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Alterações na capacidade de flexibilidade após um programa de intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos de idade

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1

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Estágio

Alterações na capacidade de Flexibilidade após um

programa de intervenção escolar em jovens com

idades compreendidas entre os 13 e 21 anos de

idade.

Mestranda Verónica Dinis Gonçalves

Orientador João Varejão

Supervisor José Ferreirinha

(2)

I

Agradecimentos

Durante este percurso são inúmeras as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para que este trabalho fosse possível.

Expresso aqui o meu sincero agradecimento:

Ao

meu Orientador João Varejão pelo dinamismo, alegria, disponibilidade, encorajamento e conhecimentos transmitidos ao longo deste ano letivo.

Ao meu supervisor José Ferreirinha que com muita paciência e prontidão me auxiliou em todas as tarefas que nos foram solicitadas ao longo do ano.

Aos meus colegas de estágio Mário Guedes, Mélanie Magalhães e Nuno Queirós pelo bom ambiente, companheirismo e entreajuda.

Aos meus pais que me aturaram ao longo destes cinco anos e por me deixarem perseguir o meu sonho que é ser professora.

Às minhas irmãs pelo apoio incondicional, carinho e pelas lágrimas que me enxugaram.

Aos/às meus/minhas amigo (a) s pelo apoio, compreensão e orgulho.

A todos os professores de Licenciatura e Mestrado pelos conhecimentos transmitidos e pelo encorajamento.

A todos os colegas de Licenciatura e Mestrado pela alegria e ajuda.

(3)

II

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de estágio

Alterações na capacidade de Flexibilidade após um

programa de intervenção escolar em jovens com idades

compreendidas entre os 13 e 21 anos de idade.

Mestranda: Verónica Dinis Gonçalves

Orientador: João Varejão

Supervisor: José Ferreirinha

(4)

III

Relatório de estágio apresentado à UTAD, no DEP –

ECHS, como requisito para a obtenção do grau de

Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico

e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do

artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de

Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação dos

Professores José Ferreirinha e João Varejão.

(5)

IV

ÍNDICE

Resumo---VI

Introdução………...…………....1

PARTE I. – RELATÓRIO DE ESTÁGIO……….2

1. Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem………...3

1.1.

Unidades Didáticas……….………...16

1.2.

Planos de Aula……….………...16

1.3.

Prática de Ensino Supervisionada………...………..16

1.3.1. Instrumentos……….………...16

1.3.2. Procedimentos……….………...16

1.3.3. Relatório e Avaliação……….………...17

2. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio………...…..18

2.1.

Estudo de Turma……….………...……...18

2.2.

Instrumentos……….………...20

2.2.1. Procedimentos……….………...21

2.2.2. Relatório e Conclusões……….……….22

2.3.

Atividades na Escola (DE; Corta mato; direção de turma,BECA)……..……23

3. Tarefas de Estágio de Extensão à Comunidade………..………..26

3.1.

Acção de Formação (Comunicação no Congresso “ A Escola, Hoje!”)…..…26

3.1.1. Tema desenvolvido (justificação) ………27

3.1.2. Estratégias de apresentação……….………..27

3.1.3. Relatório (resultados) ……….………..27

PARTE II. – ESTUDO DESENVOLVIDO ………..,………29

Resumo……….………...30

Abstrat……….………..………...31

Introdução……….………...32

Metodologia……….………34

Participantes……….………34

Instrumento……….……….35

Procedimentos……….………...………….35

Tratamento dos dados……….………...…..35

Resultados………..………..35

Discussão………...………..37

Conclusão………..…………..38

Bibliografia………..………...………….39

(6)

V

Índice de Quadros

Quadro 1 - Planeamento das matérias a abordar no ano letivo………3 Quadro 2 – Caracterização da Amostra………...………34

Índice de Figuras

Figura 1- BECA e a equipa técnica………25 Figura 2 - Apresentação do artigo……….27

Índice de tabelas

Tabela 1 - Estatística descritiva de todas as variáveis observadas e valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao sexo feminino do 8º ano……….35

Tabela 2 - Estatística descritiva de todas as variáveis observadas e valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao sexo masculino do 8º ano………36

Tabela 3- Análise da significância das diferenças observadas entre género do pré-teste e pós-teste no 8º ano e o valor de p para o pós-teste de KrusKall Wallis………..36

Tabela 4 - Estatística descritiva de todas as variáveis observadas e valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao sexo feminino do 11º ano………36 Tabela 5 - Estatística descritiva de todas as variáveis observadas e valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao sexo masculino do 11º ano……….….37 Tabela 6- Análise da significância das diferenças observadas entre género do pré-teste e pós-teste no 11º ano e o valor de p para o pós-teste de KrusKall Wallis……….….37

(7)

VI

RESUMO

Este trabalho consiste na elaboração do Relatório de Estágio curricular, realizado como

parte integrante e conclusiva do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos

Básico e Secundário pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O Estágio curricular desenvolveu-se na Escola Básica e Secundária de Celorico de

Basto, no Ano letivo 2012/2013 e tendo como objetivo a consolidação e integração dos

conhecimentos adquiridos na Licenciatura e Mestrado no contexto da prática docente.

O presente relatório está estruturado em dois grandes capítulos, o primeiro referente a

todas as atividades realizadas no Estágio curricular e o segundo, o estudo desenvolvido:

“Alterações na capacidade de Flexibilidade após um programa de intervenção escolar

em jovens com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos de idade.”

O estudo acima referido pretendeu verificar se um ou dois estímulos semanais de

desenvolvimento da flexibilidade (10 minutos cada), durante as aulas de Educação

Física, são suficientes para alterar os valores iniciais em alunos do 8º ano e 11ºano,

fazendo uma comparação entre géneros.

(8)

1

I.

INTRODUÇÃO

Este relatório Final de Estágio foi desenvolvido no âmbito do Estágio 2, do Curso de Mestrado em Ensino da Educação Física nos Eninos Básico e Secundário, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O estágio curricular decorreu ao longo do ano letivo de 2012/2013, na Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto. O núcleo de estágio da referida instituição educativa contou com quatro alunos da UTAD: Mário Guedes, Mélanie Magalhães, Nuno Queirós e Verónica Gonçalves. Estes contaram com o apoio de João Varejão, na qualidade de Orientador Pedagógico e, José Ferreirinha como Orientador Científico. Além da sua preciosa ajuda e apreciadas sugestões orientaram-nos em todas as tarefas tendo contribuído decisivamente para a nossa evolução durante o processo de ensino-aprendizagem.

O estágio pedagógico teve por objetivo - que consideramos plenamente atingido- consolidar os conhecimentos adquiridos na Licenciatura e Mestrado, através da prática docente em contexto real de trabalho tendo-nos permitido adquirir novos conhecimentos e competências.

O relatório expõe de forma crítica e pessoal todas as atividades realizadas bem como as dificuldades encontradas ao longo do ano letivo. Apresentam-se também algumas estratégias que podiam ter sido desenvolvidas nas unidades didáticas e aulas.

Estruturalmente, o relatório encontra-se dividido em duas partes: a primeira destina-se à apresentação o Relatório de Estágio, a segunda ao Estudo Desenvolvido.

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2

(10)

3

1. Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem

Depois de termos conhecimento da turma que iriamos lecionar foi necessário planear e definir a atividade pedagógica de forma a estruturar as nossas ações ao longo do ano letivo.

Segundo Aranha (2004), “Após a seleção dos objetivos é necessário o planeamento da

atividade pedagógica, começando pelos programas ou Unidades didáticas, de consecução a médio/longo prazo, para depois se proceder ao planeamento da própria aula, de consecução a curto prazo.”

