EcuRsoRDE«sRADuAçÃo_
EM
ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO
DE
ENFERMAGEM
VIOLÊNCIA SEXUAL:
A ENFERMAGEM
PROMOVENDO O
¡~
AuTocu|DADo ATRAVES DA
EDucAçAo
EM
sAúDE
Ao
ADo|.EscENTE
vmM|zADo.
KELLY
LUCI
ANA
FREITAS
CHAVES
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VIEIRA
L
A
ENFERMAGE
M
PROMOVENDO
O
vrouí-:Nc|A
sExuA
z 'Ão
EMSAÚDE
Ao
AUTOCUIDADO
AT
ADO
---.___ m ...4 -.., ›-. N.Cham. TCC T' U 0: V' __. N «a CCSM TCC UFSC ENF 049
Ex UFSC ENF 049
0 ênça sexua : a enfermage ÍIS da +.*_'- Ff?/éífflíl ‹..z ._.,,---...___ /Í/ÍÍÍÍ ‹.à--...___6 M7/ÍÍ//ÍÍÉÍ/gi/12/Í/Í UFSC BSCCSM ccsM ExRAVES
DAEDUCAÇ
LESCENTE
VlTIM!ZADO.
Enfermagem
Reiatórioda
-Disciplina Assistencia! Aplicadado
Curso de
Graduação-em
Enfermagem
daU
Orientadora
isora: S¡lvanaMaria' Pereira
Superv
~
¬Florianópolis;
2003
niversidade Federal
de Santa
Catazina.Passa
aos
pássaros.
"fl
Pensa
para
morrer.Embora
indignada
com
levou* äté'com
Deus.
“Quando
que
tenho.”e
aguarda o
fim.Alguns*ä«Íâ§í.š!ep6ë“;¡vê:§;§ linda borboleta-
Surpreende-se*'¿:om ?¿§.e`nt|gd¿ql%QaÍͧl_šÊšgfÇoggššššdesrgn|os
de
Deus.
›~Pzul
..., _ ,,_,«‹¡ ' ;.`{ë,›:':: zL*T;:=; _ . '=_r~zf:'.',Íz;..r z' _. "\ _.¡¿..\ . lx”. ,. _ f _/ za / _; =. j`\`\.›_V ~ qb-...K _. -.zê ¿;¡_ _Í
JQM: í\ 61 } if ti * zšyri. “W ';¿;¡f.,;¿
"`“'~"*- ê . ~‹›fz¿ gw **3m@f. .wg ` .¬.Íí**f¬"'› ah .-2 ` 'I " =|.Í-_‹:“;,, .' , Í"*'^ã*=.à<« . w-fr ~r'Í - 5;' 1 V' * A Íizâšhü ll °`*'~§ 'a deagine
uma
lagarta\
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J. * .
§â§¿§§§ã%š;¿§§e§a;;rep_uls;va;'zçonggnadaâaêraštejar pela terra.”
“v À_ H _,__\ _ _, _; _ f _«_ , _ “nã li ¿ .¿z.« !,;;ü.‹;Á.2V*.:..: Jg» faça
um
°=S"'°- ,Afllagãrtafseaassusta -- ganíals fizeraum
casulo antes
:W
z `, . _.;-¬ ,,.z._z -›
._ ;.‹ . ›,. _ ..¿_:‹;-'- ,;- .lgzm Y‹Í91§¿.=¬â
Pod¿e«¢'pa;s§e`ãi;:peloS§¡Êé'us:f.éíšëišfiñšfíáäla
pelos
homens
(Maktub).
1
A
Deus, pelodom
da
vida-e
pela forçainesgotávelque
nos
deu
coragem'p~ara seguir nestacaminhada
em
busca de
realizar maisuma
conquista.Às
nossas
famílias, pelo- apoio emocional, espiritual e financeirodado
durante toda anossa
caminhada.Uma
às
outras, pelo espiritode
equipe, pelosmomentos
alegres, ansiedades compartilhadas e pelos grandesmomentos
de
descontração regadoa
muitopão
com
patê. Enfim,- pela conquista
de
uma
grande amizade.Aos
adolescentes,que
foram parte fundamental para a concretização destetrabalho.
Aos
funcionáriosdo Complexo
ilha Criança, pela atençxàoe .por acreditaremno
nosso
trabalho.À
nossa
orientadora, Dalva irany' Grüdtner, pelo incentivo, orientação, disponibilidadeem
nos ajudar a alcançar osnossos
objetivos e pelapreocupação
com
nosso
bem
estar.À
nossasupen/isora, Silvana=lViaria'Pereira, por abraçarnosso
desafio, acreditarem
nossas
capacidades, participandode
forma ativada nossa
prática e .peloimenso
esforço
que
fez para -nos ajudar.Ao
professorJonas
spricigio, por aceitar sernosso
rnembrode
bancae
pelasobsen/ações
importantes para a melhorado nosso
trabalho.Aos
amigos
deiturma, pelosmomentos
inesquecíveisdanossa
vida-acadêmica.Aos
pacientesque passaram
por toda anossaformação
acadêmica, por nosmostrarem
a vidaemitodos os
seussentidos, pelas experiências, conversas, trocade
carinho e reconhecimento aonosso
trabalho. Enfim, porserem
seres primordiais paraque nos
tomássemos
Enfermeiras.À
todasas
pessoas
quede
alguma
fonna participaram e contribuiramipara onosso
crescimento pessoal e profissional,que
passaram
e faz parteda nossa
história, odedicado durante a
minha
vida,amo
vocês.Ao
meu
irmão, Douglas, pela parceriadurante todaminha
vida e pelo incentivodurante
minha
profissionalização.Ao
meu
sobifnho, Arthur, pelocarinhoemomentos
dedescontraçao. _Ao meu
namorado,
Arthur, pelo carinho, cumplicidade, apoio diantedas
dificuldades e paciênciaque
sempre demonstrou nos
meus
momentos
de
maior ansiedade.Aos
amigos
por todosos
momentos
compartilhados. Karina agradece...Aos
meus
pais, Dilmae
Ailton, por lerem acreditadoem
meus-potenciais,dando
força
nessa
longa caminhada.Amo
vocês.Ao
meu
irmão Hugo, pelas noites perdidasem
frenteao
computador...Ao
meu
amor, André, por tercompreendido minhas
ausências e terme
proporcionado
momentos
de
descontração.À
minha
familia e amigos, pelos diversosmomentos
felizesque
me
proporcionaram.
Às
minha amigas de
TCC,
por teremfeitodesse momento,
algo alegre e marcanteem
nossas
vidas.Às
minhas
amigas' Regina, Roberta, Kethlen e' Gisele, pelos'4
anos de
convivência inesquecíveis.
Kelly agradece...
Aos
meus
pais, pela vida, amor, confiança e por acreditaremem
mim.Sem
vocês
eu
não
seria oque
sou hoje.Um
carinho especial aminha
“mainha” Iêda, pelas oportunidadesde
crescimento navida, pela atenção, por ser a mulherque
é e pela ajudamesmo
de
lönge.Aos»
meus
irmãos Kaliana ~e Alex,companheiros
de-moradia, rotinas eda
vidaAos
amigos,de
longe ede
perto, pelo compartilhamentode
momentos
maravilhosos,
sem
os quais a vidanão
teria sentido.Ao
meu
namorado,
Leonardo, pelo amor, atenção,compreensão,
força e incentivo para continuar nestacaminhada
em
busca de
um
futuro... Obrigada por tudo.Lia agradece...
