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Incremento da receita tributária do IPTU através do recadastramento imobiliário do município de Santa Cruz

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ- CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS - DCSH CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RUANN PABLO DOS SANTOS

INCREMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA DO IPTU ATRAVÉS DO RECADASTRAMENTO IMOBILIÁRIO DO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ

Currais Novos/RN 2018

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RUANN PABLO DOS SANTOS

INCREMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA DO IPTU ATRAVÉS DO RECADASTRAMENTO IMOBILIÁRIO DO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ

Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de

Especialização em

Administração Pública da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, campus Curais Novos, para obtenção do título de Especialista.

Orientador: Dra. Andrea Cristina Santos De Jesus

Currais Novos/RN 2018

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA Santos, Ruann Pablo dos.

Incremento da receita tributária do IPTU através do recadastramento imobiliário do município de Santa Cruz/ Ruann Pablo dos Santos. - 2017.

16f.: il.

Monografia (Especialização em Administração Pública) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas, Currais Novos/RN, 2017.

Orientador: Profa. Dra. Andréa Cristina Santos de Jesus.

1. Gestão pública – Projeto. 2. Recadastramento tributário – Projeto. 3. Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) - Projeto. 4. Fiscalização - Projeto. I. Jesus, Andréa Cristina Santos de. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

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TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Declaro, para todos os fins de Direito e que se fizerem necessários, que assumo total responsabilidade pelo material aqui apresentado, isentando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, a Coordenação do Curso, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do aporte ideológico empregado ao mesmo.

Conforme estabelece o Código Penal Brasileiro, concernente aos crimes contra a propriedade intelectual o artigo n.º 184 – afirma que: Violar direito autoral:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, consignam, respectivamente:

§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).

§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no país, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.

Diante do que apresenta o artigo n.º 184 do Código Penal Brasileiro, estou ciente que poderei responder civil, criminalmente e/ou administrativamente, caso seja comprovado plágio integral ou parcial do trabalho.

Currais Novos-RN, 15 de janeiro de 2018.

________________________________ Ruann Pablo dos Santos

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RESUMO

O presente trabalho busca propor um projeto de intervenção na secretaria municipal de tributação e arrecadação do município de Santa Cruz-RN, este como um dos muitos municípios do país que passam por problemas fiscais, necessitam de novas fontes de receitas para custearem os serviços púbicos, por sua vez a maioria dos municípios não exploram totalmente o seu poder de tributar, deixando de cobrar adequadamente impostos que são fontes salutares de receita. Por esse cenário o projeto de intervenção aborda a ineficiência com que o município de Santa Cruz gere a arrecadação e a fiscalização do IPTU, imposto de suma importância que compõe a receita própria, assim, a partir da constatação dos fatos que levam a essa ineficiência foram propostas a contração de empresa especializada, através de licitação, para que a mesma faça o levantamento e a atualização dos dados cadastrais dos imóveis do município e a contratação de servidores, mediante concurso público, para que haja uma atividade fiscalizatória ostensiva e constante. Desse modo o município passará a ter um maior controle das atividades relativas a arrecadação do IPTU, em consequência haverá um aumento da receita tributária municipal que contribuirá para a melhoria dos serviços públicos que são oferecidos à população.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ... 9 2.1 Perfil Organizacional ... 9 2.2 Diagnóstico Institucional ... 10 3 OBJETIVOS ... 11 3.1 Objetivo Geral ... 11 3.2 Objetivos Específicos ... 11 4 PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO ... 11 4.1 Metodologia de intervenção ... 13

