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BrunoZucherato

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ISBN - 978-85-61203-12-2 XI Seminário de Pós-Graduação em Geografia

da UNESP Rio Claro

A UTILIZAÇÃO DE REPRESETAÇÕES CARTOGRAFICAS POR ALUOS DO ESIO MÉDIO: MAPAS COROPLÉTICOS, MAPAS EM AAMORFOSE

E GRÁFICOS

Bruno Zucherato – PPGG/IGCE – UNESP Rio Claro - bzucherato@gmail.com Resumo:

A utilização da linguagem cartográfica para o estudo da disciplina geográfica é muito importante para a formação escolar dos alunos e para o desenvolvimento de uma boa leitura espacial, com base nessa questão, o estudo apresentado mostra os resultados obtidos por meio de uma prática realizada com alunos do ensino médio da Escola Estadual “Pedro Raphael da Rocha” no município de Santa Gertrudes – SP. A prática consistiu na apresentação de um tema geográfico aos alunos, para o qual foram apresentadas 6 questões que os alunos deveriam responder utilizando uma das representações disponibilizadas: mapas corpléticos, mapas em anamorfose e gráficos. Os resultados apresentados mostram que a maioria dos alunos preferiu utilizar a representação gráfica para responderem ao questionário, em seguida os mapas corpléticos e por último os mapas em anamorfose. Com relação as respostas dada pelos alunos, os resultados mostraram que os alunos que utilizaram o mapa anamorfose tiveram alguma dificuldade para estabelecer agrupamentos do tema apresentado, enquanto que os alunos que utilizaram o gráfico apresentaram alguma dificuldade em identificar uma localidade para um intervalo de valores apresentado pelo tema e os alunos que utilizaram o mapa coroplético não apresentaram muitas dificuldades para elaborarem suas respostas.

Introdução

A Geografia, por tratar de fenômenos relacionados à terra se utiliza de uma série de ferramentas para o seu desenvolvimento e sua análise. Dentre essas ferramentas, as representações cartográficas possuem um lugar de destaque no âmbito dos estudos geográficos.

Essa importância é apresentada por Girardi (2008) para o qual a preocupação da Geografia se encontra na utilização dessas representações como um meio para a elaboração da análise geográfica. Nesse sentido, todo mapa é de interesse do geógrafo, para o qual a leitura e a compreensão do espaço geográfico são fundamentais.

Nesse contexto, pensar sobre a elaboração dos mapas e, assim, o modo como representamos cartograficamente o espaço geográfico é também pensar sobre como a análise geográfica será conduzida com base nessas representações.

Apresentando as reflexões elaboradas por Harley (2005), para o qual o mapa pode ser considerado como:

“Una construcción social del mundo expresada a través del medio de la cartografía”. Lejos de fungir como una simple imagen de la naturaleza que puede ser verdadera o falsa, los mapas redescriben el mundo, al igual que cualquier otro documento, en términos de relaciones y prácticas de poder, preferencias y prioridades culturales. Lo que leemos en un mapa está tan relacionado con un mundo social invisible y con la ideología como con los fenómenos vistos y medidos en el paisaje. Los mapas siempre muestran más que la suma inalterada de un conjunto de técnicas1 (p.61)

1

“Uma construção social do mundo, expressa por meio da cartografia”, longe de servir como uma simples imagem da natureza que pode ser verdadeira ou falsa, os mapas reescrevem o mundo tanto quanto qualquer outro documento, demonstrando relações e práticas de poder, preferências e prioridades

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Dessa maneira, os mapas não são apenas meras representações estáticas da realidade, mas sim uma construção social, que desenha e define a maneira como percebemos o espaço geográfico.

Almeida (2003, p.17) afirma que o indivíduo que não consegue usar um mapa está impedido de pensar sobre aspectos do território que não estejam registrados em sua memória. A utilização da cartografia como linguagem e o uso do mapa permitem, portanto, o estabelecimento de um registro sobre o território, uma extensão de nossa memória, constituindo um meio de comunicação muito importante tanto em nível de informação quanto em nível de ensino, sendo os mapas importantes para o ensino de conteúdos geográficos.

