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BIOT9MV 3C pag029

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(1)

Bases fisiológicas

da reprodução

Noções básicas de

hereditariedade

P Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

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1.1. Ordena as figuras por idade e por sexo.

1.2. Indica dois caracteres em que te baseaste para responderes à questão anterior.

2. Das doenças sexualmente transmissíveis (DST), a SIDA é a que actualmente faz um maior número de vítimas. O primeiro caso de SIDA em Portugal registou-se em 1983. Os números não têm parado de crescer, sendo os distritos do Porto, Lisboa e Setúbal os mais atingidos. O número de pessoas infectadas é difícil de calcular com exactidão, mas é certamente mui-tíssimo mais elevado do que o de casos de SIDA, no mínimo 10 vezes superior.

2.1. O que entendes por DST? 2.2. Dá exemplos de DST.

2.3. Refere dois modos de prevenção das DST.

2.4. Explica a afirmação: “O número de pessoas infectadas […] superior.”

2.5. Com base nos dados do gráfico, justifica a afirmação: “A SIDA não é uma doença exclu-siva dos homossexuais”.

Utilizadores de drogas por via parentérica 38,1% (UDVP) Heterossexuais 26,4% Homossexuais/ UDVP 1,3% Mãe/Filho 1,2% Homo ou bissexuais 25,4% Hemofílicos 1,3% Desconhecidos 3,7% Transfusionados 2,6%

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

O corpo humano tem sido, ao longo dos tempos, fonte de inspiração artística. 1. Dá exemplo de uma obra de arte, que retrate a sexualidade, de:

1.1. escultura. 1.2. pintura.

2. Repara no grupo de jovens que está a visitar o museu. 2.1. Achas normal a curiosidade deles?

2.2. Regista três termos que surjam no teu pensamento quando olhas para esse quadro. 2.3. Critica a atitude dos jovens nesta situação.

(4)

rais, sociais, éticos e morais que o vão for-mando como uma pessoa com identidade própria. A par tir da puberdade, estas influências adquirem um protagonismo rele-vante fazendo com que o indivíduo se vá tor-nando progressivamente mais maduro.

Assim, a sexualidade não é um factor exte-rior à pessoa, mas sim uma realidade integral dela mesma. Foi Freud que descreveu a sexualidade como uma realidade evolutiva, vai-se desenvolvendo à medida que o ser humano também se desenvolve.

Nos primeiros anos de vida a sexualidade depende do contacto com a mãe – a voz, o afecto, a pele – e mais tarde com o próprio corpo. Entre os 3 e 5 anos a vivência sexual

sexualidade fica como em estado de latência. Entre os 9 e 11 anos aparece uma grande efervescência sexual, sendo frequentes as práticas masturbatórias. Dos 12 aos 15 anos os jovens vivem uma sexualidade de transição em que surge, por vezes, uma homossexuali-dade transitória em ambos os sexos, sendo uma evolução normal até à heterossexuali-dade.

A partir dos 15 anos a sexualidade segue evoluções muito determinadas sempre no sentido de um amadurecimento e de uma independência. Da adolescência passa-se à idade adulta, período da vida que obriga a uma vivência sexual em liberdade e com grande sentido de responsabilidade.

Abelardo Silva, Crítica

1 2 3 4

5 6 7

Com base no texto:

1. Transcreve duas frases que demonstrem que a sexualidade é uma realidade evolutiva. 2. Faz a legenda de cada uma das figuras com frases do texto.

3. Propõe outro título para o texto. 4. Comenta o último período do texto.

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

“Em média, ao nível mundial, o salário feminino é inferior em cerca de um terço ao dos homens, segundo as estatísticas do Comité Internacional do Trabalho. A diferença atinge 50% nas indústrias asiáticas.”

“A 8 de Dezembro, na Nigéria, Safia Husaini, de 35 anos, foi condenada por um tribunal islâmico a ser apedrejada até à morte. O seu crime: divorciada, ela concebeu uma criança fora do casamento, em consequência de uma violação.”

“Na maior parte dos países pobres, as mulheres são empregadas nos trabalhos mais miseráveis, como na construção de estradas na Índia. A falta de qualificação, os preconceitos dos patrões e a ausência de tradição sindical explicam esta sobreexploração das mulheres no trabalho.”

“Calcula-se que existam 30 milhões de prostitutas no Mundo. Em cada ano, apenas na Ásia, um milhão de meninas entre os 5 e os 15 anos são coagidas a prostituirem-se.”

“Bena Ahkter, 17 anos, foi uma das centenas de jovens mulheres do Bangladesh desfigurada por ácido, por ter mostrado resistência a um homem. Na Índia e no Paquistão, em cada ano, muitos milhares de mulheres são queimadas vivas pela sua família por não terem dote.”

“Os muros de Sofia (Bulgária) estão cobertos de rostos de mulheres desaparecidas e, prova-velmente, prostituindo-se no estrangeiro. A Organização Internacional para as Migrações cal-cula em 500 000 o número de mulheres “vendidas” na Europa Ocidental por bandos mafiosos. A maioria vem de países na Europa do Leste (Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, etc.).”

“Amiee, de 5 anos, foi dada em casamento, no estado de Rajasthan, na Índia, ao seu marido, Ashok, de 15 anos, que pertence, tal como ela, à comunidade dos Jats. As duas famílias

pro-cederam a esta união (que será consumada no 13.oaniversário da menina), para aproveitar o

dia “Akha Teej”, conhecido como portador de boa sorte na tradição Hindu. Tudo isto se passa mesmo sendo oficialmente proibido.”

Science et Vie Junior, Dossier Hors-Série, 2002

1. Em várias partes do Mundo as mulheres continuam a ser injustamente discriminadas. 1.1. Refere uma situação de discriminação:

1.1.1. sexual. 1.1.2. laboral. 1.1.3. política.

2. Identifica a descrição que mais te chocou, indicando: 2.1. a razão da tua escolha.

2.2. como procederias para evitar essa situação.

3. Propõe duas medidas que deveriam ser tomadas a nível mundial para evitar actos atentatórios dos direitos humanos.

(6)

1. Qual o organismo internacional que instituiu o prémio “Mulheres no Mundo da Ciência”? 2. Por que razão o prémio é atribuído a cinco mulheres cientistas, sendo uma de cada

conti-nente?

3. Transcreve uma frase que demonstre a discriminação sexual. 4. Em que áreas da ciência se destacaram as cientistas das figuras?

(Utiliza as letras da chave) Chave

A – Genética B – Micologia C – Medicina

5. Menciona o nome de uma cientista portuguesa da actualidade.

6. Refere duas razões históricas que tenham impedido a mulher de ocupar, ao lado do homem, as mesmas profissões nos campos profissional e científico.

Indira Nath

Tratar e prevenir a lepra.*

* Trabalho que distinguiu as cientistas

Shirley Tilghman

Genes do pai ou da mãe.*

Djereba Keita

Como combater um cogumelo venenoso.*

Notícias Magazine, Abril de 2002 UNESCO e a L’Oréal atribuem todos os

anos um prémio a cinco investigadoras de mérito reconhecido, uma de cada continente. Com esta iniciativa conjunta, designada For

Women in Science, pretende-se promover a

intervenção das mulheres na comunidade científica e combater a discriminação. Afinal, se o século XX foi, sem dúvida, o século da

gualdades entre homens e mulheres ainda são gritantes quando falamos de profissões de topo ou do exercício de cargos de responsa-bilidade. Mesmo no campo da ciência, afinal, de acordo com os dados divulgados pela UNESCO, em todo o Mundo as mulheres não representam mais do que três por cento dos membros das academias científicas.”

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

dos seus órgãos genitais. Mas, há mais de 20 anos, milhares de africanas lutam para que esta prática terrível seja banida.

Quase todas as jovens ugandesas entre 15 e 25 anos de idade são excisadas, como é cos-tume. Com a ajuda de uma lâmina e na pre-sença de parentes e amigos, a excisora corta o clítoris e os pequenos lábios.

Segundo o GAMS (Grupo para a Abolição das Mutilações Sexuais), mais de 120 milhões de mulheres e raparigas são excisadas só no continente africano, o que corresponde a um terço da população feminina. Nos 28 países afectados, 15 declararam esta prática ilegal. Para além de África, a excisão existe na Indo-nésia, Paquistão e Índia. Em França, várias dezenas de milhar de raparigas de origem africana estão ameaçadas de excisão.

gonhar os parentes. A excisão total remove o clítoris e os grandes e pequenos lábios, dei-xando uma grande cicatriz, fonte de graves problemas para as futuras mães.

Logo após a operação, a jovem excisada passa sob lanças cruzadas, sinal da sua admis-são à dignidade de mulher. Ela receberá então muitas prendas e esconder-se-á durante a cicatrização.