Aos
meus
pais, Luíse
Tânia, pelo apoio aminha
vidae
pelaminha
existência.À
minha
mãe
pelapreocupação
diária, nutrição emomentos
de
incentivo,quando
precisei.
Ao
meu
pai, pelosmomentos de
bnncadeiras e descontração, consultasastrológicas
e
sessões de
acupuntura.Aos
meus
irmãos, Kátia, Harold, Taís-e Abel, porfazerem
parteda minha
vida,por
serem pessoas amorosas
e alémde
tudo,meus
amigos de
vida.À
minha
tia Célia porme
dar apoioe sempreestar
disposta' ame
ajudartcom os'meus'
trabalhos 'e àminha
avó, pelosmomentos
de
dedicação e refeições maravilhosasque
confecciona.Ao
meu
namorado,
Alexandre, porme
fazer feliz, pelos almoços, por fazer parteda minha
vida, pelacompreensão
e pelogrande
amor
compartilhado.Enfim, a todos
que
amo, muito obrigado porme
ajudar a chegarao
fim
de
maisTrata-se
do
relatoda
prática assistencial desenvolvida durante a disciplinade
Enfermagem
Assistencial Aplicada.O
nosso
objetivo foi desenvolverum
processode
motivação
parao-autocuidado
de
adolescentes, vítimasde
violência sexual, tendoem
vista o resgate
da
auto-estima, autonomia, minimizaçãodo
trauma,prevenção de
reincidências. e
a
quebra do
ciclo vicioso que-permeia este tipo.de
violência. Para guiaro trabalho, foi construído
um
marco
conceitualcom
concepções da
teoriado
autocuidado
de
Dorothea "E.
Orem, e
outros- conceitoscomo
família, violência,adolescente e
educação
em
saúde.A
Teoriado
Autocuidado foi importante paraidentificar
os
déficits-de competênciados
adolescentes atendidoseseus
potenciaszparao autocuidado
A
prática foi realizadano
Complexo
ilha Criança,no
períodode O9 de
abril a '12
de
'junhode
2003. Orpúblico motivado foium
grupode
adolescentesna-faixaetária
de
12 a 18 anos, pertencentesaos
Projetosque
compõem
o Complexo. Elesparticiparam
de
encontrosie consultas individuaisem
que
foramitrabalhadostemas de
educação
em
saúde. Estestemas eram
escolhidos pelos próprios participantes, oque
possibilitou
aosadolescentesexpressarem
suas
dúvidas, jáque
estão vivendouma
marcante fasede
transformações bio-psico-social e espiritual. Este trabalho contribuiupara-nosso crescimento profissional e pessoal e pretende ressaltar a importância
da
Enfermagem
na assistênciaaos
adolescentes vítimasde
violência sexual, auxiliando-osa compreender- melhor esta fase
de suas
vidas.Além
de
termos conseguido- realizartodas as atividades previstas
consideramos
cumpridos todosos
objetivos, jáque os
resultados evidenciam-
o
despertarda
motivação para o~ autocuidadodos
jovensiNTRoouçÃo
... ._ IOBJETIVOS
... _.ii
REv|sÃo
B|B|.|oGRÁi=icA
... ._2.1 'Violência'Doméstica; ... __
2.2 Adolescência ... .__ ... _.
2.3
Rede de
Atenção
integralàs
Vítimasde
Violência Sexual ... ._2.4 Resiliência ... ._
2.5 Responsabilidade Profissional ... ._
lll
MARCOCONCEITUAL
... _.3.1Pressupostos
da
teoriado
autocuidadode
Dorothea E.Orem
.... ._3.2
Conhecendo
a teórica ... _.3.3 Teoria Geral
de 'Enfemwagem de
Orem
... _.3.4 Conceitos ... __
IV
METODOLOGIA
... ._4.1 Contextualizando o local
de
estágio _____________________________________________ __4.2
População
Alvo ... ._4.3 Plano
de
Atividades ... ._4.4
Processo
de
Enfermagem
... _.v
APREsENTAçAo,.D|scussÃoE
AvAi.|AçÃo
nos
oBJET|vos
vi
cRoNoeRA|v|A
... ._Este
trabalho foi elaborado durantea
Disciplinade
Enfermagem
Assistencial Aplicada, na VlllUnidade
Curriculardo Curso de
Graduação
em
Enfermagem, da
Universidade Federal
de Santa
Catarina, tendocomo
proposta assistir-educando@s1
adolescentes vitimasde
violência sexual, e concomitantemente estar prevenindo areincidência deste
fenômeno, além de
pretender trazeruma
contribuição para a construçãode conhecimento de Enfermagem,
nesta -área.A
decisãode
elaborar tal proposta surgiu no decorrerdo
curso quando,nós
acadêmicas, sentimos faltada
abordagem
deste temasem
nossa
grade curriculardeixando
uma
lacuna na capacitação para este tipode
cuidado, fazendocom
que
quando
deparávamos
com
apresença-dessas
vítimasnos
locaisda nossa
práticaacadêmica,
não
agíssemos no seu
cuidado.Buscando
introduzir estetema
no
curriculoda
Graduação
em
Enfermagem,
Elsen, Grüdtner e Rodrigues (2002) pesquisaram os
conhecimentos
e práticasde
cuidados relacionados
com
ofenômeno da
violência doméstica contra crianças e adolescentes,em
cinco cursosde graduação de
Enfermagem
de
Santa Catarina.A
pesquisa mostrou
que
estes cursos,ao
ministrar conteúdo sobre o tema,preocupam-se
em
definir oque
é a violência doméstica,encaminhamentos das
vítimas para outrosprofissionais,
mas
não
oconteúdo do
cuidado propriamente,deixando
um
“vazio”no
preparo
da Enfermagem
para participar do-cuidado desses
usuários.dos
serviçosde
saúde. i
Na
sociedadede
hoje, está sepercebendo
oaumento do número de
casos,dando
maior visibilidadedo
fenômeno
da violência sexual contra crianças e adolescentes.Em
agostode
2000, o municípiode
Florianópolis sentiu.a
necessidade da criaçãode
uma
Rede
de Atenção
integral às Vítimasde
Violência Sexual. Esta redevem
com
o propósitode
proporcionar atendimento integral,ou
seja,um-atendimento
centrado
na
pessoa,com
todas as suas necessidades, enão apenas no
agravo àsua
I
saúde.
Dados
destaRede comprovam
que
onúmero de
atendimentos às vítimasde
violência sexual neste município, atendidasna
MaternidadeCanhela
Dutra, HospitalUniversitário e Hospital infantil
Joana de
Gusmão,
vem
aumentando.
