NOVEMBRO 2013 | 134
17ª Edição
MOSTRA DE TEATRO
MÊS dA FoToGRAFiA
ENTRE oS CÉUS E A TERRA
MERCAdo BioLÓGiCo dE ALMAdA
doçARiA E MARioNETAS No SoLAR
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria
Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um
silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não
lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de
certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
OS JUSTOS
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 EDIT ORIAL
Uma década após a inauguração
do Museu da Cidade, e no ano
em que se comemoram os 500
anos de Foral Manuelino e os
40 anos da Cidade de Almada, a
exposição central renova-se neste
espaço cultural de excelência. São
imagens, vozes, peças, estruturas, luzes e maquetas que evocam as memórias
da vida do nosso Concelho, testemunhos da sua história ancestral. Fica o convite,
a partir de 16 de novembro venha
“Ver Almada crescer” no Museu da Cidade.
O olhar e a sensibilidade dos fotógrafos também merecem destaque,
neste que é o Mês da Fotografia. Por vários espaços celebramos a arte
de captar diferentes realidades, agora mostradas em dez exposições.
Ainda este mês, a Biblioteca Municipal de Almada está de parabéns. Para celebrarmos
o seu 16º aniversário, preparámos uma “Festa Monstruosa” para toda a família. No
Solar dos Zagallos, e porque o Natal está à porta, têm início os acolhedores ateliers
de doçaria e decoração de bolos, assim como as criativas oficinas de marionetas.
A Companhia de Teatro de Almada leva também à cena uma das suas mais importantes
produções: Em direção aos céus, em palco durante todo o mês.
E, porque a nossa Cidade também vive do Desporto, damos-
-lhe a conhecer um jovem atleta da SFUAP que participa em
provas de natação em águas abertas e é, ao mesmo tempo,
estudante de Medicina. Quer saber de quem falamos? De um
Jovem Talento de Almada: Vasco Gaspar.
Novembro é um mês de agenda preenchida. Venha olhar e
sentir os dias, aqui em Almada!
ALMADA, CIDADE DE CULTURA QUE SOMOS,
ORGULHA-SE DO TEATRO AMADOR E PROFISSIONAL
QUE AQUI SE FAZ. É POR ISSO QUE, EM NOVEMBRO,
MAIS UMA VEZ, OS PALCOS DO CONCELHO RECEBEM
A MOSTRA DE TEATRO.
António Matos
Vereador dos Serviços Municipais de Desenvolvimento Social, Informação e Relações Públicas
O OLHAR
DOS DIAS
POEMA
02
Jorge Luís Borges
Os Justos
EDITORIAL
03
António Matos
O Olhar dos Dias
CAPA
06
Mostra de Teatro de Almada
17ª Edição
ZOOM
14
Museu da Cidade
A casa das Histórias de Almada
ENTREVISTA
22
Vasco Gaspar
"O empenho e o mérito devem ser sempre premiados"
OLHARES
28
Mês da Fotografia
Celebrar a Arte de Fotografar
EM CENA
34
Entre os Céus e a Terra
Teatro Municipal Joaquim Benite
COMPASSOS
37
A tua voz tem talento?
Festival da Canção Infantil e Juvenil "Musicalmadense"
APRENDER
40
Dança Contemporânea
Workshop Passeio
MEXA-SE
45
Caparica Power 2013
Circuito de Surf na Costa da Caparica
CELEBRAR
57
Estufa
Casa da Cerca, 20 Anos
SEM PRESSAS
58
Tem salada para o jantar?
Mercado Biológico de Almada
CRIANÇAS E JOVENS
63
Um Livro Manifesto
Oficina de escrita, ilustração e cidadania
7ª ARTE
75
Nana
Pelos direitos das crianças
PATRIMÓNIO
80
Um templo perto do Tejo
Cacilhas
CIRANDANDO
82
Pedalar entre a chuva
Ciclovia Cacilhas-Parque da Paz
CONTACTOS ÚTEIS
88
Venha, a porta está aberta
Desfrute plenamente a sua Agenda e traga um amigo também
MULTIMÉDIA
98
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013
5
# 134
A programação pode ser alterada por motivos alheios a esta publicação. | A informação incluída nesta agenda é da exclusiva responsabilidade das entidades que a fornecem. | Edição de dezembro: receção de informação até dia 8 de novembro| Propriedade da Câmara Municipal de Almada: Largo Luís de Camões 2800-158 Almada | Diretor: Vereador António Matos | Recolha e tratamento da infor mação: Departamento de Comunicação - DCOM [T] 21 272 45 10 [F] 21 727 99 99 | jfigueira@ cma.m-almada.pt | Capa: Mostra de Teatro de Almada | Eventos Fórum Municipal Romeu Correia: Fórum Municipal Romeu Correia | Eventos Biblioteca Municipal José Saramago: Biblioteca José Saramago | Eventos Museu da Cidade: Museu da Cidade | Exposições na Casa da Cerca: Casa da Cerca | Redação: Departamento de Comunicação - DCOM | Design: Henrique Cayatte Design | Paginação: Departamento de Comunicação - DCOM | Impressão: Sogapal | Tiragem: 37.000 exemplares | Distribuição gratuita | Depósito Legal 305174/10 | Textos redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico | www.m-almada.pt
CAP
A
TEATRO
MOSTRA-SE
07 a 24 DOMINGO
MOstra De teatrO
De alMaDa
Vários locais
Catorze companhias e grupos de
teatro apresentam a 17ª Mostra
de teatro de almada (Mta), com
19 espetáculos, entre os quais 8
estreias nacionais.
Dirigida a públicos de todas as
idades, esta edição aposta num
programa que põe em cena
criações originais, bem como
obras de autores tão diversos
quanto salomão, Herberto
Helder, raúl Brandão, Álvaro
Cunhal, Jacinto lucas Pires,
sarah adamopoulos, Javier
tomeo, Georg Büchner, Frances
Goodrich, albert Hackett e anton
tchekhov.
a programação inclui também
um espaço para tertúlia,
“mostra.reescritas”, nesta edição
sobre o tema da Dramaturgia e
um espaço de convívio entre o
público e os artistas, “mostra.
ponto de encontro”, que
acontece após os espetáculos.
a Mta é organizada pela
a G e ND a al M a D a NO VEMBRO 2013 C a Pa
Câmara Municipal de almada,
em parceria com os grupos
do concelho, e assume-se
como uma oportunidade para
dar a conhecer a diversidade
da criação teatral produzida
ao longo do ano por grupos
amadores e profissionais
almadenses.
Participam nesta edição: a
Menina dos Meus Olhos, artes
e engenhos, Cénico da Incrível
almadense, GItt - Grupo de
Iniciação teatral da trafaria,
Grupo de teatro do Beira Mar,
Grupo de teatro da Manuel da
Fonseca, Ninho de Víboras, NNt
– Novo Núcleo de teatro, O Grito,
Produções acidentais, teatro
aBC.PI, teatro de areia, teatro &
teatro e o teatro extremo.
Os palcos espalham-se
pelo concelho, levando-nos
a visitar o teatro Municipal
Joaquim Benite, o auditório
Fernando lopes-Graça no
Fórum romeu Correia, o teatro
extremo, o Cine-Incrível na
sociedade Filarmónica Incrível
almadense, a Casa Municipal
da Juventude de Cacilhas, o
auditório da Pluricoop no Pragal
e os recreios Desportivos da
trafaria.
07 QUINta PartIr estreIa De saraH aDaMOPOUlOs teatrO De areIa O MUNDO DO esPetÁCUlO aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa 21h30
“O texto foca-se no medo como motor da partida, a que contrapõe o mais irrealista idealismo, na duplicidade da voz interior de uma mesma pessoa que assiste ao desmoronamento de um lugar devastado pela miséria” explica a autora da peça, Sarah Adamopoulos.
Maiores de 12 anos.
09 sÁBaDO
aUtO Da BarCa DO INFerNO DO séC. xxI
De eUGéNIa CONCeIçãO CéNICO Da INCríVel alMaDeNse incrÍVEl alMaDEnsE,
salÃo DE FEsTas
16h
A peça apresenta uma reciclagem do “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, com “roupagem” do Séc. XXI, procurando estabelecer um paralelismo entre a sociedade de então e a atual, de forma divertida e com alguns aspetos nada convencionais, como é o caso do anjo e do diabo que fogem à ideia pré- -concebida que se tem dessas figuras. Maiores de 6 anos.