4.2 Análise SWOT da Secretaria de Arrecadação e Tributação... 13

4.3 Apresentação do método/ferramenta ... 14

4.4 Cronograma de intervenção ... 16

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 16

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7 1 INTRODUÇÃO

O presente projeto de intervenção tem como objetivo propor o recadastramento imobiliário como forma de incremento da receita tributária do município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, visto que o momento em que o país atravessa, que é de grande calamidade na seara fiscal e orçamentária, nos traz a reflexão sobre a grande dependência dos municípios com relação aos repasses a níveis federal e estadual, que cada vez mais diminuem os montantes destinados ao fundos de participação dos municípios e aos demais fundos que impactam diretamente na execução das atividades municipais. Extremamente dependentes desses repasses os municípios, principalmente os de pequeno porte, sempre praticaram a renúncia fiscal de seus próprios tributos, devido à abonança dos repasses federais advindos de uma economia aquecida e bastante arrecadatória, esses municípios foram relapsos ao atuar como poder tributante, a falta de acompanhamento do crescimento habitacional para Carvalho Jr (2006) implica no desconhecimento real da cidade, que prejudica a execução de políticas públicas e inviabiliza a tributação imobiliária de imóveis e áreas não cadastradas ou omissas no cadastro imobiliário municipal. Como efeito desse descompasso entre o real e o que é efetivamente de conhecimento do poder público:

A modificação, mesmo que mínima, seja na alíquota ou na base de cálculo, acaba por refletir diretamente no valor devido pelo contribuinte. E, quando essa modificação minorar a obrigação fiscal de certos e determinados contribuintes, haverá renúncia de receita encampada pelo art. 14 da Lei de Responsabilidade. (MARTINS, 2013, p. 8)

Partindo desse cenário, em que a realidade no município de Santa Cruz é a mesma, os repasses estão cada vez mais diminutos, e a arrecadação própria é mínima com relação à receita total do município. Por isso, o presente trabalho almeja propor uma melhoria no processo de arrecadação dos tributos de competência deste ente federativo, buscando traçar uma visão da realidade para que se possa criar um processo que melhore a eficiência da estrutura arrecadatória do município em questão. Dentre os tributos municipais o IPTU, Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, é de competência dos municípios, conferidos a estes pela Constituição Federal em seu art. 156, I, enquanto o Código Tributário Nacional (lei 5.172/1966) em

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8 seus artigos de 32 a 34 definem as normas gerais sobre o referido imposto. Na seara legislativa do município de Santa Cruz, o referido tributo é regido pela lei complementar n° 16/2011. Esse imposto é para a maioria dos municípios a maior fonte de arrecadação de receita própria, a sua melhor arrecadação pode conferir ao poder público municipal um crescimento em suas receitas e o consequente aumento do poder de investimento no município para aumentar o bem-estar da sociedade.

Acontece que devido a omissão de muitos governos, a arrecadação com o IPTU foi perdendo força, mesmo com a expansão territorial urbana, em que novas habitações foram edificadas, ampliadas ou reformadas, assim como os novos loteamentos de terras surgiram sem o devido acompanhamento por parte do poder público, gerando uma defasagem cadastral dos imóveis e terrenos no município. Essa defasagem no cadastro é o que leva a constante queda de arrecadação do IPTU, pois a sua base de cálculo é o valor venal do imóvel, ou seja, é o valor estipulado de venda do imóvel. O valor venal em linhas gerais é calculado com base em diversos fatores entre eles: a área construída, o número de pavimentos, o tipo de construção, a conservação, entre outros. Em consequência se o cadastro não estiver atualizado a base de cálculo também não refletirá o real imposto a ser pago.

Diante desses fatos, no município de Santa Cruz o último recadastramento imobiliário se deu no ano de 2001, daquela época para os dias de hoje muitos imóveis, em função do crescimento da cidade e sem uma fiscalização ostensiva, por falta de fiscais, foram construídos, ampliados, modificados e reformados sem o conhecimento do poder público, assim o projeto de intervenção justifica-se pela importância de se atualizar o referido cadastro imobiliário para que se possa preencher essas lacunas advindas da inércia do poder público, assim, consequentemente se elevará a arrecadação municipal e o poder de investimento público, propondo medidas e soluções para a referida atualização.

