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Rogerio Taiar DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

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Academic year: 2021

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Rogerio Taiar

DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Uma discussão sobre a relativização da soberania em face da

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Todos os direitos desta edição reservados à © MP Editora – 2010

Av. Brigadeiro Luís Antônio, 2482, 6. andar 01402-000 – São Paulo Tel./Fax: (11) 31012086 adm@mpeditora.com.br www.mpeditora.com.br ISBN 978-85-7898-025-2 CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Revisão

Mônica Aparecida Guedes Capa

Veridiana Freitas

Projeto gráfico e diagramação Veridiana Freitas

Diretor responsável Marcelo Magalhães Peixoto Impressão e acabamento ORGRAFIC

T137d Taiar, Rogerio

Direito internacional dos direitos humanos : uma discussão sobre a relativização da sobera-nia em face da efetivação da proteção internacional dos direitos humanos / Rogerio Taiar. - São Paulo : MP Ed., 2010.

352p.     

Inclui bibliografia ISBN 978-85-7898-025-2 

1. . Direitos humanos. 2. Direito internacional público. 3. Direito internacional público e direito interno. I. Título.

10-2940. CDU: 341.29:342.7 24.06.10 30.06.10 019881

Fonte Garamond Pro miolo oFFset 75G/m²

CaPa suPremo desiGn 250G/m² edição 1ª edição – Primaverade 2010

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À memória de ALVARO TAIAR, meu pai, com saudade e amor indescritíveis em palavras.

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AgrAdecimentos

À Professora DILMA DE MELO SILVA, não somente pela orientação cuidadosa para a ela-boração desta tese, mas também pelo carinho e amizade com que sempre pude contar.

À LORICE AJAJ TAIAR, minha mãe, pelo amor que diariamente me proporciona. À ALVARO TAIAR JÚNIOR, meu irmão, e acima de tudo, meu amigo.

À LARISSA MACHADO FRACALANZA TAIAR, minha querida cunhada.

Aos Professores CELSO LAFER e IVES GAN-DRA DA SILVA MARTINS, exemplos de su-cesso profissional, simplicidade e integridade de caráter.

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“Ainda que o respeito pela soberania e inte-gridade do Estado seja uma questão central, é ine-gável que a antiga doutrina da soberania exclusiva e absoluta não mais se aplica e que esta soberania jamais foi absoluta, como era então concebida teo-ricamente. Uma das maiores exigências intelectuais de nosso tempo é a de repensar a questão da sobe-rania (...). Enfatizar os direitos dos indivíduos e os direitos dos povos é uma dimensão da soberania universal, que reside em toda a humanidade e que permite aos povos um envolvimento legítimo em questões que afetam o mundo como um todo. É um movimento que, cada vez mais, encontra expressão na gradual expansão do Direito Internacional.” (Boutros Boutros-Ghali, “Empowering the United Nations”. Foreign Affairs. v. 89, 1992/1993, p. 98-99. Apud Louis Henkin (et al.), International law: cases and materials, 3ª. ed., Minnesota: West Publishing, 1993, p.18)

“A globalização levou os Estados a abrirem mão de uma parcela de sua soberania, não por es-colha, mas por um imperativo de mudança.”

(Paulo Borba Casella, “Entrevista”, Jor-nal do Advogado, OAB-SP, Ano XXXIII, Abril de 2008, Número 327, p.13)

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Apresentação

O livro de Rogerio Taiar é excelente contribuição ao estudo dos direitos humanos, à luz da soberania das nações e da reformulação con-ceitual de seu poder de ditar o direito, hoje condicionado, em parte, pelas denominadas linhas mestras da convivência internacional entre os povos.

Que a formulação dos espaços plurinacionais acordados já está le-vando a uma relativização do conceito clássico de soberania, ou seja, do poder absoluto de definir a lei interna em um determinado território so-bre um determinado povo – as nações, ao acordarem a participação em espaços alargados de convívio multinacional, abrem mão de seus direitos absolutos para acatar aqueles comunitários – é uma realidade inequívoca.

