ORGANIZAÇÃO E
ARQUITETURA DE
COMPUTADORES I
Aula 04
INTRODUÇÃO
Progresso da Tecnologia de computação:
Antes – um bom computador custava caro
Hoje – um bom computador possui um preço acessível
Os microprocessadores surgiram no final da década
de 1970, levando a uma taxa mais alta de melhoria,
pois tinham a vantagem de serem produzidos em
massa.
Duas mudanças no mercado de computadores
também aconteceram:
A eliminação virtual da programação em Assembly; A criação de Sistemas Operacionais padronizados.
INTRODUÇÃO
Foi desenvolvida então a arquitetura RISC
Instruções mais simples;
Utiliza duas técnicas críticas para o desempenho:
Exploração do paralelismo em nível de instrução; Uso de caches.
Computadores que utilizavam RISC maximizaram o padrão
de desempenho.
INTRODUÇÃO
Efeitos do crescimento acelerado pelo RISC:
Melhorou consideravelmente a capacidade disponível aos
usuários de computador;
Levou à predominância dos computadores baseados em
microprocessadores.
Houve um renascimento no projeto de computadores.
Começaram a enfatizar:
A inovação arquitetônica; e
O uso eficiente das melhorias da tecnologia.
Após o desenvolvimento acelerado, o mercado
estabilizou, surgindo assim menos novidades:
Desde 2002, a melhoria de desempenho do processador caiu
CLASSES DE COMPUTADORES
1960 –
Grandes computadores mainframe que custavam milhões de
dólares e ficavam armazenados em salas de computador.
Aplicações: processamento de dados comerciais e
computação científica em grande escala
1970 –
Surgiram os minicomputadores e também os
supercomputadores.
Minicomputadores: focalizavam aplicações em laboratórios
científicos e também começaram a ser utilizados de forma compartilhada, onde vários usuários compartilhavam o mesmo computador por meio de terminais independentes.
Supercomputadores: computadores de alto desempenho
CLASSES DE COMPUTADORES
1980 –
Surgimento do computador desktop baseado em
microprocessadores.
Substituiu o tempo compartilhado e levou ao surgimento dos
servidores.
1990 –
Surgimento da Internet e dos primeiros dispositivos portáteis. Surgimento da eletrônica de consumidor digital.
2000 –
Popularização dos telefones celulares.
Surge então os computadores embutidos, que são alojados
em outros dispositivos e sua presença não é imediatamente óbvia.
CLASSES DE COMPUTADORES
Computação de desktop
Possui até hoje o maior mercado em termos financeiros.
Varia desde sistemas inferiores até estações de trabalho de
ponta, altamente configuradas.
Seu mercado costuma ser conduzido para otimizar
preço-desempenho. Essa combinação é o que mais importa para os clientes e por isso também é importante para os projetistas de computador.
Microprocessadores mais novos, de desempenho mais alto e
de custo reduzido, normalmente aparecem primeiro nos sistemas de desktop.
CLASSES DE COMPUTADORES
Servidores
Têm o papel de oferecer maior escala e serviços de arquivo e
computação mais seguros.
Substituíram os mainframes tradicionais em casos, por
exemplo, de serviços baseados na web.
Características importantes:
Dependência – Falha de sistemas de servidor são muito mais
catastróficas do que a falha de um único desktop.
Escalabilidade – Habilidade de aumentar a capacidade de
computação, a memória, o armazenamento, etc.
Throughput – Capacidade de transferência de dados e número de
CLASSES DE COMPUTADORES
Computadores embutidos
Fatia do mercado de computadores que possui o maior crescimento.
Variam desde máquinas do dia-a-dia até dispositivos digitais portáteis, como celulares.
Possuem a mais extensa gama de poder de processamento e custo.
Nesse tipo de computador, o objetivo principal normalmente é atender a necessidade de desempenho a um preço mínimo.
Características chave:
Necessidade de minimizar a memória – é importante otimizar o uso da memória, pois ela pode ser uma parte substancial do custo do sistema;
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
Antes –
Arquitetura de computadores referia-se apenas ao projeto
do conjunto de instruções;
Implementação referia-se aos outros aspectos do projeto de
computadores.
