi a implantação da lavoura cafeeira a partir de 1962, verificando-se vertiginoso crescimento [...] Tal evidência registra-se no fato que a lavoura cafeeira teve de direcionar os fluxos migratórios. O crescimento urbano, refletiu o processo de proletarização de sua população que na sede municipal e nos povoados gravitavam em torno dos proprietários do café (L. SANTOS, 1987, p. 75).

Desse modo, os fluxos migratórios direcionados ao município foi registrado após a implantação da cafeicultura. Em 1970, se iniciou o período de crescimento populacional em Barra do Choça (Tabela 1), que coincide com a época que começou a cultivar o café, percebe-se que a população estava concentrada no campo até o censo de 2000, e que posteriormente houve decréscimo no campo, aumentando assim a população da sede. Segundo os dados do IBGE, entre 2000 e 2010 houve diminuição na soma total da população do município, no entanto há muitas críticas relacionadas a essa contagem.

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1940 a 2010

Dados de 1940 a 1960 referentes ao distrito, pertencente a Vitória da Conquista/BA

No período de apogeu da cafeicultura, em Barra do Choça, passou a ter uma grande concentração populacional sobretudo na cidade, devido ao êxodo rural e à migração de pessoas em busca de emprego na lavoura. Porém, as condições de trabalho não eram satisfatórias, muitas pessoas que viam de outras localidades para trabalhar em todo período da colheita ficavam nas fazendas em péssimas condições, mas o que

Tabela 1 - Barra do Choça/BA: População rural, urbana, total e taxa de urbanização 1940- 2010

Ano Pop. urbana

(hab.) Pop. Rural (hab.) Total Taxa de Urbanização (%) 1940 750 3689 4439 16,9 1950 560 5691 6251 9,0 1960 1382 6172 7554 18,3 1970 1445 7459 8904 16,2 1980 6484 14040 20524 31,6 1991 11644 13200 24884 46,8 2000 17721 23097 40818 43,4 2010 22407 12381 34788 64,4

(8)

prevalece em todos os discursos são os benefícios que vieram para o município, sendo que, foi isso que o consolidou de fato como é hoje, no entanto tais benefícios, como o capital gerado não permanece na cidade.

CENTRO DE BARRA DO CHOÇA E SUA EXPANSÃO NA ÚLTIMA DÉCADA

Barra do Choça começou a se expandir devido à implantação da lavoura cafeeira no município, que contribuiu para que pessoas de outras localidades passassem a residir na sede e na zona rural. Contudo, a agricultura beneficiou somente os grandes proprietários de terras que, além de ter subsídios do governo, possuíam capital e compravam pequenas terras expropriando os produtores de menor porte.

Nesse contexto, o êxodo rural aconteceu em Barra do Choça devido a mudança de condições de trabalho, no qual os pequenos produtores deixaram à agricultura familiar e passou a ser assalariado, nesse momento residindo na cidade. Em relação as condições de trabalho na lavoura, essas eram péssimas, com exploração de mão de obra de mulheres e crianças pagando menor que para um homem com o mesmo período trabalhado, como também de muitas pessoas que migravam de outros municípios na época da colheita e se alojavam nas fazendas vivendo meses amontoados.

A gênese da cidade foi na Av. Getúlio Vargas, sendo hoje a principal da cidade e onde se encontra maior quantidade de prestadoras de serviço e comércio. Na entrevista realizada com um dos ex-prefeitos da cidade, o Sr. José Amorim Xavier Primo, que reside na cidade a 44 anos, ele relatou como era a avenida na década de 1970 e 1980. Segundo esse, desde sempre havia comércio, no entanto era muito residual e a alternativa da população era um Centro comercial mais próximo, que nesse caso é Vitória da Conquista1.

Com o passar do tempo, foram aumentando os estabelecimentos comerciais no Centro, devido às necessidades que a população apresentava a medida que também aumentava. Segundo José Amorim, o período que houve maior

1

(9)

crescimento na cidade foi “[...] a partir da administração do ex-prefeito Bráulio Leite, no período de 1983-1988. O motivo foi a implantação da agricultura cafeeira, momento que muitas áreas foram loteadas”. O crescimento da cidade refletiu também na dinâmica da avenida principal, a qual passou a ter maior fluxo de pessoas e lentamente mudando o seu papel por conta das relações mais fortes de centralidade que estavam ocorrendo no mesmo1.

Durante a entrevista, o Sr. José Amorim falou sobre o processo de expansão do Centro, durante os últimos anos, que acentuou o momento no qual esse começou a deixar de ser residencial para dar lugar ao comércio e prestação de serviços “[...] a partir da conclusão do Centro de Abastecimento de Barra do Choça (CEABA), que atraiu comércio ao redor da praça Efrain Oliveira e depois na extensão da avenida Getúlio Vargas que diminui a quantidade de imóveis residenciais e a abertura de loteamentos em outros locais”1.

Momento marcado também por melhorias na feira livre na qual passou a ser montada no CEABA, e o comércio também começou a direcionar para o seu entorno no qual havia melhor estrutura e passou a ter maior circulação de pessoas, sendo propicio para a construção de imóveis destinados para comercialização e prestadoras de serviços. Segundo o Sr. José Amorim, as intervenções do governo em relação à expansão do Centro de Barra do Choça, foi a própria construção do CEABA e melhorias na estrutura física da avenida Getúlio Vargas como também a abertura de agências bancarias1.

