• Nenhum resultado encontrado

nos ILíDIO M RIZ SIMõE Engenheiro Elcctrotecnico (I. S. T.)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "nos ILíDIO M RIZ SIMõE Engenheiro Elcctrotecnico (I. S. T.)"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

C()U 620.9 J :550.3 (4óC;.9) - incrgra (t,cotérmici1 - Açore

298

ma

rormssora

~

.

onte ener ética

__

ortueuês

A

energIa

geoterrruca

"

.

nos

Acores

...)

ILíDIO M RIZ SIMõE

Engenheiro Elcctrotecnico (I. S. T.)

Sous nos pieds, duns notre

Terre, le potentiel géothcrmiquc

est sons doure le premier à

pouvoir se maiérialiscr, pour nous, cc retour elficace aux pouvoirs innombrales de la na-ture.

Jean Claude CoIli

Delegué aux Energies Nouv clle

1 -

A nteced entes (1) ralização e de temperaturas das águas que brotavam

à superfície: em conclusão. afirmavam ser] gico pen-sar-se que as reservas de vapor endógeno na ilha. fc-sem

importante em zona profunda e que as suas pesquisa

se poderiam iniciar junto da localidade denominada Furnas,

._

que ficava ba .tantc longe da na entes da

regiao,

presença dos cientista italiano e o intento do requerente a aproveitamento geotermico, deram

on-gern na altura. a reacçõe desfavorávei na população da ilha. que e manifestou eJ11 artigos da irnpren a loca]

e motivou a intervenção de um deputado micaelensc na embleia acíonal que rotulou a iniciativa de «ruína

turística

e perigo para

a

vida dos habitante de

C; Miguel.»

O pedido de concessão c pov iv elmerue o. protesto

que originou levaram à constituição de urna

fi

são

Geológica acional com o

objecuv

o de e tudar para

alem da região da urna .. t do o arquipelago a

0-reano.

Em relação

a

e ta

região da ilha de

Miguel

as

conclusões

dos estudos

da Mr-, ão,

foram em

resumo.

Há mais de um quarto de século, pois foi ern ] 951. os micaelense Dr. Augusto Arruda e os engenheiro

António Branco Cabral e Jo

é

da

Câmara

Gago de Medeiros. requereram uma concessão para o aprovei-tamento do que então chamaram o «sulfatares» de S. Miguel, com o objectivo de «proporcionar à ilha uma fonte abundante e económica de energia».

O pedido apoiava-se num e tudo realizado pelos geólogos italianos Giox ani Conti e Gino Cappon. o seu relatório, este cientistas. após breve exposição do

vulcanismo da ilha, davam especial atenção à região onde havia manifestações \ i Í\ eis de actividade

vulcâ-nica. que era a delimitada pejo circuito

cratérico

das Furnas. Lagoa do Fogo e Maciço de Água de Pau. Pelas análises a que procederam às rocha alteradas pelos vapores endógenos. às águas e lama das «caldeira »

naturais dessa região, concluirarn serem análoga em . Miguel e na To cana as manifestações hidrotermais e as oxidações superficiais das rocha. Em virtude de

tal analogia, consideraram as emanações endógenas-produtos volateis do

mágma

e portanto manifestações

exteriore da fase pneumatolítica do seu proces o de consolidação. s diferenças que e notavam para as duas regiões, proviriam, em sua opinião. da profundi-dade a que se efectuava o proces o; menor nas caldeiras

dos Açores. do que nos «soffioni» da Toscana Mas como a presunção resultava da amostragem das rochas

ser superficial, a captação destas em profundidade viria a tornar a analogia mais evidente Por isso. reco-mendavam um estudo

geoquirmco

feito com sonda-gens adequadas que dana tambem uma ideia exacta das quantidades e caractensucas do vapor nas zonas pesquizadas Acrescentavam ainda que nenhuma preo-cupação se deveria ter acerca desta captação de vapor subterrâneo VJr alterar o afluxo. as condições de

mine-(1) Uma resenha cronológica <obre estudo e trabalho anteriores a 1970 relacionados com o aprov eitarnento da ener-gia gcotérrnrca do~ Açores, é feita no artrgo da autcria do dr George-, /b} <zew ...k\ publicado no Boletim de M ma (Julho/Setembro 1970) e reproduzido Integralmente na Elec-tricidade n o 10J

as egumtes:

o) - ão havia analogia entre a condtçôcs

aeoló-gicav em Miguel c na Toscana qUI. o

fenómenos

geotérnuco-,

estariam

ligado-, ao

plu-tonismo.

possuindo 0\ terreno VU1cUOICO\ uma

cobertura ed rrnenta r impermeavel e

(2)

299

L_ ___

do-se a toalha aqui-térmica a cerca de 900 fi

de profundidade. Em S. Miguel, o

complexo

vulcânico. muito mais recente, não possuía tal cobertura sedimentar.

b) - Nesta ilha, as

fumarolas

e emissões gasosas representavam em relação a este vulcanismo recente

como

que uma «válvula de segurança» e qualquer modificação do regime existente, podia provocar um desiquilíbrio de consequên-cias imprevisíveis. As sondagens implicariam assim o estabelecimento de zonas de protecção,

onde a sua execução seria condicionada ou mesmo interdita.

e) - Ao contrário do afirmado pelos geólogos ita-lianos, a Missão achou que as

manifestações

gasosas e hidrotermais estavam intimamente ligadas e a captação de vapores na região, po-deria influenciar o funcionamento das nascen-tes aquiferas.

ção dos fluxos de calor. Reconhecimento geo-lógico da região.

2.

n - Prospecção geofísica, principalmente

geoelec-trica, para definição e localização de camadas de rochas porosas que interessam à captação de fluídos geotérmicos; analises químicas das

emanações superficiais: abertura de alguns furos de ensaio para colheita de amestras e determinação de gradientes de temperatura e atingida a zona do vapor, avaliação de

pres-são, débitos e composição deste.

3.

a - Abertura de poços de produção.

4.

a - Construção e apetrechamento de centrais

elec-tricas ou instalações de aproveitamento de vapor e água quente com outros fins

Posteriormente, o Dr. Júlio Quintino publicou na revista «Técnica» (Junho de 1969) um artigo de muito interes e intitulado «Sistemas hidrotermais associados ao

vulcanismo e a sua prospecção com fins

económicos--Aplicação à região das Furnas (S. Miguel- Açores)»

O autor dividiu o seu traba1ho nos seguintes capitules: Em conclusão: A estrutura vulcânica de S. Miguel

por ser muito fracturada, deveria tornar difícil a cap-tação de gases e vapores na região das Furnas.

Em paralelo

com

os trabalhos des~ ~issão.

?

Prof. da Universidade de Coimbra, J. Custódio Morais, que visitou a ilha em 1953 emitiu a opinião que, a realização de sondagens nas Furnas para atingirem um

reservató-rio subterrâneo de vapor, alterariam o regime das «cal-deiras» e prejudicariam assim, o seu interesse turístico.

Aconselhava por

isso,

que tais sondagens se fizessem em zonas afastadas das aglomerações populacionais. como por exemplo. as situadas nas proximidades da Caldeira Velha (se.nsivelmente a meio caminho entre Ribeira Grande e Lagoa do Fogo).

Ainda no mesmo ano, outra Missão, constituída na Direcção-Geral dos Combustíveis (Eng." Machado Palha) foi a S. Miguel com o objectivo principal de determinar a composição química. dos gases naturais. Verificou-se terem como elemento mais importante o anidrido carbónico, sem utilização especial. Mas con-siderada a quantidade de calor que os acompanhava. julgou-se de interesse o seu aproveitamento para fins energéticos.

