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Problemas de Higiene W f t Q t / F? PROBLEMAS SO CIAIS

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À N O 2 5 . 6— N ú m e r o 1268

» O Jo rn a l de m a io r exp an sã o e d e fe n s o r dos interesses d e G u im a rã e s ♦

Domingo, 22 de Abril de 1956

M r , editor

i

proprietário

Sntonlno Dias^inío li! Castro

Redacçâo e Adm inistração: R u a da R ain h a, 56-A T e le f. 4315 F U N D A D O B M 1 9 3 2 C o m p o s iç ã o e im p ressã o

T IP . ID E A L

T e le f. 4381 V I S A D O P E L A C E N S U R A

— A V E N Ç A —

Problemas de Higiene

W f t Q t / F ?

PROBLEMAS S O C IA IS

O LEITE

Pelo P r o f. J . M a r tin s L im a .

Porque não crês? Assim desiludido,

Que horror existe em ti por que não creias

Nas máximas, de sã doutrina cheias,

Que te ensinou o lar paterno querido ?

É o le ite um a lim en to p o r e x c e ­ lê n c ia , n atu ral e c o m p le to p a ra a c ria n ç a . N ã o p o d e n d o a m ãe am a­ m en ta r o r e c é m -n a s c id o , tem d e r e c o r r e r a o a le ita m e n to m e r c e n á ­ r io , à am a, a o le ite d e v a c a ou a r ­ tific ia l. D e g ra n d e v a lo r n u tritivo e v ita m ín ic o , d e e le v a d a d ig e s tib ili- dade, co m uma n o tá v e l a c ç ã o t e ­ ra p ê u tic a e d e a lto v a lo r e n e r g é ­ t ic o o le ite é, c o m o o c la s s ific o u E r te l, «um v e r d a d e i r o a lim en to p r o t e c t o r » . A t é a o s c o m e ç o s do s é c u lo X V III o con su m o d o le ite em P o r tu g a l e r a g e ra lm e n te d e ca b ra . M a s já em 1891 se pen sou em L is b o a no a b a s te c im e n to d e

leite puro,

com a fu n d a ç ã o d e uma em p resa p a ra tal fim .

O d istin to a g r ó n o m o R o d r ig u e s C h ic ó afirm o u qu e

a tísica humana

grassava assombrosamente e na

ca p ita l havia cerca de quatro m il

vacas turinas, fornecendo leite

tuberculoso !

O s l.08 tra b a lh o s de b a c te r io m e - tr ia lá c te a fo r a m rea l za d o s, e n tre nós, p e lo D r. C a r d o s o P e r e ir a , no

i

In stitu to C e n tr a l d e H ig ie n e , em , L is b o a . Em 1908 e 1909 con tin u a-1 ram -se os estu dos no Inst tu to B a c ­ t e r io ló g ic o C â m a ra P esta n a , p elo s m é d ico s v e te r in á r io s D rs. lld e fo n - so B o r g e s e A ’ gu ed a F e r r e ir a .

O le ite é um a u tê n tic o

meio de

cultura,

tra n sm itin d o d o e n ç a s g r a ­ víssim as, em e s p e c ia l a t u b é r c u lo - ! se, qu an do e x tr a íd o d e v a c a tu b e r­

cu lo sa . I

A b a c ilo s e , d e lo c a liz a ç ã o i n t e s - , tin al e em m uitos c a s o s pu lm on ar, ■ é p ro v e n ie n te , s o b re tu d o nas c r ia n- 1 ças, de L i t e d e va c a s tu b e r c u lo s a s .! S e g u n d o o d i s t i n t o h ig ien ista D r. F ig u e ir o a R e g o , «a p u ro u -s e que 50 % d os c a s o s d e tu b ercu lo se, nos ad u ltos, s ã o d e tip o b o v in o ; nas c r ia n ç a s s o b e p a ra 7 0 % . D a s a lim en ta d a s a b ib e r ã o co m le ite cru re a g e m 3 7 ,5 % à tu bercu lin a. N a s c ria n ç a s a té c in c o anos, a in- fe c ç à o d e o r ig e m b o v i n a acusa 5 8 % d e lo c a liz a ç õ e s g a n g lio n a re s , 5 9 % ab d om in ais, 2 3 % g e n e r a liz a ­ das, 1 3 ,6 % m en ín g ica s e 4,1 % pu l­ m o n a re s ». D a d o q u e o le ite q u e é c o n su m i­ do p e la q u a se to ta lid a d e da p o p u ­ la ç ã o p o rtu g u esa é p ro d u z id o p o r an im ais d e

saúde duvidosa, higie

-

ne precária,

d e fe itu o s o r e g im e a li­ m entar, m al a lo ja d o s e m ungidos, r e g r a g e ra l, em péssim as c o n d iç õ e s h ig ié n ic a s , tra n s p o rta d o em v a s i­ lhas q u e n ã o s ã o a ssèp tica m en te lim pas, d e v e a v e rig u a r-s e , sem p re qu e p o ssível, da p r o v e n iê n c ia do le ite qu e se dá à c ria n ç a .

E ’

altamente insalubre o leite

que o P ais consome, o que com­

promete o seu uso alim entar l

(a a firm a ç ã o n ão é nossa, m as d e um ilu stre h ig ie n is ta p o rtu g u ês).

A scen sã o

P

m

AURORA JARDIM

Sonhei com estrelas,

bebi luar.

Amei crianças,

l i os poetas,

andei no mar.

S ofri saudades,

chorei de amor

.

Olhei o sol,

cortei a flo r .

Semper!

Vou caminhando

para a porta estreita.

Para outro céu

da outra vida.

Para o final

dos dias

que não foram perdidos,

eu quero ir

de braços erguidos.

(Do livro N o Mar do Mundo).

N O “ N O T Í C I A S ”

E s te v e na n ossa re d a cçâ o , em v is ita d e c u m p r im e n to s , q u e r e ­ gistam os c o m m u ito r e c o n h e c i­ m ento, o ilu s tr e V e r e a d o r do P e lo u r o d e C u ltu ra e d is tin to P r o ­ fesso r

Liceal, sr. dr. J. Catanas

Diogo.

E ’ n e c e s s á rio a in sta la çã o de c e n tr a is le ite ir a s p e lo s m u n icípios, s e p o ssível, ou p o r em p resa s p a r ti­ cu la res, sob r ig o r o s a v ig ilâ n c ia e fis c a liz a ç ã o d e um c o r p o m é d ic o e v e te r in á r io , a in te n s ific a ç ã o d e b r i­ ga d a s m ó veis, e lu c id a n d o as p o p u ­ la ç õ e s ru rais s o b r e a n e c e s s id a d e d e um bom sa n ea m en to d os estáb u ­ los, seu a re ja m e n to e d e fe s a c o n tra as m oscas, a pastagem , a h ig ie n e da m ungidura, a r ig o r o s a lim p eza das Vasilhas, etc., etc.

A ssim o e x ig e a saú de p ú b lic a !

N.

A?.—

No último artigo publicado, des­ te ilustre Colaborador, onde se lia «...o emprego de antissépticos adequados (li- sol, ercolina, etc.)», deveria ler-se «...(li- sol, creolina, etc.)». Fica feita, com as nossas desculpas, a devida rectificaçâo.

Um vírus de descrença, indefinido,

Quem, ao mentir, te inoculou nas veia s?...

Mau grado teu, em turbilhão de ideias

Viverás em confusão... incompreendido!...

Há uma senda que só Deus te indica

E a alma eleva, exalta e m agnifica:

— Da crença de teus pais faz rumo e l ei . . .

Meu pobre amigo que eu lamento e estimo,

Tu deves renunciar ao e rro ... e do imo

Do coração, então, te abraçarei!

