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Comunidade de abelhas e vespas solitárias no Parque Ecológico do Córrego Grande obtidas através de ninhos-armadilha

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Luisa Ribeiro Gonçalves

Comunidade de abelhas e vespas no Parque

Ecológico do Córrego Grande obtidas através de

ninhos-armadilha

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientadora: Profª Drª Josefina Steiner

Florianópolis - SC 2018

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Luisa Ribeiro Gonçalves

Comunidade de abelhas e vespas no Parque

Ecológico do Córrego Grande obtidas através de

ninhos-armadilha

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas.

Florianópolis, ____ de novembro de 2018.

Banca Examinadora:

_______________________________ Prof ª Drª Josefina Steiner

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

_______________________________ Drª Marcia Regina Faita

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

_______________________________ Profº Lucas Marques de Camargo

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,

através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.

Gonçalves, Luisa Ribeiro

Comunidade de abelhas e vespas no Parque Ecológico do Córrego Grande obtidas através de ninhos-armadilha / Luisa

Ribeiro Gonçalves ; orientadora, Josefina Steiner , 2018. 26 p.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Graduação em Ciências Biológicas, Florianópolis,

2018. Inclui referências.

1. Ciências Biológicas. 2. abelhas. 3. vespas. 4. Apoidea. 5. nidificação. I. , Josefina Steiner. II. Universidade Federal de Santa Catarina. Graduação em

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RESUMO

No período de dezembro de 2017 a junho de 2018 foram registradas espécies de abelhas e vespas com modo de vida solitário ocorrentes no Parque Ecológico do Córrego Grande, Florianópolis - SC. Para realizar tal estudo foram distribuídos pela área do parque diferentes tipos de ninhos-armadilha: segmentos de bambu, blocos de madeira e caixas-de-madeira. As nidificações obtidas em blocos de madeira correspondem a 44,17% de ocupação desse tipo de ninho. As emergências de abelhas e vespas foram registradas no período de março a junho. As espécies de abelhas obtidas referem-se a duas espécies polinizadoras e uma espécie cleptoparasita; das famílias Apidae e Megachilidae. Dentre as espécies de vespas foram obtidos representantes da família Apoidea (Sphecidae e Crabronidae) e Vespoidea (Pompilidae), bem como parasitas destas, pertencentes às famílias Chrysididae e Ichneumonidae. Dentre as vespas caçadoras esfeciformes, as espécies encontradas utilizam aranhas e baratas como proteína animal para o aprovisionamento de suas crias. A relação de parasitismo é também comentada neste estudo.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 6 2. OBJETIVO ... 8 3. MATERIAIS E METODOLOGIA ... 8 3.1. Área de Estudo ... 8 3.2. Materiais ... 9 3.3. Procedimentos ... 10 4. RESULTADOS ... 12 5. DISCUSSÕES ... 19 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 24 REFERÊNCIAS ... 25

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1. INTRODUÇÃO

Os insetos constituem grande parte da biodiversidade global de espécies. Este grupo de invertebrados desempenha importantes funções no meio ambiente realizando reciclagem de nutrientes, polinização, atuam sobre a comunidade botânica por meio da fitofagia, servindo de alimento para animais insetívoros, além de atuarem como vetores de doenças e parasitas (GULLAN, 2007). Segundo WILSON (1987), sem a presença de insetos a maioria dos vertebrados entraria em extinção, incluindo o ser humano.

A ordem Hymenoptera compreende as abelhas, as vespas e as formigas. Seus representantes normalmente apresentam antenas com 10 ou mais segmentos, 5 segmentos tarsais e aparelho bucal mandibulado (TRIPLEHORN, 2005). Os indivíduos de espécies aladas possuem 2 pares de asas, a metamorfose é completa e possuem ovipositor bastante desenvolvido, podendo, em alguns casos, ser modificado para um ferrão (TRIPLEHORN, 2005).