Portanto, a utilização do mapa no ambiente escolar é desejável e necessária para uma compreensão da disciplina geográfica, mais ainda do que a utilização do mapa, o desenvolvimento de uma compreensão da linguagem cartográfica para o entendimento de fenômenos espacialmente distribuídos.

Com base nessa questão o estudo aqui apresentado, busca estabelecer uma reflexão a cerca da utilização de diferentes representações da linguagem cartográfica: gráficos, mapas coropléticos e mapas em anamorfose por alunos do ensino médio, buscando observar que tipo de representações os alunos utilizam com mais facilidade e como estabelecem a leitura dessas representações. Para isso foi elaborada uma prática com duas salas do 3º ano do ensino médio, em um total de 61 alunos, da Escola Estadual “Pedro Raphael da Rocha”, localizada na cidade de Santa Gertrudes – SP, onde foi apresentado um tema geográfico para os alunos e três diferentes tipos de representações para esses temas: um gráfico, um mapa coroplético e um mapa em anamorfose, os alunos então escolheram uma dessas representações e utilizando essa representação responderam um questionário a cerca do tema apresentado. As respostas dadas pelos alunos permitiram estabelecer além da preferência da utilização de uma determinada representação em detrimento de outra, o nível de compreensão da representação escolhida pelos alunos.

As representações escolhidas para o teste com os alunos, consistem em representações bastante recorrentes em livros e materiais didáticos, além de apresentarem informações geográficas com mais clareza, a utilização dessas

culturais. O que lemos em um mapa está tão relacionado com o mundo social invisível e com a ideologia como com os fenômenos que podem ser vistos e medidos em uma paisagem. Os mapas sempre mostram mais que a soma inalterada de um conjunto de técnicas. (Tradução nossa)

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representações ajudam no desenvolvimento de competências referentes ao domínio das linguagens e habilidades dos educandos que a utilizam (SÃO PAULO, 2008), permitindo assim um aprendizado mais significativo.

O gráfico consiste em uma representação visual de um determinado assunto, em espécie, espacial ou temporal, que conserva propriedades perceptivas de proporção entre os fenômenos representados (ARKIN et COLTON, 1946). Para, por exemplo, representar que um fenômeno apresenta o dobro da manifestação de outro é adequado fazer uso da relação gráfica figurativa dos fenômenos, um sobre o outro, na qual a manifestação do mais intenso terá o dobro do tamanho da manifestação menos intensa. Por meio da representação gráfica a comparação entre os valores das diferentes unidades espaciais apresentadas é realizada visualmente, não sendo necessário recorrer à legenda e à classificação.

Os mapas coropléticos são aqueles em que as cores utilizadas para a representação dos intervalos das classes apresentam uma ordem, de modo que ao direcionar o olhar sobre a representação, possa ser feita uma ordenação das menores para as maiores quantidades.

De acordo com Girardi (2008):

A palavra coroplético vem do grego, “Choros” que significa área e “pletos” que significa “valor”. Como o próprio nome sugere, nesse método o valor está associado á área da unidade espacial. Este tipo de representação deve ser aplicado aos dados de porcentagem, índices e relações entre duas ou mais variáveis (p.22)

Para Martinelli (1998) os mapas coropléticos são representações qualitativas para manifestações em áreas que utilizam o método coromático qualitativo.

A utilização da graduação de cores para a construção de mapas coropléticos fazem com que esses mapas, de duas dimensões, passem a transmitir uma sensação de representação tridimensional e uma ideia visual de volume (LOCH, 2006, p.228)

Dessa maneira, nas representações coropléticas, as quantidades representadas aparecerão sob a forma de cores em nuance, mostrando visualmente os lugares de manifestação do fenômeno mais intenso, para os menos intensos.

