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Palavras-chave: Educação Infantil, práticas, leitura e escrita.

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PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM TRÊS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE VÁRZEA GRANDE-MT

VALADARES, Claudia Aparecida dos Santos Universidade Federal de Mato Grosso-PPGE/UFMT/IE1 Resumo:

No Brasil, especificamente no Estado de Mato Grosso, a investigação sobre a Educação Infantil é recente e carente de dados. Partindo desse pressuposto esse estudo em andamento, tem como objetivo a análise e sistematização das práticas de leitura e escrita, desenvolvidas no cotidiano das salas de Educação Infantil, em três escolas da rede pública municipal de Várzea Grande – MT. Nesse trabalho de caráter qualitativo, em função da própria natureza do objeto, como da escolha teórica, privilegia-se a perspectiva etnográfica da pesquisa, utilizando-se como instrumento de coleta de dados, as seguintes fontes: análise documental, as narrativas dos sujeitos envolvidos na pesquisa e a observação.

Através do trabalho de observação do cotidiano das classes de educação infantil, foi possível até o momento, a constatação de algumas práticas desenvolvidas com muita freqüência nas salas de aula, durante esse processo inicial de aquisição e apropriação da leitura e escrita pelas crianças. Nessas práticas destaca-se a ênfase no desenvolvimento do processo de prontidão, treino motor, como também outras atividades como a introdução de músicas, histórias infantis, jogos e brincadeiras. Ainda que parciais, as análises garantem um importante conjunto de conhecimentos a respeito das práticas mais usuais de leitura e escrita nas salas de Educação Infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil, práticas, leitura e escrita.

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Mestranda do PPGE/UFMT/IE, Linha de Pesquisa Educação e Linguagem, (claudia_stovaladares@hotmail.com), sob orientação da PROFª.DRª. Lázara Nanci de Barros Amâncio, (nancib@terra.com.br). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso e do Departamento de Educação, ICHS, Rondonópolis – MT.

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INTRODUÇÃO

Com a implantação da nova LDB, Lei 9394/96, o sistema de ensino brasileiro passa por um período de reestruturação. Trata-se de um complexo processo de mudança que afeta tanto aspectos estruturais da educação como aspectos mais dinâmicos e qualitativos. Agora com a efetiva implantação do Ensino Fundamental de 09 anos acreditamos ser esse um bom momento para fazer um estudo sobre os desafios que a educação em geral deve enfrentar e especialmente a Educação Infantil, foco principal desse trabalho, pois pensar na qualidade do trabalho da escola infantil nos traz muitas incertezas e muitas perguntas.

Atualmente no Brasil, o processo de escolarização das crianças que freqüentam a educação infantil, tem sido muitas vezes contraditório, pois ao mesmo tempo em que insere a criança na escola, e a reconhece como sujeito capaz de produzir cultura, ainda, é possível encontrar algumas arbitrariedades no que diz respeito às práticas pedagógicas utilizadas no processo inicial do ensino da leitura e da escrita, muitas delas repetitivas e vazias, não levando em consideração os conhecimentos que as crianças já possuem.

Considerando a relevância desta etapa da educação, a pesquisa em andamento pretende desenvolver uma análise e sistematização das práticas de leitura e escrita, desenvolvidas no cotidiano das classes de Educação Infantil, em três escolas públicas municipais procurando registrar como se realiza o ensino da língua materna e como é construída a prática pedagógica dos professores da Educação Infantil nas escolas públicas municipais de Várzea Grande-MT. Nesse trabalho de caráter qualitativo2, em função da própria natureza do objeto, como da escolha teórica, privilegia-se a perspectiva etnográfica3 da pesquisa, utilizando-se como instrumento de coleta de dados, as seguintes fontes: análise documental, as narrativas dos sujeitos envolvidos e a observação.

Atualmente, vive-se um complexo processo de mudanças que afeta a sociedade e conseqüentemente as estruturas educacionais, exigem-se aspectos dinâmicos e qualitativos. Com relação ao currículo da educação infantil, algumas questões ainda se

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encontram sem respostas, através dessa pesquisa pretende-se aguçar a busca por novas respostas e contribuir com o avanço nessa etapa da educação básica.

Neste trabalho ressaltam-se algumas questões que nos afligem e instigam para a compreensão do percurso da Educação Infantil das quais destacamos: O que se faz nas classes de Educação Infantil? Qual é o espaço da leitura e da escrita nessas classes?Os educadores tem contextualizado informações sobre a escrita, enquanto linguagem social, seus usos e sua função? A alfabetização e/ou letramento foram debatidos entre educadores?