09 sÁBaDO
DeaMBUlações OU POssíVeIs reGressOs estreIa
De NÚCleO NOVO teatrO casa MUnicipal
Da JUVEnTUDE DE cacilHas
21h30
Peça a partir de excertos de “Húmus” de Raúl Brandão, reescrito por Herberto Helder.
Húmus é um ponto de partida. É também um fim. É ainda um regresso, um eterno regresso. Diz--se que pode mudar a vida de uma pessoa. É um livro deixado para trás numa aldeia, palmado por mãos ressequidas de velhice. Quem sabe se não mudou já a vida de uma pessoa? Recomeço, este é o ponto de partida para Deambulações ou Possíveis Regressos. Conversa com o público no final do espetáculo. Maiores de 12 anos. 10 DOMINGO Os BarrIGas e Os MaGrIçOs, De ÁlVarO CUNHal TEaTro ExTrEMo 11h
Através de poderosas imagens, Álvaro Cunhal conta às crianças a luta travada pelos Magriços por uma vida liberta da opressão dos Barrigas e a revolta dos Magriços, que levou ao derrube dos Barrigas em 25 de Abril de 1974. Este espetáculo é uma parceria entre o Teatro Extremo e o Teatro Fórum de Moura, integrado nas Comemorações do Centenário do Nascimento de Álvaro Cunhal e apresenta-se precisamente cem anos após o nascimento de Álvaro Cunhal, a 10 de novembro de 1913. Conversa com o público no final do espetáculo.
a G e ND a al M a D a NO VEMBRO 2013 C a Pa 10 DOMINGO UNIVersOs e FrIGOríFICOs De JaCINtO lUCas PIres teatrO & teatrO O MUNDO DO esPetÁCUlO aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa
16h
Um banco num jardim com um rapaz, depois um velho que conta histórias de universos e frigoríficos, uma rapariga e um músico louco. Uma sala e uma família, a mãe e a telenovela, o filho e o cigarro, o pai e o jornal. Uma lixeira ou ferro velho, a rapariga e três personagens, algo estranhas. O rapaz amnésico que ao perder a memória prefere não a recuperar?
Histórias destas personagens nos lugares urbanos ou suburbanos, que se ligam entre si, apenas de forma indireta. Espetáculo de teatro, sorridentemente divertido e sensivelmente poético.
Maiores de 6 anos.
15 sexta
O PesO De UMa seMeNte De MarINa NaBaIs a MeNINa DOs MeUs OlHOs aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa
21h30
Se numa balança dois pesos se equilibram estagnando, o que os fará mover? O peso de uma semente. Ela encerra em si o potencial, a origem e a reprodução da vida. É o princípio de todo o movimento. Com a medida certa de esforço, esse peso – medido em apenas miligramas – recai sobre a terra e transforma-se em vida e forma, ao longo do tempo. Poderá existir movimento sem esforço? O que acontece se nada fizermos? Não será esse impulso interior a única forma de combater a inércia dos corpos?
Da semente nasce a vida e, com ela, o movimento.
Maiores de 8 anos.
16 sÁBaDO
estórIas Para sereM CONtaDas estreIa De GIsela BarrOsO e alBertO aMOrIM GrUPO De teatrO Da assOCIaçãO CUltUral MaNUel Da FONseCa aUDiTÓrio plUricoop 18h
Conjunto de várias “Estórias” sobre o nosso quotidiano, algumas delas interligadas, contadas por figuras do nosso imaginário e apresentadas de forma simples e facilmente compreendidas por todas as idades. Maiores de 6 anos.
16 sÁBaDO
INstrUçãO MUsICal II De artes e eNGeNHOs artes e eNGeNHOs
casa MUnicipal Da JUVEnTUDE, ponTo DE EnconTro
21h30
A partir do estudo de documentos, registos audiovisuais, textos, vídeos, músicas, fotografias, entre outros materiais desenvolvidos ao longo do processo criativo de Instrução Musical I, apresenta-se Instrução Musical II – Uma lição n°2. O cerne deste espetáculo teatral está no ensinamento do Karaté e de uma música, na ideia de mestre e aprendiz, na obra de Dom Quixote e na procura de uma amizade possível de ser musicada. Conversa com o público no final do espetáculo.
Maiores de 8 anos.
16 e 17 sÁBaDO e DOMINGO
DIleMa estreIa
De MarIa JOãO GarCIa NINHO De VíBOras TEaTro MUnicipal JoaQUiM BEniTE
sáb.: 21h30 | Dom.: 18h
Maria João Garcia recupera, nesta nova criação, a ideia de um qualquer desabamento cósmico na história passada de uma mulher e o dilema que a travessia do seu presente coloca. Uma personagem que não sabe o que fazer com o tempo, que de qualquer das maneiras não para de passar. A escolha obrigatória entre várias soluções, nenhuma delas aceitável ou que levam à mesma conclusão. Conversa com o público no final do espetáculo. Maiores de 12 anos. 17 DOMINGO O CâNtICO Da sUlaMIta estreIa De salOMãO teatrO aBC.PI aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa 21h30
Em “Cântico dos Cânticos”, declara-se o diálogo do amor entre a esposa e seu esposo. O amor, força motriz da vida, revela-se, através do livro de Salomão, pela sua dimensão única e profunda. Novamente o amor, através da sua metaforização, expõe, por sua vez, o que é essencial à condição humana: amar e ser-se amado. Conversa com o público no final do espetáculo.
a G e ND a al M a D a NO VEMBRO 2013 C a Pa 17 DOMINGO QUerIDO MONstrO De JaVIer tOMeO
GrUPO De INICIaçãO teatral Da traFarIa
TEaTro MUnicipal JoaQUiM BEniTE
16h
Espetáculo baseado na obra do escritor espanhol Javier Tomeo que trata de uma suposta entrevista de emprego de um jovem, João D., à procura do seu primeiro emprego que deriva num peculiar diálogo com o diretor, H. Krugger, do departamento de recursos humanos de uma instituição bancária, cujos contornos se revelam pouco ortodoxos, ao ponto de se transformar num confronto de pontos de vista sobre a família, política, música, literatura e gastronomia. No fim ficamos com a dúvida: afinal quem é o “monstro”? Conversa com o público no final do espetáculo.
Maiores de 12 anos.
21 QUINta
assIM FalOU BereMIz De JOãO VasCO HeNrIQUes e lUzIa ParaMés PrODUções aCIDeNtaIs TEaTro MUnicipal JoaQUiM BEniTE
10h30 | 16h
Chamava-se Beremiz Samir. E, ligados por um encontro casual no meio da estrada agreste, tornaram-se companheiros e amigos inseparáveis. Beremiz conseguia calcular quantas folhas tem uma árvore, quantas abelhas tem um enxame. Com os recursos da sua memória privilegiada, fazia descobertas retumbantes nos misteriosos arcanos da Matemática, a ciência que os árabes tanto cultivaram e engrandeceram. Vamos descobrir com ele a poesia que têm os números, porque, como ele próprio afirma: louvado seja Allah , que criou a Mulher, o Amor e a Matemática. Uma peça a partir de Malba Tahan.
Maiores de 9 anos.
21 QUINta
FerIDa aBerta WOYzeCk estreIa
artes e eNGeNHOs aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa
21h30
Woyzeck, a partir de Georg Büchner, é uma ferida aberta, sob o véu da pele, a nudez da carne. Trabalho de investigação criativa a partir dos materiais de arquivo do espetáculo Woyzeck do Teatro da Cornucópia. Utilizando fotografias, desenhos cenográficos e de guarda-roupa, assim como a versão dramatúrgica e as anotações de ensaio, propõe-se um movimento até um espetáculo possível. Este é o terceiro trabalho de um ciclo no qual são criados espetáculos a partir de materiais de arquivo de encenações portuguesas contemporâneas. Conversa com o público no final do espetáculo. Maiores de 12 anos.
