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Academic year: 2021

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TÍTULO: CONTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE : DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL E FINANCEIRA DE CRÉDITO DE CARBONO

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS CONTÁBEIS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JOSÉ RENATO BARBOSA, DOUGLAS SOARES ALVES, ELIEZER DO NASCIMENTO SOUZA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): JOSÉ LUIS FRANCISCO ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

A pesquisa vem evidenciar a importância do empresário na formulação do seu produto das boas práticas ambientais, ter a sustentabilidade em todas as etapas de produção como também em seu relacionamento externo com a sociedade. Conhecer as formas de utilização do crédito de carbono pelas empresas. Apresentar como o governo no Brasil atua em relação ao assunto tratado, a legislação pertinente e como é feita a captação de recursos gerados por créditos de carbono. Todo o levantamento será baseado através de autores de artigos, livros e de dados empresariais, buscando através desta, dar argumentos que tragam um entendimento e a conscientização da necessidade da humanidade caminhar adotando práticas sustentáveis, gerando benefícios para a sociedade e também um retorno aos empresários a curto/médio prazo de seu investimento.

2. INTRODUÇÃO

As empresas nascem e vivem para dar retorno a quem nelas investem, estão inseridas dentro de uma sociedade e de um ambiente o qual muitas vezes sofre com o descaso, a poluição, a emissão de gases poluentes sem regras, sem responsabilidade, somente pela razão da obtenção do lucro.

O artigo em pauta trata deste assunto, falando sobre o Crédito de Carbono, seu significado, os países emergentes e desenvolvidos. Além disso, trata também do chamado Balanço Social e como esse assunto é tratado na área contábil.

Descreve também sobre como surgiu essa mentalidade de proteção ao meio ambiente, onde a ONU teve um papel crucial, ao estabelecer a proposta do Protocolo de Quioto e quais as outras formas, além da adesão ao Crédito de Carbono, que as empresas podem aderir para colaborar no aspecto ambiental, como fontes de energia renováveis.

Por fim, procura explanar sobre o mercado de Crédito de Carbono, que apesar de movimentar cifras consideradas expressivas, ainda é pouco conhecido e explorado no Brasil, visto que pode ser fonte de recursos e de

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diferenciação perante as demais empresas.

As empresas privadas independente de seu segmento nascem com um interesse comum, sendo este construído através de um sonho colocando-o em prática. Todas as empresas, estejam elas inseridas no cenário nacional ou internacional têm um grau de risco de potencialidade de dar continuidade ao seu projeto.

Os objetivos dos empreendedores diferem um do outro em sua análise de gerenciamento empresarial, também diferem no foco de obter recursos no seu empreendimento tanto na inicialização como durante o processo produtivo. Com o mundo globalizado, o empresário vê como necessidade a inovação de seus negócios para conseguir manter-se no mercado, é um fator importante para se competir no mercado atual. O empresário engana-se por pensar que seu produto ter um preço inferior aos concorrentes, terá um ganho e uma aceitação melhor de seus produtos em relação aos outros, porém se o foco for a qualidade, na capacitação e busca de novos conhecimentos, na disseminação de uma cultura de inovação, é a chave para que seu negócio tenha êxito, ou seja, se torne competitivo no mercado.

O SEBRAE é um órgão que tem como objetivo, ajudar desenvolver novos empreendedores, que em pesquisa (09/2012) mostra que os empreendedores no Brasil, na faixa de 18%, admitem ter seu empreendimento como fonte de renda. E outra pesquisa, demonstra que 70% dos novos empreendedores a qualificam como vocação ou qualidade de vida o interesse de abrir seu negócio.

Os empresários no Brasil reconhecem que para se tornarem competitivos no mercado precisam estar ligadas às transformações, as necessidades dos consumidores, inovar seu negócio para que possam ser competitivos. Além da vontade, precisam disseminar dentro da cultura da empresa através do convencimento e capacitação tornando um lema para que todos se sintam engajados no crescimento.

Para o microempresário, de certa forma, a carga tributária é pesada demais no custo de seu produto, mesmo muitas empresas aderindo ao Super Simples, mas o que mais aflige atualmente é a capacitação de sua empresa para tornar-se competitiva, principalmente falando de atuar no mercado externo. No Brasil, atualmente somente 2% das microempresas exportam o

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que corresponde a 25% do PIB (fonte SEBRAE).

Outro ponto problemático que as empresas enfrentam seria quando passam a adotar a gestão ambiental como um meio de obter uma aceitabilidade de seus consumidores, acionistas e demais interessados, pois hoje em dia há um crescimento em razão da pressão social em políticas empresariais voltadas a práticas sustentáveis. Ela encontra vários problemas iniciando pela emissão da licença ambiental, que é um processo moroso, também de alto custo, pois são necessários investimentos em decorrência das exigências dos órgãos ambientais para sua aprovação. Em contra partida, a empresa, após sua estabilização consegue diminuir seus custos fixos, divulgar sua imagem como empresa ligada as questões sociais e ambientais, demonstrar junto com o relatório financeiro a contabilidade ambiental que possibilita transformar em números todo esforço que a empresa destina em sua gestão ambiental.

