MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G.SUL - FAURGS
REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - R E D E S A N CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DE SAN – FGP-SAN-2010
MÓDULO II E IV – GESTÃO DE EPAN PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL (B)
ARQUIVO DISPONIBILIZADO NA BIBLIOTECA VIRTUAL DO PROJETO REDESAN Título Manual sobre Boas Práticas para Banco de Alimentos
Autor: Arabele Teixeira Lacerda
Palavras Chave: Manual de Boas Práticas– SAN – Banco de Alimentos Categoria: B
TÍTULO: MANUAL SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA BANCO DE ALIMENTOS
Arabele Teixeira de Lacerda
CONTAGEM SETEMBRO DE 2 0 1 0
2 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS
FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G.SUL - FAURGS REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - REDESAN-2010 CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DE SAN – FGP-SAN-2010
MÓDULO II – GESTÃO DE EPAN PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL
TÍTULO: MANUAL SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA BANCO DE ALIMENTOS
Arabele Teixeira de Lacerda
Contagem / MG – (031)8709-3266 / 3331-1621 arabeletl@yahoo.com.br
Trabalho apresentado como requisito de conclusão do Curso de Formação de Gestores Públicos de SAN-2010 [O conteúdo e forma do trabalho são de responsabilidade do(s) autor (es)]
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Sumário
1-Introdução...4
2-Desenvolvimento...5
2.1-Higiene pessoal...6
2.2-Prevenção da contaminação pelos manipuladores de Alimentos...7
2.3-Cuidados com as mãos dos manipuladores...7
2.4-Cuidados com a saúde dos manipuladores...8
2.5-Higienização dos utensílios, equipamentos e instalações...9
2.5-Preparo da solução clorada...14
2.6-Controle de vetores e pragas urbanas...14
2.7-Garantia da qualidade da água...15
2.8-Manejo de resíduos...17
2.9-Recebimento dos alimentos doados...17
2.11-Armazenamento dos alimentos ...18
2.12-Transporte de alimentos...19
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Introdução
No Brasil, percebe-se nos últimos anos um marcante desenvolvimento nos sistemas de alimentação e, paralelamente, o desenvolvimento da atuação do nutricionista nesses serviços.
Um dos fatores que contribuem para essa afirmação é a adoção da sistematização dos procedimentos e estruturas dos serviços de fabricação ou manipulação de alimentos e refeições no que chamamos de Boas Práticas de Fabricação/Manipulação de Alimentos.
Boas Práticas: procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária. (Resolução ANVISA RDC nº 216/ 2004).
Torna-se, portanto, imprescindível a elaboração de um regimento interno, conhecido por Manual de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na área de alimentos (MBP), que defina os critérios e as normas que devam ser adotados a fim de nortear os procedimentos higiênico-sanitários nos estabelecimentos que produzem refeições.
O Manual de Boas Práticas deverá ser redigido de maneira a descrever as atividades realizadas no serviço de alimentação para atender aos itens exigidos pela legislação sanitária. Deve-se incluir, no mínimo, segundo a Resolução ANVISA RDC no 216/2004, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios; a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios; o controle da água de abastecimento; o controle integrado de vetores e pragas urbanas; a capacitação profissional; o controle da higiene e
5 saúde dos manipuladores; o manejo de resíduos e o controle e a garantia de qualidade dos alimentos preparados.
Desenvolvimento
De acordo com Silva Jr. (2001), Boas Práticas são normas de procedimentos para atingir um determinado padrão de identidade e qualidade de um produto e/ou serviço entre os quais a produção de alimentos. Logo, são regras que, quando praticadas, ajudam a prevenir perigos. Estas regras envolvem:
Higiene pessoal adequada;
Prevenção da contaminação pelos manipuladores de alimentos;
Higiene dos utensílios, equipamentos e ambientes;
Controle de pragas;
Garantia da qualidade da água e
Cuidado com o lixo.
