• Nenhum resultado encontrado

OS SERVIÇOS DE SAÚDE: AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA E A LEI MARIA DA PENHA /2006 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "OS SERVIÇOS DE SAÚDE: AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA E A LEI MARIA DA PENHA /2006 1"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

OS SERVIÇOS DE SAÚDE: AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA E A LEI MARIA DA PENHA -11.340/20061

Anderson de Santana da Silva¹

Enfermeiro, especialista em UTI, Urgência e Emergência, Mestre em Ensino na Saúde – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. RS.

anderson-ss87@hotmail.com

Thiago Júnior da Costa2

Formado em Direito, pela Universidade Laureate International Universities, Canoas. Especialista em Direito Público – Com ênfase em contrato e licitações – Faculdade

Educacional da Lapa – PR. FAEL. thiago-jr2006@hotmail.com

Aline Nandi³

Licenciada em História e Mestre no Programa de Pós-Graduação em

Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). Com Bolsa da CAPES.

alinen_sintraf@hotmail.com

Resumo: Esse estudo privilegia a análise da garantia de direitos fundamentais no

âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em decorrência da aplicabilidade da Lei 1.340/2006 “Lei Maria da Penha”. Buscando identificar políticas públicas no enfrentamento da violência doméstica contra mulher, esta pesquisa busca compreender as relações de gênero, historicamente construídas e reproduzidas no meio social e de que forma essas relações acabaram desencadeando em algumas conquistas das mulheres, com a Lei Maria da Penha e a criação de políticas públicas nesta área. Para uma abordagem mais crítica e com enfoque especifico sobre o tema se buscou identificar e mapear as demandas exigidas para amparo a mulheres vítimas de violência no que tange as políticas de saúde com foco no Sistema Único de Saúde. Além de sua aplicação nos municípios, visto que nestes estão concentradas estruturas públicas que em sua maioria prestam o primeiro atendimento a mulheres em situação de violência. A pesquisa desenvolvida com base em levantamentos bibliográficos e em documentos oficiais relatar como a gestão dos serviços de saúde tem procurado garantir o acesso às mulheres vítimas de violência àquilo que está previsto na “Lei Maria da Penha” e as obrigações dos serviços da rede do SUS. Evidenciamos a importância desta pesquisa como fonte para futuras discussões a respeito da abrangente temática da violência contra mulheres e do Sistema Único de Saúde, sendo que a mesma possibilita ampliar as discussões para a saúde da mulher e suas redes.

Palavras-chave: Violência. Lei Maria da Penha. SUS. Políticas Públicas. Gestão. Área de conhecimento: Saúde e Humanas.

1

Não houve fonte de financiamento para a realização deste trabalho.

(2)

1. Introdução.

O estudo sobre a violência empregada as mulheres e o atendimento das mulheres nos equipamentos integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS a partir da aplicação da Lei Maria da Penha, exigiu diferentes momentos de reflexão, pesquisa e uma larga jornada para compreender dentro da legislação e do contexto do atendimento na área da saúde quais são as lacunas existentes entre previsão da legislação, políticas públicas destinadas ao atendimento às mulheres vítimas de violência e a sua aplicabilidade (NANDI et al., 2015).

Tratar do tema da violência contra a mulher, por si só já exige que estejamos livres de diversos preconceitos e julgamentos, porém isso nem sempre torna-se uma tarefa fácil e de fato não foi. Fez se necessário um constante cuidado para que aquilo que tomamos como verdade, na composição deste estudo, não viesse a se tornar um estudo sem critérios de cientificidade.

Nandi et al. (2015) coloca que a sociedade aprova a invisibilidade das distintas maneiras em que a violência é cometida contra as mulheres e torna-as vulneráveis, obedecendo os tradicionais padrões de comportamento e aceitando que a agressão é condição para a manutenção da vida do sexo frágil.

Muller (20063) citado por Nandi et al. (2015) explica que cada política busca atuar sobre um setor da sociedade, e essa ação passa pela definição de objetivos, a partir da representação de um problema e de seus efeitos, assim como soluções para resolvê-la. Com base no artigo de Nandi et al. (2015), adotamos como objetivo principal deste trabalho a identificação dos direitos previstos na Lei Orgânica de Assistência Social e no Sistema Único de Saúde para atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica nos serviços de saúde pública, considerando a criação e aplicabilidade da Lei Maria da Penha.

A responsabilidade de preparar políticas públicas, voltadas à superação da desigualdade de gênero, contribui também para melhor delimitar os diferentes papéis do governo, do Estado e dos movimentos sociais na promoção da igualdade de gênero (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2010). Dessa forma, acreditamos ser importante a discussão da relevância das políticas públicas, principalmente no que tange a assistência de mulheres em situação vulnerável.