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9 2 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

2.1 Perfil Organizacional

A instituição escolhida é o município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, mais precisamente o órgão a ser trabalhado é a Secretaria Municipal de Tributação e Arrecadação (SEMUT). A Secretaria Municipal de Tributação e arrecadação é um órgão público vinculado à estrutura administrativa da prefeitura municipal de Santa Cruz conforme a lei complementar nº 007/2009, que dispõe sobre a reestruturação administrativa do poder executivo municipal.

A estrutura organizacional da secretaria, conforme redação abaixo, é definida pelo artigo 30 da lei complementar 007/2009 (SANTA CRUZ, 2009, p. 9).

Art. 30 - À Secretaria Municipal de Tributação e Arrecadação estão subordinados os seguintes órgãos:

 Coordenadoria Administrativa

 Coordenadoria de Tributação e Arrecadação  Coordenadoria da Dívida Ativa

 Subcoordenadoria de Tributação

 Subcoordenadoria de Fiscalização Tributária

 Subcoordenadoria de Fiscalização de Obras de Terceiros  Subcoordenadoria da Dívida Ativa

Quadro 1: organograma da estrutura administrativa

Fonte: Autor Secretário Municipal Coordenadoria Administrativa Coordenadoria de Tributação e Arrecadação Subcoordenadoria de Tributação Subcoordenadoria de Fiscalização Tributária Subcoordenadoria de Fiscalização de Obras de Terceiros Coordenadoria da Dívida Ativa Subcoordenadoria da Dívida Ativa

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10 Atualmente a força de trabalho desta secretaria se resume ao secretário e mais dez servidores, dentre os quais seis são servidores efetivos e quatro de cargos comissio-nados de livre nomeação e exoneração.

Tabela 1: Quadro funcional da Secretaria

Cargo Vínculo Quantidade

Secretário Municipal Comissionado 1

Coordenador de tributação e arrecadação Comissionado 1

Chefe da tributação Comissionado 1

Coordenador da dívida ativa Comissionado 1

Subcoordenador de fiscalização de obras de terceiros Comissionado 1

Fiscal de obras de terceiros Efetivo 1

Agentes administrativos Efetivo 5

Total 11

Fonte: Autor

2.2 Diagnóstico institucional

O município de Santa Cruz, nos últimos anos obteve um crescimento populacional e imobiliário expressivo, utilizando dados do IBGE, verifica-se que no último censo, realizado em 2010, a população era de 35.797 pessoas e a população estimada para o ano de 2016 foi de 39.300 pessoas, um aumento de aproximadamente dez por cento em sua população.

Muito desse crescimento foi desacompanhado pelo poder público que se omitiu do dever de fiscalização, com isso o cadastro imobiliário foi ficando defasado e não se adequando a realidade dos dias atuais. Essa defasagem também reduziu a receita com a arrecadação do imposto, gerando prejuízo aos cofres públicos e também aumentando a injustiça fiscal, pois aqueles que deveriam contribuir com um maior imposto devido, não são onerados da forma correta, já que muitas vezes os imóveis são beneficiados sem a devida atualização do cadastro da prefeitura, assim o imposto devido não reflete a real situação, enquanto aqueles que possuem condições financeiras menos favoráveis acabam pagando um imposto no mesmo patamar de

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11 preço de imóveis mais valorizados, assim uns pagam o imposto de forma correta enquanto outros não.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

 Criar mecanismos para aumentar a arrecadação do IPTU no município através do recadastramento tributário.

3.2 Objetivos Específicos

 Preparar uma proposta para atualizar o cadastro imobiliário do município.  Elaborar uma sistemática de atualização desse cadastro.

 Capacitar o corpo funcional para o acompanhamento permanente do ca-dastro.

