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RESUMO. Palavras-chaves: Melasma, Peeling de Diamante, Alpha Arbutin, Iontoforese. ABSTRACT

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Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.12, jan-jun de 2015 116

OS EFEITOS DA ASSOCIAÇÃO DO PEELING DE DIAMANTE À IONTOFORESE

COM ALPHA ARBUTIN® PARA MELASMA FACIAL

THE EFFECTS OF DIAMOND PEELING ASSOCIATION TO IONTOFORESE WITH ALPHA ARBUTIN® FOR FACIAL MELASMA

Camila Fernanda de Oliveira – camilitte12@gmail.com Rita de Cássia Ricci – ritinha.ricci@hotmail.com Tainá Guidastri Ramos – tainaguidastri@hotmail.com

Graduadas em Estética – UNISALESIANO Lins

Profª Ma. Luciana Marcatto Fernandes Lhamas – UNISALESIANO Lins – lucianamarcatto@hotmail.com

RESUMO

O Melasma é caracterizado como uma hipermelanose adquirida na pele que acomete geralmente regiões da face que são mais expostas ao sol. Baseado nisso, encontra-se o ativo Alpha Arbutin® que atua na inibição da enzima tirosinase e estimula o clareamento da pele e em conjunto à Iontoforese, que atuará na contribuição de melhor absorção do ativo administrado; acredita-se que os benefícios do ativo serão potencializados. O Peeling de Diamante, por sua vez, colabora através da esfoliação feita sob o estrato córneo da pele, deixando-a mais fina favorecendo os efeitos do ativo Alpha Arbutin®. A presente pesquisa teve como objetivo identificar a eficácia do Alpha Arbutin® aplicado por Iontoforese associado

ao Peeling de Diamante para Melasma Facial. Foi desenvolvida uma pesquisa

experimental de abordagem qualitativa, com duração de 60 (sessenta) dias, onde os procedimentos foram aplicados em quatro mulheres com idade entre 20 (vinte) e 45 (quarenta e cinco) anos com fototipo III, que apresentavam Melasma na região da face. Os resultados foram analisados por meio de registros fotográficos pré e pós-tratamento. O estudo obteve resultados satisfatórios, pois houve uma otimização significativa na aparência das manchas, onde a pele apresentou-se mais uniforme e, consequentemente, observou-se uma melhora notória na autoestima das voluntárias.

Palavras-chaves: Melasma, Peeling de Diamante, Alpha Arbutin®, Iontoforese. ABSTRACT

The Melasma is known as a hipermelanose acquired on the skin that usually appears on the face area for been so exposured to the Sun. Based on that, it is found

the Alpha Arbutin® that works for the inhibition of the enzime tirosinase and

estimulates the lighten of the skin and along with the lontoforese that will act on the contribution of a better absortion of the substance mentioned above. This substance is believed to be double beneficial. This research aimed at recognizing the

advantages of the Alpha Arbutin® applied by lontoforese associated to Diamond

Peeling for facial melasma. It was developed a research that lasted for 60 days and the procedures were applied to four women at ages between 20 to 45 years old with phototipo I and III that represented melasma on the facial area. The results were analysed by records of photographs before and after treatment. The studies had a

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satisfactory result for it had a meaningful improvement on the stains of the skin as well as improving the volunteers self-steem.

Keywords: Melasma. Diamond peeling. Alpha Arbutin®. Iontoforese.

INTRODUÇÃO

A busca do homem pela imagem ideal tem se tornado constante e não estar satisfeito com sua própria aparência pode influenciar negativamente seus campos emocionais, psicológicos e sociais e, em casos extremos, desenvolver transtorno depressivo. E as manchas na pele são uma das causas dessa insatisfação. (FREITAG, 2007)

O tecido cutâneo facial está inevitavelmente exposto às agressões extrínsecas, principalmente aos raios ultravioletas do sol. Com a finalidade de defesa, ocorre o aumento da síntese de melanina. Segundo Gonchoroski (2005, p. 84-8), “[...] após a irradiação, os melanossomas se reagrupam em torno do núcleo a fim de proteger o material genético da célula e, assim, além de promover a coloração da pele, a melanina promove fotoproteção [...]”.