“As Políticas Públicas de atendimento a mulheres vítimas de violência, a Lei Maria da Penha se insere nos estudos sobre análise e avaliação das políticas públicas e também nos estudos de desigualdade de gênero.” (NANDI, et al. 2015, p. 158). Para Muller e Surel (20024, p. 36) citado por Nandi et al. (2015, p. 156), políticas públicas compreendem as operações realizadas por uma autoridade, investida legitimamente pelo poder público, sobre um setor especifico da sociedade ou de um território, e que são veiculadas seus conteúdos, atividades ou serviços, causando efeitos na sociedade.

2. Procedimentos metodológicos.

O eixo principal da pesquisa é identificar a aplicabilidade das políticas públicas previstas para atendimento a mulheres vítimas de violência no âmbito do SUS. Este

3

MULLER, P. Les poliques publiques. Paris: Puf, 2006 4

(3)

estudo teve como base levantamento bibliográfico e em documentos oficiais a fim de, estudar como a gestão dos serviços de saúde tem ou não garantidos o atendimento previsto pela “Lei Maria da Penha”. Ao final do artigo, será exposta uma análise geral acerca das políticas públicas no SUS.

Segundo Nandi et al. (2015), a Análise de Conteúdo favorece as investigações sociais que procuram respostas para pesquisas teóricas e práticas, além de categorizar e avaliar os problemas e apontar suas soluções.

A Análise de Conteúdo é referida como um conjunto de instrumentos metodológicos que se aprimora constantemente, que se aplica a discursos diversificados, principalmente na área das ciências sociais, com objetivos bem definidos e que se utiliza tanto em pesquisas quantitativas quanto nas pesquisas qualitativas (BARDIN, 19775 apud NANDI, et al., 2015).

O estudo de Nandi et al. (2015, p. 159) obteve a coleta das informações, cujo assunto cobria as Políticas Públicas de Saúde no atendimento a mulheres vítimas de violência, através dos textos produzidos em pesquisas científicas, documentos oficiais do Governo Federal em suas diferentes esferas e também reportagens de jornais, entre outros materiais. Foi realizada a pesquisa para fins de ampliação do conhecimento acerca das políticas públicas.

A respeito disso, Moraes (1999) coloca que o método manifesto corresponde a uma leitura representacional, através da qual se busca a inferência direta do que o autor quis expor em seus documentos.

Para Foucault (19876, p. 68) citado por Nandi et al. (2015, p. 159), “os indivíduos se produzem e são produzidos em uma determinada cultura, através de práticas sociais.”

Os documentos não expressam um significado real ou lógico, não são transparentes, nem mesmo inocentes, não traduzem uma verdade por si só, carregam um conteúdo discursivo e são produzidos conforme determinados interesses e valores adquiridos conforme o ambiente em que estão inseridos (CHARTIER, 20017, p. 77 apud NANDI, et al., 2015, p. 159-160).

3. A violência contra mulheres.

De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (2011), o fenômeno da violência doméstica e sexual, praticado contra mulheres, constitui uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. A Constituição Federal em seu artigo 226 e parágrafo 8 “[...] assegurará a assistência à família, na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência, no âmbito de suas relações.” (BRASIL, 1988, p. 128).

Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei n.º 10.745 instituiu o Ano da Mulher no Brasil trazendo várias ações que passaram a ser implementadas no âmbito do Governo Federal para minimizar os “prejuízos” causados por situações de violência contra as mulheres (BRASIL, 2003). Entre as ações, existem no país 374 delegacias especializadas no atendimento a mulheres (BRASIL, 2013).

A violência, praticada contra os homens, ocorre predominantemente no espaço público, enquanto que a cometida contra as mulheres acontece dentro de seus

5

BARDIN. L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. 6

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1987. 7

CHARTIER, R. Uma crise da história? A história entre a narração e conhecimento. In: PESAVENTO, S. J. (Org.). Fronteira do Milênio. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2001.

(4)

próprios lares e em todas as suas formas (doméstica, psicológica, física, moral, patrimonial, sexual, tráfico de mulheres) (SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES, 2011).

“A Fundação Perseu Abramo (20018

) numa pesquisa realizada em 2001 aponta que aproximadamente 20% das mulheres já foram vítimas de algum tipo de violência doméstica.” (NANDI; GEVEHR, 2014, p. 4).