O grupo de educação física do agrupamento de Escolas de Celorico de Basto fez um planeamento anual de forma sequencial e estruturada de acordo com o ano escolar das turmas com o objetivo de garantir a coerência e exequibilidade ao longo do percurso escolar dos alunos. A distribuição das modalidades teve em conta as condições espaciais e atmosféricas existentes. Tendo em conta estes aspectos, foram planeadas as seguintes unidades didáticas:

Quadro 1 - Planeamento das matérias a abordar no ano letivo

Unidade didática

Aulas Previstas Duração da aula Ano Escolar 1º Período Atletismo 10 45’- 90’ 8º Basquetebol 12 45’- 90’ 8º 2º Período Badminton 10 45’ - 90’ 8º Andebol 10 45’ - 90’ 8º 3º Período Ginástica de Solo e Aparelhos 10 45’ - 90’ 8º Unihóquei 6 45’ - 90’ 8º

O planeamento depois da atividade pedagógica, requer uma organização e análise

permanente.

Desta forma, o planeamento pode ser dividido em 3 fases: a fase de Conceção, durante a qual se selecionam, definem e estruturam objetivos e estratégias, ou seja, é aquela que se refere ao planeamento propriamente dito. A fase de Execução, durante a qual se vai aplicar tudo aquilo

que se planeou. E a fase de avaliação, que está presente em todas as fases do planeamento. Esta avalia o resultado.

(11)

4

1.1.

Unidades Didáticas

As Unidades Didáticas servem para planear e estruturar todo o processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Aranha (2004), as Unidades Didáticas obedecem a uma estrutura lógica e contínua que pode ser repartida da seguinte forma: População alvo, Recursos, Objetivos, Estruturação e Sequenciação dos Conteúdos, Métodos e Controlo do Processo e Estratégias de Abordagem.

1.1.1. População Alvo

É o primeiro ponto da Unidade Didática e faz referência ao grau de ensino (neste caso 8º ano), número de alunos (16), género (9 raparigas e 7 rapazes), idade (média de 13,7 anos) e por último outras informações caso existissem alunos com necessidades educativas especiais.

1.1.2.1.1. Instalações

Refere-se às instalações nas quais se vai desenrolar a aula (exemplo:2/3 do pavilhão).

1.1.2.1.2. Materiais móveis

Refere-se ao material que vai ser utilizado pelos alunos e pelo professor nas suas estratégias (exemplos: bolas, sinalizadores).

1.1.2.2. Temporais

Faz referência ao tempo total que o professor vai necessitar para lecionar a Unidade Didática (exemplo: 12 aulas: 5 de 90 minutos e 7 de 45 minutos).

1.1.2.3. Humanos

Diz respeito ao nº de funcionários que zelam pela manutenção do pavilhão e ao docente que leciona a disciplina.

1.1.3. Objetivos

1.1.3.1. Domínio Sócio- Afetivo

Retirados do programa de educação Física, antecedem os objetivos comportamentais terminais.

1.1.3.2. Domínio Cognitivo

Também antecedem os objetivos comportamentais terminais e são retirados do programa de Educação Física.

1.1.3.3. Domínio Psicomotor (objetivos comportamentais terminais)

Definidos no programa de Educação Física, desenvolvendo o domínio psicomotor.

(12)

5

Neste ponto estruturam-se os conteúdos dos objetivos propostos. Cada conteúdo corresponde a um objetivo específico (plano de aula). Os conteúdos podem ser abordados sem ter que obedecer a uma ordem específica.

Segundo Aranha (2004), “Pode optar-se por organizar os conteúdos por aula – da 1ª à última

aula, ou por ordem de acontecimento – desde o que vai ser lecionado em 1º lugar, até ao último. Neste caso deve obedecer-se a uma das suas organizações:

Organização intrínseca – que tem em conta o indivíduo e não dissocia o

comportamento nos seus diversos domínios, ou seja baseia-se em modelos morfológicos.

Organização extrínseca – não tem em conta o indivíduo e parte do pressuposto de que

o comportamento humano é possível de hierarquizar, ou seja resulta de uma taxonomia de objetivos, do mais ao menos acessível, nos três domínios: psicomotor, cognitivo e socio afetivo.”

1.1.5. Métodos de controlo e processo

O processo de ensino-aprendizagem contém três momentos de avaliação, que decorrem ao longo do ano letivo: uma avaliação diagnóstica, uma avaliação formativa e uma avaliação sumativa.

1.1.5.1. Avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica tem como objetivo avaliar o estado inicial dos alunos. Esta avaliação permite perceber as dificuldades que os alunos possam apresentar nas competências e conteúdos a lecionar.

Esta avaliação deve ser realizada nas duas primeiras aulas da Unidade Didática. O docente deve recorrer a uma ficha já existente, onde se regista as aptidões dos alunos de acordo com os critérios de êxito.

Ponderação Modo de execução

1 Não executa

2 Executa com muitos erros 3 Executa quase sem erros 4 Executa sem erros

(13)

6

Após esta avaliação tem de se adaptar a Unidade didática aos alunos, de acordo com o nível médio da turma, tendo em conta os conteúdos nos quais os alunos tiveram mais dificuldades de execução.

1.1.5.2. Avaliação formativa

A avaliação formativa realiza-se em todas as aulas da unidade didática.

No final da aula o docente preenche uma ficha de observação e comportamento que incidirá nos três domínios: Psicomotor, Cognitivo e Sócio afetivo no decorrer das aulas.

É importante verificar os erros dos alunos, dando mais importância às causas do verificar o fracasso, para que possam corrigi-los.

Para permitir que os alunos consigam atingir o sucesso será realizado um balanço final introduzido nos planos de aula.

1.1.5.3.Avaliação Sumativa

A avaliação Sumativa tem como propósito verificar se houve evolução dos alunos ao nível da sua prestação motora.

Para tal, tudo o que foi aplicado na avaliação Diagnóstica deve ser aplicado na avaliação sumativa para haver conformidade na avaliação.

1.1.5.4. Parâmetros de avaliação

A avaliação resulta da recolha de informações referentes aos seguintes domínios:

Ensino 2º e 3º Ciclo

DOMÍNIO DAS COMPETÊNCIAS (80%) Atividades Físicas Desportivas (70%)

Avaliação Sumativa (nível de prestação motor final):

Realizar com eficácia e correção os conteúdos das matérias (modalidades) selecionadas para cada ano.

Em situação de jogo, aplicar os conhecimentos das principais regras e técnicas de execução dos elementos técnico-táticos.

10%

Envolvimento demonstrado em todas as tarefas/atividades de aprendizagem propostas.

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7

Avaliação Formativa (comportamento motor em todas as atividades):

Desempenho demonstrado em todas as tarefas/atividades de aprendizagem propostas.

Desenvolvimento das capacidades de resistência, força, velocidade, flexibilidade e destreza geral.

20%

Domínio Cognitivo (10%)

Regulamento e regras das modalidades; Regras de segurança; Funções de arbitragem e secretariado.

Matéria teórica:

Aprendizagem dos conhecimentos relativos à interpretação e participação nas estruturas e fenómenos sociais extraescolares, no seio dos quais se realizam as atividades físicas. DOMÍNIO SÓCIO AFETIVO (20%) Atitudes e Valores Assiduidade/Pontualidade 5% Interesse/ Organização e participação no trabalho 5% Autonomia/capacidade de decisão/iniciativa 5% Responsabilidade e Cumprimento de regras de conduta social 5%

Instrumentos de Avaliação

Testes práticos e teóricos, relatórios teóricos; fichas formativas; fichas de observação; trabalhos de pesquisa; outros.