Em alguns casos, ocorre a produção exacerbada de melanina, o que resulta em manchas hipercrômicas. Entre elas, apresenta-se o melasma. Apesar de sua etiologia não ser totalmente comprovada, acredita-se que está diretamente relacionada a alterações hormonais, pré-disposição genética, e disfunções na tireoide (MOREIRA, 2010). O melasma caracteriza-se por manchas escuras ou acastanhadas, de contornos assimétricos que atinge geralmente as regiões centrofacial, malar e mandibular e em 90% dos casos é diagnosticado em mulheres em idade fértil. (COSTA, 2012)

Para obter um clareamento significativo das manchas são utilizados ativos despigmentantes que têm como principal função diminuir a produção de melanina por meio da inibição da enzima responsável pela síntese, a tirosinase. O Alpha Arbutin®, além de clarear, também promove um tom uniforme em todos os tipos de pele. (NASCIMENTO apud DOMINGUES, 2012)

O Peeling de Diamante provoca uma esfoliação no estrato córneo da pele, causa uma leve hiperemia na região onde foi feito, promove a renovação celular e favorece a permeabilidade do ativo Alpha Arbutin®, potencializando, assim, os seus efeitos na pele. (BORGES, 2010)

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A Iontoforese é uma técnica não invasiva, que, por meio da corrente elétrica e por repulsão de cargas iguais, aumenta a penetração de ativos ionizáveis no tecido cutâneo a ser tratado (GASPAR, 2012). Melhora também a oxigenação, circulação e nutrição dos tecidos. (BORGES, 2010)

O presente estudo teve como objetivo verificar a eficácia da associação do

Peeling de Diamante à Iontoforese com Alpha Arbutin® para tratar melasma facial.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 A pele e suas estruturas

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano. Sua principal função é impedir que agressores externos penetrem em seus tecidos, como os raios ultravioletas, infecções, umidade, traumas mecânicos. Apresenta, também, grande importância na produção de vitamina D, regulação de temperatura e percepção sensorial (GOBBO, 2010). Composta por diversas estruturas, a pele divide-se em duas camadas: Epiderme e Derme, e, abaixo, uma camada composta por tecido adiposo, avaliado como um tecido subcutâneo, a Hipoderme. (RIBEIRO, 2010)

A Epiderme é a camada mais superficial da pele e age como barreira para agressores externos; ela está em transformação contínua e seu processo de renovação dura cerca de 28 (vinte e oito) dias.

É composta por cinco estratos: córneo, lúcido, granuloso, espinhoso e basal/germinativo. O estrato córneo é composto por células que não possuem núcleo e é rico em queratina amolecida. Já o estrato lúcido tem a função de hidratar todas as estruturas e localiza-se na pele da palma das mãos e planta dos pés. O estrato granuloso é composto por camadas de células achatadas. Acima do estrato basal encontra-se o estrato espinhoso e é para onde migram as células que se renovam do estrato córneo. Por fim, localiza-se o estrato basal, que é a camada mais profunda da Epiderme, onde ocorre a renovação celular.

O estrato basal apresenta dois tipos de células: os queratinócitos – células que realizam a produção de queratina que atua na proteção e revestimento da pele. E os Melanócitos – realizam a síntese de melanina, responsável pela pigmentação da pele.

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A Derme é formada basicamente por colágeno e elastina; é responsável pela sustentação da Epiderme. Estão presentes na Derme os vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e órgãos sensoriais. (AUGUSTO et al., 2008)

1.1.1 Hipermelanose cutânea e melasma

A Hipermelanose cutânea consiste na presença de manchas escuras na pele, onde ocorre a produção exagerada de melanina pelos melanócitos, podendo ser localizada ou dispersa. Entre as melanoses, encontra-se a mais comum, o melasma. (RIBEIRO, 2010)

O melasma é um distúrbio de pigmentação, caracterizado por manchas acastanhadas e bordas irregulares que acometem geralmente mulheres em idade fértil; localiza-se mais comumente na região centrofacial, podendo se observar também nas regiões foto expostas, como pescoço e colo.

A etiologia do melasma é desconhecida, porém, a radiação ultravioleta, fatores hormonais e herança genética estão diretamente ligados a essa Hipermelanose, tendo em vista que por maior atividade, os hormônios estimulam a produção exacerbada de melanina, resultando no aparecimento do melasma. A exposição aos raios ultravioletas sem o uso de proteção solar é um agravante do melasma, uma vez que essa Hipermelanose piora no verão. Além dos fatores já citados, disfunções na tireoide, cosméticos, disfunções hepáticas e fatores nutricionais estão relacionados também no diagnóstico do mesmo.

