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MORCEGOS CAVERNÍCOLAS DA REGIÃO DO DISTRITO FEDERAL, CENTRO-OESTE DO BRASIL (MAMMALIA, CHIROPTERA)

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Academic year: 2021

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RESUMO

[ ABSTRACT ]

XXV Congresso Brasileiro de Espeleologia

Vinhedo SP, 09 - 11 de julho de 1999 Sociedade Brasileira de Espeleologia

MORCEGOS CAVERNÍCOLAS DA REGIÃO DO DISTRITO FEDERAL, CENTRO-OESTE DO BRASIL

(MAMMALIA, CHIROPTERA)

Edvard Dias MAGALHÃES (1); Angelika BREDT (2); Wilson UIEDA (3) 1 – Espeleo Grupo de brasília, CP 468, 70359-970 Brasília-DF, Brasil.

2 – Gerência de Controle de Zoonoses, Inst. de Saúde do Distrito Federal, 70620-000 – Brasília - DF 3 – Dpto. Zoologia, Inst. Biociências, Univers. Estadual Paulista, 18618-000 – Botucatu – SP, Brasil.

As cavernas são consideradas como abrigos permanentes, seguros e estáveis para os morcegos.

Nelas, eles podem repousar, reproduzir e se proteger contra predadores e adversidades climáticas.

Entre 1989 e 1995, 20 cavernas da região do Distrito Federal (DF), Centro-Oeste do Brasil foram estudadas, analisando a riqueza de espécies de morcegos, freqüência de ocupação, sua distribuição espacial, comportamento, reprodução e coabitação. O estado de conservação das cavernas foi também estudado. Das 20 cavernas estudadas, doze tinham menos de 100 m, cinco entre 100 m e 300 m, e três tinham mais de 300 m de comprimento. Foram realizadas 96 visitas com duas a três visitas a cada caverna. Entre 15:30 e 17:30 h, o interior delas era examinado para localizar agrupamentos de morcegos e verificar sua distribuição espacial e tamanho de cada agrupamento. As capturas eram feitas principalmente com redes de espera estendidas na entrada das cavernas, em horários entre o entardecer e 21:30 h. Vinte e duas espécies, de seis famílias diferentes, foram observadas: 16 pertenciam a Phyllostomidae, dois a Vespertilionidae e Mormoopidae e um a Furipteridae e Emballonuridae. Caracterizamos apenas 17 espécies como habitantes das cavernas da região do DF e as mais freqüentes foram Desmodus rotundus, Glossophaga soricina e Carollia perspicillata, e as menos: Lonchorhina autita, Pteronotus gymnonotus e Phylloderma stenops. Alguns indivíduos de Anoura caudifer, Platyrrhinus lineatus, Myotis nigricans, Micronycteris minuta e Eptescus brasiliensis foram capturados somente enquanto adentravam cavernas no início da noite, por isso não foram aqui considerados como cavernícolas. Por outro lado, dados da literatura e outros não publicados indicam que estas espécies também se abrigam em cavernas. A riqueza média de espécies residentes nas 20 cavernas foi de 4,4 espécies/caverna (variando de 1 a 9), um valor semelhante ao encontrado em outras regiões. Por outro lado, consideramos baixa a abundancia de morcegos, pois poucas colônias continham mais de 100 indivíduos. Apenas algumas colônias de D.

rotundus e Anoura geoffroyi continham mais de 300 indivíduos de ambos os sexos. Somente um grupo de L. aurita foi encontrado no DF e continha exclusivamente indivíduos machos. É possível que a grande disponibilidade de cavernas na região seja responsável, pelo menos em parte, pela baixa densidade populacional de morcegos em seu interior. A coabitação ocorreu para todas as espécies estudadas e aquelas mais abundantes e de maior ocorrência nas cavernas foram, logicamente, as que mais coabitaram com outras espécies. O maior índice de coabitação (65%) ocorreu entre D.

rotundus e G. soricina, justamente aqueles de maior freqüência de ocorrência. Doze cavernas eram de acesso difícil e portanto foram consideradas como bem protegidas. Quatro recebiam visitação pública, duas estavam localizadas próximas à minas de calcário e duas estavam na periferia de área urbana. Uma delas, além da proximidade urbana, recebia visitação pública freqüente e sua entrada havia sido desmatada. Em novembro de 1994, já não havia mais morcegos residindo nesta caverna.

Em termos d conservação, deveria ser dada atenção especial a oito cavernas estudadas porque abrigam uma alta densidade de morcegos (seis ou mais espécies), entre elas duas raras (P.

gymnonotus e P. stenops) e uma espécie endêmica do cerrado (Lonchophylla dekeyseri).

www.sbe.com.br Sociedade Brasileira de Espeleologia sbe@sbe.com.br

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