4 PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO

O IPTU é um tributo de competência dos municípios atribuídos a eles pela constituição federal de 1988, em seu artigo 156, I e § 1°. O código tributário nacional, lei 5.172/66, define as normas gerais sobre o referido imposto, nos seus artigos 32 a 34, trazendo a definição do imposto, o fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes. O artigo 32 do CTN estabelece que:

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a priedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a pro-priedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona ur-bana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

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12 I - Meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - Abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - Escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizá-veis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos apro-vados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à in-dústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior (BRASIL,1966). Dessa forma o IPTU terá como fato gerador a propriedade, o domínio ou a posse de bem imóvel localizado dentro da área urbana do município. O artigo 33 trata da base de cálculo do IPTU, este artigo é descrito da seguinte forma:

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter perma-nente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, ex-ploração, aformoseamento ou comodidade (BRASIL,1966). Segundo o artigo citado acima a base de cálculo é o valor venal do imóvel, mas o que seria o valor venal? Para Sabbag (2014, p.1032) “pode se afirmar que é crível consi-derar tal valor como o preço à vista que o imóvel alcançaria se colocado à venda em condições normais no mercado imobiliário”.

Por fim, o artigo 34 do CTN trata dos contribuintes desse imposto, a redação desse disposto é a seguinte: “Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título” (BRASIL,1966). De acordo com o sentido do artigo “são sujeitos passivos do IPTU o proprietário (pleno, de domínio exclusivo ou na condição de coproprietário), o titular do domínio útil (enfiteuta e usufrutuário) e o possuidor (posse ad usucapionem) ” (SABBAG, 2014, p. 1021). Para Alexandre (2012, p. 616) o proprietário “é quem possui título de domínio devidamente registrado no cartório de registro de imóveis”. O titular de domínio útil “é a pessoa que recebeu do proprietário o direito de usar, gozar e dispor da propriedade, conservando o domínio direto” (ALEXANDRE, 2012, p. 616). Já o termo possuidor é definido pelo código civil no seu artigo 1.196: “Considera-se possuidor todo aquele

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13 que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à proprie-dade” (BRASIL, 2002).

4.1 Metodologia de intervenção

Em virtude do exposto, o processo de atualização cadastral, dentro de um processo mais amplo de diagnóstico do sistema tributário municipal, permite à prefeitura melhorar sua receita e corrigir as injustiças na cobrança de impostos.

Dessa forma, o recadastramento aqui proposto possui como principal objetivo a intro-dução de métodos de avaliação de imóveis que minimizem a injustiça tributária e que permitam à administração municipal potencializar a arrecadação tributária. É realizado um levantamento das medidas dos terrenos e edificações de todos os imóveis da re-gião de análise, calculando-se a área dos terrenos e edificações, além de ser elabo-rado um croqui de cada lote a partir de fotointerpretação de imagens orbitais, aéreas e terrestres, GPS e entrevistas de campo, de forma a contribuir com a justiça fiscal.

4.2 Análise SWOT da Secretaria de Arrecadação e Tributação

Qualquer segmento em que se busque objetivos, requer de seus gestores um plane-jamento estratégico adequado para que se possa atingir um elevado grau de eficiência nas atividades da organização, seja ela pública ou privada. Esse planejamento passa pelo conhecimento intrínseco da organização, como suas forças e também as suas fraquezas, também deve-se levar em conta o conhecimento extrínseco que comtem-pla as variáveis que atuam no lado de fora da organização, as oportunidades e as ameaças. Para Oliveira (2007, p. 17) Planejamento estratégico “é o processo admi-nistrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos - não controláveis - e atuando de forma inovadora e diferenciada”. Uma organização pública também deve realizar um planejamento estratégico, pois ela persegue resultados, sejam lucrativos ou não, para que se possa maximizar a sua eficiência organizacional, assim ela deve considerar as variáveis que afetam o seu cotidiano, tanto as variáveis externas quanto as externas. Essa análise das variáveis é conhecida como análise SWOT, que é um estudo das Forças (Strengths), Fraquezas

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14 (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), sendo definida como:

A identificação das oportunidades e ameaças no ambiente da empresa e a adoção de estimativas de risco para as alternativas estabelecidas. Antes de escolher entre essas alternativas, o executivo deve identificar e avaliar os pontos fortes e os pontos fracos da empresa e sua capacidade real e poten-cial de tirar vantagens das oportunidades percebidas no ambiente, bem como de enfrentar as ameaças. O executivo deve considerar, também, a explicita-ção dos objetivos e das metas a serem alcançados pela empresa, incluindo as maneiras de desenvolver as estratégias e ações necessárias à concreti-zação do processo, respeitando determinadas políticas ou orientações de atuação (OLIVEIRA, 2007, p. 39).

