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Programa de Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável

BIOINDICADORES ANIMAIS DE METAIS POLUENTES

Vanessa Miranda de Souza

Goiânia, GO 2010

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Programa de Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável

BIOINDICADORES ANIMAIS DE METAIS POLUENTES

Vanessa Miranda de Souza

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Produção Sustentável da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ecologia e Produção Sustentável.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Toledo de Magalhães

Goiânia, GO 2010

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Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010.

“Orientador: Prof. Dr. Roberto Toledo de Magalhães”. 1. Poluição ambiental – metais pesados – bioindicadores animais – revisão da literatura. 2. Aves – moluscos – peixes – bioindicadores – poluição ambiental. I. Título.

CDU: 504.054:546.3:591(043.3) 504.5

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BIOINDICADORES ANIMAIS DE METAIS POLUENTES

Goiânia – GO, ____/____/____

Banca Examinadora

____________________________________ Prof. Dr. Roberto Toledo de Magalhães - PUC GOIÁS

(Orientador)

____________________________________ Profa. Dra. Nadya da Silva Castro - UFG

(Avaliadora externa)

____________________________________ Profa. Dra. Cleonice Rocha - PUC GOIÁS

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A Deus,

Aos meus pais pelo apoio;

Ao meu orientador Prof. Dr. Roberto Toledo de Magalhães, pela

orientação e principalmente pela oportunidade que me deu;

As minhas cunhadas e sogro, pelo incentivo, compreensão e pela

disponibilidade em ficar com meu filho, nos momentos que estava

em aula;

Ao meu filho, fonte de inspiração, te amo!

Ao meu esposo pelo incentivo, paciência, compreensão e estimulo.

A Ms. Ângela Lima Pereira pela participação como segunda

pesquisadora neste estudo, bem como suas valiosas contribuições

para a realização do mesmo;

E aos grandes amigos e orientadores de graduação Moisés e Elder,

que me iniciaram na pesquisa cientifica e que me deram força e

muito incentivo para iniciar no mestrado.

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O presente estudo trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura. Este tipo de estudo visa integrar informações existentes sobre uma temática específica, pelo agrupamento e análise dos resultados procedentes de estudos primários, permitindo a identificação de evidências científicas. O objetivo desta revisão foi identificar na literatura científica, evidências que respaldem o uso de aves, moluscos e peixes como bioindicadores animais de poluição por metais pesados. Realizada, no dia 14 de agosto de 2009, busca nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Repidisca e Scielo, disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde. Esta gerou um total de 1654 referências de estudos, que após aplicação de Testes de Relevância, culminou na exclusão de 1640 estudos e inclusão de 14. A síntese das informações extraídas dos estudos que fizeram parte da análise final desta revisão é apresentada em forma de quadros sinópticos. De maneira geral, os estudos evidenciaram que aves, peixes e moluscos constituem-se bons bioindicadores de metais poluentes na natureza. As penas de aves são potencialmente aptos bioindicadores de poluição ambiental de metais pesados. No entanto, os resultados apresentados indicam claramente que os metais não estão distribuídos homogeneamente entre e dentro das penas. Para a maioria dos metais, a contaminação externa parece alterar a concentração da pena após a formação, resultando em maior concentração nas penas e em segmentos da pena que estão mais expostos às condições externas. Alguns metais, como o cádmio tem sua concentração aumentada com a idade, isso pode induzir a interpretações errôneas em estudos de avaliações ecológicas. Quando se avalia ovos de espécies de aves, também deve-se ter o mesmo cuidado. Quanto aos moluscos, foi evidenciado que não há uma uniformidade de acumulação de metais nas conchas e nem nas partes moles dos mesmos. Com relação aos peixes, diferentes tecidos têm sido utilizados para análise da concentração de metais, todavia devido às suas diferentes funções no processo de bioacumulação, a carne do tecido, fígado e brânquias são os mais freqüentemente utilizados para a análise. De maneira geral, os estudos evidenciaram que aves, peixes e moluscos constituem-se bons bioindicadores de metais poluentes na natureza.

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This study is a systematic review of scientific literature. This type of study aims the integration of information about a specific subject, by grouping and analysing the results from primary studies, allowing the identification of scientific evidence. The objective of this review was to identify in the scientific literature, evidences which support the use of birds, mollusks and fish as animals' bio-indicators of the heavy metal pollution. Search on the Medline, Lilacs, Repidisca and Scielo databases was made on August 14th of 2009 which generated a total of 1654 studies references. After applying relevance tests, 1640 were excluded and 14 were included. The summary of the information extracted from the articles used in the data analysis of this review is presented in synopsis' graphics. In overall, its showed that birds, fish and mollusks are good bio-indicators of metal pollution in the environment. However, the study results clearly indicated that the metal distribution is not uniform in and among the birds' feathers. For most metals, the external contamination seems to affect the feathers' concentration after their formation, resulting in a higher concentration in the feathers and in segments that are more exposed to external conditions. Some metals, such as the cadmium, has its concentration increase as the age and this can mislead the interpretations in ecological studies and when we evaluate eggs from birds' species, should also be taken the same care. In reference to mollusks, was evident that there is not an uniform accumulation of metals nor in the shells or in the soft parts of their bodies. In reference to fish, different fish tissues have been used to analyse the metal concentration; however, because of their different roles in the process of bio-accumulation, the flesh of the tissues, liver and gills are the most frequent used for analysis. In general, studies have shown that birds, fish and shellfish are to be good bioindicators of metal pollutants in nature.

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Pág. RESUMO ... 06 ABSTRACT ... 07 1. INTRODUÇÃO ... 10 2. OBJETIVOS ... 12 2.1. Objetivo Geral ... 12 2.2. Objetivos específicos ... 12 3. REVISÃO LITERÁRIA ... 13 3.1. Biomonitoramento e Bioindicadores ... 13

3.2. Aves, Peixes e Moluscos como bioindicadores de metais poluentes ... 13

3.3. Revisão Sistemática da Literatura ... 16

4. PERCURSO METODOLÓGICO ... 19

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 24

5.1. Quanto ao uso de Moluscos como bioindicadores de metais poluentes ... 27

5.2. Quanto ao uso de Peixes como bioindicadores de metais poluentes ... 31

5.3. Quanto ao uso de Aves como bioindicadores de metais poluentes ... 38

6. CONCLUSÃO ... 51

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 53

8. APÊNDICE I: TESTE DE RELEVÂNCIA 1 ... 63

8.1. APÊNDICE II: TESTE DE RELEVÂNCIA 2 ... 64

8.2. APÊNDICE III: TESTE DE RELEVÂNCIA 3 ... 65

8.3. APÊNDICE IV: ROTEIRO PARA EXTRAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DOS ARTIGOS ... 66

8.4. APÊNDICE V: QUADRO SINÓPTICO REFERENTE A CADA ESTUDO SELECIONADO ... 67

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Pág. Figura 1: Percurso utilizado na Revisão Sistemática da Literatura sobre

bioindicadores de animais de metais poluentes ... 26

Quadro 1: Moluscos como bioindicadores de metais poluentes em água doce. 28 Quadro 2: Moluscos como bioindicadores de metais poluentes em áreas de mangue ... 29

Quadro 3: Moluscos como bioindicadores de metais poluentes na comunidade aquática em área de litoral ... 32

Quadro 4: Peixes como bioindicadores de poluição aquática em regiões próximas a áreas industriais ... 33

Quadro 5: Peixes de água doce como bioindicadores de poluição ambiental por metais poluentes ... 34

Quadro 6: Peixes bioindicando poluição por metais poluentes ... 36

Quadro 7: Peixes como bioindicadores de metais poluentes em águas mediterrâneas ... 37

Quadro 8: Aves marinhas como bioindicadores de metais poluentes em áreas de Baía ... 39

Quadro 9: Aves como bioindicadores de metais poluentes em áreas rurais .... 41

Quadro 10: Penas de aves como bioindicadores de metais poluentes ... 43

Quadro 11: Aves aquáticas como bioindicadores de metais poluentes no ecossistema ... 45

Quadro 12: Aves como bioindicadores de metais poluentes em pradarias ... 46

Quadro 13: Aves selvagens como bioindicadores de metais poluentes ... 47

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1. INTRODUÇÃO

O impacto da ação humana sobre o meio ambiente pode ser avaliado pelas medições de metais pesados nos solos, plantas e animais, uma vez que a poluição por metais afeta adversamente a densidade e a diversidade de comunidades bióticas, incluindo os humanos (MOUNTOURIS et al., 2002). Com isso, a avaliação de poluentes em diferentes componentes do ecossistema tornou-se uma tarefa importante na prevenção do risco para a vida natural e saúde pública (GRAGNANIELLO et al., 2001).

A escolha de organismos vivos para análise de poluentes, ao invés da análise dos poluentes no meio abiótico, torna-se mais atraente e promissora, visto que organismos vivos podem fornecer informações precisas sobre a biodisponibilidade de poluentes e de sua ampliação e bio-transferência (PHILLIPS, 1980). Assim, diversos animais têm sido utilizados como bioindicadores da presença de metais no ambiente. Estes podem produzir informações importantes sobre uma grande área ao redor de cada local de amostragem, não só sobre biodisponibilidade de contaminantes, mas também sobre como, onde e quando estes são transferidos dentro da cadeia alimentar (JAGER et al., 1996). Observa-se na literatura que três espécies têm recebido especial atenção em estudos desta natureza, a saber: aves, moluscos e peixes.