O melasma pode ser diagnosticado em quatro tipos: Meslasma Epidérmico – é caracterizado quando há diferença significativa entre a pigmentação da pele e da mancha; Melasma Dérmico – há um menor contraste entre a pele e a mancha; Melasma Misto – são áreas com variação de contraste; e Melasma Indefinido – atinge pessoas com fototipos mais elevados e a diferença entre a coloração da mancha e a pele é de difícil percepção. (KEDE, 2009)

1.2 Permeação cutânea de ativos

O tecido cutâneo é um dos principais locais de aplicação de cosmecêuticos e cresce cada dia mais a procura e estudos por esses ativos. O estrato córneo,

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camada mais externa da pele, é formado por queratinócitos que dificultam a permeabilidade de substâncias sobre os tecidos, o que acarreta em uma barreira de proteção natural da pele.

Por meio dessa dificuldade na penetrabilidade cutânea de fármacos, recursos físicos a fim de otimizar os efeitos de ativos sobre a pele estão em constantes estudos para servirem como método alternativo ou auxiliar nos protocolos utilizados. (JESUS; SILVA; MENDONÇA, 2006)

1.2.1 Iontoforese: indicações, benefícios e contraindicações

Iontoforese é um recurso terapêutico não invasivo que utiliza corrente elétrica para transportar agentes farmacêuticos ao Tecido Cutâneo. O primeiro a elucidar sobre o método foi Pivati, em 1747; entretanto, seu uso na ministração de fármacos foi no início do século XX, e, desde então, vários ativos são estudados para o devido fim, onde são analisados o nível de penetração e a eficácia.

A técnica é significativamente utilizada em tratamentos com medicamentos analgésicos, a fim de proporcionar alívio mais rápido da dor devido ao seu poder de permeabilidade mais profunda sobre a pele. (OLIVEIRA; GUARATINI; CASTRO, 2005)

A aplicação prática do método divide-se em três etapas: a Fonte Elétrica – que é o equipamento composto por eletrodos de metal ou borracha; a Solução Doadora de Íon – que são um solvente e o fármaco ionizável que se deseja transportar transdermicamente; e a Região de Aplicação do Paciente.

Os mecanismos envolvidos na transferência transdermal por Iontoforese são a Eletrorrepulsão – provinda da compatibilidade do fármaco ionizável e a eletricidade, o que gera maior força para conduzir íons de mesma polaridade ao eletrodo que são submetidos; Eletrosmose – movimento transdérmico de parte do solvente em contato com os elementos iônicos que foram diluídos no mesmo e aumento da permeabilidade da pele pelo pulso elétrico.

O principal local de acesso dos íons que são transferidos pelo método são as glândulas sudoríparas, pois o estrato córneo, glândulas sebáceas e folículos pilosos apresentam impedância cutânea. É importante dizer que, quanto maior o tempo de aplicação e a amplitude da corrente, maior será a quantidade de íon transferida na

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região. (GRATIERI; GELFUSO; LOPEZ, 2008)

O grande diferencial da Iontoforese é a maior liberação de agentes (fármacos ou cosmecêuticos) sobre o Tecido Cutâneo, o que confere em melhores resultados em prazos reduzidos comparados ao método tradicional de aplicação tópica; e, por se tratar de um método não invasivo, não apresenta dor ou qualquer outro desconforto à pessoa que for submetida ao mesmo. O risco de queimaduras ou grande sensação de desconforto pode existir, mas é desconsiderado devido à baixa potência da corrente utilizada nos procedimentos. (BORGES, 2010)

O método é indicado para auxiliar em procedimentos para o tratamento de fibro edema geloide, inflamações, flacidez dérmica, gordura localizada, entre outros.