22 sexta
MONólOGOs
Os MaleFíCIOs DO taBaCO seGUIDO De O reI IMaGINÁrIO estreIa De aNtON tCHekHOV e raÚl BraNDãO O GrItO aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa 21h30
Estes monólogos, em um ato, exibem-nos um único protagonista num conflito dramático consigo mesmo, simultaneamente trágico e grotesco. Um homem, ele próprio fumador inveterado, é obrigado pela sua esposa a fazer uma conferência para fins beneficentes acerca dos malefícios do uso e abuso do tabaco. Um antigo juiz, procedente de família ilustre, torna-se pedinte e é lançado num calabouço. Uma peça russa, outra portuguesa. Ambas breves, despojadas, irónicas, intimistas. Maiores de 6 anos.
23 sÁBaDO
DIÁrIO De aNNe FraNk De FraNCes GOODrICH e alBert HaCkett GrUPO De teatrO Da assOCIaçãO CUltUral MaNUel Da FONseCa aUDiTÓrio plUricoop 18h
História de uma família judia que viveu escondida durante 2 anos e meio, para fugir aos horrores do holocausto. Essa história foi relatada no diário de uma menina de 12 anos, Anne Frank, pertencente a essa família. O seu diário foi editado e tornou-se num dos livros mais lidos em todo o mundo. Maiores de 12 anos. 23 sÁBaDO NO MUNDO Da FaNtasIa estreIa De MarIsa CaeIrO,
PaUla GUarDaDO e rUI VIeIra GrUPO De teatrO DO BeIra Mar aUDiTÓrio MUnicipal
FErnanDo lopEs-GraÇa
21h30
No Mundo da Fantasia existe alguém a quem o destino roubou a filha e a transforma numa feiticeira má que, tentando aliviar a sua dor, lança uma maldição na busca de uma nova menina. Da luta entre o mal e o bem, batalhas vão ser travadas, numa história contada através da dança. Maiores de 8 anos.
24 DOMINGO
O MeU FaDO
MUItO MaIs DO QUe UMa PIrOsa estórIa De aMOr
De CarlOs aMaral, JOsé teIxeIra e xICO BraGa GrUPO De INICIaçãO teatral Da traFarIa
rEcrEios DEsporTiVos Da TraFaria
21h30
Para lá do tema nuclear, o Fado, esse elemento chave do nosso património imaterial da humanidade, refletimos sobre outras realidades sociais da atualidade como os problemas do desemprego juvenil, os maus-tratos sobre as mulheres, as relações humanas e questões filosóficas como a eterna procura do par amoroso e a busca da inspiração para a criatividade artística. Todas estas ideias são veiculadas através de doze personagens que, num ambiente de casa de fado, de rua ou de espaços imaginários vão expondo os seus conluios, divergências e conflitos abertos.
Conversa com o público no final do espetáculo.
a G e ND a al M a D a NO VEMBRO 2013 C a Pa atIVIDaDes COMPleMeNtares 09, 16 e 24 DOMINGO MOstra.PONtO De eNCONtrO Três dias dedicados ao convívio entre o público e os artistas.
09 sÁBaDO
CONCertO rOkIN DOG`s cinE incrÍVEl 22h30 16 sÁBaDO CaFé teatrO TEaTro ExTrEMo 22h30 24 DOMINGO eNCerraMeNtO
rEcrEios DEsporTiVos Da TraFaria
22h30 24 DOMINGO MOstra.reesCrItas tertÚlIa TEaTro ExTrEMo 16h
Tertúlia dedicada à Dramaturgia, com os convidados Anabela Mendes, David Antunes e Mickaël de Oliveira e moderação de Alexandre Pieroni Calado, Karas e Maria João Garcia.
esPaçOs
FÓrUM MUnicipal roMEU corrEia Praça da Liberdade, Almada 21 272 49 22
aUDiTÓrio Da plUricoop Calçadinha da Horta 23, Pragal 21 272 50 74
casa MUnicipal Da JUVEnTUDE, ponTo DE EnconTro
Rua Trindade Coelho 3, Cacilhas 21 272 07 57
incrÍVEl alMaDEnsE Salão de Festas
Rua da Incrível Almadense, Almada 21 275 09 29
cinE-incrÍVEl
Rua Capitão Leitão 1, Almada 21 822 77 22
rEcrEios DEsporTiVos Da TraFaria Rua Guedes Coelho 7,
Trafaria (antigo Casino) 21 295 05 26 TEaTro ExTrEMo Rua Serpa Pinto 16, Almada 21 272 36 60
TEaTro MUnicipal JoaQUiM BEniTE Av. Prof. Egas Moniz, Almada 21 273 93 60
BIlHeteIra Bilhete normal | € 5 Jovens com idade inferior a 30 anos € 3.50
Seniores com idade superior a 65 anos € 3.50
Grupos a partir de 4 pessoas € 3.50 reserVas
aUDiTÓrio MUnicipal FErnanDo lopEs-GraÇa Fórum Municipal Romeu Correia 21 272 49 27 | 20 | 22 auditorio@cma.m-almada.pt Qua. a sex.: 14h30 - 18h e 1h30 antes do espetáculo sábado: 15h - 18h e 1h30 antes do espetáculo Domingo: 1h30 antes do espetáculo
OUtrOs esPaçOs
cÂMara MUnicipal DE alMaDa DiVisÃo DE aÇÃo sociocUlTUral
seg. a sex.: 9h30 – 12h30 | 14h00 – 17h30 21 273 81 02 pteixeira@cma.m-almada.pt INFOrMações http://mostradeteatrodealmada. blogspot.pt/ www.m-almada.pt
Levantamento dos bilhetes nos respetivos espaços 30 minutos antes do início dos espetáculos.
MUSEU DA CIDADE
A CASA DAS HISTÓRIAS
DE ALMADA
Dez anos após a abertura do Museu da Cidade,
dia 16 de novembro inaugura a nova exposição
central. Com novas imagens e conteúdos,
“Ver Almada crescer” conta o percurso do
Concelho, dos primórdios até aos dias de hoje,
revelando também as memórias dos almadenses.
Z
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ZOOM
A celebrar dez anos de
existência, o Museu da Cidade
guarda as memórias de um
concelho com uma história
milenar, que remonta à
pré--história, por onde passaram
fenícios, romanos e árabes.
Situado na Cova da Piedade,
na antiga Quinta dos Frades,
adquirida e reabilitada pela
Câmara Municipal no final da
década de 90 do século XX,
neste polo central da rede
museológica municipal são
homenageadas as pessoas, as
vivências, as instituições e as
histórias que marcam Almada.
Em mês de aniversário o
Museu da Cidade renova a sua
exposição central, no ano em
que se celebram os 500 anos de
Foral Manuelino e os 40 anos da
cidade de Almada.
“Ver Almada crescer” recupera
o título da exposição organizada
em 1991, na Galeria Municipal
de Arte, pelo Mestre Rogério
Ribeiro, assinalando então os
800 anos do Foral de D. Sancho
I. Um percurso expositivo
marcado pelas imagens,
vozes, peças, estruturas,
luzes e maquetas que evocam
memórias e possibilitam aos
visitantes uma viagem pela
história de Almada.
Logo à entrada, antes de
mergulharmos na exposição
surge a instalação escultórica
“Energia Urbana”. Da autoria do
escultor catalão Josep Boffil,
esta obra de arte sublinha o
conceito de cidade enquanto
espaço físico e humano,
propondo uma reflexão sobre
as contradições urbanas: caos
e organização, competitividade
e solidariedade, multidão
e indivíduo, mobilidade e
oportunidades. Neste espaço
ecoam algumas vozes, um
barco a atracar, o marulhar
do rio, o trânsito, o ruído de
rua e o pulsar de um coração.
Compassos de uma cidade que
revelam a sua identidade urbana
e contemporânea.
Projetar Almada
Organizada em cinco núcleos
temáticos, distribuídos por
dois pisos, a exposição “Ver
Almada crescer” inicia-se com
a história antiga de Almada.
Desde o primeiro núcleo urbano,
em Almaraz, passando pela
presença romana, a atribuição
do Foral por D. Manuel em
1513, até ao traçado da vila
após o terramoto de 1755 e
às atividades de reparação e
construção naval, moagem,
tanoaria e cortiça, na viragem
para o século XX.
Contextualizando a história dos
primórdios do planeamento
urbano e da infraestruturação,
surge “A cidade que se projeta
(1936-73)”. Neste núcleo
são documentados o Plano
de Urbanização de Almada
(1946), o momento em que a
rede pública de abastecimento
de água e saneamento
é municipalizada (1951),
apresentando vivências das
gentes de Almada, quando a
água ainda era transportada
pelos aguadeiros, até à elevação
a cidade em 1973.