Altos níveis de metais descarregados nos ecossistemas aquáticos podem resultar em alterações da comunidade de peixes, tanto na composição e riqueza das espécies, quanto de sua composição trófica (BERVOETS et al., 2005). Desta forma, contribui para eliminação seletiva das mais sensíveis fases de vida das espécies de peixes vulneráveis (SORENSEN, 1991; HOLLIS et al., 1999; ALSOP et al., 1999; BERVOETS e BLUST, 2003). Além disso, é importante salientar que a acumulação de metais poluentes em tecidos de peixes pode representar um risco para a saúde humana se exceder o máximo das concentrações que são permitidas (CHEUNG et al., 2008), assim como ocorre com o consumo de moluscos com altas concentrações de metais.

Moluscos têm sido considerados promissores como bioindicadores, por serem abundantes em muitos ecossistemas terrestres e aquáticos, sendo facilmente disponíveis para coleta. Além disso, são altamente tolerantes a diferentes poluentes

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e exibem altas taxas de acumulação destes, particularmente de metais pesados (LAU et al., 1996).

Da mesma forma, as aves têm sido largamente utilizadas como bioindicadores, por estarem no topo da cadeia alimentar, serem sensíveis a produtos tóxicos, por responderem a mudanças sutis no ambiente, e também por causa da sua alta taxa metabólica. Poluição por metais pode acarretar disfunção reprodutiva nas aves, com diminuição no tamanho da ninhada, diminuição da fertilidade, falha na incubação e desbate da casca de ovo (EDENS e GARLICH, 1983; HEINZ, 1996), além de gerar uma maior suscetibilidade a doenças e estresse, bem como, mudanças nos padrões comportamentais.

Recentemente, tem sido adotada a prática de coleta sistemática de informações produzidas e documentadas sobre os efeitos sofridos em organismos bioindicadores, permitindo a comparação desses resultados e a implantação de um sistema de controle da qualidade ambiental (KLUMPP et al., 2001).

Esta metodologia de trabalho torna-se importante, diante da disponibilidade diária de grande quantidade de estudos publicados em diferentes periódicos, nacionais e internacionais. Sendo necessário que as informações publicadas sejam analisadas e sintetizadas, tornando o conhecimento produzido mais facilmente acessível (PEREIRA, 2006). Daí a importância de estudos de revisão da literatura, que busquem responder questões complexas da prática profissional.

A presente revisão sistemática da literatura visa responder se aves, moluscos e peixes têm sido bons bioindicadores de concentração de metais no ambiente. Os resultados desta revisão podem contribuir para o aumento do conhecimento acerca destas espécies como bioindicadores de poluição ambiental, bem como sobre o impacto da ação humana sobre o meio ambiente investigado nos estudos identificados nesta revisão. Ainda, poderá contribuir para gerar novas questões de pesquisa sobre prevenção e riscos gerados à vida terrestre decorrentes da concentração de metais poluentes.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Identificar na literatura científica, evidências que respaldem o uso de aves, moluscos e peixes como bioindicadores animais de poluição por metais poluentes.

2.2. Objetivos específicos

• Levantar na literatura científica do período compreendido entre janeiro de 1997 a agosto de 2009, estudos que tenham utilizados aves, peixes e moluscos, como bioindicadores de contaminação por metais poluentes, e sua relação com a qualidade do meio ambiente;

• Evidenciar, a importância do uso de aves, peixes e moluscos, em estudos científicos, como bioindicadores de contaminação por metais poluentes.

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3. REVISÃO LITERÁRIA

3.1. Biomonitoramento e Bioindicadores

Biomonitoramento pode ser definido como um método experimental indireto de verificar a existência de poluentes em certa área, utilizando organismos vivos, que irão responder ao estresse que estão submetidos por modificações nos ciclos vitais ou pela acumulação de poluentes (CARRERAS e PIGNATA, 2001; PIGNATA et al., 2002). É um método de baixo custo e por isso mais acessível, podendo ser amplamente utilizado, além de ser confiável.

O uso de bioindicadores permite avaliar o risco de exposição, funcionando como sistemas de alerta para a deterioração ambiental (NRC, 1983). Assim, os animais utilizados como bioindicadores são imprescindíveis na medida em que desempenham um papel essencial dentro do ecossistema, podendo gerar informações valiosas sobre a qualidade do ambiente em que vivem. Com base nestas informações, o termo bioindicador pode ser conceituado como espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada condição ambiental.

Avaliar a saúde dos ecossistemas de forma adequada por meio de biomonitoramento requer a seleção de espécies que são representativas no ecossistema monitorado (BURGER, 1993; BURGER e GOCHFELD, 2000). Nesta revisão, foram selecionadas as aves, os peixes e os moluscos, pela sua representatividade nos estudos de monitoramento do meio ambiente.

3.2. Aves, Peixes e Moluscos como Bioindicadores de Metais Poluentes

Muitos metais considerados poluentes são importantes para a manutenção da vida, quando presentes em pequenas quantidades, como o arsênio, zinco, cobre e o cromo, entretanto, podem ser prejudiciais quando encontrados em altas concentrações (WARD, 1995). Diferentemente, o cádmio, mercúrio e o chumbo não são elementos essenciais para os organismos, sendo usualmente tóxicos em baixas concentrações (WILLIAMS, 1975; MATIAZZO-PREZOTTO, 1994).

Os metais são poluentes persistentes que podem ser bioacumulados nas cadeias alimentares, tornando-se cada vez mais perigosos para a saúde humana e

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para os animais (MARTÍNEZ-LÓPEZ et al., 2005). Desse modo, iniciou-se o processo de biomonitoramento como método auxiliar de detecção de alterações na qualidade do ambiente (AKOSY e OZTURK, 1997; GARTY et al., 1998; XIAO et al., 1998).

As aves têm sido utilizadas amplamente para avaliar a contaminação ambiental considerando a sua sensibilidade para os efeitos nocivos sobre o ambiente (DENNEMAN e DOUBEN, 1993), estes efeitos podem ser tanto diretos, quanto indiretos. Em locais poluídos moderadamente, somente efeitos indiretos podem ocorrer, e eles podem funcionar pela deterioração do habitat e limitação de alimentos (MORRINSON, 1986). Já em ambientes altamente poluídos, pode ocorrer disfunção reprodutiva nas aves e isso pode ser considerado um efeito direto da poluição (FURNESS e GREENWOOD, 1993).

Penas de aves são utilizadas como um indicador de tecido exposto a metais (GOEDE e de BRUIN, 1984; BURGER, 1993), pois acumulam certos metais pesados em proporção aos níveis de sangue no momento da formação das penas. De acordo com Burger (1993) as penas parecem refletir níveis de contaminantes locais para as aves jovens e espécies não migratórias, e integram a exposição sobre um período de tempo em que as penas estão crescendo ativamente. Além disso, o procedimento não é invasivo, pois uma pequena amostra de penas pode ser arrancada de uma ave viva sem causar danos, não havendo necessidade de sacrificar adultos saudáveis. E, certamente, esses níveis podem ser usados para avaliar se existem potenciais problemas de reprodução destas populações.

No que diz respeito ao compartimento marinho, aves marinhas têm sido intensivamente estudadas devido à sua elevada posição trófica e a sua capacidade de bioacumulação (LEWIS e FURNESS, 1991; NYGARD et al., 2001; SAVINOV et al., 2003), juntamente com a sua capacidade de processar alguns elementos inorgânicos. No que se referem às aves predatórias, estas são ditas, também, como excelentes bioindicadores de poluição ambiental por estarem no topo de sua cadeia alimentar, e por serem particularmente susceptíveis a bioacumulação, integrando contaminantes ao longo do tempo (CUSTER et al., 1990; FURNESS e GREENWOOD, 1993).

Em países como a Espanha a qualidade da água vem sendo monitorada e mantida, por meio do uso de moluscos como bioindicadores (SOLAUN et al., 2001). Por serem animais que têm a capacidade de acumular metais poluentes no meio

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ambiente nos quais eles vivem, mesmo quando liberados em quantidades mínimas para o ambiente. Isto é importante, uma vez que estes produtos químicos têm um impacto negativo sobre a diversidade das espécies. Como tal, os moluscos têm sido amplamente usados para monitoramento de contaminação em ecossistemas marinhos (LAUENSTEIN e DASKALAKIS, 1998).

Com relação à concentração de metais pesados e outras substâncias tóxicas em organismos silvestres, os peixes recebem muita atenção devido à sua popularidade com relação à alimentação e desporto. Estrutura da comunidade de peixes tem sido utilizada na avaliação do efeito do impacto humano nos ecossistemas aquáticos, incluindo a deterioração da qualidade da água e das mudanças do habitat. Assim, metais poluentes representam uma séria ameaça para a sobrevivência dos peixes. A exposição crônica de peixes a níveis de metais poluentes sub-letais causa, entre outros, reduzida velocidade de natação e a redução do crescimento (SORENSEN, 1991; ALSOP et al., 1999; HOLLIS et al., 1999; BERVOETS e BLUST, 2003).