O desenvolvimento dos microrganismos patogênicos, ou seja, aqueles que prejudicam a saúde do consumidor, depende das características dos vegetais manipulados. Cada produto processado passa por várias etapas como: a manipulação, a lavagem, o contato com equipamentos, o empacotamento e o armazenamento. Em cada uma dessas etapas pode ocorrer o desenvolvimento de microrganismos, devido a falhas na higiene pessoal ou pelo contato com equipamentos higienizados inadequadamente.
A manipulação deve ser realizada corretamente para evitar danos ao produto fresco, desperdício de vegetais e contaminação por microrganismos causadores de doenças (patogênicos). Sendo assim, a implantação das boas
6 práticas de fabricação é importante para a garantia da qualidade do produto minimamente processado.
Higiene Pessoal
Manipuladores com higiene pessoal inadequada podem causar a contaminação do alimento e das superfícies de manipulação. Fatores que levam a este tipo de contaminação são: higienização inadequada das mãos, falar, tossir e espirrar sobre o alimento.
Alguns procedimentos devem ser adotados pelos manipuladores, a fim de evitar a contaminação dos alimentos:
Tomar banho ao chegar para trabalhar;
Utilizar uniformes limpos;
Lavar as mãos antes de entrar na área de manipulação;
Lavar as mãos sempre que mudar de tarefa;
Escovar os dentes;
Não manipular dinheiro na área de manipulação de alimentos;
Não tossir, falar, cantar e espirrar sobre os alimentos;
Manter as unhas limpas, aparadas e sem esmalte;
Não utilizar adornos como: pulseira, cordão, anéis, brincos, piercing e outros.
O uniforme do manipulador de alimento deve seguir padrões rigorosos e higiene, pois uniformes sujos podem abrigar microrganismos e causar má impressão com relação ao estabelecimento. Desta forma, os manipuladores de alimento devem ter os seguintes cuidados:
Usar touca ou protetor de cabelo, para evitar que o cabelo caia sobre os alimentos;
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Usar uniforme limpo, diariamente. Sempre vestir o uniforme no próprio local de trabalho, antes de entrar na área de manipulação;
Retirar o avental quando sair da área de trabalho. Por exemplo, antes de retirar o lixo ou de ir ao banheiro;
Usar sapatos fechados e antiderrapantes;
Retirar adornos e jóias antes de manipular os alimentos.
Prevenção da contaminação pelos manipuladores de Alimentos
O termo manipulador de alimento corresponde a qualquer indivíduo que entre em contato com o alimento nas etapas de produção, processamento, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e venda.
O manipulador não treinado pode contaminar o alimento em qualquer etapa da cadeia produtiva. A contaminação pode ocorrer quando os manipuladores:
São portadores de doenças de origem alimentar;
Possuem ferimentos infeccionados;
Esfregam o nariz;
Tossem e/ou espirram sobre a mão ou alimento;
Fumam nos ambientes de produção, processamento, embalagem e armazenamento dos alimentos;
Falam sobre o alimento;
Coçam o ouvido, partes genitais e a pele. Cuidados com as mãos dos manipuladores. Quando higienizar as mãos?
Depois de usar o banheiro;
Antes e depois de manipular alimentos crus;
Após tocar o cabelo ou qualquer parte do corpo;
Depois de espirrar ou tossir;
Depois de fumar, beber ou mascar chicletes;
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Depois de tocar em equipamentos ou superfícies não higienizados. Além de bem lavadas, as mãos precisam de cuidados regulares para garantir que elas não transfiram contaminantes para o alimento. Os cuidados são:
As unhas devem estar sempre curtas e limpas;
As unhas devem estar sem esmalte e não é recomendado o uso de unhas postiças;
Cortes e feridas nas mãos devem ser tratados e protegidos com curativos, dedeiras ou luvas.
