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A CONVERGENCIA DA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS

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A CONVERGENCIA DA

CONTABILIDADE APLICADA

AO SETOR PÚBLICO ÀS

NORMAS INTERNACIONAIS

NOV/2010

Prof. Lino Martins da Silva

Professor voluntário do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ

(3)

PORQUE CONVERGIR: um pouco de

história

José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu formado em

Coimbra em 1779 tratou das seguintes questões:

– valor de custo,

– valor de uso,

– e valor venal.

(4)

4

Porque convergir?

Alvará de 28 de junho de 1808 baixado por D. João VI,

criando o erário régio e o Conselho da Fazenda.

Ordeno que a escrituração seja a mercantil por

partidas

dobradas

,

por ser a única seguida pelas

nações mais civilizadas

, assim pela sua

brevidade para o manejo de grandes somas,

como por

ser a mais clara e a que menos lugar dá erros e

subterfúgios onde se esconde a malícia e a fraude dos

prevaricadores.

(5)

PORQUE CONVERGIR

?

1956

AUTOR: CAETANO LÉGLISE DA CRUZ VIDAL

“Desde que, em data ainda recente, a contabilidade começou a despertar de longa modorra em que, durante

séculos, vivera mergulhada e desde que as suas possibilidades foram

redescobertas pelos poderes públicos e pela moderna investigação

econômica, já alguns autores – bem poucos, por sinal – diligenciaram prepará-la para enfrentar

satisfatoriamente as novas tarefas que lhe vem sendo propostas.”

(6)

6

ALGUMAS DAS 66 CONCLUSÕES DE CRUZ VIDAL

RESTRIÇÕES LEVANTADAS POR CRUZ VIDAL:

insuficientemente estudado, indevidamente elaborado, ou

inconvenientemente aplicado, tal planejamento podia transformar-se em peso morto, gerador de esforços inúteis e, portanto, de desperdícios

nefastos

O PLANEJAMENTO DEVE COMPREENDER:

a fixação de uma terminologia uniforme;

o estabelecimento de uma classificação devidamente articulada das contas a utilizar;

a escolha eventual de uma codificação numérica dessas mesmas contas;a preparação de sistemas uniformes para o cálculo dos custos;

a enunciação de princípios concernentes a avaliações e depreciações;a elaboração de determinados modelos para a apresentação uniforme

(7)

PORQUE CONVERGIR?

“A contabilidade é em teoria a linguagem dos

negócios, mas existem na prática uma

imensidade de dialetos. O resultado é que as

demonstrações contábeis elaboradas num país

são frequentemente inintelegiveis para os

investidores de outros países. A eliminação

dessas barreiras estimularia o fluxo de capitais,

reduzindo o custo do capital em todo o mundo”

(8)

8

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos.

DISCUSSÕES SOBRE A DIVERSIDADE CONTÁBIL

Teoria da

livre cultura

baseada em duas premissas:

– Nas necessidades dos usuários da informação, e – No movimento para a harmonização internacional.

Teoria determinística ambiental

– Que sugere um relacionamento positivo entre a contabilidade e o seu ambiente

– Analisa as diferenças contábeis entre os diferentes países

– Relaciona fatores causais concretos de índole legal, financeiro, político e cultural.

(9)

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos.

PARA QUE SERVE A INFORMAÇÃO CONTÁBIL?

Para satisfazer a necessidade dos investidores e

credores e servir de instrumento útil para a tomada

de decisões. (EUA)

Para gerar informação financeira e contábil com

vistas à apuração correta do montante dos impostos

pelo Estado. (Brasil e países da AL)

Para

ajudar

a

alcançar

determinada

política

macroeconômica, como a obtenção de uma taxa de

crescimento

predefinida.(Países

de

influencia

socialista)

(10)

10

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos.

O sistema legal

A origem do financiamento

Organização e propriedade

A relação entre a contabilidade e o a administração

tributária

Os vínculos políticos e econômicos com outros

países

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COMMON LAW DIREITO ROMANO (CODE LAW) Usuário principal: Usuário secundário: Referencia conceitual Investidor Credor Competência

Substância sobre a forma. Baseada em Princípios. Usuário principal: Usuário secundário: Referencia conceitual Credor Fisco Conservadorismo Conformidade c/ a Lei Baseada em Regras Inglaterra França Irlanda Itália

Estados Unidos Alemanha

Canadá Espanha

Austrália Holanda

Nova Zelândia Portugal

Brasil

SISTEMAS LEGAIS DE ALGUNS PAÍSES

(12)

12

12

A ORIGEM DO FINANCIAMENTO

Sistemas baseados no mercado de capitais

Sistemas baseados no crédito onde os

bancos e as instituições financeiras são

dominantes

Sistema baseado no crédito do governo,

onde os recursos são administrados pelo

governo.