ONGs (Organizações Não Governamen-tais) e o Governo ugandês juntam-se em programas de luta contra a excisão. Várias jovens com educação escolar recebem ajuda material para as ajudar a recusar a excisão. Em troca, elas devem participar na batalha contra este costume.

Science et Vie Junior, Dossier Hors-Série, 2002

1. A excisão feminina é um costume de países africanos. Relativamente a esta prática, refere: 1.1. em que consiste.

1.2. dois países que a façam.

1.3. uma organização internacional que tenta abolir este costume. 2. Sublinha a parte do texto em que é relatada:

2.1. a prática de excisão.

2.2. a idade em que é aplicado este costume.

3. O Governo ugandês está a apoiar materialmente jovens meninas. 3.1. Qual o principal objectivo dessa ajuda?

3.2. Por que razão o governo não consegue abolir essa prática?

3.3. Menciona que tipo de organizações estão a ajudar nesses programas de luta.

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um conjunto de transformações nas suas relações com os pais, com os amigos, com os adultos que os rodeiam e na maneira de encarar o futuro.

As transformações nas relações com os pais são geralmente:

– menor tempo de convivência;

– maior dificuldade em contar coisas da sua vida;

– maior tendência a pôr em causa e ques-tionar ideias e posições da família, ou mesmo o desejo de ser diferente;

– maior independência nas decisões; – e por vezes também uma aparente

indi-ferença ou mesmo hostilidade.

As transformações nas relações com os outros rapazes e raparigas são:

– desejo de ser aceite e considerado(a) pelos outros, o que muitas vezes se manifesta de forma especial na impor-tância que assume o aspecto exterior:

• os cabelos;

• a maneira de vestir; • a beleza;

• a força;

– maior importância das relações com os outros rapazes e raparigas:

• a criação de amizades e mesmo a exis-tência frequente de “grandes amigos”;

– frequente inserção em grupos mais ou menos definidos, em que existem rapa-zes e raparigas;

– aparecimento da atracção entre rapazes e raparigas, de paixões, de namoros. As transformações nas relações com os adultos são:

– desejo de ser reconhecido(a) pelos adul-tos como pessoa com direiadul-tos e deveres; – desejo de ser reconhecido(a) como

capaz de se bastar a si próprio sem pro-tecções nem controlos;

– facilidade com que se criam relações de grande confiança com um ou outro adulto, tomados confidentes.

As transformações na forma de encarar o futuro são:

– maior precupação com o futuro, aumen-tada também pela necessidade de tomar decisões e fazer escolhas;

– acentuação de desânimos, desistências e hesitações criadas pela frequente oposi-ção entre as dificuldades e esforços de realização dos seus projectos e o desejo de gozar a vida, distrair-se, conviver; – tendência para fazer grandes projectos

irrealizáveis mas também maior capaci-dade para realizar os seus projectos.

1. Exemplifica, com situações do teu dia-a-dia: 1.1. uma aparente indiferença.

1.2. o gosto pelas conversas intermináveis.

1.3. o desejo de ser reconhecido(a) como pessoa com direitos e deveres. 1.4. a tendência para fazer grandes projectos irrealizáveis.

2. Retira do texto dados, que apoiem a ideia de que a adolescência é um período: 2.1. de dificuldades e conflitos.

2.2. rico em ideias, experiências, sonhos e projectos. 2.3. de transformações nas relações com os pais.

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

(2n) (2n) Glóbulo polar I degenerado REDUÇÃO MITOSE Espermatócitos II (n) Ovócito II (n) Espermatídeos (n) Ovócito maduro (n) Espermatozóides (n) Glóbulo polar II Glóbulo polar I

1. Em que locais do organismo ocorre a maior parte destes processos? 2. Compara a espermatogénese com a ovogénese, indicando duas:

2.1. diferenças. 2.2. semelhanças.

3. Faz corresponder a cada um dos esquemas as afirmações: 3.1. é um processo cíclico.

3.2. é um processo diário.

3.3. uma célula origina quatro gâmetas. 3.4. uma célula origina um gâmeta. 3.5. o gâmeta é uma célula diferenciada. 3.6. ocorre a morte de dois glóbulos polares.

4. Relativamente aos dois processos esquematizados, refere: 4.1. as hormonas responsáveis.

4.2. em que altura do desenvolvimento terminam.

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depressão, fadiga, sensação de distensão do abdómen, hipersensibilidade mamária, dores de cabeça, mau humor, nervosismo – atinge mais de metade das mulheres em determi-nada fase da vida.

Muitas vezes há tendência para se conside-rar que estes sintomas são “coisas de mulhe-res”, não dando ao problema a atenção que ele exige e merece. Realmente estes incó-modos influenciam psicológica e fisicamente as jovens que, nesta altura, podem sentir irritabilidade, sonolência, desinteresse e, por vezes, podem sofrer vómitos e desmaios.

Pensa-se que as dores são provocadas pela contracção dos músculos do útero no seu esforço para expelir o revestimento.

Quando estiveres com o período podes nadar, correr, dançar, etc., tudo o que fazes

menos te lembrarás que estás com o período.

1. Faz corresponder a cada uma das afirmações sobre hábitos de higiene menstrual a letra V ou F, consoante seja verdadeira ou falsa.

1.1. Reduz o consumo de bebidas gaseificadas, gorduras, açúcar e sal. 1.2. Diminui a ingestão de alimentos ricos em fibras.

1.3. Cuida ainda mais da tua higiene diária. 1.4. Lava a vulva mas não o interior da vagina.

1.5. Para absorver o fluxo menstrual podes escolher tampões ou pensos higiénicos; muda-os frequentemente.

1.6. Não é importante saberes quando te vem o período.

1.7. Se as dores menstruais forem muito intensas, não digas a ninguém.

2. Pesquisa e regista alguns preconceitos, vindos de gerações anteriores, sobre o período mens-trual.

Folhetos Johnson

Hoje, não falem comigo. Estou com o período.

Estou com o período, e ninguém nota.

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– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

meiro como pacientes numa profissão domi-nada pelo homem e, depois, como terapeutas no mesmo meio. O parto é basicamente um processo normal mas, no passado, foi respon-sável pela morte evitável de inúmeras mulhe-res. Por que terá isto sido assim? Em tempos recuados, a prevalência da pobreza das massas e as dietas inadequadas tinham como resul-tado anemias e deficiências vitamínicas que provocavam doenças como o raquitismo, o qual causava deformação pélvica. As doenças debilitantes, como a tuberculose, causavam grande fraqueza física. A falta de condições higiénicas e os métodos não higiénicos dos partos provocavam infecções.

O obstetra húngaro Ignaz Philipp Semmel-weis (1818-1865) fez a perspicaz observação de que após o parto efectuado por parteiras, quer em casa quer no hospital, a taxa de mortalidade das parturientes era menor do que quando assistidas por estudantes de medicina. Concluiu que estavam implicados

pessoal; o segundo era que os estudantes efectuavam exames vaginais sem lavarem pre-viamente as mãos, vindo muitas vezes direc-tamente da sala contígua de autópsias.

Em 1847, Semmelweis efectuou a autópsia de um professor que morrera devido a uma infecção resultante de um ferimento que tinha sofrido durante o exame post mortem. Semmelweis ficou impressionado pela seme-lhança entre os resultados patológicos e aqueles que ele tinha observado em mulhe-res que tinham falecido de sepsia puerperal (infecção do canal vaginal). Devido a esse facto, introduziu no seu departamento a regra de que todos os assistentes das mulhe-res em trabalho de parto tinham primeiro de lavar as mãos numa solução de cloreto de cálcio. Esta simples medida reduziu, no espaço de um ano, a terrível mortalidade anteriormente observada no seu departa-mento de 12% para zero. Estava estabelecido o princípio da assepsia.

1. Justifica o título do texto.

2. Por que razão o parto foi, durante muito tempo, responsável pela morte de muitas mulheres? 3. Relativamente ao médico Ignaz Semmelweis, indica a:

3.1. sua nacionalidade. 3.2. especialidade médica.

3.3. perspicaz observação que realizou em parturientes. 3.4. importante conclusão que retirou da sua observação. 4. O que significa exame post mortem ?

5. Transcreve do texto o nome da infecção do canal vaginal. 6. Em que consiste a assepsia?

7. Menciona dois métodos assépticos utilizados actualmente em medicina.

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tiva: uma mistura à base de excrementos de crocodilo, que as mulheres deviam colocar no fundo da vagina antes de qualquer relação sexual.

Antes do aparecimento da pílula, as pessoas desembrulhavam-se como podiam: coito interrompido, preservativo (nessa altura feito das tripas dos animais), duche vaginal imedia-tamente após a relação sexual e o uso de todo o tipo de produtos que se acreditava destruí-rem os espermatozóides: vinagre, ácido cítrico, pastilhas e pós colocados no fundo da vagina.Também se utilizava o diafragma.