Achega importante aos estudos de geologia da região das Fumas, é ainda o trabalho publicado em 1957, «Étude géologique de la région de Fumas dans l'ile de S. Miguel» (2), da autoria de A. Castelo Branco,

G. Zbysweski, A. Medeiros e F. Almeida.

Em 1964 aJunta Geral do Distrito de Ponta Del-gada retomando o assunto da géotermia, resolve patro-cinar uma deslocação ao J

apão

e à Nova Zelândia, do Dr. Júlio Soromenho Quintino, do Serviço

Metereoló-gico Nacional. No seu relatório, datado de 1966, «Ne-cessidades crescentes no consumo de energia. A

explo-ração de novas fontes e a sua disponibilidade nos Açores», o Dr. Quintino examina as possibilidades de aproveitamento industrial de «novas» fontes energéticas: solar, eólica, marés, térmica dos oceanos e geotérmica. Em relação

à última,

dá conta das observações e

ensi-namentos que recolheu nas suas visitas a Bepu no Japão e a Wairak:ey na Nova Zelândia. E com vista ao aproveitamento deste tipo de energia nos Açores,

propõe a cobertura de uma área de 30

km'

na zona das Fumas, com trabalhos de prospecção a realizar em quatro fases sucessivas:

1 - Princípios gerais (As fontes de energia geoter-mica-Sistemas

hidrotermais

associados ao cam-pos geotérrnicos)

2 - Prospecção dum campo geotérmico, Investiga-ção à superfície (Extensão do reservatório geo-térmico. Avaliação da potência disponível. Ca-racterísticas dos sistemas hidrotermais).

3 - Actividade hidroterrnal nas Furnas (S. Miguel) 4 - Planeamento dos trabalhos preliminares de

prospecção na área das Furnas.

5 - Considerações finais.

o

plano de trabalhos preliminares então proposto, corresponderia sensivelmente ao indicado na

I." fase

e parte da 2.S do programa apresentado a Junta Geral

em 1964. O Dr. Quintino considerava que as instalações locais do Serviço Meteorológico Nacional

dispunham

de pessoal e meios para a execução dos trabalhos, desde que se completasse com algum

equipamento

de

medi-das. O plano incluia:

a) Estudos geológicos de pormenor.

em

particular no tocante «à estratificação» da região. ao relevo natural e ao sistema de falhas e

fracturas

condi-cionantes do movimento de fluidos hidrotermais,

utilizando métodos de prospecção geofísica (levantamentos geomagnéticos, gra vimétricos e

geoeléctricos); a estes seriam ainda de jutar-se os de prospecção sísmica, mas a reconhecida

aquisi-ção da respectiva aparelhagem era muito dispen-diosa.

b) Médidas termo- udométricas.

e) Levantamento de temperaturas no sub-solo.

d) Medição de débitos de calor.

e) Análises químicas dos fluidos hidrotermais.

O Dr. Zbyszewski no trabalho já atrás citado retira dos estudos até então realizados. um certo número de

conclusões, que a seguir se resumem:

1 - O conhecimento prévio

da

geologia e estrutu-ra locais

é

factor importante. como o prova o 1.a - Levantamentos

à

superfície-Medições de

tem-peratura a 1 m de profundidade e

determina-(1

Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal

- Tomo 38, pp. 5 a 64.

(3)

ínsuces

o de cenas

sondagens

efectuadas

em

zonas vulcânicas

junto de pontos

de emergência

de na centes

quentes.

2 -

Para

se concluir

da viabilidade

de

aproveita-mentes

geotérmico

em

.

1iguel.

necessitar-- cnecessitar--ia

de pesquisa

das

quais

tinham

grande

interes

e as de prospecção

geofísica

(Gravime-tria, medidas

de resistividadc

eléctrica.

magne-tornetria

e reflexão

sí mica).

3 -

A maior

parle

do vapor

d'água

e da água

sobreaquecida

dos

campos

geotérmicos

é

de

origem

meteórica,

por infiltrações

nos

horizon-tes porosos

e permeáveis.

4 -

As zonas

hipertermais

com gradiente

de forte

anomalia

positiva.

caracterizam-se

pela

pre-sença

de nascentes

quentes,

geisere

e

aídas

de vapores,

localizadas

ao longo de fendas que

cortam

a toalha,

ou em pontos

de afloramento

dessa

toalha.

Quando

existe

cobertura

imper-meável.

o flu o de calor

não

e manifesta

à

superfície

e

é

a prospecção

geofísica que

denun-cia as zonas favorávei

à realização

de

onda-gens de pesquisa.

S -

Mais

eficiente

ainda

que a prospecção

geofí-sica

é a medição

do

gradiente

térmico

das

sondagens.

6 -

Os insucessos

na pro pecção

geotérmica

nas

zonas em que existem

nascentes

quentes.

deve--se

à

falta de cobertura

impermeável

por cima

do reservatório

subterrâneo.

7 -

Nos Açores,

sem pesquizas

prévia

não seria

possível

afirmar

se a energia

geotérmica

era

captável,

pelo que terão

de se executar

son-dagens

para

averiguar

da existência

em

pro-fundidade

de camadas

impermeáveis.

8 -

Haveria

que ter em consideração

a protecção

de zonas de interesse

turístico

e das nascentes

minero-medicinais.

9 -

Em S. Miguel. as zonas geotérmicas

mais

inte-ressantes

estão nos maciços vulcânico

da Serra

de Água de Pau e das Furnas.

Na primeira,

é

a área

relativamente

plana

que

vai desde

o

Pico-que-Arde

à

Vila da Ribeira

Grande

que

parece

mais indicada

para ser pesquizada.

Ia

segunda.

será a zona onde

se concentram

as

manifestações

termais,

a explorar,

mas

aten-dendo

às atracçõe

turísticas

locais,

à

presença

de nascentes

minero-medicinais,

seria de

pro-curar-se

outras

áreas

do maciço,

livres destas

da

Região

dos Açores

incluiu

no seu conjunto

de

pro-postas

para

o

tra balhos

preparatórios

do

I V

Plano

de FOI11ento, o projecto

designado

«Plano

de

investiga-ção georérmica nos Açores,

tendo

em vista a produção

de energia

geotérrnica»,

o projecto

do Plano

subme-tido à apreciação

da Assembleia

acional

juntamente

COIUa proposta

de lei 3

jXI

que se lhe referia,

no

capí-tulo Investigação

e Desenvolvimento

Tecnológico,

diz--se que no campo

das tecnologias

a vançadas,

seria de

inferes e nacional

acompanharem-se

os progressos

em

curso.

quanto

ao aproveitamento

de novas

fontes

de

energia.

designadamente

as energias

solar e geotérmica.

Esta advertência,

incentivou

o deputado

por

. Miguel

Eng." Ribeiro

de Moura

a vir à tribuna

afirmar

que a

potencialidade

e as possibilidades

de energia

geotér-mica nos

çores

eram factos confirmados

por cien listas

nacionais

e estrangeiros

e evidenciando

as condições

que tornariam

viáveis

tal tipo de aproveitamentos,

ape-lava

para

uma

acção

governativa

que

os

tornasse

realidades

(3).

Entretanto,

o arquipélago

açoreano,

pela sua

situa-ção geográfica

e características

do seu vulcanismo,

con-tinuava.

como de há muito vinha sucedendo.

a

desper-tar o intere se de cientistas

mundiais

da

mais diversas

especialidades.

T

es e ano

de

]

973.

além

da visita

a

~. Miguel

do batiscafo

francês

A rchimede,

para

efec-tuar

descidas

a

2000 rn

abaixo

do nível do mar

no

Rift

Valley,

a Junta

Distrital

tODIOU conhecimento

através

do Conselho

Internacional

das Uniões

Cientí-ficas

(r.c.s.n.)

das intenções

de técnicos da Universidade

de Dalhousie

(Halifa r-Canadá)

virem realizar uma

son-•

dagem

de inve tigação

geológica

na ilha de S.

