• Nenhum resultado encontrado

Avaliação do grau de microinfiltração marginal de restaurações classe II, tipo "slot", na junção amelocementária, em molares decíduos, restaurados com cimento de ionômero de vidro fotoativado e resina composta :: estudo in vitro /

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação do grau de microinfiltração marginal de restaurações classe II, tipo "slot", na junção amelocementária, em molares decíduos, restaurados com cimento de ionômero de vidro fotoativado e resina composta :: estudo in vitro /"

Copied!
230
0
0

Texto

(1)

LEDA M A R IA SABARRÓS COELHO

AVALIAÇÃO DO GRAU DE MICROINFILTRAÇÂO MARGINAL DE

RESTAURAÇÕES CLASSE II, TIPO “SLOT”, NA JUNÇÃO

AMELOCEMENTÁRIA,

EM

MOLARES

DECÍDUOS,

RESTAURADOS COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO

FOTOATIVADO E RESINA COMPOSTA:

UM ESTUDO “IN VITRO"

D IS S E R T A Ç Ã O D E M E S T R A D O

FLORIANOPOLIS - SC - BRASIL

1 9 9 9

(2)

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

OPÇÃO ODONTOPEDIATRIA

AVALIAÇÃO DO GRAU DE MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL DE

RESTAURAÇÕES CLASSE II, TIPO “SLOT”, NA JUNÇÃO

AMELOCEMENTÁRIA,

EM

MOLARES

DECÍDUOS,

RESTAURADOS COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO

FOTOATIVADO E RESINA COMPOSTA.

UM ESTUDO “!N VITRO”

LEDA M A R IA SABARROS COELHO

Dissertação apresentada ao Curso de P ó s-

Graduação em Odontologia da Universidade

Federal de Santa Catarina, para obtenção do

tftulo de Mestre em Odontologia, na área de

concentração em Odontopediatria.

PROF. DR. ÉLITO DE ARAÚJO Orientador

FLORIANOPOLIS - SC

(3)

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

OPÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA

ESTA DISSERTAÇAO FOI JULGADA ADEQUADA PARA A OBTENÇÃO DO

TÍTULO DE "MESTRE EM ODONTOLOGIA", APRESENTADA PERANTE A

BANCA EXAMINADORA COMPOSTA POR:

PROF. DR.ORLANDO AYRTON DE TOLEDO

PROF. ^DR. RICARDO DE SOUSA VI

e

I

e

RA

PROF. 'S». ÊÎ.ITO ARAUJO

oKehtador

Florianópolis, 25 de fevereiro de 1999.

SC

(4)

À ex- m i n h a ú nica e m u i t o amada filha p orq u e e la é dela m e s m a e a todas as que indiretamente p a r t i c i p a r e m deste estudo, o m e u amor e c a r i n h o s a gratidão.

(5)

A m o r, tra b a lh o e s a b ed o ria s ã o a s fontes d e n o ssa vida. D e v e ria m ta m b é m g o vern á -la .

(6)

Agradecimentos Especiais

Â

DEUS,

de q u e m fomos todos criados a imagem e semelhança!

A o Professor D r .

Élito Araújo

que me

conduziu com segurança à for m a ç ã o

científica. M eu r e s p e i t o e

consideração!

A o Professor Dr.

Ricardo de Sousa Vieira,

que esteve sempre p r e s e n t e e

c ompree n d e n d o as dificuldades, soube

apoiar, conduzir e auxiliar. M eu

sincero agradecimento!

A o querido e bond o s o P r o f e s s o r D r .

David Tames,

que em u m m o m e n t o

vital, apenas confiou, a g i n d o com

p re s t e z a e precisão. M i n h a e s tima e admiração !

(7)

A g r a d e ç o ao m eu pai

BentO,

p e l o seu

ol h a r carinhoso, ternamente p r e s e n t e

e m m eu coração, o qual tem m e dado

força e coragem para s u p e r a r

adve r s i d a d e s e desafios, com a c e r t e z a de ir em b u s c a sempre do melhor!

