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Pereira, Maria Helena Rocha Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos. URI:

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Academic year: 2021

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[Recensão a] Alfred Ernout et François Thomas - Syntaxe Latine

Autor(es):

Pereira, Maria Helena Rocha

Publicado por:

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos

Clássicos

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/26185

Accessed :

2-Jun-2021 03:16:11

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Vol. IV

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

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FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA INSTITUTO DE ESTUDOS CLÁSSICOS

C O I M B R A

M C M L I I

VOL. IV (NOVA SÉRIE, VOL. I)

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X

com tanta erudição e objectividade, é um dos mais notáveis contributos trazidos ultimamente à filologia grega, e será, pela segurança do seu método e riqueza de informação, um companheiro indispensável ao estudioso dos poemas homéricos.

Maria Helena Rocha Pereira

Alfred Ernout et François Thomas,

Syntaxe

Latine.

Nouvelle

collection à l'usage des classes, xxxvm. Paris, Librairie C. Klinck-

sieck, 1951. xv1+416pp.

Este novo tratado de sintaxe latina, aguardado ansiosamente pelos estudiosos desde que foi anunciado, vem substituir, como os próprios autores anunciam no prefácio, a conhecida obra de Riemann. A excepcional categoria e prestígio dos Professores A. Ernout e F. Thomas faziam desde logo antever um sucessora digna da confiança dos latinistas. Porém, neste caso há mais ainda. É que separa os dois tratados uma diferença no tempo — mais de sessenta anos — a que corresponde maior distância ainda na evolução da linguística. Assim, a obra de que vamos ocupar-nos baseia-se em métodos novos, que por completo alteram, melhorando-a, a estrutura da sua antecessora. Nada mais elucidativo, a este propósito, do que o confronto entre os prefácios dos dois livros. Riemann cingia-se ainda à concepção de época clássica, aproveitando sobretudo os exemplos de Cícero, César e Tito lTvío. Ao contrário deste, Ernout e Thomas começam em Plauto, sempre que lhes é pos- sível, e levam o estudo da evolução das construções até ao baixo latim e penetram até, uma vez ou outra, nas línguas românicas. Como exemplo do processo seguido, e das razões que levaram os autores a adoptá-lo, não posso deixar de transcrever este trecho do prefácio:

«Aujourd’hui, il ne suffit plus de dire, par exemple, que le type de phrase dixi quod (ou dixi quia) est incorrect — ce qui n’est vrai, du reste, qu’en partie — mais il faut — et on le peut — montreer sur quels modèles voisins de sens la constructution a pu naître, comment et pourquoi elle a gagné peu à peu, éliminant la forme dite «proposition infinitive», dont la lourdeur et la fréquente ambiguité déconseillait l’emploi. Cette géné- ralisation de quod ne se constate pas seulement dans l’exemple précédem- ment cité: on voit cette conjonction se substituer aux autres conjonctions complétives, en particulier à ut, dont il ne reste plus trace dans les langues romanes; mais, si la chose a pu se faire, c’est qu’il y avait des cas où le latin pouvait indifféremment. user de l’une ou de l’autre, et dire aussi bien accidit quod et accidit ut».

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XI Estas palavras mostram-nos que o método seguido se baseia largamente na concepção de que a sintaxe é mais um grupo de tendências que vão tomando vulto do que aquele sistema de regras fixas que aparece estabelecido a quem considerar apenas o período chamado clássico de uma língua. A missão do sintactidsta é verificar a existência dessas tendências e induzir depois as regras a que obedecem. Para este efeito é necessário mergulhar, tanto quanto é possível fazê-lo, ante a escassez dos monu- mentos, na língua falada. É o que fazem os autores do livro, cujo aproveitamento de fontes para o conhecimento desse aspecto do latim é de uma amplitude notável.

Logo, a grande diferença entre as duas obras é que a mais antiga é predomi- nantemente estática e descritiva; a que agora temos é sobretudo diacrónica e inter- pretativa. Exemplo brilhante dos resultados deste método é o capítulo sobre a «consecutio temporum», que é encarada em sentido lato, na sua génese, e apresen- tada depois em síntese histórica.

Esta é a principal novidade da Sintaxe que agora se publicou, em relação à sua antecessora, novidade que, como afecta toda a estrutura da obra, é causa de muitas outras alterações. Assim, por exemplo, o livro de Riemann punha em pri- meiro lugar o capítulo sobre «particularidades de sintaxe que se prendem com a ausência de artigo em latim». Ernout e Thomas incluem este estudo no capítulo dos pronomes demonstrativos, como parte final da evolução destes. A interpre- tação dada aos exemplos colhidos a partir de Plauto, para explicar o aparecimento ulterior do artigo, é particularmente subtil e exacta.

O tratado de Ernout e Thomas segue também uma divisão de matérias extre- mámente clara e lógica. Assim, depois de três páginas de «generalidades», em que se define, com uma concisão lapidar, o conceito de sintaxe em geral e o caso par- ticular da sintaxe latina e sua posição na linguística indo-europeia, as fontes do seu conhecimento, como língua escrita e como língua falada, e as linhas da evolução de ambas, temos três grandes divisões. A primeira ocupa-se de casos e preposições, considerando estas últimas como meios de estabelecer as relações espaciais e

tem-f

porais. O caso do ablativo inclui na mesma rubrica os vestígios de locativo e de instrumental, o que me parece mais de acordo com a realidade linguística do que a antiga separação feita por Riemann. A segunda parte trata da frase simples e os seus elementos. A terceira versa sobre a frase dependente. Há assim um movi- mento do simples para o composto, que ajuda o leitor a melhor compreender as linhas gerais da sintaxe da língua.