No início do século XX, a contracepção era ainda um assunto tabu nos Estados Unidos e na Europa. De resto, em 1920 foi votada uma lei em França que proibia todo o tipo de publi-cidade a favor da contracepção e em que se considerava o aborto como um crime. Alguns livros foram, então, censurados. Esta lei per-maneceu em vigor durante praticamente cin-quenta anos. Foi em 1956 que a pílula surgiu nos Estados Unidos. O seu nascimento foi o fruto da vontade, da experiência e da genero-sidade de três pessoas: em 1912, uma jovem enfermeira nova-iorquina, Margaret Sanger, assistiu, impotente, à morte de uma jovem mulher que tentou abortar sozinha. Chocada com esta experiência, Sanger veio a fundar em 1923, em Nova lorque, o primeiro centro de

familiar. Três anos mais tarde, os Estados Uni-dos já contavam com 250 destes centros.

Por outro lado, uma viúva riquíssima, Cat-herine Mac Cormick, decidiu dedicar toda a sua fortuna à descoberta do contraceptivo ideal. Em 1951, com o apoio moral de uma e o auxílio financeiro de outra, o Dr. Gregory Pincus abriu, próximo de Boston, um centro de investigação biológica, onde passou a dedi-car o seu tempo ao estudo das hormonas sexuais. Em 1956, a sua equipa concebeu a primeira pílula, a qual consistia numa combi-nação de progesterona e de estrogénios de síntese. Esta pílula, a ENOVID, testada em Porto Rico, demonstrou ser eficaz. As primei-ras embalagens começaram a ser vendidas quatro anos mais tarde, nos Estados Unidos e, em seguida, na Grã-Bretanha.

Somente em 1965 é que a pílula surgiu em França. De início, muito timidamente, para contornar a lei de 1920 ainda em vigor, a pílula passou a ser conhecida oficialmente como um medicamento destinado a regulari-zar o período.As suas propriedades contracep-tivas não eram indicadas na embalagem e a maior parte dos médicos recusavam-se a receitá-la. Em 1967, a lei Neurwith autorizou, finalmente, a importação, o fabrico e o acesso aos métodos contraceptivos.

O Livro dos Jovens, Inquérito

1. Qual foi a primeira receita contraceptiva de que se tem conhecimento? 2. De que material era feito o primeiro preservativo?

3. Sublinha no texto a(s) frase(s) relativa(s):

3.1. a produtos que, supostamente, destruíam os espermatozóides. 3.2. à proibição de uso de contraceptivos.

3.3. à enfermeira que fundou o primeiro centro de planeamento familiar. 3.4. à primeira pílula sintetizada em laboratório.

4. Relativamente à primeira pílula, indica: 4.1. o país de origem.

4.2. a sua denominação. 4.3. o cientista que a concebeu.

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

HIV/SIDA? É uma das questões a que um estudo a decorrer actualmente, em Portugal, com o apoio da Organização Mundial de Saúde, pretende dar resposta. Iniciado em 1998 junto de 6903 alunos do 6.o, 8.oe 10.o anos de escolaridade, o estudo denominado “Health Behaviour in School-aged Children” foi entregue à equipa do projecto “Aventura Social & Saúde” sob a coordenação da psicó-loga Margarida Gaspar de Matos, professora da Faculdade de Motricidade Humana.

Os dados já recolhidos demonstram que a maioria dos inquiridos estão devidamente informados sobre o HIV/SIDA e têm uma ati-tude tolerante relativamente aos seropositi-vos. Curiosamente, são rapazes e mais novos os que assumem posições mais conservadoras. A maioria dos inquiridos manifesta-se con-tra a discriminação das pessoas portadoras de HIV/SIDA. Mais de 69% considera que essas pessoas não deveriam viver à parte do resto da população. Apenas 12,2% afirma estar de acordo e 18,1% diz não saber.

À questão “Era capaz de estar numa aula ao lado de um portador do vírus da SIDA?”, a maior parte dos jovens (60,5%) respondeu afirmativamente. Outros 10,9% afirmaram

sobre o perigo da SIDA e uma larga maioria (80,9%) diz que visitaria um amigo se este tivesse a doença.

A maioria dos jovens demonstrou também estar informada sobre as formas de contágio ao considerar verdadeiro que este se faz atra-vés de relações sexuais, da utilização de uma seringa infectada, da transfusão de sangue ou por transmissão mãe-feto. Consideraram, por outro lado, que “vestir roupa de um indi-víduo infectado, falar com um indiindi-víduo infectado e beijar não são formas de trans-missão do vírus”.

Os dados já apurados mostram ainda que são as raparigas e os mais velhos aqueles que estão mais bem informados sobre a doença e têm menos preconceitos em relação a ela.

É um problema focado pela psicóloga Mar-garida Matos, que defende, face a esta dis-crepância entre “informação” e “adopção de comportamento”, a adopção de “medidas promocionais que ajudem os jovens a trans-formar os seus conhecimentos em práticas de saúde”, de forma a que adquiram capaci-dade para “escolher um estilo de vida saudá-vel e de o manter”.

Público, Maio de 2002

1. Propõe outro título para este artigo.

2. O artigo refere um estudo realizado em adolescentes portugueses. 2.1. Sublinha no artigo a frase referente ao objectivo do estudo. 2.2. Refere como se denomina:

2.2.1. a organização que o apoia. 2.2.2. o universo a quem se aplica. 2.3. Indica dois resultados deste estudo.

3. Relativamente ao assunto do artigo, dá exemplos de: 3.1. falta de informação.

3.2. adopção de comportamentos correctos.

3.3. adopção de medidas promocionais que levem a práticas de saúde. 3.4. estilo de vida saudável.

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corpo humano seja o facto de cada um de nós ser único e, ao mesmo tempo, a soma dos caracteres herdados do pai e da mãe, os quais são transmitidos de geração em gera-ção. O processo segundo o qual isto acon-tece é, em par te, o resultado de uma programação exacta e, em parte, o resultado de uma selecção feita ao acaso.

A hereditariedade é o mecanismo segundo o qual os caracteres são transmitidos de gera-ção em geragera-ção. Os caracteres herdados vão desde os aspectos mais evidentes, como a cor do cabelo e dos olhos, até aos menos eviden-tes, como é o caso dos grupos sanguíneos.

A ciência que estuda os mecanismos da hereditariedade e as modificações que podem ocorrer nos seres vivos é a Genética.

compreender a razão pela qual nós herdamos certos caracteres, mas também identificar e tratar diversas doenças do corpo humano – e ainda, embora de uma forma controversa, interferir na criação da própria vida.

Os primeiros estudos de hereditariedade devem-se ao monge Gregor Mendel que, no século XIX, realizou uma série de famosas experiências com ervilhas. Como resultado das investigações de Mendel, sabemos hoje que as características hereditárias (cor do cabelo, olhos, etc.) são transmitidas através dos genes e que cada pessoa tem duas cópias de cada gene, uma cópia herdada da mãe e outra cópia herdada do pai.

Amabis, Martho e Mizoguchi, Biologia

1. Transcreve do texto a definição de hereditariedade. 2. Dá exemplo de três caracteres hereditários.

3. Relativamente à Ciência que estuda os caracteres hereditários, indica: 3.1. como se denomina.

3.2. por que razão é considerada recente. 3.3. a importância do seu desenvolvimento.

4. Os primeiros estudos de hereditariedade devem-se ao monge Gregor Mendel. 4.1. Porque é considerado Mendel o primeiro geneticista?

4.2. Qual o material biológico usado nos seus estudos?

4.3. Que importância, para a Humanidade, tiveram as suas investigações?

5. Comenta a frase do texto: “(...) e ainda, embora de uma forma controversa, interferir na cria-ção da própria vida.”

(15)

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

Plasmídeo – pequena porção de ADN

cir-cular que se multiplica de maneira autónoma nas bactérias. Cada plasmídeo pode conter um

fragmento de ADN estranho, permitindo assim isolar os genes de um organismo vivo.

O Corpo Humano,Verbo

1. Por que razão os diabéticos têm de administrar insulina diariamente? 2. Para que serve uma enzima de restrição?

3. Qual a vantagem da utilização de insulina humana? 4. O que é o ADN recombinado?

5. Refere, justificando, se o título do texto poderia ser “Engenharia Genética”. Bactéria

Plasmídeo

Célula humana

ADN

Enzimas de restrição Corte no plasmídeo

Enzimas de restrição

Gene produtor de insulina

Plasmídeo reintroduzido na bactéria

Gene humano

recombinado com o plasmídeo

Fermentador

Injecção

Insulina humana

res e que não existe no organismo de alguns indivíduos diabéticos. A muitos deles tem de ser administrada uma injecção diária de insu-lina que antigamente era extraída do pâncreas de gado abatido.Alguns diabéticos são alérgicos à insulina animal e, para os ajudar, a investiga-ção científica tem desenvolvido e utilizado téc-nicas do ADN recombinado para fazer insulina

ADN é retirado de um célula humana. As enzimas de restrição abrem o plasmídeo e separam o gene da insulina do ADN humano. Esse gene é depois encaixado no plasmídeo, que é reintroduzido na bactéria. Posterior-mente faz-se uma cultura destas bactérias num fermentador para produção em grande escala de insulina humana.