O tamanho e a forma das unidades espaciais a serem representados nos mapas coropléticos possuem uma grande importância e influência no modo de leitura do mapa: quanto mais proporcionais são as áreas dessas unidades, melhor será a leitura que poderá ser feita do tema apresentado. Quando as unidades espaciais representadas são

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menores, a variação dos dados é percebida com mais facilidade e quando as áreas das unidades espaciais são grandes, a tendência é que a percepção da variação dos intervalos de classe diminuam (LOCH, 2006, p.230).

Com relação aos mapas em anamorfose, existe ainda alguma confusão com relação a utilização dos termos “mapa em anamorfose” e “cartogramas”, Tobler (2004) apresenta as duas terminologias como sinônimos:

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A discussion of ‘value-by-area’ cartograms can now be found in several contemporary cartographic textbooks [...]. In Canters’ recent book on map projections (Canters 2002: 157-167) they are included as ‘variable scale maps’. The French use the term ‘anamorphose’, in German speaking countries ‘verzerrte Karte’ is most prevalent, and the Soviets have used the word ‘varivalent’ maps. These terms are a bit misleading since the scale on a geographic map is never a single constant, though the meaning here is clear.2 (p.3)

Tobler (2004, p.3) define o termo cartograma de valor por área como um mapa projetado que converte as medidas de uma distribuição não negativa sobre a Terra para uma área em um mapa3.

Sobre a definição do termo Kreveld et Speckmann (2007), acrescenta:

In a cartogram the sizes of the regions are not the true sizes and hence the regions generally cannot keep both their shape and their adjacency. A good cartogram, however, preserves the recognizability in some way (KREVELD et SPECKMANN, 2007, p.176)4

Jaques Lévy (2003) apud Dutenkefer (2010), apresenta a definição de anamorfose da seguinte maneira:

anamorfose [anamorphose] e um procedimento efetuado sobre uma base cartográfica – fundo de carta – permitindo estabelecer uma métrica diferente da euclidiana. Tal carta e denominada cartograma [cartogramme] (LÉVY,2003 apud DUTENKEFER, 2010,p.3)

Dessa maneira, as duas definições tanto de cartograma quanto de anamorfose podem ser entendidas como o conjunto de procedimentos que altera em função do tema apresentado pelo mapa (ou valor de “Z”), a métrica usual euclidiana (“X” e “Y”) da representação, para os termos apresentados nesse artigo, será considerado anamorfose as representações que se utilizam de uma métrica diferente da euclidiana para o estabelecimento de sua representação.

Estabelecer uma métrica diferente da euclidiana significa que a distância entre

2

Uma discussão com relação aos cartogramas “de valores de áreas” pode ser observada nas publicações na área da cartografia atualmente […] Canters em seu recente livro sobre projeções cartográficas inclui o termo 'mapas de escalas variáveis'. Na França o termo utilizado é 'anamorphose', nos países de língua germânica 'verzerrte karte' é prevalecente, entre os soviéticos o termo utilizado é mapas 'varivalent', esses termos induzem ao erro uma vez que a escala em um mapa nunca é uma constante, embora o termo utilizado aqui seja claro (tradução nossa).

3

map projection that converts a measure of a non-negative distribution on the earth to an area on a map.(Tobler, 2004, p.3)

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Em um cartograma os tamanhos das regiões não são os tamanhos verdadeiros e, portanto, as regiões não podem conservar tanto a forma quanto as adjacências. Um cartograma bom preserva sua reconhecibilidade de alguma forma (tradução nossa).

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dois pontos na representação não corresponde a uma distância real baseada na escala métrica, mas sim uma distância relativa com base nos valores dos temas das unidades espaciais representadas. Essa transformação, na representação cartográfica, permite estabelecer uma ordem visual semelhante àquela que pode ser percebida nos gráficos em mapas coropléticos.

