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FACULDADE SUPERIOR DE LINHARES CURSO SUPERIOR DE DIREITO

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Academic year: 2021

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FACULDADE SUPERIOR DE LINHARES

CURSO SUPERIOR DE DIREITO

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ANDRÉ PACHECO PULQUERIO

PETER LEITE SOUZA

A CIDADE ANTIGA: ANTIGAS CRENÇAS

Resenha apresentada a mestre Rosinete Cavalcante, professora da disciplina História e Institutos Jurídicos Faculdade de Ensino Superior de Linhares – FACELI.

LINHARES 2011

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INTRODUÇÃO

Aprofundando-se na história da raça indo- européia da qual se ramificaram os povos gregos e italianos os quais possuíam as culturas que percorreram todo o globo, percebe-se que desde tempos remotos os povos procuravam maneiras de justificar os fenômenos inexplicáveis da vida, da alma e da morte. Os povos antigos

acreditavam em uma segunda existência após a morte, porém essa existência não era em outro corpo vivo e nem mesmo que a alma morta iria para uma região celeste, como o céu, mas sim se acreditava que as almas dos mortos continuavam junto ao corpo selado na sepultura.

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Acreditou-se por muito tempo que mesmo após a morte a alma continuava unida ao corpo, sendo assim inicia uma crença onde se julgava necessário que o morto recebesse os mesmos objetos e tratamentos que eram necessários quando estava vivo (Comida, bebida, servos, visitas, etc.), e devia ser sepultado no solo pátrio. Assim construiu um novo costume de extrema necessidade que o corpo fosse sepultado, caso contrário a alma estava condenada a vagar em forma de larva ou fantasma sem direito aos alimentos que necessitava e sempre almejando pelo

descanso, sem alcançar a “paz” a alma se tornava perversa afim de que lhe dessem sepultura, essa levava doenças, aflições com aparições lúgubres. Pode-se ressaltar que o sepultamento era incompleto também necessitava dos ritos e fórmulas de cerimônias para encerrar o sepultamento. Essa crença se tornou tão enraizada nos costumes que o não cumprimento dessas regras era mais temido que a própria morte, que em algumas cidades a pior punição para um crime era a privação à sepultura.

Além dos ritos e cerimônias no ato do sepultamento, a família estabelecia dias determinados para levar ao túmulo as libações e mantimentos para satisfazer a alma do morto, que para ser recebido pela alma pronunciavam-se certas fórmulas

consagradas e ritos para que as oferendas fossem aceitas. E havia também ritos que produziam o efeito contrário, para evocar os mortos, fazendo-os sair de seus túmulos.

Os relatos da época deixam claro um aspecto importante, que era o fato do homem ter tanto medo que após a sua morte não fossem efetuados as cerimônias

necessárias; viviam atormentados por esse medo a tal ponto de temer mais a privação da sepultara que a própria morte, pois acreditava que dependia disso para obter repouso e felicidade eterna. Um exemplo citado no texto foi a atitude

atenienses de condenar a morte seus generais que após a batalha não se importaram em sepultar os mortos, pois estavam em alto mar e havia uma

tempestade, e todo o povo, desde a plebe até a elite que se mantinham firmes às antigas crenças, mesmo após serem salvos consideram um crime imperdoável. Em antigas cidades a pior punição da lei era a privação da sepultara condenando a própria alma a agonizar eternamente.

Observa-se que as primeiras gerações antes de acreditarem na existência do

Tártaro ou Campos Elísios (leia-se Inferno e Céus na mitologia grega) a sua primeira opinião era que a criatura humana vivia dentro da sepultura, unida aos ossos, e sua

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vida anterior não interferia em nada em sua vida futura. Determinavam também que debaixo da terra continuava em condição humana a ponto de necessitar de

mantimentos, sendo assim os familiares lhe ofereciam em determinadas datas oferendas de refeições a cada túmulo.

Comparadas aos costumes atuais essas crenças parecem irreais, porém Esses costumes perpetuaram por várias gerações e a partir delas a maior parte das instituições domésticas e sociais dos antigos se originou. Com o passar do tempo essa crenças se tornaram regras de conduta, normas, que a partir do momento que o morto tinha a necessidade de alimento e bebida era obrigação dos vivos satisfazê-las. As crenças logos se tornaram verdadeiras religiões da morte e que duraram até o triunfo do Cristianismo.

Os mortos chegavam a serem considerados criaturas sagradas, santos e deuses, que deviam ser venerados não importando sua vida anterior. Os túmulos tornavam-se templos onde havia a sua frente um altar para os sacrifícios.

O culto aos mortos era praticado por vários povos, e foi citado pelo Código de Manu como o culto mais antigo entre os homens. A partir dos livros das Leis de Manu comprova o fato que de que é necessário muito tempo para que as práticas e crenças humanas sejam modificadas e ainda mais tempo para a transformação das leis e práticas exteriores. Um exemplo atual é o povo hindu que mesmo após

séculos, gerações e revoluções continuam a oferecer sacrifícios aos antepassados, pois acreditam desde o inicio da sua civilização que essas oferendas agradavam aos mortos e os reunia junto aos vivos. Comparando os vários povos de distintas partes do globo percebe-se a semelhança no aspecto de que antes de acreditar-se na separação do corpo e alma, metempsicose, era crença de que o morto precisava de comida de bebida, acreditavam em uma existência não visível, mas mesmo assim real.