A situação de violência sofrida pelas mulheres ficou, ao longo dos anos, no anonimato, e permanece nos dias atuais por diversas situações que podem ser relacionadas: medo de sofrerem repressão da sociedade, convenções familiares, a estereótipo de submissão ao homem construído ao longo da história, dependência financeira ao homem, entre outras. (NANDI, et al., 2015, p. 163).

Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres (2011), o Pacto Nacional pelo Enfrentamento àa Violência Contra as Mulheres, iniciativa da Agenda Social do Governo Federal, plano no qual indica uma estratégia de integração entre os governos Federal, Estadual e Municipal, no intuito de combater a violência contra as mulheres.

Ainda de acordo com a Secretaria (2011), o dever da rede de atendimento é combater a complexidade da violência contra as mulheres, para isso compõe-se dos seguintes serviços:

 Centros de Referência de Atendimento à Mulher;  Núcleos de Atendimento à Mulher;

 Casas-Abrigo;

 Casas de Acolhimento Provisório;

 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs);

 Núcleos ou Postos de Atendimento à Mulher nas Delegacias Comuns;  Polícia Civil e Militar;

 Instituto Médico Legal;  Defensorias da Mulher;

 Juizados de Violência Doméstica e Familiar;  Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180;  Ouvidorias;

 Ouvidoria da Mulher da Secretaria de Políticas para as Mulheres;

 Serviços de Saúde voltados para o atendimento dos casos de violência sexual e doméstica;

 Posto de Atendimento Humanizado nos Aeroportos;  Núcleo da Mulher da Casa do Migrante.

4. Políticas públicas.

Foco crescente na atenção da sociedade as políticas públicas, que visam assegurar os direitos de cidadania, tem conquistado maior dimensão nas últimas

8

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO. [2010?]. Disponível em:

(5)

décadas: o que era assunto apenas das instâncias de governo de fato passou a ser discutida e organizada pela sociedade e organizações de grupos a partir de suas necessidades, de maneira que houve um significativo avanço na compreensão sobre políticas públicas de forma geral, mas sabe-se que ainda existem muitos desafios pelo caminho (NANDI, et al., 2015).

“Desde a década de 1970 de modo especial até a nova constituição os debates desta área ainda eram um pouco tímidos, mas com o tempo foram tomando proporção”, segundo os autores (2015, p. 164). A globalização e a adoção de novos modelos de administração têm ampliado o leque das políticas públicas seja nos diversos setores da administração pública, contudo, o que ainda falha é a compreensão, em uma linguagem universal, sobre o que são as políticas públicas e seu processo de implantação (NANDI, et al., 2015, p. 164).

Jobert e Muller (19879) citado por Höfling (2001, p. 31) explicam que as políticas públicas são também entendidas como o Estado em ação; É o Estado implantando um projeto de governo, através de programas, de ações voltadas para setores específicos da sociedade.

Estado não pode ser reduzido à burocracia pública, aos organismos estatais que conceberiam e implementariam as políticas públicas que são compreendidas como responsabilidade do Estado referente à implementação e manutenção a partir de um processo de tomada de decisões que envolve órgãos públicos e diferentes agentes da sociedade relacionados à política implementada, razão pela qual políticas públicas não podem ser reduzidas a políticas estatais (HÖFLING, 2001, p. 31).

Para Nandi et al. (2015), neste contexto, podemos definir as políticas públicas como ações e atividades aplicadas como programas que são desenvolvidas pelo Estado de forma direta ou indireta, com a participação de agentes públicos e/ou privados, cujos exemplos básicos são as políticas de educação e saúde, direitos sociais estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e assim garantidos pela legislação.

Ainda de acordo com Nandi et al. (2015, p. 164):

Estando as políticas públicas como as respostas do governo necessárias para solucionar problemas e demandas existentes nas sociedades, está ainda fundamentada no direito constitucional de igualdade de acesso os serviços e a promoção da vida de todos os homens e mulheres.

Desta forma podemos considerar uma política pública quanto a seus aspectos imateriais, sendo esta expressa na forma de lei ou decreto, como um serviço oferecido diretamente a sociedade, no caso de um programa ou ação de governo, que muitas vezes sua definição e construção remete à sociedade civil e, em seguida, é encaminhada a instância de governo que se responsabilizará por sua execução e avaliação, de acordo com Nandi et al. (2015).

O referido autor também esclarece que as políticas públicas são apresentadas como possibilidade de ação dos governos e orientadas pela constituição e tem o estado social como razão de sua existência, marcado pela obrigação de assegurar os direitos fundamentais aos cidadãos. “Assim, embora uma política pública implique

9

JOBERT, B.; MULLER, P. L’état en action – Politiques Publiques et Corporatismes. Paris: PUF, 1987.