O procedimento correto de higienização das mãos: 1º Molhar as mãos e antebraços com água corrente;
2º Lavar com sabão líquido neutro, inodoro e produtos anti-séptico;
3º Esfregar as mãos por pelo menos 20 s ou de acordo com o fabricante do sabão;
4º Limpar embaixo das unhas e esfregar entre os dedos; 5º Enxaguar bem as mãos e antebraços;
6º Secar as mãos com papel toalha branco, não reciclado.
O uso de luva deve ser substituído por uma maior freqüência na higienização das mãos.
É de grande importância que os manipuladores sejam constantemente treinados !
Cuidados com a saúde dos manipuladores
De acordo com a NR7 (1994), todos os funcionários que manipulam alimentos devem ser submetidos a exames médicos a cada seis meses, de acordo com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Estes exames devem ser realizados obedecendo as seguintes etapas:
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Exame físico minucioso, com ênfase para a pele e mucosa;
Exames ocupacionais: parasitológicos e sorológicos, de acordo com o médico.
Ao término da avaliação médica deve ser emitido um atestado de saúde ocupacional, especificando a aptidão ou não para o cargo de manipulador de alimentos.
Higienização dos utensílios, equipamentos e instalações
Os equipamentos utilizados para o processamento podem ser potenciais fontes de contaminação do vegetal, pois apresentam partes de difícil higienização, onde as bactérias ficam alojadas.
As instalações, utensílios e os equipamentos que não forem limpos adequadamente permitirão a permanência de bactérias e fungos que podem entrar em contato com o alimento, vindo a tornar-se um problema grave.
É importante compreender a diferença entre limpeza e sanitização.
Limpeza é a remoção de alimentos e sujidades de uma superfície;
Sanitização é o processo de redução do número de microrganismos naquela superfície a níveis seguros.
Desta forma, primeiro a superfície deve ser limpa e enxaguada para, posteriormente, ser sanitizada. No processamento de alimentos, tudo deve ser mantido limpo e qualquer superfície que entre em contato com o alimento deve ser limpa e sanitizada:
Antes de cada uso;
Quando começar o trabalho com outro tipo de alimento;
Sempre que houver tarefa interrompida, caso os utensílios possam ser contaminados.
Procedimento de higienização das instalações, equipamentos e utensílios
Área de recebimento
10 Produto: Detergente neutro e solução clorada 100ppm (piso e bancada de manipulação) a 250 ppm (Parede).
Procedimento:
Utilizar rodo para o recolhimento do lixo;
Lavar com detergente e auxílio de esfregão;
Enxaguar com solução clorada;
Secar ao natural.
Almoxarifado e depósito
Item: Piso.
Freqüência: Diária.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Retirar o resíduo com auxílio de rodo;
Passar pano umedecido com solução clorada. Item: Piso.
Freqüência: Mensal.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Retirar os estrados;
Retirar os resíduos;
Lavar com detergente neutro e pouca água;
Remover com pano embebido em solução clorada;
Passar pano umedecido com solução clorada. Item: Estrados e paletes.
Freqüência: Mensal.
Produto: Desinfetante clorado. Procedimento:
Remover os estrados;
Retirar os resíduos;
11 Item: Prateleiras de apoio.
Freqüência: Semanal ou quando necessário. Produto: Desinfetante clorado.
Procedimento:
Retirar os resíduos, com pano embebido em solução clorada.
Geladeiras e câmaras de refrigeração
Item: Geladeiras e câmaras de refrigeração. Freqüência: Diária.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Retirar os estrados sujos;
Lavar com detergente neutro;
Banhar com solução clorada, deixar agir por 10 min;
Enxaguar.
Item: Geladeiras e câmaras de refrigeração. Freqüência: Semanal.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Remover todos os produtos da câmara para outra geladeira;
Realizar degelo do equipamento;
Retirar estrados, contentores e grades;
Lavar com detergente neutro, piso, parede e prateleiras;
Enxaguar com jato de água corrente;
Banhar com solução clorada por 10 min;
Remover o excesso com rodo;
Reorganizar os produtos;
Secar ao natural.
Freezeres e câmaras de congelamento
Item: Freezeres e câmaras de congelamento. Freqüência: Diária.