A revolução dos cravos
A exposição prossegue no piso
1 com a festa do 25 de Abril
de 1974 e a transição para
um poder local democrático.
Este momento importante
para o concelho e para o país
é assinalado com as palavras
da poetisa Sophia de Mello
Breyner Andresen: “Esta é a
madrugada que eu esperava | O
dia inicial inteiro e limpo | Onde
emergimos da noite e do silêncio
| E livres habitamos a substância
do tempo”. Neste espaço são
evidenciados a autonomia das
autarquias locais, ao nível de
competências, orçamentos
e planos de atividades, as
primeiras eleições autárquicas e
os encontros de alfabetização.
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ZOOM
A fotografia continua a ser
fundamental na exposição
renovada, complementada
por documentação e dezenas
de objetos - do acervo dos
museus municipais ou cedidos
por associações, empresas ou
particulares - representativos
de várias áreas do quotidiano
almadense que nos remetem
para diferentes contextos e
memórias, épocas e atividades.
“A cidade que se faz cidade”
é o núcleo que se segue.
Aqui destaca-se a maqueta
de Almada à escala 1/1000.
Uma peça central e única,
atualizada, com uma abordagem
sobre a construção física da
urbanidade em democracia.
Algumas das obras mais
emblemáticas são apresentadas
através de imagens: as obras
de saneamento básico e
de tratamento de águas,
como a ETAR da Quinta da
Bomba, o Parque da Paz, o
Hospital Garcia de Orta, as
escolas básicas, o Complexo
Municipal dos Desportos
“Cidade de Almada”, o Teatro
Municipal Joaquim Benite, as
bibliotecas, as piscinas e os
mercados municipais, o Núcleo
Empresarial de Almada Velha,
a valorização de património
histórico, como a Casa da Cerca,
o Convento dos Capuchos ou a
Ermida de São Sebastião, entre
muitas outras.
A cidade desejada
Em “Viver na Cidade -Trabalho
e Mobilidade” é caracterizada
a sua evolução, desde início
do século XX até à atualidade:
dinâmicas associativas,
condições de vida, serviços,
atividades económicas, história
dos transportes e rede viária,
e como estas dimensões se
traduzem nos quotidianos,
construção e experimentação da
cidade.
Um último núcleo identifica
os contornos e desafios para
a “Cidade desejada”, que hoje
se enuncia e que transcende
os limites administrativos do
concelho. Uma leitura sobre
o futuro, aludindo a projetos
estratégicos como a Cidade da
Água ou Almada Poente.
O espaço audiovisual apresenta
novos conteúdos, totalizando,
em projeção contínua, cerca
de uma hora e 40 minutos de
filmes entre a década de 1940
e a atualidade. Centrados na
inauguração do Arsenal do
Alfeite, do Cristo-Rei, da Ponte
25 de Abril, e na transformação
da cidade e do território,
estes filmes são o resultado
da pesquisa e autorização do
ANIM - Arquivo Nacional das
Imagens em Movimento, RTP,
particulares, ou resultado de
produção interna.
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ZOOM
painel, sobre um fundo
tratado graficamente com
214 fotografias de rostos
almadenses de diferentes
gerações, que sintetiza
uma cronologia e dados
estatísticos de caracterização
da organização e autonomia
administrativa do território,
economia, trabalho e serviços
públicos essenciais.
Dez anos de história
O Museu da Cidade abriu ao
público a 1 de novembro de
2003 como casa da história
e memórias da cidade, da
aprendizagem e da experiência
urbana do concelho. Assume
hoje um papel reconhecido
enquanto recurso educativo,
equipamento especializado e
espaço aberto à comunidade.
Ao longo de dez anos a sua
programação temporária
apresentou 18 exposições, das
quais 14 resultaram de projetos
próprios de investigação
cruzando diferentes abordagens,
de identificação e recolha
de objetos, de imagens, de
memórias orais, em processos
participados por uma rede
alargada de entidades e
protagonistas locais.
Memórias de um concelho
Um percurso marcado por
exposições sobre a identidade do
concelho como “Associativismo
e Cidadania em Almada”,
“Fazer Caminhos” ou “Gentes
de Almada”, mas também
associadas a comemorações
significativas como “Almada e
o Cristo-Rei: 1949-59” ou “Na
esteira do Arsenal: setenta anos
de história no Alfeite”.
Integram o “Ciclo a Memória
dos Objetos” exposições
como “A festa”, “História de
uma bandeira”, “Memórias do
cinema em Almada” ou “Almada
chão de memórias” sobre as
intervenções arqueológicas
municipais em Almada Velha.
De destacar também a
divulgação do acervo
museológico através da
exposição “Almada Imaginada:
fotografias de Júlio Diniz”, os
“Diários Gráficos em Almada”
ou “A Natureza em Portugal/
Almada entre o Mar e o Rio”,
que celebrou os 25 anos de
fotografia de Luís Quinta. Já
“Nas Margens” apresentou
diferentes expressões e olhares
sobre dois bairros periféricos de
Almada e Barcelona, no âmbito
da parceria Public Art and Urban
Design Observatoire.
Na última década, o Museu da
Cidade deu ainda visibilidade
a experiências comuns a
diferentes gerações, destacando
a sua interação com a
transformação da cidade como
nas exposições “Ir à Escola”
sobre a história e as memórias
do ensino público em Almada,
ou “Brincadeiras dos nossos
Avós”.
Um espólio único
A imagem e a oralidade têm-se
revelado centrais no espólio
do Museu da Cidade, enquanto
testemunhos documentais,
mas também como suportes
à investigação. Hoje, o Arquivo
Oral do Museu da Cidade
integra centenas de registos
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ZOOM
audiovisuais que relatam, na
primeira pessoa, testemunhos
sobre o passado recente.
Iniciado com a aquisição de
parte do espólio do fotógrafo
almadense Mestre Júlio
Diniz, o Arquivo de Fotografia
incorpora outros registos por
aquisição, doação e produção,
além da recolha e digitalização
de imagens cuja propriedade
permanece nos indivíduos
e instituições de origem,
mas com autorização de
inventariação, utilização para
fins museológicos e consulta
pública.
O Museu da Cidade integra
ainda duas áreas de exposição,
serviços educativos, centro de
documentação, sala polivalente,
loja e cafetaria/restaurante num
espaço ajardinado. De destacar
a atividade dos Serviços
Educativos, que desenvolvem
uma programação específica
para grupos organizados,
com uma oferta dirigida à
comunidade escolar, do jardim
de infância ao Secundário.
Aceite o desafio e venha até ao
Museu da Cidade conhecer ou
revisitar este espaço cultural,
onde se cruzam um património
secular e as memórias
identitárias de um território, e
aproveite para descobrir a nova
exposição “Ver Almada crescer”,
a partir do próximo dia 16 de
novembro.
Museu da Cidade
Praça João Raimundo 46,
Cova da Piedade
Terça a sábado: 10h-13h | 14h
- 18h
21 273 40 30
museu.cidade@cma.m-almada.pt
www.m-almada.pt/museus
ENTREVIS
TA
VASCO GASPAR
“O empenho e o mérito
devem ser sempre premiados”
Aos 14 anos começou a competir na Sociedade Filarmónica
União Artística Piedense, onde ainda hoje é atleta.
Aos 23 anos, Vasco Gaspar é atleta de Alto Rendimento
Internacional, na modalidade de natação de águas abertas,
e está inserido no projeto Esperanças Olímpicas para o
ciclo 2012-2016.
Fora da piscina, é aluno de Medicina na Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.
No passado mês de setembro, a Câmara Municipal de
Almada atribuiu-lhe o galardão de Jovem Talento 2013,
na categoria “Almada Terra do Bem-Estar e do Desporto”.
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ENTREVIS TA
Agenda (A) – Foi
recentemente reconhecido
como um jovem talento de
Almada. Qual a importância
deste prémio?
Vasco Gaspar (VG) – Almada
acaba por ser o local onde passo
bastantes horas do dia, a treinar,
apesar de ser do concelho vizinho
do Seixal. Foi muito bom ver esse
reconhecimento por parte da
Câmara Municipal de Almada,
que eu considero como minha.
A – Considera importante
para os jovens receberem
esta distinção?