Dentre essas questões queremos ressaltar a principal para nossa investigação: quais são as práticas relacionadas à leitura e escrita desenvolvidas no cotidiano da Educação Infantil em três escolas da Rede Pública Municipal de Várzea Grande - MT.

Muitas pesquisas mostram que há uma falta de conhecimento por parte dos educadores, com relação à cultura da infância, e ainda, que existe uma transposição do ensino fundamental para as classes de educação infantil. Segundo Mello é preciso descontaminar a educação infantil

[...] Devemos com urgência “descontaminar” a escola da infância dos procedimentos típicos do ensino fundamental e “contaminar” o ensino fundamental com procedimentos – como as atividades de expressão – que devemos ter como tópicos da escola infantil e que, para o bom desenvolvimento da inteligência e da personalidade das crianças, devem estar presentes também nas séries iniciais do ensino fundamental (MELLO, 2005, p. 39).

Assim, apresenta-se como objetivo principal: Compreender e analisar as práticas relacionadas à leitura e escrita, presentes no cotidiano escolar da educação infantil de três escolas públicas municipal de Várzea Grande-MT.

E, ainda, os seguintes objetivos específicos:

 Investigar as práticas de leitura e escrita desenvolvidas pelos professores;  Descrever as principais dificuldades enfrentadas pelos professores de educação

infantil;

 Evidenciar qual referencial teórico é utilizado por esses professores para respaldar a sua prática;

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A CRIANÇA - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

O desenvolvimento da criança acontece por meio da relação que ela estabelece com outras pessoas e com o meio em um contexto histórico e social. Em outras palavras, o homem se faz homem nas interações que estabelece com outros homens num mundo de significados construídos na dinâmica social e cultural. Logo, o homem é um ser eminentemente social, cujas singularidades - seu modo de agir e pensar, sua visão de mundo, suas crenças e valores, seu conhecimento - são constituídas na interação com os outros homens e a natureza. Nessa perspectiva, desenvolvimento e aprendizagem mantêm uma total relação, na qual não cabem separações ou dicotomias.

A aprendizagem, como o desenvolvimento, é também um processo social, ambos mediados pelo uso de instrumentos e signos culturalmente construídos nas dinâmicas interativas, nas quais a linguagem tem papel fundamental. Desde o início da vida, as ações são construídas nas interações estabelecidas com os outros e com o meio. É o outro quem promove com a criança as primeiras interpretações e constrói os primeiros significados do mundo externo quando, num processo dialógico, dá sentido ao choro, ao gesto, o que aos poucos vai sendo compreendido e respondido pela criança.

Segundo Vygotsky(1999,p.99), “ o aprendizado pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que as cercam.”

Por meio da imitação, ela organiza seu repertório de reações, adequando-as às solicitações externas e internalizando, gradativamente, os comportamentos "aceitos" socialmente por seu grupo de convívio e passando a assumir papéis nesse mesmo grupo. Esses papéis, frutos das interações com os outros, permitem que a criança, por meio de jogos de faz-de-conta, nos quais assume diferentes personagens, coloque-se numa perspectiva diferente da sua, aprenda a reagir como o outro reagiria, e, nessa relação, aprenda a diversidade de papéis sociais existentes, construindo sua representação de mundo.

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O BRINCAR

Uma questão importante que afeta o desenvolvimento e a aprendizagem da criança diz respeito ao brincar. Nas escolas de Educação Infantil que foram tomadas como fonte de dados para este trabalho, o lúdico está presente permeando as atividades propostas, pois de acordo com os professores a brincadeira, é um espaço privilegiado de aprendizagem e desenvolvimento infantil. Segundo VYGOTSKY (1999, p.117) na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade”.

Para ressaltar a importância do brincar nessa etapa da educação temos o pensamento de Lima que afirma:

Brincar é fundamental para a criança, pois é uma das formas principais que ela dispõe nesta fase de sua vida para aprender [...] Aprender sobre os objetos que estão à sua volta, aprender sobre as pessoas e sobre si própria. É também através do jogo, da brincadeira, que ela vai aprender quais são as regras que regulam as relações entre as pessoas de seu grupo, o papel que cada uma desempenha. Ela vai aprender quais são as coisas que se pode e as que não se pode fazer na cultura dela (LIMA, 2002, p.13).

Também o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil ressalta a importância do brincar e (1998) valoriza a incorporação dos jogos e da brincadeira no processo ensino-aprendizagem nessa etapa da aprendizagem:

O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras. (RCNEI, 1998, p. 28).