A menção de factos de morfologia histórica, muitas vezes lembrados antes de encetar a exposição sintáctica (por exemplo, no caso de quod), estabelece a neces- sária e esclarecedora ligação entre essas duas partes da gramática.

Além disso, os AA., para bem servir a finalidade escolar do seu trabalho, têm sempre o cuidado de resumir os pontos mais complicados como fazem, por exemplo,

(6)

XII

para as orações completivas introduzidas por ne, quin ou quominus e para as pro- posições infinitivas dependentes de verbos volitivos.

Adoptam também o sistema, já usado por Riemann, de traduzir os exemplos apresentados — com muito poucas excepções — partindo do princípio, de validade incontestável, de que traduzir é interpretar, e, portanto, esse trabalho faz parte da análise de um texto.

Entre as muitas alterações de pormenor apresentadas em relação à maneira de ver de Riemann, citaremos apenas algumas, daquelas precisamente que já esta- vam em germe nas anotações feitas por Ernout à sétima edição daquela obra. É o caso de considerar que a partícula an pode introduzir uma frase interrogativa, mesmo sem se subentender um primeiro membro (pág. 137-8), e de ter animi por genitivo de relação, e não por locativo (pág. 48 e 49 e cf. Riemann, pág. 131).

Entre as interpretações mais curiosas, citaremos a que apresentam sobre «o sim e o não nas respostas», a pág. 138, também estudados através dos tempos.

Dissemos já que esta maneira de tratar os assuntos cronologicamente é um dos aspectos mais relevantes da obra. É, por exemplo, o caso do parágrafo con- sagrado à origem do genitivo partitivo, a pág. 40-41, do dativo de aproximação, de pág. 56 a 58, do adjectivo substantivado, que levam até ao baixo-latim e à época pre-românica (pág. 140-141). Uma vez por outra sucede, porém, que esse aspecto não fica tão claramente definido, como é o caso do parágrafo consagrado ao acusa- tivo em função de nominativo, a pág. 21, § 31 c).

O exame da evolução de um modo de construir chega não raramente״ con- forme já dissemos, até às línguas românicas, para o que os AA. utilizaram princi- pálmente o conhecido tratado de E. Bourciez. É compreensível que os exemplos novi-latinos se limitem quase sempre só ao francês, mas é pena que por vezes se não alargue mais às outras línguas, que em certos casos viriam confirmar mais cia- ramente (pág. 168 — sobre o latim vulgar *cata unum— o exemplo do português e do espanhol seria mais elucidativo) ou alterar (pág. 158 — sobre o pronome posses- sivo da 3.a pessoa, restrito ao singular — o fenómeno não se dá em português nem

em espanhol) as asserções apresentadas.

Em resumo, o novo tratado dos Professores Ernout e Thomas é uma obra \ que, pela sua actualização, pela clareza expositiva, pelo rigor científico do método adoptado, pela lógica natural das suas conclusões, será chamada a servir de guia a muitas gerações de estudantes. A sua concisão torna-a mais útil para estes do que a aliás bem elaborada e bem informada sintaxe de Bassols de Climent — ainda em publicação — que, pela sua extensão, se torna de difícil consulta.

Como obra didáctica, apenas notamos à Sintaxe Latina de Ernout e Thomas uma lacuna, que é a de um index locorum, a acompanhar o índice analítico e o índice de palavras com que termina, falta que, esperamos, será preenchida na próxima edição.

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XIII Apesar de se destinar ao ensino, é sempre obra de filólogos, e nunca de gra- máticos. Esta qualidade, que se evidencia a cada passo, é o melhor louvor para a recomendar à atenção dos estudiosos.

Maria Helena Rocha Pereira

Aristóteles,

E! Arte de la Retórica, Tomo 1. Texto griego y traduc-

ción con notas y comentários de E. Ignacio Granero, Profesor

de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de

Cuyo. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Lenguas y

Literaturas Clássicas. Mendoza, 1951, 210 pp., das quais 72 duplas.

Esta é a primeira das obras que o Instituto de Lenguas y Literaturas Clásicas da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Cuyo se propõe editar, no intuito de colaborar no ressurgimento da cultura clássica, que presentemente se está a dar na Argentina.

Conforme o próprio Director adverte, não se trata de uma edição com apa- rato crítico, que as circunstâncias não permitiam, mas sim de texto, acompanhado de tradução e notas, numa óptima impressão, com um tipo grego bem nítido, onde apenas notámos alguns erros tipográficos insignificantes, no emprego dos espíritos.

Analisemos separadamente cada uma destas três partes. No texto, o A. pre- fere, quase sempre, a lição mais difundida nos manuscritos, o que, embora não seja a norma corrente actual, é aceitável, quando se trata de uma edição não crítica. Cada um dos capítulos é precedido de um esquema dos assuntos.

Da tradução não podemos julgar com segurança, por estarmos em presença de idioma alheio. Sabemos pelo prólogo da obra que a intenção do autor foi prin- cipalmente executar «una traducción que se ajustase lo más posible al texto griego, y que además estuviera provista de aquellas notas y comentarios que facilitasen la lectura de la obra... hemos tratado de ajustarnos, con la mayor exactitud que nos ha sido posible al texto original, preferiendo en algunas ocasiones aclarar el sentido por medio de notas antes que acudij* a una versión más libre».

Tanto quanto podemos comentar este aspecto, parece-nos que o Prof. Granero conseguiu o seu intento com grande clareza

e

fluência de linguagem. Notamos, porém, que a tradução de um passo do cap. 10 (1368 b, p. 147) se torna menos ele- gante, por demasiado literal:

«Ahora bien; todos hacen todas las cosas, en parte, no por sí mismos, y en parte por sí mismos».

Referências

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