VG – Acho fundamental. O
empenho e o mérito devem ser
sempre premiados. Por outro
lado, é também importante dar
a conhecer às outras pessoas os
bons exemplos que existem no
concelho de Almada.
A – Num atleta de alta
competição o talento é
importante, mas o trabalho
e a dedicação também o
são?
VG – O trabalho e a dedicação
são mais importantes do que o
talento. Eu não me considero
uma pessoa talentosa mas, o que
tenho atingido na minha carreira,
deve-se 80% ao trabalho.
A –Aprendeu a nadar muito
cedo?
VG – Aprendi aos dois anos. Mas
nadar a sério e ir a competições
foi um bocado tarde, por
volta dos 14 anos. Era muito
fraquinho, com muito pouco
jeito. Via-me negro para ir aos
campeonatos nacionais. Mas fui
sempre trabalhando. Era muito
persistente e consegui evoluir
e ir a Campeonatos do Mundo
e bater-me com os melhores
nadadores.
A – Representou sempre
a Sociedade Filarmónica
União Artística Piedense?
VG – Desde que sou federado, a
SFUAP foi sempre o meu clube.
A – As condições que
encontrou neste clube,
os treinadores que
o orientaram, foram
determinantes para atingir
o nível que tem hoje em dia?
VG – Claramente. Tenho de
agradecer aos meus pais que
me ajudaram bastante, aos
meus treinadores que sempre
estiveram lá por mim e, também,
aos meus colegas de equipa pelo
apoio constante, principalmente
durante os treinos.
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ENTREVIS TA
A – A sua grande
especialidade são as provas
de 10 km em águas abertas.
Como é que foi esta
adaptação?
VG – Foi de uma forma natural.
As águas abertas têm um
passado aqui na SFUAP com
o Sr. José de Freitas, que foi
recordistas internacional da
travessia de Gibraltar. E era
quase “obrigatório” participarmos
na prova Baptista Pereira, entre
Vila Franca de Xira e Alhandra. E
eu até gostava de participar. Mais
tarde tive uma colega, a Joana
Leitão, que também participava
em competições de águas
abertas. Ela puxou-me para este
tipo de provas e eu tomei-lhe o
gosto. Como já nadava distâncias
longas em piscina, a adaptação
foi mais fácil.
“São muitas horas dentro
de água”
A – Como é que se prepara
uma prova de 10 km?
VG – São muitas horas dentro de
água. São muitos treinos a um
ritmo sempre constante. Não é
fácil mas consegue-se.
A – Uma prova de 10 km
dura cerca de duas horas.
Como é que se gere o
esforço?
VG – É complicado. Depende
de nós, mas também do ritmo
imposto pelos adversários.
Se numa prova o ritmo for
constante, o que interessa é a
ponta final. Se um adversário
arranca e tenta isolar-se, nós
temos de estar preparados
para responder logo. É também
importante vermos como e
quando queremos abastecer,
ou seja, ingerirmos as bebidas
isotónicas e os géis energéticos.
Acima de tudo é jogarmos com a
tática de cada prova.
A – Durante essas duas
horas, existe tempo para
pensar noutras coisas ou é
concentração pura?
VG – É impossível estar duas
horas concentrado. É claro que
tenho de estar sempre atento
aos adversários que me rodeiam,
mas também é importante
abstrair-me porque levamos
murros e cotoveladas, muitas
vezes, sem querer, mas outras
vezes de propósito.
A – Como é que são os
minutos antes do início de
uma prova?
VG – Fico muito stressado.
Aqueles que me são mais
próximos quase não me
reconhecem. Gosto de estar na
minha onda, a ouvir as minha
músicas e tentar visualizar a
prova.
A – É verdade que não se dá
muito bem com águas frias?
VG – Sim, é verdade. Sou um
adepto das águas quentes.
Eu não tenho estrutura física
ideal para as águas abertas.
Sou magrinho, não tenho muita
camada adiposa e isso, em
águas frias, prejudica-me um
bocadinho.
“… acordo às 5h30 para ir
treinar.”
A – É também estudante
de Medicina. Os seus dias
começam muito cedo e
acabam muito tarde. Como
é que é feita esta gestão?
VG – Não sei se podemos
chamar-lhe gestão… acho que
é mais programação porque é
tudo contabilizado ao minuto.
A parte mais difícil é gerir isso
tudo. Eu acordo às 5h30 para ir
treinar, treino das 6h às 8h, saio
do treino e vou a correr para a
Faculdade, para o Hospital onde
estou. Tenho aulas até às 14h ou
16h, dependendo dos dias. Faço
outro treino à tarde, com duas
horas de ginásio e duas horas
na piscina. Ao fim de semana
ainda dou aulas de natação,
aqui nas piscinas da SFUAP
e no Complexo Municipal dos
Desportos (aos domingos). Gosto
muito de ensinar os outros a
nadar, de lhes ensinar aquilo que
sei. Para além disto tudo, ainda
estou envolvido num projeto de
investigação na Faculdade. Eu
costumo dizer que o meu dia não
para… desde que me levanto não
há um minuto que esteja parado.
Mas depois, há a recompensa que
é representar Portugal lá fora, o
que me dá um gozo imenso.
A – É a prova de que é
possível conciliar os
estudos com a prática
desportiva ao mais alto
nível?
VG – É totalmente possível. A
parte de gerir o meu tempo é a
parte mais difícil, mas também
é aquela que me dá mais gozo.
Saber que consigo realizar todas
as tarefas que tenho pela frente
e ainda ter tempo para a minha
vida social, por forma a manter
a cabeça arejada, dá-me muito
gozo.
A – O que vem primeiro… a
natação ou os estudos?
VG – As coisas não são preto ou
branco. Se eu dissesse que era
a natação, provavelmente não
estaria a estudar. Se os estudos
estivessem em primeiro lugar,
eu não estaria a nadar. Eu sei
que provavelmente não consigo
atingir o meu máximo em
nenhuma destas vertentes, mas
consigo estabelecer um equilíbrio
entre elas. Mas, também é
verdade que já tive de abdicar de
um ano da faculdade e ficar só
a fazer uma cadeira por causa
da natação. Acabou por ser bom
pois tive um ano mais tranquilo.
“É tudo uma questão de
prioridades.”
A – E no meio de tudo isto,
sobra tempo para a família
e para os amigos?
VG – Vai sobrando. É preciso
saber gerir muito bem o tempo.
A família está sempre lá, fazem
sempre tudo por mim, e os
amigos que tenho compreendem
o meu estilo de vida e os
sacrifícios que faço para atingir
aquilo a que me proponho. Às
vezes é a mim que me custa
mais, porque tenho uma festa de
família ou da faculdade e sei que
não posso ficar até muito tarde,
porque no outro dia tenho de
me levantar às 5h30, ou passar
fora um fim de semana com
os amigos e não posso, porque
tenho de treinar e dar aulas. É
tudo uma questão de prioridades.
A – Em 2012 o Vasco não
conseguiu o apuramento
para os Jogos Olímpicos de
Londres. O que falhou?
VG – Aquele apuramento era
muito difícil. São 25 vagas, mas
uma delas está obrigatoriamente
entregue ao país organizador.
Destas 24, uma vai para cada
continente, ou seja, estamos
a falar de 19 vagas a nível
internacional. Esse apuramento
foi realizado na zona de Setúbal,
em águas geladas. É rara a
vez que eu não saio das provas
realizadas em Setúbal com
sintomas de hipotermia… mas
sempre fiz o sacrifício de acabar.
Depois tive pela frente um outro
atleta português, que também
é meu amigo, e que terminou a
prova de apuramento à minha
frente (apenas é apurado um
nadador de cada país).
A – Os próximos Jogos
Olímpicos, em 2016, são
no Brasil. Já pensa nesse
apuramento?
VG – É um objetivo muito
ambicioso. Mas os resultados que
tive no último mundial vieram
dar-me ainda mais motivação.
Apenas posso prometer que vou
fazer tudo o que estiver ao meu
alcance para conseguir esse
apuramento.
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 ENTREVIS TA
A – Fora das piscinas, é
estudante de Medicina
na Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade
Nova de Lisboa,
onde colabora, como
investigador, no projeto
GERIA (Estudo Geriátrico
dos Efeitos na Saúde da
Qualidade do Ar Interior
em Lares da 3ª Idade de
Portugal). Que projeto é
este?