O recurso é banido em casos de próteses metálicas, gravidez, cardiopatias, infecção ativa e hipersensibilidade ao ativo administrado. (BORGES, 2010)

1.3 Microdermoabrasão

A Microdermoabrasão é uma técnica de esfoliação não invasiva, utilizada como método de peeling mecânico com caráter superficial, ou seja, atinge apenas a Epiderme o que ocasionará efeito regenerativo da pele. (CANTO; MEJIA, 2012)

O equipamento de Microdermoabrasão é constituído por uma caneta aplicadora que gera pressão positiva e negativa em conjunto durante todo o período de aplicação da técnica diretamente sobre a pele, onde a ponteira da caneta é composta por microgrânulos de óxido de alumínio sendo que a pressão positiva é depositada e é ocasionada a esfoliação no tecido cutâneo e, ao mesmo tempo, são absorvidos pela pressão negativa ambos os microgrânulos e o tecido removido com a esfoliação. É importante atentar-se ao fato de que, a pressão causada pelo aparelho é totalmente controlada através de botões de regulagem, o que gera melhor controle por parte do profissional que irá realizar o procedimento. (BORGES, 2010)

1.3.1 Peeling de Diamante: indicações, benefícios e contraindicações

O Peeling de Diamante trata-se de um aparelho com ponteiras diamantadas utilizadas para a Microdermoabrasão, onde, no caso, difere-se ao fato de que nessa

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técnica seja utilizada apenas a pressão negativa, a qual irá sugar a pele e a ponteira diamantada realizará o processo de lixamento sobre a pele, o que resulta em um tecido cutâneo mais fino o que tornará mais suscetível a penetração de agentes determinados para cada situação à qual deseja ser tratada. (BORGES, 2010)

A técnica descrita tem como principal função afinar a camada superficial da pela, à qual irá proporcionar a regeneração celular e, consequentemente, a produção de colágeno e elastina o que trará à pele maior viço e melhor aparência; outro ponto positivo é que, como consequência dessa abrasão, a pele estará suscetível a posteriores benefícios de ativos cosmecêuticos aplicados após o procedimento. (BORGES, 2010)

O Peeling de Diamante se faz válido para tratamentos onde se deseja melhorar a aparência de rugas superficiais, cicatriz de acne, clareamento superficial da pele, estrias e foliculite. O procedimento deverá ser banido em casos de lesões teciduais que apresentem processo inflamatório; atentar-se ao excesso de abrasão provocado em qualquer fototipo cutâneo, mas, principalmente, a pele negra; haja vista que a mesma possui maior probabilidade de ocorrência em discromias. (CANTO; MEJIA, 2012)

É importante que o uso de ácidos seja cauteloso, uma vez que os danos causados pelo mau uso de tal possam causar manchas na pele quando não indicados e acompanhados por profissionais aptos a ministrar o ativo com segurança. (BORGES, 2010)

1.4 Despigmentantes

A busca pela beleza nos dias atuais tem aguçado os desejos de pessoas, especialmente mulheres, pelo mundo afora. Os produtos dermatológicos clareadores faciais estão em grande demanda em todos os países devido ao anseio na melhora de manchas na pele com o propósito de atenuar as regiões hiperpigmentadas e aumentar a autoestima de quem faz uso deste método.

O que diferencia as pessoas com e sem alterações pigmentares é que em casos de manchas a formação de melanina é maior, o que demanda a desordem da pigmentação na pele. Para uma eficaz despigmentação e efeito satisfatório, os despigmentantes devem atuar, entre outros métodos: impedimento da tirosinase,

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enzima de suma importância para a formação da melanina; redução dos melanócitos; eliminação de processos inflamatórios ocorridos pós-exposição à radiação ultravioleta; como antioxidantes da melanina. (RIBEIRO, 2010)

1.4.1 Alpha arbutin®: indicações, benefícios e contraindicações

O ativo mais comumente utilizado na despigmentação cutânea é a Hidroquinona, devido à sua ação imediata sobre a mancha; porém, seus efeitos colaterais têm feito aumentar a busca por um despigmentante mais seguro e de resultados tão satisfatórios quanto. (RIBEIRO, 2010)

Como efeitos dessa busca, surgiram alguns derivados da Hidroquinona, entre eles encontra-se o Alpha Arbutin®, ativo que clareia as manchas existentes e promove tom uniforme na pele; isso se deve ao fato de ser um ativo puro e biosintético, além de ser estruturalmente um alfa-glicosídeo, fato que o torna mais estável e eficaz que clareadores utilizados com frequência.

