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em Goiás; de fato, o trem nunca chegou à Cidade de Goiás, tal como se planejava na

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Academic year: 2021

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Data de 1874 a publicação no Rio de Janeiro da, provavelmente, primeira obra sobre a expansão em Goiás da malha ferroviária. Referimo-nos ao relatório Proseguimento da

Estrada de Ferro D. Pedro II até as Capitaes das Províncias de Goyaz e de Matto-Grosso e até os Limites do Império com o Estado da Bolívia (sic), de A. M. Miranda Castro. Essa obra

QmRPDUFRXRLQtFLRGHXPDDPSODELEOLRJUDÀDDUHVSHLWRGRWUDQVSRUWHIHUURYLiULR em Goiás; de fato, o trem nunca chegou à Cidade de Goiás, tal como se planejava na GpFDGDGH$ELEOLRJUDÀDVREUHDVHVWUDGDVGHIHUURHP*RLiVpHVFDVVDHHVWiHP consonância com a parca projeção dessas estradas neste estado. No âmbito acadêmico, as pesquisas fundadoras dos estudos ferroviários goianos foram divulgadas nos artigos “A ferrovia no corredor de exportação de Goiás”, “Mais planos que realizações – a estrada de ferro no Estado de Goiás” e “O despertar dos dormentes: a penetração da Estrada de Ferro em Goiás”; os dois primeiros, da autoria de Délio Moreira de Araújo, foram publicados na revista Estudos Goianienses, da Universidade Católica de Goiás, em 1973 e 1974 respectivamente, e o terceiro, de Barsanufo Gomides Borges, foi publicado em 1982 na Revista do ICHL, da UFG. A Revista UFG decidiu contribuir ao conhecimento da história da estrada de ferro em Goiás e solicitou ao Prof. Dr. Barsanufo Gomides Borges, da Faculdade de História da UFG, a organização de um dossiê cujo foco fosse as ferrovias. O interesse da Revista UFG não era conjecturar sobre as possibilidades de desenvolvimento e progresso econômico que a Ferrovia Norte Sul, em conjunção com a Centro Atlântica, poderá criar, em curto prazo, para Goiás, senão analisar o passado ferroviário goiano frisando as expectativas que trouxe a chegada dos trilhos e as causas da estagnação do transporte ferroviário em Goiás.

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Abre o dossiê ferrovias organizado pelo Prof. Barsanufo Gomides Borges o artigo “Catalão e a República do Trem de Ferro”, do Prof. Nasr Fayad Chaul. Trata-se de um texto que, junto ao intitulado “Ferrovia e modernidade”, da autoria do próprio Prof. Barsanufo, oferece um exame da transformação havida, entre as décadas de 1920 e 1940, no campo econômico e, em geral, em todos os campos sociais, nos municípios do sudeste goiano aonde chegaram os trilhos. As facilidades para o escoamento da produção agropecuária e os decorrentes ganhos de capital derivaram na alteração da cotidianidade das cidades vinculadas SHORWUHP3RUXPODGRRUHÁH[RGHVVDPXGDQoDQDFRQVWUXomRFLYLOpHVWXGDGR por Gustavo Neiva Coelho no texto “A ferrovia e o desenvolvimento do urba-nismo e da arquitetura na região sudeste do estado” e, por outro, a incidência da comunicação ferroviária na vivência diária da população é abordado por Aroldo Márcio Ferreira no estudo intitulado “A estação: portal do concreto e do imaginário”. O ar tigo “A toponímia e a estrada de ferro de Goiás”, de Paola Santiago dos Santos Gonçalves, mostra como a estrada de ferro gerou a motivação, ou derivou na transformação, dos nomes de distritos em que se instalava uma estação e assinala quais desses distritos de nome ferroviário se converteram, devido ao progresso causado pela passagem do trem, em municípios. A Profa. Valdirene Maria de Araújo Gomes, em “Uma crônica da vida sobre os WULOKRVµDSDUWLUGDVVXDVOHPEUDQoDVFRPRÀOKDGHXPIHUURYLiULRUHFRQVWUyL a memória do dia a dia dos trabalhadores da estrada de ferro em Leopoldo de Bulhões. Levando em consideração que a Estrada de Ferro Goiás (EFG) entrava neste estado a partir do Triângulo Mineiro e que a sede da EFG esteve, até mea-dos da década de 1950 em Araguari-MG, por meio do artigo “Araguari-MG: três décadas de preservação dos remanescentes culturais da Estrada de Ferro Goiás”, de Alexandre Jairo Campos de Souza e Maria Consuelo Ferreira Montes Naves, ponderam-se tanto a relevância que a EFG teve para Uberaba quanto as ações empreendidas para salvaguardar, em torno da estação ferroviária desse municí-pio, a memória da EFG no Triângulo. Encerra o dossiê o artigo “A importância da estrada de ferro para o Estado de Goiás”; nele, o engenheiro Helio Suêvo Rodriguez, após avaliar as repercusões que o transporte ferroviário teve para Goiás, valoriza a situação desse transporte na contemporaneidade e assinala os UXPRVTXHDVIHUURYLDVJRLDQDVGHYHULDPVHJXLUSDUDQmRÀFDUHPFODVVLÀFDGDV sob o rótulo de capítulo do passado.