Procedimentos e técnicas

Para a elaboração da prática com os alunos, foi selecionada uma tabela com dados espaciais relacionada com o conteúdo escolar, sendo este a população indígena nos países da América Latina, apresentados na Tabela a seguir:

Tabela 1 – População Indígena na América Latina

País Milhões % da População

Grupo 1 >40% Bolivia 4,9 71 Guatemala 5,3 66 Peru 9,3 47 Equador 4,1 43 Grupo 2 5 - 20% Belize 0,029 19 Honduras 0,7 15 México 12 14 Chile 1 8 El Salvador 0,4 7 Guiana 0,045 6 Panamá 0,14 6 Suriname 0,03 6 Nicaragua 16 5 Grupo 3 1 - 4% Guiana Francesa 0,014 4 Paraguai 0,1 3 Colômbia 0,6 2 Venezuela 0,4 2 Jamaica 0,048 2 Porto Rico 0,072 2 Costa Rica 0,03 1 Argentina 0,05 1 Grupo 4 <1% Brasil 0,3 0,2

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XI S

indigenas. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, 2000; Quadro publicado em “Equdade e Saúde”: a partir da perspectiva étnica. Washington: Organização

2001. p.16. Fonte secundária: SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana. Enciclopédia comtemporânea de América Latina e do Caribe. Rio de Janeiro: Laboratório de Políticas Públicas da UERJ; São Paulo:

A partir desses dados foram criadas três representações diferentes (Figuras 1, 2 e 3) essas três representações foram entregues aos alunos, sendo que foi solicitado a estes que selecionassem uma dessas representações e respondessem a algumas questõe

o tema apresentado.

Figura 1

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indigenas. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, 2000; Quadro publicado em “Equdade e Saúde”: a partir da perspectiva étnica. Washington: Organização Pan-americana de Saúde, 2001. p.16. Fonte secundária: SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana. Enciclopédia comtemporânea de

América Latina e do Caribe. Rio de Janeiro: Laboratório de Políticas Públicas da UERJ; São Paulo: Boitempo Editorial, 2006. p.580.

A partir desses dados foram criadas três representações diferentes (Figuras 1, 2 e 3) essas três representações foram entregues aos alunos, sendo que foi solicitado a estes que selecionassem uma dessas representações e respondessem a algumas questõe

Figura 1 – Representação do gráfico apresentada aos alunos.

indigenas. Washington: Banco Interamericano de Desenvolvimento, 2000; Quadro publicado em americana de Saúde, 2001. p.16. Fonte secundária: SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana. Enciclopédia comtemporânea de

América Latina e do Caribe. Rio de Janeiro: Laboratório de Políticas Públicas da UERJ; São Paulo:

A partir desses dados foram criadas três representações diferentes (Figuras 1, 2 e 3) essas três representações foram entregues aos alunos, sendo que foi solicitado a estes que selecionassem uma dessas representações e respondessem a algumas questões sobre

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Figura 2 – Representação do mapa em anamorfose apresentada aos alunos.

Figura 3 – Representação de mapa em anamorfose apresentada aos alunos.

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Representação do mapa em anamorfose apresentada aos alunos.

Representação de mapa em anamorfose apresentada aos alunos. Representação do mapa em anamorfose apresentada aos alunos.

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Escolhidas uma das representações disponibilizadas, os alunos responderam as seguintes questões:

1. Qual a representação escolhida?

2. Localize no mapa os cinco países com menor percentual de indígenas no total da população.

3. Qual país apresenta maior porcentagem de população indígena? E menor? Faça uma relação sobre esses dois países.

4. Qual a porcentagem da população indígena aproximada do México?

5. Localize um país que possua uma porcentagem de população indígena entre 2 e 6%.

6. Faça uma relação entre a porcentagem da população indígena da Colômbia e da Guatemala.

A elaboração dessas questões buscou identificar a capacidade da leitura e análise do tema abordado pela prática com base na representação escolhida, sendo que:

• A resposta a questão número 2 exigia dos alunos a capacidade de identificar na representação escolhida um agrupamento dos dados apresentados por “Z”, os 5 menores valores;

• A questão número 3 exigia dos alunos a capacidade de identificar valores de “Z” distintos, o maior e menor valor, e estabelecer a diferença existente entre eles; • Na questão numero 4, eram apresentados “X” e “Y” (México) e solicitava aos

alunos que identificassem o valor de “Z”;

• A questão de número 5, apresentava um intervalo para “Z” (entre 2 e 6%) e solicitava aos alunos que identificassem um valor de “X” e “Y” para esse intervalo.