18- 4 - 956.

M E N D E S SIMÕES.

C o m o é já d o c o n h e c im e n to p ú b lic o e d e h a rm o n ia co m o an ú n cio qu e p u b lica m o s h o je, n o u tro lu ga r, vai s e r c o n s tru íd o n esta cid a d e, sen d o a a rr e m a ta ç ã o da o b ra fe ita já no dia 8 de M a io , um a m p lo e d ifíc io com d o is g ra n d es c o r p o s , um p a ra aulas e o u tro p a ra o fic in a s , d estin a d o à N o v a E s c o la T é c n ic a , sen d o fe it a a im p la n ta çã o n o lu g a r d o P r o p o s to , p re c is a m e n te nos t e r ­ re n o s da a ctu a l E s c o la In du strial e C o m e r c ia l.

O e d ifíc io fic a r á , na p a r te q u e se d estin a às aulas, co m 4 p a vim en to s e co m lo ta ç ã o p ara 1.0 0 0 alunos, com d o is g in á s io s p a r a am b os os sexos, p iscin a , r e c r e io s , etc.

F ic a r á sen d o o m a io r e d ifíc io , q u er em s u p e r fíc ie c o b e r ta , q u e r em lo ta ç ã o , q u er m esm o em o fic in a s , das E s c o la s T é c n ic a s d o P a ís. A g ra n d io s a o b r a cu ja c o n s tru ç ã o d e v e r á le v a r d o is an os e m e io e qu e d e v e c o m e ç a r d e n tro d e m uito b re v e , está o r ç a d a em 8 579.370S00.

A g ra v u ra a cim a d a rá a o le it o r uma id e ia da g r a n d io s id a d e d a o b ra em r e fe r ê n c ia . A c o m u n ic a ç ã o o fic ia l d e s te im p o rta n te m elh o ra m en to fo i fe it a à im p ren sa na 5.a*fe ir a à ta rd e p e lo sr. P r e s id e n te da C â m a ra .

C A R T A S

a um A b a d e

L i e a p r e c ie i a V o s s a d is s e rta ­ ç ã o s o b r e o P r o g r e s s o T é c n ic o e o P r o g r e s s o S o c ia l. A c e it o tu d o qu an to afirm ou , não, p o rém , sem algu m as re serva s. E s ­ sas r e s e r v a s em b a ra ça m -m e s o b r e ­ m an eira, p o rq u e n ão c o n c e b o bem a p o s s ib ilid a d e d e d e s e n v o lv im e n to da in d ú stria sem um p o ssível a va n ­ ç o da té c n ic a s o b r e o s o c ia l, p e lo m en os p r o v is ó r io . S e a in d ú stria e o seu d e s e n v o l­ v im en to t é c n ic o têm d e s e r a c o m ­ pan h ados p o r um p r o g r e s s o s o c ia l p a ra le lo , te m o s d e c o n v ir em que uma g r a n d e p e rc e n ta g e m d o s lu ­ c r o s te r ia q u e fic a r p e lo cam in h o, d istrib u íd a em b en esses e p r iv ilé ­ g io s p e la c la s s e tra b a lh a d o ra , já assás d e fe n d id a p ela s le is s o c ia is v ig en tes, e seria m a r r e b a ta d o s à in d ú stria os m eio s n atu rais d e e x ­ pan são e in c re m e n to . N o u tr o s term o s, p a r e c e -n o s que o p r o g r e s s o s o c ia l d e v e s e r um ta n to s a c r ific a d o a o p r o g r e s s o t é c ­ n ic o . P o is , p o r o u tro la d o , s e é à so m b ra d a in d ú stria q u e v iv e m ta n ­ to s in d ivíd u o s da c la s s e o p e r á r ia e suas fa m ília s, d e v e p r o c u r a r -s e o m a io r d e s e n v o lv im e n to da g ra n d e in dú stria, s a c r ific a n d o -s e em b o ra a p equ en a, v is to esta s e r in c a p a z d e p r o p o r c io n a r , m e s m o a o s seus m ais p ró x im o s c o l a b o r a d o r e s , a q u e le c o n ju n to d e r e g a lia s q u e a m o d ern a s o c io lo g ia j u l g a d e v e r a trib u ir a o o p e r á r io . A m a io r das re g a lia s é a c e r t e z a e a g a ra n tia d o tra b a lh o e uma r e ­ tr ib u iç ã o m ais ju sta e perm a n en te, im p o s s ív e is na p eq ú en a indú stria. T o d o s re c o n h e c e m q u e as em ­ p resa s p o b r e s ve g e ta m , vítim a s ta n to dum a té c n ic a c a s e ir a e a n ti­ quada, c o m o da fa lta

de

b a se qu e

as aguente—o capital,

A o m en o r s o p r o d o r e v e z ou da 1 c rise, fe n e c e m in g lò ria m e n te . j Q u a n to m a io re s não sã o as pos- J s ib ilid a d e s d e e s ta b ilid a d e e d e ! ê x ito na g ra n d e in d ú s t r ia ... já ! p ela q u a lid a d e e p r e ç o da m e r c a-1 d o ria , já a té p e la c o n c o r r ê n c ia qu e : e s ta b e le c e co m a p equ en a indús- j tria, sua d é b il rival. | U m d os s e g r e d o s d o seu triu n fo , ta n to no m e r c a d o n a cio n a l, c o m o no in te rn a c io n a l, é o «d u m p in g » a p en as p o ssível nas em p resa s d e g ra n d es r e c u rs o s fin a n c e ir o s e t é c ­ n icos. Q u e re m o s daqui c o n c lu ir qu e se a v izin h a a h o ra em q u e tu do c e d e ­ rá p e ra n te o g ra n d e a v a n ç o da té c n ic a em ín tim a c o la b o r a ç ã o com o c a p ita l, e tu d o qu an to é p eq u en o ru irá, im p o ten te, so a n d o , en tã o, o m o m en to d o m ais p e r fe it o e q u ilí­ b r io e n tre o p r o g r e s s o t é c n ic o e o p r o g r e s s o s o c ia l. E ninguém c o n ­ te s ta rá a n e c e s s id a d e im p e rio s a d e c r ia r n o va s e g ra n d e s em p resa s in d u striais, já p a ra ch a m a r a o seu lu ga r, n o p r o g r e s s o da H u m a n id a ­ de, o d in h e iro crim in o s a m e n te a fe r ­ ro lh a d o n os c o fr e s , já , ainda, p a ra d a r p ã o e tra b a lh o a ta n to s m ilh a­ r e s d e b r a ç o s c a r e c id o s d e a c ti- vid a d e. O r a tu do is to im p lic a um c r e s ­ c e n te e m p r e g o d e m áquinas, g e r a l­ m en te c o n s id e ra d a s f a u t o r a s d o p r o g r e s s o em e s ta lã o ig u a l a o c a ­ p ita l in vestid o . E ’ a s o m b ra d e am b os — c a p ita l e m áqu in as — q u e hom em e m ulher, e sta a té em n o tá v e l p e rc e n ta g e m , vêm d e s e n v o lv e r a sua a c tiv id a d e , c r ia n d o a riq u e z a c o le c tiv a .

Q u a n to à m ulher, e la re v e lo u -s e e x c e le n te p a ra o tra b a lh o m e c â n i­

co e é ainda um doa braços mais

DoutorOliveiraSalazar

0 ilustre Estadista, Professor

doutor A ntónio de Oliveira Sa

*

lazar, festeja no dia 28 o seu

aniversário n atalício, que coin­

cide com o 27.° aniversário da

sua subida ao poder.