12 Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm.
Procedimento:
Manter os gêneros sempre organizados; Item: Freezeres e câmaras de congelamento. Freqüência: Semanal.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Raspar o gelo acumulado nas paredes com auxílio de espátulas. Item: Freezeres e câmaras de congelamento.
Freqüência: Mensal.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Remover todos os produtos da câmara para outra geladeira;
Realizar degelo do equipamento;
Retirar estrados, contentores e grades;
Lavar com detergente neutro, piso, parede e prateleiras;
Enxaguar com jato de água corrente;
Banhar com solução clorada por 10 min;
Remover o excesso com rodo;
Reorganizar os produtos;
Secar ao natural.
Sanitários e vestiários
Item: Sanitários.
Freqüência: Diária ou de acordo com a necessidade. Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Retirar o lixo;
Retirar os resíduos;
Lavar com desinfetante neutro, principalmente o vaso sanitário;
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Pulverizar solução clorada nos sanitários;
Abastecer o suporte de papel toalha;
Abastecer as saboneteiras com sabonete líquido. Item: Vestiários.
Freqüência: Diária, no início e término de cada rotina. Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Retirar os resíduos;
Lavar com detergente neutro;
Enxaguar com água corrente;
Deixar de molho com solução clorada por 10 minutos;
Remover o excesso da solução e deixar secar ao natural.
OBS: Os armários devem ser mantidos limpos e organizados e sem produto de origem alimentar como bala, biscoito, frutas e outros.
Equipamentos fixos
Item: Máquinas.
Freqüência: Após o uso.
Produto: Detergente neutro e solução clorada 100 ppm. Procedimento:
Desmontar todas as peças necessárias. Corpo do equipamento
Retirar resíduos com papel toalha;
Limpar com auxílio de escova de nylon de todas as frestas;
Secar cuidadosamente;
Remontar o equipamento. Peças
Lavar as peças em água corrente quente;
Remover o resíduo com esponja;
Enxaguar as peças com água corrente quente;
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Utensílios
Os utensílios como louças, panelas e talheres devem ser lavados em água corrente com sabão neutro. Após a limpeza, devem ser higienizados com álcool 70% e mantidos cobertos, ou seja, protegidos de foco de contaminação.
Preparo da solução clorada
30ppm à15ml de solução concentrada de cloro (com 2% de cloro livre) para 10L de água limpa;
100ppm à 50ml de solução concentrada de cloro (com 2% de cloro livre) para 10 ml de água limpa;
200ppm à 100ml de solução concentrada de cloro (com 2% de cloro livre) para 10L de água limpa.
Controle de vetores e pragas urbanas
Este controle abrange ações corretivas e preventivas destinadas a impedir a atração, abrigo e acesso ou proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. As edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios devem estar livres de vetores e pragas urbanas como moscas, baratas e outros insetos.
Quando as medidas de prevenção adotadas não forem eficazes, o controle químico deve ser empregado e executado por empresa especializada. Medidas preventivas:
As instalações não devem proporcionar condições de atração (resíduos de alimentos, água parada, lixeiras abertas) e proliferação (locais de abrigo como frestas, aberturas, objetos em desuso acumulados, azulejos quebrados) das pragas.
Inspecionar constantemente, empregando documento técnico específico, observando:
Presença de insetos e/ou roedores vivos e locais de abrigo;
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Possíveis pontos de entrada de insetos e roedores no ambiente, como falhas de vedação em tubulações, ralos sem proteção (telas, sifão etc.) portas e janelas mal vedadas, etc;
Possíveis pontos de abrigo para insetos e roedores, como abertura e frestas de portas, janelas e rodapés;
Azulejos mal assentados ou quebrados. Acúmulo de água em ralos;
Falhas na manipulação, guarda e descarte de lixo;
Presença de entulhos, materiais fora do uso;
Vazamento em dutos de água e torneiras. Tratamento – Desinsetização/ Desratização
Só podem ser utilizados produtos registrados no Ministério da Saúde para este fim.