Iiguel,

na sequência

de trabalhos

análogo

efectuado

nas

Ber-mudas

e em Porto-Rico

e no âmbito

da campanha

de-nominada

Deep-drill

1973.

Dado o interes e da proposta

canadiana.

a

J

unta Geral aceitou-a

e

olicitou

a

cola-boração

de entidades

nacionais

para acompanharem

a

investigação.

designadamente,

niversidades.

erviço

Meteorológico

Iacional e Empresa

Tn ular de

Electrici-dade. CODI a chegada

da sonda e da equipa

canadiana.

iniciaram-se

os trabalhos

de perfuração

do

L 010,

na

vertente

norte

do maciço

de Agua

de Pau.

perto

da

Ribeira

Grande.

Decorreram

estes entre

21

ele Julho

c

8 de

eternbro,

data

em que uma

avaria

na

onda.

obrigou

a dá-los por

terminados,

profundidade

atin-gida foi de cerca de 1000 m e o gradiente

de temperatura

observ ado ultrapassou

o

200°C. Durante

a

operações

registou-se

a visita de várias per onalidades,

designada-mente do Centro

de Pesquiza

Geotérmica

de Pisa, do

Dedford

College de Londres,

do

U. S. Geological

Sur-vey e do Lawrence

Liv ermore

Laboratory.

O

especia-listas deste

último discu

l

iram com o

da Universidade

de Dalhousie,

aspecto

relativo

à

tectónica

e ao

vulca-ni 'mo do arquipélago

e ainda os de pro pecçã.,

georér-mica

e

correspondente

a proveitarnento

energético.

TO

relatório

da Univer

idade de Dalhou

ie «Decp

drilling

in a actual

geotherrnal

area

in

zoresi

está

c

scrito

textualmente:

Our

temperatura

measurement

uggc-t

a promi ing pro

pect

for future geothennal

cxploration»,

Nos último

me es do ano

seguinte,

novas per

pec-tivas

à

utilização

da energia geotérmica

a

mv

el mundial,

resultam

da acção do Comité dos Desafios

.t

Sociedade

Moderna

da

OtAN

ao

incluir

entre

o ...

seu-

diversos

projectos,

U111

rela

tivo a e tploraçâo

de recur-o ...

geotér-micos de países associados

(c are

doutros

não

associados).

projecto

que partiu

de urna reunião

efectuada

na

Calí-• • A. •

mconvemencias.

II-

A caminho das realizações-A concretização de um

programa de pesquizas

Vão decorrer

ainda alguns anos antes q ue se comece

a concretizar

o estabelecimento

do plano que comprove

e complemente

com dados

fiáveis as presunções

e as

indicações

das individualidades

e organismos

que

se

debruçaram

sobre a possível

existência

e seu

aprovei-tamento,

nos Açores,

de fluídos

hidrotermais

endóge-nos

COTIl

valor

económico

significativo.

Recordando

os antecedentes,

pôs-se

em evidência

o valor

dos trabalhos

realizados,

a que não ~e deve

recusar

o mérito de terem sido ponto de partida

e guia

para os que se efectivaram

a seguir.

a

desenvolvimento

do projecto

de

1964

da Junta

Geral

do Distrito

de Ponta

Delgada

e a sua

transfor-mação

em empreendimento,

exigiam porém.

meros

pe-cuniários

vultosos, pelo que a Comissão de Planeamento

(I) Diário da, Se: ...õe da Assembleia Nacional n." 7 de

5/12/1973.

300 !-_

(4)

301

~---~

fôrma em

1973

na qual Portugal esteve representado pelo Prof. Simõ~s Mendes. A esta primeira reunião. se-guiram-se duas em ]

974,

uma na Nova Zelândia, outra eru Los Alamos (México). Na última foi proposto fazer-se a seguinte no ano imediato nos Açores para abordar o tema das centrais geotérmicas de pequena potência. Ficou aprazado que se realizaria em Outubro de

1975.

na ilha de S. Miguel.

Entre nós a nível oficial, para permitir o prosse-guimento de uma acção definidora do potencial

geo-térmico

açoreano, a Secretaria de Estado da Indústria e Energia. atribuiu uma primeira dotação de

30 000

contos, em princípio. prevista para utilização em quatro anos e destinada ao financiamento de prospecções

geo-térmicas em S. Miguel.

Em Março de

1975,

com vista ao estabelecimento de condições para a realização destes trabalhos. cons-tituiu-se na Direcção-Geral dos Combustíveis a «Co-missão para o Estudo da Geotermia nos Açores» in-tegrando repre entantes das Direcções-Gerais de Ener-gia. Combustíveis. Serviços Eléctricos. Minas e Serviços Geológicos. Secretariado Técnico do Planeamento.

Ser-viço Meteorológico Nacional. Faculdade de Ciências de Lisboa. Instituto Geofísico e Departamento de Geo-logia do Instituto Superior Técnico. Empresa Insular de Electricidade e Grupo de Vulcanologia. Como

pri-meiro trabalho desta Comissão, em grupo restrito, foi a compilação de documentação sobre os Açores. nos domínios da geologia, geofísica. geoquímica. vulcano-logia e sismovulcano-logia. Três membros da Comissão par-ticiparam em J unho num simpósio sobre energia geo-térmica, oportunidade aproveitada para se estabelecer

uma pré-qualificação de entidades estrangeiras especia-lizadas em pesquisas e prospecções geotérmicas. Em seguimento, o referido grupo restrito, elaborou um caderno de encargos para a empreitada de trabalhos a

efectuar em S. Miguel e pôs esta a concurso entre as firmas que tinham sido seleccionadas (J ulho).

Como previsto, realizou-se em Setembro. no Vale das Furnas de S. Miguel a reunião sobre «Centrais de

energia

geotérmica

de pequenas dimensões» com a presença de delegados e cientistas de Portugal, Estados Unidos da América. Inglaterra, França. Japão. J

ugos-lávia

e Nicarágua. Os presentes, ao tomarem conheci-mento de estar planeada a criação de um laboratório experimental de geotermia, em ligação com um Instituto de Ciências da Terra. manifestaram interesse em par-ticipar na sua actividade. numa base que permitisse

aos peritos de todos os países, compartilhar no estudo e desenvolvimento de fontes geotérrnicas, levar a cabo pesquisas e ensino e avaliar as implicações de ordem social e económica das novas fontes de energia para as comunidades a quem se destinavam servir.

No mesmo mês. aJunta Regional dos Açores criou o Instituto de

Geociências

dos Açores. que recebeu da Junta Distrital a dotação das verbas necessárias para a sua insta1ação e início de actividades. A gestão desta nova instituição cientifica ficou confiada a uma Comissão Instaladora actualmente composta das se-guintes personalidades: Eng.o Eduardo do Carmo Ri-beiro Moura, Dr. Victor Hugo de Lacerda Forjaz, Eng.o Jorge Forjaz Tavares Carreiro (4).

Em Outubro, foram recebidas

11

propostas para a execução de pe quisa e sondagens geotérmicas na ilha

de S. Miguel. Após a sua análise, a Comissão para o Estudo da Geotermia nos Açores, em Dezembro

pro-pôs ao Governo, a adjudicação dos referidos trabalhos

à

empresa americana «Geonornics Inc» e que fosse criada uma entidade COll1 operacionalidade para levar

por diante a execução, não só do projecto dos Açores. mas

.

também doutros que eventualmente viessem a

surgir.