O Alpha Arbutin® atua bloqueando a tirosinase, principal enzima na formação da melanina, que é gerada através de uma reação entre a tirosina (aminoácido) e a tirosinase, que acontece no interior dos melanossomas, que, por sua vez, são formados dentro dos melanócitos. Este despigmentante promove clareamento eficaz e seguro além de proporcionar um tom uniforme em todo o local tratado. É um ativo de efeitos colaterais desconsiderados e despigmentação rápida. (VIA FARMA, 2012)

O ativo descrito é indicado para tratamentos clareadores em todos os tipos de pele, atenuando as Hipermelanoses faciais e nas mãos. (FAGRON, 2014). É contraindicado em gestantes, lactantes e pessoas que possuam reação alérgica ao ativo administrado. (VIA FARMA, 2012)

2 METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa, tendo como objetivo comparar antes e depois da associação do Peeling de Diamante aliado ao Alpha Arbutin® e Iontoforese. O estudo foi desenvolvido após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do UNISALESIANO – Lins/SP, parecer número 661.845, 26/05/2014. Os procedimentos foram realizados no laboratório de Estética

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do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO Lins, no período de 02 a 30 de junho de 2014, com o total de 8 (oito) sessões, sendo duas vezes por semana. As voluntárias da pesquisa apresentavam Melasma Facial e não faziam uso de nenhum tratamento medicamentoso e estético; as mesmas foram divididas em dois grupos: A e B.

No grupo A, as voluntárias possuíam 41 (quarenta e um) e 45 (quarenta e cinco) anos, ambas fototipo III. No grupo B, apresentavam 32 (trinta e dois) e 35 (trinta e cinco) anos, também fototipo III.

Após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a coleta de dados, foi realizada uma Avaliação Facial com aspectos voltados a verificar Fototipo, Biotipo Cutâneo, alterações por pigmentação, rotina de saúde, hábitos alimentares. Posteriormente, foi efetuada a coleta de imagens através de uma máquina fotográfica da marca Canon modelo: EOS REBEL T3i, com o fundo creme, iluminação ambiente a um metro de distância da região fotografada.

Durante o período do experimento, as voluntárias foram orientadas a não se exporem ao sol e a fazerem uso de protetor solar, a fim de não interferir ou prejudicar os resultados esperados. O tratamento foi superficial, agindo apenas sobre a Epiderme e apresentou riscos mínimos, sendo um deles a sensibilidade local alterada.

Na primeira e quarta sessões, após a higienização da pele e antes da aplicação do ativo, ambos os grupos foram submetidos ao Peeling de Diamante, com o intuito de remover as células mortas para melhor aproveitamento do tratamento. (BORGES, 2010)

Nas voluntárias 1 e 2 do grupo A, respectivamente, foi administrado sobre a pele o ativo Alpha Arbutin® na concentração usual de 2%, concomitantemente à Iontoforese em polaridade positiva, durante 6 (seis) minutos em cada região para que ocorresse a melhor absorção cutânea. Já as voluntárias 1 e 2 do grupo B, respectivamente, foi aplicado o Alpha Arbutin® e apenas massageado sobre as regiões, também durante 6 (seis) minutos. Finalizando ambos os grupos com filtro solar ADCOS® FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR (fps) 60 (sessenta).

Na análise de dados, foram utilizados os registros fotográficos feitos no primeiro dia da sessão, e as fotos do pós-tratamento foram tiradas após a última sessão. O tratamento foi finalizado com a aplicação do questionário de satisfação

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respondido por cada voluntária com a finalidade de avaliar o tratamento desenvolvido em relação à melhora da mancha, aspecto da pele e serviço prestado.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante todo o período de pesquisa, não houve nenhuma reação adversa ou qualquer outro imprevisto que pudesse interferir nos resultados.

Após o término do estudo prático, todas as voluntárias foram submetidas a responderem o questionário de satisfação, a fim de qualificar o tratamento desenvolvido. Conforme apontam os resultados dos seguintes gráficos, as voluntárias de ambos os grupos (A e B) sentiram-se satisfeitas ou muito satisfeitas em relação aos aspectos das manchas, da pele e também ao atendimento prestado.

Figura 1: Melhora da mancha

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014

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Figura 2: Aspecto da pele

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014

Figura 3: Serviço prestado

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014

Concomitantemente, foi realizada a coleta de imagem final para a análise. As voluntárias 1 e 2 do grupo A e grupo B obtiveram os mesmos sinais de melhora, tais como clareamento significativo das manchas e uniformidade na

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tonalidade do tecido cutâneo facial.