Em
2001 foramde
65
casos
sem
2002
foram de'99 casos.Tradicionalmente, a porta de- entrada para
o
atendimentoà-essas
vitimas era a Delegacia e o institutoMédico
Legal (IML).Com
a instauraçãoda
Rede, esta portapassou
a seros
serviçosde
saúde, viasen/içosde emergência dos
hospitais,acima
citados. Contudo, a grande maioria
dos
profissionais, destas instituições,não
está aindapreparada
para
lidarcom nenhum
tipode
vitimade
violência,o-que
mostra asua
necessidade
de
instrumentalização.Por ser
um
sen/iço recente,sua
divulgação aindanão chegou ao conhecimento
de
muitos profissionais, assimcomo
de acadêmicos
na áreade
saúde.De
modo
que
não
está funcionandoplenamente conforme os seus
propósitos, oque
fazcom
que
algumas
vitimas aindatenham
um
atendimentonão
efetivo,segundo
o protocoloda
Rede
de Atenção
integralas
Vítimasde
Violência Sexual.Um
segundo
e fundamental propósito desta rede é evitar a revitimização.Geralmente
o
atendimento é«um
processoem
que» paraleloaos
cuidados. sociais,ocorrem o psicológico e outros
como
os de saúde.Esse
processo,que
muitasvezes
sedá no
mesmo
espaço
territorial e~ temporal, diante de- terceiros, ea pelacondução
inapropriada
dos
profissionais, resultandoem
constrangimento, revivendodesnecessariamente
o
sofrimentoe
desrespeito, oque
termina porpromover
uma
violência institucional.
Considerando
o aqui exposto evidencia-se a necessidadeda Enfermagem,
dentro deste programa, na
tomada
deuma
posiçãocomprometida
com
essa
parcelada
comunidade, preparando-se para acolhê-la e cuidar
quando
adentraremas
portasde
um
serviçode
saúde.A
violência doméstica,ou
intrafamiliar éum
fenômeno
complexo,de
difícilvisibilidade,
com
múltiplas causas,que
ocorremem
todas as classes sociais ecausa
sénas
conseqüências, principalmenteno
aspecto psicológico.Guerra e
Azevedo
(2001, p.12)definem
violência doméstica contra crianças eresponsáveis, contra crianças e adolescentes,
que sendo capaz de
causardano
físico,sexual elou psicológico à vítima, implicando
de
um
ladona
transgressãodo
poder/deverde
proteçãodo
adulto edo
outro,numa
coisificaçãoda
infância, isto é,uma
negação
dos
direitosque criançase'adolescentestêm
deserem
tratadoscomo
sujeitos epessoas
de
condição peculiarde
seu desenvolvimento”.Há
diferentes maneirasde
seclassificar a violência doméstica: violência física, violência psicológica, negligência e
violência sexual.
Sendo
assim, a violência sexualé
uma-das formas de
violência- doméstica,de
difícil diagnóstico, porque
nem
sempre
deixamarcas
físicas,mas
compromete
seriamente o-emocional
da
vitima, resultandoem
conseqüências
para ozseu futuro.Para Queiroz (2003, p. 01), “violência sexual é qualquer forma
de
opressão,de
maus-tratos,
de agressão
fisicae
emocional,que
acarretano
sofrimentode
outrapessoa; cujo violentador encontra-se
com
o desenvolvimento psicossexual, mais adiantadodo
que
~oda
vitima”.A
violênciasexual
pode
dar-secom
contato físico,quando
ocorre estupro, atentado violento ao pudor, beijos, carícias íntimas, induçãoda
manipulaçãodo
órgãogenital
do
adultopel@
adolescente,ou semcontato
fisico,em
que o
violentador exibeseus
órgãos sexuais, conversas sobre sexo e projeta filmes pornográficos.Os
tiposde
violência sexual
são
a doméstica, a pedófila, por exploração, por estranhos, ritualistas, por mutilação e a institucional(RECH,
2002).Geralmente os agressores
são pessoas do
convívio davitimae
aparentemente normais,sob
vários aspectos. Elepode
ser qualquer pessoa, inclusiveum
tio, o pai, opai adotivo,
o
irmão,o
avô,um
vizinhoou
um
amigo da
familia.Os
abusos
sexuaisvêm
ocorrendo
em
todas as classes sociais, grupos raciais, religiosos e étnicos.Em
sua
maioria
os
violentadores-são
homens
heterossexuais e-tem
relações sexuaiscom
adultos
(QUEIROZ,
2003).O
autordo
abuso
sexual,pode
também
ter sidouma
vítimade
violência sexualou
ter presenciadocenas
desta violênciana
infância.A
literatura e a prática ressaltamque
uma
das
formas mais traumáticasde
violência sexual é a relação incestuosa, isto é,abuso
sexual éconsumado
pelo paiou
importante estarmos atentos à revelação
do
ocorrido, poispode
ocorrernum
relatode
uma
frase» incoerente.@
adolescente vitimizad@ guarda sempre-em-
segredo oabuso
de
que
é acometido, pois o violentador, pormeio
de violência física e emocional ouameaças,
impõe
confidênciaao
ocorrido,chantageando
as vítimacom
frasescomo: “Não
diganada
asua
mãe,senão
ela vaime
odiar'; “Elapode
matar você, se ela souber'; “Ela vaimanda-la para
um
colégio interno'-'_ Este tipode
ameaça
fazcom
que
@
adolescentefique
em
silêncio,sendo
esta sua única formade
proteção e defesa.Éuma
realidadeaterrorizante para a vítima
que
precisa desabafar,mas
não pode
compartilharcom
ninguém seu
sofrimento.As
conseqüências-do
abuso
sexualn@s
adolescentessão
inúmeras edependerá do
abuso
sofrido edas
repetições.As
seqüelas apresentadaspel@s
adolescentes
podem
ser: incapacidadede
confiar nas pessoas, distúrbiosnos
padrões do sono, diminuiçãode
concentração,comportamento
hostil, depressão, angústia, sentimentode
inferioridade, baixade
auto-estima,comportamentos
autodestrutivos, alcoolismo,consumo
de
drogas,doenças
psicossomáticas, obesidade, anorexia,comportamento
promíscuo, dificuldadeem
lidarcom
seu
próprio corpo, vulnerabilidadeà exploração sexual e a probabilidade
de
tomar-setambém
um
abusador de
menores,dando
continuidade aum
ciclo vicioso(RECH,
2002).Os
direitosd@s
adolescentes estão garantidos por lei, no Estatutoda
Criança edo
Adolescente (ECA), Capitulo ll, Artigo 18, onde: “Édever de
todos zelar' peladignidade
da
criança ed@
adolescente, pondo-os a salvode
qualquer tratamentodesumano,
violento, aterrorizante, vexatórioou
constrangedor”.Os
Artigos 4, 5, 13, 98,130
e245
estabelecem
que
toabuso
sexualde
criançase
adolescentes éde
-notificaçãoobrigatória,
havendo apuração de
responsabilidade para aquelesque