O rendimento reprodutivo é importante para as populações de peixes e podem influenciar o sucesso reprodutivo dos indivíduos, o que afeta concomitantemente a ecologia e a estrutura da comunidade de um ecossistema (HEATH, 1995). O rendimento reprodutivo em peixes pode ser afetado por contaminantes em vários níveis, incluindo (a) a transferência de produtos químicos de pais para os ovos, levando ao desenvolvimento embrionário reduzido (MILLER, 1993), (b) captação direta do ambiente para os ovos, e (c) efeitos fisiológicos em filhotes recém-nascidos (VON WESTERNHAGEN, 1988). Contaminantes podem levar, ainda, a deformidades do saco vitelino, deformações no olho, anomalias na mandíbula, defeitos nas nadadeiras e malformações da coluna vertebral, levando à sobrevivência reduzida (ROSENTHAL e ALDERDICE, 1976). Ademais, a bioacumulação de metais através da captação direta ou pela alimentação provoca efeitos bioquímicos (por exemplo, inibição enzimática) ou efeitos patológicos (por exemplo, lesões teciduais) em cada peixe, resultando em diminuição do estado, e redução do crescimento, fecundidade e sobrevivência. Ao nível populacional, pode ocorrer declínio na reprodução e abundância (MORAES et al., 2003).

Dessa forma, a bioacumulação de metais pesados em tecidos de animais tem recebido atenção considerável por causa dos efeitos letais e sub-letais de tal acumulação (BURGER et al., 1994).

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3.3. Revisão Sistemática da Literatura

A revisão sistemática da literatura constitui um método moderno para a avaliação de um conjunto de dados simultaneamente. E, embora tenha surgido e seja comumente utilizada na área médica, outras disciplinas profissionais, como a biologia, tem se apropriado desta metodologia de trabalho para buscar evidências científicas que respaldem sua prática (SEGURA-MUNÕZ et al., 2003; CARNEIRO e TAKAYANAGUI, 2005; TAKANAYAGUI et al., 2005).

Este modelo de decisão baseada em evidências conduz a uma avaliação crítica sistemática, das informações disponíveis, para a prática da tomada de decisão. Isso requer do profissional desenvolvimento de novas habilidades e/ou aprimoramento destas, para que possa definir critérios como eficácia, efetividade e eficiência. Tais habilidades são importantes no processo de avaliação da qualidade das evidências disponíveis, e para incorporar e praticar os achados sólidos provenientes da pesquisa (AVEZUM et al., 2001; GALVÃO et al., 2004; TAKANAYAGUI et al., 2005).

Este método torna-se um bom recurso de trabalho, tendo em vista o número crescente de publicações diárias, sendo necessário que estas sejam analisadas quanto à consistência interna dos dados apresentados. O que pode ser analisado pela qualidade metodológica dos estudos, bem como clareza na descrição das informações, incluindo eficácia e contribuição dos resultados à prática profissional (AVEZUM et al., 2001; PEREIRA, 2006).

A expansão dos recursos da informática tem contribuído significativamente para consolidação desta modalidade de trabalho, pela disponibilidade de grande quantidade de artigos em formato eletrônico, ampliando a cada dia os bancos de dados eletrônicos, que são determinantes para esse tipo de revisão.

Geralmente, estudos de revisão da literatura eram realizados de forma simplista, sem critérios claramente definidos de como os estudos que fizeram parte da revisão foram selecionados, e com pouca integração dos resultados, o que poderia levar a conclusões inapropriadas (COUTINHO, 2002). Com o método de revisão sistemática da literatura, diminui-se o risco de erros de conclusões.

Revisão Sistemática da Literatura constitui, portanto, um método de pesquisa que visa à síntese de informações disponíveis em um dado momento, sobre um problema de investigação específico, realizada de forma clara, objetiva e

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reproduzível (LIMA et al., 2000). Este tipo de estudo visa integrar a informação existente sobre uma temática específica, por meio do agrupamento e análise dos resultados procedentes de estudos primários realizados em locais e momentos diferentes por grupos de pesquisa independentes, permitindo a identificação de evidência cientifica (EGGER e SMITH, 1998; SIWEK et al., 2002).

Os trabalhos de revisão sistemática iniciam com a definição do problema de investigação (AVEZUM et al., 2001) e objetivo do estudo, devendo ser apresentados de forma clara, evitando dúvidas de entendimento por parte do leitor sobre qual foi o objeto de investigação dos autores.

Em seguida, deve ser realizada a escolha dos bancos de dados que sejam reconhecidos e confiáveis na área de investigação, tais como: MedLine (Literatura Internacional em Ciências da Saúde e Biomédica), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Repidisca (Rede Panamericana de Informação em Saúde Ambiental), Scielo (Scientific Electronic Library Online), entre outros. Nestes, serão realizadas as buscas por informações/evidências científicas.

Para a busca nos bancos de dados, é aconselhável que sejam selecionados descritores padronizados que serão usados na pesquisa. Estes configuram palavras ou conjunto de palavras que representam o objeto de estudo.

A literatura específica sobre revisão sistemática da literatura recomenda que os estudos que farão parte da revisão sejam selecionados mediante critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, os quais compõem um teste de relevância (TR). Estes devem ser apresentados em forma de perguntas claras, que gerem respostas afirmativas ou negativas (ATALLAH e CASTRO, 1997; LIMA et al., 2000; McDONALDS et al., 2005).

A busca nos bancos de dados, ainda que utilizando descritores específicos, comumente geram uma grande quantidade de estudos que nem sempre atendem aos objetivos da revisão. Assim, é recomendável que seja realizada uma seleção preliminar, com questões obvias de exclusão, que pode ser realizada por somente um dos pesquisadores. Como exemplo, pode ser observado o Teste de Relevância 1 utilizado nesta revisão (Apêndice I).

Os estudos selecionados nesta primeira etapa deverão ser submetidos a novo Teste de Relevância, desta vez deverá ser aplicado por no mínimio dois pesquisadores de forma independente. Este deve conter perguntas mais específicas

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relacionadas ao objeto de pesquisa. Um exemplo deste tipo de Teste de Relevância 2 pode ser observado no modelo utilizado nesta revisão (Apêndice II).

No caso de desacordo entre os pesquisadores quanto à inclusão ou não de algum estudo, aconselha-se consultar um terceiro pesquisador que dará o parecer final quanto à inclusão ou exclusão do estudo em questão (MUÑOZ et al., 2002; ATALLAH e CASTRO, 1997; DAVIES e CROMBIE, 2003; MCDONALDS et al., 2005; COCRHANE, 2009).

Todos os estudos incluídos nesta etapa são submetidos a novo Teste de Relevância visando à análise quanto à qualidade metodológica e confiabilidade dos dados publicados. Ver exemplo de Teste de Relevância 3 utilizado nesta revisão (Apêndice III). Finalmente, os estudos incluídos nesta etapa são submetidos à extração dos dados que serão apresentados de forma sintetizada em quadros sinópticos, possibilitando ao leitor da revisão sistemática, efetuar conclusões acerca dos dados apresentados de forma sintetizada sobre cada estudo que fez parte do

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4. PERCURSO METODOLÓGICO

Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura, no qual foram percorridas as seguintes etapas, conforme adaptação do modelo apresentado no estudo de Pereira (2006):

Fase 1- Elaboração de instrumentos para seleção dos estudos

Os instrumentos de seleção de estudos constituíram-se de três formulários denominados de Teste de relevância 1 – TR1 (APÊNCIDE I), Teste de relevância 2 – TR2 (APÊNDICE II), e Teste de relevância 3 – TR3 (APÊNCIDE III), que tiveram o objetivo de avaliar a inclusão ou não dos estudos encontrados durante busca nas bases de dados selecionadas.

Quando se realiza a busca nas bases de dados não se obtém, a princípio, os estudos na íntegra, mas as referências bibliográficas que podem ou não estarem acompanhadas dos respectivos resumos. Desta forma, o TR1 (Apêndice I) foi elaborado para ser aplicado às referências e resumos encontrados, visando excluir os estudos que não atendiam aos seguintes critérios básicos de inclusão (PEREIRA, 2006):

• Período de publicação: foram incluídos estudos publicados entre o período de janeiro de 1997 a agosto de 2009;

• Idioma: estudos publicados em inglês, espanhol ou português;

O TR2 (Apêndice II) foi elaborado para possibilitar a inclusão ou exclusão definitiva, sendo aplicado, inicialmente às referências e resumo, e posteriormente aos artigos na íntegra. Neste, foram considerados como critérios de inclusão:

• Tipo de estudo: artigos primários;

• Assunto de interesse: constituir estudo que envolveu o uso de Aves, Moluscos e Peixes, como bioindicadores de contaminação por metais poluentes;

• Estudos que avaliaram a concentração de metais poluentes em Aves, Moluscos e Peixes;

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• Estudos que realizaram correlação de alterações ambientais por metais poluentes em Aves, Moluscos e Peixes.

