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Boletim Informativo Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande Nº 02, 15 de novembro de 2014

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Boletim Informativo

Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande

Nº 02, 15 de novembro de 2014

www.isctac.org

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE

Rua Correia de Brito n˚ 952, Tel. +25823320794

Cidade da Beira - Moçambique

“Quintas Eleições Gerais e

Multiparti-dárias em Moçambique”

Página: 02

“Acordo de Cooperação nos Domínios

do Ensino Superior, Administração

Universitária de Gestão e de Cultural

Aproxima ISCTAC e UNIZAMBEZE”

Página: 03

“25 Anos da Queda do Muro de Berlim

e as Transformações do Mundo

Con-temporâneo”

Página: 04

LEIA NESTA EDIÇÃO Distribuição Gratuita e Electrónica

(2)

N

o dia 15 de Outubro de 2014, os moçambicanos foram às urnas para ele-ger o futuro Presidente da República, os Deputados da Assembleia da Repú-blica e os Deputados das Assembleias Provinciais, nas Quintas Eleições Gerais Multipartidárias e Segundas Eleições Pro-vinciais.

No dia 30 de Outubro de 2014, a Comissão Nacional de Eleições, no acto de divulgação dos resultados eleitorais, declarou o candidato da Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi, como vencedor das Eleições Presidenciais, com dois milhões, sete-centos e sessenta e um mil e vinte e cinco votos, o correspondente a 57,03 % do total dos votos. Fili-pe Nyusi suFili-perou Afonso Dhlakama, que obteve 36,61% dos votos e Daviz Simango, com apenas 6,36%.

A Comissão Nacional

de Eleições anunciou que a participação do eleitora-do foi de 48,64% eleitora-do uni-verso de 10.874.328 elei-tores internos. As Quinta Eleições Gerais, em Moçambique, foram das mais vigiadas quer por observadores interno assim como inter-nacionais. Os relatórios da maioria das organiza-ções que estiveram liga-das a todo o ciclo eleito-ral, desde a fase pré-eleitoral até após pré-eleitoral foram perentórios em afirmar que essas as mesmas foram livres, jus-tas e transparentes. Num Estado em processo de consolidação e com cerca de duas décadas de democracia, é normal que alguns processo não cor-ram na sua perfeição.

Dentre várias lições que devem ser tiradas desse processo eleitoral, o destaque vai para o nível de participação da popu-lação que superou em grande escala os outros pleitos o que aumenta a

legitimidade dos eleitos. Para além disso, há que se desenvolver a cultura de submeter as irregula-ridades do processo junto das entidades competen-tes: CNE, Tribunais e Conselho Constitucional, segundo o estipulado na lei.

Há que os partidos políticos fazerem a cam-panha política, porque as eleições não se ganham somente com campanha eleitoral, visto que há que conquistar as mentes e coração do povo. Conse-guiu bons resultados que melhor fez a sua activida-de política ao longo da legislatura passada.

Com as presentes eleições ficou comprovado que a FRELIMO continua sendo partido de massas, mas que a RENAMO con-seguiu se revigorar e o MDM ainda precisa de fazer muito trabalho para se firmar como alternati-va política em Moçambi-que.

Quintas Eleições Gerais e Multipartidárias

em Moçambique

Presidenciais

Filipe Nyusi Afonso Dhlakama Daviz Simango Votos Percentagem Votos Percentagem Votos Percentagem 2,761,025 57.3% 1.762.260 36.61% 306.884 6.36% Assembleia da República FRELIMO 144 Assembleias Provinciais FRELIMO 485 RENAMO 89 RENAMO 295 MDM 17 MDM 31

(3)

N

o dia 08 de Outubro de 2014 foi assi-nado um acordo de cooperação entre a Universidade Zambeze e o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chi-pande, no intuito de desenvolver relações de cooperação nos domí-nios do ensino Supe-rior, da administração universitária de gestão e de cultural. Trata-se de um acordo que pro-cura estabelecer e regu-lamentar os programas de cooperação académi-ca e os interesses comuns entre essas duas instituições de ensino superior que operam no território moçambicano. O Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande – ISCTAC é uma instituição de ensino superior moçambicana, juridicamente reconhecida pelo Decreto 27/2009 e publicado no BR nº 32 série I de 12 de Agosto de 2009, com sede na Cidade da Beira provincia de Sofala, Rua Correia de Brito nº 1259. A Universidade

Zambeze é uma

instituição pública de

ensino superior de âmbito nacional, criada

por Decreto do

Conselho de Ministros nº 77/2007, de 18 de Dezembro, com sede na Cidade da Beira.