se omitirem,estando os
mesmo
sujeitos às penalidades legaisdo
Código Penal Brasileiro(CPB)
-
Artigo 213. Portanto, os profissionais
de
saúde,em
especial,os
de Enfemiagem, são
responsáveis legais e eticamente pela notificação-
em
situaçõesde
violência, eao
seomitirem
não
só estão infringindo a lei,como
prestandoum
desserviço à esta vitima.Acreditamos ainda que, os profissionais
de
Enfermagem
além
dos
cuidados navisem
ocombate a
violênciae
a-exploração sexual,de
fomtaa
resgatar a dignidadede
noss@s
adolescentes.O
adolescente éum
serhumano-
em
desenvolvimento bio-psico-social eespiritual, vivenciando
acentuadas
transformaçõesdo
corpo,das
relaçõescom
os pais,os
outros adolescentes, os adultos e na formade
encarar o futuro.Essas mudanças,
por si só, já constituem
uma
carga bastante difícilde
ser administrada por ele, tornando-o vulnerável
a
uma
sériede
situações indesejáveis,como:
DST's, HlVlAlDS, drogas,violência e gravidez precoce
não
planejada (LINS,LUIZ
eNASCIMENTO,
2002). Tais agravos,em
adolescentes vitimasde
violência sexual,podem
ser potencializados.Para trabalhar
com
adolescentes vitimizad@s é necessário utilizar metodologiasparticipativas
com
o intuitode
reconhecer e compartilhar conhecimentos, crenças,valores e conceitos,
os
quaispodem
servirde
obstáculo para a vivência para a sexualidade e reproduçãode
toma
livre- e responsável, saudável- esem
riscos.A
utilização
dessas
metodologias,proporciona a construção coletivade novos
conhecimentos
e significações- sócio-culturais, caracterizando o protagonismo juvenilque
vem
a contribuir para a reflexão e transformaçãoda
vida pessoal e social,com
base
em
comportamentos, sentimentos e valoreshumanos
como
autonomia e a dignidade(PEREIRA,
FERRIANE
eHIRATA,
2001).Embora
desejássemos
trabalharcom
vitimasde
violência sexual, é importanteesclarecer
que
onosso
cuidadonão
se centraria na violência ocorrida, e sim trabalhar aeducação
em
saúde
com
@s
adolescentes, desvinculando-a desta fomta e tratando -@s
como
um
serhumano
em
desenvolvimento.Através
do
autocuidado, visando buscar ou- resgatarsua
dignidade,@
adolescente e/ou criançapode
vir a alcançar a resiliência.Segundo
Grunspun
(2002,p.02) “resiliência é a capacidade
humana
de
se- recuperarou
serimune
psicologicamente
quando
se é submetido à violência", diantede
traumas,sejam
elesem
nivel ambiental(catástrofes)-oualgum
tipode
violência social.Esse
autor afinnaque
as criançastêm
melhor capacidadede se
tornar resilientes peranteuma
situaçãode
riscodo que
um
adulto. Ele-considera -queos
projetos práticospodem-aumentar
aGrüdtner, Elsen
e
Rodrigues (2002) relatamdados
iniciaisde
uma
pesquisarealizada
em
Florianópolis, nos quaisapontam
há 3 tiposde
Enfermeiroscom
relação a resposta frente à violência doméstica:1.
O
enfermeiroque não
“enxerga” a-violência; ou- oque
tem
uma
“vendanos
olhos”
que
o impossibilita de reconhecer o fenômeno.O
profissional geralmente se encontra “desligado” /alienadodo
contexto social;não busca
maioresconhecimentos
sobre o
tema
e direcionaseu
trabalho/cuidado dentro deum
modelo
centradona
patologiada
criança/adolescente, oque
inviabilizauma
abordagem
do
serhumano
em
sua
integralidade ecomo
serde
relações;2.
O
enfermeiroque
se encontra “aprisionado” a certas crenças, ou experiênciaspassadas que
oimpedem
de
abordar ofenômeno
em
sua prática profissional. Este,confomie
Azevedo e
Guerra (2001),. apresenta reticências. psicológicas2;3.
O
enfermeirocomprometido é
o desejosode
aprender,de compreender
aviolência na família, descobrindo
espaços
para a atuaçãoda
Enfermagem.
Busca
articular-se
com
osdemais
profissionais e referea
necessidadede
participarde
gruposde
estudos sobre a temática.Compromete-se
ética e politicamenteno
sentidode
manter-se fiel:
ao
princípioda
defesalproteçäoda
vidahumana,
evitando julgamentos eculpabilizações;
ao
direito à liberdade eemancipação
do serhumano;
a solidariedadeàs
vítimas, possibilitando odesenvolvimento de
todasas
potencialidadesdo
ser humano/grupo.vestidas
com
o
desejode
nos
enquadrarmosfneste-último tipo›de»enfermeir@s, éque
fomos
acampo
executar as atividades propostas, a fimde
prestar assistênciaao
adolescente vitimizad@, ajudando a 'torná-lo resiliente, evidenciando
a
importânciado
papel
da
Enfermagem
no
atendimento multidisciplinar, requerido pela complexidadeda
situação
desses
seres vulneráveise
fragilizados.2 As
reticências psicológicas são reações que expressam as reticências pessoais ao trato de casos de violência doméstica e ocorrem, quando você reage com sentimento de ódio, vingança, com crença de que a vítima pediu para ser abusada (em abusos incestuosos), ou então com atitudes de indiferença, descrença, pieguice, ambivalência, ou
ainda, com sentimento de incômodo, de mal estar que levam a preferir cortar a questão e/ou fugir do caso (Azevedo
A
realização deste trabalho foi orientado a partir de seu objetivo geral e respectivos objetivos específicos.1.1
OBJETIVO GERAL:
Desenvolver
um
processode
motivação para o autocuidado de adolescentes,vítimas
de
violência sexual, tendoem
vista o resgateda
auto-estima, autonomia, minimizaçãodo
trauma, prevenção de reincidências e a quebra do ciclo viciosoque
permeia este tipo
de
violência,baseado
na teoria de Dorothea E. Orem.1.2
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
o Aprofundar
conhecimentos
sobre violência sexual contra adolescentes;- Assumir,
como
membros
da
equipe de saúde, ocompromisso
frente à proposta de trabalho doPrograma
Sentinela;ø integrar-se às atividades desenvolvidas pela
Rede
deAtenção
lntegral àsVítimas de Violência Sexual,
buscando
aperfeiçoar conhecimento e divulgaçãoda
mesma;
o integrar-se nas atividades desenvolvidas pelo
SOS
Criança para a realizaçãodas
visitas domiciliares e no ProjetoAcorde
identificar adolescentes vitimizad@spelo
abuso
sexual, paraserem motivad@s.
