Edifício
Serramares
GRUPO:
ELIZABETH
COSTA
ROUBENS
BRUNO
Localiz
ação:
Edifício Serramares, Rua Santa Rita Durão, 339 em Belo Horizonte.
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Zoom do Museu 104 (http://www.evous.fr/Le-Centquatre-104,1111451.html#pratique)
Localiza
ção:
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HISTÓ
RIA:
No terreno, originalmente havia uma vila-residencial típica do bairro, com seis casinhas e um corredor lateral de acesso. Esse mesmo padrão aparece reinterpretado nos 10 pavimentos-tipo do novo edifício. Cada um possui seis casinhas-apartamentos ao longo de uma passarela envidraçada lateral de acesso.Uma alternativa aos corredores confinados, mal iluminados, lembrando hotéis ou hospitais, comuns nesse tipo de edificação. As 66 unidades residenciais de um dormitório têm janelas amplas nos ambientes principais, aumentando virtualmente os espaços interiores. Os 6 apartamentos de topo são de 2 dormitórios duplex do tipo “lofts”.
No pavimento térreo existem 11 conjuntos comerciais para escritórios, com entrada independente para o setor residencial.
Na fachada Oeste foram executados brises verticais fixos, diminuindo o impacto direto da insolação desfavorável além de soluções indutoras à ventilação cruzada, otimizando o conforto térmico-ambiental.
Paredes-divisórias e lajes duplas que otimizam o isolamento acústico entre os apartamentos adjacentes. Esta obra, embora aparentemente complexa pelo nível elevado de detalhes, foi concluída no prazo estabelecido e o custo final apurado foi paritário com o custo de obra similar convencional executada simultaneamente pela mesma construtora (conforme atestado fornecido).
A participação sistemática do Arquiteto/RT no canteiro, durante todo o processo da obra foi fator fundamental para o resultado obtido.
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A primeira virtude deste edifício, que hoje pode ser vista na pauta das discussões sobre sustentabilidade, é a integração de espaços de trabalho e moradia. Ainda que não tenha sido pensado com este objetivo, e mesmo que atualmente não sejam ocupados pelos mesmos usuários, a existência de uma galeria de lojas e escritórios em sua base cria a possibilidade de se morar e trabalhar em um mesmo local, com total independência entre estas funções. Se cada edifício de apartamentos ofertasse como o Serramares essa possibilidade, a cidade ganharia em vitalidade, muito mais gente teria a oportunidade de trabalhar junto de casa e parte dos impactos da circulação das pessoas seria reduzida.
Sua organização espacial – a segunda virtude - reedita a disposição linear das casas organizadas em vila que existiam no terreno em que foi edificado. As circulações lineares, protegidas por um teto-parede curvo em aço e vidro, fazem as vezes de ruas que dão acesso às seis unidades por pavimento, repetindose em 12 pavimentos. Alinhados às circulações, áreas de apoio ou serviço -banheiros e cozinhas - são ventilados por sobre a cobertura de vidro. Sua localização estratégica assegura maior privacidade aos espaços de permanência dos apartamentos – salas e quartos - ao conformar uma barreira física de proteção. Estes espaços, menos determinados do que as áreas que possuem instalações hidráulicas, se abrem para a fachada oposta à que agencia os acessos às unidades, o que favorece a ventilação cruzada no seu interior.
DAS VIRTUDES DO
EDIFÍCIO:
PROJ
ETO:
Nos dois últimos andares, os apartamentos se desdobram em dois pavimentos, conformando generosos dúplex que usufruem de uma sala com pé-direito duplo localizada abaixo da cobertura curva em concreto aparente que coroa o edifício.
Essa terceira virtude – sua lógica da construção - se expressa na aparência externa do edifício: o grande bloco estrutural se constrói em concreto aparente, enquanto os módulos individualizados dos seis apartamentos por andar, aparentemente plugados naquele bloco, alternam fechamentos em tijolos aparentes e aberturas protegidas por brises soleil's verticais, que atenuam o efeito do sol da tarde nas áreas de permanência.
Todas essas relações entre estruturas, espaços internos, articulações de uso, materiais e sua conseqüente determinação da aparência do edifício revelam uma inteligência construtiva que poucas obras de arquitetura apresentam e que, nesta, é didática e explícita. Ao poder ser redescoberta por qualquer um, arquiteto ou morador, essa inteligência construtiva pode ser reeditada para realizar outras coisas, para resolver outros problemas.
Do alto de mais de duas décadas de existência, o Serramares é ainda hoje um grande exemplo de como é possível criar habitação contemporânea de qualidade nas grandes cidades, sem repetir os padrões viciados de mercado que condenam a maioria da população a espaços medíocres, destroem as paisagens das cidades e apenas enriquecem os seus empreendedores. Que a sua inteligência construtiva sirva de exemplo para a proliferação de inúmeros outros Serramares cidade afora.
DAS VIRTUDES DO
EDIFÍCIO:
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SOBRE O
PROJETO:
Inteligência construtivaRaros são os exemplos de edifícios de apartamentos que não reproduzem os modelos padronizados, consagrados pelo mercado imobiliário. Disposições espaciais internas repetidas, quartos, salas, banheiros e cozinhas reproduzem-se com as dimensões mínimas, como cômodos isolados que apenas repetem a organização funcional da grande casa burguesa: social, íntimo, serviço. Ainda que isso se traduza, espacialmente, em apenas uma sala, um ou dois quartos, uma cozinha.