A Sua Excelência apresenta­

mos os mais respeitosos cum pri­

mentos.

fir m e s da e c o n o m i a f a m i l i a r . C o n c lu s ã o : — é d e d e s e ja r o c o n ­ tín u o fo m e n to d o s g ra n d e s indus­ tr ia is e um m a io r in vestim en to d e c a p ita is p a ra h a v e r tra b a lh o p a ra to d o s . P o is , s e é c e r t o qu e m u ito d o q u e é «p r o s p e r id a d e » é fr u to da sua c o la b o r a ç ã o , tam bém é v e r d a d e q u e essa «p r o s p e r id a d e » é a m elh o r b a se da g a ra n tia e co n tin u id a d e do tra b a lh o .

A c e it e o s m eus cu m prim en tos.

TEODORO.

Pelo P .e Manuel Matos.

IX

O

Bezerra e o Volante

S e um d ia isso a c o n t e c e s s e ...

S im , se um d ia o p r o g r e s s o t é c n i­ c o ch eg a sse a i s t o . . . q u e s e f* ia ... S e ria , qu e, sen ta d o no seu e s c r i­ tó rio , fu m a n d o , tra n q u ilo , um ha- v a n o , e m a n o b ra n d o m an sa m en te um d is p o s itiv o te le - v is o r , te le g u ia ­ v a os seu s c a r r o s d e tra n s p o rte s c o l e c t i v o s . . . v ia c a ir o d in h e ir o e m tro c a du m b ilh e te , nuns c o fr e - z in h o s d e m e ta l r e lu z e n t e . . . p a ra ­ v a e a n d a v a .. . até c h e g a r ao d e s ­ tin o e até ao r e g r e s s o . . . N o fim , fa z ia as s o m a s ... e v ia os lu c r o s ...

E m b o r a já h aja a v iõ e s te le g u ia ­ dos, b o m b a s teleg u ia d a s, etc., a in ­ da n ão fo i p o s s ív e l su b s titu ir o m o to ris ta n o s a u to c a r r o s . . .

G A Z E T IL H A

A resposta da leiteira

Donairosa, interessante.

No frescor da mocidade,

Cedo atrovessa a cidade

4

moça madrugadeira.

Vem duma aldeia distante

Abastecer o mercado,

Na constância e no cuidado

De escrupulosa leiteira.

Ao vê la nunca resisto

Á graça dum galanteio.

Que a moça no devaneio

Da graça fic a engraçada...

Pois há dias perguntei-lhe,

A arm ar um pouco à fin u ra ,

Se ao rnungir não fa z m istura,

i

Se é

tu do

leite e mais nada

. . .

E essa moça donairosa,

A cheirar ao rosmaninho,

S o rriu

um riso escarninho —

Como só r i a mulher.

E deu resposta sa g a z :

. . . E se o fizesse no leite,

O merceeiro no azeite,

Bota a m istura que q u e r...

C. T*

. . . O B e z e r r a , d e s d e a q u e le d ia e m q u e o v ír a m o s à es q u in a da rua, fe it o m e n d ig o , q u a se se e c li­ p sou aos n o sso s o l h o s . . . J á ia m passadas a lg u m a s sem a n a s s e m o v e r m o s . E, en tã o , q u e s e r ia fe it o d o B e ­ z e r r a ? F o i o q u e in d a g a m o s c o m c u r io s id a d e e in te re s s e . O n d e o fo m o s e n c o n t r a r .. . A d o r m ita r u m p o u c o , d e n tro d u m a u to ca rro lu x u o s o . . . O p o b r e h o m e m v e s tia u m a fa r- p e l a . . . um u n ifo r m e e tin h a a t i ­ r a c o lo u m a b o ls a e na ca b e ç a um b o n é . . . E ra c o b ra d o r. D e s p e r te i- o e d e ta l je it o q u e deu um salto. — B r a v o , h o m e m . . . n ã o ca lcu la o a lív io q u e se n ti ao v ê - lo a s s im ... J á v e jo q u e tem u m n a co d e p ã o p a ra m a ta r a f o m e . . . A b r a c e i- o e fu s iv a m e n te , en q tía n - to e le e s fr e g a v a os o lh o s e d e i-lh e os p a ra b é n s p o r te r a ch a d o um lu ­ g a r ao s o l da v id a . E in te r r o g u e i-o . — E n tão, a m ig o B e z e r r a . . . q u e é fe it o d e s i . . . d ig a -m e c o i s a s . . . — O lh e , s e n h o r . . . a r r a n je i este lu g a r z in h o .. . sou c o b r a d o r . .. — M il v e z e s , b r a v o , h o m e m 1 S e é c e r to qu e, q u em n a sce p a ra c in ­ c o não ch eg a a d e z . . . ao m en o s não nasceu p a ra m o r r e r d e fo m e . . . — G raças a D eu s, s e n h o r . . . eu d ou m u itas g ra ça s a D eu s. (C o m o é a d m ir á v e l, p e n s e i cá p a ra m im , a f é e a c o n fo r m id a d e d o s p o b r e s . . . ) . E o B e z e r r a su s­ p i r o u . . . — P o r q u e su sp ira , a m ig o B e z e r -

Continua na 2.a página

I n t e r e s s e s

d e G u i m a r ã e s

N a 5.a- f e ir a à ta r d e partiu p a ra L is b o a , a co m p a n h a d o p e lo V ic e - -P r e s id e n te S r. E n g.° A n t ó n io R o ­ d r ig o d e A r a ú jo P in h e ir o , o S r. D r. J o s é M a r ia P e r e ir a d e C a s tr o F e r r e ir a , P r e s id e n te da C â m a ra M u n icip a l, q u e fo i à c a p ita l tr a ta r d e assu ntos d e m u ito in te r e s s e p a ra o n o sso C o n c e lh o , d e v e n d o r e g r e s ­ sa r h o je a esta c id a d e .

R e f l e x õ e s

Já rep a ro u o le ito r a m ig o n a q u e­ le p lan o d e u rb a n iza ç ã o d o c e n tr o da c id a d e , ali e x p o s to no T u r is m o ?

S e não rep a ro u vá lá e a d m ire a c o n c e p ç ã o a rro ja d a d o a rtista P e - res F ern a n d es.

A p e s a r de a ld e ã o to d o s o s dias que ali passo ex ta s io -m e a a d m i­ ra r as riqu íssim as linhas da n ova U r b e , q u e sem c h o c a r co m o an­ tig o , sem m exer com o q u e a c id a ­ d e tem d e m ed ieva l, veem d a r-lh e n o v o a s p e c to , m ais a tra en te, m ais d e s a fo g a d o , d es e m b a ra ç a n d o c o m ­ p leta m en te o trâ n sito , h o je b a s­ ta n te p r e c á r io , ta n to p a ra p e õ e s c o m o p ara ve íc u lo s .