• A questão de número 6 apresentava dois valores de “X” e “Y” (Colômbia e Guatemala) e solicitava aos alunos que identificassem os valores de “Z” e estabelecessem uma correlação entre esses valores.

Essas seis questões podem ser então divididas em três grupos caracterizados da seguinte maneira:

O primeiro grupo de questões, referente às questões 2 e 3 procuravam verificar a capacidade dos alunos de identificar na representação agrupamentos espaciais estabelecidos pelo tema e correlacionar o menor e o maior valor;

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os alunos eram capazes de identificar o valor do tema apresentado por uma unidade espacial e ainda dado um valor do tema, identificar uma unidade espacial que correspondesse a esse intervalo de valor, ou seja uma leitura elementar do tema apresentado.

O terceiro grupo de questões, referente à questão 6, procurava instigar o aluno a identificar dois valores do tema para duas unidades espaciais quaisquer e identificados esses valores, fazer entre eles uma correlação, assim além da leitura elementar da representação, exigia uma leitura complementar, ou seja uma interpretação da representação utilizada.

Resultados

Diante da prática realizada foram obtidos os seguinte resultados com relação a preferência e escolha das representações cartográficas utilizadas pelos alunos participantes da prática.

Do total de 61 alunos que realizaram a prática, 48 alunos (78,7%) escolheram a representação gráfica para responderem as questões, enquanto 10 alunos (16,4%) escolheram o mapa coroplético e apenas 3 alunos (4,9%) o mapa em anamorfose, esses dados estão representados no gráfico da figura 4:

Figura 4 - Gráfico com apresentação das escolhas feita pelos alunos participantes da prática

Com relação a segunda questão, os resultados com relação as respostas dadas pelos alunos são apresentadas na Figura 5.

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Figura 5 – Respostas obtidas para a segunda questão apresentada pela prática.

Dos alunos que utilizaram o mapa em anamorfose, 2 responderam corretamente a questão e um respondeu incorretamente, para os alunos que selecionaram o mapa coroplético 8 responderam corretamente enquanto 2 responderam incorretamente, os alunos que escolheram a representação gráfica 42 responderam corretamente e 6 responderam incorretamente.

As respostas obtidas para a questão número 3 são apresentadas na figura 6 a seguir.

Figura 6 – Respostas obtidas para a terceira questão apresentada pela prática.

Como observado no gráfico, todos os alunos que responderam a questão 3 utilizando o mapa em anamorfose, o fizeram corretamente enquanto que dos alunos que

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escolheram o mapa coroplético apenas 1 dos 10 responderam incorretamente, enquanto para os que selecionaram a representação gráfica, 47 responderam corretamente e apenas 1 incorretamente.

A figura número 7 apresenta os resultados obtidos para a questão 4.

Figura 7 – Respostas obtidas para a quarta questão apresentada na prática.

Os dados apresentados para essa questão mostram que dos alunos que utilizaram o mapa em anamorfose para responderem as questões todos eles responderam corretamente essa questão, enquanto que para os alunos que utilizaram o mapa coroplético, 7 responderam corretamente e 3 responderam incorretamente, já os alunos que utilizaram a representação gráfica, apenas 1 dos 48 alunos respondeu incorretamente a questão.

Para as respostas obtidas pela questão número 5, os resultados são apresentados na figura 8.

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Figura 8 – Respostas obtidas para a quinta questão apresentada na prática.

Os resultados obtidos mostram que 2 alunos que escolheram a representação do mapa em anamorfose responderam corretamente a questão enquanto 1 dos alunos respondeu incorretamente. Dos alunos que utilizaram o mapa coroplético, 9 responderam a questão corretamente enquanto 1 respondeu incorretamente a questão, já para os alunos que selecionaram a representação gráfica, 34 alunos responderam corretamente, enquanto 14 alunos responderam incorretamente.