Deve ser realizada por empresa especializada e idôneas que utilizem metodologia e produtos autorizados para áreas de alimentação. Aconselhamos que as mesmas operem com o sistema CIP – Controle Integrado de Pragas.
Deve ser realizado no mínimo semestralmente ou quando for detectada presença ou evidência de insetos e/ou roedores nas dependências do Banco. Em caso de infestação a periodicidade deve ser mensal.
Controlar a periodicidade e efetuar registro. Manter o registro ou cópia entregue pela empresa responsável.
Cuidados especiais: observar especialmente os cuidados especificados pela empresa contratada.
Pré aplicação:
Proteger todos os utensílios e equipamentos com plástico transparente;
Proteger os alimentos, não deixando embalagens abertas ou produtos expostos em local de aplicação;
Afastar os equipamentos móveis das paredes para facilitar aplicação. Pós aplicação:
Higienizar as instalações, equipamentos e utensílios conforme procedimentos específicos.
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Garantia da qualidade da água
A água deverá ser proveniente da rede de abastecimento. Caso venha de outras fontes alternativas( poço, minas, fontes, nascentes, etc.) necessitará ser submetida a tratamento de desinfecção.
A água utilizada para manipulação de alimentos deverá ser POTÁVEL, límpida, transparente, inodora e insípida.
O reservatório de água deve ser revestido de materiais que não comprometam a qualidade da água. O mesmo deve ser higienizado em intervalo máximo de seis meses, e os registros de operação devem ser mantidos.
O padrão de qualidade de água para consumo humano, de acordo com a portaria 518/04 do ministério da saúde é:
PH faixa recomendada à 6,0 a 9,5;
Valor máximo permitido de cor aparente à 15uH;
Valor máximo permitido turbidez à 5UT;
Abastecimento até 20.000 habitantes à 1 amostra poderá apresentar resultado positivo para coliformes totais, mensalmente;
Abastecimento acima 20.000 habitantes à presença de coliformes totais em até 5% das amostras examinadas por mês.
Valores residual de cloro livre:
Valor Máximoà 5,0 mg/L;
Valor mínimo à 0,2 mg/L.
Caixa d’ água
A caixa d’água deve ser lavada e sanitizada no mínimo semestralmente, ou na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água ( enchentes, animais) ,ou ainda quando forem detectadas alterações na qualidade da água, tais como:
Coloração, odor ou sabor alterados;
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Análise físico-química com resultado fora das especificações;
Controlar a limpeza semestral da caixa d’água que abastece o Banco de Alimentos.
Recomenda-se realizar análise microbiológica a cada 6 meses para controle.
Procedimentos para lavagem e sanitização da caixa d’água
1. Esvaziar e limpar o reservatório, retirando o lodo, escovando as paredes com uma escova limpa (sem uso) e enxaguando em seguida, de modo a eliminar toda a sujeira;
2. Deixar entrar nova água e, uma vez cheio o reservatório, fechar a entrada pelo registro ou amarrando a bóia;
3. Adicionar 5 litros de água sanitária (ou 1 litro de hipoclorito de sódio a 10%) para cada metro cúbico (1000 litros) de água do reservatório;
4. Tampar o reservatório adequadamente para impedir o acesso de poeira, insetos, água de chuva, e qualquer outro elemento estranho;
5. Esperar 4 horas e, em seguida abrir todas as torneiras do interior do local em questão, para esvaziar o reservatório e auxiliar na sanitização das tubulações;
6. Liberar a entrada de água e encher novamente o reservatório;
7. Deve-se efetuar uma análise bacteriológica 24 horas após a desinfecção para verificar a eficiência da mesma.
Manejo de resíduos
O Banco de Alimentos deve dispor de recipientes identificados e íntegros, de fácil higienização e transporte, em número e capacidade suficientes para conter os resíduos.