O T o u r a l a m p lia d o a té à A v e n id a D. A fo n s o H e n riq u es e a riq u íssi­ ma A la m e d a q u e lig a o r e fe r id o T o u r a l a o C a m p o da F e ir a são duma b e le z a a d m irá vel. E stou a v e r o s n o v o s p ré d io s d e lin h as ar- q u ite c tó n ic a s a c o n d iz e r co m a im p o rtâ n c ia d estas a r té r ia s ; estou a v e r o Jardim d o L . 28 d e M a io , fo r m o s ís s im o qu e é a m p lia d o até a o C a m p o da F e ir a ; e estou a v e r tam bém o L a r g o d o C a m p o da F e ir a m o d ific a d o , a m p lia d o , co m uma riqu íssim a vista p a ra os P a ­ ç o s d os D u qu es, C a s te lo e P en h a . P o r isso m e ex ta s io e n ão me c a n s o d e o lh a r a q u ele p r o je c to e c a d a dia o e n c o n tr o m ais in te re s ­ san te I M a s as m inhas r e fle x õ e s v ã o ao p o n to d e p en sa r q u e p a ra isso um dia s e r r e a liz á v e l é n e c e s s á r io an ­ te s d estru ir im en so s p ré d io s , a la ­ g a r q u a r te ir õ e s in te iro s , d e s a lo ja r bastan tes fa m ília s, c r ia r uma s é r ie d e d ific u ld a d e s p a ra um a c id a d e d e tã o den sa p o p u la ç ã o n este c e n ­ tr o , q u e é n e c e s s á rio d e fa c t o um e s p ír ito a r r o ja d o e fo r t e , uma c a ­ p a c id a d e d in â m ica c o m o a d o nosso P r e s id e n te da C â m a ra p a ra se p o ­ d e r s o b r e p o r a o s m il e um em b a ­ r a ç o s qu e lh e h â o -d e su rgir. E há a in d a m ais: a A v e n id a S a - la z a r q u e h á-de c o r t a r da A la m e d a d o 28 d e M a io a té a o actu al M a ta ­ d o u ro M u n icip a l, lig a n d o assim o c e n tr o da c id a d e às sa íd a s p ara

Famalicão e Santo Tirso.

D e fa c t o o p la n o é a r r o ja d ís s i­ m o e m e r e c e as nossas r e fle x õ e s . F o i c o n c e b id o em m aré alta p o r té c n ic o d e rea l v a lia , m e d ita d o p o r d iv e r s o s o u tro s té c n ic o s e h om en s d e a rte q u e não se fu rta ra m a um ex a m e lo c a l a que não fo i a lh e io o actu al M in is tr o das O b ra s P ú b lic a s e as a u to rid a d e s lo c a is . T o d o s re - fle c tir a m bem c e rta m e n te , os T é ­ c n ic o s s o b r e o P la n o d e A la r g a ­ m en to e A fo r m o s e a m e n to d o C e n ­ t r o da C id a d e e as A u to r id a d e s e H o m en s d e re p r e s e n ta ç ã o lo c a l s o ­ b re o s in te re s s e s q u e m ais co n vêm a G u im a rã es no p re s e n te e num fu tu ro la rg o . S im , na v e r d a d e é du ro m as v a le á pena o s a c r ifíc io d e to d o s os vi- m a ran en ses no p re s e n te p ara fic a ­ rem co m uma o b r a d e la r g a p ro - je c ç ã o no fu tu ro, sem s e r p r e c is o nestas d é c a d a s m ais p ró x im a s v o l­ ta r a p en sa r no assunto, n o a c a ­ n h am en to e e n g a r r a f a m e n t o d o c e n tr o da nossa q u erid a c id a d e , q u e tem p ro p e n s õ e s a au m en tar e a exp an d ir-se. P a r a o p r o g r e s s o da n ossa T e r r a é assim m esm o, d e v e m o s ir a o fu n d o da q u estã o , a o s a lic e r c e s da o b r a e já a g o r a d a r-h e e s p a ç o e b e le z a , c o lo c a r o C e n tr o da n ossa U r b e à a ltu ra d o seu m e re c im e n to . O s b on s vim a ra n en ses, e m b o ra co m s a c r ifíc io , a c o lh e r ã o a o b ra d e m ãos dadas p o rq u e e la é d e in ­ te r e s s e e d e en g ra n d e c im e n to , é n ossa e é gra n d io sa . B em h aja quem t r a b a l h a p o r G u im a rã es, b ê r ç o da N a c io n a lid a ­ d e P o rtu g u e s a 1 G u im a rã es, c r e m o - lo bem , v a i s e r a g o r a fin a lm e n te co n tem p la d a * co m a q u ilo a q u e tin h a jus, p e lo q u e h á -d e fic a r ete rn a m e n te g ra ta a o G o v e r n o d e S a la z a r, à C â m a ra da P r e s id ê n c ia d e S u a E x c e lê n c ia o S n r. D r. C a s tr o F e r r e ir a e a o s H o m e n s B o n s d e G u im a rã es q u e num a teva n ta d o p a trio tis m o e b a ir ­ rism o lo c a l têm lu ta d o p e lo e n ­ g r a n d e c im e n to da c id a d e n ú m ero um d e P o r tu g a l.

(2)

2

NOTICIAS DE GUIMARAES

Na agonia c morte do Burguês

15) Por EDUARDO D’ALMEIDA

Carta a ama Senhora

M in h a S e n h o r a :

E n c o n tra m o -n o s e m p le n a q u a ­ d ra d e P r im a v e r a , m as esta só u m a v e z p o r o u tra n o s te m m im o s e a d o c o m os

ares da sua graça

, p o r ­ qu e, d e re s to , têm s id o fr e q u e n te s os seu s

amuos

e b astan te a g re s te o seu a m b ie n te .

N o en tan to, n em m e s m o a ssim n os d e v e r e m o s c o n s id e r a r e s c r a ­ v iz a d o s p e ra n te a q u ela s a lte r n a ti­ va s, tan to m ais q u e a N a tu reza , p o r ta d o r a d os p r o d íg io s da sua O b ra , não d e ix a d e c u m p r ir a sua m issã o , fa z e n d o r e v i v e r os e n c a n ­ tos d e lin d a s p a isa g en s d e flo r e s e d e v e rd u ra , tra n s fo rm a n d o a m o ­ n o to n ia e a tris te z a da q u a d ra do In v e r n o e m m o v im e n ta d o s e a le ­ g r e s c e n á r io s q u e a c a rin h a m e a ca len ta m a v id a d a q u e le s q u e n ela n ão e n c o n tra m d e s ilu s õ e s e qu e, p o rta n to , m e lh o r s a b e m s e n ­ tir e c o m p r e e n d e r a v id a n o r m a l das plan tas, s o b r e tu d o a d a q u ela s q u e a g u a rd a m a P r im a v e r a p ara se c o b r ir e m c o m a fo lh a g e m q u e h á -d e p r o t e g e r os n in h o s d o s p a s­ sa rin h o s e p a ra p r o d u z ir e m as flo r e s qu e, e m m u ita s d ela s, se tr a n s fo r m a r ã o e m d e lic io s o s fr u ­ tos. C o m o v ê , m in h a S e n h o ra , n ã o j p o d e r á s e r m a is b e lo n em m ais

\

s u r p r e e n d e n te o r i v i v e r da N a tu ­ reza , p o r q u e n o s a p re s e n ta o m ais

Mas no que, por convenção artificiosa ou grosseiro

pejorativo, assim contrapomos como antigo e novo mundo,

este de mais restrita contemporaneidade — e esta mesma na

diversa medida de tempo ao consoante das gerações que a

definem e abrangem ou dos acontecimentos que, a regu­

lam — , certas figuras humanas persistem como esterioti-

padas, embora, e nem sempre, com outra indumentária.

O consagrado novelista inglês, bem conhecido de todos,

Somerset Maugham

, coloca na boca de um burguês espa­

lhafatoso estes dizeres de conselho aos filhos: <se tiverem

uma libra e gastarem dezanove shillings e seis pence, serão

ricos; mas, se gastarem vinte shillings e seis pence, ficarão

na miséria», talqualmente como falaria um personagem de

Dickens

, Balzac, Camilo ou Flaubert. São característi-

cas do temperamento humano, cuja força de inércia, coagu­

lada no sangue, mas vivaz no subsconsciente, é a causa

forte da sua matusalémica e perdurável co-existência. Na

Vida. E no romance, que é também vida criada e real.

A’s vezes até mais do que a outra, por suposição da apa­

rência, mais autêntica.