(6)

decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública”, segundo Rua (1997, p. 2).

Segundo Nandi et al. (2015), as políticas públicas são elaboradas a partir das demandas da sociedade, relatadas por meio de conferências, conselhos ou audiências públicas aos representantes do governo executivo e/ou legislativo.

Identificamos, no campo de estudos das políticas públicas, fases ou etapas das políticas: o surgimento dos problemas, a colocação na agenda pública, a formulação do programa da política, a implementação e a avaliação (FREY, 200010; MULLER, 200611; MULLER; SUREL, 200212; SOUZA, 200613 apud NANDI, et al., 2015).

Com base no artigo de Nandi et al. (2015), trabalhamos com a análise da política de atendimento à violência contra mulheres, com o olhar para sua descrição e avaliação a partir da Lei Maria da Penha e os serviços de atendimento a saúde dentro da política do SUS.

De acordo com Lowi (196414, 197215) citado por Souza (2006), as políticas podem ser divididas em Distributivas, Redistributivas e Regulatórias: as políticas distributivas desconsideram a questão dos recursos limitados, gerando impactos mais individuais do que universais, ao beneficiar certos grupos sociais ou regiões, em contrapartida o todo é prejudicado, enquanto que as políticas regulatórias são mais visíveis ao público, envolvendo burocracia, políticos e grupos de interesse, já as políticas redistributivas atingem mais pessoas e impõem perdas concretas, e a curto prazo para certos grupos sociais, e ganhos incertos e futuro para outros.

Referente as políticas públicas para enfrentar a violência doméstica cometida contra as mulheres, podemos conceituar essas políticas como o processo de escolha dos modos de concretização dos objetivos do governo e a arte de tornar reais as necessidades básicas observadas como forma de solucioná-los (NANDI et al., 2015).

As possibilidades de avaliação de políticas são amplas, podendo variar conforme o tipo de avaliação: de processo ou de resultados; os objetivos da própria avaliação; os critérios; o tipo de resultado a avaliar (ARRETCHE, 200116; DRAIBE, 200117; FARIA, 200618; RUA, 200819 apud NANDI et al., 2015).

10

FREY, K. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, Distrito Federal, n. 21, p. 211-260, jun. 2000. Disponível em: < http://www.ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/viewFile/89/158>. Acesso em: 16 mar. 2016.

11

MULLER, P. Les Poliques publiques. Paris: PUF, 2006. 12

MULLER, P.; SUREL, Y. A análise das políticas públicas. Pelotas: Educat, 2002. 13

SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n. 16, p. 20-46, jul./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a03n16>. Acesso em: 15 mar. 2016.

14

LOWI, T. American Business, Public Policy, Case Studies and Political Theory. World Politics, [S.I.], v. 16, p. 677-715, 1964.

15

LOWI, T. Four Systems of Policy, Politics, and Choice. Public Administration Review, [S.I.], v. 32, p. 298-310, 1972.

16

ARRETCHE, M. T. S. Uma contribuição para fazermos avaliações menos ingênuas. In: BARREIRA, M. C.; CARVALHO, M. do C. Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas

sociais. São Paulo: IEE/PUC-SP, 2001. p. 43-56.

17

DRAIBE, S. Avaliação de implementação: esboço de uma metodologia de trabalho em políticas públicas. In: BARREIRA, M. C.; CARVALHO, M. do C. Tendências e perspectivas na avaliação de

políticas e programas sociais. São Paulo: IEE/PUC-SP, 2001. p. 13-42.

18

FARIA, C. A. P. de. A politica de avaliação de políticas públicas. Revista Brasileira de Ciências

Sociais, São Paulo, v. 20, n. 59, p. 97-169, out. 2005. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v20n59/a07v2059.pdf>. Acesso em:19 mar. 2016. 19

RUA, M. das G. Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos. 1997. Disponível em: < http://franciscoqueiroz.com.br/portal/phocadownload/gestao/rua%20maria%20_%20analisedepoliticasp

(7)

De modo mais geral as formulações referentes às políticas públicas de enfrentamento a violência e sua efetividade no processo de implantação e gestão dentro do SUS apresenta ainda necessidade de uma definição mais elaborada e suficientemente abrangente como decisão ou um grupo de decisões estabelecendo mecanismos para orientar os próximos passos necessários para atendimento desta ou daquela demanda. (NANDI et al., 2015, p. 166). Ainda de acordo com Nandi et al. (2015, p. 166): “Devendo esta decisão apontar sugestões e/ou possíveis soluções para os problemas sociais e compreender as demandas e inter-relacionadas.”