O TR3 (Apêndice III) foi aplicado aos artigos na íntegra, e visava responder se os dados apresentados nos estudos foram claramente descritos. As questões de interesse se referiam a:

• O problema do estudo foi apresentado de forma clara; • Os objetivos do estudo são claramente definidos; • A metodologia é apresentada de forma clara; • São especificados os metais analisados; • O processo de análise é descrito claramente;

• Os resultados do estudo são apresentados de forma clara; • Os resultados do estudo atendem aos objetivos propostos;

• Todos os metais indicados para a avaliação aparecem nos resultados.

Fase 2 – Seleção das Fontes de Dados

Foram selecionadas para esta revisão, as seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE, REPIDISCA e SCIELO. Abaixo, são apresentadas algumas informações referentes às referidas bases de dados:

LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde): é uma base de dados cooperativa da Rede BVS que compreende a literatura relativa às ciências da saúde, publicada nos países da América Latina e Caribe, a partir de 1982. Atinge mais de 400.000 mil registros e contém artigos de cerca de 1.300 revistas mais conceituadas da área da saúde, das quais aproximadamente 730 continuam sendo atualmente indexadas e também possui outros documentos tais como: teses, capítulos de teses, livros, capítulos de livros, anais de congressos ou conferências, relatórios técnico-científicos e publicações governamentais (BVS, 2009). A busca foi efetuada por meio de descritores selecionados.

MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde): é uma base de dados internacional produzida pela NLM (National Library of Medicine, USA) e

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que contém referências bibliográficas e resumos de mais de 5.000 títulos de revistas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 países, desde 1966. Cobrem as áreas de: medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia, veterinária e ciências afins. A busca foi efetuada por meio de descritores selecionados.

REPIDISCA (Literatura em Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente): esta base de dados é coordenada pelo CEPIS (Centro Pan-Americano de Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente), tendo incorporado, a partir de 1994, registros da base de dados ECO, sobre Ecologia Humana e Saúde, e abrange a literatura publicada nos países da América Latina e Caribe (BVS, 2009). A busca foi efetuada por meio dos descritores selecionados.

SCIELO (Scientific Electronic Library Online): é um projeto consolidado de publicação eletrônica de periódicos científicos seguindo o modelo de Open Access, que disponibiliza de modo gratuito, na Internet, os textos completos de artigos de mais de 290 revistas científicas do Brasil, Chile, Cuba, Espanha, Venezuela e outros países da América Latina. Além da publicação eletrônica de artigos, Scielo provê enlaces de saída e chegada por meio de nomes de autores e de referências bibliográficas. Também publica relatórios e indicadores de uso e impacto das revistas (SCIELO, 2009). A busca foi efetuada por meio de descritores selecionados.

Fase 3 – Definição dos Descritores e Busca na Literatura

A seleção dos descritores se deu por meio de consulta ao DECs (Descritores em Ciências da Saúde) disponível na BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), obtendo-se os seguintes descritores: metais pesados (heavy metals), aves (birds), peixes (fishes), moluscos (mollusca), controle da contaminação ambiental (environmental contamination control), toxicidade (toxicity) e poluição ambiental (environmental pollution).

Finalmente, uma vez definido os descritores, os mesmos foram utilizados durante busca nas bases de dados selecionadas.

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Fase 4- Seleção de Estudos

Após busca nas bases de dados, foi realizada seleção dos estudos por meio da aplicação do TR1, TR2 e TR3.

O TR1 foi realizado por um pesquisador, e aplicado somente as referências e resumos encontrados, visando excluir os estudos de óbvia exclusão, ou seja, aqueles que não estavam publicados no período e idioma estabelecido para esta revisão.

A todas as referências e resumos de estudos incluídos nesta etapa foi aplicado o TR2, por dois pesquisadores de forma independente, visando responder se os estudos tratavam do tema de interesse. Desta forma, a primeira pesquisadora foi a autora principal, a Profª Ms. Ângela Lima Pereira atuou neste trabalho como convidada e “segundo pesquisador”, enquanto o Orientador deste estudo atuou como terceiro pesquisador e “juiz”.

Todos os estudos incluídos nesta fase foram acessados na íntegra, por meio de consulta direta aos periódicos disponíveis em Bibliotecas locais, em Goiânia e Jataí, Goiás; ainda, por meio de consulta aos Periódicos Capes, e por meio do SCAD (Serviço Cooperativo de Acesso a Documentos), disponível na BVS. Aos estudos acessados na íntegra foi aplicado novamente o TR2, e aos inclusos nesta etapa, foi aplicado o TR3, por dois pesquisadores de forma independente.

Diante dos desacordos entre os pesquisadores, quanto à inclusão ou não de algum estudo, foi solicitado um terceiro pesquisador, sendo respeitada a decisão do mesmo quanto à inclusão ou exclusão do estudo.

Fase 5 – Análise e Extração de Dados dos Artigos

Nesta fase foi utilizado um Roteiro (APÊNDICE VI), visando obter informações importantes ao alcance dos objetivos desta revisão, porém sucintas e que garantissem a rápida identificação de tópicos essenciais sobre os estudos pesquisados. Este roteiro buscou captar as seguintes informações:

• Referência bibliográfica completa; • Objetivos do estudo;

• Procedimentos; • Resultados;

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• Conclusões dos autores das obras incluídas nesta revisão.

Fase 6 – Apresentação dos Resultados

Os resultados dos estudos que fizeram parte da análise final são apresentados em quadro sinóptico (APÊNDICE V), de acordo com as categorias que emergiram, utilizando as informações extraídas dos artigos por meio do roteiro de análise e extração de dados.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Uma vez que diariamente são disponibilizados novos estudos nas bases de dados (PEREIRA, 2006), foi estabelecido um dia específico para realização da busca nas bases selecionadas. Desta forma, a busca para esta revisão foi realizada no dia 14 de agosto de 2009, gerando um total de 1654 referências de artigos, às quais foi aplicado o TR1. Todos os estudos incluídos nesta primeira etapa foram ordenados pelo nome do primeiro autor visando identificar e excluir repetições. Assim, foram excluídos 280 estudos, e incluídos 1374.

Aos 1374 estudos incluídos ao final desta primeira etapa, foi aplicado o TR2 ainda utilizando somente os resumos dos estudos. Todavia, quando estes não apresentavam informações suficientes que possibilitassem a aplicação do TR2, os estudos eram incluídos neste momento, para posteriormente serem novamente submetidos ao TR2, desta vez ao artigo na íntegra. Assim, após a primeira aplicação do TR2 foram excluídos 1304 estudos e incluídos 70.

Todos os 70 estudos foram acessados na íntegra, e então realizada novamente aplicação do TR2, que resultou em 39 exclusões, e 31 inclusões de estudos. Vale ressaltar que neste momento houve desacordos entre os pesquisadores quanto à inclusão ou não de seis estudos, sendo consultado um terceiro pesquisador que deu parecer favorável a inclusão de dois estudos e parecer contrário a inclusão de seis dos estudos.

Aos 31 estudos incluídos nesta etapa, foi aplicado o TR3, também por dois pesquisadores de forma independente, gerando um total de 17 exclusões, e 14 inclusões. Importante ressaltar que nesta fase houve desacordo entre os pesquisadores quanto à inclusão de dois estudos, todavia estes desacordos foram facilmente resolvidos entre os pesquisadores, não necessitando consultar um terceiro pesquisador.

De maneira geral, os problemas encontrados nos estudos durante aplicação do TR3 e que geraram exclusões estiveram relacionadas à falta de clareza na descrição dos objetivos e do percurso metodológico utilizado, falta de especificação dos metais analisados, falta de clareza na apresentação dos resultados e que por vezes eram amplos e não atendiam aos objetivos propostos. E o mais numeroso dos problemas identificados que levaram a exclusão desses artigos foi o fato de que nem

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todos os metais indicados na metodologia para a avaliação apareciam nos resultados.

Finalmente, todos os 14 estudos incluídos após aplicação dos TR3 foram submetidos à análise e extração dos dados. A síntese das informações extraídas é apresentada em forma de quadros sinópticos.

A figura 1 apresenta a síntese do percurso realizado desde a busca até a última seleção dos estudos que fizeram parte do corpus de análise final desta revisão.

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Figura 1. Percurso utilizado na Revisão Sistemática da Literatura sobre bioindicadores de animais de metais poluentes (BVS, 2009).

Busca na BVS: 1654 Referências TR1 Sim 70 TR3 Sim 14 Não17 Sim 1374 Não280 1° TR2 Não 1304 Análise de 14 artigos Legenda:

BVS: Biblioteca Virtual de Saúde TR1: Teste de Relevância 1 TR2: Teste de Relevância 2 TR3: Teste de Relevância 3 Sim 31 2° TR2 Não 39

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5.1. Quanto ao uso de Moluscos como bioindicadores de metais poluentes:

Dos três trabalhos selecionados nos quais os autores utilizaram moluscos como bioindicadores, no primeiro estudo foram utilizadas três espécies de moluscos comestíveis (Brotia costula, Clithon sp. e Melanoides tuberculata). Nesse estudo (Quadro 1), as concentrações de metais foram diferentes nas estruturas dos moluscos, as partes moles mostraram mais eficiência para acumular cobre (Brotia costula, Clithon sp. e Melanoides tuberculata) e as conchas demonstraram uma melhor eficiência na acumulação de arsênio (com exceção de Clithon sp.). Somente o mercúrio não foi detectado nessas espécies, e em ambas as estruturas (com exceção de Clithon sp.).