Hoje – arquitetura de computadores refere-se a:
Determinar que atributos são importantes para um novo
computador;
Projetar o computador para maximizar o desempenho dentro
das restrições de custo;
Projetar o conjunto de instruções, a organização funcional, o
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
Arquitetura de instruções
Arquitetura do conjunto de instruções (ISA – Instruction Set
Architeture) refere-se ao conjunto de instruções visíveis pelo programador.
A ISA serve como o limite entre o software e o hardware e
possui sete dimensões: 1. Classe de ISA;
2. Endereçamento de memória; 3. Modos de endereçamento;
4. Tipos e tamanhos de operandos; 5. Operações;
6. Instruções de fluxo de controle; e 7. Codificando uma ISA.
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
1.
Classe de ISA
As ISA são classificadas como arquiteturas de registro de
uso geral, onde os operandos são registradores ou locais de memória.
O MIPS contém 32 registradores de uso geral e 32 de
ponto flutuante.
O MIPS utiliza ISAs load-store, que só podem acessar a
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
2.
Endereçamento de memória
Os computadores geralmente utilizam endereçamento de
byte para acessar operandos da memória.
O MIPS exige que os objetos estejam alinhados para o
acesso.
Um acesso a um objeto com tamanho de s bytes no
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
3.
Modos de endereçamento
Os modos de endereçamento especificam:
Registradores;
Operandos constantes;
Endereço de um objeto na memória.
Modos de endereçamento do MIPS:
Registrador;
Imediato – para constantes;
Deslocamento – um deslocamento constante é acrescentado a
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
4.
Tipos e tamanhos de operandos
O MIPS admite operandos dos tamanhos de:
8 bits (caractere ASCII);
16 bits (UNICODE ou meia palavra); 32 bits (inteiro ou palavra);
64 bits (dupla palavra ou inteiro longo); Ponto flutuante.
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
5.
Operações
As categorias gerais de operações são:
Transferência de dados; Lógica aritmética;
Controle; e
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
6.
Instruções de fluxo de controle
Praticamente todas as ISAs permitem desvios condicionais,
saltos incondicionais, chamadas de procedimento e retorno.
Desvios condicionais do MIPS testam o conteúdo dos
registradores.
7.
Codificando uma ISA
Existem duas opções básicas na codificação: tamanho fixo
e tamanho variável.
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
Formato de instrução básicos
R
6 bits 5 bits 5 bits 5 bits 5 bits 6 bits I
6 bits 5 bits 5 bits 16 bits
- op: operação básica da instrução;
- rs: registrador do primeiro operando de origem; - rt: registrador do segundo operando de origem; - rd: registrador que recebe o resultado da operação; - shamt: quantidade de deslocamento;
- funct: código de função. Campo que seleciona a variante especifica da operação do campo op.
Formato R – para operações registrador-para-registrador inteiro, como ADD; Formato I – para operações de transferência de dados, desvios.
opcode
rs
rt
rd
shamt
funct
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
O restante da arquitetura do computador
A implementação de um computador possui dois componentes:
Organização – inclui os aspectos de alto nível do projeto de um computador, como o sistema de memória, a interconexão de memória e o projeto do CPU.
Hardware – refere-se aos detalhes específicos de um computador como o projeto lógico detalhado e a tecnologia de empacotamento do computador.
Os arquitetos de computador precisam projetar um computador para atender os requisitos funcionais e também os objetivos de preço, potência, desempenho e disponibilidade.
Os arquitetos precisam também determinar quais são os requisitos funcionais do computador. Estes requisitos podem ser recursos específicos inspirados pelo mercado.
DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA DO
COMPUTADOR
Alguns dos requisitos funcionais mais importantes:
Área de aplicação – desktop de uso geral, desktop cientifico,
servidores, computação embutida.
Nível de compatibilidade de software – na linguagem de
programação.
Requisitos do sistema operacional – tamanho do espaço de
endereços, gerenciamento de memória.