4. 1 Políticas Públicas: Enfrentamento a violência contra mulheres.

Na construção de uma política, existem diversos agentes e processos envolvidos, onde são levados em consideração os agentes visíveis (políticos e representantes públicos e/ou de movimentos), os invisíveis que constituem-se especialmente de acadêmicos, o contexto de influência, o contexto da produção de texto e o contexto da prática e a dimensão temporal, além das disputas e embates, que estão relacionadas com os agentes envolvidos (NANDI et al., 2015).

O referido autor declara que a formulação está fundamentada no conceito da democracia como pano de fundo. Ainda de acordo com Nandi et al. (2015), relacionar a cidadania com a política social pode ser também um campo desconhecido e de viabilização de acesso aos direitos e torná-los conhecidos significa apontar propostas e possibilidades de acesso ao que até então parecia inviável. “Desenvolvida principalmente a partir de 1970 a noção de cidadania ligada a políticas sociais têm amplitude maior com o surgimento dos movimentos sociais na luta pelos direitos universais.” (NANDI, et al., 2015, p. 166).

Segundo Nandi et al. (2015), o contexto de luta pelo direito a igualdade e prioridade pela construção de novas políticas favoráveis aos mais empobrecidos passaram a ser fortalecidos nas igrejas, movimentos eclesiais de base, organizações da sociedade civil e por grupos específicos que lutam por causas pontuais.

De acordo com Corrêa (2008), uma política pública ou tomada de decisão deve ser regulamentada pelo governo, ou seja, deve respeitar o interesse comum e a Constituição Federal de 1988.

No ano de 1996, foi instituído o 1º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) que pautou pela promoção e defesa dos direitos humanos, através de medidas, a curto, médio e longo prazo (BRASIL, 1996). A partir de então, diversos agentes e setores passaram a receber capacitação e formação para atuarem nos diferentes programas.

De acordo com Nandi et al. (2015), o PNDH considera ser os direitos humanos universais, uma vez que para a titularidade de direito a condição de pessoa é o único requisito que ainda garante a liberdade para conquista da igualdade. Nesse sentido, em 1985 é criado, vinculado ao Ministério da Justiça, o Conselho Nacional dos

(8)

Direitos da Mulher – CNDM – para promover políticas cujos objetivos visassem eliminar a discriminação contra a mulher e assegurar sua participação nas atividades políticas, econômicas e culturais do país (BRASIL, 2014).

Nandi et al. (2015) explica que em 2003, quando é criada a Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM, o CNDM passa a integrar esta estrutura. A SPM tem por principal objetivo promover a igualdade entre homens e mulheres, através da promoção e construção de políticas, programas e ações (BRASIL, 2014).

De acordo com o Portal Participa (BRASIL, 2014), a Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres – SEV e a Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas - SAIAT, tem por missão lutar contra a violência e garantir os direitos das mulheres, além de trabalhar com sua autonomia.

Além, da inclusão da perspectiva de gênero em políticas públicas voltadas para relações de poder, participação política, educação, cultura, saúde e diversidade com o entrelaçamento de diferentes políticas públicas com outros ministérios e instituições que pudessem efetivar tais propostas. (NANDI, et al., 2015, p. 167).

“Estas secretarias também tendem a formulação de Políticas Públicas, bem como o acompanhamento, avaliação e reformulação quando necessário”, ainda de acordo com Nandi et al. (2015, p. 167). A partir da criação da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres em 2003, foram realizadas, desde 2004, três Conferências Nacionais

de Políticas Públicas para Mulheres e ocorreu a construção dos Planos Nacionais,

reavaliados a cada conferência, evidenciando os eixos temáticos que abordam as discussões sobre a violência, que culminou na criação do Pacto de Enfrentamento a Violência contra Mulheres (NANDI, et al., 2015).

A Secretaria de Políticas para as mulheres torna-se responsável pela coordenação do Programa e, para sua implementação, atua de forma integrada com os Ministérios da Saúde, Educação, Cultura, Participação Política, Igualdade de Gênero e Diversidade (BRASIL, 2014). Entre os programas executados por esta entidade:

1. Programa Mulher Viver sem Violência;

2. implementação da Casa da Mulher Brasileira;

3. ampliação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180;

4. organização e humanização do atendimento às vítimas de violência sexual; 5. implantação e manutenção dos Centros de Atendimento às Mulheres nas

regiões de fronteira seca;

6. campanhas continuadas de conscientização;

7. unidades móveis para atendimento a mulheres em situação de violência no campo e na floresta (BRASIL, 2014).