Daí a imortatidade dos homens-tipos, que não bem

protótipos, do romance, antes e depois da morte dapueles

considerados heróis ou figuras modeladas no Teatro Grego,

ou no de Racine, de Molière ou do nosso G il Vicente,

e nos poemas da grande Opera, coroados entre magnificên­

cias orquestrais. Retalhos de frase, esboço a lápis do nariz

aguçado, da grossura sensual do lábio, do torcer dos lá b io s ___

___________________

no encrespar do sorriso, migalhas esboroadas de frases

im a r a v ilh o s o e m a is s ig n ific a t iv o ,

miúdas, sombras esquiVando-se no dédalo das ruelas,

à

luz i

e s p e c tá c u io q u e o s n o s s o s o lh o s

baça das lâmpadas, a dúvida hamelética, o ciúme oteloide, i Podem

j mPlaJ e ^ue. a Alma

as manchas maquebéticas, os ardores cavalheirescos do

d e m ^ p i o d à z i r l m t ó k s ^ o l o r i r s '

Fidalgo da Triste Figura, as máximas populares, adagiárias,

P o r é m , en q u a n to a N a tu re z a

da sanchesca rusticidade do Pança (um dos mais graves

p r o s s e g u e na sua O b r a d e r itm o

problemas da economia humana), que passam e repassam,

c o n tin u o e s e m p r e ig u a l, a h u m a ­

na verdadeira realidade do osso e carne, da alma e do

espírito.

João de Meira>

a cuja memória ilustre ainda não sou­

bemos render o devidíssimo preito, encontra, de visita a

S. Torcato, os «Macários» de Camilo, entre outros macá-

rfos do nosso termo, e tão camilianamente revivos em

camiliana prosa que, ao Vê-la, apenas se perguntaria, por

se não relembrar, de quando a escrevera. Nas lojas dos

armazenistas e lojistas portuenses nós topamos, ainda hoje,

ali mesmo à nossa beira, eles próprios e em real presença,

com diversos daqueles a quem fomos por Camilo apresen­

tados e em cuja intimidade assim entrámos, como, no leve

tomar de uma chícara num café da Lisboa, tão modificada

pelos terramotos sísmicos e morais e urbanísticos, vemos

desfiar o melhor do álbum de retratos e caricaturas de

Eça de Queiroz.

Aos célebres e afamados «Comícios»

do Flaubert, assistem, com o mundo curioso da Madame

Bovarfi

muitos dos que, na História da Literatura Fran­

cesa, já em uso em nossos Liceus, Gustave Lanson inclue

na produção artística um capítulo (o II) destinado à «Litera­

tura Burguesa».

Entre a impróvisa, repentina, energética do burguesismo

camiliano, em que se infiltrava virulenta a Volubilidade pas-

sional do romancista, em arroubos de êxtase fascinado e

alucinatório, como em rajadas sibilinas de acrucfada raiva,

encrespada de ódio, ou sucumba em feio e marasmático

espectadorismo, e o dinamismo observador e atento e corri­

gido do Eça, no complexo do temperamento aristocrático

de artista de requintada elegância e do sonho íntimo, ideal

de sua mocidade e guia de sua consagração às letras, de

ser agente de uma salutar revolução mental, cavara-se, além

da sigla das respectivas feições, aquela, não menos impres­

siva, das «voltas que o mundo dá». E que, por vezes, por

muito adentradas, não vêm ou não se notam à superfície.

(Continua).

O lamentável estado em que

se encontram algumas habi­

tações do Bairro da Federa­

ção das C. de Previdência

P e d e m - n o s q u e c h a m e m o s a a ten çã o d e q u e m d e d ir e ito p a ra o la m e n tá v e l e s ta d o e m q u e se e n ­ c o n tra m , e x te r io r m e n te , a lg u m a s h a b ita ç õ e s d o B a ir r o da F e d e r a ­ çã o das C a ix a s d e P r e v id ê n c ia . V a ra n d a s a d e s m a n te la re m -s e , ja n e la s s e m p in tu ra e c o m v id r o s p a rtid o s , p a r e d e s su jas e e s b u r a ­ cadas, m o n tu ro s d e lix o e m a lgu n s re c a n to s , e is o q u e se e n c o n tra n u m B a ir r o qu e, n ã o s e n d o e c o ­ n ó m ic o , p o d e c o n s id e r a r -s e g r a n ­ d io s o . U r g e , p o is , d a r c o n h e c im e n to d esta a n o m a lia a q u e m s u p e r io r ­ m e n te te m a tr ib u iç õ e s p a ra as r e ­ m e d ia r, to m a n d o as p r o v id ê n c ia s im e d ia ta s q u e o b o m n o m e da t e r ­ ra e o s d ir e ito s d o s in q u ilin o s r e ­ q u e r e m .

F E S T E J O

S

S .

C R I S T Ó V Ã O

P r o m o v id o s p e la C la sse d o s M o ­ to rista s d e G u im a rã es, v ã o r e a li­ z a r-s e , e m 2 1 e 2 2 d e J u lh o p r ó x i­ m o , g r a n d io s o s fe s te jo s e m h o n ra d o seu P a tr o n o S . C r is tó v ã o , os q u a is p r o m e te m e s te an o r e v e s t ir e x c e p c io n a l b r ilh o , s e n d o a b r i­ lh a n ta d o s p e la s B a n d a s d e M ú s ic a da P o líc ia d e S e g u ra n ç a P ú b lic a d o P o r t o e da S o c ie d a d e F ila r m ó ­ n ica V im a r a n e n s e , e sta n d o já e la ­ b o r a d o o p r o g r a m a , a q u e o p o r tu ­ n a m e n te d a r e m o s p u b lic id a d e . A C o m is s ã o q u e se p r o p ô s le v a r a e fe ito , e s te ano, o s tr a d ic io n a is fe s te jo s , está a tra b a lh a r, c o m to d o j o e n tu s ia s m o e, s e g u n d o n o s in fo r ­ m a, te m r e c e b id o d o p ú b lic o o m a is fr a n c o a c o lh im e n to . n id a d e c o n tin u a a v i v e r e n tr e p o lo s a b s o lu ta m e n te d i f e r e n t e s , q u e r q u a n to a o p r o b le m a d a paz, q u e r q u a n to à p o b r e z a e à riq u e z a , a q u e ­ la e esta e m m a n ife s ta d e s ig u a l­ d a d e na lu ta p e la v id a , tan tos e tão v a r ia d o s s ã o os e x e m p lo s , n esse s e n tid o , e s p a lh a d o s p o r to d o o m u n d o , e m q u e uns ga sta m m ilh a ­ re s d e c o n to s e m

noivados

, c o m o r e c e n te m e n te s u c e d e u n o « P r i n c i ­ p a d o d e M ó n a c o », e o u tro s a p en as c o n s e g u e m m a ta r a fo m e e c o b r ir o c o r p o c o m a C a rid a d e d os c o r a ­ ç õ e s g e n e r o s o s e c o m a s e n tim e n ­ ta lid a d e d a p r ó p r ia A lm a . M as é a s s im : L á c o m o c á ! A i n ­ da, há d ia s, m e d iz ia p e s s o a a m ig a : S e to d o s o s r ic o s e os r iq u ís s im o s q u e e x is t e m e m P o r tu g a l r e p a r tis ­ sem p e lo s p o b r e s e p e lo s p o b r ís - s im o s u m p o u c o c h in h o do q u e lh es so b ra , a r iq u e z a p a ssa ria a ser a b e n ç o a d a p o r D eu s, p o r q u e E le v e r ia n is s o o b o m ê x ito da S ua d o u trin a e, n e s s e caso, n ão se a p r e ­ s e n ta ria r e v e s t id o d e tanta g r a v i­ d a d e o p r o b le m a so cia l.