VG – É um projeto da minha
Faculdade, em colaboração com
outras instituições nacionais, que
está a estudar a relação entre
a qualidade do ar interior nos
lares de 3ª idade e a qualidade
de vida e do ar dos idosos que
lá vivem. Este é um estudo que
abrange 53 lares (33 em Lisboa
e 20 no Porto). Eu comecei
como voluntário, entretanto
convidaram-me para a equipa de
investigação e, neste momento,
estou em vias de publicar alguns
artigos como autor principal,
o que dada a minha idade é
excelente.
A – 2013 está quase a
chegar ao fim. Qual o
balanço até agora?
VG – Arrisco-me a dizer que
foi o melhor ano da minha
vida. Fui, pela primeira vez,
aos Campeonatos do Mundo
e alcancei um 14º lugar nos 5
km em águas abertas, o melhor
resultado de sempre para a
natação portuguesa, o que me
permitiu ascender ao nível A
da Federação Portuguesa de
Natação e ter direito a uma bolsa,
o que é ótimo. Este foi também
o ano em que entrei para uma
equipa de investigação e fui
convidado a publicar artigos
como autor principal. Por tudo
isto, e também pelo Prémio
Jovens Talentos, 2013 está a ser
um dos melhores anos da minha
vida.
OLHARES
02 A 30 NOVEMBRO
Mês dA FOtOgRAFiA
Em vários locais
Almada volta a celebrar a
fotografia em novembro. durante
este mês cerca de uma dezena
de espaços culturais acolhem
exposições dedicadas à arte
de fotografar. Experiências de
alunos de artes e multimédia,
mas também de profissionais
e artistas plásticos, onde há
ainda lugar à apresentação
de um projeto em fotografia
participativa. Algumas das
diferentes mostras fotográficas
cruzam-se com outras artes
como a pintura ou a poesia.
Além da galeria Municipal de
Arte de Almada, também a sala
Pablo Neruda (“A minha sombra
sou eu. O meu reflexo é o meu
desígnio”), no Fórum Municipal
Romeu Correia, o Museu da
Cidade (“Photossíntese”), o
Convento dos Capuchos (“Íntimas
Memórias”), o solar dos Zagallos
(“O mundo é lá fora”, “Um rumor
de asas” e “Coletiva autores
da F4”), a Oficina de Cultura
(“Mar de Camões”), a galeria
Municipal na Costa da Caparica
(“Entre Olhares”) e a Casa do
Livro (“Jardins”) vão acolher
exposições de fotografia.
Mais informações
imaginarte.almada@gmail.com
www.imaginarte-almada.com
A g EN d A ALMA d A NO VEMBRO 2013 OLHARE s Mês dA FOtOgRAFiA 02 NOVEMBRO A 11 JANEiRO tERRitóRiO COMUM. iMAgENs dO iNqUéRitO à ARqUitEtURA REgiONAL PORtUgUEsA, PORtUgAL 1955-57 GalEria municipal dE artE
17h30 | inauguração
Realizada no âmbito do Mês da Fotografia, a exposição reúne um conjunto de 100 fotografias que integram as cerca de dez mil imagens produzidas por 18 arquitetos que, coordenados pelo Arq. Francisco Keil do Amaral, participaram no “Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa”, promovido pelo então Sindicato Nacional dos Arquitetos. Assinalando os 50 anos da 1ª edição da obra “Arquitetura Popular em Portugal”, a Ordem dos Arquitetos iniciou o tratamento deste vasto e valioso espólio, testemunho e registo do país nos anos 50, agora divulgado nesta primeira mostra itinerante.
06 A 30 sÁBAdO
A MiNHA sOMBRA sOU EU. O MEU REFLExO é O MEU dEsÍgNiO. Fórum municipal romEu corrEia, sala pablo nEruda
“Juntar a sombra do «eu» e o reflexo do «desejo» é abrir as portas ao conhecimento não só de nós próprios mas também dos outros pela reflexão e diálogo”, é esta a essência da exposição que reúne trabalhos dos alunos do professor Américo Jones, no âmbito do Curso Profissional de Técnico de Multimédia da Escola Básica e Secundária Francisco Simões.
06 A 30 sÁBAdO
PHOtOssÍNtEsE musEu da cidadE
Imagens realizadas por alunos de Artes da escola Anselmo de Andrade em 2012/13, no âmbito da disciplina de Oficina Multimédia e do Atelier de Artes. São os exemplos impressos dos projetos individuais, constituídos pelo mínimo de dez fotografias digitais. Os conjuntos são temáticos e estão ligados a uma peça musical que define o tempo de duração e o ritmo de passagem, assim como o ênfase e a importância de cada foto no conjunto. 06 A 30 sÁBAdO ENtRE OLHAREs GalEria municipal, costa da caparica ter. a sáb.: 14h – 19h
Resultado dos projetos em fotografia participativa onde jovens de comunidades carenciadas em Portugal e no Brasil apresentam um olhar crítico e cidadão dos seus contextos, raízes e culturas. Fotos da autoria de jovens da Cova da Moura, em Portugal e da Comunidade Pimentas, no Brasil. Exposição organizada por Claudia Vaz e Daniel Meirinho.
Mês dA FOtOgRAFiA
06 A 30 sÁBAdO
JARdiNs,
dE PAtRÍCiA MENdEs LEAL casa do livro
r. Garcia dE orta 1E, almada Fotografia, pintura, poesia, textura do suporte, Patrícia Mendes Leal combina quatro linguagens para transmitir sensações delicadas e, por isso mesmo, profundamente intensas. Apresentando os recantos de um jardim como ponto de partida de uma viagem, o trabalho a preto e branco, cortado por uma pincelada vermelha de vida, transporta-nos para dentro de nós mesmos, dir-se-ia para o nosso jardim interior.
06 A 30 sÁBAdO
digREssõEs F4 2013 VÁRiOs AUtOREs solar dos ZaGallos Exposição “ O mundo é lá fora “ de Adelino Chapa, a exposição “Um rumor de asas”, de Zé Bicho, que tem como fio condutor a beleza das espécies, o lado mais artístico da fotografia de natureza e o amor pelas outras vidas e a “Coletiva de autores F4”, vão estar no Solar dos Zagallos durante o Mês da Fotografia.
06 NOVEMBRO A 28 dEZEMBRO
ÍNtiMAs MEMóRiAs, dE ANA tEixEiRA convEnto dos capuchos Exposição de fotografia e pintura que reúne projetos, executados ao longo de anos, particularmente influenciados pela formação da autora em Artes Plásticas. 09 NOVEMBRO A 01 dEZEMBRO MAR dE CAMõEs ROBERtO sANtANdREU oFicina dE cultura 18h | inauguração
Exposição com curadoria de Rui A. Pereira, em itinerância, pelo país
e estrangeiro, que foca aspetos registados pelo autor na viagem de circum-navegação do Navio-Escola Sagres, em 2010. O fotógrafo, num olhar intimista, articula texto e imagem, através de Os Lusíadas, manuscritos a pastel sobre as fotografias, homenageando o poeta e a Marinha Portuguesa.
“Todas as imagens de minha autoria que integram a exposição Mar de Camões foram realizadas na Sagres, a partir da Sagres ou no exterior do navio, no Estreito de Magalhães e nos canais da Patagónia chilena, entre os dias 30 de março e 13 de abril de 2010” explica o reconhecido fotógrafo.
A g EN d A ALMA d A NO VEMBRO 2013 OLHARE s 01 A 30 sÁBAdO
UMA NOVA MANHã qUE sE ANUNCiA MAis LUMiNOsA E dE MAiOR EsPLENdOR ExPOsiçãO MARiA LAMAs bibliotEca municipal maria lamas, caparica A luta pelos direitos das Mulheres, pela sua dignificação e a causa da Paz são as traves mestras do ardente trabalho político de Maria Lamas, no qual transparece sempre a força da ternura, da solidariedade e o amor sublime pela Humanidade, bem expressos em toda a sua obra, seja na escrita para crianças, seja no romance ou na grande reportagem sobre as vidas das mulheres portuguesas que fez ao percorrer o País.