Após resolução do Conselho de Ministros, tomada em

30

de Junho de

1976,

que aprovou não só o plano geral dum investimento de

120

000 contos

e).

corno

também

a minuta do contrato com a Geonornics Inc., foi

assinado a

17

de Julho para o reconhecimento e pes-quisa geotérmica da ilha de S. Miguel entre o Governo e a citada empresa, antecedendo-o legislação apropriada. Consta esta de três Decretos-Lei. todos datados de

16

de Julho:

560-Aj76 -

Isentando por um período de

10

anos de quaisquer impostos, taxas ou contri-buições do Estado ou das autarquias

lo-• •

caIS, as empresas a quem VIerem a

ser

adjudicados trabalhos de prospecção. pes-quisa ou exploração a realizar no território português do continente ou nas ilhas adja-centes, por força de contratos realizados com o Estado. Igual isenção será conce-dida a sub-empreiteiros das empresas com quem tenham sido celebrados os contratos.

560-Bj76 -

Isentando de direitos e outras taxas adua-neiras a importação de material destinado a trabalhos de prospecção, pesquisa e

exploração de recursos

geotérmicos.

no continente e ilhas adjacentes. por força de contratos celebrados com o E __tado De igual isenção beneficiarão os material

para equipar as instalações de aproveita-mento de energia geotérmica.

560-C/76 -

Estabelecendo um conjunto de regras des-tinadas a suprir lacunas legislativas no domínio da geotermia e referindo funda-mentalmente:

1 -

Que os recursos geotérmicos perten-cem ao domínio público do Estado e

defi-nido o que se entende por recursos geo-termicos.

2 - Competências para abertura de con-cur os público ou para a realização de negociações com vista a celebração de

con-tratos relativos a pesquisas de recursos

térmicos.

3 - Direitos conferidos ao Estado para a realiza.ção de trabalhos de prospecçã- e pesquisas geotérmicas Obtenção de

licen-ças para trabalhos em propriedade, par-ticulares.

e)

Eng.- Eduardo Ribeiro Moura. da Comissão Adminis-trativa da Empresa Insular de Electricidade. Presidente da Comissão Instaladora do Instituto de Geociências Director e Coordenador do Projecto Geotérmico de S Miguel, fOI e

con-tinua a ser o grande animador da efecnv ação dos estudos e trabalhos para a realização do projecto geotérmico açoreano

Dr. Victor Hugo Forjaz, Geólogo, Assistente da Univer-sidade de LIsboa, Secretário da Junta Regional dos Açores, Director cientifico do Instituto de Geociência, dos Açores Director do Projecto Geotérmico de S. Miguel: tCJTl [CItO

valiosos trabalhos sobre vulcanologia e em particular sobre a investigação e aplicação das forças endógenas.

Eng o Jorge Tavares Carreira, da Companhia Insular de

Electricidade. Director Regional dos Transportes Terrestres ex-DIrector dos Serviços Industnais e desde há muito ligado aos trabalhos da geotermia.

(') Deste montante, previu-se a aplicação de 70000 contos na prospecção e captação do \ apor e 50000 contos na ins-talação de turbo-gerador experimental de energia eléctrica.

(5)

302~

~

4 -

Colisão com a exploração

doutros

re-• ••

cursos

naturais

ou

mmerais.

5 - Condicionamentos

especiais

impostos

à

realização

dos trabalhos.

6 -

Condições

eD1 que se poderá realizar

a

transferência

das atribuições

conferidas

por este diploma

à

Direcção-Geral

de

Mi-nas e Serviços Geológicos,

para outro

er-viço integrado

ou dependente

do .

1

inisté-rio da

I ndústria e Tecnologia, c

quando

as pc qui as se efectuem

nas Ilhas

Adja-centes, para a região autónoma

do

arqui-pélago

onde

Os respectivos

trabalhos

se

desenvol vam.

1976, iniciando

os trabalhos

de abertura

do 1.0 furo

te.

mocléctrico

a ] 5 des e mês.

Tarefa

6 -

Estudo

do

ambiente,

Dos relatórios

apresentados

pela

Geonornics

sobre

as tarefas

que lhe foram

cometidas

extraíram-se

as

seguintes

notas.

A -

Est

ud

os e trabalhos de cam

pO

Dados de geofísica

Por despacho

de 17 de Julho

do Ministro

da

In-dústria

e Tecnologia,

foi feita a tran ferência

dos

di-reitos

e obrigações

inerentes

ao contrato

celebrado

entre o Estado

Português

e a Geonomics

Inc. para a

J unta Regional

dos Açores. Por sua vez, esta, depois

de ratificar

a criação do Instituto

de Geociências

dos

Açores,

delegou

neste a fiscalização

daquele

contrato.

A Geonomics

Inc.

iniciou

as suas operações

de

campo

em

13

de Agosto,

de acordo

com um plano

previamente

aprovado

que

comportava

as seguintes

tarefas:

. Miguel como a maior parte das ilhas do

arquipé-lago açoreano

está localizada

junto da intersecção

de

duas cinturas

sismicamente

activas. a Prega Média do

Atlântico

(Mid Atlantic

Ridge,

MAR) (0)

e a zona de

fractura

orienta]

dos Açores.

Toda a área do Plateau

Açoreano

é

caracterizada

por uma espessura

de crosta

mais alta que a normal

e velocidades

sísmicas

mais

baixas que o normal

no manto superior.

As taxas de

vulcanismo

são elevadas,

como o são as do

vários

fenómenos

associados

aos movimentos

da crosta,

afun-damentos

e sobreelevações.

A origem, dos Açores

pode talvez ser atribuída

à

mudança

de direcção

da

MAR

que tenderia

a provocar

uma extensão

secundária

da crosta pelo seu lado

con-vexo.

Do exame das formações

geológicas

de

.

1iguel,

deduz-se

que a actividade

vulcânica

principal

na ilha

se tornou

sucessivamente

mais recente

de leste para

oeste, pejo que se a formação

do maciço do

lordeste

tem entre 2 a 4 milhões de anos, o das

ete Cidades

não conta

com mais de

100

000 anos. Em todos os

Tarefa

1-

Reconhecimentos

geológicos

prelimina-res e avaliação

de dados.

Tarefa

2 -

Recolha

de amo tras de água

e gases

para os estudo

de hidrogeologia

e geoquímica.

Tarefa

3 -

Pesquisa

geofísica por métodos

de

re-sistividade eléctrica.

Tarefa

4 -

Prospecção

pelo método

microsismico.

Tarefa

5 -

Sondagens e estudo dos gradientes

geo-térmicos.

Para a realização desta tarefa, a Geonomics

contra-tou como sub-empreiteiros

a firma nacional A. Cavaco,

Lda.,

que se instalou em S. Miguel

CDl

overnbro de

~ Ta reprodução da carta mundial apresentada na fig. 1, está delineado a Prega Média do Atlântico (MAR) de que o arquipélago açoreano constitui um afloramento. Esta é divi-dida ao longo da sua parte central por uma profunda fossa - o Rift Valley oceânico -, através do qual o mágma pode ter acesso à superfície, por vezes em erupção violenta.

)

30'

--

_--

.

.) 30 I, ".,-"""'--- ... ._ ...-- ...

--..,..---)

., 60 90 120 90

o

90

Fig. 1 - Zonas geotérmicas do 1\11111do

(6)
(7)

• t I OCEANO ATLÂNTICO DE t SIT'V,O"'OE ig. 4 Campos gcotérmicos do maciço de ,,{gua de Pau

- Localização dos furos de rradientes de temperatura VI A FRANCA 00 CAMPO -50

D

OCEANO A T L Â N T I C O rUNOO N o I '1 :I.m , I , ,

Dos estudos feitos tiraram-se

as seguintes conclusões:

1 -

Identificaram-

e quatro

grupo

bem

definido

entre as água

ubterrâneas

e de superfície

em

S. 1iguel:

304 ~ ~

em estudos

anteriores

se tinha

mostrado

que a

rochas

no maciço

de Água de Pau,

ão caracterizada

por uma resistividade

relativamente

alta,

maior

a

pro-fundidades

entre os

50

e

250 m,

a que estas camadas

se

sobrepõem

a outras

de

resistividade

mais

baixa.