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos. seus efeitos.

(13)

ORGANIZAÇÃO E PROPRIEDADE

Sociedades abertas

Sociedades fechadas

Sociedades pertencentes ao Estado.

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos. seus efeitos.

(14)

14

14

RELAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE E O FISCO

Países com forte relação: Alemanha, Áustria, Bélgica,

Espanha, França, Itália, Portugal, Suécia, Suíça, Brasil

etc.

Países sem forte influencia do Fisco sobre a

Contabilidade: Inglaterra, Irlanda, Austrália, Estados

Unidos.

VINCULOS POLÍTICOS E ECONOMICOS

Canadá e México em relação aos Estados Unidos.

Ex colônias inglesas como Austrália, Nova Zelândia,

Paquistão, África do Sul etc.

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos. seus efeitos.

(15)

A INFLUENCIA CULTURAL

Hofstede (1980) desenvolveu um modelo

de cultura que inclui um conjunto de

valores sociais que guiam o modelo

institucional e a prática

Stephen A. Zeff, da Rice University que

em estudo intitulado

“Some obstacles to

global financial reporting comparability and

convergence at a high level of quality”

apresenta questões interessantes e

mesmo limitadoras da convergência.

Causas das diferenças contábeis a nível internacional e seus efeitos. seus efeitos.

(16)

16

CULTURA, SOCIEDADE E CONTABILIDADE

FATORES EXTERNOS: Forças da natureza Internacionalização Investimentos estrangeiros Influência colonial INFLUÊNCIA AMBIENTAL: Geografia Economia Demografia História Tecnologia Urbanismo Valores sociais Valores contábeis CONSEQUENCIAS INSTITUCIONAIS -Sistema legal

- Participação na propriedade das

empresas. - Mercado de capitais - Associações profissionais - Educação - Religião Sistemas contábeis

(17)

Classificação dos sistemas contábeis

De acordo com a autoridade reguladora e o grau de aplicação

Controle Regulamentar Profissionalismo Flexibilidade Uniformidade Ásia Colonial AL menos desenvolvida Japão África

Ásia menos desenvolvida

Países nórdicos

Anglosaxônicos

Germânica

(18)

18

Classificação dos sistemas contábeis

De acordo com os critérios de avaliação e apresentação

Secretismo Transparência Otimismo Conservadorismo Ásia Colonial AL menos desenvolvida Japão África

Ásia menos desenvolvida

Países nórdicos

Anglosaxônicos

Germânicos

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No Brasil

Impropriedade no reconhecimento de ativos:

Reconheço a Divida Ativa Inscrita

Não reconheço o lançamento tributário de impostos.

Não reconheço depreciações, amortizações e exaustões

Impropriedade no reconhecimento de passivos:

Omissão de passivos realizados sem a existência de crédito orçamentário.

Inclusão de passivos que não correspondem a qualquer implemento de condição:

– Restos a Pagar Não Processados

– Restos a “Fazer”.

PRINCIPAIS ÁREAS DE DIVERSIDADE NOS BALANÇOS DO SETOR PÚBLICO

(20)

20

No Brasil (setor público)

Critérios para calculo das Receitas Correntes

Liquidas:

Criatividade de alguns entes:

– Imposto de Renda Retido na Fonte de funcionários

– Apropriação de multas (receita inorgânica) como Receita Tributária (receita orgânica)

– Diferenciação entre Folha de Pagamento e Despesas com Pessoal.

Ganho do FUNDEB contabilizado em desacordo com a documentação de suporte.

PRINCIPAIS ÁREAS DE DIVERSIDADE NOS BALANÇOS

SOLUÇÃO:

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO. (CONVERGÊNCIA A NIVEL NACIONAL!

(21)

NIVEL INTERNACIONAL

Áreas do Balanço

Critérios de Reconhecimento dos fatos e transações

Formas de Mensuração: quando e como se mede em unidades monetárias o valor a ser reconhecido

Apresentação das demonstrações

Divulgação e notas explicativas de teor qualitativo ou quantitativo.