Dessa maneira entendemos que, ao brincar, a criança aprende a agir em função de uma situação ou de um objeto que não está presente ou visível para ela no momento. Na brincadeira, demonstra sentimentos, emoções, conhecimentos e significados já vivenciados que são elaborados por ela de forma própria. Além de proporcionar à criança um momento de interação com o outro, de aprendizagens sobre os objetos que

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estão a sua volta e das regras que organizam as relações humanas, o brincar a auxilia a lidar com a espera, a tomar decisões e a participar de ações coletivas.

Durante o decorrer da observação a música também esteve presente, muitas vezes nas atividades desenvolvidas dentro da própria sala de aula, como, na introdução de novas letras, nas datas comemorativas, na hora do lanche, em comemorações ou ainda, nas atividades desenvolvidas durante a hora do brincar. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil(RCNEI), “a linguagen musical é um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilibrio, da auto-estima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social”(1998,p.49).

Outra questão levantada durante a observação, relacionada às práticas de leitura e escrita que se consolidam no espaço da sala de aula, é a presença de exercícios de treino motor e atividades mimeografadas, muitas vezes utilizadas na fixação das atividades, em desenhos, e na tarefa de casa tão cobrada pelos pais.

ALFABETIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO INFANTIL

Com o passar dos anos e com os avanços nas pesquisas, hoje sabemos que as crianças não precisam freqüentar uma escola para ter contato com a escrita.

Portanto, assim como o adulto, a criança convive com a leitura e escrita em todos os momentos, como por exemplo, ao manejar um livro de histórias infantis, ao pegar a embalagem de algum brinquedo, ao simples fato de estar passeando e observar os outdoors, propagandas, vitrines, entre outros. Sobre esta realidade Ferreiro e Teberosky (1999, p.29) dizem que:

É bem difícil imaginar que uma criança de 4 ou 5 anos, que cresce num ambiente urbano no qual vai reencontrar, textos escritos em qualquer lugar não faça nenhuma idéia a respeito da natureza desse objeto cultural até ter 6 anos e uma professora à sua frente.

Tais fatos são reconhecidos pelas escolas infantis atualmente, assim, quanto mais se oferecer à criança o contato com diferentes linguagens, maior será seu universo cultural. As escolas precisam estar atentas ao momento certo de começar a introduzir a

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[...] construir as bases para que as crianças possam participar criticamente da cultura escrita, conviver com essa organização do discurso escrito e experimentar de diferentes formas os modos de pensar escrito. Antecipar o ensino das letras sem trazer o debate da cultura escrita para o cotidiano é desrespeitar o tempo da infância e sustentar uma educação tecnicista, em que predominam o mito da precocidade e o mito da superespecialização, alimentados pela lógica da competitividade (BRITTO, 1997, p.17).

De acordo com o VYGOTSKY (1999, p.183) “Ensinamos às crianças a traçar as letras e a formar palavras com elas, mas não ensinamos a linguagem escrita”. É necessário utilizá-la considerando o fim social para o qual foi criada, ou seja, para escrever ao registrar vivências, expressar sentimentos e emoções, enfim comunicar-se.

Todavia, é preciso ressaltar que o desenvolvimento da linguagem escrita não é a única razão de ser da educação infantil. Ela também deve se preocupar em desenvolver ações que envolvam o conhecimento, socialização, construção da autonomia, criatividade, solidariedade, cooperação e a autoconfiança. Cabe a escola, além de proporcionar um ambiente alfabetizador, rico em desafios, respeitar a espontaneidade e a criatividade da criança, e favorecer informações sobre o mundo que a cerca, satisfazer necessidades emocionais, sociais e físicas.

A educação infantil, nos dias atuais, precisa ser um espaço onde a criança tenha contato com a leitura e a escrita. Onde possa pensar sobre o que representa e de que modo se comunica através da escrita. Onde a leitura e a escrita possam ser utilizadas com sentido.

ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS

Através do trabalho de observação4 do cotidiano das classes de educação infantil, foi possível até o momento, a constatação de algumas práticas desenvolvidas com muita freqüência nas salas de aula, durante esse processo inicial de aquisição e apropriação da leitura e escrita pelas crianças.

Nessas práticas destaca-se a ênfase no desenvolvimento do processo de prontidão e treino motor, como também outras atividades como a introdução de músicas, histórias infantis e brincadeiras. Ao se falar em prontidão vale ressaltar Kramer e Abramovay (1986) quando dizem que:

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O trabalho de observação do cotidiano das classes de Educação Infantil teve até o momento, a duração de aproximadamente três meses.