A superfamília Apoidea consiste em todas as abelhas e algumas famílias de vespas. As abelhas apresentam um comportamento diferenciado das demais espécies dentro da ordem Hymenoptera no que se refere a utilização de recursos tróficos, pois, além de se alimentarem do néctar das flores como grande parte das outras espécies, as abelhas também utilizam o pólen das flores como provisão de alimento para suas larvas (MICHENER, 2000). Por outro lado, a maioria das espécies de vespas utilizam proteína animal na alimentação de suas larvas (TRIPLEHORN, 2005). Numerosos estudos têm sido realizados nas últimas décadas especificando o tipo de presas utilizadas por espécies de Crabronidae e Sphecidae (KROMBEIN, 1970; STEFFAN-DEWENTER, 2002; LOYOLA & MARTINS, 2006; BUSCHINI, 2007; BUSCHINI & WOISKI, 2008; SANTONI et al., 2009).

A maioria das espécies nesta superfamília apresentam modo de vida solitário, formando seus ninhos no solo ou em cavidades naturais, depositando os ovos sobre o alimento larval previamente estocado no fundo das células (GARÓFALO et al, 2004). As larvas de Apoidea, no geral, possuem o cérebro reduzido, porém suas mandíbulas são bem desenvolvidas (GULLAN, 2007). Abelhas e vespas possuem uma gama bastante abrangente de formas de construir seus ninhos. Algumas espécies têm a

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capacidade de fazer cavidades no solo ou na madeira, enquanto outras utilizam algum orifício pré existente. Segundo ALVES-DOS-SANTOS (2004), métodos muito apropriados para a realização de estudos de diversas espécies de abelhas e vespas são os denominados de Ninhos-Armadilha (NA). Estes ninhos consistem na utilização de segmentos ou gomos de bambu, pequenos blocos de madeira (previamente perfurados) e pequenas caixas de madeira.

Comunidades de insetos servem como bioindicadores de ambientes, variando em abundância e riqueza de acordo com várias influências externas, como a comunidade de organismos presentes, presença de parasitas e ações antrópicas (MORATO, 2001; BARBIERI JUNIOR et al, 2012; CORDEIRO, 2009).

O presente trabalho tem como meta realizar o registro da nidificação de espécies de abelhas e vespas com modo de vida solitário, destacando a diversidade de espécies, as presas utilizadas para aprovisionamento das larvas, os inimigos naturais (parasitas) e a razão sexual das espécies nidificantes.

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2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é realizar um primeiro registro de abelhas e vespas com modo de vida solitário que nidificam em cavidades pré-existentes, na área do Parque Ecológico do Córrego Grande, em Florianópolis, SC.

3. MATERIAIS E METODOLOGIA

3.1. ÁREA DE ESTUDO

O Parque Ecológico do Córrego Grande, localizado entre os bairros Córrego Grande e Santa Mônica (latitude 27°35'41.90"S, longitude 48°30'35.07"O), representa um pequeno fragmento de Mata Atlântica secundária. Sua restauração foi iniciada em 1997, quando mudas nativas foram plantadas, como palmitos, paineiras, guarapuvu e o ipê amarelo (CECCA, 1997). Foi utilizado na década de 40 como área de reflorestamento com indivíduos de Pinus e Eucaliptos. Porém, preocupados com o turismo da região, a prefeitura e outros órgãos ambientais (Ministério do Meio Ambiente e IBAMA) incentivaram o cultivo de plantas nativas nos 21,3 hectares do parque e o corte dos Pinus e Eucaliptos. Atualmente, essa área encontra-se aberta para visitação (lazer e educação ambiental) e pesquisa, apresentando um estágio inicial de sucessão ecológica, com mais de 100 espécies de plantas identificadas (GOES, 2017).

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Figura 1. Imagem de satélite do Parque Ecológico do Córrego Grande, Florianópolis/Santa

Catarina. Fonte: Google Earth.