Até 02 sÁBAdO
PARtiLHAR MOdOs dE VER, sER E sENtiR
bibliotEca municipal José saramaGo, FEiJó Exposição dos trabalhos dos alunos de Pintura de Azulejo, da turma CEF 8º PA da Escola Secundária com 3º Ciclo Romeu Correia, sob a orientação da professora Elsa Pinheiro, no âmbito de atividades desenvolvidas no Curso de Educação Formação de Pintura em Azulejo, no ano letivo 2012/2013
02 NOVEMBRO A 05 JANEiRO
MARiA BEAtRiZ ACERVO dE ARtE dA CAsA dA CERCA casa da cErca – cEntro dE artE contEmporânEa Dedicada a Maria Beatriz, a quarta mostra do projeto Acervo de Arte da Casa da Cerca apresenta um conjunto de desenhos da artista pertencente a este acervo.
Até 03 dOMiNgO
ExPOsiçãO dE ARtEsANAtO vitória clubE Quintinhas
18h | inauguração sáb. e dom.: 15h – 18h Até 15 sExtA sEgREdOs ARqUiVAdOs / iNstALAçãO E dEsENHO bibliotEca da FaculdadE dE ciências E tEcnoloGia, caparica seg. a sex.: 9h – 20h
Guardar, guardar dentro das gavetas, informações, cadastros, percursos, vidas…
Na instalação, o público está convidado a vivenciar, a guardar ou a contar os seus desejos, medos, desenhando sensações. Deixar-se envolver, circulando por entre os arquivos, poderá confiar os seus segredos, rabiscando-os, codificando-os ou descodificando--os, serão assim, libertados, desarquivados.
Até 30 sÁBAdO
MEMóRiA REsgAtAdA CHiLE 1970-1973
Fórum municipal romEu corrEia, átrio
Esta exposição dá a conhecer um conjunto de fotografias captadas, entre 1970 e 1973, pelo fotógrafo Armindo Cardoso e que fazem parte de um conjunto de dois mil negativos que foram escondidos após o golpe militar de 11 de setembro de 1973, liderado pelo general Augusto Pinochet e, posteriormente, resgatados. Exposição organizada pela Fundação Mário Soares e Fundação José Saramago, no âmbito do DocLisboa.
Maria Beatriz Sem título, 1981-84
Até 10 dEZEMBRO
PENsAR OUtRA EsCALA PiNtURA dE RUi MAtOs bibliotEca da FaculdadE dE ciências E tEnoloGia, caparica
9h – 20h | Entrada livre
Esculturas de Rui Matos, realizadas em pequenas dimensões, mas a pensar num processo construtivo viável em grande escala. Há esculturas soltas no espaço, mas outras há que se relacionam com volumes e espaços arquitetónicos. No período que atravessamos a nível nacional, concretizar estas esculturas será difícil, no entanto, para pensá-las enquanto projeto não há limites. Uma proposta para ver e redimensionar.
Até 20 dEZEMBRO
MAtER
FaculdadE dE ciências E tEcnoloGia, caparica O ano 2013 foi declarado internacionalmente Mathematics of Planet Earth. Através da exposição MATER, o Departamento de Matemática da FCT/UNL pretende participar na iniciativa, contribuindo assim para a divulgação da Matemática enquanto ciência omnipresente no quotidiano intemporal; divulgar a ligação entre a matemática e outras áreas do saber; promover a divulgação do património histórico-cultural da região sul.
Até 31 dEZEMBRO
MARés dE sUstENtO musEu naval Marés de Sustento propõe uma viagem através do olhar comprometido do fotógrafo José Figueira pela atividade da pesca, do cais de Cacilhas, através da frente fluvial até à Trafaria prosseguindo pelo areal e pontões da Costa da Caparica até à Fonte da Telha. Dezenas de imagens testemunham a persistência da pesca como atividade típica e com um longo historial no concelho de Almada, seja como atividade lúdica, familiar, profissional ou complemento de vida árdua, permitindo-nos espreitar diversas tipologias, artes e engenhos, dos curiosos à arte xávega.
Até 31 dEZEMBRO
iNtiMidAdE, dE sUsANA ANÁgUA E sARA FRANqUEiRA
tEatro municipal JoaQuim bEnitE, GalEria
Qui. a sáb.: 18h – 20h dom.: 15h – 19h30
Em dias de espetáculo até às 22h
Uma exposição que respira teatro, um silêncio com ecos de palavras ditas como só uma intimidade pode criar. Uma proposta que cruza os universos da cenografia e das artes plásticas, do objeto e da imagem, da intuição do olhar e da evidência do material.
Até 31 dEZEMBRO
A PAisAgEM dE ROgéRiO RiBEiRO casa da cErca – cEntro dE artE contEmporânEa Em 2013 o Jardim dos Pintores do Jardim Botânico da Casa da Cerca homenageia o Pintor Rogério Ribeiro. No ano em que completa 20 anos de atividade, o Centro de Arte Contemporânea presta homenagem ao seu primeiro diretor. Ao longo do ano é possível acompanhar o crescimento de uma intervenção nesta área do jardim, que nos remete para o imaginário pictórico de Rogério Ribeiro, evocando os cromatismos dominantes nas suas paisagens.
A g EN d A ALMA d A NO VEMBRO 2013 OLHARE s Até 19 JANEiRO CAsA OCUPAdA, ExPOsiçãO COLEtiVA casa da cErca – cEntro dE artE contEmporânEa Exposição coletiva que dá também nome ao tema do programa comemorativo do 20.º aniversário da Casa da Cerca, e que se tem vindo a desenvolver de modo faseado em vários locais deste Centro de Arte Contemporânea. Com trabalhos de João Pedro Vale, Isabel Ribeiro, Sofia Leitão, José Bechara, Ângela Ferreira, Luisa Cunha, Ana Vieira, Rodrigo Oliveira, Ana Pérez-Quiroga e Manuel Caeiro.
Propõe reflexões sobre a própria Casa da Cerca, mas também em torno do conceito de “casa” num sentido mais lato. Convocando diversas áreas disciplinares, não perde de vista o eixo que norteia a programação da Casa da Cerca, que ao longo destes anos tem privilegiado sempre uma investigação em torno do Desenho, mas abordando este também em relação com outras áreas artísticas.
CONtiNUAM A dECORRER
OLARiA tRAdiCiONAL PORtUgUEsA solar dos ZaGallos, sobrEda Em maio de 1981 a Câmara Municipal de Almada recebeu, através de protocolo, a doação de uma coleção de 700 peças de Olaria Tradicional Portuguesa de diversas regiões do país, fruto do trabalho de pesquisa e recolha realizado pela Associação Semear para Unir. Peças que estão agora em exposição no Solar dos Zagallos.
O PAssAdO
COMO ExPREssãO dO PREsENtE musEu mEdiEval
No espaço utilizado até ao século XII como celeiro encontra-se o Museu Medieval. Composto pelas antigas estruturas e vitrines com os materiais recuperados durante a escavação arqueológica do local.
O conjunto de peças expostas conta a história do local desde a Pré-História até ao século XIX.
NA ROtA dO PROgREssO: A iNdÚstRiA NAVAL EM ALMAdA musEu naval
A exposição “Na Rota do Progresso: a Indústria Naval em Almada” propõe uma viagem no tempo à zona ribeirinha do concelho através de um conjunto de peças, fotos, imagens em movimento, documentos e testemunhos e pretende abordar as linhas históricas essenciais da atividade da construção e reparação naval em ferro e aço, de meados do século XX até à atualidade e cujo dinamismo marcou fortemente a identidade social, económica e cultural do concelho. Até 30 ABRiL 2014 500 ANOs dO FORAL MANUELiNO dE ALMAdA ExPOsiçãO dOCUMENtAL casa parGana, arQuivo histórico municipal 10h – 12h30 | 14h – 17h30 Procura transmitir muitos aspetos que emergem do conteúdo
do Foral e de uma época no Reino com novas realidades económicas, sociais e jurídicas, decorrentes da reforma manuelina e da expansão ultramarina. Apresenta também o Foral Manuelino de Almada em relação às disposições sobre a utilização da terra, as normas do Direito Penal, bem como os direitos e deveres dos habitantes de Almada e os tributos gerais.
Permite perceber as relações entre o concelho e a consolidação do poder real. A Câmara Municipal de Almada, cinco séculos passados sobre o diploma régio, pretende sensibilizar a comunidade para os valores histórico--culturais do concelho.
