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RELATÓRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO REFERENCIAL PARA A CONCESSÃO DE ABRIGOS DE ÔNIBUS

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO REFERENCIAL PARA A CONCESSÃO DE ABRIGOS DE ÔNIBUS

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório de avaliação econômico-financeira, em conjunto com o Anexo I- Planilha Econômico Financeira Referencial, apresenta os aspectos e premissas utilizados para o desenvolvimento do projeto de concessão de abrigos de ônibus na cidade de Porto Alegre.

O documento apresenta as estimativas para as receitas, custos, despesas e investimentos utilizados para o cálculo de TIR e a estimativa de resultado do projeto. As informações que subsidiaram os estudos foram obtidas através de pesquisa e reuniões com agentes do mercado publicitário e fornecedores de peças de mobiliário urbano, bem como estudos técnicos realizados pela Administração Municipal.

Os dados apresentados a seguir, são projeções baseadas em ‘termos reais’, ou seja, não consideram o efeito da inflação.

Os valores referentes aos investimentos, receitas e despesas aqui apresentados são estimativas, não sendo, portanto, números vinculantes. De nenhuma forma, os números adotados neste relatório podem ser usados como justificativa para pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro ou questionamentos sobre o certame licitatório, sendo apenas de caráter consultivo. Os empreendedores interessados deverão realizar suas próprias estimativas de retorno, com os dados apresentados no edital e seu conhecimento de mercado, para calcular a atratividade do projeto.

2. OBJETIVOS DO PROJETO

O objetivo do projeto é a Concessão de serviço de utilidade pública contemplando a remoção, remanejamento, fornecimento, instalação e manutenção de abrigos de parada de transporte público e o fornecimento, instalação e manutenção de câmeras de monitoramento no município de Porto Alegre, com a exclusividade da concessionária na exploração comercial dos espaços publicitários desses equipamentos.

3. PREMISSAS E CRITÉRIOS ADOTADOS

A seguir serão apresentadas as premissas utilizadas como parâmetro para o dimensionamento dos investimentos, custos e despesas, que serviram como base de referência para as projeções do modelo econômico-financeiro:

a) Parâmetros Gerais do Projeto

Destacam-se dentre os parâmetros gerais básicos do projeto de CONCESSÃO:

 Modalidade de contratação, que se trata de concessão comum, com base na Lei Federal 8.987/95 e,

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Prazo de duração do Contrato, de 20 (vinte) anos;

b) Imposto de renda e tributos

Os impostos e tributos levados em consideração na modelagem do projeto observaram as disposições das normas federais, estaduais e municipais vigentes. Foram utilizadas as seguintes alíquotas:

a) Cálculos apontaram que o lucro presumido seria o melhor regime tributário para este modelo estimado. O regime é sujeito à incidência cumulativa de PIS/COFINS, cuja base de cálculo é a receita operacional bruta da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos.

b) PIS (Programa de Integração Social): tributo federal incidente sobre o faturamento bruto, no regime cumulativo, cuja alíquota é de 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento);

c) COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social): tributo federal incidente sobre o faturamento bruto, no regime cumulativo, cuja alíquota é de 3% (três por cento);

c) Estrutura de capital

O modelo financeiro base considerou estrutura de capital com 50% de recursos próprios e 50% de capital de terceiros, alterada ao longo do projeto, de acordo com o recebimento de receitas e pagamentos de dívidas. O financiamento foi estimado considerando uma taxa de 4,3%, correspondente à previsão da taxa SELIC do Boletim Focus do Banco Central do Brasil (abril 2020), e spread de 200%.

d) Integralização de capital

Após várias rodadas de conversas com o mercado, contribuições da sociedade civil e com base nas experiências trazidas por projetos similares no Brasil, optou-se por estabelecer valores mínimos necessários de integralização de capital, condizentes com as necessidades de caixa calculadas para cada período da concessão. Com isso, resguarda-se o Poder Concedente e não se onera desproporcionalmente o concessionário. Assim, a integralização mínima de capital prevista no primeiro ano do contrato é de R$ 4,3 milhões, equivalente a 30% do fluxo de caixa do projeto no ano 1. Para o ano 2, está prevista mais uma integralização de R$ 3,2 milhões, seguindo o mesmo racional de 30% do fluxo de caixa, para aquele ano. Sendo assim, o capital social integralizado final deverá totalizar R$ 7,5 milhões e assim deve permanecer até o fim da concessão.