C o m o , in fe liz m e n te , n e m to d o s assim o c o m p r e e n d e m , o d e s e q u i­ l íb r io e n tr e a m is é r ia e a abastan ça m a n te r -s e -á e os seu s e fe ito s c o n ti­ n u a rã o a s e r os já c o n h e c id o s .

E a q u i te m , m in h a S e n h o ra , c o ­ m o a r e s p e it o da v id a das plan tas s e p o d e m fa z e r c o n s i d e r a ç õ e s a c e r c a da v id a hum ana, a q u e la s e m p r e g e n e r o s a e esta, p o r v e z e s , in d ife r e n t e à g e n e r o s id a d e . N ã o s e i o ju íz o q u e V . E x .a fic a ­ rá. a fa z e r d esta lig e ir a c o m p a r a ­ ç ã o q u e lh e a ca b o d e a p resen ta r, m as, d e q u a lq u e r fo r m a , n ão lh e d ig o m a is d o q u e a q u ilo q u e se e n c o n tr a ra d ic a d o n o m e u e s p ír ito . A l é m d isso , p e r te n ç o ao n ú m e ro d as p e s s o a s q u e m a n ife s ta m o q u e s e n te m , ra z ã o p o r qu e, p e lo m e ­ n o s , s e a p r o v e it a r á a m in h a b o a in te n ç ã o .

T o d a v ia , «

cada q ual com o seu

igual»

e, p o r isso , eu só e s c r e v o — e n ã o m e n e g a r e i a fa z ê -lo , em q u a lq u e r circ u n s tâ n c ia — p a ra m e d ir ig ir às p e s s o a s d e b o a fé . E ’ a e sta s a q u e m s e m p r e d e s e ja r e i c o r r e s p o n d e r e n q u a n to n ão s o a r a h o r a d o «

Deo profundis»

das m i­ n h as cartas. E n a d a m a is, m in h a S e n h o ra . Abril de 1956. D e V . Ex.® c d .° v en .or e o b g .° X .

M I S E R I C Ó R D I A

D E G U I M A R Ã E S

Em L is b o a , f e z e x a m e p a ra a o b te n ç ã o d o títu lo d e R a d io lo g is ta , te n d o s id o a p r o v a d o p o r u n an im i­ d a d e, o sr. dr, A n tô n io J o s é d e S o u sa B a rro s , passan do, assim , a assum ir a D ir e c ç ã o do G a b in e te d e R a d io lo g ia d o H o s p ita l da San ta C a s a da M is e r ic ó r d ia , d e s te c o n ­ c e lh o , o n d e já e r a e n c a r r e g a d o d o s s e r v iç o s d a q u ela e s p e c ia lid a d e , d e s d e o a n o d e 1949.

F R I G I D A I R E

M a is d e 20 m ilh õ e s v e n d id o s e m to d o 0 M U N D O 505

Oficinas de S. José

C o n fo r m e e s ta v a a n u n cia d o e s ti­ v e r a m n o d o m in g o e m fe sta , as n ossas O fic in a s d e S . J o s é , a c u ja d ir e c ç ã o d ig n a m e n te p r e s id e o n o s ­ so q u e r id o a m ig o e ilu s tra d o s a c e r ­ d o te r e v . P .e L u is G o n za g a da F o n ­ seca. N a q u e le d ia a B a n d a d o s in t e r ­ n a d o s p e r c o r r e u e m sa u d a çã o as ru as da cid a d e. D u ra n te a ta rd e a s im p á tic a in s ­ titu iç ã o d e A s s is tê n c ia fo i v is ita d a p o r n u m e ro s o s b e n fe ito r e s , q u e p u d e ra m a p r e c ia r a g ra n d e z a d a ­ q u e la O b ra .

Os nossos Monumenfos

U m a p o r ta r ia p u b lica d a n o « D i á ­ r io d o G o v e r n o » fix a o p e r ím e tr o d e p r o te c ç ã o da Ig r e ja d e N o s s a S e n h o ra da O liv e ir a , d o p a d rã o c o m e m o r a tiv o da b a ta lh a d o S a la - d o e d o s P a ç o s M u n ic ip a is , em

Guimarães.

Use Gazcidla

dom aria

U

M adre-do-Deus

R e a liz o u - s e , n o d o m in g o , a tra d ic io n a l ro m a r ia d e N o s s a S e n h o r a d a M a d r e -d e -D e u s , n o s su b ú rb io s d e s ta c id a d e , q u e f o i a b rilh a n ta d a p e la a p r e c ia d a B a n d a d o s G u ises. N ã o o b s ta n te o m au te m p o , o a r r a ia l q u e s e r e a liz o u d u ra n te a ta rd e , e s t e v e b a sta n te c o n c o r r id o .

Use Gazcidla

L A B O R A T Ó R I O

D E A N Á L I S E S

L a r g o da R e p ú b lic a d o B ra s il 39-2.° T e lef» 40404 R e s id ê n d ft ’ — D r . F e r n a n d o X a v ie r L a r g o d o s L a ra n ja is , 1 — 1.®

Telef. 40278

320

DOS LIVROS

PROBLEMAS SOCIAIS

« V I M A R Á N E S

D ’ A N T A N H O »

(O d e s e v o c a tiv a s d e v elh a s tra­ d iç õ e s ) = d e

Mendes Simões.

Atribui-se, justam ente, a Men­

des Simões, uma noção

c o n s c ie n ­ c ia liz a d a

da arte poética. Se o

conceito logo nos sugere o sim ­

ples domínio do abstracto, sem

que defina, suficientemente, a a ti­

tude do poeta na interpretação

concreta do fenómeno que des­

perta a sua capacidade intelec-

tioa, o julgam ento traduz, porém,

um poder criador, de

c o n s c ie n c ia ­ liz a ç ã o , o

que é quase fundamen­

ta l em poesia.

Já nos f o i possível apreciar

Mendes Simões numa das suas

obras,

«A leluias d ’Alma», que o

definiu como poeta de arte

c o n s ­ c ie n c ia liz a d a ,

segundo o testemu­

nho da c ritic a . E pudemos a f ir ­

m ar que o poeta se compreende,

no complexo emotivo, na sua fé

e no seu sentimentalismo e que

va i até à compreensão de uma

universalidade de coisas que u l­

trapassam o âmbito da sua intros-

pecçáo. M ais ainda : que pondo

em plano secundário factores ex­

ternos, d e m o n s t r a fo rte poder

subjectivo

uma fo rça de in ti-

mismo.

Parece-nos que esta opinião

de um provinciano que analisa

para estudar, sobre o

in tim ism o

poético de Mendes Simões, ex­

prim e uma ideia mais ampla não

apenas de c o n s c i ê n c i a , mas,

também, de assim ilação estética,

de emoção, de vivência da p ro ­

blemática inerente em poesia.

A insistência de Mendes S i­

mões em determinados temas,

exuberantes de imagens que se

vêem

e

sen tem

(imagens que nun­

ca se esquivam à sublimação),

está longe de causar uma mono­

tonia em arte poética. E isso

não acontece p o r que, exacta-

mente, M. Simões não é um poeta

vulgar ou apenas de

c o n s c iê n c ia .

E \ sobretudo

,

pela cultura que

lhe reconhecemos em diversos

campos de e s p e c u l a ç ã o das

ideias e pelos atributos que es­

truturam , p s i c o l ò g i c a m e n t e ,

a sua

p e rs o n a lid a d e ,

um poeta de

sentimentos superiores, vig o ro ­

sos, inconform istas, (o inconfor-

mismo é um p rin c ip io de criação),

sem tendências mórbidas, inca­

paz da mera aceitação do fenó­

meno exterior.