3.2. MATERIAIS

No presente estudo foram utilizados os seguintes ninhos-armadilhas, com suas respectivas características:

- Ninhos-armadilha de segmentos (gomos) de bambu (Figura 2a): apresentam diâmetro entre 4 mm e 30 mm e comprimento de 20 cm a 30 cm, agrupados em feixes de 3 a 4 gomos;

- Ninhos-armadilha de bloco de madeira (Figura 2b): possuem dimensões de 10x10x5 cm, cada bloco contendo 15 furos, sendo 5 furos de 6 mm de diâmetro, 5 furos de 8 mm de diâmetro e 5 furos de 12 mm de diâmetro;

- Ninhos-armadilha de caixas-de-madeira (Figura 2c): apresentam dimensões internas de 10x10x5 cm e um orifício de 10 mm de diâmetro em um dos lados.

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Figura 2. Ninhos-armadilha utilizados no presente estudo. a - Feixe de bambu; b - Bloco de

madeira; c - Caixa-de-madeira.

Os ninhos-armadilha mencionados acima foram distribuídos na área do Parque Ecológico do Córrego Grande, conforme segue: 20 ninhos-armadilha de segmentos de bambu, 6 ninhos-armadilha de caixas-de-madeira e 165 ninhos-armadilha em 11 blocos de madeira, totalizando 191 ninhos. Todos os ninhos-armadilha (NA) foram afixados em árvores a uma altura de 1,5 m a 2 m do solo.

3.3. PROCEDIMENTOS

No período do estudo, os NA foram inspecionados regularmente quanto a possíveis nidificações. Foram realizadas um total de 9 inspeções, sendo três em

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janeiro, duas em fevereiro, duas em março, uma em abril e uma em maio. Os NA que apresentavam nidificações foram recolhidos e levados ao laboratório para registro dos indivíduos que viriam a emergir.

Os segmentos de bambu coletados foram colocados em tubos de mangueira transparentes e fechados com TNT (tecido não tecido) até a emergência dos imagos. Os blocos de madeira coletados foram colocados em potes transparentes e fechados com TNT. As aberturas das caixas de madeira foram fechadas com um chumaço de algodão, permitindo a abertura da caixa para inspeção e controle da emergência dos imagos.

À medida que os imagos emergiam, estes eram preservados em álcool 80%. Com o auxílio de um estereoscópio, alguns destes exemplares foram preparados utilizando-se a montagem com alfinetes entomológicos e secagem na estufa, para posterior identificação. No alfinete de cada indivíduo marcado constam ao menos duas etiquetas, uma da procedência e uma de identificação do ninho-armadilha. A primeira contém informações sobre local, data e o nome do coletor. A segunda contém o nome e número do ninho-armadilha e a data em que o NA foi recolhido do campo. Por último, os insetos alfinetados foram colocados em gavetas entomológicas, que por suas vez foram guardadas em um armário entomológico na sala de coleções do Laboratório de Abelhas Nativas da UFSC (LANUFSC), com temperatura e umidade relativa controlados. Para a identificação dos referidos exemplares foram utilizadas chaves de identificação específicas constantes na literatura, em especial Silveira et al. (2002) e Fernandez & Sharkey (2006), além da coleção de referência do LANUFSC. Sempre que observado, foi também registrado o tipo de presa utilizada pelas vespas.

Para análise dos dados foram elaboradas tabelas e figuras permitindo uma visualização gráfica dos resultados obtidos.

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4. RESULTADOS

Foram recolhidos da área de estudo 8 ninhos-armadilha do tipo bloco de madeira, que apresentaram um total de 120 cavidades. Destes ninhos-armadilha 53 estavam ocupados, totalizando 44,17% de nidificação. No bloco 1 foram ocupados quatro ninhos, no bloco 2 foram ocupados cinco ninhos, no bloco 4 foram ocupados onze ninhos, no bloco 5 foram ocupados seis ninhos, no bloco 8 foram ocupados onze ninhos, no bloco 9 foram ocupados sete ninhos e no bloco 10 foram ocupados seis ninhos (Figura 3). Os blocos 6, 7 e 11 não foram localizados nas várias inspeções realizadas.