A nota final será o resultado do somatório dos diferentes domínios e pode ser calculada

através da seguinte forma:

NOTA

FINAL:

(D

COMP X

0,80)

+

(DAS

X

0,20)

A nota final será atribuída numa escala de 1 a 5, sendo 3, o valor mínimo positivo

exigido.

Domínio das Competências

A classificação final, referente ao domínio das competências, resulta de um momento de avaliação. Esse momento de avaliação é:

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8

 Domínio Cognitivo (10%) resulta do conhecimento do regulamento e regras das modalidades; regras de segurança; funções de arbitragem e secretariado e ainda a aprendizagem dos conhecimentos relativos à interpretação e participação nas estruturas e fenómenos sociais extraescolares, no seio dos quais se realizam as atividades físicas.

A nota relativa a este domínio será o somatório dos parâmetros anteriores.

Atividades físicas desportivas será atribuída uma nota (de 1-5) ao:

 Envolvimento demonstrado em todas as tarefas/atividades de aprendizagem propostas (40%);

 Comportamento motor do aluno em todas as atividades propostas na aula (avaliação formativa) (20%).

Para cada parâmetro anterior foi utilizada uma ficha de registo sendo no fim somados os totais respetivos do aluno e divididos pelo número de aulas que esteve presente para calcular a sua nota que depois será convertida em relação à percentagem correspondente. Esta classificação tem por base todos os critérios de êxito do plano de aula que conforme forem executados são somados e enquadrados em determinada escala.

No final da unidade didática foi atribuída uma nota (de 1-5) ao:

 Nível de prestação motor final (avaliação sumativa) (10%); foi aferido pela análise dos diversos gestos técnicos e as regras abordadas nesta Unidade Didática de Atletismo.

Através da observação direta, os resultados recolhidos neste domínio foram registados segundo a escala seguinte para cada conteúdo na tabela presente em anexo.

Ponderação Modo de execução

1 Executa com muitos erros 2 Executa com poucos erros 3 Executa quase sem erros 4 Executa sem erros

5 Executa de modo exemplar

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9

A avaliação ao domínio Sócio afetivo diz respeito ao comportamento que o aluno vai

tendo ao longo das aulas. O valor atribuído a este domínio será de 20% em relação à

nota final global a atribuir a cada aluno.

Existe uma ficha de registo para cada parâmetro:

 Assiduidade/Pontualidade (5%);

 Interesse/ Organização e participação no trabalho (5%);

Autonomia/capacidade de decisão/iniciativa (5%);

Responsabilidade e Cumprimento de regras de conduta social (5%).

A professora atribuiu uma nota a cada parâmetro no momento da atribuição da nota final. A nota relativa a este domínio será o resultado do somatório dos parâmetros anteriores.

Avaliação dos alunos com atestado médico

Visto que, estes alunos não serão avaliados no Domínio Psicomotor, a sua avaliação

apenas incidirá no domínio Cognitivo e Sócio - Afetivo.

No domínio cognitivo, a avaliação foi através de um teste teórico, com as seguintes

considerações:

Domínio Cognitivo – 80%

P

ERCENTAGEM DO

T

ESTE

C

ONVERSÃO PARA

V

ALORES

0% - 24,9% 1

25% - 49,9% 2

50% - 69% 3

70% - 89% 4

90% - 100% 5

Domínio Sócio – Afetivo – 20%

Parâmetros a avaliar no domínio sócio – afetivo:

 Assiduidade/Pontualidade (5%);

 Interesse/ Organização e participação no trabalho (5%);

Autonomia/capacidade de decisão/iniciativa (5%);

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A nota final será obtida através da fórmula:

Nota Final = (DC x 0,80) + (DAS x 0,20)

1.6. Estratégias de Abordagem da Unidade Didática

Para Aranha (2004), as estratégias constituiem o último ponto das Unidades Didáticas. Neste ponto deve referir – se a forma como vai lecionar os conteúdos (método analítico ou global), como se organiza a turma (grupos homogéneos ou heterogéneos, quando e qual a finalidade desses grupos), justificar o porquê das decisões tomadas. Deve fazer-se um balanço final da Unidade Didática de forma crítica e reflexiva referindo as estratégias adotadas referindo se as mesmas tiveram sucesso e se não funcionaram apresentar estratégias para aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.

Modalidades 1º semestre

Unidade didática de Atletismo- Estratégias utilizadas

Pontos positivos

 Os conteúdos abordados eram em número reduzido e consegui lecioná-los todos porque a turma tinha um nível de aproveitamento motor razoável. Deste modo optei por dar mais aulas de triplo salto e salto em altura visto que eram os saltos que tinham mais dificuldades.

 Como os alunos não dominavam os conteúdos a nível teórico optei por mostrar vídeos e folha A3 com as fases dos saltos o que permitiu uma maior assimilação dos conteúdos.

 Realização de jogos lúdicos para motivar os alunos.

 O facto de estar sempre a deslocar-me exteriormente à turma e ter dado muitos feedbacks e incentivos permitiu que tivesse maior controlo da turma e a mesma estava mais motivada.

 Como estratégia de inclusão foram utilizados os alunos que apresentaram índices negativos de preferência social e baixo impacto social no estudo de turma como agentes de ensino tanto na recolha do material como na demonstração dos exercícios para permitir que obtivessem sucesso e fazer deles um exemplo a seguir.

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11

 Ainda relativamente às estratégias usadas, penso ter sido benéfico ter dado uma aula livre no final da avaliação sumativa para reforçar o esforço e a motivação que tiveram apesar de não gostarem de Atletismo.

Estratégias a alterar:

 Nas primeiras aulas foi atribuído pouco tempo para os alunos tomarem banho;

 Alguma dificuldade no controlo da turma;

 Devia ter feito em todas as aulas exercícios de técnica de corrida com progressões simples em vez de aquecimentos lúdicos. É importante a parte lúdica no entanto o que se pretende é que realizem os saltos corretamente.

Evolução

 Houve evolução dos alunos na Unidade Didática de Atletismo em particular no salto em altura porque duas alunas não conseguiam realizar e como ensinei também o salto de tesoura permitiu que elas tivessem sucesso.

Unidade didática de Basquetebol - Estratégias utilizadas

Pontos positivos

 Os conteúdos abordados eram em número elevado face ao número de aulas previstas e não consegui lecionar os conteúdos todos porque verifiquei na avaliação diagnóstica que a turma tinha um nível muito baixo de aproveitamento motor. Os alunos não dominavam os conteúdos a nível teórico, tinham muitas dificuldades em realizar os exercícios critério que tinham progressões muito simples e em situação de jogo demonstravam muitas dificuldades na tomada de decisão correta e na realização do gesto técnico mais adequado para a situação. Penso que foi benéfico ter reduzido os conteúdos a abordar e ter dado mais tempo para a situação de jogo porque houve uma grande evolução dos alunos comparando a aula de avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa.

 Das estratégias utilizadas, penso ter sido benéfica a realização de grupos heterogéneos e equilibrados, ou seja grupos constituídos por rapazes e raparigas. Inicialmente as alunas tinham uma menor participação no jogo. Para inverter esta situação optei por condicionar o jogo fazendo com que a bola passasse por todos os elementos da equipa para poder lançar ao cesto. Com os incentivos e feedbacks utilizados verificou-se que ao longo das

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12

aulas as alunas eram mais interventivas no jogo e ocupavam melhor os espaços. Desta forma foi possível melhorar a qualidade de jogo das raparigas e permitir uma maior interação entre géneros visto que a turma é constituída maioritariamente por raparigas.