E porque os poetas nascem e

não se fazem, como dissemos já ,

M. Simões p rojecta nos temas da

sua arte a lu z fo rte e radiosa do

seu espirito, o êxtase da

fa t a li­ d a d e

em poesia, que supera a

c o n s c iê n c ia

em poesia.

( Régio, num dos seus últim os-

-grandes liv ro s de versos, conci-

ta-nos a uma concepção especi­

fic a de consciência em arte).

No seu lindo prefácio de

«

Vi-

ma ranes d ’A ntanho», o dr. Eduar­

do d'A lm eida distingue— e muito

bem — a trilo g ia na poesia das

odes evocativas de velhas tra d i­

ções vimaranenses

temas fo r ­

mosíssimos que M . Simões, p r i­

meiro que qualquer outro,crem os,

c a n t a com sim plicidade, a r t e e

ternura re lig io s a : «poesia», (poe­

sia pura), «pintura

»

e «música».

Prevalece, ainda, neste liv r i-

nho, o sugestivo, ora álacre ora

piedoso, do tradicionallsm o a r­

caico do vulgo vimaranense, em

que visionamos, em gosto p ic tu ­

ra l, as imagens ou as multidões

nos roteiros da sua fé e dos seus

costumes, cheias de luz, de cor,

de esperança, de perfume e ale­

g ria , p o r esses caminhos cheios

de pó, de sol e história

. . .

As odes são, realmente, de um

sugestivo que prende, — e encan­

ta, como esse poema

«M ilagre

de S. G ualter

» ,

de puro classi­

cismo.

M ais autorizada que a nossa,

é a opinião do dr. Eduardo de

A lm e id a :

«Não é bem e

s ó

poesia, no que

nela há, como essência, de ele­

vado e puro, o que se encontra

nestas páginas.

Já, em outras obras e colabo-

I

ração Jornalística, Mendes Si*

(Continuação ra ? E n tã o o o rd e n a d o n ão c h e g a ? — Q u e r e m é d i o . . . , re s p o n d e u . A g e n te e s tic a -o e h á -d e c h e g a r . . . q u e r e m é d i o . . . — B e m , a m ig o B e z e r r a , ta m b é m n ão há d ir e it o d e ta n to se q u e ix a r d o s h o m e n s .. . E ’ um o rd e n a d in h o c e rto , te m a b o n o d e fa m ília , ajuda d e cu sto nas d e s lo c a ç õ e s , o ito h o ­ ras d e tra b a lh o e ain d a u m as g o r - g e tin h a s ... n ã o d ig a m a l da s o r t e ... — E u n ã o d ig o m a l da s o r t e . . . só d ig o m a l das m e n t ir a s ... — D as m e n tir a s ? *— S im , das m e n t ir a s .. . — E n tão é m e n tira te r a b o n o de fa m ília ? — P o is é . . . — E ta m b é m é m e n tira te r ajuda nas d e s lo c a ç õ e s ? . . . — T a m b é m é . . . — E tra b a lh a m a is d e o ito h o ­ r a s ? . . .

— E ssa h is tó r ia das o ito h o ra s é q u e é u m a g ra n d e m e n t ir a .. . c o m o todas as o u t r a s .. . — E n tã o o q u e é q u e é v e r d a d e ? — V e r d a d e . . . é a i l u s ã o . . . — E x p liq u e - s e . . . — O lh e , s e n h o r . . . o o rd e n a d o são d o is te rç o s d o s a lá rio m ín i­ m o . . . ( H á tan tos c o n c o r r e n t e s ...). E ’ v e r d a d e q u e d e s c o n to p ara te r o a b o n o d e fa m ília , m as n ão o r e ­ c e b o . . . d iz e m q u e só passad os uns m eses o p r in c ip ia r e i a r e c e ­ b e r . . . e há c o le g a s q u e se q u e ix a m d e q u e já há m u ito s m e s e s o não r e c e b e m . . . A ju d a s d e c u s t o . . . Q u a n d o há d e s lo c a ç õ e s p a ra fo ra d o itin e r á r io d o c o stu m e, v a le m o - -n o s d e p r o c u r a r u m as tascas m a ­ n h o sa s e baratas, o n d e p e r ig a a h o n ra e se ilu d e a b a r r i g a . . . H o r á r io d e t r a b a lh o . . . é das seis e m e ia da m an h ã até às 9 h o ra s da n o i t e . . . E a p r o p ó s ito d e g o r g e - t a s . . . é u m a fa m a s e m p r o v e it o . . . A in d a v ir ia a lg u m a se d e ix á s s e m o s i r s e m b i l h e t e . . . m as n ã o p o d e s e r . . . n ão a c h a ? — B e m , a m ig o B e z e r r a . . . ten h o e s ta d o s e m p r e ao seu la d o n o seu in fo r tú n io , m as a g o ra e s to u c o n ­ tra s i . . . — C o m o q u e ira , s e n h o r . . . E e is q u e c h e g a o m o to ris ta . C o n fir m o u tu d o q u a n to o B e z e r r a a fir m a v a . C a le i-m e , p o r m o m e n ­ t o s . . . E u e s ta v a e m m i n o r i a . . . E ra m d o is c o n tra u m . . . M as r e a g i. E e n tã o e n tr e i c o m e le s d esta m a ­ n e ir a : M eu s a m ig o s : q u e m dá o p ã o é p ai. N ã o m e d ig a m , p o rta n to , m al d o s p a t r õ e s . . . A t r e v e r - s e a a fir ­ m a r q u e e le s g u a rd a m o d in h e ir o q u e os seus e m p r e g a d o s d e s c o n ­ tam p a ra a C a ix a d e A b o n o d e F a ­ m ília , é d u v id a r da sua h o n e s ti­ dade.

Is s o n ão se a firm a , n e m e m s e ­ g r e d o . D ir ija m -s e aos seu s p a trõ es, q u e p o d e m até ig n o r a r essa v o s s a a n o rm a l situ a çã o e n in g u é m m e ­ lh o r q u e e le , p o d e d ar r e m é d io .

Q u e ix a r -s e às in stâ n cia s s u p e ­ r io r e s , s erá o s e g u n d o recu rso , m as n isso m u ito c u id a d o .. . — P o is é . . . in te rc e ta ra m a m ­ b o s . . . A i d e n ó s se o f a z e m o s . . . V a m o s lo g o p a ra a r u a . . . E qu a n to ao e x c e s s o d e h ora s d e tra b a lh o , en tã o p ara q u e há o S in ­ d ic a to d os m o to ris ta s e a fis c a liz a ­ ção d o T r a b a lh o ? — O s e n h o r b e m f a l a . . . — A d e u s , a m ig o s . . . D e s p e d i- -m e, a b o r r e c id o d e te r en c o n tra d o o B e z e r r a — ou se q u e r e m — d o is B e z e r r a s . . . d o is s a c r ific a d o s ... e p u s -m e a p e n s a r . . . M as, a fin a l, se ao e m p r e g a d o se e x ig e q u e p o n h a to d a a sua c o n s ­ c iê n c ia n o d e s e m p e n h o d o seu d e ­ v e r . . . c o m o se h á -d e c o n c e b e r a p a z d e c o n s c iê n c ia n o p a trã o q u e n ão c u m p r e o seu ? S e o e m p r e g a d o é o b r ig a d o , em c o n s c iê n c ia , a e v it a r d a n o s ao seu

atrão, c o m o se e x p lic a q u e não aja e s c r ú p u lo e m c u m p r ir os d e ­ v e r e s p a tro n a is ? E ’ n e c e s s á r io q u e h a ja o d e v id o r e s p e ito p e lo s d ir e ito s c o n s ig n a d o s p e la le i d o tra b a lh o , p a ra q u e t o ­ d o s se sin ta m re c o m p e n s a d o s n o seu e s fo r ç o e n o seu d e s e jo d e b e m s e r v ir . A ’ c o n s c iê n c ia p r o fis s io n a l d o e m p r e g a d o d e v e c o r r e s p o n d e r

mões a firm á ra a sua vocação e

os seus comprovados méritos».