Há 23 anos se eleva silenciosamente sobre a rua Santa Rita Durão o Edifício Serramares. Projetado em 1983 pelo arquiteto Joel Campolina e construído em 1985, o Serramares é um anti-exemplo de moradia, no melhor dos sentidos.
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Seus pequenos e bem pensados apartamentos de um quarto anteciparam em 20 anos a resposta a uma crescente demanda habitacional das grandes cidades, que atende a pessoas que moram sozinhas ou casais, cujas necessidades não coincidem com as de uma família tradicional, para a qual a maioria dos apartamentos é pensada.
Seus apartamentos superam a exiguidade das kitnetes dos anos 50 e 60 e subvertem a lógica da disposição conservadora dos apartamentos tipo do mercado, que insistem em ter mais banheiros e vagas de garagem do que pessoas vivendo em seus espaços.
SOBRE O
PROJETO:
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O Serramares, ao contrário, se constitui em um precioso exemplo do quanto o trabalho de um bom arquiteto pode melhorar nossas condições de habitar, especialmente em pequenos espaços.
Sua lógica construtiva apresenta absoluta coerência com a diferenciação apontada entre áreas servidas e de serviço: um núcleo estrutural pesado concentra os apoios na região em que se localizam os espaços mais determinados – as áreas molhadas e as circulações verticais. Neste núcleo rígido se apóiam, em balanço, as lajes que abrigam os espaços servidos – salas e quartos – que apresentam maior liberdade para rearranjos espaciais em decorrência da ausência de estruturas portantes principais.
SOBRE O
PROJETO:
2010 Skyscraper Competition
Portable
No mundo sem fio de hoje, porque os nossos apartamentos estão ainda ligados a um lugar?Neste conceito de construção dinâmica, Felipe Campolina combina eco-amizade com a mobilidade de um reboque - tudo dentro dos limites de um ambiente urbano. Diz-se que "o lar é onde você faz" e que não poderia ser mais verdadeiro do que com estes telhados verdes, transporte, habitação empilhável!
CONCEITUA
ÇÃO:
A estrutura do exoesqueleto que abriga as unidades individuais tem três componentes principais. Um deles é um elevador para os módulos para cima e para baixo, conforme a necessidade do inquilino. O próximo é uma torre com uma escada, elevador e espaço de armazenamento de água. Finalmente, uma estrutura lattice-like entre cada torre oferece um lugar para as unidades de deslizar em seus níveis e articulada em slots designados (seis slots por andar)
estrutura lattice-like : uma estrutura de orifícios de tiras cruzadas ou em barras de madeira, metal, etc usado como uma tela, suporte, etc
DA
ESTRUTURA
:
Cada unidade é construída com placas de OSB padrão com isolamento térmico e acústico ligado por uma moldura de aço rígido. A unidade é composta por duas caixas, uma dentro da outra, que o telescópio parado (não na estrada).
Os módulos possuem uma sala de estar, sala de jantar, banheiro e quarto (com uma vista!). Outro recurso interessante é a capacidade, enquanto empilhados sobre a superestrutura, a pivô sua opinião vinte graus sem que haja interrupção das unidades vizinhas.
A estrutura completa teria um impacto relativamente pequeno sobre o nível do solo, porque o primeiro nível de unidades de começar aprox. 30 pés (9 metros) acima do
centro aglomerado urbano
abaixo. Necessita de uma pausa da lufa-lufa da vida da cidade (talvez um vizinho barulhento)? Basta baixar a sua casa para baixo em um caminhão
(de trem ou avião, outras
possibilidades) e trazê-lo para fora do campo para cerca de R & R!
“A unidade parte de um sistema modular escalonado feito com placas de OSB de 1,22m por 2.44m, definindo espaços residenciais flexíveis, que podem ser progressivamente acoplados, e que são muito adequados para o transporte”, afirma Felipe Campolina.
A partir desta unidade móvel vem o conceito da imensa torre, capaz de acomodar centenas de contêineres. A estrutura metálica é composta de vazios onde trilhos são estrategicamente posicionados de modo a receber as unidades prontas, dando-lhes abrigo, com liberdade para ir e vir.
Cada andar da torre pode receber até seis unidades independentes, que entram e saem sem interferir nos demais contêineres. O transporte vertical desses módulos é feito em um elevador posicionado em um canto do edifício. No outro canto, estão os elevadores e escadas utilizados pelos moradores.
Além da estrutura de aço principal e dos pisos e paredes verticais em OSB com isolamento termo-acústico, o projeto inclui cobertura em telhas metálicas do tipo sanduíche, janela de vidro temperado, telhados e paredes verdes, e prevê um sistema de reuso de água.
De acordo com Felipe, “o edifício é ideal para ser construído nos centros das grandes metrópoles, tanto para fins residenciais quanto para hotéis. Ele permite, ainda, uma expansão vertical ou horizontal, ajustada de acordo com o skyline da cidade”.