Figura 3. Representação gráfica da quantidade de ninhos ocupados em cada bloco de madeira. O

eixo X representa o número de cada bloco de madeira (total de 8 blocos); o eixo Y representa o número de ninhos nidificados pelos respectivos blocos.

Os registros referentes às nidificações nos ninhos-armadilhas de blocos de madeira constam na Tabela 1. Do bloco 1 emergiram três indivíduos Apoidea da família Sphecidae. Do bloco 2 emergiram também três indivíduos Apoidea da família Sphecidae. No bloco 3 emergiram dois indivíduos Apoidea da família Crabronidae. No bloco 4 emergiram dois indivíduos, sendo um Vespoidea da família Chrysididae e um Apoidea da família Sphecidae. No bloco 5 emergiram três indivíduos Apoidea da família Megachilidae. Estes exemplares foram identificados como sendo do gênero

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indivíduos Vespoidea da família Ichneumonidae e um indivíduo Apoidea da família Crabronidae. No bloco 8 emergiram quatro indivíduos de um mesmo ninho. Estes foram identificados como sendo do gênero Megachile sp. (Apoidea: Megachilidae). Ainda do bloco 8 emergiram doze indivíduos da família Crabronidae, dois indivíduos da família Sphecidae, um indivíduo da família Pompilidae e um indivíduo da família Ichneumonidae. No bloco 9 emergiram três indivíduos da família Crabronidae e no bloco 10 emergiu apenas um indivíduo da família Crabronidae.

Tabela 1. Ninhos-armadilha (NA) oferecidos por bloco, data de recolhimento, quantidade de

ninhos-armadilha ocupados em cada bloco, número de imagos (indivíduos que emergiram) por bloco, abelhas e vespas identificadas até o nível de família ou gênero, quantidade de indivíduos imaturos retirados dos ninhos em laboratório e o tipo de presas utilizadas como alimento larval.

As caixas-azuis frequentemente apresentavam formigas, que eram retiradas nas inspeções realizadas no campo. Apenas uma caixa-de-madeira apresentou nidificação (Figura 4), conforme listado a seguir. As demais caixas apresentaram: ninho de Megachile sp., formigas e aranhas. Nos NA de bambu foram encontrados apenas restos de ninhos de Megachile sp., além de formigas e cupins.

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Lista. Presença de artrópodes nos demais ninhos-armadilhas (caixas-de-madeira e feixes de bambu).

Artrópodes Observados Caixa-de-madeira

Euglossa annectans (Apoidea: Apidae: Euglossini)

Ninho de Megachile sp.

Formigas (Vespoidea: Formicidae) Aranhas (Arachnida: Araneae)

Feixes de bambu

Ninho de Megachile sp.

Formigas (Vespoidea: Formicidae) Cupins (Blattodea: Isoptera)

Figura 4. Ninho de Euglossa annectans em uma caixa-de-madeira. Seta à esquerda indica

uma célula de cria fechada, na qual foram localizados pequenas perfurações. Seta à direita indica uma célula de cria aberta após a emergência do imago.

De um total de 43 espécimes ou exemplares obtidos, 33 são vespas Apoidea esfeciformes e Vespoidea e 10 são abelhas apiformes. Dentre as vespas, 19 espécimes são da família Crabronidae, 9 da família Sphecidae, três da família Ichneumonidae, um da família Chrysididae e um da família Pompilidae (Figura 5), que equivalem respectivamente a 57,6%, 27,3%, 9,1%, 3% e 3% do total de vespas (Figura 6).

