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Banco de Brasília (BRB) anunciou em evento três acordos de patrocínio para tentar fazer de Brasília um polo formador do basquete. Os negó-cios com os times Universo/Brasília e Flamengo, além da Confederação Brasileira de Basquete, foram incluídos no projeto "Brasília Capital do Basquete". Os negócios fazem parte de um amplo projeto traçado pelo atual governo do Distrito Federal para colocar Brasília na rota de eventos esportivos e, também, de fazer da capital do país um centro formador de atletas. Tanto que, além do acordo com os dois maiores vencedores do Novo Basquete Brasil, o BRB apoiará as cate-gorias de base da CBB, por meio das seleções de basquete do país.Como parte do acordo, está previsto que Flamengo e seleção brasileira façam
O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O
DO
POR ERICH BETING
Com BRB, Brasília mira
ser 'capital do esporte'
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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1293 - TERÇA-FEIRA, 23 / JULHO / 2019
de dólares é o custo estimado atualmente para acabar a construção até 2020 do estádio do Las Vegas Raiders, time que disputa a NFL
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jogos como mandante no Distrito Federal. A ideia é de que 30% dos jogos do clube e da seleção sejam realizados em Brasília, além de treinamentos e eventos.
A preocupação em garantir que os times possam atuar na capital federal fez par-te até da justificativa de Paulo Henrique Costa, presidenpar-te do BRB, para explicar o investimento em entidades que não são da capital federal.
“O projeto faz com que o BRB assuma um papel de protagonista no basquete, tanto local quanto nacionalmente. É um patrocínio diferente porque envolve uma série de itens. Desde Brasília ser sede de treinos da seleção brasileira até o envol-vimento dos centros olímpicos e escolas públicas com o BRB. Além do quarto pilar, que é trazer eventos. Como banco público, o outro benefício que o BRB vai ter é o de contribuir para o desenvolvimento do esporte na cidade. O nosso objetivo é transformar a cidade em um celeiro do basquete”, afirmou Costa.
A apresentação dos patrocínios foi uma espécie de "alívio" para a capital federal após, na semana passada, os planos para receber o Grand Slam de judô terem sido frustrados por uma decisão unilateral da Confederação Brasileira da modalidade. A GDF havia separado R$ 3 milhões de verba para organizar o evento em outubro, mas a CBJ, alegando falta de condições financeiras, abriu mão de fazer o torneio.
"Construímos aqui hoje não apenas uma plataforma de marca do banco BRB, mas uma política esportiva, que vai da iniciação do basquete no nosso centro olím-pico à construção de um grande time em Brasília para que os atletas construídos nesses centros tenham onde jogar. Esse é o nosso desafio. Ter, acima de tudo, uma política esportiva completa", discursou o secretário de esportes, Leandro Cruz.
O C TA G O N
A P R E S E N TA
N O V O C E O
B O TA F O G O - S P A B R E
E S PA Ç O K I D S E M E S TÁ D I O
A agência de marketing esportivo
Octagon Brasil tem um novo CEO.
Eduardo Baraldi assumirá a partir de
1° de agosto o cargo principal na
agên-cia. Ele ocupa o lugar de Gabriel Lima,
que passará a trabalhar no Valladolid.
Os dois negócios têm como sócio o
ex-jogador Ronaldo Nazário. Baraldi
chegou à Octagon em 2013 e foi um
dos responsáveis por cuidar do projeto
da Ambev para a Copa de 2014.
Por dois anos ele liderou a área de
planejamento e criação da agência,
se-guido de passagem pela área de RH,
antes de se tornar diretor de projetos,
onde atuou nos projetos envolvendo a
Nike e também da relação com a NBA.
O Botafogo-SP inaugurou um espaço para crianças
em seu estádio. A "Vilinha Kids", dentro da Arena
Euro-bike, tem funcionamento diário, independentemente da
realização de partidas no estádio do clube, que disputa
atualmente a Série B do Campeonato Brasileiro.