Os fatores que podem influenciar a bioacumulação de metais pesados em organismos aquáticos incluem o hábito alimentar (MANCE, 1990), taxa de crescimento, idade do organismo (PENTREATH, 1976) e biodisponibilidade dos metais, na qual pode sofrer influência da dureza água, pH e dos sedimentos (BESSER et al., 1996).

No segundo estudo (Quadro 2), no qual foi analisada a população de caramujos (Littoraria scabra), também se obteve resultados semelhantes ao primeiro com relação a acumulação de metais nas estruturas do corpo do caramujo. Houve diferença dos níveis de metais nas partes moles e nas conchas desses animais.

Caramujos podem acumular uma quantidade considerável de metais, quer da água circundante ou a partir de sua dieta (BRYAN et al.,1983). Estes metais podem se acumular em as partes moles do corpo, bem como em conchas de gastrópodes (KROLAK, 1998). Da mesma forma, nem todos os metais se acumulam uniformemente em conchas e partes mole do corpo de L. scabra (WOLF et al., 2001).

Apesar dos níveis relativamente baixos de metais pesados encontrados em

L. scabra, não quer dizer, necessariamente, que estes metais não sejam

nocivos, pois quando o molusco regula um metal, há muito gasto de energia para isso e, possivelmente, esta tarefa diminui o seu crescimento e/ou taxa de sobrevivência (RAINBOW, 1997).

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Q uad ro 1. M ol us co s co m o bi oi nd ic ado re s de m et ai s po lue nt es em águ a do ce . R E F E R Ê N C IA O B JET IV O P R O C E D IM E N T O S R E SU L T A D O S C O N C L U E S D O S A U T O R S. L au, M .M oha m ed , A .T an C hi n Y en , S. Su ’u t. A cc um ul at io n of he avy m et al s in fr es hw at er m ol lus cs . T he Sc ie nc e of th e T ot al E nv ir on m en t, v. 214 , p. 11 3-12 1, 199 8. D et er m in ar ade qu aç ão , em te rm os de sa úd e e se gur an ça , da s es pé ci es : C li ton sp. , B rot ia co st u la e M el an o ide s tub er cu la ta – e o po te nc ia l de ss as es pé ci es co m o bi oi nd ic ado re s de po lui çã o po r m et ai s pe sa do s em ec os si st em a de ág ua do ce . T ra ta -s e de um es tud o exp lo ra tór io , re al iz ado em K an an e Sg .B au em Sa ra w ak , M al ás ia ; se nd o co le ta da s am os tr as de se te di fe re nt es lo ca is .R ea liz ada aná lis e da pr es enç a de A s, C d, C u, H g, Pb e Z n, na s co nc ha s e te ci do s da s es pé ci es de m ol us co s B rot ia cos tu la e M el an o ide s tub er cul at a , co le ta da s na s m ar ge ns do ri o, a pa rt ir do se di m en to , ond e ge ra lm en te ha bi ta va m ; e de C li to n sp . co m um ent e enc ont ra da em su pe rf íc ie s ro cho sa s, tr onc os e ga lho s de ár vo re s. B rot ia cos tu la e M el an oi de s tu be rc u lat a fo ra m enc on tr ada s em um am bi ent e to ta lm ent e de ág ua do ce , as m es m as fo ra m co le ta da s ap ena s em do is po nt os am os tr ai s. B rot ia cos tu la m os tr ou qu e ho uv e um a m ar ca da di fe re nç a na ef ic iê nc ia de ac um ul aç ão de m et al ent re os te ci do s e a co nc ha . A s co nc ha s do m es m o de m on st ra ra m um a m el ho r ef ic iê nc ia na ac um ul aç ão de A s, enq ua nt o qu e os te ci do s er am m ai s ef ic ie nt es no ac úm ul o de Z n e C u. E ss es tr ês m et ai s fo ra m enc ont ra do s ac im a do ní ve l pe rm iti do . O s out ro s m et ai s (C d, H g e Pb) nã o fo ra m de te ct ado s na co nc ha e no te ci do .M el an oi de s tu be rc u lat a m os tr ou um a pr ef er ênc ia di fe re nt e pa ra a ac um ul aç ão de m et ai s em co m pa ra çã o co m B rot ia cos tu la . A co nc ha da m es m a ap re se nt ou um a m ai or af ini da de pa ra o A s, C d, Pb e Z n, enq ua nt o os te ci do s ac um ul ar am m ai or es co nc ent ra çõe s de C u. H g nã o fo i de te ct ado ne m no te ci do ne m na co nc ha . A lé m di ss o, A s, C u e Z n ul tr apa ss ar am o ní ve l de co nc ent ra çã o pe rm iti do .C li ton sp .f oi a ún ic a es pé ci e qu e fo i enc ont ra da em to do s os po nt os am os tr ai s. H g fo i de te ct ado ap ena s no te ci do , en qu ant o Pb ape na s na co nc ha . A bi oa cum ul aç ão ne ss a es pé ci e fo i m ui to m eno r em com pa ra çã o co m as out ra s du as . O s te or es de A s fo ra m sup er io re s ao s pe rm iti do s e os ní ve is de Z n, H g e C u es ta va m ac im a do m áxi m o pe rm iti do . C d nã o fo ide te ct ado em ne nh um a am os tr a. O s m or ado re s qu e ao lo ng o de Sg . Sa ra qu e se al im en ta m de ss es m ol us co s es ri sc o de env ene na m en to po r A s, C u e Z de C d, H g e Pb fo ra m ba ixo s no s m ol us co s. O s tr ês m ol us co s apr es ent ar am al gum as ca ra ct er ís ti ca ade qu ada s pa ra se re m ut ili za bi oi nd ic ado re s de m et ai s pe sa do s no aqu át ic o.