- Desenvolver atividades
de educação
em
saúde, individual eem
grupo,buscando
promover
o autocuidadoaos
adolescentes vitimizad@s sexualmente.2.1
Violência
Doméstica
A
violência doméstica éum
fenômeno
complexo,com
múltiplascausas
ede
difícil definição. Ocorre
em
todas as classes sociais, várias idades, estilosde
vida,religiões,
sexo
ou cor.Segundo
Ballone e Ortolani (2003), as vítimasda
violência doméstica geralmentetem
pouca
auto-estima., sofremde medo,
insegurança, culpa, .medo me vergonha, pois,o
agressor
sempre
aacusa de
ser responsável pela agressão. Muitasvezes
encontra-seat-ada
à
relação pordependência
emocional ou -econômica.Este
fenômeno
por pertencer à esferado
privado, o “lar“', é sistematicamentesilenciado, ignorado e ocultado pela própria vitima, pela família e pela sociedade
em
geral,
num
complô
de
silêncio.Grüdtner, Elsen (2001, p.O5), refletindo sobre este
fenômeno
nos
larescomentam;
Neste contexto, a família idealizada para ser
um
recanto denutrição afetiva, estímulo aos enfrentamentos da vida e aconchego, se
converte muitas vezes,
numa
arena de violência contra seus própriosmem.bro.s, perdendo a função de garantir ambiente seguro e saudável
para o desenvolvimento daqueles.
Azevedo
e
Guerra (200, p.12) conceituam a violência doméstica contra criançase/ou adolescentes,
como:
Todo
ato ou omissãopraticado por pais, parentes ou responsáveiscontra crianças e/ou -adolescentes que sendo capaz .de causar dano físico, sexual e/ou psicológico a vitima, implica de
um
lado,numa
transgressão do poder/dever de .proteção do adulto,
e de
outro,numa
coisificaçâo da infância, isto é,
numa
negação do direito que crianças eadolescentes tem de ser tratados
como
sujeitos e pessoasem
condiçãoSegundo
asmesmas
autoras tal definiçãomerece
ser analisadacomo
um
fenômeno
que pode
assumir forma ativa (atos)ou
passiva (omissões), praticada porpais (biológicos
ou de
afinldade), representantes legais (tutores)ou
parentes (avós, irmãos, tios, e outros),que possuem,
como
vítimas potenciaisem
nossa
sociedade osmenores
de
18 anos, sejam eles crianças (até mais oumenos
12 anos)ou
adolescente(de 12 até 18 anos),
em
que
as violênciaspodem
ser a física, sexualou
psicológica,representando a
exacerbação do
poderde
autoridade edo
deverde
proteção patemalque
se inscrevena
estruturada
mesma
famíliaenquanto
instituiçãode
socializaçãoprimordial
das novas
gerações ede
que
talfenômeno
éuma
violênciaonde há
o pólode dominação
(pólo adulto) e o outro objetalização, coisiticação,submissão dos
desígnios e desejos
do
outro (pólo criançaiadolescente).(AZEVEDO eGUERRA,
2001). Para o Ministérioda
Saúde
(2002, p.11)vemos
como
bater, fen`r, violar,menosprezar
e abusarnão
devem
ser transformadosem
ações no
tratocom
a infânciae a adolescência pelos seguintes motivos:
‹› Muitos estudos
mostram que
a violência,da
qual apessoa
é vítimanos
primeirosanos de
vida, deixa seqüelas por toda a existência;z Crianças e jovens
não são
objetos ou propriedadesde
qualquer outro adulto esim, sujeitos
com
direitos especiais reconhecidos pela Constituição Brasileira e pelo Estatutoda
Criança edo
Adolescente (ECA);ø
Essa
violênciaque
ocone
silenciosamente dentrodas
famílias ena
sociedade,como
se fosseum
fenômeno
banal, é potencializadorada
violência socialem
geral; oAs
pessoas
vítimasde
violência doméstica na infânciapodem
repeti-laquando
se
tomam
adultas, especialmentecom
seus
próprios filhosou
com
outras crianças e adolescentescom
os quaisse
relacionam socialmente.cAusAs
DA
vioLÊNci/-\ooiviÉsricA
O
fenômeno
da
violência doméstica é explicado por diversos autoressob
óticasunidimensional
ou
multidimensionais.O
modelo da
multicausalidade, proposto porAzevedo
e Guerra (2001), assenta-se
no
pressupostode
que
o abuso-vitimização praticado contra crianças e adolescentes decorreda
interação entre vários fatores psicológicos, sócio-econômicos e culturaisdo
10
pai,
mãe
e fllho. Trata-se assimde
um
modelo
interativo,que
traz implícito a históriacrítica
de
(re)produçãodo
fenômeno, sobretudodo
padrãode
interação pai-mãe~filho,onde
é refletido experiênciasde
socialização e mais raramente caracteristicaspatológicas
dos
pais,bem
como
sua
posiçãode
classe, visãode mundo,
constituindo o padrão abusivo pai-mãe-
filho. Este porsua
vez,em
interaçãocom
fatores situacionaisde
estresse e/ou características particularesda
criança/adolescente e face às situaçõesprecipitantes (ausência
da mãe,
rebeldiada
criança) levamao
abuso-vitimização.Pode-se assim afirmar que o modelo interativo assenta-se na
abordagem
epistemológica que poderiamoschamar
de Sócio-
Psico -Interacionalismo, onde o postulado é que embora as condutas
humanas
decorram da interação indivíduo-sociedade, a interação é clara: o
psicológico (individual) é condicionado pelo social e este
condicionamento se produz historicamente.
Ou
seja, é verdade que oabuso-vitimização doméstica de crianças e adolescentes depender,
sobretudo de
um
padrão abusivo pai-mãe-filho, esse padrão foiconstruído historicamente por indivíduos que ao fazë-lo revelam marcas de sua história pessoal no contexto do histórico sócio-econômica,
politica e cultural de
uma
dada sociedade(AZEVEDO
eGUERRA,
2001, p. 23).
o
MooEi_o
rNrERArivo
ou
MuLncAusAi_3
Í ' Ari . f ~ " f Í Í . ,__v Vil ..._¬.-. ¿f=1- ~- -«---.«-.l.,...__...._. lítxqínq ~ › 'ø , . r , Flw: ~ - --- --~»-‹›---~ - -‹---~~-Y-«__-W.-~...Â~.-3Éâɧ9....-...-....c._--.... __,_ ç . _ *' 7'7""""""""`_"" ` ' ' f::$Ê°50«-:il-"` ' .
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'àäfllsáegaeneuxnzáhqs r ‹.u-¡zua=pa.n‹=u=:‹=nnm.az ' `\. _ dsa¡í\dda:n¡.. _ 9 '“Suee‹:nn!w¡¡` _ ,_ . ~ czflunonleñihuàomuçal Sl'l'b'?_§OB k ›nmtnuñaaumúuds... FÊEÊÉ' IAÊÊÉS ,`5Ls°`1.¡.¡_`&^c¡u
. =:âàs-¢àr-“zúärzârzâaefútâzt-°=%= -fr-==-m ~fllhflm_:i:¡v::lh:... -Gabo-pao ' › Í
\
-::›=:=â~ê-_.:z‹.~.:z=â^..‹ez:.-.e'.s.=.:: " 1" f'~ 2 z~ â ==.:' .,. Í Ez, .‹u-~.-3 lfonte:
Azevedo
e Guerra '(2ÕÕ*i, p. 22)- _-~z--¬ ... ...-..-__..;;..._.,..._..._..._...._...:..._-_ ~ ~ =f- ~-‹ P-.› lt ,_ * 5% ...~ iz ›,r _ ¿,,, ,_ . z §__“~ i .'