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Figura 5. Representação gráfica do número de espécimes de vespas encontrados por família. O eixo

X representa as famílias registradas. O eixo Y representa a quantidade de espécimes obtidos, em ninhos-armadilha de bloco de madeira.

Figura 6. Representação gráfica da proporção de cada família de vespa encontrada,

pertencentes às superfamílias Apoidea (Sphecidae e Crabronidae), Vespoidea (Pompilidae), Chrysidoidea (Chrysididae) e Ichneumonoidea (Ichneumonidae). Para os espécimes da família Crabronidae foram identificados 10 fêmeas e 9 machos, enquanto que para a família Sphecidae foram identificados 4 fêmeas e 2 machos. Outros 3 espécimes pertencentes a família Sphecidae encontravam-se em um estado já deteriorado. Assim, a razão sexual correspondente à Crabronidae é 1:1, enquanto a de Sphecidae é 2:1.

Dentre as abelhas, foram obtidos quatro indivíduos Megachile (Ptilosarus) sp., três indivíduos Coelioxys (Acrocoelioxys) sp. e três indivíduos Euglossa annectans

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(Figura 7), que equivalem respectivamente a 40%, 30% e 30% do total de abelhas registradas neste estudo (Figura 8).

Dos quatro exemplares de Megachile (Ptilosarus) sp., foram obtidos três fêmeas e um macho. Dos três exemplares de Coelioxys (Acrocoelioxys) sp., foram obtidos uma fêmea e dois machos. Dos exemplares de Euglossa annectans, foram obtidos duas fêmeas e um macho. Assim, as razões sexuais são 3:1, 1:2 e 2:1, respectivamente.

Figura 7. Representação gráfica do número de indivíduos de cada gênero de abelhas

encontradas. O eixo X representa os gêneros registrados. O eixo Y representa a quantidade de indivíduos obtidos, em ninhos-armadilha de bloco de madeira e caixa-de-madeira.

Figura 8. Representação gráfica da proporção (%) dos gêneros de abelhas encontradas, em

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Analisando os meses em que os indivíduos de vespas emergiram, os registros foram os seguintes (Tabela 2). No mês de março emergiram cinco indivíduos da família Crabronidae, três indivíduos da família Sphecidae, um indivíduo da família Ichneumonidae, um indivíduo da família Chrysididae e um indivíduo da família Pompilidae. No mês de abril emergiram treze indivíduos da família Crabronidae, seis indivíduos da família Sphecidae e um indivíduo da família Ichneumonidae. Já em maio, não houve nenhuma emergência. Em junho emergiram um indivíduo da família Crabronidae e um indivíduo da família Ichneumonidae. Dentre as abelhas, todos os indivíduos do gênero Megachile sp. emergiram no mês de março, assim como os indivíduos do gênero Coelioxys sp.. As abelhas do gênero Euglossa sp. emergiram no mês de abril.

Tabela 2. Registro mensal do número de indivíduos das famílias e gêneros de abelhas e

vespas que emergiram dos ninhos-armadilha.

Março Abril Maio Junho

Crabronidae 5 13 - 1 Sphecidae 3 6 - - Ichneumonidae 1 1 - 1 Chrysididae 1 - - - Pompilidae 1 - - - Megachile sp. 4 - - - Coelioxys sp. 3 - - - Euglossa sp. - 3 - -

Após abrir os demais ninhos que ainda encontravam-se fechados ao final da coleta de dados, foram encontradas 15 pré-pupas, sendo uma do bloco 1, oito do bloco 4, uma do bloco 8, três do bloco 9 e duas do bloco 10. As descrições a seguir são referentes a uma única pré-pupa:

25.IX.2018 - corpo não pigmentado; olhos avermelhados (Figura 9a). 26.IX.2018 - corpo não pigmentado; olhos amarronzados.

28.IX.2018 - corpo não pigmentado; olhos sépia.

01.X.2018 - articulações começando a pigmentar; olhos completamente pigmentados (pretos).