A

partir desta informação,

foi desenvolvido

um

extenso

programa

de

medidas

de resistividade

que conduziu

à

detecção

de uma

grande

e prometedora

anomalia

lo-calizada

a

meio

caminho

entre

Ribeira

Grande

e a

Lagoa

do Fogo. Com estas medidas

conseguiu-

e

tarn-bém

determinar

com

relati

a

aproximação

a

profun-didade

das

zonas

de saturação:

Foram

descobertas

quatro

anomalias

de

condutivi-dade nos trabalhos

realizados

nas zonas

.

B, C

e

D.

mas apenas

foram

relidas

como

significativas,

a duas

primeiras

(fig.

4).

a zona

A,

a de maior

extensão.

assinalou-se

urna anomalia

térmica

de temperatura

eco-nomicamente

explorável,

como

já o mostrara

o furo

da Universidade

de

Dalhousie

e o

confirmaram

os dois

furos

menos

profundos

realizados

pela

Geonomics, A

zona

B

não foi tão explorada

como a antecedente.

visto estar situada

nas «fronteira

»

da área em estudo.

Não se nota

actividade

térmica

associada

à

anomalia

de conductividade.

se bem que esta

c..teja

rodeada

por

um complexo

de contornos

vulcânicos

que

se

entre-cruzam.

Fizeram-se

também

dois fUlOS para

determi-nação completa

das características

desta zona.

zonas

C

e

D

não contêm

uma camada

condutora

electrica-mente tão espessa como a das

zona

e

B

e estão

lo-calizadas

ao longo

da COSla. podendo

a Intrusão

de

água do mar, ser a causa das anomalias.

o entanto,

um modelo

mais preciso

dos

sistemas

gcotermicos

de

S.

Miguel

só pode ser concebido,

apos se

ter feito a

síntese dos resultados

dos ensaios de

rcsistividade elec-trica,

de geoquímica

e de termometria,

aos quais ainda,

ensaios

de gravimetria

e

magnctomeiria

trariam

ajuda

valiosa.

Frias

e moderadamente

quente,

de

bai a conductância

específica

e

tipo

>K>Ca

.. víg e HCOa>Cl

·S04'

Termais, que

brotam

à

temperatura

de

ebuliçao

com

conductância

e pccífica

de 1000 a 2000 mho/rn

e

tipo

la

>

K

a fg e

HCO

a

>

CI:

0

4;

Quentes e

frias,

moderada

e altamente

alinas

do tipo

a

O.

resultantes

aparentemente

da mi tura de água

meteoricas

e do

mar:

Sulfato-ácidas

na zona das Iumarola

.

Estudos de

geoqutmtca

Dado

que os aproveitamentos

geotérmicos

se

reali-zam

à

custa do calor transportado

pela agua e vapor

naturais,

reveste-se

da maior

importância

o

conheci-mento

da composição

química

dos fluídos

que

virão

a utilizar-se

ELECTRICIDADE 140

2 -

Tem particular

interesse

aber- e que:

a)

água

frias

u bterrânea

na sua maior

pane,

têm concentr ações

elevada ~ em

silica, ()

que

provavelmente

é

dev ld '

à

di solução

de pórnice

u-perficial

traquiric-,

e de cinzas.

concemraçôcs

em

ílica

na

água

quente

das

vertentes

do maciço

de ~gua de Pau, e tão provavelmente

regulada-,

pela

solubilidade

da

silíca

amorfa.

condiçôes

de

cquili-brio locais durante

o

de-gaste c

dec rnpovicão

da

rochas por águas de pH baixo

b)

. águas

n1J.)\

quente,

...

ão

OC

car actcn ...

nca ...

u1fato-ácida

c reprc-enrativ,i-,

de

aquífero ...

termi-cos profundos,

com

aquecimento

por vapor

fuma-r61ico

e zase

-

não

condcn-av eis

c) s fontes quente,

de A.gua

de

Pau

não são

do tipo sulfato-acidas.

apa rocem geralmente

"atura-das de

silica

amorfa

d) Esta comprovada a intru-ão

de água

al-gada a profundidades

iguai ...

d\ do 01\

el do

mar

(caso do furo

Dalhou

ic c doutro-,

praticado

em

local'> próximo ... da

co ta c

a

baixa almude

e) Considera-se pov-rvel cru determinadas rc-giõcs. como a do ...Picos. que na circulação profunda

da agua, haja mi turas com agua do mar e outra ...,

...endo inteiramente aceitav cl

que

o ...

principais

aqui-feros

térmicos

contenham

água salina.

(8)

-Utilizados

também

na prospecção

gcof'isica

da

es-tratificaçào

do solo, pela

medida

da

velocidade da

pro-pagaçào

de

ondas

clust icas.

Certos especto- topográficos

eh)

maciço de Agua de Pau foram postos cm relevo por e-tc processo: Vestígios de 2 pequenas orlas de caldeiras provavel-mente rcsurgentcs a nordeste da área crodida do

ma-ciço: 12 cones principa is na arca dos Picos c ou t ros a-pccto- irregulares do terreno.

B -

Pcrjuraçào do solo-Furos de crtulient cs de temperatura

o

furo experimental realizado pclo-. cientistas de Dalhou-ic. praticado num IOL'31 1 km a sul da Ribeira Grande, numa

planície

onde não havia

manifestaçôes

geotérmicas

vi '}\ eis,

tcv

c re u ltados encara [adores sob

o ponto de \ ista geotcrmico. visto que se detectaram temperaturas

superiores

a 2000 C. Deste primeiro furo

experimental

tirararn-ve

como conclusões. além da -ua importância como tentativa para conhecer a profun-didade da toalha aquifera: de que a s

condições

de perfuração seriam difíceis e de que os furos deviam ser relativamente profundos para atrav essarern a zonas aquif'eras frias

Tendo isto cm mente, foi programada a execução de \

ários

furos para

determinação

de gradientes de temperatura, cuja localização se acha representada na fig. 4. juntamente com

indicações

relativas à

<itua-ção previ-ta de toalhas de agua e u\ anomalias de

resi tividade.

A localização destes furos foi determinada pelas Geonomics e pela JG ~ com base nos estudos geológicos.

observações

locais c foto-aéreas, dados geofísicos (de-signadamente os de determinação de resistividades).

Planeou-se a execução de 6 furos:

Fig. 5 - O furo termométrico G 7 em blow-out parcial

o

n ivel hldrostatlco

TG 1 - Na estrada da Ribeira Grande para a Lagoa do Fogo, a uma altitude de 217 rn. Atingiu uma profundidade de 172 m - Temperatura no fundo 1200 C.

TG 2 - Junto do Pico do Queimado (que teve uma erupção em 1563). Profundidade 218

m-Temperatura no fundo 500 C.

TG 3 - A 0,6 km a norte das caldeiras. para ensaiar mais para leste a extensão da anomalia geo-física e por causa da proximidade de fontes quentes: Profundidade 150 m - Temperatura no fundo 1350 C.

TG 4 - No local do furo Dalhousie. Profundidade 180 m - Temperatura no fundo 1400 C.

TG 5 - No extremo norte da anomalia onde se encon-tra igualmente o TG 6.

TG 6 - que teve de ser abandonado por dificuldades na perfuração, passando a sonda para um local afastado de alguns metros.

TG 7 - que atingiu 211 m. A esta profundidade o poço entrou em «blow out» (fig. 5) em 22-4-77 com saída de vapor com uma pressão calculada em 20 kg/cm? arrastando água a 760 C. O poço

foi obturado nos primeiros dias de Maio.