TENDÊNCIAS NA TECNOLOGIA
Uma arquitetura de conjunto de instruções, para ser
bem sucedida, precisa ser projetada para sobreviver
às rápidas mudanças na tecnologia de computador.
Um arquiteto precisa planejar visando às mudanças
de tecnologia que possam aumentar o tempo de vida
de um computador bem-sucedido.
O projetista precisa estar ciente de quatro tecnologias
de implementação, que mudam a um ritmo notável:
Tecnologia lógica do circuito integrado; DRAM de semicondutor;
Tecnologia de disco magnético; Tecnologia de rede.
TENDÊNCIAS NA TECNOLOGIA
Tecnologia da lógica do circuito integrado
Existe um crescimento na contagem de transistores de um chip
em cerca de 40% a 55% por ano.
A tecnologia dos chips tem mudado rapidamente, o que faz com
que os arquitetos de computadores precisem estar sempre atentos.
DRAM de semicondutor (memória de acesso aleatório
dinâmico)
Memória onde o processador armazena os dados com os quais
está lidando naquele momento.
A capacidade aumenta em cerca de 40% por ano, dobrando
TENDÊNCIAS NA TECNOLOGIA
Tecnologia de disco magnético
A tecnologia de armazenamento de dados passou por uma época
de rápida evolução, de 1990 até 2004.
Desde 2004 houve uma queda na taxa de melhorias, mas essa
tecnologia ainda é muito importante e os arquitetos de computadores precisam estar atentos as mudanças nesse setor. Tecnologia de rede
O desempenho da rede depende do desempenho dos switches e
do desempenho do sistema de transmissão.
Arquitetos de computadores precisam estar atentos às mudanças
TENDÊNCIAS NA TECNOLOGIA
A rápida mudança nas tecnologias modelam o projeto
de um computador, que pode ter um tempo de vida
de cinco ou mais anos.
Até mesmo dentro do espaço do ciclo de criação do
produto (dois anos de projeto e dois a três anos de
produção), as principais tecnologias mudam o
suficiente para que o projetista precise planejar essas
mudanças.
Embora a tecnologia melhore continuamente, o
impacto dessas melhorias pode ser em saltos
discretos, à medida que o patamar que permite uma
nova capacidade seja alcançado.
TENDÊNCIAS NA TECNOLOGIA
Tendências de desempenho: largura de banda sobre
latência
Largura de banda ou throughput é a quantidade total de trabalho
feito em determinado tempo. Como:
megabytes por segundo em uma transferência de disco.
Latência ou tempo de resposta é o tempo entre o início e o fim de
um evento. Como:
tempo de acesso ao disco.
A largura de banda melhora muito mais rapidamente do que a
latência, pois o desempenho é o principal diferenciador para microprocessadores e redes.
A largura de banda cresce pelo menos pelo quadrado da melhoria
TENDÊNCIAS NA TECNOLOGIA
Escala de desempenho de transistores e fios
Processos de circuito integrado são caracterizados pelo
tamanho do recurso
É o tamanho mínimo de um transistor ou de um fio na dimensão x
ou y;
Os tamanhos de recurso diminuíram de 10 micra em 1971
para 0,09 em 2006. Em 2006 foi mudada a unidade e a produção agora é referenciada como “90 nanômetros”.
Existe uma relação entre o desempenho do transistor e o
tamanho de recurso do processo.
O desempenho do transistor melhora linearmente com a
TENDÊNCIAS NA ALIMENTAÇÃO DOS
CIRCUITOS INTEGRADOS
Quando os dispositivos são aumentados, aumentam-se
também os desafios relacionados à alimentação.
1. A alimentação precisa ser trazida e distribuída pelo chip; 2. A energia é dissipada como calor e precisa ser removida.
Dispositivos móveis se preocupam com a vida da
bateria mais do que com a potência.
Os primeiros microprocessadores consumiam décimos
de um watt, enquanto um processador hoje consome
135 watts. Visto que esse calor precisa ser dissipado de
um chip com cerca de 1cm em um lado, estamos
alcançando os limites do que pode ser resfriado pelo ar.