 Como estratégia de inclusão foram utilizados os alunos que apresentaram índices negativos de preferência social e baixo impacto social no estudo de turma como agentes de ensino tanto na recolha do material como na demonstração dos exercícios para permitir que obtivessem sucesso e fazer deles um exemplo a seguir.

 Ainda relativamente às estratégias usadas, ter colocado música em quase todas as aulas depois da instrução inicial foi uma estratégia bem conseguida porque aumentou os níveis de motivação e concentração nos exercícios.

 Ter colocado pouco material permitiu-me gerir as aulas sem perder tempo na transição dos exercícios.

Estratégias a alterar:

 O facto de não ter realizado exercícios de manipulação de bola e reforço muscular em todas as aulas para os alunos terem um maior contacto com a bola e para as aulas serem mais intensas foi a estratégia menos conseguida.

Evolução

 Penso ter conseguido atingir a maioria dos objetivos propostos na Unidade Didática de basquetebol e contribuído para a formação, aperfeiçoamento e aprendizagem dos alunos no que diz respeito à modalidade em causa.

Modalidades 2º semestre

Unidade didática de Andebol - Estratégias utilizadas

Pontos positivos

 Os conteúdos abordados eram de elevado número para lecionar e o nível da turma era fraco. Deste modo optei por aperfeiçoar o passe, receção, remate e na penúltima aula introduzi a interseção.

(20)

13

 A realização de exercícios de manipulação de bola em todas as aulas para uma maior familiarização com a bola. O facto de ter alunos do andebol a frequentar as minhas aulas permitiu que os restantes alunos percebessem a dinâmica dos exercícios.

 A utilização de grupos mistos (rapazes e raparigas na mesma equipa) acabou por ser benéfica e permitiu que as raparigas evoluíssem ao longo das aulas.

Estratégias a alterar:

 Como eram apenas dezasseis alunos e os exercícios eram dinâmicos sem quebras não devia ter realizado corrida à volta do campo no aquecimento porque desgastou muito os alunos;

Realizar exercícios menos intensos visto que tinha uma aluna com problemas cardíacos;

 Em turmas com nível fraco como esta não se devem introduzir conteúdos muito complexos, tais como interseção e aspetos táticos, apenas reforçar para cada aluno marcar sempre o mesmo adversário;

Em todas as aulas fazer muitos exercícios de remate e superioridade numérica (partir do mais simples para o mais complexo).

Evolução

 Houve evolução dos alunos sendo atingidos os objetivos mínimos propostos na Unidade Didática de Andebol. Os treinos que dei com o meu orientador ao BECA (Bastinhos Escola Clube de Andebol), permitiu que compreendesse melhor as dificuldades dos alunos e formas para as corrigir. Como o nível da turma era fraco devia ter demonstrado os exercícios todos porque se a demonstração é mal feita os alunos não percebem a dinâmica do exercício e é difícil fazerem corretamente.

Unidade didática de Badminton - Estratégias utilizadas

Pontos positivos

 Os conteúdos abordados eram em número reduzido e consegui lecioná-los todos, apesar de a turma ter um nível fraco ao nível do badminton.

 Como os alunos não dominavam os conteúdos a nível teórico optei por mostrar vídeos e slides para uma maior assimilação dos conteúdos.

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 A manipulação do volante em todas as aulas foi benéfica para terem um maior controlo e

rapidez na execução dos movimentos.

 O facto de colocar música em todas as aulas permitia que os alunos estivessem bem-dispostos e se esforçassem nas tarefas propostas.

Estratégias a alterar:

 Devia ter reforçado desde a primeira aula a importância da posição básica para uma melhor receção.

 Devia ter procurado exercícios mais dinâmicos e diferentes.

Evolução

 Houve uma pequena evolução dos alunos e consegui atingir os objetivos mínimos propostos na Unidade Didática de Badminton.

Unidade didática de Ginástica de Solo e Aparelhos - Estratégias utilizadas

Pontos positivos

 Era um número elevado de conteúdos e consegui lecioná-los porque a turma tinha um bom nível tanto a nível teórico como a nível prático.

 O facto de colocar folhas ao lado do colchão com a demonstração do exercício e uma ficha para prepará-los para o teste permitiu uma maior assimilação dos conteúdos.

 A realização de exercícios corporais em todas as aulas para motivar os alunos e para se sentirem mais predispostos para a aula.

 O facto de estar sempre a deslocar-me exteriormente à turma e ter dado muitos feedbacks e incentivos permitiu que tivesse maior controlo da turma e a mesma estivesse mais motivada.

Estratégias a alterar:

 O facto de ter dado poucas aulas de salto entre mãos e salto de eixo, apesar dos alunos evidenciarem maiores dificuldades.

 Devia ter perdido mais tempo nas progressões dos mesmos ou dividir a turma por estações conforme o nível que tinham para permitir que todos progredissem.

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 Penso que devia ter lecionado primeiro pino de cabeça e posteriormente o pino de

braços para os alunos se sentirem mais confiantes e autónomos.

Evolução

 Houve evolução da turma sendo atingidos os objetivos mínimos propostos. Ensinar os alunos a realizar as ajudas foi benéfico porque permitiu uma maior interação entre os mesmos.

Unidade didática de Unihóquei - Estratégias utilizadas

Pontos positivos

 Os conteúdos abordados eram em número reduzido mas optei por dar os conteúdos mais acessíveis (passe, receção, condução de bola e remate varrido) porque a turma tinha um nível fraco e porque outros conteúdos requeriam uma maior técnica.

 Das estratégias utilizadas, penso ter sido benéfica a realização de manipulação e remate no aquecimento permitiu uma maior fluidez na realização dos exercícios.

 A utilização de grupos mistos (rapazes e raparigas na mesma equipa) acabou por ser benéfica e que as raparigas evoluíssem ao longo das aulas. Como verifiquei que as alunas estavam a ficar desmotivadas de aula para aula, dividi rapazes para um lado e raparigas para o outro.

 Como forma de motivar os alunos e porque eles demonstraram algum domínio da modalidade decidi dar iniciação ao hóquei em patins no início de uma aula. No aquecimento introduzi os patins nos exercícios de manipulação. Foi uma aula mais divertida, no entanto optei por retirar os patins no jogo para não haver lesões.

 Como forma de os premiar pelo esforço e evolução ao longo das aulas no fim da unidade didática permiti que jogassem a modalidade que mais gostavam.

Estratégias a alterar:

Aumentar o tempo de atividade motora em alguns exercícios.

Evolução

 Houve evolução dos alunos e consegui atingir os objetivos propostos na Unidade Didática de Unihóquei e ter contribuído para a formação, aperfeiçoamento e aprendizagem dos alunos no que diz respeito à modalidade em causa.

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1.2. Planos de Aula

Segundo Medeiros (2011), o plano de aula consiste num documento simples e prático que serve como um instrumento de auxílio à atuação do professor, que contem informações relevantes e que vão de encontro a essa operacionalidade.

Aranha (2004) considera que a constituição dos planos de aulas deve incluir os seguintes pontos: Escola de lecionação, Professor responsável, Data e Hora da aula, Ano e Turma a que a aula vai ser lecionada, Nº de aula a que corresponde e respetiva Unidade Didática, Instalação onde a aula vai ocorrer, Objetivos Específicos que se pretendem atingir, Função Didática, Conteúdos a lecionar, Objetivos Operacionais e material necessário.

Os planos de aula devem ainda conter representação gráfica de cada um dos exercícios, os critérios de êxito esperados para cada exercício, as estratégias a utilizar, o tempo útil de aula e de cada exercício, e um balanço da aula lecionada. É de extrema importância realizar sempre um balanço no final da aula porque permite que não se realizem os mesmos erros em aulas futuras e desta forma aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.

