Avaliação de
competências
por pequenas
empresas e
organizações
comunitárias
Academia de Competências 2015, CIF-OIT2
Avaliar competências na aprendizagem
informal
Um guia da OIT para pequenas empresas e organizações comunitárias
Porque razão as organizações fazem a avaliação das competências?
•Mercados em mudança: necessidade de melhorar a qualidade dos bens e
serviços
•Reputação, estatuto e orgulho profissional •Atividade geradora de rendimento
Motivação para mestres artesãos e trabalhadores
• Reputação
• Acesso a novos mercados
• Possibilidade de ganhar melhores salários tendo um perfil profissional
comprovado
• “Salvaguardar” o comércio e proteger o mercado
Motivação para aprendizes/ os seus pais
•Reconhecimento das competências fora da comunidade vizinha •Melhoria da empregabilidade
3
Envolver atores-chave e a comunidade
Para alcançar os resultados mais relevantes Para melhorar o reconhecimento das avaliações e certificações
Para assegurar a transparência do processo de avaliação Envolver pequenas empresas/ mestres artesãos
•Conhecimento e capacidade locais para avaliar •Apropriação e sustentabilidade
Envolver prestadores de formação e organismos públicos
• Envolvimento das autarquias e outras instituições públicas
• Colaboração com instituições de formação técnica para receber
apoio metodológico na avaliação, melhorando assim a qualidade da avaliação
• Ligação com autoridades nacionais para a avaliação das
competências
Ligar a avaliação de competências aos sistemas de
qualificação formal
4
Equilibrar interesses divergentes
O aprendiz/ trabalhador O mestre artesão/ empregador
o interesse dos aprendizes em serem avaliados para obterem o certificado
O receio que o mestre artesão tem de os/as seus/suas aprendizes falharem, causando a perda da sua reputação um maior interesse na aprendizagem
devido à perspetiva de receber a certificação
o interesse em aprender e em trabalhar num ofício não ser genuíno
o interesse dos trabalhadores em reivindicarem melhores salários
a relutância dos empregadores em pagar salários mínimos
um sistema elaborado de avaliação com procedimentos transparentes de seleção de tópicos de avaliação (custo elevado)
um sistema menos estruturado que possa possibilitar alguma “batota”
a apropriação e o papel tradicional do mestre artesão
a perda de influência do mestre artesão e o controlo da apropriação feito pelas autoridades
5
Impacto e lições aprendidas
Impactos no “setor de artes e ofícios”
• Melhorar a imagem do setor de artes e ofícios através de uma melhoria da
qualidade da produção e do serviço
Efeitos diretos na melhoria das competências, empregabilidade e acesso ao mercado
• Melhoria da qualidade da formação através das normas comuns
• Melhoria do acesso aos mercados para mestres avaliados e certificados
• Melhoria da empregabilidade e das oportunidades de iniciar um negócio para os
aprendizes avaliados
Efeitos sobre as condições de emprego: facilita a reivindicação de um salário mínimo ou um salário de acordo com o perfil de emprego ou categoria
profissional
Efeitos sobre a proteção do consumidor e o ambiente:
• Ex: Melhoria do manuseamento de produtos cosméticos, garantia de segurança rodoviária
Vantagens para os clientes (efeitos sociais) em termos de:
• Aumento do estatuto social dos aprendizes e atração dos jovens para as artes e
ofícios
• Melhor relação entre mestres e aprendizes • Aumento da autoconfiança dos aprendizes
6
Estudo de caso: Avaliação de competências na
Aprendizagem Informal no Benim
Factos:• A aprendizagem informal treina cerca de 150.000 jovens
• Forte organização de micro e pequenas empresas: Federação de Artesãos (FENAB) organiza 50.000 artesãos em cerca de 1000 associações
Instituições: formal, construindo a partir do informal
• Acordo entre autarquia local e associações locais de artes e ofícios para organizar exames finais de aprendizagem
• Conselho de avaliação local para preparar testes práticos duas vezes por ano, constituído por associações de artesãos, governo local, associações de pais e grupos comunitários
Resultados:
• Os candidatos bem-sucedidos recebem um certificado e os seus nomes são anunciados numa estação de rádio local
• Harmonização da prática e fim da “má” prática local • Ligação ao certificado formal CQM (em andamento)
7