A capa de

«

Vimaranes d 'A n ta ­

nho» apresenta um equilibrado

desenho do sr. José Simões, filh o

do autor.

3. M.

« S A N T A M A R I A

DE G U I M A R Ã E S »

O n o sso p r e z a d o a m ig o sr. E s ­ c u lto r A n tó n io d e A z e v e d o Vai p u b lica r, em b re v e , m ais um v a lio s o tra b a lh o qu e in titu lou «S a n ta M a r ia d e G u im a rã es — U m P r o b le m a d e T o p o n ím ia e A r q u e o lo g ia A r t ís ­ t ic a » . D is s e rta n d o s o b r e a ja n e la q u e no fin a l da Id a d e M é d ia serviu d e ro s á c e a à ig r e ja g ó t ic a d e S a n ta M a r ia d e G u im a rã es, o seu c u rio s o tra b a lh o c o n té m e le m e n to s m uito in teressa n tes d e in v e s tig a ç ã o ar- q u ite c tó n ic a e estu d o h is tó r ic o .

E sta o b ra , q u e se a p resen ta rá p ro fu sa m en te ilu strada, v a i d e s ­ p erta r, p o r c e r to , 0 m a io r in te ­ resse, até p o r q u e 0 seu a u to r não p e rfilh a , h o n esta m en te, c e r ta s d e ­ d u ç õ e s d e

carácter artístico

e

his­

tórico.

da l.a página) a lim p id e z e s e r e n id a d e da c o n s ­ c iê n c ia p a t r o n a l. . . N ã o d iz e m o s is to c o m in tu ito s d e m a g ó g ic o s , m as a p en a s le v a d o s p e lo d e s e jo da b o a fo r m a ç ã o das c o n s c iê n c ia s duns e d e o u tro s.

A s r e la ç õ e s e n tr e e m p r e g a d o s e p a trõ e s d e v e m t e r u m a b a se m o ­ ra l, e q u ita tiv a e ju sta.

A s le is d o tra b a lh o o b r ig a m e m c o n s c iê n c ia . P a t r õ e s : das v o s s a s m ãos, c o n ­ fia d o s n o v o s s o p r e s tíg io , na v o s s a in te lig ê n c ia e até n o v o s s o c o r a ­ ção, e s p e r a m o s v o s s o s e m p r e g a ­ d os a q u e la ju sta r e tr ib u iç ã o q u e é o seu pão, seu a len to e v id a .

C o n s id e ra i to d o s n o g ra n d e d ra ­ m a do t r a b a lh o .. . n o p r o b le m a da v i d a . . . e D e u s a b e n ç o a rá as v o s ­ sas em p re s a s .

Câmara M unicipal

S E S S Ã O D E 19-4-56 A C âm ara, so b a p r e s id ê n c ia do S r . D r. J o s é M a ria P e r e ir a d e C as­ tro F e r r e ir a : T o m o u c o n h e c im e n to d o a c ó r ­ dão do S u p r e m o T r ib u n a l d e J u s­ tiça p r o fe r id o n o r e c u rs o em q u e são a g ra v a n te s J o a q u im d e A l ­ m e id a G u im a rã e s e m u lh e r e a g ra ­ v a d o s M a n u e l M e n d e s L e i t e de F a ria , esta C â m a ra e a Ju n ta de F r e g u e s ia d e A b a ç ã o S . T o m é , p e lo q u a l fo i n e g a d o p r o v im e n to ao r e c u rs o in te r p o s to p e lo s m e s ­ m o s a g r a v a n te s ; S e g u id a m e n te d e lib e r o u , a lém d o m ais, o s e g u in t e : S o lic it a r aos C a m in h o s d e F e r r o P o r tu g u e s e s a p a ra g e m d e a u to m o ­ to ra s n o a p e a d e ir o d o lu g a r d e A t i m ; — M a n d a r p r o c e d e r p e la F ir m a C o n c e s s io n á ria ao a u m en to d e duas lâ m p a d a s na ilu m in a ç ã o p ú b lic a na fr e g u e s ia d e B r it e ir o s S a n to E s ­ tê v ã o ; — M a n d a r p r o c e d e r à v is t o r ia d o s e s g o to s e x is te n te s d o la d o n a s­ c e n te d o s te r r e n o s q u e e n v o lv e m o R e s e r v a t ó r io da «M ã e d e A ’g u a », na A r c e l a ; — C o n c e d e r lic e n ç a s p a ra o b ra s a : A d e lin o d e C a stro , E u r ic o R i ­ b e ir o d e S o u s a S a m p a io e A r n a ld o D ia s D u a r te ; — C o n c e d e r lic e n ç a s d e h a b ita ­ ção d e h a rm o n ia c o m os r e s p e c ti- v o s au tos d e v is t o r ia a L u ís V a z e P a d r e A b í l i o N o v a is F e r n a n d e s ; — F ix a r o d ia 3 1 d e O u tu b ro p r ó x im o fu tu ro c o m o p r a z o lim it e p a ra s e r r e tir a d a ou a ltea d a a r a ­ m ada e x is te n te s o b r e o c a m in h o

Í

m b lic o d o lu g a r d e V ila V e r d e , na r e g u e s ia d e G é m e o s , p e r te n c e n te a A u r o r a L e i t e S o a r e s P e ix o t o ; — M a n d a r p r o c e d e r , p o r a d m i­ n istra çã o d irecta , à re p a ra ç ã o d o e d ifíc io e s c o la r d e P e n c e lo , d e p o is da n e c e s s á ria a u to riza ç ã o da re s - p e c t iv a Ju n ta d e F r e g u e s ia , p r o ­ p r ie tá r ia d o e d i f í c i o ; — C o n tra ta r p a ra o c a rg o d e m o ­ to ris ta d esta C â m a ra o c o n c o r r e n te F e rn a n d o da S i l v a ; — C o lh e r p ro p o s ta s p a ra a lie n a ­ ção d e fo lh a s d e p o rta d a s das ja ­ n ela s d o e d ifíc io e s c o la r d e S a n ta L u z ia , e m v ir tu d e d e n ão te r e m a p a re c id o c o n c o r r e n te s à p ra ça a n u n c ia d a ; — A d ju d ic a r a A r m in d o A l v e s d e A b r e u o fo r n e c im e n to d e p e ­ dras à fia d a ’, — A u t o r iz a r p a g a m e n t o s n o m on ta n te d e 8 4.1 0 7Í60.

Iltltlli ll lllllWlli V MI-2M-IS5S

COMARCA

D E

GUIMARÃES

Secretaria Judicial

A N Ú N C I O

No dia 28 do corrente mês

de Abril, pelas 11 horas, no

lugar do Pevidém, freguesia

de São Jorge do Selho, desta

comarca e nos autos de carta

precatória vindos do Tribunal

do Trabalho de Braga, extraí­

dos da execução por custas

que

0

digno Agente do Minis­

tério Público move contra a

«Fábrica de Tecidos de Santo

António, L.da», pendentes na

segunda secção do segundo

Juizo, desta comarca, há-de

ser posta em praça, pela se­

gunda vez, para ser arrema­

tada ao maior lanço oferecido

acima do Valor de quatro mil

escudos, um Hidro com mo­

tor eléctrico, com a capaci­

dade de quatro maços de al­

godão e com

0

n.° 55.108.

Guimarães, 20 de Abril

de 1956.

O Ju iz d e D ir e ito ,

Valdemiro Ferreira Lopes.

P e lo C h e fe da S e c ç ã o ,

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