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coelhos 1.o carneiro procedente de inseminação artificial (IA) 1.a fecundação in vitro (FIV) no coelho 1.a clonagem (células embrio-nárias) na rã 1.as plantas geradas in vitro 1.a inseminação artificial no homem 1.o gene humano identificado 1.a clonagem (células diferen-ciadas) 1.a planta gerada a partir de protoplasto 1.o rato nascido de um embrião congelado 1.o carneiro nascido de um embrião congelado Identificação do plasmídeo TI (Tumor Inducing) 1.o bébé proveta 1.os cordeiros gémeos por excisão de embriões Insulina produzida genéticamente 1.o rato transgénico Rato gigante com hormonas de crescimento de rata 1.o nascimento por fecundação in

vitro de uma vaca

1954 1978 1953 1978 1983 1962 Diagnóstico prenatal por sonda de ADN 1979 1952 1976 1983 1970 1979 1952 1973 1982 1972 1981 1952 1973 1982 1.a mãe portadora 1.a planta transgénica (tabaco) 1984 1985 1985 1986 1.o nascimento humano a partir de um embrião congelado 1.o mamífero doméstico transgénico 1.a planta transgénica resistente a um insecto 1.os clones de mamíferos (células embrionárias) 1988 1988 1987 1987 1.as estirpes de ratos “humanizados” 1.a planta transgénica resistente a um herbicida 1.a ovelha farmacêutica 1.a planta farmacêutica 1988 1990 1991 1991 1.o cereal transgénico 1.a fruta transgénica comercializada 1.a injeccão intracitoplásmica de espermatozóide Inicio do projecto Genoma Humano 1. a selecção dos embriões 1. a ADN medicamento (terapia genética) 1994 1992 1991 1991 Identificação do gene SRY (masculinidade) 1.a vaca “farmacêutica” 1995 1996 1997 1997 1.o bébé a partir de um ovócito e de um espermatídeo 1.o Xeno-enxerto de coração de veado “humanizado” num babuíno Anúncio do nascimento de Dolly 1.os clones de primatas (excisão) 1998 1998 1998 1997 1.o tabaco produtor de hemoglobina Nasce Cumulina, o primeiro rato clonado Nascem vários cordeiros clonados nos Estados Unidos, Europa e Japão Confirma-se que

Dolly provém de uma célula adulta

Ciência & Vida, Outubro, 1998

1. Relativamente ao teu ano de nascimento, refere uma descoberta científica, no campo da genética, que tenha ocorrido:

1.1. antes. 1.2. depois.

2. Transcreve do esquema duas experiências que tenham sido realizadas no século XX, na década de:

2.1. 70. 2.2. 80. 2.3. 90.

3. Indica a data em que:

3.1. nasceu o primeiro ser humano a partir de um embrião congelado. 3.2. se iniciou o projecto Genoma Humano.

3.3. se desenvolveu a primeira planta transgénica resistente a um herbicida.

4. A partir de 1998 e até à actualidade, a engenharia genética tem continuado a evoluir. Qual foi a última manipulação genética de que tiveste conhecimento?

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dez anos, Kathy tomou medicamentos passí-veis de originar cancro, submeteu-se a dezas-sete inseminações ar tificiais e a dezas-sete tentativas de fertilização in vitro. Agora que o casal vai ter ajuda de Panos Zavos para ter um filho através de clonagem, Kathy sente-se recompensada – a sua filha será genetica-mente semelhante a si.

O embriologista Panos Zavos, responsável pelo Instituto de Andrologia da América em Lexington, no Estado do Kentucky, vai reali-zar a experiência já em Setembro, num labo-ratório secreto fora dos Estados Unidos, onde a clonagem humana é proibida por lei.

Bill explica porque decidiram clonar a mãe em vez do pai: “A Kathy sofreu ainda mais do

tos... Além disso, prefiro ter uma rapariga. E se tudo correr bem, daqui a dois anos, pode-mos fazer um clone meu para ter um segundo filho”.

Kathy e Bill pensaram em adoptar uma criança, mas a morosidade do processo levou-os a recuar. Sabem que a escolha que estão a fazer enfrenta forte oposição da opi-nião pública, política, religiosa e até cientí-fica. Mas não temem os riscos: “Não vamos dar origem a um monstro ou a uma criatura anormal. Em caso de alguma anormalidade, o doutor Zavos garante que procederá a um aborto”.

Sic.Saúde, Agosto de 2002

1. Completa as afirmações com ajuda de termos do texto.

1.1. Kathy submeteu-se a dezassete .

1.2. Kathy fez sete tentativas de .

1.3. A filha de Kathy será igual à mãe.

1.4. O casal norte-americano recorreu à para ter um filho.

1.5. Nos EUA a é proibida por lei.

1.6. Panos Zavos é um responsável pelo Instituto de Andrologia, no Estado do Kentucky.

2. Por que razão Kathy e Bill não adoptaram uma criança?

3. Qual foi o motivo que levou o casal a decidir clonar a mãe em vez do pai?

4. O casal tem consciência de que irá enfrentar uma forte oposição. Tenta apresentar um exemplo de oposição:

4.1. da opinião pública. 4.2. política.

4.3. religiosa. 4.4. científica.

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1. Transcreve do texto as partes em que o autor refere a clonagem de: 1.1. microrganismos. 1.2. insectos. 1.3. videiras. 1.4. répteis. 2. O que é a partenogénese?

3. Qual o exemplo dado pelo autor de clonagem natural humana?

4. Em oposição à clonagem natural existe, actualmente, a clonagem artificial. 4.1. Dá exemplo de um clone que conheças.

4.2. Quais os seres vivos usados mais frequentemente nas experiências de clonagem? 4.3. Por que razão a clonagem contribui para a diminuição da biodiversidade?

4.4. Indica, apresentando as tuas razões, se gostarias de ser ou não clonado.

exemplo, são seres vivos com uma tremenda dificuldade em assumir compromissos. Pen-sam, pensam e nunca mais decidem. Por essa razão, e como a população não pode deixar de crescer, vão-se dividindo, dando origem a uma inúmera descendência igualzinha... ao pai... ou mãe?... bem, não interessa, igualzinha a um só.

Com as plantas acontece mais ou menos a mesma coisa. Quando está difícil encontrar namorado, envia-se um ramito que toma vida independente. É tão fácil que o Homem, oportunista, obriga algumas vinhas ao celibato durante anos, reproduzindo novos indivíduos a partir de ramos cortados aos adultos. Algumas plantas são geneticamente iguais às que produ-ziam o vinho que o Imperador Júlio César e outros romanos bebiam nas suas orgias. Um pouco cruel privar alguém, mesmo uma planta, de conhecer alguém do sexo oposto, mas enfim, não é para isso que aqui estamos!

Com os animais a coisa não é tão fácil, mas mesmo assim existe um processo semelhante à clonagem e que se chama partenogénese, em que a fêmea não precisa de um macho para ter filhos. Acontece com a abelha-rainha que dá origem às obreiras por este processo e só precisa do macho quando pretende criar

estes métodos por outras razões. Sendo a comida escassa, a densidade de lagartos é muito pequena, por isso é provável que uma fêmea não encontre um macho durante muito tempo. Quando já não aguenta mais, tem lagartinhos descendentes só das suas células. Foi um processo inteligente que a Natureza encontrou para a sobrevivência da espécie.

E nos humanos? Também há clonagem natural? Claro que sim e chamam-se gémeos verdadeiros ou univitelinos – resultam da divisão do ovo, pouco depois da fecundação. Os genes dos dois (ou mais) bebés são exac-tamente iguais, pois descendem do mesmo óvulo e do mesmo espermatozóide.

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Indica se as afirmações, de 1 a 13, são verdadeiras ou falsas. Corrige as falsas. 1. Lava-te, pelo menos, uma vez por dia.

2. Muda de roupa interior uma vez por semana.

3. Após a aula de Educação Física, lava-te e põe o teu equipamento para lavar.

4. Usa desodorizante corporal para os sovacos e pés, mas aplica-o só depois de te lavares. 5. Verifica mensalmente o aspecto dos teus pés.

6. Escova os dentes uma vez por semana. 7. Consulta regularmente o dentista. 8. Pratica uma alimentação saudável. 9. Espreme as borbulhas.