._

..

\

I .•

..

,

I '. , • • I . • I : ',

I: •

I . •• I ~ ••

..

... ~

...

I

• .Ir·

•• •

....

~ ••• •• • •

I :

<Ir

I;

H·x -,

TG'~"'"

I: x " •• \: )()()( ~c9

~.TG4

/0

~:

I

50

E

<1J u

~100

u C :J

-

o

L-o, J

150 JG 6

)( )(

x.TG 1

• • • •

~\

~\ TG 2

\

\0

\> \ >0

\<2-\~

200

·

TG5:

x x

160

o

40

120

Os furos apresentam diversas características em comum. As temperaturas registadas mostram tendência

Fig. 6 - Furos termo métricos-Relação profundidade/tempera-tura

ELECTRICIDADE 140

(9)

10 (. a sup

)y7

y"X ,

7.(?

r1

-k~_-

/./

t4..

/ .' Gerser / / ~ / / ,'4

1.;-._ __E_ ;:.~;~

==--====::-~==-:::::~:' - /...

- - - -'lJ

1--

~ /

-_ ~~c c:

O .../\; -- o IniCIO da -DE ra '1: ebunc ão

1_-11'1

f! ~

- }J!

I:~/

::;, ~ »:

-- BAIXA PERMEABILIDADE

~o,!

..

, Fig. 7 Esquema de

306~

~

-• • um jazsgo ,

.

geotermico

-

\ ROCHA \ \

-

\

-- \ _\

\

\

-

---/ \

,

-... / f I \ / I " • •• (

.

.

-

. MAGMA

.

• prooaqacáo calor" rca por conveccao ?),

para um determinado equilíbrio ao termo de 15 a 20 dias. Cada furo

tem

uma zona de temperatura quase constante a partir

da

superficie até uma profundidade considerável. o que se explica pela circulação de águas subterrâneas que têm caudal suficiente para absorver o calor que surge. As temperaturas nos furos na ano-malia de resistividade são caracterizadas por um

gra-diente médio mais pronunciado do que naqueles que estão fora da anomalia. Em todos os furos ocorre uma mudança brusca de gradiente a uma profundidade de-terminada em geral vizinha dos 100m (fig. 6).

Não é provável que o elevado gradiente de tem-peratura observado se mantenha, visto que se atingiria o ponto de ebulição a escassas centenas de metros. As estimativas que se podem fazer sobre a profundidade a que se atinge a ebulição são de valor limitado, por-que não há conhecimento exacto das toalhas de água e ainda porque os gradientes raramente se podem extra-polar conl confiança, em profundidade.

Inl -acao de aguas ITIctCCI as

p

M-zona o "..51 d

Fo te d ca ar

IlIracao de a~ .JS meteor cas e mal

c -

Conclusões

Ioer la~ao de ,aDOI

A geologia fornece um quadro dos episódios pas-sados do vulcanismo da ilha, em cada UIn dos quais se registam alterações de uma lava basáltica para piro-c1ásticos mais diferenciados. Ao longo de quatro

mi-lhões de anos. verificou-se uma

migração

das origens dos maciços, de leste para oeste. Apenas na região dos Picos não se desenvolveu qualquer maciço, aparentando

ser uma zona de possível fractura ou de

di

tensão. O limite ocidental desta zona de fractura ou falha. pode ser seguido ao longo da Ribeira Grande. Deste seccionamento não poderia resultar continuidade lito-lógica, como o

mostram

os

proveres

retirados das son-dagens. mas a possibilidade de se estabelecer

uma

re-lacionação das ob

crvações,

constitui

eventualmente factor muito útil na perfuração dos poços dc produção.

Os gradientes médios da temperatura dentro da anomalia principal mostram a possibilidade da

exis-81

de mlsl" a

-

---F I ce or

Fig. 8 - AI odelos de jazigos geotérmicos superficiais

tência

de

um re

ervarório geotérmico

a uma

profundi-dade

aproximada

de

SOO

01-

Se o si ....

tema hidrotermal

se tornar convectivo

à

medida que a temperatura ....e

aproxima do ponto de ebulição,

é

prox

avel

que

água

quente a 200/250 'C se encontre a e....sa profundidade.

Se as correntes de água fria subterr ancas ou mistura ~

de água frias c água ~ quent s não retirarem o calor

tão rapidamente como ele é trazido. o respectivo

ex-cesso

será

armazenado se

houv

cr cstanquidadc

(10)

• III ....

ciente.

D\.

.ontráno,

.1" l~lIlS

quentes

\;XISIIIHtl. I1W

l profunrli Inrlcs que uíio tornam l .ouúmic .., a sua

cxtrucça: o

\ pcrturnçào profuudn \:li 1\))11 os dados

uc-\, ''''' ...11

ios pat \ ,\ rcprc

s

ntaç

til l

'mpll'lH

dI) si tcmn

til

r

's

rvn

l\ 1

ios

h id

1\)1 \; I

nmis.

! as

Iigtu

Is ) \.

7 nprcs

nuuu-s

I"\: spcctivnm

ente uni

\. quemn 1..'

nu

1'1\)"

ele

i.1Zigl)s geotérmic: S

supc

ri i "i.lÍs.

ia J)lngl.llll:HJlls pcnnitirú encomendar UJlI primeiro

glUpo IUI h i-gerador com que se constiruirá IIJl1a

cen-rral-piloro com lIl1H1 potência que se prcvc pos a

atin-gir

\ Mw,

( onraudo- U que a

aquisição

deste grupo-pi! )10 se

ore 11I~ com um pruz. muito reduzido (da

ordem

dos

~ 17 111~

cst, crê-se

que

os

primeiros quilowau-hora

g

'O (CJ'1l)

icos corncçern

a

Ser

produzidos

em

I

en as

aço-rcann s J1(lS pri mei ros

meses

do próxi mo ano.

pós

a abertura dos doí primeiros

p( ços

produto-r s e t ..l planeada a execução de uma nova érie de

poços

\.:'

111 a

ah .rtura

alargada

de

10

pala

14

pele-gada .

L un

o vapor dos quai

se virá a

alimentai

uma

L

rural

indu lri. I com

um

J.o

grupo

de 10 M\V.

Ne-~ siuuuk

a entrega

do

materiai

para

entubamento

I)

poços,

ti

rca

de um ano v a do

equipamento

e

nH ntage.u

da referida

central,

pelo menus

2 ~

anos,

d

sua

~1l1

rada em serviço não

e

p

xlerá verificar

antes

de )1>81.

Para

ri e ecução

deste

programa

de trabalho

de

abertura

de

poços

c

aqui ição

de equipamento

pro-d uctor 111 S.

1\1

iguel Lsrão pre j to

o

cguintes

in-timcnto :

307

1

crfllra'cl I s P)\' . de I" dura, (' instalação do

c 111i[ ame nu ,~ ra Ior

de

ncrgia

eléctrica.

t

m

\g,l....

su de 77.

nas

instataçõcs

la

Gconomics

Inc.

em Bcrkele \ (C alifórnin)

c \,'( m a I r escnça d

te

ui

l

\. n ult res d

1 I \

pr

I..t ll-

a

.Ir I i(l

10 d

is

rc-ulu d

de tod

s

o

tral nlhc

x at n1J(

ecutad

de cidiu-

e

(.

br

a

I

ilização

d

1.

fur.

d

,n

alia-à de 1 rx lução P\\ I a

efe

rua

r

na

dr u

Ie

r

erv .