Durante jogos e shows, o espaço terá atrações
especi-ais. O Botafogo é mais um clube paulista a adotar uma
área para crianças. O São Paulo foi o pioneiro,
inaugu-rando um espaço para festas que abre em dia de jogos.
O P I N I Ã O
Brasília adota
modelo americano
O
investimento de verba pública no esporte como plataforma para
au-mentar o fluxo de turistas para uma região é prática mais do que
co-mum no mercado americano e, de certa forma, é o que mais
impul-siona o esporte como negócio e entretenimento na capital do marketing esportivo.
Por isso mesmo, o investimento que Brasília começa a fazer no esporte precisa
ser visto com bastante atenção pelo mercado. A diferença daqui em relação aos EUA
é que, além de termos necessidade muito maior de investimentos em infraestrutura e
melhoria de qualidade de vida para a população, não temos uma cultura de justificar
o investimento público no esporte para além de uma grande festa para a mídia.
Nos EUA, uma nova instalação esportiva que será usada por uma equipe
profis-sional, de qualquer esporte, só pode ser construída se tiver dinheiro público
envolvi-do. É uma premisssa nas ligas esportivas
americanas ter o engajamento dos entes
públicos para promover as equipes. E isso
só é garantido se houver um investimento
em dinheiro para erguer a casa desse time.
Por aqui, a regra é torcermos o nariz
para o investimento público no esporte,
que foi deturpado por mau uso da verba
em constuções sem qualquer lógica de
ne-gócio ou em patrocínios completamente
obscuros envolvendo atletas, times e
con-federações. Nosso histórico não favorece.
Agora, porém, pelo menos no discurso, Brasília parece ter entendido de que
for-ma o investimento em grandes eventos e patrocínios polpudos pode impulsionar a
cidade. É interessante ver que os acordos do BRB com Flamengo e CBB têm como
contrapartida a obrigatoriedade de levar cerca de 30% dos eventos para a capital.
O esporte de alto rendimento é o que inspira a iniciação da prática esportiva.
Criar uma política pública de esportes parte do princípio de ter não apenas o esporte
na parte de cima da pirâmide, mas as condições para a prática esportiva desde a base.
Ao atrelar o patrocínio no profissional ao uso de instalações da base, Brasília dá um
passo importante para se transformar num centro de formação de atletas.
Foi assim que o Rexona construiu, no Paraná, um dos maiores projetos do vôlei
brasileiro há 25 anos, tendo como mentores Ana Moser e Bernardinho. A diferença,
agora, é que o governo de Brasília decidiu adotar o modelo americano. Até hoje, no
Brasil, isso nunca foi para a frente na esfera pública. Sem investimento privado no
esporte, a oportunidade que se apresenta é única. E a responsabilidade, também.
Por aqui, investimento público no
esporte é sinônimo de desperdício ou
de falcatrua; Brasília luta contra isso
POR ERICH BETING
Inter e Grêmio
mantêm 'sina' no
futebol feminino
A LaLiga, entidade que cuida
da primeira e da segunda divisões
do futebol espanhol, e a Deliveroo,
empresa britânica de entregas
ali-mentícias, assinaram um acordo de
mídia com o objetivo de
impulsion-ar a liga e as vendas pelo aplicativo.
A ideia é pôr em prática uma
"combinação perfeita entre comida
e futebol". O acordo permitirá que
a Deliveroo explore a LaLiga na
im-prensa escrita, além de mídias
soci-ais e transmissões oficisoci-ais.
Em contrapartida, os fãs da
La-Liga terão descontos nos pedidos e
concorrerão a ingressos no
aplica-tivo. A ideia é, assim, que eles usem
o produto durante a realização dos
jogos, aumentando o consumo.
A P L I C AT I V O D E
A L I M E N TA Ç Ã O
FA Z PA R C E R I A
C O M A L A L I G A
O Liverpool anunciou um novo
acordo com o banco Standard
Char-tered para o patrocínio máster do
clube ser ampliado também para a
equipe feminina do time inglês.