10. Nunca te esqueças de limpar a pele da cara antes de te deitares. 11. Procura manter-te calma(o) e não te irrites.

12. Não vás ao médico se tiveres muita acne. 13. Nunca faças automedicação.

Nota: Na página 58 a Informação complementar “A higiene na adolescência” permite aprofundar esta

abordagem.

Será que disse alguma coisa errada,

“setôra”?

Descansa, filho. Um dia serás uma grande espinha

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Supõe que uma rapariga entrou na puberdade aos 12 anos; teve a primeira ovulação aos 14 anos; teve uma filha aos 24 anos; teve um filho aos 27 anos; atingiu a menopausa aos 55 anos. Calcula:

1. a idade do primeiro ovócito que sofreu maturação. 2. a idade do óvulo que originou a filha.

3. a idade do último ovócito que amadureceu.

4. quantos ovócitos amadureceram durante a sua vida fértil, supondo que tinha ciclos ováricos regulares de 28 a 30 dias.

5. quantas menstruações teve durante a sua vida.

Supõe que num rapaz amadureceram num dia 111 554 espermatócitos primários. Calcula aproximadamente:

6. quantos espermatozóides produziu.

7. qual o número de espermatozóides que ele consegue produzir ao fim de 60 dias. Supõe que numa ejaculação encontraram-se no esperma 280x106espermatozóides maduros. Calcula:

8. o número de espermatócitos primários que os originaram. 9. quantos espermatozóides eram portadores de cromossomas:

9.1. 22X. 9.2. 22Y.

Supõe que o comprimento médio de um espermatozóide é de 0,06 mm. Calcula o compri-mento de uma cadeia formada por 275x106espermatozóides, colocados um na continuação do outro. Apresenta o resultado em quilómetros.

O ciclo menstrual e a matemática

Vais precisar de

• Lápis; borracha e folha de papel

Qualquer rapariga pode fazer cálculos sobre o seu próprio ciclo. Resolve os problemas: 1. Supõe que a Joana esteve este mês menstruada durante 4 dias, no mês anterior esteve 6

dias e nos 4 meses anteriores a menstruação durou respectivamente 4, 5, 5 e 6 dias. Quanto duram em média as suas menstruações?

2. A Carla teve a primeira menstruação aos 12 anos e os seus ciclos têm a duração média de 25 dias. Supondo que a Carla tem agora 16 anos, calcula quantas menstruações teve em 4 anos.

3. A Filipa teve a primeira menstruação no dia 10 de Setembro. 3.1. Qual foi o dia aproximado em que teve a primeira ovulação? 3.2. Em que dia terá, provavelmente, a próxima ovulação?

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O que é para ti higiene?

É na adolescência que os odores corporais começam a ser mais intensos, pois também é neste período que a produção de hormonas é mais elevada.

– Assinala as zonas do teu corpo onde a libertação de odores é maior:

a) Cara e) Virilhas

b) Axilas f) Cabelos

c) Dentes g) Orelhas

d) Pés

– Quantas vezes tomas duche?

a) Todos os dias. c) Dia sim, dia não.

b) Uma vez por semana. d) Nenhuma das anteriores. – Tomas duche e mudas-te após as aulas de Educação Física?

a) Sempre. c) Algumas vezes.

b) Nunca. d) Raramente.

– O que usas para limpar a cara? a) Água e um sabonete vulgar. b) Água e produtos para peles jovens. c) Só água.

– Quantas vezes lavas os dentes?

a) Depois de cada refeição. c) Quando te lembras. b) De manhã e à noite. d) Nenhuma das anteriores. – Quantas vezes lavas o cabelo?

a) Todos os dias. c) Uma vez por semana. b) Dia sim, dia não. d) Nenhuma das anteriores. – Com que frequência mudas de roupa interior?

a) Todos os dias. b) Dia sim, dia não. c) Uma vez por semana. d) Quando achas que está

suja.

O gráfico representa uma pequena cronologia das mudanças que ocorrem na adolescência.

Regista no gráfico, com um lápis ou caneta colorida, a idade em que ocorreram as transforma-ções referidas, no teu organismo.

Desenvolvimento dos seios, pêlos púbicos e pêlos axilares Salto no crescimento

Desenvolvimento dos testículos Aparecimento dos pêlos púbicos Alargamento da bacia, maturação sexual Desenvolvimento do pénis Aparecimento da barba e dos pêlos nas axilas Aparecimento da acne Mudança de voz Aparecimento dos pêlos do peito e resto do corpo

9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Fim da puberdade

rapazes raparigas 1.a menstruação

(22)

A 1 2 3 4 5 B 7 C 6 8 9 10 11 12 14 D 13 15 16 17 18 E 20 F 19 21 G 22 ( ) + ( ) = ( ) + + 23 x x 23 x y

1. Completa os espaços com os termos: Rapariga

Rapaz

Autossomas (cromossomas não sexuais) Gonossomas (cromossomas sexuais) Cariótipo

2. Conta e regista o número total de cromossomas: 2.1. da rapariga.

2.2. do rapaz.

3. Quantos pares de cromossomas tem o ser humano? 4. Anota o cariótipo:

4.1. do teu sexo; 4.2. do sexo oposto.

5. Deduz o cariótipo do gâmeta: 5.1. masculino.

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Legenda

M – mãe; P – pai; A – olhos azuis; B – nariz médio; C – cabelos encaracolados; D – orelhas pequenas; E – cabelos louros; F – olhos castanhos; G – cabelos lisos; H – cabelos castanhos; I – nariz comprido; J – orelhas grandes; K – daltonismo

Vais precisar de: • tesoura

• cola

• folha de papel branco

– Recorta os rectângulos dos cromossomas.

– Associa os cromossomas homólogos paternos e maternos (cromossomas idênticos). – Dispõe os pares de cromossomas por ordem decrescente de tamanho (do par 1 ao 22). – Cola-os na folha de papel.

– Observa as características hereditárias. – Determina o sexo deste indivíduo.

E K G H M P M P P M P M M P M P P P M M P M M P P P P P P M P M M M M P M M P M P P P M M D I C A F J B Cromossoma 1 Cromossoma sexual Cromossoma 8

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1.1. Quais eram os genes dos pais (escolhe uma letra que represente o branco e outra que represente o preto)?

1.2. Qual é o gene: 1.2.1. recessivo? 1.2.2. dominante?

1.3. Na descendência, qual a percentagem de cobaias: 1.3.1. pretas.

1.3.2. brancas.

2. A ausência de pigmentação no ser humano, o albinismo, é devida a um gene recessivo (a) e a pigmentação normal é devida à presença do gene dominante (A). Supõe que um casal normal tem um filho albino. Determina a probabilidade:

2.1. de o segundo filho ser também albino.

2.2. de o casal ter um filho albino em quatro filhos.

3. Dentes escuros são devidos a um esmalte deficiente, que não cobre totalmente a dentina. Analisa a árvore genealógica. Os símbolos a cheio representam indivíduos com dentes escuros.

3.1. Identifica se a característica é dominante ou recessiva.

3.2. Atribui uma letra a cada um dos genes responsável pela característica e explica a des-cendência dos casais da geração III:

3.2.1. 8 e 9. 3.2.2. 1 e 2. 1 2 I 1 2 II III 1 2 1 2 3 4 IV V 5 6 7 2 3 1 4 3 4 5 6 7 8 9 8 9 11 12 5 6 13 10 7 8 9 14 15 16

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1. Esquematiza a gametogénese de um ovo anormal, resultante da fecundação de um gâmeta normal por outro anormal, de forma a obter as seguintes anomalias:

1.1. 45 X0 1.2. 47 XXY 1.3. 47 XXX 1.4. 49 XXY

2. Esquematiza o cariótipo de gâmetas anómalos em que não tenha ocorrido a separação do par: 2.1. 21.

2.2. 18. 2.3. 13.

Construir o cariótipo

Vais precisar de:

• preparações definitivas de células em metáfase • microscópio óptico composto

• canetas: verde, amarela e vermelha • lápis e folha branca

• esquema de célula em metáfase • tesoura, régua e cola

– Ilumina e foca o microscópio.

– Coloca a preparação e observa os cromossomas em divisão.

– Tenta esquematizar os cromossomas e pinta-os de diversas cores, de acordo com os seus tamanhos.

– Os esquemas de cromossomas são da espécie humana. Recorta-os e cola-os nos respecti-vos grupos, obedecendo à ordem decrescente de tamanhos.

M.I M.II 44A XX 22A X 22A X 22A X 22A X 22A X 22A X 44A XY 22A X 22A Y 22A X 22A X 22A Y 22A Y

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ideias médicas incorporaram as ideias sociais cor-rentes sobre a mulher: a sua natureza, papel na sociedade, capacidades e limitações. Os médicos iam tendo um papel politicizado; apoiavam a ordem estabelecida e exerciam o controlo das mulheres através da autoridade médica. As mulheres da classe média eram vistas como puras, indolentes e débeis. As da classe trabalhadora como pervertidas e potenciais fontes de infecção.