Apesar dos planos de aula serem realizados com minuciosidade e ter em conta todos os aspetos fundamentais da turma e em particular dos alunos, não nos devemos cingir simplesmente ao que se encontra lá descrito porque de acordo com o contexto por vezes temos de o adaptar.

1.3. Prática de Ensino Supervisionada (PPS)

Segundo Aranha (2007), para se proceder a esta observação devemos fazer em primeiro lugar

um registo anedótico de toda a aula (observada em direto ou em diferido), em ordem ao tempo.

1.3.1. Instrumentos

Ficha de

Registo anedótico em ordem ao tempo

Tempo

Acontecimento (descrição)

0’00’’ Deu início à atividade informando que iam dar continuidade à aula anterior.

1.3.2. Procedimentos

Na ficha de Registo anedótico em ordem ao tempo regista-se o maior número de informações (do professor estagiário e comportamentos dos alunos) possível para sustentar as decisões tomadas no momento da avaliação/classificação dos parâmetros. Sendo o registo em ordem do

tempo permite-nos saber quanto tempo durou cada um dos acontecimentos descritos (Aranha,

(24)

17

1.3.3. Relatório e Avaliação

De acordo com Aranha (2007), o relatório e avaliação dos estagiários é feita com base em 10 parâmetros:

 1º Parâmetro – Introdução da aula: O estagiário intervem clara e sussintamente referindo os objetivos da aula, referindo as regras de segurança tendo a turma controlada.

 2º Parâmetro – Mobilização dos alunos para as atividades: O estagiário intervem de forma sistemática para que os alunos superem as suas dificuldades, motivando-os para as atividades propostas.

 3º Parâmetro – Organização, controlo e segurança das atividades: O estagiário organiza a atividade prevenindo situações de risco, intervindo sistemáticamente de forma a prevenir fatores perturbadores.

 4º Parâmetro – Gestão dos recursos: O estagiário maximiza o tempo de atividade motora, perdendo pouco tempo na instrução, formação de grupos e remoção do material.

 5º Parâmetro – Instrução/ Introdução das atividades: O estagiário explica ou demonstra os exercícios de forma oportuna. Caso tenha algum ou alguns alunos muito bons deve utilizá-los como agentes de ensino.

 6º Parâmetro – Regulação das atividades: O estagiário intervem de forma eficaz, estimulando os alunos e corrigindo-os (dando feedbacks). Controla a turma mantendo-os motivadmantendo-os e concentradmantendo-os.

 7º Parâmetro – Linguagem utilizada: O estagiário utiliza uma linguagem clara e acessível tendo em conta os aspetos técnicos.

 8º Parâmetro – Sequência da aula: A aula está de acordo com as dificuldades

dos alunos apresentanto uma estrutura coerente.

 9º Parâmetro – Conclusão da aula: O estagiário conclui tranquilamente,

questionando os alunos sobre os objetivos específicos, fazendo um balanço da

aula e referindo os objetivos das aulas seguintes.

 10º Parâmetro – Concordância com o plano de aula: A aula decorre

conforme o plano de aula e perante situações inesperadas adapta sem perder de

vista os objetivos definidos.

(25)

18

Para cada parâmetro é atribuída uma pontuação:

0 pontos Não executa

1 ponto Executa de modo genérico/inconsistente/inoportunamente/inconsciente/ com perda de

tempo/insegurança

2 pontos Executa adequadamente com consciência/ oportunidade/consistente/sem perda de

tempo/seguro

3 pontos Executa de modo excelente/sistemático/consistente/oportuno/consciente sem perda de

tempo/seguro

2. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio

2.1.Estudo de Turma

Segundo o Regulamento do mesmo, ao realizar o Estudo de Turma, o estagiário deve fazê-lo à turma na qual vai lecionar as suas Práticas de Ensino Supervisionadas (PES).

Um dos objetivos da Educação física é a promover hábitos de vida saudáveis, para a melhoria da qualidade de vida, saúde e bem-estar.

A planificação das aulas é realizada essencialmente com base nas características dos alunos. Segundo Aranha & Coelho (2007), para se conhecer a situação concreta teremos de caracterizá-la, pois o êxito da nossa planificação/ realização baseia-se no conhecimento destes aspetos: escola, meio e turma.

Torna-se importante a escolha de estratégias apropriadas para alterar os comportamentos dos alunos sendo um assunto crítico e que requer bastante reflexão.

É neste âmbito que se insere o presente estudo, fazer uma análise da turma em diversos aspetos que poderão de alguma forma condicionar o processo ensino-aprendizagem e apresentar estratégias para resolver os problemas encontrados.

Segundo Aranha & Coelho (2007), só através da correta atuação junto dos alunos, adaptando o ensino às suas características, será possível concretizar os objetivos máximos da Educação Física.

Estudo de turma do 8º ano da Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto

O presente estudo tem como principal objetivo a caraterização da turma do 8ºB, para desta forma poder determinar quais as estratégias gerais, que permitam atingir o sucesso no processo de ensino-aprendizagem, de acordo com as características da turma.

(26)

19

Este estudo destina-se analisar especificamente:

 A constituição da turma, no que diz respeito à distribuição de alunos por idade, género, local de residência, para verificar qual o grau de heterogeneidade dos alunos e entender o seu relacionamento para desta forma proceder à formação de grupos;

 A constituição do agregado familiar, nomeadamente a sua composição, a idade dos pais, ausência ou falecimento dos pais, profissão e número de irmãos, que me permite perceber o apoio que a família presta aos alunos;

 Os principais problemas de saúde dos alunos, que poderá implicar uma restruturação no planeamento das aulas e hábitos de higiene;

 A rotina diária dos alunos, no que concerne às horas de levantar, de deitar, a proximidade a que vivem da escola, o meio de transporte para a escola, e o tempo médio que demoram pode indicar o grau de proximidade dos encarregados de educação dos encarregados de educação e, ter consequências no rigor horário das aulas de Educação Física;

 Hábitos alimentares dos alunos, número de refeições diárias e local de almoço antes ou depois da aula de Educação Física;

 A vida escolar, no que diz respeito ao número de reprovações, e a disciplina que mais gosta, para eu perceber qual o grau de motivação de alguns alunos.

 E por último, de que forma a disciplina de Educação é vista pelos alunos, questionando-os sobre o seu gquestionando-osto pela mesma, as modalidades que tiveram mais dificuldades até este ano letivo e os hábitos de prática de atividade física. Os dados recolhidos vão ter implicações ao nível do planeamento das aulas, permitindo-me deduzir o nível médio de capacidade motora da turma e saber que modalidades, vou ter que ter uma abordagem mais cautelosa para tentar evitar alguns preconceitos que possam existir.

QUESTIONÁRIO SOCIOMÉTRICO

O questionário tem como objetivo verificar a natureza e a dimensão das relações interpessoais atendendo aos sentimentos recíprocos ou de hostilidade entre os elementos da turma.

OBJETIVOS GERAIS

 Cooperar para uma maior coesão entre os elementos da turma, e desta forma aumentar o seu rendimento desportivo e a dinâmica de grupo.

(27)

20

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Verificar as relações interpessoais que se estabelecem entre os membros da turma.

 Implementar um sistema de intervenção psicológica que permita melhorar as relações interpessoais dos alunos.

Este estudo tem também como objetivo identificar um possível líder de turma e em quem a turma confie, e os alunos rejeitados ou quem não confiam e as possíveis causas da rejeição.

Deste modo, tenho como objetivo conseguir ter um conhecimento mais aprofundado da turma 8ºB, e em concordância com esta realidade adotar estratégias mais adequadas para intervir no processo Ensino – Aprendizagem.