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O ensaio visual pFRPSRVWRSRUXPDDQWRORJLDGDVIRWRJUDÀDVIHUURYLiULDVGH 1HOVRQ6DQWRV(VVDDQWRORJLDUHÁHWHRDEDQGRQRTXHSDGHFHGHVGHKiGXDV décadas, a maior parte do patrimônio arquitetônico da antiga EFG. Trata-se de uma decadência que, no entanto, contém uma estética bela e que remete às décadas em que a EFG era um símbolo de progresso e distinção. Gustavo Neiva Coelho LQWLWXORX´5XtQDVGDPHPyULDµRVHXHQVDLRVREUHHVVDVHOHomRGHIRWRJUDÀDV de Nelson Santos.

A seção artigos é aberta pelo trabalho “Graciliano Ramos e a história da República”. Nele, Noé Freire Sandes analisa e sopesa os princípios seguidos por Graciliano Ramos para a conversão de temas da história brasileira das décadas de 1930 e 1940 em literatura. No seguinte texto, intitulado “O Governo Collor e o neoliberalismo no Brasil (1990-1992)”, David Maciel avalia as causas do apoio recebido por Collor para chegar à Presidência, a ideologia que sustentava a sua gestão e os erros que o conduziram ao fracasso e ao impeachment. Os dois seguintes artigos, “Desenho de uma vida: crônica sobre Jorge Félix de Souza” e “Cora Coralina e sua casa silenciosa”, referem-se a Goiás. No primeiro, Nancy 5LEHLURGH$UD~MRH6LOYDWUDoDXPSHUÀOELRJUiÀFRGRHQJHQKHLURDUTXLWHWR Prof. Jorge Félix de Souza, pioneiro e construtor de Goiânia; no segundo, Claudia Barbosa Reis critica a concepção e a gestão da Casa Museu de Cora Coralina. A

cervantista Maria Augusta da Costa Vieira, professora da USP, em “Notas sobre os

prólogos de Cervantes” desenvolve um estudo de crítica comparada a respeito os prólogos do corpus canonizado do clássico romancista da língua espanhola. Em “Leitura: da Antiguidade ao século XXI. O que mudou?”, a também profes-sora da USP, Isabel Gretel M. Eres Fernández, junto a Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro, oferece-nos um ensaio em relação à diacronia da valorização do ato de ler. Encerra a seção artigos o texto “Mulheres árabes como odaliscas: uma imagem construída pelo orientalismo através da pintura”, de Marcia Dib. A autora, frisando a sensualidade e o exotismo vinculados ao Oriente nas artes visuais, analisa o processo de elaboração das representações ocidentais sobre a mulher árabe.