No acto, o ISCTACT e a Universidade

Zambeze foram

representadas por Prof. Msc. Rizuane Mubarak e Prof. Dr. Nobre Roque dos Santos Magníficos

Reitores das

instituições, respectivamente.

Espera-se que a presente parceria públi-co-privada entre as duas instituições pro-duza bons resultados e vá de encontro aos desafios que as institui-ções de ensino superior são apresentadas na sua tradicional vocação de produzir, ensinar e disseminar o conheci-mento como forma de contribuir na resolução prática dos problemas das comunidades locais e globais

.

Acordo de Cooperação nos Domínios do Ensino

Superior, Administração Universitária de Gestão

(4)

O

mar é um bem natural que

propor-ciona um

conjunto de recursos, lazer, conflito e coope-ração. A evolução do Sistema Internacional mostra que este bem natural foi e continua sendo uma fonte de sustento e desenvolvi-mento de vários povos por ele banhado ou dependente, mas também uma enorme fonte de ameaça e vulnerabili-dade, reme-tendo a teo-r i a d o “perturbador continental”. Moçambique é um Estado costeiro e o mar

apresen-ta-se como um factor de desenvolvimento, mas também de ameaças e vulnerabilidade.

Actualmente, mais de dois bilhões de pes-soas vivem a distâncias de até 100 km de uma linha costeira. Através dos mares circulam aproximadamente 50 mil navios de porte oceânico, que transpor-tam 80% do comércio mundial. Todos os

anos, quase dois bilhões de toneladas de petróleo (60% de todo o petróleo produzido) são transportados por via marítima.

Constata-se que a circulação do comércio necessita de segurança no mar. Desta feita, é preciso articular acções de cooperação por parte dos Estados banhados pelos mares, e através

do desenvolvimento de protecção marítima conjunta, para conter o avanço e materialização das ameaças marítimas actuais que vão desde a pirataria, passando pelo terrorismo, até as actvi-dades ilícitas que preju-dicam o comércio inter-nacional e a biodiversi-dade marítima dos Estado. É neste contexto que, no dia 18 de Novembro de 2014, o Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande pre-tende reflectir sobre “Diplomacia do Mar e Segurança Marítima”, tendo em conta o mar como assunto diplomá-tico, o Mar como assun-to de Confliassun-to e Coope-ração e as principais ameaças à Segurança Marítima no Canal de Moçambi-que, na era da Globaliza-ção”. Os temas s e r ã o a p r e s e n -tados e comenta-dos por Sua Exce-l ê n c i a S e r g e S e g u r a , Embaixador da França na R epúb l ic a de Moçambique, contando com comentários e apresentações dos investigadores do ISC-TAC, docentes, estu-dantes, autoridades governamentais e as empresas do ramo pes-queiro que operam em Sofala e noutros pontos do país.

O Instituto Superior de Ciências e Tecnologias

Alberto Chipande Reflecte Sobre Diplomacia do Mar e

Segurança Marítima na Era da Globalização

Com Embaixador da França

(5)

N

o passado dia 10 de Novem-bro, celebrou-se a queda do Muro de Berlim, um evento que mudou a vida dos indivíduos, Estados e Organizações Internacio-nais, porque era o maior símbolo da Guerra Fria. O Muro de Berlim, conhe-cido também como “Muro da Vergonha” e “Cortina de Ferro”, foi uma cons-trução erguida em 1961 pelo regime socialista da extinta República Demo-crática Alemã. O muro destinava a separar as duas áreas da cidade de Berlim que na época estava dividida em um zonas de influência soviética, france-sa, britânica e norte-americana. O início da cons-trução do muro data de 13 de Agosto de 1961, esten-dendo-se por 156 quilôme-tros na Cidade de Berlim.

As origens da cons-trução do muro encon-tram-se no fim da IIª Guerra Mundial com a derrota da Alemanha e sua consequente ocupa-ção pelas forças aliadas.

Cada Estado vencedor (URSS, EUA, França e Inglaterra) herdou uma parte da Cidade de Ber-lim. Os três últimos uni-ram-se para formar a área da cidade que adop-taria o regime capitalista, Berlim Ocidental, a Repú-blica Federal da Alema-nha, e o resto ficou sob alçada dos soviéticos, Berlim Oriental, Alema-nha Oriental.

O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novem-bro de 1989 devido a um mal-entendido no seio do governo da RDA, depois de uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo pela televisão da ale-mã-oriental, anunciado uma decisão do Conselho de Ministros de abolir ime-diata e completamente as restrições de viagens ao Oeste. De seguida, a frontei-ra abriu-se no posto de Bor-nholmer Strasse e mais tar-de em outras partes do cen-tro de Berlim e na fronteira ocidental.