Num passado não tão distante, não se ouvia falar de Balanço Social, as empresas não estavam engajadas nem preocupadas com o cenário ambiental, se estavam ou não agredindo o meio ambiente. Porém com a normatização da Lei 11.638/087 a qual também dá ênfase a este tipo de assunto, onde em regra geral o mundo chamado civilizado apela para a reconstrução do meio ambiente, para sua conservação, vem tendo apoio basicamente de todos os governos, assim, incentivos cada vez mais é colocado à disposição das empresas que acabam por entender essa nova era a da sustentabilidade.

2.1. CRÉDITO DE CARBONO

Com base no cumprimento do Protocolo de Quioto, mais precisamente ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), as empresas têm cotas de emissão dos gases causadores do efeito estufa na atmosfera, que são provindos dos processos de produção, mas há casos em que essa emissão fica abaixo ou acima dessa cota determinada, é nesse ponto que surge o mercado de negociação de créditos de carbono.

Como dito, a empresa poderá aderir ao crédito de carbono quando cumpre o Mecanismo, que é composto por projetos consolidados pela ONU, de investimentos em melhorias na produção, implementação de uma indústria,

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aquisição de equipamentos que filtrem os gases produzidos, nos sistemas de tratamentos de água, reflorestamento, entre outros, cuja finalidade é causar melhorias na qualidade de vida e do meio ambiente, permitindo assim, o crescimento da empresa.

O mercado global considera o crédito de carbono como sendo uma “commoditie”, ou seja, uma mercadoria que tem seu valor pré-estabelecido pelo mercado global e denomina cada unidade como sendo de Redução Certificada de Emissão (RCE).

No Brasil, desde 2004, a comercialização dos créditos de carbono entre empresas é controlada pela BM&FBovespa em conjunto com o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio exterior. É operado no mercado à vista através do sistema eletrônico de leilões. Leilões esses que são agendados a pedido de agentes públicos ou privados que tem crédito de carbono a ofertar, provindos através do cumprimento ao MDL ou não.

Há ainda o mercado de crédito de carbono somente entre países, para atender a proposta consolidada através do Protocolo de Quioto sobre a diminuição da emissão de gases que provocam o efeito estufa, tendo consciência que de fato não conseguirá atender a demanda protocolada, este poderá comprar créditos de carbono de outro país em que está em situação melhor, pagando um valor que será investido em obras sociais e ambientais.

Aquele país ou empresa que em seu processo produtivo a emissão de gases fica abaixo de sua cota, pode comercializar essa diferença para aqueles países que a ultrapassam, mas devem se atentar, no entanto que, há um limite estabelecido, não podendo se utilizar de 100% das compras de créditos para atingimento das metas, onde uma tonelada de gás carbônico não emitido equivale a um crédito de carbono, e a diminuição dos outros gases contribuintes para o efeito estufa é contabilizada através de tabela própria de equivalência e convertidos também em crédito de carbono.

O mercado de carbono mundial movimenta cifras bilionárias de dólares ao ano, sendo um dos principais responsáveis desse faturamento é a União Europeia, ou seja, é um mercado de faturamento significativo que muitas empresas estão atentas. Nesse ponto que poderá surgir uma dúvida, qual é realmente a finalidade dos créditos de carbono? Reduzir a emissão de gases do efeito estufa, fenômeno responsável pelo aquecimento global, ou obtenção

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de lucros, tanto no que diz respeito à compra, como à venda desses créditos? Por se tratar de um mercado de commodities, subentende-se que visa o lucro, como todas as empresas que os negociam, mas deve-se atentar que o principal objetivo do crédito de carbono é ambiental, não comercial.

Mas como convencer os países a se atentarem somente a esfera ambiental e deixar de lado o econômico, é nesse ponto que todos podem notar um conflito de interesses e objetivos. É nesse ponto que a ONU deve ter ser atentado durante a implementação do Protocolo de Quioto.

É através do comércio de crédito de carbono que se conseguiu uma melhora nas emissões de gases do efeito estufa, pois os envolvidos conseguiram visualizar um bom negócio, onde se traz vantagem tanto para aqueles que compram, como para aqueles que vendem. Para aqueles que compram, que são os países desenvolvidos, do Anexo I do Protocolo, há a vantagem de se continuar produzindo a toda capacidade, pois sabem que irão “contribuir” com o meio ambiente através compra de crédito de carbono, e para aqueles que vendem, os países subdesenvolvidos, os lucros provindos desse mercado que está em pleno crescimento.