Tanto na entrevista, quanto na seção memória e em uma das traduções, a temática GDVIHUURYLDVPDQWHYHVHFRPRÀRFRQGXWRU$VVLPHQWUHYLVWRXVHD6HEDVWLmR da Silva, trabalhador aposentado da RFFSA e atual representante, em Goiânia, do Sindicato dos trabalhadores em empresas ferroviárias. Na seção memória, sob o título “Mauro Borges e a Estrada de Ferro Goiás: o homem certo para o

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lugar certo”, Tereza Cristina P. Favaro avaliou, a partir da recopilação de matérias publicadas em periódicos da década de 1950, a atuação do então major Mauro Borges na presidência da EFG. Na seção traduções, por um lado, consta uma tradução ao português de um excerto de Brasil, la gran potencia del siglo XXI, um ensaio escrito em espanhol por Antonio Meijide Pardo e publicado em Santiago de Compostela em 1955. Trata-se de uma obra em que se ressalta o potencial do Brasil e se vaticina o seu porvir, mas na qual se sublinha a insatisfatória projeção alcançada pelo transporte ferroviário. Esses apontamentos sobre as ferrovias brasileiras foram o objeto da tradução. Por outro lado, a Profa. Rosane Rocha Pessoa traduziu, do inglês ao português, o texto da conferência proferida, aos 29 de novembro de 2011, por Jean-Louis Berton – Diretor de Políticas Exteriores do Parlamento Europeu – no Centro Cultural UFG, durante o Congresso Cidades

Inteligentes: Cidades Humanas.

Três das resenhas da seção resenhas e críticas abordam obras de temática ferroviária. Com o título “História e nostalgia sobre os trilhos”, Luiz Felipe Cezar Mundim resenhou o ensaio Uma viagem pelos trilhos da Centro-Oeste: 120 anos

de história ferroviária e, mediante o texto “As ferrovias cariocas e a memória”,

Márcio Antônio Cruzeiro apresentou o ensaio A formação das estradas de ferro

no Rio de Janeiro. Por sua vez, na resenha intitulada “Insanidade sobre trilhos”,

Divino Lindria do Nascimento expõe as suas considerações acerca do famoso romance Mad Maria. Duas resenhas referem-se à visão sobre o Brasil tida e divulgada por estrangeiros. Assim, em “Literatura goiana ou americana?”, Rejane de Souza Ferreira resenha o livro de viagens intitulado Terra Prometida, de Joan Lowell, acerca das experiências dessa estadunidense por terras brasileiras, sobre-tudo pelo vale do rio São Patrício, em Goiás. A outra dessas duas resenhas é de Lyanna Costa Carvalho, quem nos apresenta a narração Unos días en el Brasil, sobre a vivência no Brasil do escritor argentino Adolfo Bioy Casares. Esta seção também contém uma resenha da Profa. Ana Donnard, da Universidade Federal de Uberlândia, a respeito da situação atual dos Estudos Célticos, e uma resenha da Profa. Hilda Simone Henriques Coelho, da Universidade Federal de Viçosa, sobre o livro (QVLQRH$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV([SHULrQFLDV'HVDÀRVH3RVVLELOLGDGHV, da professora da UFMG Laura Stella Miccoli. O labor que realiza o Museu de Morfologia desta Universidade é o objeto do trabalho coordenado pelo Prof. João Roberto da Mata, intitulado “Ações educativas do Museu de Morfologia”,

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e em “Arte como revolução”, Lisa França, professora da UFG, resenha o 14º Prêmio de Teatro Europa, no qual ela participou. Encerram a seção resenhas e

críticas, um trabalho de Vandimar Marques Damas, em que ele expõe os

resultados de um projeto seu sobre o uso da linguagem audiovisual entre os povos indígenas, e o texto “Privatização de recurso público: um tema em constante reatualização”. Nele, Arlene Carvalho de Assis Clímaco resenha o livro de Walderês Nunes Loureiro intitulado Qualidade da educação

HSULYDWL]DomRGHUHFXUVRS~EOLFR, destacando a agudeza da crítica que a Profa.

Walderês fez em relação à utilização de verba dos sistemas de ensino público para contratar serviços de empresas privadas destinados a aprimorar a gestão pedagógica nesses sistemas.

Já não é mais possível pegar um trem em Goiás para viajar até o Rio de Janeiro. Esta revista não almeja reivindicar a recuperação das ferrovias para o transporte de passageiros. Todavia, o dossiê ferrovias que consta a seguir procura mostrar que o transporte ferroviário de bens tem contribuído decisivamente para o progresso deste estado.

Referências

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