A D® Catharina, mi n h a mãe, o b r i g a d a

(8)

AGRADECIMENTOS

À

Universidade Federal de Santa Catarina

que tem r e c e b i d o a todos p r o v e n i e n t e s de o u t r a s Universidades, b r a s i l e i r a s ou não, es p e c i a l m e n t e em Odontologia, p a r a que seja m i n i s t r a d o o a p r endizado da maestria.

A o corpo docente do

Curso de Pós-Graduação e m Odontologia,

opção em

Odontopediatria,

na p e s s o a de seu C o o r d e n a d o r

Pr o fessor D r . Rica r d o de Sousa V i e i r a quero a g r a d e c e r a

experiência, tanto a c a d ê m i c a quan t o científica, à m i m

p r o p o r c i o n a d a .

A o

CNPq

e

CAPES

pe l o a p o i o financeiro pa r a a realização dos

cursos de p ó s - g r a d u a ç ã o no Brasil.

 3M do Brasil, na p e s s o a de A n t o n i o Andreazzi, por q u e m

fomos g e n t i l m e n t e apo i a d o s na c edência do m a t e r i a l

n e c e s s á r i o .

Â

SDI,

que igualmente nos apoiou!

À Professora Dr^ M a r g a r e t h Oda, amável e p e r f e i t a em receber, a c o l hendo os que vêm em b u s c a do saber!

A o Professor Dr. E dmir M a t s o n p e l a reali z a ç ã o do t r a b a l h o e s tatístico e p o r toda a aten ç ã o recebida.

(9)

Ao s Professores Suzana Paulo Souto Gou l a r t e N e l s o n M a k o w i e k y p e l a p a c i ê n c i a e dispo s i ç ã o demonstradas.

Aos Professores Dr^ N a i r a B a r a t i e r i e M á r c i o Corrêa, p e l a b o a vont a d e e dispo n i b i l i d a d e carinhosa!

A o P r o f essor D r . Paulo R e n a t o Corr ê a Glavan!

A o P r o f essor D r . Rogério H i l d e b r a n d da Silva, que nunca n e g o u

u ma explicação!

À P rofessora Dr^ Suene C a l d e i r a de Sena, que soube o uvir e dar o retorno necessário!

 P rofessora E s tera Menezes, o meu muití s s i m o obrigada!

A o Professor Dr. H a m i l t o n M a l a que, a t e ncioso e disposto, esteve sempre ã explicar e e s c l a r e c e r as dúvidas!

A o Professor D r . Clóvis Vieira, minha sincera ad m i r a ç ã o e

r e s p e i t o !

A o P r o f essor A lfr e d o Tames, q ue soube apoiar e confiar!

À Dr^

Magdalena Souto da Silva,

quer i d a

Madinha,

co m o gosto de

chamá-la. M u i t í s s i m o Obrigada!

A o Élito A r a ú j o Júnior, p e l a dispos i ç ã o e boa vontade.

Âs queridas A n a M a r i a F r a n d o l o z o e sua Camilinha, obrigada!

Às b i b l i o t e c á r i a s M a g d a L a n g e Ramos e A n a d e t e Pirolo, p e l a atenção e carinho recebidos.

(10)

 Luciana O l i n a Vidal, pe l o e f i c i e n t e auxílio a m i m prestado!

A o s funcionários A r n a l d o P e d r o s a da Silva e A l d o F. Gomes, da

d i s c i p l i n a de D e n t í s t i c a da USP, que me auxili a r a m com

a t e n ç ã o e paciência.

A o Zulmar O s m a r da C u n h a que foi incansável na reprodução das f o t ografias deste trabalho.

A q u e r i d í s s i m a amiga e irmã R o s a n e K i p p e r Lima, com quem

s e mpre pude contar!

À colega e amiga Liliane Massoni, de qu e m muito tenho

r e c e b i d o i

A o Dr. N i c o l a u Marques, que me i n c e n t i v o u e apoiou!

 C o n c eição de Maria, n ão só pelas três, mas... pelas

i númeras horas de 1er e reler!

Aos meus colegas, alunos do pós-graduação:

À MERCÊS e ao seu JOSÉ ORLANDO, u m terno e carinhoso abraço!

A o MÁRCIO e JOSÉ VITOR, c o m p a n h e i r o s e amigos em todas as

a t i v i d a d e s !