Os gregos e romanos acreditavam que se deixassem de satisfazer o morto ele iria sair de seu túmulo para atormentar os vivos, castigando-os com pragas, doenças e aparições, afim de que reaparecem a sua negligência. O culto prestando oferendas e sacrifícios faziam com que o morto retorna-se a seu tumulo retomando a paz com os vivos. Outro ponto era que o morto continuava a exercer proteção e participar dos negócios, sendo assim dirigiam a eles orações para obterem favores e auxilio. Os estudos apontam essa como a religião mais antiga entre os homens. Deduzindo então que a origem do sentimento religioso surgiu dessa crença, pois existia antes

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mesmo dos deuses gregos, como Zeus, antes de adorar qualquer outra figura divina o homem adorava os mortos. Talvez então como sendo a morte como o primeiro fenômeno inexplicável da vida do homem, como não podia compreendê-la tentavam alternativas de entender, mesmo sendo elas além invisíveis, buscavam a resposta, assim abrindo o seu campo de visão para mais além do que se pode enxergar materialmente e estendendo essa busca por respostas para outros fenômenos que até então não possuía nenhuma explicação.

Não obstante do culto aos mortos, encontra-se também nos tempos remotos o culto ao fogo sagrado. Assim um como o outro, os seus deuses possuíam características que vinham do pensamento humano, sendo o que os incitavam a esses ritos era o fato da adoração a um ser invisível, que os trazia certo mistério.

A crença ao fogo sagrado era de grande relevância entre os povos gregos e

romanos, que entre esses se obrigava possuir em suas casas um altar ao fogo que permanecia acesso dia e noite, cuja função de mantê-lo vivo cabia ao chefe da casa, que por hipótese alguma poderia permitir que a chama se apagasse. Acreditava que com a extinção do fogo deixava de existir um deus, dura coisa seria para uma

família em que ele se apagava.

Como não se tratava de costume qualquer, os ritos para sua existência e sua perduração eram ditados pela religião e em meio a tantos ritos assim como o culto aos mortos prestavam-lhe culto, faziam banquetes, oferecia a ele vinho, comida e aquilo que julgavam ser agradável.

O que aproxima o culto aos mortos para o culto ao fogo era o fato que

respectivamente os povos o invocavam e lhes dirigia pedidos de sabedoria, saúde, prosperidade, benção aos seus filhos, e mais, quando os fiéis viviam momentos de bonança havia agradecimento e quando passavam por dias custosos o indagavam. Entretanto não só na Grécia e Roma essa crença foi absorvida entre os povos

Hindus, que praticavam os ritos de forma semelhante, como a entrega de oferendas, alimentos e as petições que eram dirigidas ao fogo. Mas não venha a se pensar que uma cultura foi passada a outra, acredita-se que tudo teve inicio entre as tribos indo-européias que existia na Ásia Central; quando houve sua dispersão, tanto quanto os que fora para o Oriente como para o Ocidente levaram consigo a crença e os ritos. Com o passar do tempo na Grécia o fogo sagrado recebeu forma humana e feminina sendo chamada de Vesta, que também era conhecida como deusa virgem, deste

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modo a crença permaneceu ainda que a sua forma e seus ritos fossem alterados. A religião do fogo apenas perdeu força com o advento do cristianismo.

Também participante das crenças antigas vejamos a Religião doméstica. Diferente das demais, adotada pelos gregos, romanos e indianos, essa crença não admitia um deus para todos os homens, mas sim um grupo de pessoas para um deus sendo esse grupo uma única família. Diferente do culto aos mortos e do culto ao fogo sagrado, uma das suas principais características era a proibição de qualquer outra pessoa que não pertencesse à família, nem mesmo os amigos, crendo que a presença de um estranho perturbava o repouso dos deuses manes, considerando como um ato de impiedade.

Deste modo fica claro que o culto era direcionado a um antepassado de cada família, onde em seus ritos declarava uma troca de valores entre os vivos e os mortos. Se as oferendas fossem feitas de maneira correta, os seus deuses

tornavam-se seus protetores ajudando-os naquilo em que precisavam neste mundo. Toda essa religião se limitava a família, o seu culto não era público, deste modo ninguém poderia participar e muito menos ditar as formas dos ritos, como no fogo sagrado o culto doméstico fazia invocação aos seus deuses (pedidos de saúde, prosperidade, benção aos seus filhos, etc.), e estes muitas vezes estavam dentro do próprio domicilio que por este fato recebiam o nome de deuses escondidos ou deuses interiores.

Não havia outro sacerdote além do pai e seus rituais eram únicos e passados de pais para filho, propagando apenas de varão para varão, crendo que os homens faziam as gerações; a participação da mulher acontecia por intermédio do pai ou marido, mas ela não tomava a mesma parte do homem nos banquetes e cerimônias.

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CONCLUSÃO

Os povos antigos, principalmente os gregos e romanos, com a dúvida do acontecimento com a vida após morte e a incerteza se existia ou não um ser superior, esses povos criaram entre si ritos e costumes diretamente ligado as suas dúvidas.

Entretanto com o passar dos tempos os costumes e rituais se tornaram crenças e religiões, que se bem observada possuem traços semelhantes entre si que ratificam a sua existência a partir dos seus pensamentos.

Assim por várias gerações as crenças e costumes foram alterados, mas, contudo elas permaneceram e permanecem em nossos dias ainda que sofressem mutação devido ao tempo.

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REFERÊNCIA

Numa – Denys Fustel de Coulanges, Cidade Antiga, 5ª Edição Editora das Américas S.A, São Paulo, 196, Livro 1º ,. Pág. 16-54.

Referências

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