Ao analisar o ambiente da secretaria foi elaborada a seguinte matriz:

FORÇA OPORTUNIDADES

 Legislação atualizada;  Secretaria com estrutura física

adequada;

 Aumento de receita tributária, sem necessidade de participação legislativa;

 Conhecer melhor a área geográfica do município;

 Aumentar a justiça fiscal;

FRAQUEZA AMEAÇAS

 Pouca força de trabalho;

 Baixa capacitação dos servidores na seara tributária;

 Falta de equipamentos;  Falta de veículos;

 Pressão popular contrária ao processo;

4.3 Apresentação do método/ferramenta

Diante das informações apresentadas e ao analisar a situação em que se encontra o cadastro imobiliário do município foi verificada a sua defasagem como instrumento de subsídio as atividades de tributação, como visto a última atualização global desse ca-dastro ocorreu no ano de 2001, desde esse tempo para os dias de hoje, somente atualizações pontuais foram realizadas, essas atualizações se dão basicamente quando o contribuinte comparece a secretaria demandando algum serviço, dessa

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15 forma a secretaria aproveita e realiza a atualização desse imóvel ou terreno. Já aque-les contribuintes que realizam modificações nos imóveis sem conhecimento do poder público acabam por levar vantagem no imposto devido.

Essa falta de acompanhamento do poder público nas obras que são realizadas no município se dá pela falta de servidores que atuem como fiscais de campo, para que haja um acompanhamento constante nas obras do município, hoje o município conta apenas com 1 (um) fiscal de obras de terceiros, número insuficiente para um município com a faixa de 40.000 mil habitantes. Para acompanhar a demanda dos serviços a secretaria utiliza dos agentes administrativos para realizarem as atividades de fiscali-zação, essa prática é claramente um desvio de função.

Para resolver essa situação o presente projeto propõe a realização de concurso pú-blico para provimento de cargo de caráter efetivo para o cargo de Fiscal de Obras de terceiros. Com base em dados obtidos através do site www.fiscaldeposturas.com.br, em relação ao censo que foi realizado em âmbito nacional no ano de 2011 houve a conclusão que seria necessário um fiscal para cada 8.882 habitantes (TOMAELO, 2011). Com base nessa informação o município de Santa Cruz que possui uma popu-lação estimada de 39.300 habitantes necessitaria de quatro a cinco fiscais para o bom desenvolvimento da atividade fiscalizatória. Assim o concurso a ser realizado deveria oferecer de três a quatro vagas, já que atualmente já existe um fiscal lotado na secre-taria.

Outra proposta a ser levantada por esse projeto é a contratação através de processo licitatório de empresa especializada em atividades referentes a realização do recadas-tramento tributário, em que a empresa contratada faça o levantamento de imagens aéreas e terrestres dos imóveis, assim como as suas características e propriedades, que confiram ao cadastro a fiel descrição da realidade. A modalidade de licitação a ser utilizada é a concorrência que é “a modalidade de licitação que se realiza com ampla publicidade para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital” (DI PIETRO, 2010, p.382). O tipo de licitação a ser empregado deverá ser o de menor preço e melhor técnica em conjunto.

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16 4.4 Cronograma de intervenção

O cronograma foi desenvolvido respeitando todos os prazos legais para execução do concurso e da licitação, respeitando os seus tempos mínimos em cada etapa, fazendo com que o processo no geral aconteça durante um ano inteiro e seja bem delineado para que no exercício financeiro seguinte o imposto possa ser lançado com os reajus-tes adequados à realidade.

Etapa Prazo

 Elaboração de edital de concurso público para o provimento dos fiscais de obras de terceiros do município.

 Elaboração do edital de licitação na moda-lidade concorrência para a contratação de empresa especializada em recadastra-mento de imóveis.