.1-tóric

d

flui 1

s

nua

i

pn misse

rn,

tn

árc..t

a

ui da

\ ila

d

Ribeira

Grand

.

al

range urna

superfície

apro-ximada

de

k n': ,

tCI11 UUM l ipacidade 11

rgética

sl

imadr

I;:

ntr

-O

a 40

1\

'o

finna

\.

av aco apetr

11l)U-

para

I

efeito,

111

uma

insta

laçã

p erfuradr ra

Gs

rdner-

Denv

er e

m Os materiai

d

equir amem t trabalho (tubos.

válv ulas,

ciment

.

lamas. C1L.

para

o

dr

j furo

de 10 pai

gada .

rw I

P\

2. tendo

a partir

de

n tcmbro d an findo

iniciad

a

instalação

do eu

raleiro Fig. ).

Entretant a Geon

mi

Inc.

dei

u d

ac mpanhar

a

up

f\

isã

técnica

da

perfura

õ ,

o

que

le\ ou o

G \

erno

Reei: nal a

....

cancelar (

contrato

om

ta

firma

no fim

do ano. Foi

aberto

nox o ü( nc u r

internacional

para

adjudica cã

da

uperv i ão

das

ndagen

a

jUC

se apresentaram

firrn

italiana.

francesr

,americana

o

• • •

Japon~sa

e

naCIonal

o

A pr po ta que \:: c n iderou em melh: re c

n-dições de aceitação

foi a da firma francesa

Eurafred,

O

respectiv o

contratn de ad judicaçâo foi a inaao pelo

Governo

Regional

a

}lJ

/5/1978.

Está previ to que a

execução

do furo

rw

1

C\ 111

800 rn leve cerca

de ~ m

es.

eauindo-

....

c a do furo

P\V

2, que

será

meno

profundo.

600nl.

(i)

A avaliação

da produti

idade de

tes

primeiros

po-ços produtore

e a determinação

das

caracterí

tj~as

térmicas

c

químicas

do vapor

dele

saído, por en aJO

Em 1978. para

h

poço

de produção

140000 contos.

cm

}1)78

e parle

de J

Q

79,

para

a

central-piloto

e

quipamcnto Cl mplero lIO

000

conto.

Em 1(79. para

3 povos de pn

dução

90000

contos.

Entre

1979 e 198], Central

de 10 M\V

mcnto complementar

250000

conto

.

e

equIpa-Nesta

última

fase dos trabalho'

que vi a a

capta-çâo \j a utilização

industrial

do vapor

endógeno,

bus-cam-se elementos

decisivos

sobre

a potencialidade

eco-nórnica

dos

rc ervatórios

ubterrâneo

~ hidrotennais

e

a

condições

mais adequadas

ao uso

dos

fluidos

neles

encerrado.

C,

rn

efeito. partindo

do princípio

qUe

c vai

obter

\ apor nos

poços

de

produção.

há uma primeira

questão

a pôr, que e

d

de saber-se

como

e vão

comportar

f)

Iniciada a perfuração do 1.0 poço a 20 de Junho

deste ano.

Fig. 9

Torre para a perfuração dos poços de produção

(11)

308

esses poços relativamente ao caudal que vao fornecer o qual de uma

maneira

geral.

diminui

rnai-,

ou

menos

envn elrncnte, cm função do tempo.

I

to tem ~Ido

obscr-vado nos campos geotcrrrucos cm exploração. e na-queles

em

que essa exploração é intensiva, a

diminui-ção de caudal é mais importante do que nos que

têm,

por

assim

dizer. uma e

ploracão

extensiva e de

rnod discontinuo. O facto pede explicar-se como re-sultante da abertura de vanos poços no mesmo campo, pouco afastado ~ uns dos outros. que dando novas via li à saída dos fluidos dentro de áreas

próximas

do

reservatório, altera o regime desses fluidos no sub-solo. Pelo contrário, rem-se notado que nos campos

geo-térmicos

onde durante largos

penedos

se não Iizei am

nov

a ondagens, a

diminuição

do caudal dos poços

COJU o tempo, sem deixar de, ser progressiva, é lenta

e regular. Neste abaixamento de caudal em função do

tempo, intervêm normalmente dois factores; um for-temente decrescente e tendendo assintoticamente para zero e o outro qua e con tante. O primeiro, estreita-mente relacionado com o caudal maior ou menor do poço e conl a intensidade de eJ ploração do campo, resulta da perturbação do regime do fluido subterrâ-neo provocada pelas novas vias de saída dadas a este. O segundo, pode ser devido. pelo rneno cm parte.

às oclusõe

cau

adas pelas

matérias

em dis olução

ou em uspen ão no fluido (por ex. sílica, carbonatos,

etc.) e que e depo itarão ao longo da paredes do poço. diminuindo-lhe a secção de passagem c

cau-sando-lhe maiores perdas no e coarnento, pela rugo-idade dos depósito .

Para

e

ter i to em conta desde a abertura dos dois primeiro poço em S. 1igueJ, «prudentemente» eles ficarão afa tados cerca de 500 m, para e ob ervar e ht ou não influência sensível no caudal do primeiro quando o egundo for aberto. O comportarnent., nos primeiros

meses

destes dois poço. fornecerá sem

dú-vida dado importante para a exploração global do

,

.

campo geoterrmco.

Outros elemento de não menor importância que nos vão er fixados peJos doi primeiros poços de produção, são a características principais do fluido ejectado, em particular no que respeita, a tempera-tura. pressão e composição dos material ou ga es em di olução ou simplesmente arrastado . Tais elementos

ão indi pensá \ eis para se determinarem as condições em que o fluido pode ser utilizado para a produção da energia e para se estabelecer o projecto da re

pecti-vas instalações.

É bastante variável a entalpia do vapor obtido nos

vários poços que se encontram já em exploração pelo

mundo, para podermos prever entre que valores se

situarão a pressão e a temperatura do fluido açoreano. Quanto à última, pelas medidas feitas na sondagem Dalhouise e nos furos de gradientes de temperaturas

abertos pelo IGA e pela Geonornics, é de supor-se

que se ultrapassem os 200, 220°C. Quanto ao vapor da pressão. terão que se aguardar as leituras que se vão efectuar no primeiro poço de produção, visto que do blow-out do furo 7 da Geonomics não se puderam tirar conclusões seguras a esse respeito.

Assim como o caudal, crê-se que a entalpia do vapor também possa variar com o tempo, ainda que em termos percentuais menos acentuados.

A central-piloto pela concepção simples do prin-cípio do seu funcionamento não trará condicionamentos especiais para a instalação Será constitu ida apenas por

um grupo turbo-gerador de potencia compreendida entre 2 e 3 MW (dependente de produtividade dos 2

CS) este local, situado a urna cota relativamente elevada,

detectaram se temperaturas muito altas a uma profundidade

de pouco mais de 100 rn, Pr\.:\ cve a exi tência de um outro

rescrvatorio gcoternuco na zorm da \ ila da Prata cvtando

também já iniciado-, os trabalhos de pro pecção,

poços a abrir), cm que há uma turbina de

contra-prcs-ão

com evacuação do vapor por escape ao ar

livre.

Prev ista apcna . a montante da turbina, a montagem

de

um separador ciclónico da água arrastada pelo vapor, por forma que à entrada da máquina, este seja o mais seco possível. este separador pode ainda ser atribuída a

funçã.,

de

reter

materiais sólidos de pequenas dimensões em suspensão no vapor.

Uma ob ervação importante haverá a fazer-se du-rante o funcionamento desra primeira máquina: A in-fluência da provável presença de silica no vapor. que como se sabe, quando

combinada

com outros

elemen-tos, é responsável por incrustações duras nos órgãos da turbina, no sistema de refrigeração c nos drenas de captação: c para além d isto, a existência de agentes corrosivos no vapor. cujo poder e natureza agressiva indicarão e a ua qualidade é conveniente para ali-mentar a turbina ou turbinas da central definitiva.

1 'um ca o,

ba tará

con

truir

as máquinas com

mate-riais apropriado para resistir aos eventuais ataques do

VáPOr.