Tipos
-os v-ioi_êNciiAoorvlÉsTioA
Qs
tiposde
violência doméstica incluem: violência fisica, negligência, violênciapsicológica e violência sexual:
>.> Violência fisica
Para conceituar a violência fisica utilizaremos o conceito
de Deslandes
(apud Centro CrescerSem
Violência, 1999, .pi20):E
qualquar ação unica ou repetida, não acidental (ou intencional),perpetrada por
um
agente agressor adulto ou mais velho,que
provoque.danos fisicos a criança e./ou ado.!escente.Este dano. causado pode
variar de tesão -lave aconsaqüências extremas -como a -morte.
l-listoncamente, o
emprego
da
força física é utilizadocomo
.processo disciplinadorpara a criança
ou
um
adolescente,sendo
considerado istoum
castigomoderado, sob
a alegaçãode que
se tratade
uma
intervenção saudável. Este “tapa limitador”tem
osseus
adeptos até hoje.$egunclo o Laboratório
de
estudodas
crianças -› I=ACRl - (2003)há
controvérsiasde
-quais atospodem
ser considerados violentos;desde
uma
simples palmada, atéagressões
com
armas
brancas ede
fogo, instrumentos (pau, barrade
ferro e outros),objetos (cinto, fio, panelas, chicote, vara, mordidas, mãos), queimaduras,
socos
e pontapés,As
causas da
violência físicasão
citadas pelo Centro Crescersem
Violência(1999)
como
sendo; famíliasonde
a prática é consideradaadequada
para odisciplinamento;
onde
as crianças e/ou os adolescentessão
vistoscomo
objetos,sem
autonomia;
onde
as crianças e/ou adolescentessão
idealizados e senão correspondem
são
rejeitados eonde
há conflitos familiares,Ainda,
baseado na
filosofiado
Centro Crescersem
violência (1999) e Projeto Mei(2002),
podemos
encontrar as sérias conseqüênciasno
corpo eno
comportamento da
criança e/ou adolescente
provocadas
pela violência fisica,como;
‹› Sinais fisicos: cortes,
hematomas,
queimaduras, fraturasde ossos dos
membros
inferiores, superiores e/ou do crânio, seqüelade
lesões abdominais elesões neurológicas irreversíveis.)
ou
temporária e até a morte (conhecidacomo
violência fatal);
ø ãinais psicológicos/comportamentais:
comportamento
agressivo, mostra-se depressiva, ter tiques nervosos, atitudes autodestrutivas, auto-estima negativa,autoritán`as,_ sentimentos
de
raiva ede
medo
quantoao
agressor, angústia, dificuldadesde
relacionamento ede
confiarnos
outros, infelicidade generalizada, dificuldadesescolares,
Pode
ocon'ertambém
o retardamento mental e retomoao
desenvolvimentointelectual anterior, principalmente
na
áreada
inteligência verbal,Podemos
ainda citar outros tiposde
violência física;Q
A
síndrome
do bebê
sacudido; éuma
forma específica deste tipode
violência.Esta
síndrome
se refere a lesões de gravidade variadas,que
ocorremquando
a criança, geralmente lactente, ê severaou
violentamente sacudida,Pode
ocorrercomo
consequência; cegueiraou
lesões oftalmolõgicas, atrasono
desenvolvimento, convulsões, lesõesda
coluna vertebral, lesões cerebrais e morte (BALLQN`I eORTOLANL
2003).O
Síndrome da
CriançaEspancada:
“se refere, usualmente as criançasde
baixa idade,que
sofreram ferimentos inusitados, fraturas ósseas, queimaduras, ocorridasem
épocas
diversas,bem
como
em
diferentes etapas esempre inadequada ou
inconsistentemente explicada pelos pais,
onde
o diagnóstico ébaseado
em
evidênciasclínicas e radioló.gic-as
das
lesões”(MlNlSTÉRlQ
DA
-.lUSTlÇA, 2601., p.t2),.Q
Sindrome de
Münchausen
por procuração; é outro tipode
violência praticada pela família, viade
regra pelamãe.
Consistena
fabricação intencionalou
simulaçãode
sintomas
ou
sinais físicosou
psicológicosem
crianças e adolescentes.Em
deconência
disto à criançalacloiescente é submetida à avaliação e cuidados
médicos
repetidos,causando
_ violência . física(exames
\ desnecessários, administracao z .›de medicacäo
a ede
líquidosem
excesso) e .psicológica (inúmeras consultas e intemações).As
ações
maiscomuns
são: adulteraçãodos espécimes
coletados paraexames
laboratoriais (ex. adição
de
salou
açúcar), trocade
amostras laboratoriais, trocade
remédios (trocando
o
frasco original), sufocaçãocom
parada cardiorespiratónae
separada
de seu
.agressor (Associação Brasileirade
Amparo
a infancia e a Adolescência-
ABRAPIA-Í 2003
ePRQJETQ
MELÍ
2002);>
NegligènciaAs ne9l_icéncia_ consiste numa. omissão
em
termos de Prever as necessidades fisicas e emocional deuma
criança ou adolescente., e sesenfiaura. au.a_nde os aais ea responsáveis. falham
em
temos
dealimentar, de vestir
adequadamente
seus filhosl de .prover educação eëu.pervisã.e aalequadas e qu_a_ndo tal falha não é Q resultado das condições de vida além de seu controle. (_LACRl, 2003, p. 03).
Segundo Azevedo
e
Guerra a modalidadeda
negligência inclui;ø
Médica
(incluindo a dentária); as necessidadesde saúde da
criancanão
estäosendo
preenchidas, Exemplos;as
vacinasem
atraso,doenças
crônicasnão
tratadasšmedicamentos
.prescritosnão
ministradosl extravio constanteda
carteirade
saúde;
z Educacional; os pais
nâo
providenciam o substrato necessario para afreqüência à escola; Exemplos; crianca/adolescente fora
da
escola;não
acompanhamento
do
andamento
escolar;‹› Higiênica;
quando
a criança vivencia precárias condiçõesde
higiene?com
casa
suja e desorganizada;â
De
supervisão; ai criança é deixada sozinhaem
casalna
rua;em
festaspopulares,
na casa de
vizinhosou
mesmo
desconhecidos estando assim suieita a YÍSÇQSÇ‹› Fisica;
não
há roupasadequadas
para o uso,não
recebe alimentaçãosuficiente,
o
lixo se espalha pelo chão;não
existe rotina para as crianças.‹› Outras; falta
de
documentos,pnvacão de
contatos sociais e contraditóriosipermissividade e outros;
Segundo Rech
eRosa
(1999)f ofenômeno
da
negligência é resultadode
uma
coniuncão
de
fatores culturais, sociais,econômicos
e psicológicoscomo;
isolamentoda
famíliaf dificuldade da familia
em
utilizar a rede infonnal e as instituiçõesde sua
comuniciadei
dependência
quimica (álcool e outras drogas)l traumade
infânciados
quanto as necessidades infantis e
aos
diferentes estágiosde
desenvolvimentoda
criança; patemidade/maternidade inconscientef oriunda
da
faltade
planejamento familiar; gravidez precocecom
filhos indeseiadost socialização deficitariadas
atividadesfamiliaresi apatia
e
autoritarismodos
pais, estresse, faltade
informações básicasi.papéis invertidos
na
familia e pobreza;As
mesmas
autoras ainda referenciamcomo
indicadoresde
negligência;‹› Çaracteristicas
da
criançaou
adolescente; desnutrição,fome
e fadigaconstantei higiene precáriaç roupas inapropriadas para o climaí constantemente
sem
supervisãoi acidentes domésticos freqüentes,
não
recebe atençãoaos problemas
físicos, padrão
de
crescimento deficiente;‹›
Comportamento da
criançaou
adolescente; hiperou
hipoatii/o,_assume
responsabilidades
de
adulto,comportamentos
infantisou
depressivos; contínuas ausências e atrasona
escola e consultas médicas, altapermanência
forade
casa;‹› Çaracterísticas
da
família; históriade
negligênciaquando
cnançasiabuso
de
drogase
álcool;casa
caótiçaç apatiaou
desesperançaídoença
mentalou
baixainteligênciaç familia passivai baixa auto-estima, severo desleixo
com
aparência ehigiene.