A União Europeia, sujeita aos controles da Comissão, do Conselho, do Parlamento, dos Tribunais de Justiça e de Contas, além do Banco Cen-tral, criou, de rigor, para grande parte dos países signatários, um direito que se sobrepõe ao direito nacional, à luz dos interesses comunitários, ge-rando uma relativização acordada do conceito de soberania, com indiscu-tível redução da força das leis internas.

Matéria que se coloca, nos últimos tempos, com maior intensidade, diz respeito à conformação do respectivo poder divisor das noções de direitos humanos internacionalmente reconhecidas com sobreposição sobre o direito local, que se deve nortear segundo o respeito necessário às regras internacio-nais. Tal fato implica, inclusive, a transferência da competência da jurisdição local para a jurisdição internacional, no julgamento dos denominados crimes contra a humanidade.

Desde a Conferência de Viena de 1993 e da criação do Tribunal Penal Internacional, em 1998, a matéria tem sido discutida, com aceitação dos pa-íses signatários do tratado e da criação da Corte Internacional a elas subme-tidas, muito embora algumas nações não tenham acompanhado a tendência referida, como ocorre com os Estados Unidos, o que enfraquece o novo es-tatuto internacional de respeito a um julgamento supranacional dos crimes contra os direitos humanos e sua dignidade. O fato torna-se mais grave

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quan-do a nação, a título de uso quan-do “direito de ingerência” – que a comunidade internacional só deve e pode se utilizar se em risco estiver – usa-o “unilateral-mente”, como ocorreu com os Estados Unidos na invasão do Iraque.

O livro de Rogerio Taiar enfrenta todas estas questões, com sólido embasamento doutrinário. Após uma excelente incursão histórica sobre a evolução dos direitos humanos e uma análise filosófica adequada dos gran-des mestres que refletiram sobre o poder (Aristóteles, Hobbes, Rousseau, Kant, Marx, Montesquieu, Locke, etc.), oferece algumas conclusões bem alicerçadas, como aquela de que o cristianismo permitiu uma concepção sobre a dignidade e a solidariedade humana, que serviu de base para a evolução da pragmatização dos direitos humanos no direito posterior. Re-velando-se um jusnaturalista – é admirador de René Cassin, jusnaturalista de formação tomista e um dos principais autores da Declaração Univer-sal dos Direitos Humanos – demonstra que a humanidade caminha para uma valorização da dignidade humana em nível de positivação jurídica na maioria das nações, com o que, sob este aspecto, há uma relativização do conceito clássico de soberania, assim como uma força maior na judiciali-zação do respeito a tais direitos. A própria dignidade humana, em nível in-ternacional, passa a ser uma realidade, como sinalizam a Corte Americana decorrente do Pacto de São José e o Tribunal Penal Internacional, ambos os tribunais dedicados a fazer valer o respeito aos direitos humanos.

O trabalho é primoroso. Serviu de base para sua Tese de Doutora-mento pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em Ban-ca constituída pelos Professores Dilma de Melo Silva, Wagner Menezes, Margareth Anne Leister, Eunice Aparecida de Jesus Prudente e por mim.

Elogiado na brilhante defesa de seus pontos de vista e aprovado com recomendação da banca para publicação de seu trabalho, convencido estou de que o bom estudo de Rogerio Taiar será de particular utilidade para todos aqueles que militam nesta área, razão pela qual o recomendo, ao apresentar este livro, na certeza de que servirá de reflexão para inúmeros ensaios que terminarão por surgir a partir de suas reflexões.

Tema atual com tratamento atual, correto e corajoso, está merecendo, pois, posição de destaque entre as obras nacionais que cuidam da temática.

Parabéns ao autor e à editora por tornarem públicas tais considera-ções do eminente Doutor das Arcadas.