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Q uad ro 2. M ol us co s co m o bi oi nd ic ado re s de m et ai s po lue nt es em ár ea s de m an gu e. R E F E R Ê N C IA O B JET IV O P R O C E D IM E N T O S R E SU L T A D O S C O N C L U E S D O S A U T O R E H . de W ol f, S. A . U lo m i, T . B ac ke lja u, H . B . Pr at ap e R . B lus t. H ea vy m et al le ve ls in th e se di m en ts of fo ur D ar es Sa la am m ang ro ve s A cc um ul at io n in , and ef fe ct on the m or ph ol og y of the pe ri w ink le , L it to rar ia sc ab ra (M ol lus ca : G as tr opo da ). E nv ir on m en t In te rn at io na l, v. 26 , p. 24 3-24 9, 200 1. In ve st ig ar a es tr ut ur a m or fo lóg ic a da po pu la çã o do ca ra m uj o do m ina nt e na ha bi ta çã o de m ang ue , L it tor ar ia sc ab ra , co le ta da s em to da s as qu at ro ár ea s de m ang ue ;de te rm in ar e co m pa ra r as co nc ent ra çõe s de m et ai s pe sa do s em se di m en to s co m a co nc ent ra çã o de m et ai s pe sa do s de te rm ina do s na s pa rt es m ol es do co rp o, be m co m o na s co nc ha s do s L . sc ab ra . A ind a, com pa ra r ní ve is de m et ai s pe sa do s m edi do s em 19 88 no s se di m en to s de M si m ba zi pa ra av al ia r as al te ra çõe s na po lui çã o po r m et ai s pe sa do s em to rno do po rt o de D ar es Sa la am du ra nt e a dé ca da pa ss ada . E m 1998 , L . sc ab ra fo i co le ta da em qu at ro se m el ha nt es lo ca is de m ang ue ao lo ng o do lit or al D ar es Sa la am .U m to ta lde 80 es pé ci m es fo i co le ta do , 20 em ca da lo ca l, e fo ra m ca ra ct er iz ado s m or fo log ic am ent e. U m ad ic io na l de 120 es pé ci m es co le ta do s no s m es m os lo ca is fo i us ado pa ra aná lis e de m et ai s pe sa do s. A s co nc ha s e as co rr es po nd en te s pa rt es m ol es do co rpo fo ra m se pa ra da s, se ca s e ar m az ena da s. E m ca da lo ca l, du as am os tr as de se di m en to s fo ra m co le ta da s. Pr at a, al um ín io , ar sê ni o, cá dm io , co ba lt o, cr om o, co br e, fe rr o, m ang anê s, ní que l, chu m bo , es tr ôn ci o e zi nc o fo ra m m edi do s no se di m en to , de pa rt es m ol es do co rpo , e am os tr as de co nc ha s pe lo m ét odo de es pe ct ro sc op ia de em is sã o at ôm ic a co m pl as m a ind ut iv am ent e ac opl ad o. A ef ic iê nc ia ana lít ic a do m ét odo fo i ve ri fi ca da ut ili za ndo m at er ia l de re fe rê nc ia pa dr ão ( M yt il us edu li s, C R M 278 R ) do Se rv iç o C om un it ár io de R ef er ênc ia (B C R ), di ge ri do e an al is ado da m es m a m ane ir a co m o as am os tr as . Pa dr õe s m or fo m ét ri co s fo ra m inv es ti ga do s po r m ei o de aná lis e de va ri ânc ia m ul ti va ri ada (M A N O V A ). T oda s as an ál is es es ta tís ti ca s, co m ex ce çã o da aná lis e de co rr es po nd ênc ia , fo ra m re al iz ada s ut ili za nd o St at is tic a v. 5. 0 (S ta ts of t19 95) . Pa ra a aná lis e de m et ai s pe sa do s em se di m en to s, to do s os el em en to s, exc et o A s e C d, ca iu de nt ro do li m ite de de te cç ão e po de ri a se r m ed ida no s se di m ent os , pe lo m eno s, um a am os tr ag em lo ca l. D es te s el em ent os , ap ena s A g, Fe , M n e Z n di fe ri ra m si gni fi ca tiv am en te ent re os lo ca is de am os tr ag em .C onc ent ra çõe s de Fe ,M n e Z n di m inu ír am de M si m ba zi pa ra M bw en i, enqu ant o A g nã o se re ve lo u um cl ar o pa dr ão ge og rá fi co . T odo s os ou tr os el em ent os fo ra m de te ct ado s ape na s em M si m ba zi ou re ve la ra m um a te ndê nc ia di m inu iç ão da co nc ent ra çã o de M si m ba zi pa ra M bw eni (i st o é, A l, C o, C r, N i e Sr ). C om exc eç ão de M n e N i, as co nc ent ra çõ es de to do s os m et ai s aum ent ar am no se di m en to de M si m ba zi ent re 1988 e 19 99 . E st e aum en to é m ai s ev id ent e pa ra o A l, Fe , e C r. C om re la çã o à aná lis e de m et ai s pe sa do s e te ci do s m ol es , to do s os el em ent os , exc et o pa ra o A l, ca iu de nt ro do li m ite de de te cç ão e es ti ve ra m pr es en te s em pe lo m eno s um lo ca l. A m os tr as co m di fe re nç as si gn if ic at iv as lo ca is fo ra m obs er va do s pa ra C u, M n, Sr e Z n. D es te s el em ent os C u, M n e Z n di m inu ír am de M si m ba zi pa ra M bw eni . O ut ro s el em en to s nã o re ve la ra m ne nhu m pa dr ão ge og rá fi co cl ar o (A g, C d, C r e Fe ), só fo ra m de te ct ado s em M si m ba zi (o u se ja , A s, C o, N i, Pb) , ou re ve la ra m um a te nd ênc ia de cr es ce nt e de co nc ent ra çã o pa ra os lo ca is m eno s po luí do s (o u se ja , Sr ). E xc et o pa ra Sr , to do s os out ro s m et ai s nã o fo ra m de te ct ado s na s co nc ha s do s L . sc a br a (i st o é, A g, A l, A s, C d, C o, C r e N i) ou oc or re u em B as ea do no aum ent o do s ní ve is de co po r m et ai s no s úl ti m os 10 ano s, pa po lui çã o po r m et ai s pe sa do s es tá ra pi da m ent e em to rno da ár ea de D ar E st e aum ent o es tá re la ci on ado co m de se nv ol vi m ent o indu st ri al e de sc ont te m si do ex er ci da se m di spo si çã o es pe li da r co m a po lui çã o am bi ent al qu e es tá com es te de se nv ol vi m ent o ind us tr ia l. ní ve is at ua lm ent e re la tiv am ent e ba ixo pe sa do s enc ont ra do s no s se di m en to s co rpo m ol e de L . sc ab ra co le ta da s ao re de D ar es Sa la am , o cui da do é ne m edi da s de ve m se r to m ada s a fi m de co te nd ênc ia a po lui çã o e ga ra nt ir a bi odi ve rs id ade do m ang ue no ec os si st em da T anz âni a.

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co nc ent ra çõe s m ui to m eno re s em com pa ra çã o co m aqu el es m edi do s no s te ci do s m ol es de L . sc ab ra . A pe na s as co nc ent ra çõe s de M n na s co nc ha s di fe ri ra m si gni fi ca tiv am en te en tr e os di fe re nt es lo ca is , di m inu ind o de M si m ba zi pa ra M bw eni . A s co nc ent ra çõe s na co nc ha de out ro s el em ent os nã o re ve la ra m um pa dr ão ge og rá fi co (i st o é, C u, Fe , Sr e Z n) , ou só fo ra m de te ct ado s em M si m ba zi (i st o é, Pb ). É es se nc ia lm ent e um a exp re ss ão do A l, Fe e Z n no s se di m en to s m ed ido s se nd o us ado pa ra di sc ri m in ar M si m ba zi do s lo ca is re st an te s. E le ind ic a qu e es te s m et ai s oc or re m em co nc ent ra çõe s m ai s el ev ada s em M si m ba zi , enqu ant o o âng ul o ent re os ve to re s ilus tr a qu e os tr ês m et ai s ap re se nt am um pa dr ão se m el ha nt e de oc or rê nc ia no s se di m ent os do s qu at ro lo ca is de m ang ue . O ut ra s im po rt an te s ca ra ct er ís tic as inc lue m va ri áv ei s de Fe ,Z n e Sr , qu e fo ra m m edi do s em te ci do s m ol es , e Sr , o qu e fo i m ed ido em co nc ha s de L . sc ab ra . E le re ve la que os se di m ent os e pe rf is de pa rt es m ol es de m et ai s pe sa do s de am bo s Fe e Z n nã o co rr es po nd em be m , enqu ant o as m edi çõe s qu e o te ci do Fe e Z n ap re se nt am um pa dr ão se m el ha nt e de oc or rê nc ia . M edi da s de Sr na s co nc ha s nã o co rr es po nd e be m co m as m edi da s de Sr em te ci do s m ol es da L . sc ab ra , co m o il us tr a o po si ci ona m en to de op os iç ão de am bo s os ve to re s.

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não especificaram as espécies. Como não foi estabelecido, em nenhum dos Testes de Relevância, que os estudos especificassem a espécie de molusco utilizado, todos estes foram incluídos nesta revisão. Neste estudo (Quadro 3), as concentrações de metais nas ostras e nos mexilhões diferiram significativamente. Essas concentrações podem refletir o fato de que ostras e mexilhões não são semelhantes nas suas habilidades em concentrar elementos traços (O’CONNOR, 1993).

5.2. Quanto ao uso de Peixes como bioindicadores de metais poluentes: Dos quatro trabalhos selecionados sobre peixes, o primeiro utiliza como bioindicador de poluição por metais poluentes uma espécie de peixe de água doce, o Bagre Africano (Clarias gariepinus) analisando os metais em amostras de rim, fígado, brânquias e coração. A respeito desde trabalho (Quadro 4) em todas as amostras (rim, fígado, brânquias e coração) o zinco apresentou maior concentração que os demais metais, e em quase todas as amostras o cádmio foi o que apresentou a menor concentração, apenas nas amostras de brânquias não apresentou a menor concentração. No entanto, as concentrações de todos os metais analisados nesse estudo foram superiores ao limite aceitável para o consumo.

O segundo estudo também analisa em amostras de rim, fígado, brânquias e músculo a concentração de metais poluentes em 29 espécies de peixes (Lampetra planeri, Anguilla anguilla, Esox lucius, Umbra pygmea, Salmo trutta,

Cyprinus carpio, Abramis brama, Alburnus alburnus, Alburnoides bibunctatus, Barbus barbus, Blicca bjoerkna, Carassius auratus gibelio, Gobio gobio, Leuciscus cephalus, Leuciscus idus, Phoxinus phoxinus, Pseudorasbora parva, Rhodeus sericeus, Rutilus rutilus, Scardinius erythrophtalmus, Tinca tinca, Cobitis taenia, Barbatula barbatula, Ictalurus nebulosus, Gasterosteus aculeatus, Pungitius pungitius, Cottus gobio, Lepomis gibbosus e Perca fluviatilis). Sobre este trabalho (Quadro 5), os resultados do estudo

demonstraram claramente que, mesmo em um ambiente muito elevado de contaminantes e/ou níveis de metais nos tecidos, um número considerável de