Como
conseqüênciapodem
surgir; processode
crescimentoe de
desenvolvimento retardadoç .problemas
de
saúdei problemasde
condutai privaçaoculturalfç sentimentos
de
rejeição e baixa auto-estimaç desnutriçãoídepressão e
timidez,>
Violência PsicológicaBaseadas
no que o
Ministerioda
Saúde
(2002, p/t3) eno
Çentro Çrescersem
Violência (1999ç .p.47) afirmam,
podemos
definir a violência psicológica contra criançaseu
adolescentes,como;
“Toda
fomwade
rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, .punições humilhantesf controlede seu comportamento
atravésde
ameaças
(entre elas ade
morte eda
perdade
amor
dos
pais), imposiçãode medoç
privação
de
algoque
lhedá
prazer, isolamento, utilizando-os para atender as necessidades psíquicasdo
adulto*bloqueando os seus
esforçosde
auto-aceitaçãoç3 i
Segundo
o 'ProjetoMel
(2002) e Centro Crescersem
Violência (1999), as fonnasde
violência psicológicapodemser:
‹› Humilhação:
onde
a intenção é rebaixar o outro, fazê-lo sentir-se inferior,sem
valor
enquanto
pessoa;ø
Expor
indevidamente aimagem
da criançaou
adolescente:dá
indíciosem
entrevistas sobre a identificaçãoda
criançaou
adolescente, exposiçãode
criançasem
programas
infantis,promovendo
e estimulando a erotizaçãoda
criança atravésde
músicas
edanças
sensuais;ø Rejeitar. é o
não
reconhecimentoda
criança edo
adolescenteenquanto
sujeito
que
requer atençãoe
cuidado.As
solicitaçõesde
ajuda e manifestaçõesde
amor
não são
consideradas. Trazcomo
conseqüência baixa auto-estima, depressão,dificuldades afetivas, distúrbios psicossomáticos, nanismo,
uso de
drogas, fugado
lar,dificuldades
de
aprendizagem;o Aterrorizar:
quando
a criançaou
adolescenteé
ameaçada
de
abandono
ecastigos físicos.
Provoca
insegurança, sentimentode
culpa, estresse,medo,
extremadependência
e gagueira;‹› Degradar: é
menosprezar
a criançaou
adolescente e submete-Ia àhumilhação perante outras pessoas. Causa: sentimentos
de
culpa, menos-valia,dificuldades afetivas, depressão, auto-isolamento;
‹ Corromper:
quando
o adulto induz a criançaou
adolescente à exploraçãosexual,
ao
crime eao uso
de
drogas, utilizando-osnessas
atividades para beneficiosde
terceiros. Traz
como
conseqüência: baixa auto-estima, perdada noção do
perigo,agressividade, dificuldade
nas
relações sociais, exploração sexual infanto-juvenil,adicção, fuga
do
lar, faltade
interessena
vida escolar;o Produzir falsas expectativas: é a
promessa da
realizaçãode
algode
interesseda
criança,sabendo-se da
impossibilidade deste cumprimento,causando
frustração,perda
da
credibilidade no adulto, sentimentode
desamor, mentiras, agressividade eraiva;
o
Extremas
exigências:são
cobranças excessivasde
rendimento escolar,intelectual, esportivo e artístico e
também
a imposiçãode
responsabilidadessem
incompetência, distúrbios psicossomáticos e psiquiátricos, falta
de
memória, idéia etentativa
de
suicidio.Para os
mesmos, podemos
identificar a violência psicológica, atravésde
indicadores
como:
‹› Caracteristicas fisicas
da
criançaou
adolescentes: problemasde
saúde,obesidade, afecções
na
pele,comportamento
infantil, urinarna
roupaou na cama,
chupar
o dedo;o
Comportamento da
criançaou
adolescente: problemasde
aprendizagem,comportamentos
extremosde
agressividadeou
timidez, destrutivoou
autodestrutivo,problemas
como
o sono, baixo conceito de si, depressivo, apático;‹› Caracteristicas
da
família:tem
expectativas irreais sobre a criança, rejeita,aterroriza, ignora, isola, exige
em
demasia, corrompe,têm
número
elevadode
filhos,filhos
não
desejados,mães
adolescentes, faltade
apoio familiar, inexperiência eignorância para cuidar
dos
filhos,desconhecendo suas
necessidades afetivas,antecedentes
de
violência familiar e ruptura familiar, isolamento social e toxicomanias.A
violência psicológica é tão nociva quanto asdemais
violências. Elanão
deixamarcas
corporais visíveis, mas,causa
grande sofrimento emocional para a criançaou
adolescente durante toda a
sua
vida.>
Violência SexualViolência sexual ocorre
quando
uma
criança ou adolescenteé
usad@
poruma
pessoa
com
“desenvolvimento psicossexual”(QUEIROZ,
2003, p.01) maisavançado do
que ao da
vítima, para sua própria satisfação sexual,podendo
haver contato fisicoou
não;
pode
incluirdesde
carícias; manipulação genital,mama
ou
ânus; “voyeun`smo”;pomografia;
exibicionismo; ato sexualcom
ou
sem
penetração;com
ou
sem
violência.O
abuso
sexualsem
contato físicocompreende:
abuso
sexual verbalquando
ocorrem
conversas sobre atividade sexual, destinadas a despertar interesseda
criança ou adolescente, telefonemas obscenos, exibicionismo e “voyeurismo”.Os
abusos
sexuaiscom
contato físico incluemdesde
relações sexuaiscom
._ - . , . , -
.t .
penetraçao vaginal; tentativas
de
relaçoes sexuais; caricias nos orgaos geniais; masturbação;sexo
oral; penetração anal;sadismo
(abuso sexual incluindo flagelação,tortura e surras);
pomografia
(crianças e adolescentessão
utilizadoscomo
atores/atrizes
de
vídeos, fotografias, gravações obscenas); prostituição infantil(utilização de crianças e adolescentes
em
atos sexuais); estupro; atentado violentoao
pudor; incesto
(quando há
um
laço familiar entre violentado e violentador);e
assédiosexual (proposta
de
contato sexualcom
utilizaçãodo
poderdo
agressor).Referências bíblicas
mostram que
a exploração sexual e o incestosão
praticados pelos paisou
parentesdesde épocas
remotas.Os
príncipes lncas por 14gerações
mantiveram
casamento
entre irmãos,demonstrando
assimque
a violência sexual ocorredesde
antigamente.Segundo
aFundação
Abrapia (1997), apomografia
e a prostituiçãode
crianças eiadolescentes estão ligadas à pedofilia.