Áreas relacionados com o resultado

Reconhecimento de juros associados a vendas a prazo Avaliação de ativos associados a uma locação financeira Reconhecimento de despesas com pesquisas

Lainez e Callao (2001): Manual de Contabilidad Internacional, ediciones Piramide.

PRINCIPAIS ÁREAS DE DIVERSIDADE NOS BALANÇOS DO SETOR PÚBLICO

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NIVEL INTERNACIONAL

Outras áreas de informação

Reconhecimento das diferenças de cambio em moeda estrangeira (especialmente as positivas)

Conversão de balanço de filiais estrangeiras integradas

Tipologia dos planos de pensões, bem como reconhecimento de custo das pensões.

Reconhecimento de contratos de longo prazo.

Registro de rubricas provenientes de exercícios anteriores Apresentação de informações segmentadas

PRINCIPAIS ÁREAS DE DIVERSIDADE NOS BALANÇOS DO SETOR PÚBLICO

(23)

http://www.oecd.org/home/

http://www.un.org/en/

http://www.wto.org

/

ORGANISMOS REGIONAIS: União Europe

ia

ORGANISMOS DE SUPORTE:

Associações Profissionais, Acadêmicos, Analistas

financeiros, etc.

A PROCURA DA COMPARABILIDADE DAS INFORMAÇÕES:

1) ORGANISMOS DE PROJEÇÃO MUNDIAL E CARATER PÚBLICO. 1) OCDE – ONU - OMC

2) ORGANISMO DE PROJEÇÃO MUNDIAL E CARATER PRIVADO e PROFISSIONAL.

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(25)
(26)

26

Nos caminhos da

convergência

(27)

Aprovação do Cronograma do GTCP - Para

convergência

das

NBCASP

às

IPSAS

-International

Public

Sector

Accounting

Standard.

Institucionalização:

Comitê

Gestor

de

Convergência Brasil.

Publicação da Portaria 184 do Ministério da

Fazenda (26/08/08) - Adoção das NBASP e

IPSAS no Governo Federal;

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28

Desafios para

implementação das normas e

da convergência

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Visão orientada para negócios com ênfase aos fins e

não aos meios.

Aprimoramento das práticas operacionais de gestão

e controles existentes.

Entender a necessidade de mudança no fluxo das

informações:

Dilema entre os fluxos atuais x fluxos necessários.

Risco da informação não chegar na Contabilidade (ou chegar distorcida).

Transitar da administração patrimonialista e

burocrática para a administração gerencial.

DESAFIOS DAS NORMAS E DA CONVERGENCIA

SERÁ UM ERRO CONSIDERAR QUE COM A EDIÇÃO DAS NORMAS DO CFC OU DOS MANUAIS DO TESOURO NACIONAL A QUESTÃO DO FLUXO DE INFORMAÇÕES ESTÁ RESOLVIDA.

(30)

30

Estruturas funcionais mal definidas.

Carência de tecnologia.

Estratégia de automatização sem considerar a

integração dos sistemas com a missão

institucional.

Alto nível de rotação de dirigentes e

funcionários.

Dilema entre comprometimento x teoria do

pertencimento.

Valorização das formalidades antes da essência.

Base legal insuficiente (Lei nº 4.320/64).

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Diante de informações em regime de controvérsias, é licito

procurar conhecer as suas origens porque não se pode admitir que existam diversos critérios para exprimir um mesmo fenômeno, a menos que se deseje iludir a opinião de terceiros. A verdade só tem uma face e ao regime contábil, como cientifico só a verdade interessa.

Lopes de Sá, (1998: 719)

O estudo dos sistemas contábeis no âmbito internacional

fundamenta-se na sua utilidade para a análise da situação contábil internacional, materializada esta fundamentalmente na capacidade de síntese que aporta ao conhecimento das divergências

existentes nos diferentes países.

Jarne, (1997: 11) Manual de Contabilidade Internacional de Lucia Lima Rodrigues e Ana Alexandra Carla Pereira, Publisher Team.2004

(32)

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UM ESQUEMA SIMPLES DIZ-ME MAIS DO QUE UM LONGO RELATÓRIO! Napoleão

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E-mail: smartins@uninet.com.br

http://linomartins.wordpress.com/

Referências

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