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04.X.2018 - mesoescudo pigmentado; ocelos visíveis.

05.X.2018 - mesonoto pigmentado; cabeça começando a pigmentar.

09.X.2018 - cabeça e tórax pigmentados; parte dorsal do abdome pigmentada, porém não completamente; peças bucais e antenas ainda brancas; membros levemente pigmentados (Figura 9b).

15.X.2018 - corpo completamente pigmentado; asas visíveis, porém aderidas ao corpo (Figura 9c).

Estes estágios imaturos encontram-se ainda em desenvolvimento no laboratório.

Figura 9. Pupa de Sphecidae em desenvolvimento. a - Vista lateral da pupa de corpo branco e olho

pigmentado; b - Vista dorsal da pupa com o corpo parcialmente pigmentado; c - Vista ventral da pupa com o corpo totalmente pigmentado.

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5. DISCUSSÕES

O tipo de ninho-armadilha que apresentou melhor aceitação foi bloco de madeira, porém não foi possível fazer uma comparação numérica e qualitativa devido a grande diferença de quantidade de ninhos oferecidos de cada tipo.

Os 3 gêneros de abelhas encontrados neste estudo são comuns em todo o Brasil, sendo o gênero Megachile, identificado como subgênero Ptilosarus, de ocorrência neotropical; o gênero Euglossa, identificado como Euglossa (Glossura)

annectans, de ocorrência na América do Sul; e o gênero Coelioxys, identificado como

subgênero Acrocoelioxys, de ocorrência nas Américas (MOURE et al., 2012).

Os representantes do gênero Megachile (Figura 10) também são chamados de “abelhas cortadeiras” ou “corta-folhas” por utilizarem pedaços de folhas cortadas para construir seus ninhos; algumas espécies também utilizam barro e/ou resinas. A grande maioria das espécies desse gênero são generalistas, visitando as flores próximas aos ninhos, e algumas poucas espécies selecionam determinadas plantas para coletar pólen (RAW, 2004). As abelhas Megachile são um gênero polinizador em potencial, relatado em diversos trabalhos de levantamento em diferentes habitats (AGUIAR & MARTINS, 2002; CORDEIRO, 2009; LENZI & ORTH, 2011; DEC & DA SILVA MOUGA, 2014). Através de pesquisas feitas na Mata Atlântica da Ilha de Santa Catarina e continente próximo foram registrados algumas dezenas de espécies e morfoespécies desta abelhas cortadeiras (STEINER et al., 2006; STEINER et al., 2010; KAMKE et al., 2011; ZILLIKENS et al., 2011).

Figura 10. Exemplares de Megachile (Ptilosarus) sp. obtidos no estudo; macho (esquerda) e

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As abelhas do gênero Coelioxys (Figura 11) são parasitas bastante comuns de outras abelhas, em especial de Megachile sp. (AGUIAR & MARTINS, 2002). No presente estudo foram obtidos três exemplares de abelhas Coelioxys sp., que emergiram de um ninho contendo vestígios de ninho da abelha Megachile sp., evidenciando esta relação parasita-hospedeiro. Também há registros desse gênero como parasita de Euglossa sp. (SILVEIRA et. al., 2002), porém a presença deste cleptoparasita no ninho de Euglossa annectans não foi registrado neste trabalho.

Figura 11. Exemplares macho (esquerda) e fêmea (direita) de Coelioxys (Acrocoelioxys) sp. obtidos

no estudo.

Ninhos de Megachile (Chrysosarus) pseudoanthidioides Moure (Hymenoptera: Megachilidae) foram obtidos em estudos realizados na Mata Atlântica da Ilha de Santa Catarina, com registros da história natural desta espécie, bem como a relação deste hospedeiro com o cleptoparasita Coelioxys (Acrocoelioxys) tepaneca (Cresson) (ZILLIKENS & STEINER, 2004). Neste estudo foram obtidos 14 ninhos, sendo que em sete houve a emergência da abelha parasita. Também houve o registro de ninhos de

Megachile (Dactylomegachile) sp. em infrutescência da bromélia Vriesea friburgensis

na restinga da Ilha de Santa Catarina (SCHMID et al., 2014).