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Q uad ro 3. M ol us co s co m o bi oi nd ic ado re s de m et ai s po lue nt es na co m uni da de aqu át ic a em ár ea de lit or al . R E F E R Ê N C IA O B JET IV O P R O C E D IM E N T O S R E SU L T A D O S C O N C L U E S D O S A U T O R J. Fr an co , A . B or ja , O . So la un e V .P ér ez .H ea vy m et al s in m ol lus cs fr om th e B as qu e C oa st (N or th er n Sp ai n) : re sul ts fr om an 11 -y ea r m oni to ri ng pr og ra m m e. M ar in e P ol lu ti on B ul le ti n, v. 44, p. 956 -97 6, 200 2. In ve st ig ar a qu al ida de do m ei o am bi ent e m ar inh o ao lo ng o da ár ea do lit or al do pa ís de B as que . D ent ro de ca da um a da s ár ea s (q ua tr o es tuá ri os e um a lo ca li za da na co st a) , tr ês am os tr as lo ca li za da s fo ra m se le ci ona da s. M ol us co s fo ra m co le ta do s bi anu al m ent e. C onc ent ra çã o de m et ai s po lue nt es em m ol us co s fo ra m ana lis ad as us and o o m ét odo de sc ri to po r So la un et al ., (200 1) . E m to rno de 50 m exi lh õe s ou 30 os tr as ,f or am am os tr ado s em ca da ár ea .C d, C u, Z n, Pb , C r, N i, H g, A s e A g fo ra m ana lis ado s po r es pe ct ro m et ri a de ab so rç ão at ôm ic a. H g fo i de te ct ado po r va po r fr io , A s po r ge ra çã o de hi dr et o e os re sí du os de m et ai s po r fo rno de gr af it e us and o a co rr el aç ão de Z ee m an . A fi m de inv es ti ga r di fe re nç as si gni fi ca tiv as en tr e es pé ci es e es ta çõe s do ano , o te st e de M ann-W hi tn e fo i us ado . A lo ng o pr az o te nd ênc ia s fo ra m te st ad as pa ra obt er um a an ál is e es ta tís ti ca si gni fi ca tiv a us and o a co rr el aç ão de Spe ar m an ’s . T oda a aná lis e es ta tís ti ca fo i re al iz ado us and o St at gr aph ic s Pl us 5. 0. 185 am os tr as de m exi lh õe s e 145 de os tr as fo ra m ana lis ad as at é o pr es en te .A m édi a da co nc ent ra çã o de m et ai s po lue nt es no out ono – inv er no fo i m ai s al ta que na pr im av er a – ve rã o, em bo ra di fe re nç as si gni fi ca tiv as fo ss em so m ent e es ta be le ci da s pa ra Z n, N i, A g e H g. C on ce nt ra çõe s de C u, Z n e A g fo ra m si gni fi ca tiv am ent e sup er io re s em os tr as qu e em m exi lhõ es , co ns ide ra nd o qu e o co nt rá ri o é ve rda de ir o pa ra Pb . A m édi a de co nc ent ra çã o em os tr as fo i um a or de m de m ag ni tu de su pe ri or qu e em m ex ilhõ es pa ra C u; el es fo ra m tr ês ve ze s su pe ri or es pa ra Z n e A g. A m édi a da co nc ent ra çã o de Pb em m ex ilhõ es fo i qu as e du as ve ze s m ai or que em os tr as . O s re sul ta do s de st e es tud o m os tr am m ol us co s da co st a de B as que re su lta pa dr ão no rm al de va ri abi lida de no m et ai s po lue nt es , re la ci ona da s co m as es ta çõ es e es pé ci es . A s co nc ent ra çõe re la ta da s em out ro s pr og ra m as de m oni em to do o m undo re fl et em um a cl ar a inf at iv ida de s hu m ana s. N o ent an to , po uc te m po ra l es ta tis ti ca m en te si gni fi ob se rv ad a, em bo ra to da s as te nd ênc cr es ce nt es de nt ro da va ri abi lida de A lg um as da s te nd ênc ia s de cr es ce nt es re pr es en ta r um a m el ho ri a re al da qua ág ua , as so ci ado à in st al aç ão de tr at re gi m es de es go to s em al gun s do Fi na lm en te , de ac or do , co m as po lí ti do s E U A , m em br os de E st ado po de m 2005 qu e ág ua s re si dua is ur ba na s la si st em as co le to re s de ve ri am se r tr at am ent o se cund ár io ant es da de sc ar es tud os fut ur os po de m re ve la r ba ixa co de m et ai s em m ol us co s.

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Q uad ro 4. P ei xe s co m o bi oi nd ic ado re s de po lu iç ão aqu át ic a em re gi õe s pr óxi m as a ár ea s in du st ri ai s. R E F E R Ê N C IA O B JET IV O P R O C E D IM E N T O S R E SU L T A D O S C O N C L U E S D O S A U T O R E .O . Fa ro m bi , O .A . A de lo w o, Y .R . A ji m oko . B io m ar ke rs of oxi da tiv e st re ss and he avy m et al le ve ls as in di ca to rs of env ir onm ent al po ll ut io n in A fr ic an ca t fi sh (C la ri as ga ri ep inu s) fr om N ig er ia O gun R iv er . In te rn at io na l Jo ur nal of E nv ir on m en tal R es ea rc h an d P ub lic H eal th ,v .4 , n. 2, p. 15 8-16 5, 200 7. D et er m in ar os ní ve is de Z n, C u, C d, A s e Pb no ri m , fí ga do , br ân qu ia s e co ra çã o de C la ri as ga ri epi nus , al ém de av al ia r es tr es se am bi en ta l aqu át ic o at ra vé s de enz im as ant io xi da nt e com o sub st itu to de bi om ar ca do re s de po lui çã o aqu át ic a, no R io O gun loc al iz ado pe rt o de se is gr and es ind us tr ia s na pa rt e oc ide nt al da N ig ér ia . A s am os tr as de pe ixe s fo ra m pe sa da s e di ss ec ada s e o fí ga do ,c or aç ão ,br ân qui as e ri m so fr er am tr at am en to s es pe cí fi co s pa ra co ns er va çã o e po st er io r an ál is e. O s ní ve is de m et ai s pe sa do s fo ra m de te rm in ado s co m aux ili o de um es pe ct ro fo tôm et ro de ab so rç ão at ôm ic a de vo lum e ci en ti fi co (A E S, sé ri e 200 0) . G lu ta ti on a fo i de te rm ina do de ac or do com Jo ll ow et al . (197 4) e G lu ta ti ona S -tr ans fe ra se fo i de te rm ina da pe lo m ét odo de H abi g et al . (197 4) . A at iv ida de de sup er óx ido di sm ut as e fo i de te rm ina da m ed ind o-se a ini bi çã o da au to xi da çã o de ep ine fr ina em pH 10 ,2 a 30 ºC ,c om o de sc ri to po r M ag w er e et al ., (19 97) e a at iv id ade da ca ta la se fo ide te rm in ad a de ac or do co m o pr oc edi m ent o de C la ir bo rne (19 95) , se gui nd o a abs or çã o de pe róx ido de hi dr og êni o a 240 nm , pH 7, 0 e 25 ºC . M al ond ia lde ído fo i de te rm ina do pe la m edi çã o da s sub st ânc ia s re ag ind o co m ác ido ti oba rbi tú ri co , co m o de sc ri to po r Fa ro m bi et al ., (200 0) . T od as as va ri áv ei s fo ra m te st ada s pa ra di st ri bu iç ão no rm al us and o o te st e de K ol m og or ov -S m ir no v (P > 0, 05 ) e pa ra ho m og ene ida de de va ri ânc ia en tr e os gr up os ut ili za m os o T es te de L ev ene ’s (P > 0, 05 ). A N O V A fo i ut ili za do pa ra co m pa ra r os gr upo s exp er im ent ai s. Se ho uv e di fe re nç as si gni fi ca tiv as (P <0 ,05 ), os gr up os de tr at am ent o fo ra m co m pa ra do s co m o gr upo co nt ro le at ra vé s do te st e st ud en t’ s. T od as as es ta tís ti ca s fo ra m re al iz ada s no SA S (O si st em a pa ra o W ind ow s, v8, SA S Ins ti tu te Inc ., C ar y, N C ). A s co nc ent ra çõ es de C d, Pb, A s, C u e Z n em to do s os ór gã os fo ra m sup er io re s ao li m ite ac ei tá ve l pa ra o co ns um o. A lé m di ss o, os ní ve is de m et ai s no s ór gã os do s pe ix es do ri o O gun fo ra m sup er io re s ao s do s ní ve is do s pe ixe s co nt ro le .O s ní ve is de m et ai s pe sa do s va ri ar am en tr e 0, 25 -8 ,96 pp m no co ra çã o, 0, 69 -1 9, 05 pp m no s ri ns , 2, 10 -19 ,7 5 pp m no fí ga do e 1, 95 -20 ,35 pp m na s br ân qu ia s. A ti vi da de enz im át ic a de sup er óxi do di sm ut as e aum en to u 61 % no fí ga do ,50 % no s ri ns e no co ra çã o em 28 % , enqu ant o qu e um a di m inu iç ão si gni fi ca tiv a (44 % ) fo i obs er va da na s br ân qu ia s com pa ra da à da pi sc ic ul tu ra de A go di (P <0, 00 1) . Pe lo co nt rá ri o, ho uv e 46 % , 41 % , 50 % e 19% de di m inu iç ão da at iv id ade da ca ta la se no fí ga do ,r im ,br ânq ui as e co ra çã o re spe ct iv am en te .O s ní ve is de at iv id ade s de gl ut at io na S-tr anf er as e no fí ga do , ri m e co ra çã o au m ent ar am 62 % , 72 % e 37 % , re spe ct iv am en te , en qu an to ho uv e di m inu iç ão si gni fi ca ti va (41 % ) na s br ân qu ia s co m pa ra da co m a da pi sc ic ul tu ra de pe ixe s de A go di . C on ce nt ra çã o de gl ut at io na aum en to u si gni fi ca ti va m en te em 81 % , 83 % e 53 % no fí ga do ,r im e co ra çã o, re spe ct iv am en te . D im inu iç ão de 44 % na s br ân qu ia s fo i obs er va da co m pa ra da co m os pe ix es co nt ro le . N ív ei s de m al ond al de ído fo ra m si gni fi ca tiv am en te el ev ado s no fí ga do , ri m , br ân qu ia s e co ra çã o de 17 7% , 10 2% , 168 % e 71% , re sp ec ti va m en te , em com pa ra çã o co m a pi sc ic ul tu ra de A go di . O es tu do co nc lu i qu e a el ev ada co nc C d, Z n, Pb , C u e A s ac um ul ado no co ra çã o e br ân qu ia s do s pe ixe s do R io pr ov av el m en te , de vi do ao el ev ado at iv id ad es ind us tr ia is , pe rt o do ri o. es ta r re la ci ona do às at iv ida de s de al enz im a ant io xi da nt e e out ro s bi om ar es tr es se oxi da tiv o em C la ri as ga ri epi n ca us ar di sf un çã o bi oqu ím ic a de st a es di ss o, os re sul ta do s fo rne ce m ev idê nc bi om ar ca do re s enz im át ic os ou nã o enz es tr es se oxi da ti vo po de m se r ind ic ad or de po lui çã o aq uá ti ca .