Com a queda do muro, houve uma onda

de euforia e acreditava-se que o Ocidente rico leva-ria prosperidade ao Oriente pobre. Volvidos 25 anos depois da queda do mudo, os esforços da unificação foram elevados, mas as desigualdades entre o oriente e ocidente alemão prevalecem.

Nas cerimónias dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, Gorba-chev, último presidente soviético com levou a cabo as reformas (Perestroika e Gasnost) que culminaram com a desintegração da URSS, alertou que o mundo está a beira de uma “Nova Guerra-Fria”, que até já começou, devido aos recentes conflitos no Oriente Médio e na Euro-pa e o fracasso no diálogo entre as grandes potên-cias. Desta feita, há que restabelecer o diálogo entre o Ocidente e a Rús-sia, para que os dois lados possam restaurar sua confiança mútua, por-que caso contrário a Europa vai continuar a enfraquecer a se tornar irrelevante.

25 Anos da Queda do Muro de Berlim

e as Transformações do Mundo

Contemporâneo

(6)

“Os artigos que constam desta edição podem ser reproduzidos no todo ou em parte, para fins académicos, desde que o

Boletim e o autor sejam citado como fonte”.

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE Rua Correia de Brito n˚ 952, Tel. +25823320794

Cidade da Beira - Moçambique

Nota Editorial

Entre os meses de Outubro e início do mês de Novembro, fomos brinda-dos com vários eventos a nível institucional interno, a nível nacional e global. A nível interno, o ISCTAC firmou um acordo de cooperação com a Universidade Zambeze com o intuito de desenvolver relações de coo-peração nos domínios do ensino Superior, da administração universitá-ria de gestão e de cultural. Este evento mostra claramente que a insti-tuição não se enclaustra nas suas paredes e tem uma visão de coopera-ção e ligacoopera-ção com os actores relevantes no panorama do ensino superior nacional. Como nos encontramos num mundo em que “ninguém pode tudo”, “ninguém sabe tudo” e “ninguém tem tudo”, a cooperação insti-tucional e as parceiras constituem uma saída para a integração institu-cional no xadrez global. O ISCTAC prossegue esse caminho com vista a materializar seus objectivos institucionais e os imperativos educativos nacionais.

A nível nacional, os moçambicanos foram às urnas no dia 15 de Outubro de 2014 para eleger o novo presidente da república e os depu-tados das assembleias nacional e provinciais. Tratou-se de um momen-to ímpar do exercício democrático, no longo percurso de consolidação da democracia moçambicana, visto que trata-se das Quinta Eleições Gerais e Multipartidárias e as Segundas Eleições das Assembleias Pro-vinciais. Num ambiente de calma, tranquilidade e transparência, foi eleito o quarto presidente da República de Moçambique, o Engenheiro Filipe Jacinto Nyusi, com cerca de 57.0% do total dos votos depositados na urna. Importa referir que a democracia é um tipo de regime político cujo poder vem do povo e os líderes políticos exercem-no em nome e para o benefício dos mesmos. A democracia também tem que ver com o reconhecimento dos vencedores e coexistência pacífica entre os partici-pantes nos processos eleitorais, uma vez que se trata de uma exercício político. Espera-se que a futura relação entre os participantes do pro-cesso eleitoral seja pacífico e baseado no respeito mútuo, para que o exercício do poder seja em benefício do povo moçambicano.

A nível global, as celebrações da queda do Muro de Berlim marca-ram os principais eventos no mundo, tendo em conta o valor símbolo que esse evento teve, em 1989, visto que é um marco fundamental na arena internacional, o fim da Guerra Fria. Não obstante, tanto os ale-mãs unificados e o mundo, em geral, ainda enfrentam muitos desafios. Alemanha ainda precisa de consolidar a sua unificação eliminando por completo os fantasmas do tempo do muro e isso só será possível a medida em que as novas gerações vão se firmando. Em relação as gran-des potências que ora foram contendores do conflito ideológico, tudo indica que estamos a beira de uma “Nova Guerra-Fria” como alertou Gorbachev, último presidente da URSS, uma vez que o conflito armado retornou a Europa, concretamente na Ucrânia, e alastrou-se no Médio Oriente, com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante; o nível de diálo-go entre as grandes potências reduziu; e o ressurgimento da Rússia no panorama global com actor relevante.

Portanto, temos nesta edição um leque de informações que nos colocam a par do que aconteceu entre os meses de Outubro e Novembro a nível institucional, nacional, continental e global. Bom Proveito!

Referências

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