À A N A C L A U D IN A e seus f a m i l i a r e s p e l a atenção dispensadas!

Â

JANAINA e PATRICIA,

que e s t a r ã o sempre presentes!

A o

OTACILIO,

que na m a i o r i a das vezes sente mais e em outras

s a b e mais, mas que acima de tu d o d e seja pa r a si e pa r a os

(11)

m a r g i n a l de r e s t aurações classe II, tipo "slot", na junção

amelocementária, em molares decíduos, restaurados com

c i m e n t o de ionômero de v idro f o t o a t i v a d o e resina co m p o s t a

: um estudo "in vitro". Florianópolis, 1999. 2 3 Op.

D i s s e r t a ç ã o (Mestrado em O d o n t o l o g i a - Á r e a de concentração

e m O d o n t o p e d i a t r i a ) . U n i v e r s i d a d e Federal de Santa

C a t a r i n a .

RESU M O

A p e s q u i s a teve a finalidade de avaliar "in vitro" a

i n f i l t r a ç ã o marginal de r e s t a u r a ç õ e s tipo Classe II, em

"slot", mé s i o - o c l u s a i s e disto-oclusais, com o término da

m a r g e m gengival no limite c e m e n t o d e n t i n á r i o de ses s e n t a

m o l a r e s decíduos superiores e inferiores. A amostra foi

d i v i d i d a aleato r i a m e n t e em seis grupos, onde as cavidades

d i s t o - o c l u s a i s restauradas c o m cimento ionomérico

fotoativado, ser v i r a m como grupo controle.

As v a r iáveis estudadas para as cavidades mésio- o c l u s a i s

foram: avali a ç õ e s no limite a m e l o c e m e n t á r i o onde foram

u t i l i z a d o s três agentes de u n i ã o (um dual e dois

m o n o c o m p o n e n t e s fotoativados) nos g r u p o s A, C e E; avaliações no limite a m e l o c e m e n t á r i o nos g r u p o s B, D e F que re c e b e r a m

c o m o p r o c e d i m e n t o restaurador a técn i c a do "Sandwich"

m o d ificado. Os dentes de todos os grup o s foram restaurados c o m igual resina composta.

Ap ó s p e r m a n e c e r e m a r m azenados em meio úmido p o r uma

semana, os espécimes foram s u b m e t i d o s ã ciclagem térmica,

ime r s o s em sol u ç ã o de nitrato de prata, seccionados e

a v a l i a d o s qua n t i t a t i v a m e n t e quanto ã i n f iltração marginal.

Os resultados m o s t r a r a m que houve d i f e rença

(12)

do t e m p o de condi c i o n a m e n t o ácido e d o agente de união.

A infiltração ma r g i n a l foi m i n i m i z a d a em valo r e s

e s t a t i s t i c a m e n t e significantes q u a n d o se u t i l i z o u a

a s s o c i a ç ã o de cimento ionomérico f o t o a t i v a d o e diferentes

s i s t e m a s adesivos/compósito, pela técn i c a do '■''Sandwich"

modificado. Semelhante r e s ultado foi e n c o n t r a d o no grupo onde foi u t i l i z a d o sistema ades i v o com o m o n ô m e r o h i d r o f í l i c o H E M A

(2-h y d r o x y e t h y l methacrylate) p r e s e n t e em sua formulação,

c o n f o r m e descrito pelo fabricante.

Os resultados mais altos, s o b o p o n t o de vista

estatístico, foram exibidos nos g r u p o s que p r e c o n i z a r a m m a i o r tempo de c o n d i c ionamento ácido e c u j o s e sistemas adesivos

não a p r e s e n t a v a m o m o n ô m e r o h i d r o f í l i c o H E M A em sua

(13)

m a r g i n a l de r e s t a urações classe II, tipo "slot", na j u nção

a m e locementária, em m o l a r e s decíduos, restaurados c o m

c i m e n t o de ionômero de vidro f o t o a t i v a d o e resina c o m p o s t a

: u m estu d o "in vitro". Florianópolis, 1999. 23 Op.

D i s s e r t a ç ã o (Mestrado em O d o n t o l o g i a - Á r e a de c o n c e n t r a ç ã o

em O d o n t o p e d i a t r i a ) . Uni v e r s i d a d e Federal de Santa

C a t a r i n a .