-Ia

se este for considerado demasiado

agres-sivo. só poderá ser utilizado corno agente transrnis ar do calor a permutadores, em cujo circuíro interno circulará e e vaporisará a água pura que dará o vapor para alimentar as turbinas.

Em qualquer das hipóteses. nesta central definitiva, a turbina será do tipo de condensação, por razões de economia de vapor. lO caso da alimentação

di-recta, é preci o considerar a importância que pode

vir

a ter a

in

ralação

de extracção dos ga

es

contido no vapor; no ca o da alimentação indirecta, este proble-ma tem mais fácil re olução, mas em contrapartida há que ler-se cm conta a diminuição do rendimento do cicIo termodinâmico.

ma outra questão a examinar-se será a da even-tual necessidade da reinjecção no solo da água con-densada que sairá do condensador da turbina ou do' permutadores-caldeiras, eja para «regeneração» dos

reservatório su bterrâneos. seja ~implesmente para fa-cilitar a evacuação destas águas.

o c quema da fig. 8 está repre entado o projecto

gc »rérmico

de

Miguel

para a central experimental. de se prevê

pi

tCl amenre um furo para injecção de

agua de compensação do vapor e. "traído.

Resta-no aguardar agora que e realize esta

úl-tima fase de trabalhos do aproveitamento geotérmico, para que a partir do primeiro dia, que e peramos já não esteja longe, o vapor endógeno comece a accionar a turbina e. perimental, a terra micaelen e" iniciem

a sua libertação do pesado onus da importação de combustíveis para a produção de energia, já que a condiçocs orográficas e hidrográficas locais so em muito reduzidas proporções tem permitido urar

par-tido da energia"- ludráulica.

Mas não "era urucamente na ilha de . MIguel que

virá

a

unhzar-

e esta nova modalidade energeuca

Com igual

objccuvo Já se

iniciaram

trabalhos

na ilha

Terceira no IOL<.11 conhc ido por Furna, do Enxofre

e o prrmciro furo de pro-pccçâo e determinação de gradiente') de temperatura também se anunca prome-tedor Conta-se assim. que a abertura de poço-, de produção venha a fazerse nesta linha no decurso de 1980 e 1981 c neste último ano. a in talaçâo do grupo

(12)

309

~---~---~~~=---~---=~----~~~

I ilolo.

1"

~~i\dnhn(, II

qu\....agorn

va

i x 'I

montado

em

\.

Iigucl

l'

que

fi' \1.1 di"p()lll\

cl quuurlo

se

puzcr III

serviço

a ccntrnl

dcf'initivn

desta

ilha

Pala ns

Iral

:1-IIH s 1.1 geotcrmi» 11:1 IL rL't'ir.1 L'sl.1 prL'\ I\{{) lIlll

invcs-timcnto

ulobal

de

1

()l)

UOO

couros.

'-'

I pelo

otuiuentc

não

havcni

nada

a aproveitar?

de

f

reio

J

ssibili lades

gc nénuicas,

embora

ti

baixa

cntnlpia,

repres

nradr s

pelas

fontes

hidrotcrmai

qu

se

conhe cm l m va

ril)~ ponto

lo pais,

nomeada-mcnt \:11\ huves, S, Pe Iro do ui, J i I

la e

vlgarvc,

Sabemos

que

tu,

nico-, da

geologia

c geofísica

t

ra

ha-lluun

11\)

tema. c iando

1I11

preparação

um plano ele

pros-pcc

t\:s

p: ru

execução

em

1"7l.},

de que se e pcra venha

a suo dado, OPl rtunamcnrc, I úblico conhecim nto

J entanto. t(

rua-se

\ idcnt

lUC potcnc iai

ge

térmicc

x dr om iuent

âo sub

rancialment

infe-ri r ~

Ul s das iIh h

açorea na .

t

ml

ra

l

conom

icarnente

IlJO d

spr sávci-.

H.I

que ver

corno.

para

is o

vão fazer

pcsquizas.

ul« 11'/a ao {I/ li;.:(} sobre 0\ lipI'O \ eitamcntos

geotérmi-(0\ (/11 \. Mi;':IIl'/

Depois

de

coligidas

estns nota, iniciaram-se

o

trabalhos

de abertura

dos

poço

de produção

industrial,

() primeiro (PW I), que éI onda perfurou até dOS

1....17 m .ntrou em de

carga

de urna mistura água- apor

.1 2C) de gosto

e

revelou

situar-

c a zona

pr dutora

principal do

fluido

geotérmico a 878 rn ou abaixo

desta

profundidade.

Constatou-se que

n fluido

rem no re

ervatóri.,

lima

tempcrntura de 24X\)

C,

que é ensivclmcnre inferior

H

da \ uporizaçã.

a prc sã< corre pondcnte,

pelo que

S~ conclui,

encontrar-

e

aquele

no estado líquido.

É

de

257 kg

ca

I./kg

o

valor

da

ua cntalpia

c este valor

pode admitir- c para o fluido

à

uperfícic,

dado

que

a

ua c pansão

ao longo do poço

e

pode L(

n idci ar

isentálpica

J\

partir

daqui

c das medida

de pressão

a

uper-tíck

pôde predeterminar-

e a ordem

de grandeza

do

caudal

PJ'( duzldo c a

corre

pendente

percentagem

do

vapor

na

mi

tura,

admitindo

que

a

ua

expansão

é

lcv ada a te 5 bars ab . pre

são con iderada Gomo

acei-l,l\ d para alimentar O~ turbo-geradore de

energia.

- ncont

taram-se

como

valore

apre

imado

para

cau-da I do \ apor e cau-da percentagem

deste na

mi

tura,

res-pccrivamentc

18 l/h

c 21

('l;r:.

Como

este caudal

não

c ainda

uficientc

para

alimentar

a turbina-piloto

de

e cape

à

pre

-'0

atmo férica e

COTIl

uma potência

de

3 a 4 Mw,

ha que

contar

com

o

concur

o de

uni

2

poço, CI! ia

perfuração

e encontra

já em execução.

o ternunamu

s,

umpre-nos

patentear ,t

n

}SS(l

gra-tidào

pel

\

alie

)

au xili

para

a preparação

de la

notas

qu

re eberno

<h ln titulo

de

ieociência

li

ore . designadam

me, da

p

rtc do

cu

director

r.

Dr. \ ictor Hugo F rjaz.

Junho

de 147,

(G rav uras gentilmente

cedidas

pelo

Inst itu

te

de G

iência

dos

çore

ERRATA

A

legenda da gravura

da capa do n." 139.

foi errada,

devendo

ler-se:

MAQUINAGEM

DO CENTRO

DO ROTOR

DOS ALTERNADORES

MOTORES

DE lOOMVA

PARA A CENTRAL

DA AGUIEIRA

FORNECIDOS

PELA SOREFAME

Com o nosso pedido de desculpa

à

SOREFAME

Referências

Documentos relacionados

4 Este processo foi discutido de maneira mais detalhada no subtópico 4.2.2... o desvio estequiométrico de lítio provoca mudanças na intensidade, assim como, um pequeno deslocamento

By interpreting equations of Table 1, it is possible to see that the EM radiation process involves a periodic chain reaction where originally a time variant conduction

O desenvolvimento desta pesquisa está alicerçado ao método Dialético Crítico fundamentado no Materialismo Histórico, que segundo Triviños (1987)permite que se aproxime de

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

Preliminarmente, alega inépcia da inicial, vez que o requerente deixou de apresentar os requisitos essenciais da ação popular (ilegalidade e dano ao patrimônio público). No

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

São por demais conhecidas as dificuldades de se incorporar a Amazônia à dinâmica de desenvolvimento nacional, ora por culpa do modelo estabelecido, ora pela falta de tecnologia ou