Ives Gandra da Silva Martins

Professor Emérito da Universidade Mackenzie, em cuja Faculdade de Direito foi Titular de Direito Econômico e de Direito Constitucional

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Sumário

Introdução 11

1 Problematização e justificativa do tema 11

2 Objetos de pesquisa: rol de conceitos 17

2.1 Direito internacional 17

2.2 Direitos humanos 23

2.3 Soberania 31

PARTE I 35

Capítulo 1 37

O Estado soberano perante o direito internacional 37

1.1 Formação histórica do conceito de Estado soberano 37

1.1.1 Síntese histórico-evolutiva do Estado 38

1.1.1.1 Teorias sobre a origem do Estado 39

1.1.1.2 Características fundamentais do Estado na sequência cronológica 41

1.1.2 Acepções teórico-doutrinárias de Estado 64

1.2 Soberania 71

1.2.1 Principais características da soberania 71

1.2.2 A construção do conceito de soberania contemporânea 76

Capítulo 2 139

Fundamentos do processo de internacionalização dos direitos humanos 139

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2.1 Direitos humanos na Antiguidade 139

2.2 Direitos humanos na Idade Média 158

2.3 Direitos humanos na Idade Moderna 165

2.4 Direitos humanos na Idade Contemporânea 177

PARTE II 203

Capítulo 1 205

O processo de internacionalização dos direitos humanos 205

1.1 Conceito atual de direito internacional dos direitos humanos 205 1.2 Fundamentos do direito internacional dos direitos humanos 239 1.2.1 Dignidade humana como fundamento do direito internacional dos direitos humanos 239

1.2.2 O indivíduo como sujeito de direito internacional dos direitos humanos 257

Capítulo 2 273

A relativização da soberania em face da efetivação da proteção internacional dos direitos humanos 273

2.1 Direitos humanos: passagem do dever do súdito para o direito do cidadão 279

2.2 Análise da soberania dos Estados frente à internacionalização dos direitos humanos 286

2.3 A dignidade da pessoa humana como característica inerente ao conceito de soberania 308

Considerações Finais 329

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Introdução

1 Problematização e justificativa do tema

Trata-se, nessa pesquisa, do direito internacional dos direitos hu-manos, com o intuito de se promover uma discussão a respeito da relativi-zação da soberania estatal em face da efetivação da proteção internacional dos direitos humanos.

A abordagem específica da investigação volta-se à elaboração cogni-tiva sobre a relativização do conceito de soberania estatal, no propósito de melhor conceber seu exercício contemporâneo, diante da necessária prote-ção dos direitos humanos no plano internacional.

A pretensão é desenvolver o tema no sentido de que, ao se demons-trar que o Estado é obrigado a promover e a garantir os direitos humanos – e em não o fazendo, sofrerá as punições previstas no direito internacional dos direitos humanos – significa constatar que o Estado é detentor de um poder soberano relativo e não mais absoluto.

Defende-se que a soberania, fundada no princípio da igualdade so-berana de todos seus membros (artigo 2º, item 1, da Carta das Nações Unidas1) continua a ser identificada e exercida como poder supremo que

qualifica determinado Estado diante dos demais. Entretanto, com a insti-tuição do direito internacional dos direitos humanos, o indivíduo passou a adquirir a condição de sujeito de direitos, não apenas nos limites terri-toriais de seu Estado, mas frente a toda a comunidade internacional, e, desse modo, os Estados não mais podem justificar a violação de direitos

1 “Artigo 2º: a Organização e os seus membros, para a realização dos objetivos mencionados no ar-tigo 1º, agirão de acordo com os seguintes princípios: 1. A Organização é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros; [...]” (DIREITO INTERNACIONAL, Legislação.

Carta das Nações Unidas de 1945. A Carta das Nações Unidas foi assinada em São Francisco,

Cali-fórnia, a 26 de Junho de 1945, após o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Or-ganização Internacional, entrando em vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano. Disponível em: <http://www.unesco.org.br/publicacoes/docinternacionais/1945-CartadasNacoesUnidas.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2008).

Referências

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