A B S T R A C T

T he re s e a r c h had the pur p o s e to d e t e r m i n e of this "in

vitro" s t u d y the mic r o l e a k a g e of Class II "slot" r e s t orations

(MO and DO cavities) w i t h the gin g i v a l margin into the

d e n t i n - c e m e n t u m junction. The sample c o n s i s t e d of 6 0 u p p e r

and l o w e r p r i m a r y molars, that was r a n d o m l y divided into 6

groups, w h e r e the DO cavities, r e s t o r e d wi t h r e s i n - m o d i f i e d

g l a s s - i o n o m e r cement were consi d e r e d as the "Control Group".

The v a r i a b l e studied of the MO c a v i t i e s on groups A, C

and E w e r e b a s e d on e v a luations of the d e n t i n - c e m e n t u m

junction, where 3 b o n d i n g agents were u s e d (1 dual and 2

single-component) . A n d for the groups B, D and F had, as

r e s t o r a t i v e procedure, the m o d i f i e d "Sandwich" technique. All

teeth of these groups were restored w i t h the same composite

resin.

A f t e r one week stored on a w et envinroment, the

(14)

e v a l uated .

The res u l t s s h owed s t a t i s c a l l y s i g n i f i c a n t differences

among the s i x experimental conditions (MO s u r f a c e s ) , but

dependant b o t h on the time of a c i d - e t c h i n g an d the b o n d i n g

agent used.

The m i c r o l e a k a g e was m i n i m i z e d on stat i s c a l l y

significant v a l u e s when the r e s i n - m o d i f i e d g l a s s - i o n o m e r was associated w i t h different b o n d i n g systems on the m o d i f i e d

"Sandwich" technique. The same result was f o u n d on the g roup

where the b o n d i n g system w i t h the h y d r o p h i l i c agent 2-

h y d r o xyethyl m e t h a c r y l a t e (HEMA) on its c o m p o s i t i o n was used,

as d e s c r i p t i o n s b y the manufacturer.

The e x t e n t of m i c r o l e a k a g e were h i g h e r on the groups

where the b o n d i n g systems did not have the h y d r o p h i l i c H E M A

component (2-hydroxyethyl methacrylate) on its formula, as

descriptions b y the manufacturer, and the time of acid-

(15)

A B S T R A C T ... 013 L I S T A DE F I G U R A S ... XVII L I S T A DE G R Á F I C O S ... XIX L I S T A DE T A B E L A S ... XX 1 INTROD U Ç Ã O ... 021 2 R E V I S Ã O D A L I T E R A T U R A ... 028 2 . 1 SUBSTRATO D E N T I N Á R I O ... 029 2 . 2 PERMEABILIDADE DE N T I N Á R I A ... 0 4 1 2.3 C O N D I C I O N A M E N T O Á C I D O E A D E S Ã O Á D E N T I N A ... 046 2 . 3 . 1 Ca ma da híbrida ... 0 67 2 . 3 . 2 H E M A ... 075

2 . 4 M I C R OINFILTRAÇÃO E MATERIAIS RESTAURADORES ... 08 0 2.5 CIMENTO DE IONÔMERO DE V I D R O ... 109

2 . 6 TÉCNICA DO "SANDWfCH" ... ... 1 2 1 2 . 7 ADESÃO ENTRE CIMENTO DE IONÔMERO DE V I D R O E RESINA C O M P O S T A ... 133 2.8 MÉTODOS DE A V A L I A Ç Ã O D A M ICROI N F I L T R A Ç Ã O ... 136 3 P R O P O S I Ç Ã O ... 142 4 M A T E R I A L E M É T O D O ... 143 4.1 Material ... 144 RESUMO ... 011

(16)