As abelhas Euglossa sp., também conhecidas como “abelhas-das-orquídeas” (Figura 12), apresentam modo de vida diferenciado, onde a maioria vive em pequenas colônias, porém não existem castas ou rainha (ROUBIK, 2004). Espécies deste gênero são normalmente chamadas de solitárias ou comunais, podendo apresentar mais de uma fêmea por ninho, porém sem cooperação entre as mesmas ou sobreposição de gerações (ROUBIK & HANSON, 2004). Em uma pesquisa feita com

Aechmea caudata na Ilha de Santa Catarina foram registradas duas espécies de

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visitantes frequentes desta bromélia (KAMKE et al., 2011). No ninho de Euglossa

annectans encontrado no estudo também foram localizados alguns espécimes de

microhimenóptero, tratando-se possivelmente de Eurytoma sp (Eurytomidae).

Figura 12. Exemplar macho de Euglossa annectans obtido no estudo.

As vespas Sphecidae e Crabronidae (Apoidea: Esfeciformes) (Figura 13), obtidas no presente estudo são filogeneticamente próximas das abelhas (Apoidea: Apiformes). Acredita-se que a divergência destes grupos ocorreu há cerca de 125 milhões de anos, com o surgimento e radiação das plantas floríferas (Angiospermas), no início do Cretáceo (SILVEIRA et al., 2002). Estudos apontam que o grupo Sphecidae teria se separado anteriormente, há aproximadamente 150 milhões de anos. Assim, a última divergência observada seria entre os Crabronidae e as abelhas (GRIMALDI & ENGEL, 2005).

Figura 13. Exemplares de Crabronidae (esquerda) e Sphecidae (direita) obtidos no estudo.

No presente estudo, Crabronidae apresentou o maior número de nidificações e emergências. Resultados semelhantes foram obtidos em outros fragmentos florestais

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de Mata Atlântica, quando utilizado o método de ninhos-armadilha (JUNIOR, 2010). Essa família tem como principais parasitas as vespas das famílias Chrysididae e Ichneumonidae (MALACARNE, 2011); o que corrobora com os resultados registrados neste trabalho. Enquanto as vespas Crabronidae encontradas no presente estudo, cujo gênero foi identificado como Trypoxylon, utilizam aranhas (Arachnida) como presas para o aprovisionamento de suas larvas, as vespas Sphecidae obtidas no estudo utilizam baratas (Blattaria) como proteína animal para suas larvas.

As vespas Pompilidae (Vespoidea) (Figura 14) são caçadoras exclusivas de aranhas (FOELIX, 2011). O comportamento de algumas espécies de Pompilidae é do tipo idiobionte, em que o veneno injetado pela vespa paralisa totalmente a presa, enquanto outras espécies são cenobiontes, em que a presa continua a desenvolver-se e alimentar-desenvolver-se até que a larva do parasita esteja pronta para empupar.

Figura 14. Exemplar de Pompilidae obtido no estudo.

As vespas da família Chrysididae (Figura 15) não possuem ferrão funcional, porém seus últimos segmentos abdominais formam um tubo extensível, que pode se retrair para dentro do abdome da fêmea (O'NEILL, 2001). Chrysididae agrupa espécies de vespas que parasitam outras vespas, incluindo a família Sphecidae, as quais podem retardar sua oviposição para evitar as horas de atividade do parasita (POLIDORI et. al., 2010).

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Figura 15. Exemplar de Chrysididae obtido no estudo.