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Q uad ro 5. P ei xe s de águ a do ce co m o bi oi nd ic ado re s de po lu iç ão am bi en ta lpo r m et ai s po lue nt es . R E F E R Ê N C IA O B JET IV O P R O C E D IM E N T O S R E SU L T A D O S C O N C L U E S D O S A U T O R L . B er vo et s, G . K na epk ens , M . E ens e R . B lus t. Fi sh co m m un it y re spo ns es to m et al po ll ut io n. E nv ir on m en tal P ol lu ti on , v. 138 , p. 338 -34 9, 20 05 . In ve st ig ar a es tr ut ur a da co m un ida de de pe ix es em di ve rs os cur so s de ág ua em Fl an dr es co m di fe re nt es ní ve is de po lui çã o po r m et ai s, inc lu ind o um gr adi en te de po lu iç ão po r m et al . Q ua re nt a e se te lo ca is de am os tr ag em , ca ra ct er iz ado s po r di fe re nt es ní ve is de co nt am ina çã o po r m et ai s, fo ra m se le ci ona do s no E sc al da e ba ci a do ri o M os a, em Fl and re s, B él gi ca . A s am os tr as de ág ua fo ra m co le ta da s em do is ex em pl ar es de to do s os m es es en tr e ja ne ir o e jul ho de 2001 em to da s as lo ca li za çõe s de am os tr as . E m to do s os lo ca is de co le ta de pe ix es fo ra m ca pt ur ado s en tr e D ez em br o de 2000 e Ja ne ir o de 20 01, po r pe sc a el ét ri ca . C ádm io ,c oba lt o, cr om o, co br e, ní qu el ,c hu m bo e zi nc o fo ra m m edi do s na ág ua e am os tr as de te ci do de pe ixe po r um m ét odo de es pe ct ro m et ri a de em is sã o óp ti ca co m pl as m a ind ut iv am en te ac opl ado (I C P -A E S) ou po r es pe ct ro m et ri a de m as sa co m pl as m a ind ut iv am en te ac opl ado (I C P-M S) .D oi s índ ic es de di ve rs id ade de es pé ci es fo ra m ca lc ul ado s: M en hi ni ck e Sh ann on. Pa ra re la ci ona r as re spo st as da co m un ida de de pe ixe s à co nt am ina çã o po r m et ai s, da do s so br e os ní ve is de m et ai s di ss ol vi do s em ca da lo ca l de es tu do fo ra m co nv er ti do s pa ra un ida de s tó xi ca s. R eg re ss õe s line ar es e nã o-li ne ar es fo ra m ut ili za da s pa ra ana lis ar os da do s. N os lo ca is 1-16 , to do s pe rt enc ent es ao R io N et e, os ní ve is de di ss ol uç ão de um ou m ai s m et ai s exc ed eu os cr it ér io s de qua li da de da ág ua .A lt as co nc ent ra çõe s de C d e Z n fo ra m m edi da s, co m gr adi ent es de po lu iç ão po r m et ai s co m pr ee nd ido s en tr e o loc al 2 pa ra o lo ca l 12 . N os lo ca is 1 e 13 , ní ve is de C d e de Z n ta m bé m fo ra m el ev ado s. A lé m di ss o, al to s ní ve is de C d fo ra m m edi do s no s lo ca is 14 , 15 e 16 e ní ve is m ui to el ev ado s de N i no lo ca l 16 . C ri té ri os de qu al ida de da ág ua nã o fo ra m exc edi do s em qu al qu er do s out ro s lo ca is . N o to ta l, 29 es pé ci es fo ra m ca pt ur ada s, a m ai or ia de la s pe rt enc en te ao C ypr ini da e. U ni da de s tóx ic as co m ba se no s ní ve is do m et al na ág ua e cr ité ri os de qu al id ade da ág ua (T UW ) va ri ar am de 0, 07 a 11 ,8 . N os lo ca is de 20-47 , T UW se m pr e fo i ≤ 1. U ni da de s de te ci do s tó xi co (T U t) , fo ra m m edi do s so m ent e em pe ix es do s lo ca is 1-23 . N es se s lo ca is T U t va ri ou en tr e 1 e 38 ,5 . O s re su lta do s do es tu do de m ons tr ar am qu e, m es m o qu e a co nt am ina çã o am m ui to el ev ado e/ ou ní ve is de m et ai s se ja m el ev ado s, um nú m er o co ns es pé ci es de pe ixe s es ta va m pr es ent es (po lo ca is de 3 e 4) . Po r ou tr o la do , al gun ba ixo s ní ve is de m et ai s e de bo a qu ca ra ct er ís tic as da ág ua co nt inh a po uc (po r ex em pl o, lo ca is ,2 7, 36 e 41 ). U m pe ix es sã o re la tiv am ent e m óv ei s, é m ui qu e ap ena s as fa se s da vi da re si st en te s pr io ri tá ri as se rã o pr es en te s no co nt am ina do s. Is to , obv ia m ent e, nã o é índ ic es de di ve rs ida de ou no ín di ce A com bi na um co nj un to de m ét ri ca s, es pé ci es co m se ns ibi lida de e de re cr ut ef ei to s so br e as m ai s se ns ív ei s es pé ci es vi da se rá re fl et id o no índ ic e. D e m ane es tud o co nc lui u qu e a po lu iç ão po ec os si st em as aqu át ic os po de se r av es tr ut ur a da co m un ida de de pe ixe s. O se r um índ ic e ade qua do pa ra a av po lui çã o po r m et ai s, de sde qu e ca ra ct qu al id ade da ág ua cum pr am cr ité ri os de nã o es te ja m inf lue nc ia nd o ne ga ti es tr ut ur a da co m un ida de de pe ixe s.

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baixos níveis de metais e de boa qualidade das características da água continham poucas espécies. Uma vez que os peixes são relativamente móveis, é muito provável que apenas as fases da vida resistentes ou espécies prioritárias estariam presentes nos locais contaminados (BERVOETS et al., 2005).

O terceiro estudo avalia a concentração de metais poluentes em amostras de tecido muscular (filé) de onze espécies de peixes (Amia calva, Micropterus

salmoides, Ictalurus punctatus, Esox niger, Perca flavescens, Pomoxis nigromaculatus, Anguilla rostrata, Lepomis microlophus, Lepomis macrochirus, Lepomis auritus e Minytrema melanops). Nesse trabalho (Quadro 6) os níveis

de metais variaram significativamente entre as espécies. Até certo ponto, diferenças nos níveis de metais podem refletir com a idade, peixes mais velhos e maiores apresentaram níveis mais altos de contaminantes (PHILLIPS et al., 1980; LANGE et al., 1994). Além disso, vários outros fatores afetam a bioacumulação de metais em peixes, incluindo biodisponibilidade do metal que pode variar com o pH da água (SPRY e WINER, 1991). A captação de metais por peixe é influenciado tanto pelas propriedades físicas como pela presença de outras substâncias. Por exemplo, toxicidade de cobre é inversamente correlacionada com a dureza da água e alcalinidade (CHAKOUMAKOS, 1979), resultados semelhantes foram também encontrados para as aves.

E o quarto estudo analisa a concentração de metais em amostras de carne e de brânquias em duas espécies de peixes (Mullus barbatus, ou em alternativa em alguns casos, Mullus surmuletus e Boops boops). Os resultados sobre esse trabalho (Quadro 7), sugerem que as espécies de peixes utilizadas, bem como os tecidos dos peixes selecionados, apresentaram bastante eficácia na utilização como bioindicadores para acompanhar a evolução temporal de metais, apesar das concentrações de metais encontradas terem sidos baixas, foram semelhantes a outras áreas do Mar Mediterrâneo.

Devido às suas diferentes funções no processo de bioacumulação, a carne do tecido (músculo), fígado e brânquias são os mais freqüentemente utilizados para a análise. A carne é preferida porque é o destino final do tecido para o armazenamento de metal; além disso, a carne é a principal parte comestível dos peixes e seu estudo constitui a ferramenta para a proteção da saúde

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