Nesse contexto, a implantação do CEABA e a feira livre no Centro foi um momento em que se acentuou a centralidade em Barra do Choça, sendo mencionado na entrevista que “o dia de feira” é o que o comércio recebe maior fluxo de pessoas tanto da sede como da zona rural que passou a se abastecer na mesma. Tais fatores são sempre atrelados com a cafeicultura, desde o princípio da sua implantação que ocorreu constantes migrações para o município, quanto ao trabalho realizado por boa parte da população da zona rural nos cafezais que sua renda contribui para a circulação de capital no Centro da cidade.

(10)

A última década foi marcada por implantação de franquias, serviços e comercio formal, como também informal no Centro da cidade, algumas lojas com matrizes em Vitória da Conquista; bancos, como Caixa Econômica Federal, e Credbarra, farmácias, e diversos estabelecimentos que aumentaram a centralidade, oferecendo maior diversidade de serviços para a população. No entanto, estamos tratando de uma cidade pequena a qual cresce lentamente, e a população ainda sente falta de diversas coisas no Centro, que deveriam ser implantadas, para expandi-lo e aumentar o fluxo. Todavia, para isso, é necessário tempo, pois essa tem seu papel e importância mesmo sua influência aumentando lentamente ou sendo considerada estagnada por parte da população.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível compreender durante a pesquisa a dinâmica atual do Centro e comprovar sua expansão, como também possibilitou a compreensão de quais fatores foram indispensáveis para isso. Se faz necessário o estudo das cidades pequenas, pois essas foram deixadas de lado, por muito tempo, pelos estudiosos. Todavia, atualmente, vêm se destacando em pesquisas, já que estão em maior quantidade no território nacional e têm suas particularidades, algumas mais influentes que outras, dependendo dos locais onde estão instaladas.

Como algo comum de toda cidade, o Centro de Barra do Choça recebe diariamente uma demanda populacional em busca de serviços oferecidos, sendo esses bancário, consumo, doméstico etc., sobretudo nos fins de semana. Por isso, é perceptível que o dia em que há maior circulação de pessoas é o sábado, “dia de feira”, no qual a população da zona rural, distrito e sede fazem parte dessa dinâmica, se deslocando para o mesmo. Desse modo, as atividades do Centro abrangem todas as localidades do município.

A pesquisa está na fase de mapeamento de todos os serviços e comércio existentes no Centro de Barra do Choça atualmente e nos anos anteriores, para a análise visual da expansão do mesmo na última década.

(11)

REFERÊNCIAS

CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Contexto, 1997. 98 p.

FRESCA, Tânia Maria. Em defesa dos estudos das pequenas cidades no ensino de geografia. Geografia, Londrina, v. 10, n.1, 2001, p. 27-34.

______. Centros locais e pequenas cidades: diferenças necessárias. Revista Mercator, Fortaleza, dez./2010, p. 75 - 81.

RIBEIRO, W. da S. A formação do centro principal e estudo da centralidade urbana.

Geografia, Londrina. v. 2, jul./dez. 2004, p. 21-44.

ROLNIK, Raquel. O que é cidade. 1 ed. São Paulo: Editora brasiliense,1988. 86p.

SANTOS, J. A cidade poli(multi)nucleada: a reestruturação do espaço em salvador. 2008. 402 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2008

SANTOS, Luiz Antônio. Produção de riqueza e miséria na cafeicultura: as

transformações recentes do espaço rural dos municípios de Vitória da Conquista e Barra do Choça - Bahia. 1987. 148 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 1987.

SOARES, Beatriz Ribeiro, MELO, Nágela Aparecida de. Cidades médias e pequenas: reflexões sobre os desafios no estudo dessas realidades socioespaciais. In: LOPES, Diva Maria Firlin; HENRIQUE, Wendel (org.). Cidades médias e pequenas: teorias,

conceitos e estudo de Caso. Salvador: SEI, 2010. 250p.

SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. 192p.

SPOSITO, Maria E. B. Capitalismo e urbanização. 1 ed. Rio de Janeiro: Contexto 1988.

Referências

Documentos relacionados

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, com objetivo específico de analisar as CDs do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza [CEETEPS] na

De acordo com o Portal do Ministério da Educação (2017), ainda se faz necessária a aprovação pelo Conselho Nacional de Educação e a homologação do MEC para a

É um imperativo institucional, não apenas uma possibilidade desejável (HUDZIK, 2011, p.6). Trabalhou-se, portanto, na organização e padronização de procedimentos para esses

Desse modo, a narrativa ―fortaleceu extraordinariamente o sentimento de que existe uma história, de que essa história é um processo ininterrupto de mudanças e, por fim,

A coabitação ocorreu para todas as espécies estudadas e aquelas mais abundantes e de maior ocorrência nas cavernas foram, logicamente, as que mais coabitaram com outras

Mais do que um campo para sediar a Copa do Mundo, o projeto de construção de um estádio no Rio de Janeiro gestado em 1943 por imprensa, clubes, FMF e governos municipal e

Considerando a importância dos tratores agrícolas e características dos seus rodados pneumáticos em desenvolver força de tração e flutuação no solo, o presente trabalho

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used