A empresa disse em um
comunica-do oficial que seu novo contrato com
a equipe feminina do clube "funciona
em linha" com o time masculino.
Isso não significa, porém, que os
valores serão os mesmos. Atualmente,
o banco paga £ 40 milhões por ano
para patrocinar o campeão europeu.
L I V E R P O O L
T E R Á M E S M O
PAT R O C Í N I O E M
T I M E F E M I N I N O
N A T E M P O R A D A
POR REDAÇÃONo final da semana, o Internacional anunciou patrocínio com a rede de lojas Pompeia que será válido para a equipe feminina do clube. O que é um motivo de contentamento para as Gurias Coloradas, como a equipe é chamada, é tam-bém um ponto de preocupação para o mercado gaúcho.
A empresa já havia fechado parceria também com o Grê-mio, seguindo o caminho aberto nos dois clubes pela Uber em junho passado. É um movimento que fortalece o futebol feminino dos rivais gaúchos, mas é também o mesmo limita-dor que já existe no futebol masculino.
O que chama atenção na estratégia adotada pelas duas marcas é o fato de elas manterem entre as mulheres o mes-mo comportamento que há entre os homens. Também no feminino, a dupla Gre-Nal segue dividindo patrocinadores.
Assim, são seis as marcas que fazem parte do portfólio tan-to de Grêmio como de Internacional: Banrisul, Laghettan-to Ho-téis, Unimed e Vero estampam as duas camisas, enquanto a Uber e a Brahma não possuem a marca nos uniformes, mas também ativam os dois rivais. No feminino, Uber e Pompeia também estão na camisa das jogadoras.
Dessa forma, a única diferença entre as camisas da dupla Gre-Nal, além das tradicionais cores de cada clube, obvia-mente, é a fornecedora de material esportivo. Atualobvia-mente, o Grêmio é patrocinado pela Umbro, enquanto o Inter é vesti-do pela Nike. Em 2020, o clube coloravesti-do substituirá a marca americana pela alemã Adidas.
POR ERICH BETING
A
"Brazilian Storm" do surfe brasileiro ganhou um novo integrante, agora nos bastidores. O brasileiro Ivan Martinho foi nomeado gerente geral da World Surf League (WSL) para a América Latina. Ex-Fox e Traffic, Marti-nho será o responsável por tocar os negócios da WSL em sua expansão na região.Martinho, que era vice-presidente de vendas da Fox, passa a reportar diretamen-te a Sophie Goldschmidt, CEO da WSL. Ele passará as próximas semanas em Los Angeles, na sede da entidade, para integração e montagem de planejamento.
"Nomear alguém do calibre de Ivan para a nossa posição na América Latina com-plementa a equipe que temos na região. O histórico de Ivan é ideal para avançar nossa missão na região e otimizar o interesse que temos visto. O Oi Rio Pro foi um dos mais bem-sucedidos eventos da Champion Tour que tivemos", disse Sophie.
A entrada do brasileiro reforça a importância que o país tem tido no surfe. Única liga esportiva do mundo que tem equidade de gêneros na premiação, a WSL tem visto o Brasil como um dos mercados a serem mais bem trabalhados globalmente.
"Eu vejo uma tremenda oportunidade com os atletas, parceiros de mídia e patro-cinadores para alavancar nossa posição como um dos esportes mais desejados e respeitados da região", afirmou Martinho, que deixou recentemente a Fox.
O executivo vai se juntar ao vice-presidente de eventos para a América Latina, Xandi Fontes, e com a equipe regional da WSL América Latina na supervisão das iniciativas de Tours, Studios e WaveCo na região. Atualmente, o Brasil realiza uma etapa do circuito mundial, em Saquarema (RJ). O escritório da WSL no país, po-rém, deverá ficar a princípio na cidade de São Paulo.
Brasileiro vai comandar
liga de surfe na AL
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