Entende-se que no segundo eixo do Pacto que prospecta a criação de Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência o objetivo esta centrado em identificar e encaminhar de forma adequada às mulheres em situação de violência e a integralidade e humanização da assistência.

Neste eixo em especial do Pacto é possível identificar a necessidade dentro do processo de gestão do SUS a adequação de suas estruturas para atender na rede básica as demandas que competem a está para atendimento a mulheres vítimas de violência. Faz-se necessário compreendermos ainda no contexto da gestão do SUS quais os serviços especializados que são demandados a partir das determinações legais o que compreende a rede de atendimento.

(9)

De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (2011), a Rede de Atendimento é composta de serviços especializados, como os Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAMs) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), e não-especializados, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Os CRAMs são espaços para acolher, amparar e acompanhar, psicológica e socialmente, as mulheres em situação vulnerável, que tenham sido violentadas, em função disso os espaços também propiciam orientação jurídica e encaminhamento para serviços médicos ou casas abrigo (SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES, 2011).

Já, Serviços de Saúde Especializados para o Atendimento dos Casos de Violência Contra a Mulher – devem contar com equipe multidisciplinar (psicólogas/os, assistentes sociais, enfermeiras/os e médicas/os) capacitada para atender os casos de violência doméstica contra a mulher e de violência sexual. Nos casos de violência sexual, as mulheres são encaminhadas para exames e são orientadas sobre a prevenção de DSTs – incluindo HIV – e da gravidez indesejada. Além disso, oferecem abrigo, orientação e encaminhamento para casos de abortamento legal.

Ainda no que tange a gestão, percebe-se um esforço nacional desde a criação dos Pactos e das redes, para que haja integração entre as estruturas de atendimento, e ainda que seja possível fazer o monitoramento e acompanhamento através da melhoria e qualificação dos registros de atendimento e na coleta de vestígios.

Há neste sentido a necessidade de investimentos financeiros por parte dos municípios em sistemas e até mesmo de qualificação das equipes de atendimento para que haja efetividade na coleta e nos registros.

Tais dados servem, neste sentido, tanto para criação de programas e políticas públicas que minimizem os casos de violência, como devem possibilitar ainda a redução de investimentos locais.

Visto que, quando ocorrem casos de violência existe um alto investimento a ser feito para acompanhamento e os programas de redução de danos. Já a criação de estratégias de prevenção que são infinitamente menos onerosas do que quando há necessidade de atender os crimes efetivados.

Uma portaria interministerial para organização e integração de atendimento a vítimas de violência sexual – portaria 288/2015 - estabelece “Orientações para a organização e integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e pelos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à humanização do atendimento e ao registro de informações e coleta de vestígios.” (BRASIL, 2015, p. 50).

“As orientações de que trata esta Portaria tem como objetivo garantir a integralidade e a humanização do atendimento às vítimas de violência sexual, bem como oferecer elementos à responsabilização dos autores de violência.” (BRASIL, 2015, p. 50). O referido documento orienta as atribuições da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e Ministérios da Justiça e da Saúde.

Cabe neste estudo destacarmos quais são as atribuições do Ministério da Saúde em especial do que está como prioridade para atendimento e processos de implantação e/ou gestão no SUS, de acordo com os artigos 7 e 8:

(i) apoiar a estruturação e as ações para o atendimento humanizado às vítimas de violência sexual no âmbito do SUS;

(ii) apoiar ações de educação permanente em saúde, dirigidas a profissionais, gestores de saúde e população em geral sobre a prevenção da violência

(10)

sexual, organização e humanização do atendimento às vítimas de violência sexual;

(iii) apoiar ações de vigilância, prevenção, promoção de saúde e implementação de ações de notificação compulsória de violência e fortalecimento da rede de atenção e proteção às vítimas de violência;

(iv) orientar e fomentar a articulação interfederativa para a implementação e implantação dos preceitos da Norma Técnica para Atenção Humanizada às Pessoas em Situação de Violência Sexual com Registro de Informações e Coleta de Vestígios;

(v) regulamentar, por meio de portaria específica, a habilitação de hospitais do SUS com serviços de referência para o atendimento às pessoas em situação de violência sexual com registro de informações e coleta de vestígios;

(vi) financiar, de acordo com sua disponibilidade orçamentária e financeira, a adequação dos espaços físicos, equipamentos e insumos em hospitais do SUS com serviços de referência para o atendimento às pessoas em situação de violência sexual com registro de informações e coleta de vestígios;