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e) Projeção de investimentos (CAPEX)

A previsão de investimentos considera os insumos necessários para a implantação dos 1.144 abrigos de ônibus dentro de 55 meses, mais 100 câmeras de monitoramento e 150 painéis de próxima chegada. O CAPEX projetado para a concessão totaliza R$ 29,4 milhões, sendo R$ 869 mil em câmeras, R$ 1 milhão em painéis digitais e R$ 28,3 milhões em abrigos de ônibus.

Gráfico 1 - Estimativas dos Investimentos

f) Receitas

A Concessionária obterá receitas através da venda de publicidade, que será alocada nos abrigos de ônibus. Para efeitos de cálculo, foi adotado o valor mensal de R$1.854,00 por face, conforme pesquisas de mercado.

A estimativa de ocupação com publicidade é de 55% das faces disponíveis, de acordo com informações de empresas atuantes no segmento.

Devido à incerteza do momento econômico atual, afetado pela pandemia do COVID-19, para o primeiro ano de concessão considerou-se uma redução de receita por face de 30% e, para o segundo ano de 25%. Essas reduções tiveram como base a queda de arrecadação municipal no segmento de publicidade, de janeiro até junho de 2020. Dado que todos abrigos de ônibus deverão estar instalados até o fim do quinto ano de concessão, estimou-se a curva da evolução da receita, considerando que a ocupação de 55% será alcançada no mês 55. Para os demais anos, não foram consideradas variações de preço nem de ocupação.

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Gráfico 2 - Receita Projetada

g) Custos e Despesas (OPEX)

Os custos e despesas foram estimados para atender todas as necessidades da operação. Foram considerados custos com manutenção dos abrigos e dos painéis de próxima chegada, custos com veículos, conexão de 3G, links, conversor de mídia, e instalação de fibra ótica da PROCEMPA, bem como despesas com pessoal.

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As tabelas abaixo mostram a composição do OPEX do modelo, bem como os custos e despesas com cada item.

Tabela 1. Despesas com Mão de Obra

Salário Encargos Salário com

encargos Quantidade Custo Anual

Custo Mensal

Gerente Geral (Fixo) 12.000 8.400 20.400 1 265.200 20.400

Vendedores (fixo) 4.000 2.800 6.800 5 442.000 34.000 Engenheiro 8.500 5.950 14.450 3 537.251 41.327 Ger Operações 9.566 6.696 16.262 1 211.410 16.262 Encarregado 3.100 2.170 5.270 14 979.693 75.361 Assessor de Manutenção 2.500 1.750 4.250 57 3.160.300 243.100 Total 34.066 27.766 61.832 5.595.854 430.450

Mão de obra operacional

Salário Encargos Salário com

encargos Quantidade Custo Anual

Custo Mensal Assistente Administrativo 2.016 1.411 3.427 11 509.686 39.207 Gerente Administrativo 5.000 3.500 8.500 1 110.500 8.500 Escrit. Contabilidade e DP 4.000 0 1 52.000 4.000 Jurídico 3.000 0 1 39.000 3.000 Aux Limpeza 1.281 897 2.178 2 56.623 4.356 Total 15.297 5.808 767.808 59.062

Mão de obra administrativo

Tabela 2. Custos e Despesas Operacionais

Manutenção dos abrigos R$ 256.462

Veículos R$ 11.558

Conexão 3G R$ 8.704

Conversor com links R$ 20.858

Custos e despesas médias operacionais (R$/mês)

h) Resultados

Tendo estas estimativas de receitas, custo de operação e valor dos investimentos necessários, foi construído fluxo de caixa operacional projetado para verificar a viabilidade do projeto. A Taxa Interna de Retorno estimada foi de 9%.

Referências

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