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[...] diversos têm sido os critérios utilizados na identificação do “momento adequado” para o início do aprendizado da linguagem escrita. Podemos dizer que, tradicionalmente, esses critérios têm girado em torno das habilidades motoras ou perceptivas consideradas necessárias à alfabetização. Grande parte - senão a maioria - dos professores vincula, basicamente, o início da alfabetização ao treinamento da coordenação motora e da discriminação visual e auditiva (KRAMER E ABRAMOVAY, 1986, p.172).

Quanto ao ambiente da sala de aula, as três classes de educação infantil que foram eleitas como fonte geradora de dados para essa pesquisa, estão inseridas em ambientes diferentes determinados pelas suas características próprias, entretanto, para esse trabalho, dada a sua natureza, definiu-se por apresentar alguns dados da escola A.

Essa escola está localizada na parte central da cidade, é uma escola pequena que comporta aproximadamente 575(quinhentos e setenta e cinco) alunos, com idade entre 5 a 11 anos, a sala observada funciona no período matutino, e possui 21 alunos matriculados, destes todos com 5(cinco) anos completos.

O ambiente de sala de aula possui alfabeto em letras de imprensa maiúsculas, fixado na parede, em formato de círculos coloridos. Segundo Cagliari (1992, p.97-98) “a escrita de forma é muito mais fácil de aprender e reproduzir que a cursiva. Além disso, é a escrita de forma que aparece nos livros (exceto cartilhas...)”.

Ainda segundo o autor é “[...] muito mais fácil e simples aprender a escrever e a ler, em primeiro lugar, através da escrita de forma maiúscula” (1992, p.98). Sendo assim, “a escrita de forma maiúscula se presta melhor para fase de alfabetização” (1992, p.98).

Embora a professora utilize dessas letras para ensinar, em sua metodologia de trabalho:

[...] A criança é exposta a fragmentos da língua, sons e letras isoladas, sentenças descontextualizadas, porque ler e escrever é a mera aquisição de uma técnica, cuja forma procede a função no aprendizado que depende da repetição. Existe um controle da aprendizagem com a introdução gradativa de padrões de som/letra, oferecendo-se primeiramente os “mais fáceis”. O aspecto grafofônico prevalece sobre os demais aspectos, o que é percebido na apresentação da língua, onde predominam a fragmentação e a artificialidade (AMÂNCIO, 2002, p.59).

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disposição das crianças na prateleira localizada na frente da sala, também as atividades realizadas pelas crianças fazem parte da decoração do ambiente escolar.

Percebeu-se ainda, durante as observações, que a professora faz a leitura de todas as letras que estão sendo trabalhadas diariamente, explora também os números e conta histórias infantis. No que se refere a esta última atividade recorro às palavras de Rizzoli (2005, p.7) quando esta diz que:

Ouvir histórias tem uma importância muito grande para a criança: faz com que ela se sinta importante, sinta que alguma coisa está sendo feita especialmente para ela. As histórias também têm um valor terapêutico e, por isso, são narradas para as crianças como forma de terapia.

Ainda com relação à história ressalta a autora:

As histórias devem ser contadas para que as crianças perguntem por quê. Elas estão sempre querendo saber o porquê das coisas, o que é uma curiosidade típica de toda a criança. Muitas vezes, o adulto dá explicação racionais, pensadas e pouco imaginadas. Essas são respostas muito calibradas, muito precisas e a criança não está realmente querendo esse tipo de resposta. Uma história que é contada entra muito mais satisfatórias para ela do que uma resposta racional de um adulto (RIZZOLLI, 2005, p.9).

Outras atividades que envolvem práticas coletivas como jogos, brincadeiras, hora da novidade são desenvolvidas com as crianças. A professora valoriza as atividades orais, e dá importância a fala das crianças, traz para sala fatos e acontecimentos que ocorrem diariamente, através de uma discussão coletiva com os mesmos. Assim, de modo prazeroso são construídas as regras, os valores e o respeito mútuo.

A professora também recorre a algumas atividades fotocopiadas para trabalhar com as crianças, tendo em vista que a escola dispõe desse serviço. Com relação à tarefa, a mesma é cobrada pelos pais quase que diariamente, entretanto, o caderno de tarefa vai para casa apenas três vezes durante a semana.

Ainda que parciais, as análises permitem conhecer um conjunto de práticas e conhecimentos a respeito da leitura e da escrita nas salas de Educação Infantil.

Portanto, espera-se que essa pesquisa possa registrar as principais práticas escolares, especialmente as relacionadas à leitura e escrita desenvolvidas no cotidiano das salas de Educação Infantil, bem como contribuir e aguçar novas pesquisas na área da infância.

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Referências

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