Metodologia AMOSTRA

Este estudo teve como população-alvo os alunos da turma do 8ºB da Escola Secundária de Celorico de Basto. A amostra é constituída por 16 elementos (7 indivíduos do sexo feminino e 9 do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos (em 21 de Setembro de 2012).

2.2.Instrumentos

Para a recolha de dados foi utilizado um questionário individual de caracterização biográfica e um questionário sociométrico (anexo III). Dentro deste, os dados pertinentes às conclusões pedagógicas foram agrupadas em 6 temas específicos, sendo:

 Identificação dos alunos o Género

o Idade

o Local de residência

 Situação familiar

o Composição do agregado familiar o Número de irmãos

 Saúde/Hábitos de Higiene o Problemas de saúde

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21

o Medicação regular

o Prática impossibilitada/condicionada o Banho

 Rotina Diária/Deslocação para a escola o Horário de levantar

o Horário de deitar

 Nutrição

o Refeições diárias

o Almoço em tempo de aulas

 Vida escolar o Reprovações o Disciplina preferida o Disciplina que menos gosta

 Educação física/ atividades desportivas o Interesse pela disciplina

o Modalidades preferidas

o Modalidades em que sentiram maiores dificuldades o Modalidades que deram em anos anteriores

o Pratica/praticou alguma modalidade federada/Tempo de prática/frequência

Relativamente ao parâmetro sociométrico, foi realizado um questionário. Foram selecionadas duas questões, uma questão de trabalho e uma questão de lazer, ambas com preferência e rejeição. Tendo em conta os objetivos foram escolhidas as seguintes perguntas:

 Escolhe três colegas com quem gostarias de fazer um trabalho de grupo/ três colegas com quem não gostarias de fazer um trabalho de grupo.

Escolhe três colegas da turma a quem contarias um segredo/ Escolhe três colegas da turma a quem não contarias um segredo

.

2.2.1. Procedimentos

Recolha dos Dados

O preenchimento dos questionários foi realizado no início do período, mais concretamente no dia 21 de Setembro às 15:10 no início da aula de Educação Física. Foram concedidos vinte minutos para os alunos procederem à sua realização. A professora forneceu uma explicação inicial, advertindo que o questionário servia para a realização de um estudo da turma por parte do Núcleo de Estágio, estando os dados sujeitos a tratamento sigiloso e sua utilização restrita à

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22

documentação de avaliação da professora estagiária. O questionário foi entregue sem ser lido em voz alta. Os alunos à medida que preenchiam o questionário foram colocando dúvidas e a clarificação das mesmas foi dada individualmente. Durante este procedimento os alunos estiveram sentados no banco e apesar de estarem 5 professores tornou-se impossível evitar a partilha de informações entre os alunos.

Tratamento de Dados

Os dados recolhidos foram tratados na folha de cálculo do “Microsoft Excel” e são apresentados em seguida expressos em valor absoluto, sob a forma de representação gráfica dos parâmetros avaliados, salvo em caso de uniformidade total de respostas. Alguns indicadores surgem expressos em termos percentuais, para realçar a sua expressão no total de alunos da turma, ou ainda em valor máximo, mínimo e média das ocorrências, salientando o intervalo de respostas obtidas ou o perfil global da turma.

2.2.2. Relatório e Conclusões

Com o presente estudo procurou-se identificar as principais áreas de intervenção com o objetivo de maximizar o processo ensino-aprendizagem, através das estratégias referidas anteriormente para a resolver os problemas.

As conclusões que retirei deste estudo têm como propósito apresentar um conjunto de soluções para os problemas detetados. Detetado o problema e a sua causa, intervém-se de forma pedagógica para melhorar a prestação do aluno.

As conclusões pedagógicas foram as seguintes:

 Devido à turma ser heterogénea, a escolha dos grupos deverá ser feita de forma criteriosa recorrendo matriz sociométrica para evitar a exclusão de elementos do sexo masculino;

 Implementar estratégias que reforcem o espirito de equipa, coesão da turma e cooperação e eliminação de atitudes individualistas e intolerantes;

 Realizar atividades para fortalecer as relações interpessoais;

 Realizar um questionário para perceber se o facto de ser filho único, mais novo ou mais velho influencia o aproveitamento escolar;

 É necessário todos os meses questionar quantas horas dormem e alertá-los que pode influenciar negativamente no seu aproveitamento;

 É necessário falar com os alunos que não realizam o lanche da manha se existem fatores de ordem económica que os impossibilita de o realizarem. Sensibilizar para a

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importância de realizar todas as refeições para evitar que tenham fraqueza e baixa produtividade nas aulas;

 Como a maioria dos alunos referiu que Educação Física é a disciplina preferida, poderá ser um bom indicador da predisposição e motivação que terão a realizar as aulas;

 Como a maioria dos alunos manifesta muito interesse e algum interesse nas aulas de Educação Física não existirão entraves na lecionação das aulas;

 Quando lecionar alguma modalidade que os alunos se sintam desmotivados procurarei motivá-los referindo que no final do ano se irá realizar um torneio inter-turmas no qual irei escolher as equipas e fica a cargo dos alunos o nome da equipa. Paralelamente a esta atividade irei dar no final do ano letivo uma aula de desporto adaptado de voleibol, basquetebol ou andebol para eles perceberem que se as pessoas com deficiência conseguem atingir o sucesso apesar das limitações também eles conseguirão.

 Para motivar os alunos que já praticaram ou praticam alguma modalidade desportiva, criar diferentes níveis de dificuldades nos exercícios para que todos possam ter sucesso e melhorar a sua performance.

 Os alunos que praticam ou praticaram desporto federado poderão estar mais motivados nas aulas de educação Física.

Desta forma será importante definir diferentes graus de aprendizagem, elogiar o empenho e o esforço de todos os alunos para que estes se mantenham motivados. Por último, realizar atividades que permitam aumentar a coesão e cooperação entre os elementos da turma.

2.3.Atividades na Escola

O núcleo de estágio participou ativamente em diversas atividades como organizadores e colaboradores de alguns eventos desportivos.

As atividades tiveram como objetivos: promover o espírito de equipa e “fairplay”; promover hábitos de vida saudável; ocupação dos tempos livres com atividades desportivas e motivar os alunos para a prática das mesmas.

Tivemos um papel determinante no Corta-mato escolar, Torneio de “Compail Air” 3x3 e “Encontros de Basto”. Com estas atividades tivemos a oportunidade de perceber como funcionavam os aspetos logísticos e recursos humanos. É de extrema importância planear com antecedência e atribuir funções de forma a garantir o sucesso das atividades. As equipas de Voleibol Feminino e de Futsal iniciados masculinos demonstraram grande qualidade e espírito de equipa ganhando a maioria dos jogos.

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Nas atividades: Corta-Mato distrital de Braga e “Compal Air” Regional tivemos funções de colaboração. Foi possível perceber que atividades destas requerem muita responsabilidade porque temos muitos alunos e cabe-nos a nós resolver os problemas que forem surgindo. Estas atividades serviram para a nossa integração na escola e para percebermos o impacto educativo e social da participação nas atividades fora da escola.

Como o meu orientador ficou responsável pela equipa de Futsal Iniciados Masculinos, tive o privilégio de perceber a dinâmica do Desporto Escolar bem como os seus objetivos.

Como ex-praticante desta modalidade não tive grandes dificuldades em treiná-los e foram de extrema importância porque pude percepcionar que o papel do treinador é muito diferente de um jogador e que o futsal federado é diferente do DE. Como praticantes de uma modalidade podemos realizar corretamente os gestos técnicos e mesmo compreender as táticas, no entanto como treinadores temos de ter o completo domínio dos conteúdos e saber como transmiti-los.