ENTRE OS CÉUS
E A TERRA
EM CENA
02 A 30 SÁBADO
EM DIREÇÃO AOS CÉUS
DE ÖDÖn vOn HORvÁtH
TeaTro Municipal
JoaquiM BeniTe,
Sala principal
qua. a Sáb.: 21h30 | Dom.: 16h
Em novembro, a Companhia
de teatro de Almada leva
à cena “Em direção aos
céus”. Encenada por Rodrigo
Francisco, a peça escrita por
Ödön von Horváth, em 1934,
trata-se, nas palavras do autor,
de “uma comédia sem truques
de magia: dado o momento que
vivemos, creio que este tipo
de teatro pode ser bastante
útil, uma vez que nos permite
abordar temas de que não nos
seria possível falar de outra
forma”.
“Em direção aos céus” cria
uma metáfora sobre as
relações políticas e sociais.
Através de um ambiente
imaginário, onde não deixam
de intervir diretamente o
próprio S. Pedro e Belzebu
em pessoa, o austro-húngaro
Horváth denuncia a corrupção
e as lutas pelo poder entre as
classes dirigentes.
A GE n D A ALMAD A NO VEMBRO 2013 EM CE n A AtÉ 15 SEXtA
FALAR vERDADE A MEntIR DE ALMEIDA GARREtt TeaTro Municipal JoaquiM BeniTe, Sala experiMenTal
Ter. a Sex.: 15h
Através desta peça Almeida Garrett propõe um divertimento que educa e que faz pensar. Na trama, o que parece querer dizer-nos é que a mentira deixou de ser um escândalo e passou a constituir a forma normal de viver. Uma reflexão perspicaz sobre o estado dos costumes políticos em Portugal. Espetáculo encenado por Rodrigo Francisco, concebido a pensar na comunidade escolar. 21 A 24 QUIntA A DOMInGO SALOMÉ DE OSCAR WILDE TeaTro Municipal JoaquiM BeniTe, Sala experiMenTal qua. a Sáb.: 21h30 | Dom.: 16h
Salomé, tragédia em um ato escrita por Oscar Wilde em 1893, baseia-se na história bíblica da decapitação de São João Baptista, prisioneiro de Herodes: Salomé, incitada pela sua mãe, Herodíade, amante de Herodes, pede ao rei (como recompensa por ter dançado perante ele e os seus convidados) que lhe seja entregue a cabeça de João numa bandeja de prata.
Espetáculo do coletivo Primeiros Sintomas, dirigido por Bruno Bravo.
30 SÁBADO
QUARtEtO
HEInER MüLLER, ALEXAnDRE PIEROnI CALADO E SAnDRA HUnG TeaTro Municipal
JoaquiM BeniTe, Sala experiMenTal
21h30
Espetáculo teatral para dois atores, que toma como material de criação registos audiovisuais disponíveis na rede mundial de encenações de Quarteto, de Heiner Müller. Os amantes libertinos desdobram-se em jogos de papéis, acontece teatro dentro do teatro, escrito a partir de citações.
28 A 30 QUIntA A SÁBADO
JULIEtA
A PARtIR
DE “ROMEU E JULIEtA”
DE WILLIAM SHAkESPEARE
tEAtRO DOS ALOÉS
auDiTório Municipal
FernanDo lopeS-Graça
qui. e Sex.: 11h e 15h | Sáb.: 21h30
Um gongo soa no espaço
vazio. A Clown Carmen chega,
decidida a tentar representar a
personagem Julieta de William
Shakespeare. tem apenas uma
hora para dar a conhecer essa
história, essa vida, essa voz.
Fiel aos princípios da
Commedia Dell´Arte, o jogo
de improviso é uma parte
importante do espetáculo.
num conflito permanente com
o tempo, a Clown Carmen tem
que decidir a cada momento
se se deixa levar pelo que
acontece, no diálogo que
estabelece com o espetador,
ou se conta a história que
tem para contar, representa
as cenas que preparou, ou a
canção que quer muito cantar.
nem ela nem o público sabem
o que vai acontecer, porque
passados sessenta minutos
quando o gongo volta a
soar, esteja onde estiver, o
espetáculo termina, mesmo
que seja a meio de uma frase
ou de um gesto.
SHAKESPEARE
A GEND A ALMAD A NO VEMBRO 2013 COM(P A SSOS)
C
OMP
A
SSO
S
A TUA VOZ
TEM TALENTO?
ATÉ MARÇO 2014
2° FESTivAL DA CANÇãO
iNFANTiL E JuvENiL
“MuSiCALMADENSE”
iNSCRiÇõES AbERTAS
A Academia Almadense
desafia os jovens de todo o
país, entre os 7 e os 16 anos,
a concorrer à 2ª edição do
Festival da Canção infantil e
Juvenil “MusicAlmadense”.
A secretaria daquela
coletividade é o local onde se
rececionam as candidaturas.
Na fase de inscrição deve ser
entregue o tema original a
concurso, que será avaliado
pelo júri numa primeira pré-
-seleção.
No site da Academia
Almadense (www.airfa.pt)
pode ser descarregado o
regulamento, assim como o
boletim de inscrição.
O Festival decorrerá durante o
mês de abril, sendo a Grande
Final no dia 13 do mesmo mês.
Haverá prémios para todos os
participantes.
Este Festival da Canção
insere-se nas comemorações
do 119º Aniversário da
Academia.
05 A 30 SÁbADO
MúSiCA NO CiNE iNCRívEL
01 SExTA
RAMP
DiRTy SESSiONS by Mb
23h | € 10
Concerto que se insere no Festival de Artes e Cinema CORTA!
02 SÁbADO
PuNkSiNATRA AFTER PARTy: DJ STATik
23h | € 5
Concerto que se insere no Festival de Artes e Cinema CORTA!
05, 12, 19 E 26 TERÇA
JAZZ’ME
Todas as terças-feiras Maria João Matos e Nuno Tavares convidam amigos para uma noite de Jazz. Entrada livre.
05 SÁbADO
GiG+JAM SESSiON
12 SÁbADO
MANO 4TETO André Santos - Guitarra Nuno Tavares - Piano Óscar Torres - Contrabaixo Carlos Mil-Homens – Percussão
19 SÁbADO
GiG+JAM SESSiON
26 SÁbADO
LA FARSE MANOuCHE
Trio de Jazz Manouche com Alcides Miranda, Nuno Serra e Nuno Fernandes.
07 QuiNTA
AS CANÇõES QuE ExiSTEM NO FADO, PELOS ukuLELES DO MuNDO
22h | € 3
Fado Lelé reúne quatro músicos numa formação pouco habitual: bateria, ukulele tenor de 8 cordas, ukulele barítono e voz. A banda baseia muito do seu repertório na música popular urbana de outras décadas e clássicos do fado de outrora, tanto clássico como de rua, tocados com outros ritmos e sonoridades, que nos chegam das várias músicas do mundo: jazz gipsy, swing, calipso, afro, folk e até rockabilly.
08 SExTA
bDJOy & CLASSiC FRiENDS
22h | € 3
World music reggae.
09 SÁbADO
ROCkiN DOGS ROCkN’ROLL
22h | € 3
14 QuiNTA
THE SOAkED LAMb
22h | € 3
Com três álbuns já editados - Homemade Blues; Hats and Chairs; Evergreens e a preparar o lançamento do single Palhaços & I Saw the Light em formato vinil, esta formação de seis
elementos vive a música como se de uma viagem no tempo se tratasse, transportando o público até ao imaginário musical blues, jazz, bebop e rock & roll dos anos 30, 40 e 50.
16 SÁbADO SuNS OF A GuN TRibuTO A NiRvANA FOO RiDERS DJ STATik 22h | € 5 22 SExTA
TRibuTO AOS bEATLES
22h | € 3 23 SÁbADO FESTóFOLiS FEST ESSA ENTENTE THE ZOO Dw vOiD THE FiSHTAiLS 21h30
Quatro bandas do melhor rock nacional.
29 SExTA
SkiLLS & buNNy CREw
22h
Um hip hop multifacetado, com uma base instrumental rock que transforma cada atuação de Skills & the Bunny Crew numa verdadeira festa de ritmo e poder.
30 SÁbADO
THE NOR
22h | € 5
Se fosse possível de alguma forma combinar artisticamente Led Zeppelin, Frank Zappa e Foo Fighters, teríamos certamente um cocktail explosivo. Um dos resultados possíveis, seria alguma coisa parecida com os The NOR.