TENDÊNCIAS NO CUSTO
Em alguns projetos de computadores, os custos
podem ser menos importantes, mas projetos sensíveis
ao custo costumam ser primordiais.
Nos últimos 20 anos, a grande preocupação tem sido
utilizar a tecnologia para aumentar o desempenho,
além de reduzir o custo.
Questões ligadas ao custo são essenciais para os
projetistas tomarem decisões inteligentes sobre se um
no recurso deve ou não ser incluído nos projetos.
TENDÊNCIAS NO CUSTO
O impacto do tempo, volume e commodities
O custo de um componente de computador manufaturado
diminui com o tempo devido a curva de aprendizado – os custos de manufatura diminuem.
A curva de aprendizado pode ser medida pela mudança no
rendimento – a porcentagem dos dispositivos que sobrevive ao procedimento de teste.
Entender como a curva de aprendizado melhora o
rendimento é fundamental para proteger os custos pela vida de um produto.
TENDÊNCIAS NO CUSTO
O volume também é um fator importante na determinação
do custo.
Volumes cada vez maiores diminuem o tempo necessário
para diminuir a curva de aprendizado e diminui o custo, pois aumenta a eficiência de compras e manufatura.
Alguns projetistas estimam que o custo diminui cerca de 10%
para cada duplicação do volume.
Commodities – produtos essencialmente idênticos vendidos
por vários fornecedores em grandes volumes. Exemplos: teclados, monitores.
As commodities diminuem a lacuna entre preço de custo e de
venda mas também aumenta o custo, devido a grande concorrência.
TENDÊNCIAS NO CUSTO
Custo de um circuito integrado
Os custos de circuito integrado tornam-se uma parte maior
do custo que varia entre os computadores, assim, os projetistas precisam entender os custos dos chips para entender os custos dos computadores atuais.
Custo versus preço
Com os computadores se tornando commodities, a margem
entre o custo para a manufatura de um produto e o preço pelo qual ele é vendido tem se encurtado consideravelmente.
DEPENDÊNCIA
Historicamente os circuitos integrados eram um dos
componentes mais confiáveis de um computador, pois
a taxa de erro dentro do chip era muito baixa.
A medida que os chips evoluem, essa taxa pode
aumentar, pois as falhas podem tornar-se mais
comuns, de modo que os arquitetos precisam projetar
sistemas para lida com esses desafios.
DEPENDÊNCIA
Computadores são projetados e construídos em diferentes
camadas de abstração.
Se descermos recursivamente por um computador, veremos
os componentes se ampliarem para subsistemas completos
até nos depararmos com os transistores individuais.
Algumas falhas podem ser generalizadas, como falta de
energia, mas muitas podem ser limitadas a um único
componente.
Uma falha em um nível pode ser meramente um erro em
um nível superior. Saber fazer a distinção é útil na tentativa
de encontrar maneiras de montar computadores confiáveis.
DEPENDÊNCIA
Como decidir quando um sistema esta operando
corretamente?
Com a popularidade dos serviços de Internet, os provedores
de infra-estrutura começaram a oferecer SLA(Nível de Serviço Acordado) ou SLO(Objetivo de Nível de Serviço) para garantir que seu serviço de rede ou energia seria confiável.
Um SLA poderia ser usado para decidir se o sistema estava
ativo ou inativo e eles pagariam ao cliente uma multa se não atendessem um acordo por mais do que algumas horas por mês.
DEPENDÊNCIA
Os sistemas alternam entre dois estados de serviço
com relação a um SLA:
1. Realização do serviço – o serviço é entregue conforme o
especificado;
2. Interrupção de serviço – em que o serviço é entregue
DEPENDÊNCIA
As transições entre esses dois estados são causadas
por falhas (estado 1 para estado 2) ou restaurações (2
para 1). Quantificar essas transições leva às duas
medidas principais de dependência:
1. Confiabilidade do módulo – medida da realização contínua do
serviço de um instante inicial de referência.