Olhando dessa maneira constata-se somente como objetivo o lucro, mas não se pode negar que os benefícios trazidos à natureza são imensos, pois os países desenvolvidos podem compensar suas emissões, mas não 100% de sua cota, ou seja, deverão adequar o seu processo produtivo no que diz respeito à diminuição de emissão de gases causadores do efeito estufa. O mesmo acontece com os países que disponibilizam para venda os créditos, pois para que consigam adquiri-los, devem-se atentar a redução da emissão em seu processo produtivo.

Apesar do mercado de carbono movimentar cifras astronômicas, em estudo realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP demonstrou que a procura por créditos de carbono é pequena, diminuindo assim seu valor e levando as empresas a aderirem a outros projetos com retorno mais rápido. Essa pesquisa foi realizada com base nos relatórios da Bovespa referentes ao grupo das empresas com as ações mais negociadas na bolsa.

Segundo o estudo, essa pequena aderência, apesar do potencial rendimento, se deve ao processo burocrático e com retorno em longo prazo,

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dessa forma, as empresas preferem aderirem a outros projetos ambientais com retorno mais rápido, exemplo, na medida em que uma empresa substitui em suas instalações as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, que consomem menos energia, ou reduz as emissões de poluentes de sua frota de veículos, ela consegue uma redução de custos e uma melhora de produtividade que poderá se traduzir em maiores ganhos no seu ramo de atividade.

O método mais aderido para obtenção de crédito de carbono é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, mais conhecido simplesmente pela sigla MDL, que foi desenvolvido pela Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC-sigla em inglês), como um mecanismo para os países desenvolvidos para cumprimento do que diz respeito ao Protocolo de Quioto.

Tem como objetivo a diminuição dos gases causadores do efeito estufa (GEE), levando em consideração o desenvolvimento sustentável da comunidade.

A UNFCCC tem um órgão interno responsável pela supervisão dos projetos em desenvolvimento de MDL, é o Comitê Executivo, que acompanha todo o processo e que o aprova ou faz exigências para readequação.

No Brasil o responsável pela aprovação dos projetos é a Autoridade Nacional Designada (AND), que no caso é a Comissão Interministerial de Mudanças Climáticas e que devem seguir o determinado em metodologias do Ministério da Ciência e Tecnologia.

3. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo buscar informações e contextualizar procedimentos e a eficácia na adoção de medidas que contemplam o uso de crédito de carbono no gerenciamento de uma empresa, demonstrando a importância da imagem empresarial na utilização de boas práticas ambientais na formação de seus produtos. Evidenciar através de Demonstrações Financeiras o retorno dos investimentos aos empresários, stakeholders e demais interessados nas políticas de gestão da empresa em relação à forma que é gerado o produto.

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4. METODOLOGIA

Como o trabalho está em andamento, ainda não há uma definição da metodologia a ser aplicada, porém há uma tendência de utilizar-se um estudo de caso de uma empresa que adota boas práticas ambientais e utiliza créditos de carbono.

5. RESULTADOS PRELIMINARES

Até o momento a nossa pesquisa trouxe argumentos prós e contra a inserção da empresa no mercado que adota as práticas sustentáveis; as complicações para conseguir créditos de carbono; altos investimentos em toda sua cadeia produtiva que trazem dificuldades para o empresário e acabam desistindo do negócio e também empresários que foram bem sucedidos em seus investimentos. 6. FONTES CONSULTADAS  http://www.pnuma.org.br/interna.php?id=44  http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/credito-carbono  http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/como-funcionam-creditos-carbono-471948.shtml  http://www.ipam.org.br/saiba-mais/abc/mudancaspergunta/O-que-e-o-Protocolo-de-Quioto-/20/10  http://protocolodekyoto.info/mos/view/Pa%C3%ADses_do_Protocolo_de_Kyot o/  http://www.ipam.org.br/saiba-mais/abc/mudancaspergunta/16/16/7  http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/pos-graduacao/workshop-de-pos-graduacaoepesquisa/008workshop2013/trabalhos/gestao_ambiental_e_ocupacio nal_para_desenvolvimento_sustentavel/121539_416_426_FINAL.pdf  http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2702004-EI238,00.html-%20carbono%20negro  http://www.preac.unicamp.br/lepac/carbono/oqe.html

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 http://www.brasil-economia-governo.org.br/2012/08/13/o-que-e-o-mercado-de-carbono-e-como-ele-opera-no-brasil/  http://www.bmfbovespa.com.br/novo-valor/pt-br/nas-empresas/mercado-de-carbono.asp  http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/mercados/mercado-de-carbono/mercado-de-carbono.aspx?idioma=pt-br  http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/conteudo_254123.shtml  http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/tipos-de-energia-renovavel-que-nao-prejudicam-o-ambiente-5741591.html  http://www.brasilescola.com/geografia/por-que-brasil-adotou-utilizacao-das-rodovias-ao-inves-.htm  http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=101 69&revista_caderno=5  http://www5.usp.br/24613/creditos-de-carbono-nao-sao-priorizados-por-empresas-brasileiras-conclui-pesquisa-da-fearp/  http://www.ambev.com.br/

Referências

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