Os treinos tiveram início em Setembro e como forma de perceber as dificuldades dos alunos realizamos jogo formal. As principais dificuldades detetadas foram em termos defensivos e no ataque organizado. De forma a colmatar essas falhas procurou-se realizar situações de superioridade numérica durante os treinos, jogos reduzidos, condicionantes, aperfeiçoar o passe e o remate e por último tentar introduzir algumas noções táticas. Em todos os treinos condicionamos o número de toques a dar na bola porque o fusal é um jogo dinâmico e rápido o que permitiu aumentar a competitividade, espírito de entreajuda e a concentração.

Na formação das equipas tínhamos a procupação de criar equipas equilibradas para os alunos menos habilidosos poderem evoluir e para os mais fortes se sentissem motivados.

O primeiro encontro realizou-se em Gandarela de Basto. Não pude comparecer ao jogo, no entanto a equipa goleou a equipa adversária e os alunos, apesar de se mostrarem motivados e terem a ambição de ganhar, respeitaram sempre a equipa adversária demonstrando farplay. O segundo encontro decorreu na Escola Básica e Secundária de Mondim de Basto. Foi um jogo bastante disputado até ao final e acabamos por perder 1-0 nos últimos minutos. No final do jogo houveram incidentes entre os nossos atletas e a equipa adversária, mas os docentes de ambas as escolas conseguiram acalmar os ânimos.

O terceiro encontro foi em Cabeceiras de Basto, tivemos dois jogos: o primeiro jogo foi contra Cabeceiras e o segundo contra Cerva sendo que era a última oportunidade que tínhamos para ir aos distritais. Perdemos os dois jogos e as ilações que tiramos foram que as outras equipas eram

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25

mais organizadas tanto ofensiva como defensivamente e possuíam equipas mais fortes coletivamente.

Como forma de encerrar a época realizaram-se dois jogos na Escola Básica e Secundária de Celorico. Jogamos contra a Cabeceiras e Mondim de Basto sendo recompensado o esforço da equipa que brilhantemente ganhou os dois jogos.

A experiência vivida no Desporto Escolar serviu para reforçar ainda mais o gosto pela modalidade permitindo a minha evolução bem como da equipa. Inicialmente foi difícil perceber que independentemente dos resultados todos os alunos teriam de jogar porque para alguns alunos é a única oportunidade que tinham para competir. Mas foi importante porque exigiu mais de mim como treinadora procurando transmitir ao máximo motivação, espírito de equipa e vontade de vencer. É de enaltecer o trabalho realizado pelos alunos e a força que eles me deram tornando-me uma treinadora mais competente e humilde.

BECA (Bastinhos Escola Clube de Andebol)

Os Bastinhos Escola Clube de Andebol é um clube escola que foi formado pela enorme paixão que o nosso orientador João Varejão tinha pelo andebol.

A criação deste clube possibilitou a descoberta de novos talentos na escola e a prática em horário escolar.

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26

O BECA contou com a colaboração do núcleo de estágio que participou ativamente em todas as atividades desde treinos, organização de eventos, torneios e campeonato regional de Minis. O BECA possibilitou ainda que os alunos mais velhos estivessem envolvidos na Direção do clube permitindo que estes tivessem maior responsabilidade. Alguns eventos realizados na escola permitiram uma maior envolvência da comunidade escolar.

Direção de Turma

Durante este ano letivo tive a oportunidade de perceber o papel do Diretor de turma, sendo este o elo de ligação entre a escola e a família.

Foi importante participarmos nas reuniões do conselho de turma e com os encarregados de educação para conseguir resolver alguns problemas e permitiu maior proximidade com a turma. Eramos responsáveis por auxiliar o diretor de turma na preparação e coordenação das reuniões do Conselho de Turma.

Todas as semanas atualizávamos o registo de faltas no programa definido para o efeito. Sempre que necessário, as faltas existentes eram comunicadas aos respetivos encarregados de educação pelos meios competentes legais em vigor.

No final de cada período procedíamos à realização dos registos de avaliação, os quais permitiam ao encarregado de educação ter acesso ao comportamento, assiduidade e aproveitamento escolar. Após verificarmos os que tinham nível inferior a 3, os professores das disciplinas em questão enviavam o plano de acompanhamento para essas mesmas disciplinas. Os planos de acompanhamento tinham as dificuldades que os alunos apresentavam e sugeriam estratégias para melhoria das mesmas. É fundamental referir que o diretor de turma comunicava aos encarregados de educação os alunos que tinham plano de acompanhamento e as razões para tal. Durante o ano letivo arquivamos todos os documentos (Planos de Acompanhamento Pedagógico, Registos de Avaliação, Apoios e Complementos Educativos) relativos ao processo individual de cada aluno.

3.Tarefas de Estágio de Extensão à Comunidade

3.1. Acção de Formação (Comunicação no Congresso “ A Escola, Hoje!”)

A ação de formação “A Escola Hoje”, surge como um momento de avaliação do trabalho científico:” Alterações na capacidade de Flexibilidade após um programa de intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos de idade”, realizado na

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serve também como forma de preparação dos estagiários para a apresentação do Relatório Final de Estágio.

3.1.1. Tema desenvolvido (justificação)

A escolha da flexibilidade deveu-se essencialmente pela pouca valorização do desenvolvimento das capacidades motoras na escola. Porque considero que se em todas as aulas desenvolvermos uma das capacidades motoras podemos potenciar os gestos técnicos. Para além disso se não desenvolvermos as capacidades motoras na infância não vamos conseguir realizar certos movimentos na idade adulta como apertar os cordões ou mesmo para as senhoras idosas apertar o soutien.

3.1.2. Estratégias de apresentação

 Como estratégias de apresentação optei por fazer um power point colorido e atrativo com imagens para manter o público concentrado na preleção. Pouco texto nos slides para não ser maçador e para a preletora ter um maior contacto visual com o público.

Figura 2 – Apresentação do Artigo

 Utilizar linguagem clara e simples recorrendo a exemplos do dia-a-dia para maior perceção por parte do público.

 Projeção da voz e variação da mesma para prender a atenção dos presentes.

3.1.3. Relatório (resultados)

A ação de formação superou todas as expectativas e alguns trabalhos vieram corroborar a ideia de que é possível desenvolver todas as capacidades motoras na escola, em particular a flexibilidade. Os exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade podem ser aplicados de forma simples em todas as aulas, mesmo sem ter grandes recursos. A utilização de uma amostra maior e criação de um grupo de controlo serão importantes para obtermos uma maior fiabilidade dos resultados.

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Conclusão

Este relatório teve como objetivo refletir e descrever todo o trabalho desenvolvido durante o Estágio, na Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto, mais concretamente no 8ºB.

Concluído o Estágio, posso afirmar que foi um ano de aperfeiçoamento tanto para mim, que pude aprender novas modalidades e aprender novas estratégias para melhoramento do processo ensino-aprendizagem, como para os alunos que apesar das dificuldades evidenciadas na maioria das modalidades quer a nível motor quer a nível teórico acabaram por evidenciar melhorias.

No início tive algumas dificuldades, principalmente na gestão do tempo de aula e controlo da turma. Essas falhas foram colmatadas com as intervenções que obtive do meu orientador e colegas de estágio. Devo realçar que foi muito fácil trabalhar na Escola Básica e Secundária de Celorico, o excelente clima vivido na escola e no núcleo de estágio, desde o início promovido pelo orientador fez com que o tempo passa-se e nem dessemos conta que já estava a chegar ao fim.