(vii) criar procedimento específico na Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses, Próteses e Materiais do SUS para a Coleta de vestígios de violência sexual.

i) promover a capacitação conjunta dos(as) profissionais de segurança pública e dos(as) gestores(as) e profissionais da saúde dos hospitais com serviços de referência para atendimento humanizado, registro de informação e coleta de vestígios, garantindo-se conteúdo adequado e intersetorial;

ii) monitorar e avaliar a implementação do atendimento a pessoas em situação de violência sexual com registro de informação e coleta de vestígios, no âmbito do Programa Mulher, Viver sem Violência. (BRASIL, 2015, p. 50)

Pode-se observar que boa parte das atribuições relacionadas ao Ministério da Saúde estão no âmbito da Gestão, em especial na disponibilização de estruturas de orientação e adequação dos registros e formas de atendimento. O enfoque maior esta no processo de humanização e de acolhimento de forma adequada a atendimento a vítimas de violência.

No item que trata da infraestrutura, adequação e readequação dos ambientes, entende-se que ali possa estar um dos maiores desafios. Se não bastasse o grande vazio existe no que tange a criação de equipes multidisciplinares para o atendimento humanizado, existe ainda uma grande lacuna nas estruturas físicas.

Visto que, em muito ainda a violência é tratada de forma generalizada, com diversos preconceitos e como na criação das políticas públicas as prioridades de investimentos são definidas a partir do interesse político e da criação de agendas, também o investimento para adequações das estruturas acaba dependendo e passando por estes fatores.

5. Considerações finais.

Pode-se observar ao longo deste estudo que as relações existentes entre políticas públicas no atendimento a violência e os processos de gestão em especial no que tange o SUS demanda ainda uma série de desafios para as estruturas de governo ou em sua rede de parceiros. Os desafios não são apenas de ordem financeira, mas de adequação de processos que passam diretamente pela gestão e ainda pela implantação.

(11)

È possível perceber que embora tenha havido ao longo desta última década, uma série de atividades que buscam a criação, adequação e estruturação de redes para atendimento a mulheres vítimas de violência, existe uma série de atividades a serem feitas para a quebra de paradigmas e preconceitos, visto que em muito o problema passa a ser tratado como invisível ou inexistente, que tem potencializado o aumento não apenas os casos de violência, mas têm imbricado implicações também nas demais estruturas da sociedade, com aumento das vulnerabilidades sociais.

Vivemos em uma sociedade que mesmo com acesso a informações cada vez mais rápidas e com inúmeros esforços para desmistificar os preconceitos existentes em relação a violência contra mulheres, existe um grande universos ainda a ser superado de preconceitos e até mesmo de estereótipos, que são cotidianamente reafirmados. Tal cenário não é diferente também nas estruturas de atendimento, visto que quem compõe estas estruturas em diversos casos, acaba ampliando a situação de violência de vulnerabilidade à qual a vitima se encontra.

Não cabe aqui um julgamento, mas sim a orientação para que a cada dia mais sejam possibilitados trabalhos e minimizem os preconceitos e torne o tema da violência uma prioridade nas agendas políticas locais, para que operem resultados no cenário macro e sejam reduzidos os espaços de violência e a ampla invisibilidade

social desse tema. O contexto avaliado nessa pesquisa aponta ainda que a

invisibilidade da violência e da falta de estruturas de atendimento e/ou o não cumprimento das orientações legais para atendimento a mulheres por falta de estrutura e infraestrutura pode ser encontrada nos discursos e nas práticas, e que as escolhas e adequações no processo de gestão do SUS pode ter implicações positivas no combate a violência, na criação das redes e nas demais demandas que são orientadas pela legislação no que tange os espaços e demais necessidades no que tange a política de atendimento a mulheres vítimas de violência.

Salientamos a importância deste estudo não apenas para o conhecimento das políticas públicas no atendimento a mulheres vítimas de violência, ao estudar a aplicabilidade da Lei Maria da Penha no Sistema Único de Saúde, mas ainda a possibilidade de ampliação das discussões e novos estudos sobre esta temática, trazendo ainda entre os temas centrais da discussão os processos de gestão.

6. Referências.

BRASIL. Constituição (1988). 35. ed. Emenda Constitucional n° 66, de 13 de julho de

2010. Brasília: Edições Câmara, 2012. Disponível em: <

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&ua ct=8&ved=0ahUKEwiezK3qoeTLAhUJEpAKHatMDiEQFggmMAE&url=http%3A%2F% 2Fbd.camara.gov.br%2Fbd%2Fbitstream%2Fhandle%2Fbdcamara%2F15261%2Fcon stituicao_federal_35ed.pdf%3Fsequence%3D9&usg=AFQjCNHs419NgvxcRGlpeUaz MQ1Bntkddg&bvm=bv.117868183,d.Y2I>. Acesso em: 15 dez. 2015.