Os coletores de lixo devem ser dotados de tampas acionadas por pedal. Os resíduos devem ser freqüentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de armazenamento e preparo dos alimentos, a fim de evitar a contaminação e atração de vetores.
18 Recebimento dos alimentos doados
Nesta etapa, o manipulador deve fazer uma seleção dos produtos que não apresentam condições de uso. Os alimentos recebidos devem ser inspecionados e armazenados o mais rápido possível a fim de manter a qualidade do produto. As embalagens externas como caixa de madeira, papelão ou saco de papel devem ser removidas e descartadas para evitar atrair vetores e microrganismos para o ambiente.
Não utilizar água sanitária para higienizar alimentos, pois contém resíduos químicos (alvejantes)!
No ato do recebimento deve-se verificar:
Enlatados: se as latas estão amassadas, pontas inchadas, vazamento, solda com falhas e se estão enferrujadas;
Alimento in natura: verificar presença de fungos, cortes, amassados, descoloração, falta de brilho, odores e sabores desagradáveis;
Produtos secos (grãos, farináceos) – embalagem intactas e se há infestação de pragas;
As frutas e os legumes devem ser submetidos a higienização e sanitização.
Mantenha a área de recebimento sempre limpa e organizada!
Armazenamento dos alimentos
O armazenamento dos alimentos visa à prevenção ou retardamento da decomposição dos mesmos, a qual pode ser causada pela ação microbiana e por insetos ou roedores. O estoque deve apresentar condições para o armazenamento de produtos perecíveis e não perecíveis. No caso das hortaliças e frutas minimamente processadas, o armazenamento deve ser refrigerado, recomendando-se temperatura entre 5 e 12°C.
Portanto os cuidados com a higiene são necessários durante todo o processo produtivo, a fim de garantir a qualidade do produto minimamente
19 processado, pois a contaminação pode ocorrer durante o corte, a montagem e o empacotamento dos vegetais.
Transporte de alimentos
Os veículos para transporte de alimentos destinados ao consumo humano devem garantir a integridade e a qualidade dos produtos, a fim de impedir a sua contaminação e deterioração.
Condições para o transporte de alimentos
Cabine do condutor deve ser isolada da parte que transporta alimento;
Possuir certificado de inspeção sanitária (CIS-A);
Transportar somente alimentos;
Circular somente o tempo necessário entre o local de doação e o de entrega;
Estar equipado com estrados e caixas plásticas para o transporte de alimentos;
O veículo deve ser mantido em perfeito estado de higiene e conservação.
Armazene adequadamente o alimento, o mais rápido possível, para manter a qualidade do mesmo!
O veículo não deve apresentar evidências da presença de insetos, roedores, pássaros e odores que possam comprometer a qualidade do alimento transportado;
O veículo deve ter sistema de refrigeração para transportar, em temperatura adequada, alimentos in natura, congelados, carnes, laticínios e outros;
Os meios de transporte de alimentos devem ser higienizados. Medidas para garantir a ausência de vetores e pragas urbanas devem ser
20 adotadas. É necessário que os veículos possuam cobertura para a proteção dos alimentos.
Referências Bibliográficas
http://www.mds.gov.br/programas/seguranca-alimentar-e-nutricional-san/banco-de-alimentos/manual-de-implantacao-bancos-de-alimentos ,acesso em 12 de agosto de 2009.
Manual Básico de Higiene e Segurança Alimentar.
RESOLUÇÃO – RDC ANVISA nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Disponível
em:<http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=12546&word=>. Acesso em 11 de setembro de 2010.
RESOLUÇÃO - RDC ANVISA nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=8134&word=> Acesso em 10 de setembro de 2010.
INMETRO. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Comitê Codex Alimentarius do Brasil (CCAB). Disponível em: <http://www.inmetro. gov.br/qualidade/comites/ccab.asp.> Acesso em: 27 de agosto de 2010.
Guia de Elaboração do Manual de Boas Práticas para Manipulação de alimentos 2007. Elaborado pelo CRN4 Disponível em:
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