Considero que atingi os objetivos definidos para este estágio, superando as expectativas em alguns casos. No entanto, tenho a plena consciência que apesar de ter adquirido novas competências e de este estágio ser o alicerce da ação como docente que ainda tenho muito para progredir e dificuldades para superar mas tudo faz parte do processo evolutivo do ser humano. O estágio pedagógico veio reforçar a importância da formação contínua, sendo determinante para o sucesso como futuros docentes.

A frase a baixo referida resume este ano letivo:

“A vida é como uma tela onde somos o pintor delineamos a vida seja da maneira que for”.

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Alterações na capacidade de Flexibilidade após um programa de intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos de idade.

Verónica Gonçalves João Varejão José Ferrinha Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Resumo – O presente estudo pretendeu verificar se um ou dois estímulos semanais de desenvolvimento da flexibilidade (10 minutos cada) durante as aulas de Educação Física são suficientes para alterar os valores iniciais em alunos do 8º ano e 11ºano, fazendo uma comparação entre géneros. A amostra é constituída por 38 indivíduos, dos quais 21 do sexo feminino e 17 do masculino, com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos. Além do peso e estatura foi avaliada a flexibilidade através do teste sentar e alcançar modificado. Foi utilizado o teste de Wilcoxon para análise das diferenças entre pré e pós-teste e o teste de Kruskal Wallis para as diferenças entre géneros, considerando sempre o nível de significância de p≤0,05. Os resultados indicaram que houve um aumento significativo dos níveis de flexibilidade em ambos os géneros do 8º ano e apenas no género masculino do 11º ano. Analisando a correlação entre todas as variáveis observámos no sexo feminino do 11º ano uma associação positiva entre o peso e a flexibilidade no pré-teste (r=0,783; p=0,003). O método proposto foi suficiente para aumentar os níveis de flexibilidade; no entanto, um estímulo semanal torna-se escasso para indivíduos do 11ºano.

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32

Abstract - The present study aimed to verify whether one or two weekly stimuli of flexibility development (10 minutes each) during Physical Education classes are sufficient to change the initial values in 8th grade and 11th grade students, making a comparison between genders. The sample consists of 38 individuals, including 21 females and 17 males, aged between 13 and 21 years old. Besides weight and height, flexibility was assessed by a modified sit and reach test. The Wilcoxon test was used to analyze the differences between pre- and post-test and the Kruskal Wallis test for gender differences, always considering the significance level of p ≤ 0.05.

The results indicated that there was a significant increase in levels of flexibility in both 8th grade students’ genders and only in males of the 11th grade. Analyzing the correlation between all the variables, in the 11th grade females a positive association between weight and flexibility

in the pre-test was observed (r = 0.783, p = 0.003). The proposed method was sufficient to increase the levels of flexibility. However, a weekly stimulus becomes scarce for individuals of the 11th grade.

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33

Introdução

O estilo de vida tipicamente sedentário e outros comportamentos de risco têm sido considerados determinantes para comprometer a saúde de adultos, crianças e adolescentes de ambos os géneros, em diversas faixas etárias, como o consumo de álcool e cigarros, alimentação rica em gorduras bem como stress emocional. (Orsano, Lopes, Andrade, e Prestes, (2011)) Embora não apresentem qualquer tipo de doença na adolescência, os hábitos adotados poderão ter consequências na idade adulta.

Desta forma, a Educação Física surge tendo como principal objetivo a promoção de hábitos de vida saudáveis, para a melhoria da qualidade de vida, saúde e bem-estar.

Nas aulas de Educação Física os professores preocupam-se essencialmente com o cumprimento dos programas, dedicando em alguns casos, pouco tempo ao desenvolvimento das capacidades motoras. Assim, de forma a melhorar a aptidão física, bem como o aperfeiçoamento da técnica, torna-se importante o desenvolvimento destas capacidades.

A flexibilidade é unanimemente reconhecida como uma das mais importantes componentes da aptidão física e alguns testes de flexibilidade estão inseridos nas principais baterias de avaliação da aptidão física, quer associada à performance, quer à saúde

(

Carvalho, Paula, Azevedo, e Nóbrega, (1998);

Silva, Santos, e Oliveira, 2006;

Cruz, Silva, Dantas, Junior, e Nagem, (2010)

e

Coledam, Arruda, e Oliveira, (2012).

Tirloni, Belchior, Carvalho, e Reis, (2008); Voigt et al. (2007) e Voigt et al. (2011), referem que a flexibilidade é caracterizada pela habilidade de uma única articulação ou uma série de articulações, movimentam-se com amplitude de movimento (ADM), de maneira confortável, livre de dor e restrições, enquanto um conjunto de componentes – tecido conjuntivo, tendão, ligamentos, cápsula articular, músculo e pele – alongam-se. A amplitude de movimento articular pode ser considerada um dos fatores determinantes para a eficácia na execução dos diferentes movimentos envolvidos na realização das atividades da vida diária. A mobilidade adequada dos tecidos moles e articulações é fator preponderante na prevenção de lesões.

Alguns fatores como o género, a idade, temperatura corporal e estado de treino podem influenciar diretamente a capacidade de flexibilidade (Alter, 1999), a qual também pode ser condicionada por fatores externos como a hora do dia (pela manhã a flexibilidade é menor), a temperatura (no frio a flexibilidade tende a reduzir) e o exercício, por influenciar diretamente os componentes plásticos e elásticos do músculo. O genótipo da pessoa também interfere: algumas pessoas possuem uma flexibilidade fraca e, por mais que se submetam a treinamentos, melhoram muito pouco, enquanto outras já nascem flexíveis demais (Rassilan e Guerra, 2006).

Com este estudo pretendemos: 1) Verificar se há alterações significativas nos níveis de flexibilidade nos alunos do 8º e 11º ano após um período de dois meses de intervenção, com um

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34

e dois estímulos de 10 minutos semanais (11º e 8º ano respetivamente), dedicado ao desenvolvimento dessa capacidade; 2) Verificar se há alterações significativas em função dos géneros e tentar encontrar possíveis explicações.

(42)

35

Metodologia

Amostra

No estudo participaram 38 indivíduos (17 do género masculino, 21 do género feminino) do 8º e 11º, alunos da Escola Secundária de Celorico de Basto, com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos.

Quadro 2 – Caracterização da Amostra

Género Idade

Total Fem Masc Mín Máx

8º B 16 9 7 13 15

11ª TRB 22 12 10 16 21

Total 38 21 17 13 21

Este trabalho foi aprovado pelo Comité de Ética em Pesquisa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Procedimentos

Avaliações

Os alunos foram submetidos a uma avaliação do peso, estatura e flexibilidade antes e depois do período de intervenção. O pré-teste foi realizado dia 11 de Janeiro de 2013 e o pós-teste no dia 15 de Março de 2013. A professora forneceu uma explicação inicial, advertindo que durante o presente período escolar nas aulas de Educação Física seriam realizados testes, medidas e aplicados exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade.

A avaliação do peso foi efetuada com os alunos descalços e apenas uma peça de roupa no tronco e pernas. A estatura foi medida com os alunos igualmente descalços e em posição anatómica. A flexibilidade foi avaliada através do teste sentar e alcançar modificado, de acordo com o protocolo proposto por Hopkins e Hoeger (1992).

Imagem

Figura 1 – BECA e equipa técnica
Figura 2 – Apresentação do Artigo
Tabela 1 - Estatística descritiva de todas as variáveis observadas e valor de p para o teste de  Wilcoxon, relativamente ao sexo feminino do 8º ano.
Tabela 3- Análise da significância das diferenças observadas entre género do pré-teste e pós- pós-teste no 8º ano e o valor de p para o pós-teste de KrusKall Wallis
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