4.1.2 Instrumental ... 145

4.2.Méto d o ... 147

4.2.1 Con s i d e r a ç õ e s gerais ... ... 147

4.2.2 Divisão dos g r upos ... 14 8 4.2.2.1 Cavidades D i s t o - o c l u s a i s - G r u p o Controle ... 148 4. 2. 2. 2 Cavidades M é s i o - o c l u s a i s ... 149 4.2.3. Preparo c a v i t á r i o e p r o c e d i m e n t o s restaur a d o r e s .. 150 4.2.3.1 Preparo c a v i t á r i o ... 150 4.2.3.2 P r o c e d i m e n t o s adesivos e restauradores ... 151 4.2.4. H i d r a t a ç ã o ... 163 4.2.5. I m p e r m e a b i l i z a ç ã o ... 163 4.2.6. Ciclagem t é r m i c a e Infiltração ... 164 4.2.7. S e c c i o n a m e n t o ... 165 4.2.8. F o tografias ... 166 5 RESULTADOS ... 169 6 DI S C U S S Ã O ... 17 6 7 CONCLUSÕES ... 212 8 REFERÊNCIAS B I B L I O G R Á F I C A S ... 213

(17)

F I G U R A 1 A s p e c t o oclusal, d e s t a c a n d o os p reparos c a v i t á r i o s

classe II, tipo "slot", ocluso-mesial e o c l u s o -

distal, r e a l i z a d o s no segundo molar s u p e r i o r

d e c í d u o ... 157

FIGU R A 2 A s p e c t o mesial, d e s t a c a n d o o preparos c a v i t á r i o

classe II, tipo "slot", mésio-oclusal, r e a l i z a d o no

segu n d o m o l a r s uperior decíduo. Detalhe da

co n stricção cervical, no limite amelocementário.

... 157

F I G U R A 3 O b s e r v a r através da face oclusal, o limite do

p r e p a r o c a v i t á r i o realizado na j u n ç ã o

amelocementária, da face mesial do segundo m o l a r

su p e r i o r d e c í d u o ... ... 158

FIGURA 4 A t r a v é s da face oclusal, observar o espaço e x i s t e n t e entre o limite e x terno do preparo cavitário e o

limite da m a t r i z transparente, específica p a r a

molares d e c í d u o s ... 158

F IGU R A 5 D e t a l h e do a s p e c t o da face mesial, após inserção do cime n t o de i o n ô m e r o de v i d r o fotoativado, e s t e n d i d o externamente e e l e v a d o desde o limite da j u n ç ã o

a m e l o c e m e n t á r i a até a m e tade da face mesial do

(18)

F I G U R A 6 Detalhe observado atra v é s face ociusal, destac a n d o o aspecto do cimento de ionômero de vidro f o t o a t i v a d o inserido na face p r o x i m a l mesial, do segundo m o l a r

superior d e c í d u o ... 158

F I G U R A 7 A s p e c t o final da face mesial do segundo m o l a r superior decíduo, d e s t a c a n d o o aspecto da restauração r e a l i z a d a pela técnica do "Sandwich" m o d i f i c a d o ... 159

F I G U R A 8 A s p e c t o final da r e s t a u r a ç ã o r e a lizada com r e s i n a composta, face m e s i a l ... 159

F I G U R A 9 D e s t a c a n d o o asp e c t o final da r e s t a u r a ç ã o concluída, face ociusal do 2° m o l a r decíduo ... 159

F I G U R A 10 Escala de escores de m i c r o i n f i l t r a ç ã o ...167

F I G U R A 11 Escala de escores de m i c r o i n f i l t r a ç ã o ...167

F I G U R A 12 Escala de escores de m i c r o i n f i l t r a ç ã o ...168

(19)

G r á f i c o 1 Freqüência das modas dos valores c o r r e s p o n d e n t e s ao

grau de p e n e t r a ç ã o do evidenciador p a r a as

cavidades da face mesial ... 16 9

G r á f i c o 2 Freqüência das modas dos valores c o r r e s p o n d e n t e s ao

grau de p e n e t r a ç ã o do evidenciador p a r a as

cavidades da face d i s t a i ... 170

(20)