Tempo médio para a falha(MTTF) – medida de confiabilidade; Falhas por bilhão de horas de operação(FIT) – taxa de falhas;
Tempo médio para o reparo(MTTR) – medida de interrupção do
serviço;
Tempo médio entre as falhas(MTBF) – soma de MTTF e MTTR
2. Disponibilidade do módulo – medida da realização do serviço
com relação à alternância entre o dois estados de realização e interrupção.
DEPENDÊNCIA
Confiabilidade e disponibilidade agora são medições
quantificáveis.
Podemos
então
estimar
a
confiabilidade de um sistema quantitativamente se
fizermos algumas suposições sobre a confiabilidade
dos componentes e se essas falhas forem
independentes.
A principal maneira de lidar com a falha é a
redundância, sem em tempo (repetir a operação) ou
em recursos (tenha outros componentes disponíveis).
Quando o componente é substituído e o sistema
reparado, a dependência do sistema é considerada
como sendo tão boa quanto nova.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
O que significa dizer que um computador é mais
rápido do que outro?
Pode ter significado diferente, dependendo de quem diz!
Um usuário de computador desktop, pode estar interessado em
reduzir o tempo de resposta (tempo entre o início e o término de um evento);
Um administrador de um grande centro de processamento de
dados pode estar interessado em aumentar o throughput (quantidade total de trabalho feito em determinado tempo.
Normalmente, quando queremos relacionar o desempenho
de dois computadores diferentes, dizemos “x é mais rápido do que y”, ou seja, “x é n vezes mais rápido do que y”. O que isso significa?
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Significa que o número de tarefas completadas por unidade
de tempo no computador x é n vezes maior que o número completado em y.
O tempo nem sempre é a métrica cotada em comparação
com o desempenho dos computadores, mas pode ser a única medida consistente e confiável do desempenho.
Tempo de CPU – Significa o tempo que o processador está
computando, não incluindo o tempo esperando por E/S ou executando outros programas.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Benchmarks
A melhor escolha de benchmarks são aplicações reais, como um compilador.
Tentativas de executar programas mais simples que uma aplicação real levaram a armadilhas de desempenho. Alguns exemplos são:
Kernels – são pequenas partes-chave das aplicações reais;
Programas de brinquedo – são programas de 100 linhas das primeiras tarefas de programação; e
Bechmarks sintéticos – são programas falsos, inventados para tentar combinar o perfil e o comportamento de aplicações reais.
Todos os três exemplos estão desacreditados hoje, porque o escritor e o arquiteto do computador podem fazer com que o computador pareça mais rápido nesses programas.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
As condições sob as quais os benchmarks são executados
também influenciam no resultado final.
Desenvolvedores de benchmark normalmente exigem que o
vendedor use um compilador e um conjunto de flags para todos os programas na mesma linguagem.
Outra questão importante é se as modificações do
código-fonte são permitidas. Existem três técnicas diferentes para resolver essa questão:
1. Nenhuma modificação é permitida;
2. As modificações são permitidas, mas são basicamente
impossíveis. Por exemplo, benchmarks que possuem dezenas de milhões de linhas de código.
3. Modificações são permitidas, desde que a versão modificada
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Benchmarks de desktop
São divididos em duas classes amplas:
Benchmarks com uso intensivo do processador; e
Benchmarks com uso intensivo de gráficos, que geralmente
incluem atividade intensa do processador.
Existem benchmarks SPEC, que são programas reais que
variam de parte de um compilador C até um programa xadrez ou uma simulação de computador quântico.
O pacote SPEC é útil para o benchmarking de processador
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Benchmarks de servidor
Existem múltiplos tipos de benchmarks para servidor. Desde
um benchmark orientado a throughput do processador até benchmarks para sistemas de servidor de arquivos, para servidores Web e para sistemas de banco de dados e processamento de transação.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Reportando resultados de desempenho
Os relatórios das medições de desempenho devem listar
tudo o que outro experimentador precisaria para duplicar os resultados, como:
Descrição do computador;
Publicação da linha de referência e dos resultados otimizados; Descrições de parâmetros de ajuste de hardware e software; Tempos de desempenho reais; e etc.