A teoria da medicina “científica” afirmava que, pri-meiro, as mulheres eram débeis porque eram mulhe-res, segundo, que ficariam doentes se procurassem exercer qualquer papel que estivesse para além do estipulado convencionalmente, uma situação em que estavam irremediavelmente condenadas. A “doença” estava quase sempre relacionada com o sistema reprodutor da mulher, que, pensava-se, limitava as suas actividades, necessitando da presença constante

e de crise. As raparigas deviam ser tratadas como inválidas durante este período. A menstruação era também considerada como patológica. Em 1862, o Dr. Edward Tilt, um obstetra londrino, sustentava na revista médica The Lancet que “durante trinta anos, (o útero e os ovários) entregam-se a um estado de hemorragia e outros orgasmos todos os meses”.

A gravidez era também considerada uma doença, pensando-se mesmo que era uma forma de epilep-sia. A grávida era tratada como se estivesse doente e aconselhada a permanecer o maior tempo possível na cama durante a gravidez.

A menopausa era vista como patológica (isto é, um estado que causou doença): “A força nervosa, já não encontrando função útil, extravia-se em todas as direcções”.

Roy Porter, Medicina, a História da Cura

Identidade sexual

O sexo, a identidade sexual, os papéis e os estereó-tipos sexuais são considerações importantes ao longo de toda a vida. Por sexo entende-se quando uma pes-soa é homem ou mulher no plano biológico. A iden-tidade sexual corresponde ao facto de se sentir homem ou mulher no plano psicológico. Quanto aos papéis sexuais, estes são condicionados pelas vivên-cias culturais atribuídas aos comportamentos e atitu-des típicos da masculinidade ou da feminilidade. Os estereótipos sexuais relacionam-se com opiniões socialmente preconcebidas em relação ao sexo.

Embora os factores biológicos e psicológicos sejam determinantes para a identidade e os papéis sexuais, até há bem pouco tempo julgava-se que o facto de existirem características e comportamen-tos peculiares a cada sexo era essencial à saúde mental. Nas últimas décadas, esta hipótese foi vigo-rosamente contestada. Hoje sabe-se que os caracte-res e os comportamentos típicos dos homens e das mulheres variam de uma cultura para outra e mesmo dentro da própria cultura.

Assim, em certas comunidades africanas a agressi-vidade é considerada normal, manifestando-se tanto nas mulheres como nos homens. Pelo contrário, em

certas regiões montanhosas do Nepal, os compor-tamentos dos homens e das mulheres correspon-dem aos que tradicionalmente são reservados às mulheres na nossa cultura. Nos Tchambuli (papuas-melanésios da Nova Guiné que vivem nas margens dos lagos), os papéis tradicionais da cultura ociden-tal estão invertidos e são as mulheres que se mos-tram agressivas, enquanto que os homens são doces e maternais.

Mesmo no Ocidente, nem todas as pessoas inte-gram da mesma maneira os comportamentos asso-ciados ao respectivo sexo. Uma mulher ou um homem podem conformar-se com as atitudes tradi-cionais dos respectivos papéis ou preferir um com-portamento com características associadas ao sexo oposto no seu meio cultural, sem prejuízo para a sua identidade sexual. É o caso, por exemplo, das mulheres que optam pela carreira política – profis-são mais identificada com o sexo masculino – ou dos homens que executam primorosamente os tra-balhos domésticos – actividade mais conotada com o sexo feminino.

Maria Isabel Andrade,

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víduo fortes sentimentos de culpabilidade, é hoje encarada com maior naturalidade. Trata-se de uma forma de satisfação dos desejos, sem riscos para o indivíduo, e que promove o autoconhecimento e o prazer, ajudando a conhecer melhor o corpo e os sentimentos associados.

Comportamentos homossexuais

É frequente verificar-se, durante a adolescência, troca de carícias entre pessoas do mesmo sexo. Estas experiências têm frequentemente como objectivo o conhecer-se através do outro igual a si.

Como vimos, nesta fase da vida, ocorrem mudan-ças bruscas, sendo frequentes as amizades entre adolescentes do mesmo sexo, associadas a uma ini-bição em relação ao sexo oposto por este ser sen-tido como desconhecido. O jovem terá mais facilidade em dialogar com outro que também está em mudança e lhe é semelhante.

A comparação e troca de experiências ajudá-lo-á a reformular a imagem que tem do seu corpo, ade-quando-a às novas modificações.

Um envolvimento deste tipo, entre jovens da mesma idade, suscita, por vezes, no adolescente (pais e educadores) dúvidas quanto à sua identi-dade sexual (masculiniidenti-dade e feminiliidenti-dade) e rela-tivamente à sua orientação sexual futura, criando interrogações do género “será que virei a ser homossexual?”.

A orientação sexual apenas se consolida na idade adulta, tratando-se, portanto, de um envolvimento

Padrões sexuais

Sabemos que tem havido uma alteração nos padrões sexuais no mundo actual. Grosso modo, poderemos dizer que a rapariga manifesta uma certa “inibição” no relacionamento com rapazes, pelo medo de parecer “fácil” e das “segundas inten-ções” destes. Genitalmente mostra-se menos inte-ressada, sentindo uma certa culpabilidade em relação ao prazer sexual.

Os rapazes, por seu turno, querem provar a sua masculinidade, desejando para tal ter “relações sexuais o mais cedo possível, o maior número de vezes possível, com qualquer mulher e em qualquer momento”, revelando-se, assim, muito interessados genitalmente, pouco exigentes em relação à quali-dade afectiva das suas relações sexuais.

Estas diferenças nas atitudes sexuais vêm-se tor-nando cada vez menos marcadas. As raparigas começam a ter uma atitude mais favorável em rela-ção à sexualidade e, para os rapazes, a qualidade afectiva das suas relações sexuais assume maior importância, tornando-se cada vez menos fre-quente o encontro com a prostituição.

É uma realidade que a experimentação sexual nos dois sexos se torna cada vez mais frequente e que a idade da primeira relação sexual das raparigas tem vindo a baixar progressivamente. Verificando-se no caso dos rapazes o inverso talvez devido ao facto de haver uma maior preocupação com a qualidade afectiva.

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Adolescência, Civilização M a r c o s d a a d o l e s c ê n c i a i n i c i a l ( d o s 1 5 a o s 1 6 )

M a r c o C o n s e q u ê n c i a p a r a o f i l h o E f e i t o n a f a m í l i a

Torna-se menos autocêntrico e desen-volve uma maior capacidade de cedên-cia.

Mais calmo, sossegado e tolerante. Consegue aceitar as opiniões dos outros, pois mesmo que sejam dife-rentes das suas podem ser igual-mente válidas.

Os pais descobrem aos poucos que é mais fácil conviver com o filho.

Aprende a pensar por si mesmo e toma as suas próprias decisões

Relutante em deixar que os pais inter-firam ou controlem a sua vida. Menos influenciável e menos ansioso por se integrar. Mais discriminador. Menos provável uma forte influência dos ami-gos.

Os pais têm de aprender a reduzir o controlo e a confiar no filho.

Precisa de colher novas experiências, testar limites e correr riscos.

Talvez experimente fumar, beber e consumir drogas leves.

Faz experiências constantes para encontrar uma imagem de si mesmo(a) com que se sinta mais à vontade

Indumentária, penteado, atitudes e opiniões variam frequentemente.

Os pais poderão levar demasiado a sério frequentes e bizarras mudanças e recear que se tornem permanentes. Inquietos face aos riscos, os pais devem decidir quando e como estabe-lecer limites.

nas raparigas. Reivindica independência e

considera--se um ser individual já não “apenas um da família”.

Experimenta indumentárias, maneiras de falar, condutas, etc. na tentativa de criar uma identidade própria.

Os pais sentem-se rejeitados e têm dificuldade em aceitar que o filho queira ser diferente deles.

Comportamento rebelde, provocador.

Insolência.

Os pais precisam de lidar cuidadosa-mente com os filhos se querem man-ter um bom relacionamento.

Exige mais liberdade.

Os pais acham que não é fácil estabe-lecer um meio-termo entre liberdade excessiva e superprotecção.

Os amigos tornam-se mais importan-tes.

Quer identificar-se o mais possível com os amigos, usando o vestuário e o penteado “certos” e ouvindo o mesmo género de música.

Os pais talvez se irritem com o que consideram conformismo e exigências financeiras.

Precisa de sentir que pertence a um grupo: os rapazes formam bandos, as raparigas têm uma ou duas boas ami-gas.

Usam os amigos (e os pais dos ami-gos) como padrão comparativo para a forma como são tratados.