GRUPO A

Voluntária 1 Voluntária 2

Figura 4: com Iontoforese Figura 5: com Iontoforese

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014

GRUPO B

Voluntária 1 Voluntária 2

Figura 6: sem Iontoforese Figura 7: sem Iontoforese

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014

Melasma é uma das causas de maior procura em clínicas dermatológicas e estéticas devido ao seu efeito disforme que acomete a coloração da pele no local em que se encontra e, consequentemente, surtindo efeito negativo na autoestima de pessoas que sofrem com tal discromia; por este motivo foi tido como tema dessa

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pesquisa. (MIOT et al., 2007)

O presente estudo confirma dados relatados por Borges (2010) a respeito da Microdermoabrasão realizada com o Peeling de Diamante, sugerindo que o método afina a camada superficial da pele ocasionando maior sensibilidade à mesma, o que acarreta melhor aproveitamento do ativo Alpha Arbutin® de forma que o despigmentante não encontre a impedância cutânea necessária para seu melhor aproveitamento ser comprometido.

O ativo, por sua vez, também obteve resultados satisfatórios e que confirmam sua eficácia na ação clareadora e na função de uniformizar brandamente as regiões tratadas na face das voluntárias em pouco tempo de administração do fármaco, não apresentando nenhum efeito colateral ou qualquer outro imprevisto que pudesse comprometer os resultados da pesquisa. (VIA FARMA, 2012)

Quanto à técnica de Iontoforese, foram observadas controvérsias entre os experimentos realizados e achados literários, de modo que Gratieri; Gelfuso; Lopez (2008), defendem seu uso para que a permeabilidade cutânea de ativos seja potencializada devido à polaridade da corrente elétrica utilizada na técnica e a polaridade do ativo empregado.

Constatou-se que, em ambos os grupos (A e B) a melhora na aparência das manchas apresentaram-se com a mesma importância, de modo que não é possível afirmar que a técnica de ionização surtira efeito superior aos procedimentos cometidos sem o uso da corrente elétrica para superior absorção do Alpha Arbutin®. É válido ressaltar que sua eficácia é dada individualmente às pesquisas e estudos realizados anteriormente, de modo que os resultados obtidos nesse estudo não desqualificam anteriores resultados positivos do procedimento citado.

CONCLUSÃO

Embasado nos resultados da presente análise, notou-se a eficácia do Alpha Arbutin® para o clareamento do melasma e uniformização do tom da pele aplicado nos dois grupos estudados. Ao contrário do que acreditava-se, o método de Iontoforese não potencializou de maneira satisfatória os benefícios do fármaco utilizado nesta pesquisa. Portanto, não foi plausível comprovar sua efetividade descrita nas literaturas encontradas.

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Ainda que a Iontoforese não tenha apresentado os resultados desejados, as voluntárias relataram sentirem-se satisfeitas em relação à aparência e diminuição das manchas e uniformidade no tom da pele.

REFERÊNCIAS

AUGUSTO, A. B. et al. Curso didático de estética: volume 1. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2008.

BORGES, F. D. S. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed.São Paulo: Phorte, 2010.

CANTO, S. M. L.; MEJIA, D. P. M. Efeito da microdermoabrasão com peeling de

cristal na terapêutica das estrias. 2012. Monografia (Pós-graduação em

Fisioterapia Dermato-Funcional) - Faculdade Ávila, p. 1-14.

JESUS, G. S.; SILVA F. A.; MENDONÇA, A. C. Ionoforese X permeação cutânea.

Fisioterapia em Movimento, v. 19, n. 4, p. 83-88, 2006.

FRAGON. Ficha técnica Alpha Arbutin®. 2014.

GOBBO, P. D. Estética facial essencial. São Paulo: Atheneu, 2010.

GRATIERI, T.; GELFUSO, G. M.; LOPEZ, R. F. V. Princípios básicos e aplicação da Iontoforese na penetração cutânea de fármacos. Quim. Nova, v. 31, n. 6, p. 1490-1498, 2008.

KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

MIOT, L. D. B. et al. Estudo comparativo morfofuncional de melanócitos em

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RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a Dermoestétitca. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.

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OLIVEIRA, A. S.; GUARATINI, M. I.; CASTRO, C. E. S. Fundamentação teórica para Iontoforese. Rev Bras Fisioter, v. 9, n. 1, p. 1-7, 2005.

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