Segundo
o dicionário da Língua Portuguesa Aurélio (1999), pedofilia éuma
parafilia representada por desejo forte e repetido
de
praticas sexuais ede
fantasias sexuaiscom
pré-purbere.O
pedófilotem
um
diagnóstico psiquiátrico por possuirum
distúrbio mentalcompulsivo,
que
repeteseus
atos abusivos,como
o mais forte vício.De
acordo lncorelli (2003)nenhuma
promessa de
mudança
de comportamento
pode
ser cumprida pelo pedófilo, pois, ele édependente
do
abuso. Eletem
consciênciado
que
pratica, portanto,deve
ser responsabilizado criminalmentesem
atenuantes.O
pedófilo geralmente éum
adultodo sexo
masculino;pode
serum
trabalhadorsem
instruçãoou
atéum
executivo, se relaciona melhorcom
crianças; coleciona erotismoe
pomografia infantil; corresponde-secom
outros pedófilos;não
é violento enão
mantém
problemascom
a justiça.Existem estratégias para o
abusador
incestuoso e pedófilo agirem para abordariem crianças e adolescentes, é claroque cada abuso
ocorrede
modo
único. Inicialmente oabusador
tenta desenvolver emanter
um
relacionamentocom
a criança e o adolescente.Seguindo
a introduçãode
intimidadeque
serárecompensada
pordinheiro, doces, brinquedos
ou
passeiosde
carro.O
abusador
usaráde
qualquerartifício para conseguir lealdade
da
vítima,assegurando
o silêncio e a complacência;acanetando
muitasvezes
em
medo.
O
medo
é conquistado pelasameaças
físicas,A
violência sexual intrafamiliarem
geral está ligada à violência doméstica e a crisesno
meio familiar.Para Faleiros (1997), alguns aspectos precisam estar claros diante
da dimensão
da
violência sexual intrafamiliarcomo:
o segredo familiarque
encobre oabuso
epode
ter a complacênciade
outrosmembros
da
família; a reincidência; a repetiçãoda
violência; a presença
da
violênciaem
todas as classes sociais; vitimizaçãode
criançase adolescentes
em
qualquer idade; impunidadedo
abusador; fugado
lardos
violentados e a necessidade
de
acompanhamento
multidisciplinar para dar suporte àvítima,
dado
à complexidadedas
seqüelasque
a violência sexual trás.Os
abusos
sexuaisquase sempre
ocorremem
segredo ecom
complacência familiar, pois a violência sexualpode
ocorrer imposta por violência físicae ameaças,
afim
de
mantercoesão
familiar e preservar aimagem
da
famíliano
meio social,mantendo
o agressor livre paramanter
a sustentaçãoda
familia.A
criançaou
adolescentepode
ficar traumatizad@com
a descobertada
violênciasexual e
passa
a negar o ocorridomesmo
elesendo
verdadeiro.De
acordocom
Queiroz (2003), a criança éum
alvo fácildo
abusador.É
na
infância a
fomação
e a estruturaçãodos
valores sociais e culturais estãoem
processode formação
e os adolescentes estãonuma
fasede
transiçãode
valores,de
informações e caracteriza-se por vários rituais
de
passagens.O
corpocomeça
amudar
devido as revolução hormonalque
é instalada,@s
adolescentescomeçam
a ter o corposexuado do
adulto, atraindo ainda mais os agressores.A
violência sexualpode
ocorrercom
crianças e adolescentesdo sexo
masculino,porém
émais
freqüente oabuso
ocorrerem
crianças e adolescentesdo sexo
feminino.O
abuso pode
ocorreruma
vezou
duraranos ou
até ao vítimado abuso
ter condiçõesde
resguardar-se e procurar ajuda.
É
importante considerarmosque
oabuso
sexualnão
é praticado só pormarginais, individuos desequilibrados mentais, psicopatas
ou
com
passado
criminoso,ao
contráriodo que se
pensa, oabuso
sexual ocorreem
diversas classes sociais e econômicas.A
análisede
declarações à polícia e queixas à justiça deixa evidenteque
a maioriados abusadores
sexuaissão
exclusivamentehomens.
Conforme
Queiroz (2003), osabusadores são
conhecidosdas
crianças edos
adolescentes,
podendo
seralgum
parenteou
conhecidoda
família,podendo
ser o pai,o
pai adotivo, tio, primo, irmão, avô, vizinhoou amigo da
familia. Acredita-seque
afomwa mais traumática e
que
provoca conseqüências emocionais mais graves équando
executado pelo pai biológicoou
adotivo.Fumiss
(1993, p.21) declara:Espera-se que o pai
em
seu papel de progenitor, trace asfronteiras adequadas. lsso significa que
mesmo
queuma
criança secomportasse de
uma
maneira abertamente sexual, comportamento quecada vez mais aprendemos a ver
como
resultado de abuso anterior enão
como
ponto de partida, emesmo
que as crianças fossemabertamente sedutoras e tentassem iniciar o abuso sexual, como, por
exemplo, entrando no quarto do pai de
modo
sexualmente convidativo,seria sempre responsabilidade do pai estabelecer limites.
Nem
mesmo
o mais sexualizado ou sedutor comportamento jamais poderia tomara
criança responsável pela resposta adulta de abuso sexual,
em
que a pessoa que acomete abuso satisfaz seu próprio desejo sexualem
resposta da necessidade da criança de cuidado emocional.Segundo
Farinatti (1993), oabusador
intrafamiliar é caracterizadocomo
perpetrador regressivo, isto é, o adulto
que não detém
orientação sexual preferencialpela criança,
mas
que pode
voltar-se para elaem
determinadosmomentos
de sua
vida,quando sob
estresseou
quando
as
condiçõesda
famíliatomam-se
desfavoráveis.O
abusador
sexualpode
ser agressivoou
não,pode
usarda
violência silenciosa verbalou apenas
velada. Estequando
denunciado ou descoberto negarásempre
o abuso.Também
pode
ocorrersão
os estupros seguidosde
morte.Geralmente a
mãe
ou
madrasta se mostra coniventecom
oabuso ou
elaocone
na ausência
da mãe.
Conforme
Cohen
e Gobbetti (1998), o incesto manifesta-se atravésdo
relacionamento sexual entre
pessoas que são
membros
de
uma
mesma
família (exceto cônjuges), jáque
a famílianão
é definidaapenas
por consangüinidadeou
mesmo
porafinidade, mas, principalmente pela função social de parentesco exercida pelas
pessoas
dentrodo
grupo.Pesquisas indicam