De repente os pais passam a ser criti-cados pelos próprios filhos.

Possui um forte sentido de justiça, mas tende a ver as questões apenas super-ficialmente e do seu próprio ponto de vista.

Pode parecer intolerante. Acha difícil fazer cedências. Talvez revele ciúmes dos irmãos e brigue com eles.

Por vezes leva a conflitos com as auto-ridades escolares. Os pais enfrentarão o vulgar sentimento do filho de que “não é justo”.

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Os canais deferentes constituem a parte mais extensa das vias espermáticas. De cada epidídimo emerge um canal deferente que penetra na cavidade abdominal, fazendo ligação com os órgãos externos.

O pénis é constituído por três estruturas de for-mato cilíndrico e tecido altamente elástico. O aumento do pénis é determinado pelo preenchi-mento sanguíneo dos chamados corpos cavernosos, formados por um emaranhado de vasos sanguíneos. O cilindro vascularizado que envolve a uretra peniana forma a glande.

Por dentro do prepúcio existem glândulas sebá-ceas modificadas que segregam esmegma, daí a importância de uma higiene cuidada também desta zona.

A próstata é uma glândula mais conhecida pelos problemas que acarreta (sobretudo nos idosos).Tem a forma e o tamanho aproximados de uma castanha e localiza-se em torno da uretra, na saída desta para a bexiga. A secreção prostática consiste num líquido ligeiramente ácido, de aspecto leitoso, que confere ao esperma o seu odor característico.

As glândulas de Cowper, também denomina-das bulbo-uretrais, encontram-se situadenomina-das na extre-midade da uretra. Têm o tamanho de um grão de ervilha; segregam um produto mucoso, em pequenas quantidades, possivelmente destinado a lubrificar a uretra e a facilitar o acesso dos espermatozóides. A secreção ocorre geralmente por estímulos eróticos, momentos antes da ejaculação.

Seeley, Stephens e Tate, Anatomia e Fisiologia

Sistema reprodutor feminino

O útero tem uma posição muito variável, em fun-ção da sua conformafun-ção natural ou mesmo do con-teúdo da bexiga ou do recto. Mantém-se suspenso por intermédio de três pares de ligamentos flexíveis. É constituído por uma parede muscular, o

miomé-trio, revestida externamente pelo peritoneu e,

internamente, pelo endométrio que se desprende parcialmente na menstruação. O canal cervical é preenchido por uma substância mucosa – muco

cervical – segregada por glândulas do colo. Este

muco, bem mais abundante e fluido na época da ovu-lação, facilita a penetração dos espermatozóides.

A vagina, devido à constituição muscular das suas paredes, apresenta grande elasticidade e alguma con-tractilidade. As suas dimensões variam de acordo com a raça, estatura e compleição física das mulhe-res. Em média mede de 6 a 8 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro.

A vulva é o conjunto de formações externas que protegem a vagina e o orifício urinário, além de colaborar na copulação. É formada pelos grandes lábios, pequenos lábios, clítoris, vestíbulo vaginal e

orifício vaginal. Os grandes lábios são dobras cutâneas, cuja forma e tamanho são determinadas pelo tecido gorduroso subcutâneo, circundando os pequenos lábios, que se unem na parte anterior, participando na formação do monte-de-vénus, elevação coberta de pêlos púbicos. Por dentro deles inserem-se os pequenos lábios, duas pregas da mucosa vaginal, e acima do seu ponto de encontro localiza-se um pequeno tubérculo, o clítoris, órgão eréctil recoberto de densa inervação e abun-dantes vasos sanguíneos com papel fundamental na excitação.

De cada lado do orifício vaginal abrem-se os pequenos canais das glândulas de Bartholin, cuja função é segregar um líquido claro e viscoso de acção lubrificante. Preso às paredes do orifício vagi-nal localiza-se o hímen – delgada prega de mucosa altamente vascularizada com uma perfuração cen-tral de diâmetro variável. A sua ruptura não deter-mina necessariamente sangramento.

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Transpirar é absolutamente normal, mas, durante a puberdade, as nossas glândulas sudoríparas produ-zem mais suor e de cheiro mais intenso. Este cheiro torna-se um problema quando seca na roupa que se usa mais de uma vez seguida.

As roupas de algodão absorvem o suor e libertam menos cheiro, mas produtos como o nylon ou a vis-cose fazem-nos transpirar ainda mais, retendo o cheiro do nosso suor.

“Tenho mau hálito?!”

Muita gente tem mau hálito sem saber e, infeliz-mente, só o descobre quando vai ao dentista ou alguém o comenta.

O mau hálito é, geralmente, causado por falta de higiene dentária, dentes estragados (com cárie) ou infecções nas gengivas. A alimentação também pode ter influência no mau hálito.

Acne

Não há ninguém, desde a Sofia Aparício ao Leo-nardo diCaprio, do Ronaldo ao Pedro Abrunhosa e tantos outros e outras, que não tenha tido borbu-lhas na adolescência. A acne é a marca mais caracte-rística desta fase da vida.

O termo acne deriva da palavra grega que signi-fica flor da vida e, geralmente, desaparece por volta dos vinte e poucos anos.

Antes da puberdade todas as crianças têm uma pele de “veludo”, mas o despertar das hormonas sexuais provoca, além de muitos outros efeitos, o aparecimento de numerosas borbulhas.

As hormonas, além de aumentarem a quantidade de pêlos em várias zonas do corpo, fazem aumentar o tamanho e número de glândulas que produzem gordura (glândulas sebáceas) para lubrificar os pêlos e proteger a pele.

O sebo produzido por estas glândulas pode, por vezes, ficar preso dentro da glândula, provocando o aparecimento de uma espinha ou pápula, sob a forma de pontos brancos ou mais escuros, os pon-tos negros. Se este sebo não sair, a glândula fica infectada, vermelha e dolorosa. Este tipo de borbu-lhas, por vezes, pode inflamar-se de tal maneira que forma um quisto muito doloroso.

• Menos de 5 respostas certas, atenção corres o risco de contrair certas doenças e prejudicar o teu bom desenvolvimento corporal.

1 – V. Se não puderes tomar duche, te no lava-tório ou numa bacia.Tem especial cuidado com os sovacos, os órgãos genitais externos e os pés. 2 – F. Deves mudar de roupa interior todos os dias: peúgas, cuecas e camisola interior. Se tomares banho e vestires a mesma roupa, o odor a suor continua a sentir-se.

3 – V. Lembra-te que os “fatos de treino” são fabri-cados com fibras sintéticas que retêm o cheiro a suor.

4 – V. Pior do que o cheiro a suor, só o cheiro a desodorizante com suor!

5 – F. Deves verificar pelo menos semanalmente. porque no meio dos dedos podem alojar-se micróbios (como os que provocam o pé-de--atleta) que, descobertos a tempo, são facil-mente tratados. Muda diariafacil-mente de peúgas ou meias e lava frequentemente as sapatilhas. 6 – F. Os dentes devem ser escovados após todas

as refeições.

7 – V. Mesmo que penses não ter dentes com cárie deves consultar o dentista, para manter os dentes saudáveis e prevenir o aparecimento de doenças. 8 – V. A tua alimentação deve ser rica em vegetais

e frutas e pobre em guloseimas.

9 – F. Não coces nem espremas as borbulhas, pois ao fazê-lo elas alastram, podem infectar e dei-xam marcas.

10 – V. O ar das cidades, principalmente, tem muitas poeiras e micróbios que podem piorar a acne. 11 – V. A ansiedade e a preocupação pioram a acne. 12 – F. Consulta um médico, pois podes necessitar

de um tratamento com antibiótico, por vezes demorado.

13 – V. Deves sempre consultar um médico antes de decidires tomar um medicamento.

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

Esta hormona estimula o crescimento capilar nas seguintes regiões: 1) região púbica e linha mediana abdominal, 2) membros inferiores, 3) tórax, 4) regiões axilares, 5) face, por vezes, 6) dorso.

A testosterona também determina que a textura da pele e do cabelo fique mais áspera e grossa. A quanti-dade de melanina da pele também aumenta, tor-nando-a mais escura. Esta hormona aumenta o ritmo de secreção das glândulas sebáceas, especialmente na face, de que resulta o desenvolvimento da acne na puberdade. Também no início da puberdade, a tes-tosterona estimula a hipertrofia da laringe. Ao prin-cípio, as mudanças estruturais do aparelho vocal tornam a voz difícil de controlar, mas, posterior-mente, adquire a sua qualidade masculina normal.

A testosterona tem um efeito estimulador geral sobre o metabolismo, de tal forma que os homens têm um ritmo metabólico ligeiramente mais ele-vado do que as mulheres. A testosterona promove a síntese proteica na maior parte dos tecidos do orga-nismo; como consequência, a massa muscular esquelética aumenta na puberdade. A percentagem média do peso corporal correspondente à muscula-tura esquelética é mais elevada nos homens do que nas mulheres devido ao efeito dos androgénios.