BRASIL. Decreto n° 1.904, de 13 de maio de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 91, maio 1996. Paginação irregular. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1904.htm>. Acesso em: 12 ago. 2015. BRASIL. Lei n° 10.745, de 9 de outubro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, n.

197, p. 2, 10 out. 2003. Disponível em: <

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=10/10/2003&jornal=1& pagina=2&totalArquivos=140>. Acesso em: 10 dez. 2015.

(12)

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial n° 288, de 25 de março de 2015.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 58, p. 50, mar. 2015. Disponível em:

<http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2015/08/portaria-interministerial288-2015_SPM-MS-MJ_violencia-sexual.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2016.

BRASIL. Portal Participa. Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM. 2014. Disponível em: <http://www.participa.br/profile/spm-pr>.

BRASIL. Senado Federal. Relatório final. Brasília, DF, 2013. 1044 p. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getpdf.asp?t=130748&tp=1>. Acesso em: 14 dez. 2015.

CORRÊA, R. M. (Org.). Avanços e desafios na construção de uma sociedade

inclusiva. Belo Horizonte: Sociedade Inclusiva/PUC-MG, 2008. Disponível em: <

http://proex.pucminas.br/sociedadeinclusiva/arquivos/avancosedesafiosnaconstrucaod eumasociedadeinclusiva.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2016.

HÖFLING, E. de M. Estado e politicas (públicas) sociais. Cadernos Cedes, Campinas, ano XXI, n. 55, p. 30-41, 2001. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2016.

MORAES, R. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.

NANDI, A. et al. Políticas Públicas de atendimento a mulheres vítimas de violência: a Lei Maria da Penha e sua aplicação no contexto da prática. Revista Políticas Públicas

& Cidades, São Carlos, v. 2, n. 1, p. 156-182, jan./abr. 2015.

Disponível em: <http://revistappc.com/wp-content/uploads/2015/01/artigo091.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015.

NANDI, A.; GEVEHR, D. L. Políticas Públicas de atendimento à mulheres vítimas de violência (Rolante-RS). In: SIMPÓSIO GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS, 3., 2014, Londrina. Anais... Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2014. p. 1-8.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Igualdade de gênero e raça no

trabalho: avanços e desafios. Brasília: OIT, 2010. 216 p. Disponível em: <

http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/gender/pub/igualdade_genero_262.p df>. Acesso em: 20 mar. 2016.

RUA, M. das G. Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos. 1997.

Disponível em: <

http://franciscoqueiroz.com.br/portal/phocadownload/gestao/rua%20maria%20_%20an alisedepoliticaspublicas.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2016.

SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. Brasília: [s.n.], 2011. (Enfrentamento

à violência contra as mulheres). Disponível em: <

http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2011/politica-nacional>. Acesso em: 16 jan. 2016.

(13)

SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre,

ano 8, n. 16, p. 20-46, jul./dez. 2006. Disponível em:

Referências

Documentos relacionados

A sub-bacia hidrográfica do rio Poxim, que abrange parcialmente seis municípios, três deles inseridos na Região Metropolitana de Aracaju, capital do Estado,

Observa-se como a materialização da proposta de integralidade é uma tarefa desafiadora e que não levou em conta as especificidades do DF. Apesar de possuir boa estrutura

tão bem novamente examinado pelo eminente Ministro Marco Aurélio em seu douto voto, tanto que no âmbito do próprio egrégio Superior Tribunal de Justiça essa

A lei Maria da Penha/2006, enquanto marco legal impulsionou a criação de novas políticas públicas para o enfrentamento da violência contra as mulheres, desde a

Se não for possível ajustar a rotação na marcha em vazio, de modo a que o equipamento de corte pare, entre em contacto com o seu revendedor ou oficina autorizada. Não utilize

Também são feitas comparações entre os perfis verticais de temperatura potencial obtidos por radiosondagem e pelo modelo PALM, a fim de validar qualitativamente o desempenho do PALM

Com a abordagem qualiquantitativa, os dois (2) artigos analisados (8,15) realizaram estudo transversal, Para se conhecer e compreender o papel das organizações sociais,

A Lei “Maria da Penha” 6 (Lei 11.340) adequou mudanças atinentes ao atendimento das mulheres nos serviços públicos, uma vez que reconheceu a situação de violência