As espécies de vespas da família Ichneumonidae (Figura 16) são parasitas não específicos, podendo parasitar diferentes espécies de vespas. Essa interação de parasitismo é bastante comum entre as famílias Ichneumonidae e Crabronidae (SANTOS, 2011). Conforme ocorre com espécies representantes da família Pompilidae, em Ichneumonidae pode ocorrer duas diferentes estratégias de parasitismo, conhecidas como idiobiontes ou cenobiontes. Nas subfamílias idiobiontes, o ovipositor da fêmea é bastante alongado, pois parasitam hospedeiros que se encontram em locais mais profundos, enquanto que nas subfamílias cenobiontes o ovipositor é consideravelmente menor, facilitando o mecanismo de oviposição (FERNÁNDEZ & SHARKEY, 2006).

Figura 16. Exemplar fêmea de Ichneumonidae obtido no estudo. As estruturas afixadas na etiqueta

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A metodologia utilizada mostrou-se apropriada para a obtenção de diferentes espécies de abelhas e vespas nidificantes, bem como de seus parasitas. Com as coletas, foram registrados representantes de quatro superfamílias da ordem Hymenoptera (Apoidea, Vespoidea, Chrysidoidea e Ichneumonoidea), demonstrando uma certa diversidade.

O tempo de amostragem não foi o suficiente para a obtenção de dados sobre sazonalidade e ciclo de desenvolvimento completo, necessitando de um estudo prolongado de ao menos 12 meses.

Para um registro mais completo sobre a fauna de abelhas e vespas do Parque Ecológico do Córrego Grande sugere-se também a utilização de diferentes metodologias, como a busca ativa. Além disso, a uniformização da quantidade de cada tipo de ninhos-armadilha seria interessante para possibilitar a realização de análises estatísticas comparativas.

Quanto às vespas Sphecidae, não houve tempo hábil para identificar a espécie em nível mais específico, pois necessita-se do auxílio de um especialista devido à falta de chaves de identificação disponíveis para este grupo.

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REFERÊNCIAS

AGUIAR, A. J. C.; MARTINS, C. F. Abelhas e vespas solitárias em ninhos-armadilha na Reserva

Biológica Guaribas (Mamanguape, Paraíba, Brasil). Revista Brasileira de Zoologia, [s.l.], v. 19, n. 1,

p.101-116, jul. 2002.

ALVES-DOS-SANTOS, I. Conhecimento e criação de abelhas solitárias: um desafio. Revista Tecnologia e Ambiente. Criciúma: v.10, n.2, p. 99-113, 2004.

BARBIERI JUNIOR, C. A., DIAS, A. M. P.. Braconidae (Hymenoptera) fauna in native, degraded

and restoration areas of the Vale do Paraíba, São Paulo state, Brazil. Brazilian Journal of Biology,

72(2), 305-310p, 2012.

CECCA-Centro de Estudos Cultura e Cidadania. Unidades de Conservação e Áreas Protegidas da

Ilha de Santa Catarina: caracterização e legislação. Florianópolis: Insular, 160p, 1997.

CORDEIRO, G. D. Abelhas solitárias nidificantes em ninhos-armadilha em quatro áreas de Mata

Atlântica do estado de São Paulo. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto: Dissertação, 2009.

DEC, E., & DA SILVA MOUGA, D. M. D. Diversidade de abelhas (Hymenoptera: Apidae) em área

de mata atlântica em Joinville, Santa Catarina. Acta Biológica Catarinense, 1(2), 2014.

FERNÁNDEZ F., SHARKEY M.J.. Introducción a los Hymenoptera de la Región Neotropical. Sociedade Colombina de Entomologia y Universidad Nacional de Colombia. Bogotá D.C, 894p, 2006.

FOELIX, R.F. Biology of Spiders. Oxford: Oxford University Press, 3ª edição, 432pp, 2011.

GARÓFALO, C.A., MARTINS, C.F., ALVES-DOS-SANTOS, I. The Brazilian solitary bee species

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