A testosterona determina o crescimento ósseo rápido e faz aumentar a deposição do cálcio no osso

atingem a sua altura máxima mais cedo. Os indiví-duos que só em idade mais tardia atingem a maturi-dade sexual crescem mais lentamente, mas crescem por um período de tempo mais longo e podem atingir uma altura maior do que aqueles que têm a maturidade sexual mais precoce.

AIguns homens têm uma tendência determinada geneticamente que se designa por calvície de padrão masculino, que se desenvolve em resposta à testosterona. Quando, na puberdade, os níveis de testosterona aumentam, a densidade de cabelo na calote craniana começa a decrescer. Habitualmente, a calvície atinge o máximo desenvolvimento quando o indivíduo se encontra na terceira ou quarta década de vida.

AIguns atletas, especialmente os alterofilistas, tomam androgénios sintéticos com o objectivo de aumentar a sua massa muscular. Muitas vezes, são marcados os efeitos colaterais de grandes doses de androgénios, os quais incluem atrofia testicular, lesão renal, lesão hepática, enfartes do miocárdio e acidentes vasculares. A administração de androgé-nios sintéticos é vivamente desaconselhada pela classe médica e é uma violação das regras da maio-ria das organizações desportivas.

Seeley, Stephens e Tate, Anatomia e Fisiologia

Funções das hormonas ováricas

Os estrogénios e as progestinas constituem os dois tipos de hormonas sexuais ováricas. O mais importante dos estrogénios é o estradiol e a proges-tina mais importante é a progesterona. Os estrogé-nios promovem principalmente a proliferação e o crescimento das células corporais especificamente ligadas ao sexo, sendo responsáveis pelo desenvolvi-mento da maioria das características sexuais secundá-rias femininas: sobre o útero e órgãos sexuais externos (aumento das trompas, vagina e útero), sobre as mamas (deposição de gordura, desenvolvi-mento dos ductos mamários), sobre o esqueleto, sobre a deposição de gordura (alargamento das ancas), sobre a pele. As progestinas destinam-se quase

totalmente à preparação final do útero (alterações secretoras do endométrio) e das mamas para a ama-mentação (desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos).

Os estrogénios, em pequena quantidade, e a proges-terona, em grande quantidade, inibem a produção de FSH e LH. Na sua maior parte, esses efeitos de

feed-back actuam directamente sobre a hipófise anterior

mas, em menor escala, também sobre o hipotálamo. Há ainda os efeitos de uma outra hormona, a inibina, segregada pelo corpo lúteo, que age directamente sobre a hipófise anterior, inibindo também, ainda que em menor grau, a secreção de FSH e LH.

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protegem contra as doenças transmitidas sexual-mente.

O preservativo feminino também actua como método de barreira. Pode ser colocado dentro da vagina, pela mulher, antes do coito.

Os outros métodos que impedem os espermato-zóides de atingir o ovócito uma vez depositados na vagina incluem a utilização de diafragma, agentes espermicidas e esponja vaginal. O diafragma é uma calote de borracha ou de plástico flexível que se coloca sobre o colo uterino no interior da vagina, onde impede a passagem de espermatozóides da vagina para o útero através do canal cervical. Os

agentes espermicidas mais frequentemente

uti-lizados são as espumas ou os cremes que destroem os espermatozóides. São inseridos na vagina antes da relação sexual. A esponja, sintética ou natural, é embebida com um agente espermicida e aplicada sobre o colo uterino, onde, actua como barreira e destrói os espermatozóides. Quando usada, a com-binação de preservativos, espumas, cremes e espon-jas é muito mais eficaz do que a utilização de cada método per se. As irrigações vaginais com espermi-cida, que removem e destroem os espermatozói-des, são algumas vezes utilizadas, mas a sua utilização só por si não é eficaz.

A amamentação impede a ocorrência do ciclo menstrual durante vários meses após o nascimento. Os potenciais de acção enviados para o hipotálamo em resposta à sucção e causadores da libertação de ocitocina e prolactina também inibem a libertação de FSH e de LH pela adeno-hipófise. Portanto, a lactação impede o desenvolvimento de folículos ováricos e a ovulação. Apesar da lactação contínua, os ciclos ovárico e uterino podem eventualmente recomeçar. Porque a ovulação acontece antes da menstruação, o facto de confiar na lactação para prevenir a gravidez não é garantia de eficácia.

e de FSH pela adeno-hipófise. Os estrogénios e a progesterona estão presentes em concentrações suficientemente elevadas para induzirem um efeito de feedback negativo sobre a hipófise, o qual vai impedir o grande aumento da secreção de LH e de FSH que desencadeiam a ovulação. Ao longo dos anos a dose de estrogénios e de progesterona nas pílulas de controlo da natalidade tem sido reduzida.

As pílulas contraceptivas de baixa dosagem cor-rentes têm menos efeitos colaterais do que previa-mente. Existe um risco acrescido de enfarte do miocárdio ou de ataque cardíaco nas mulheres utili-zadoras de contraceptivos orais que fumam, são hipertensas ou têm perturbações da coagulação. Para a maioria das mulheres a pílula é eficaz e tem uma frequência mínima de complicações, até pelo menos aos trinta e cinco anos.

Os químicos semelhantes à progesterona, como o Depo-Provera, que por injecção intramuscular são libertados lentamente no sistema circulatório, podem actuar como contraceptivos eficazes. Este grupo de químicos, injectados, pode prevenir a gra-videz por um prazo aproximado de um mês, dependendo da quantidade injectada. Um fino tubo de silicone contendo um químico semelhante à pro-gesterona, como o sistema Norplant, pode ser implantado sobre a pele, usualmente no braço. Os químicos são lentamente libertados no sistema cir-culatório. Os implantes podem ser eficazes por períodos que podem atingir até cinco anos.

As vantagens sobre os outros métodos químicos de controlo da natalidade dos químicos semelhantes à progesterona, injectados ou implantados, decor-rem do facto de deixar de ser necessária a toma diá-ria da pílula. Os efeitos a longo prazo dos químicos semelhantes à progesterona ainda não foram tão exaustivamente estudados como foram os das pílu-las contraceptivas, estando ainda a ser avaliados.

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Bioterra

– Viver Melhor na Terra, 3.

ociclo – Cad. Professor

Sífilis Treponema pallidum (bactéria) Contacto sexual, via placentária. Inicialmente úlceras

genitais que não curam. Posterior-mente lesões na pele

e mucosas. Uretrite e vulvovaginite Clamydia trachomatis (bactéria) Contacto sexual, roupa interior, toalhas. Corrimento

acinzen-tado, espumoso, com cheiro a peixe. Nos homens, dor ao

urinar.

Herpes genital Virus hominis (vírus) Lesões vesiculares Contacto sexual. nos órgãos genitais

externos.

Hepatite B Vários tipos de vírus Sangue, esperma, secreção vaginal, via

placentária, leite materno, saliva. Lesões hepáticas, hepatite, cirrose. SIDA VIH (vírus) Sangue, esperma, secreção vaginal, via

placentária, leite materno. Anemia, febre, perda

de peso, alterações imunitárias.

Candidíase Candida albicans

(fungo) Contacto sexual, roupa interior, toalhas, roupa húmida. Picadas ao urinar,

comichão, fluxo vagi-nal muito abundante. Lesões no sistema circulatório e nervoso. Malforma-ção ou morte do recém-nascido. Artrites. Infecções

nos olhos, pele e boca.

Pode contagiar o feto. Aumenta o risco

de cancro do colo do útero. Produz graves problemas no fígado. Pode causar a morte. Transmite-se ao feto. Infecções generaliza-das e morte. Mais frequente na mulher. Não tem consequências. Tricomoníase Trichomona vaginalis (protozoário) Contacto sexual, roupa interior, toalhas. Ardor, comichão, fluxo vaginal amarelo. Pediculose púbica (chatos) Phtirius pubis (artrópode)

Falta de higiene, len-çóis, toalhas,

con-tacto sexual. Lesões na pele,

pica-delas na zona púbica.

Infecção urinária na mulher e uretrite no homem. Sem consequências se desparasitar a pele e desinfectar a roupa em água fervente.

As doenças sexualmente transmissíveis (DST), actualmente, são um problema sanitário de primeiro plano, já que, apesar de na maioria dos casos existir cura, todos os anos aumenta o número de pessoas que padecem destas doenças devido à mudança de hábitos sexuais dos jovens e ao aparecimento da SIDA. Além disso, em muitos casos a falta de informação faz com que se desconheçam os sintomas, que se mantêm ocultos, o que contribui para a sua transmissão.

Referências

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