Os resultados obtidos pela questão de número 6 são apresentados pela figura 9 a seguir:

Figura 9 – Respostas obtidas para a sexta questão apresentada na prática.

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anamorfose para responder as questões 2 responderam corretamente, enquanto 1 respondeu incorretamente, todos os alunos que utilizaram o mapa coroplético para responder as questões responderam corretamente, enquanto que dos alunos que utilizaram o a representação gráfica 47 responderam corretamente, enquanto apenas 1 respondeu incorretamente.

Considerações

A partir da prática realizada e pelas estatísticas elaboradas a partir dos resultados obtidos, podemos apresentar algumas considerações a cerca da utilização das representações cartográficas pelos alunos do ensino médio.

A maioria dos alunos escolheu para responder as questões, a representação por meio de gráficos, em seguida a representação por meio de mapas coropléticos e por último a representação por meio de mapas em anamorfose, esses resultados mostram que os alunos não estão habituados as representações em anamorfose e ainda que o gráfico apesar de apresentar uma leitura mais rápida do fenômeno apresentado, não permite a realização de uma boa análise espacial, uma vez que a correlação espacial só é possível de ser realizada caso o leitor conheça o espaço geográfico representado.

A maior dificuldade encontrada na resposta dos alunos que selecionaram o mapa em anamorfose foi com relação a questão número 2, mostrando que é mais difícil estabelecer agrupamentos de dados nesse tipo de representação, enquanto que para a resposta das questões 3 e 4, esses alunos apresentaram um bom resultado.

Para os alunos que selecionaram o mapa coroplético para apresentarem suas respostas, somente na questão número 2 foi identificada alguma dificuldade, enquanto que os melhores resultados foram apresentados na questão número 6, a questão número 6 refere-se a correlação de dois valores diferentes de localidades diferentes, enquanto que a questão número 2 refere-se a identificação de agrupamento dos valores do tema, que de fato é mais fácil de ser realizado por meio de representações gráficas.

Os resultados obtidos pelos alunos que utilizaram a representação gráfica para responderem as questões apresentaram bons resultados em todas as questões, sendo que a maior dificuldade apresentada foi com relação a questão 5, mostrando que esses alunos apresentaram dificuldade em selecionar uma localidade para o intervalo de dados solicitado.

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Bibliografia

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DUTENKEFER, E.; Anamorfose como mapa: história, aplicativos e aplicações, in: Anais do 3º Simpósio Iberoamericano de História da Cartografia: Agendas para a História da Cartografia Iberoamericana, São Paulo – SP: Universidade de São Paulo, 2010, p.1-15;

GIRARDI, E. P.; Proposição de uma cartografia geográfica crítica e sua aplicação no desenvolvimento do atlas da questão agrária brasileira. Presidente Prudente – FCT, tese apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da unesp – Campus de Presidente Prudente para a obtenção de título de doutor em geografia, 2008;

HARLEY, J. B.; La nueva naturaleza de los mapas. Ensayos sobre la historia de la cartografia. Mexico: Fundo de Cultura Economica, 2005;

KREVELD; M. Van et SPECKMANN, B. On Rectangular Cartograms in: Computacional Geometry: Theory and Applications, 37 (3):175 – 187, 2007 (Special Issue of invited papers from the 20th European Workshop on computational Geometry);

LOCH, R.E.N.; Cartografia: Representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis – SC: Ed. Da UFSC, 2006;

MARTINELLI, M.; Mapas e gráficos: Construa-os você mesmo, São Paulo: Moderna, 1998;

SÃO PAULO, Estado; Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Geografia, Coord. Maria Inês Fini. São Paulo – SP: SEE, 2008;

TOBLER, W.; Thirty Five Years of computer Cartograms, in: Annals of the Association of American Geographers, vol.94, issue 1, p.58-73, março de 2004, disponível em: http://www.geog.ucsb.edu/~tobler, acesso em 11 de setembro de 2011.

Referências

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