01/02/2018 até 28/02/2018

 Divulgação do edital do concurso público até a sua homologação.

 Divulgação do edital da licitação até a ad-judicação do processo licitatório.

01/03/2018 até 30/06/2018

 Execução das atividades pela empresa

vencedora da licitação. 01/07/2018 até 30/11/2018  Fim dos trabalhos da empresa e

disponi-bilidade dos dados recolhidos para o lan-çamento do IPTU do ano seguinte.  Nomeação dos fiscais para que possam

acompanhar e fiscalizar as obras no muni-cípio a partir do fim dos trabalhos da em-presa contratada.

01/12/2018 até 31/12/2018

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O município de Santa Cruz vem apresentando nos últimos tempos um crescimento acelerado da população, dos imóveis, do comércio, da indústria e de outros ramos,

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17 mas a receita tributária não vem acompanhando esse crescimento, fato que é explicado pela falta de interesse de investimento nessa área em tempos atrás, pelo fato dos repasses federais e estaduais suprirem as necessidades dos municípios em outrora. Mas com a derrocada desses repasses, o investimento na arrecadação própria passa a ser a solução para o desafogo financeiro do município.

A secretaria ainda tem um papel pouco relevante diante da sua tamanha importância, fica evidente que houve uma maior preocupação para um melhor aparelhamento deste órgão para que o mesmo possa gerar mais resultados, mas ainda muita coisa precisa ser feita para que a secretaria possa se tornar uma fonte mais abundante de recursos e que esses possam ser usados na criação de qualidade de vida para toda a sociedade.

O recadastramento imobiliário seria a forma de ocorrer esse aumento da receita do município, devido à falta de estrutura da secretaria o cadastro ficou desatualizado, assim o crescimento da receita não acompanhou o crescimento imobiliário, partindo desse cenário o projeto busca propor a atualização do cadastro imobiliário do municí-pio, assim aumentando a arrecadação municipal, para que o poder público tenha mais condições de investimento e melhorar os serviços prestados por ela para a sociedade.

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18 REFERÊNCIAS

ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 6. ed. São Paulo: Método, 2012.

BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em 30 de junho de 2017.

BRASIL. Código de Tributário Nacional. Lei nº 5. 172, de 25 de outubro de 1966. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>. Acesso em 10 de junho de 2017.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso em 10 de junho de 2017.

CARVALHO JR, Pedro Humberto Bruno de. Iptu no brasil: progressividade,

arre-cadação e aspectos extra-fiscais. Brasília, 2006. Disponível em:

<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1251.pdf>. Acesso em: 23 novembro 2017.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARTINS, Marcelo Guerra. Renúncia de receita como gasto

tributá-rio e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Revista Fórum de Direito Financeiro e

Eco-nômico, Belo Horizonte. Ano 2, n. 2, set. 2012 / fev. 2013. Disponível em: < http://www.editoraforum.com.br/ef/wp-content/uploads/2013/10/Direito-Financeiro-Renuncia-de-receita-como-gasto-tributario-e-a-Lei-de-Responsabilidade-Fiscal.pdf>. Acesso em 23 novembro 2017.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, me-todologia e práticas. São Paulo: Atlas, 2007.

SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva,2014. SANTA CRUZ. Lei complementar n° 016/2011, 26 de dezembro de 2011. Atualiza o código Tributário do Município de Santa Cruz/RN. Santa Cruz, 2011.

SANTA CRUZ. Lei complementar nº 007/2009, 25 de março de 2009. Dispõe sobre

a reestruturação administrativa do Poder Executivo do Município de Santa Cruz e dá outras providências. Santa Cruz, 2009.

TOMAELO, Iris. Censo 2011 da Fiscalização de Posturas – Resultados. 2011. Dis-ponível em: <http://www.fiscaldeposturas.com.br/municipal/2011/11/09/fiscal-de-pos-turas-resultado-censo-2011/> Acesso em: 20 dezembro 2017.

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