Esses relatórios são excelentes fontes para encontrar o
custo real dos sistemas de computação, pois os fabricantes competem em alto desempenho e no fator custo-desempenho.
PRINCÍPIOS QUANTITATIVOS DO
PROJETO DE COMPUTADORES
Tire proveito do paralelismo
Tirar proveito do paralelismo é um dos métodos mais
importantes para melhorar o desempenho.
Alguns exemplos:
Uso de paralelismo no nível do sistema – utilizar vários
processadores e múltiplos discos. A capacidade de expandir a memória e o número de processadores e discos é chamado de escalabilidade.
Paralelismo entre as instruções – utilizar pipelining.
Paralelismo no nível de projeto digital detalhado – utilizar vários
bancos de memória que normalmente são pesquisados em paralelo.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Princípio de localidade
Diz que os programas costumam reutilizar dados e
instruções que usaram recentemente.
Um programa gasta 90% de seu tempo de execução em
apenas 10% do seu código.
Uma aplicação é que podemos prever com razoável precisão
quais instruções e dados um programa usará no futuro próximo com base nos seus acessos no passado recente.
Dois tipos diferentes de localidade:
Localidade temporal – afirma que é provável que os itens
acessados recentemente seja acessados num futuro próximo.
Localidade espacial – afirma que os itens cujos endereços estão
próximos um do outro costumam ser referenciados mais perto no tempo.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Foco no caso comum
Ao fazer uma escolha de projeto, favoreça o caso freqüente,
em lugar do caso pouco freqüente.
É importante aplicar esse princípio na determinação de
como gastar recursos.
O caso mais freqüente normalmente é mais simples e pode
ser feito com mais rapidez do que o caso pouco freqüente.
Exemplo:
Ao somar dois número no processador, podemos esperar que o
overflow seja uma circunstância rara e, assim melhoramos o desempenho otimizando o caso comum, ou seja, nenhum estouro.
MEDIÇÃO, RELATÓRIO E RESUMO DO
DESEMPENHO
Lei de Amdahl
Esta lei estabelece que a melhoria de desempenho a ser
ganha com o uso de algum modo de execução mais rápido é limitada pela fração do tempo que o modo mais rápido pode ser usado.
Define o ganho de velocidade que pode ser obtido
usando-se um recurso em particular.
O ganho de velocidade nos diz o quanto mais rápido uma
JUNTANDO TUDO: DESEMPENHO E
PREÇO-DESEMPENHO
Desempenho e preço-desempenho para sistemas de
desktop e montados em rack
Existem muitos pacotes de benchmark para sistemas de
desktop, mas a maioria deles é específica do SO ou da arquitetura.
Foi utilizado nesse caso o pacote SPEC CPU2000 para
examinar o desempenho do processador e o preço-desempenho de um série de sistemas de desktop. Nesse pacote, números maiores indicam desempenho mais alto.
Foram analisados cinco sistemas, incluindo os processadores
JUNTANDO TUDO: DESEMPENHO E
PREÇO-DESEMPENHO
Modelos analisados:
Dell Precision Workstation – Processador Intel Pentium 4
Xeon;
Tipo: Desktop
HP ProLiant BL25p – Processador AMD Opteron 252;
Tipo: Rack
HP ProLiant ML350 G4 – Processador Intel Pentium 4 Xeon;
Tipo: Desktop
HP Integrity rx2620-2 – Processador Itanium 2;
Tipo: Desktop
Sun Java Workstation W1100z – Processador AMD Opteron
150.
JUNTANDO TUDO: DESEMPENHO E
PREÇO-DESEMPENHO
Resultados:
O projeto baseado no Itanium tem o mais alto desempenho,
mas também o mais alto preço, por isso tem o menor preço-desempenho.
O Dell baseado no Intel Xeon tem também um dos mais
altos desempenhos, mas também possui um custo alto.
De todos analisados, o produto Sun baseado no AMD
Opteron foi o líder em preço-desempenho para o benchmark utilizado.