T A B E L A 1 Freqüência das modas dos valores c o r r e s p o n d e n t e s ao

grau de p e n e t r a ç ã o do e v i d e n c i a d ó r p a r a as

cavidades da face m e s i a l ... 169

T A B E L A 2 Freqüência das modas dos valores c o r r e s p o n d e n t e s ao

grau de p e n e t r a ç ã o do e v i d e n c i a d ó r p a r a as

cavidades da face d i s t a i ... 170

T A B E L A 3 V a l o r de K r u s k a l - Wallis para o nível de 0,05 de

signif i c â n c i a ... 172

T A B E L A 4 Comparação entre as médias dos p o stos das

a m o s t r a s ... 172

T A B E L A 5 Média dos p o s t o s das diferentes a m o s t r a s ... 173

T A B E L A 6 V a l o r de K r u s k a l - Wallis para o nível de 0,05 de

(21)

A Odont o l o g i a como p r o m o ç ã o de saúde, p r e v e n t i v a e

r e p a r a d o r a t em evoluído s i g n i f i c a t i v a m e n t e ao se sustentar na

m e l h o r compreensão do p r o c e s s o e t i o l ó g i c o da doença cárie,

m a t e r i a i s adesivos r e stauradores e técnicas utili z a d a s pa r a a

r e c u p e r a ç ã o e manute n ç ã o do ó r g ã o dental (FUSAYAMA, 1997;

KRAMER, FELDENS e ROMANO, 19 97) .

A m u d a n ç a dos modelos c i e n t í f i c o s tem sido acomp a n h a d o

p e l a Odontopediatria, onde o n ú c l e o familiar e a criança como

u m todo, são o foco principal das pe s q u i s a s científicas, p or

s e r e m considerados agentes n o aumento e d iminuição da

p r e v a l ê n c i a da doença cárie (KRAMER, FELDENS e ROMANO, 1997) .

A m a n u t e n ç ã o da d e ntição d e c í d u a até a época de sua

e s f o l i a ç ã o é de fundamental i m p o r t â n c i a p a r a o adequado

d e s e n v o l v i m e n t o do aparelho e s t o m a t o g n á t i c o na criança. É

r esp o n s á v e l pela pos t u r a lingual, labial e e struturas moles qu e en v o l v e m o sistema bucal d i r e t a m e n t e r e l acionado com o da

fala, p o s i c i o n a m e n t o dos d e n t e s p e r m a n e n t e s nos arcos,

c r e s c i m e n t o e d esenvolvimento n o r m a l das estruturas ósseas da

face e m a n u t e n ç ã o harmônica d este c o njunto (TOLEDO, 1996). Nos países onde houve u m g r a n d e decrés c i m o nos níveis

(22)

R e p a r a d o r a e Est é t i c a é ainda n e c e s s á r i a como parte de um

p l a n o de t r a t a m e n t o de p r o m o ç ã o de saúde do paciente como um

t o d o (KRAMER, FELDENS e ROMANO, 19 97), a c o ntecendo o m e s m o em

n o s s o meio (ARAÚJO, MORAES e FOSSATI, 1995).

Esta demanda é de p a r t i c u l a r relevância na p r i m e i r a

dentição, devido em grande parte ao limitado tempo de v i d a do

d e n t e decíduo, sua diferente m o r f o l o g i a e aos variados níve i s

de cooperação do pa c i e n t e infantil (KILPATRICK, 1993;

KLATCHOIAN, 1993; TOLEDO, 1996; A R A Ú J O e FIGUEIREDO, 1998) .

Como a i n t egridade m a rginal na interface entre o

s u b s t r a t o den t á r i o e os difere n t e s materiais restauradores

a d e s i v o s tem importantes implicações clínicas, consideráveis

e s f o r ç o s t em sido feitos pa r a evitar, pr e v e n i r ou m i n i m i z a r a

i n f i l t r a ç ã o marginal, aumentando a p e r m a n ê n c i a das estruturas

d e n t a i s r e s tauradas e recuperadas n a cavidade bucal.

A p a s s a g e m indelével de íons, pigmentos, b a c t é r i a s e suas toxinas na interface d e n t e - r e s t a u r a ç ã o é cons i d e r a d a

c o m o a p r i ncipal causa de falhas na interface

d e n t e / r e s t a u r a ç ã o e responsável p e l a sensibilidade pós-

operatória, m a n c h a m e n t o marginal, cáries recorrentes e

n e c r o s e p u l p a r (COX, 1992; TAYLOR e LYNCH, 1992; COX, 1994).

U m selamento h e r m é t i c o é d e s e jável pa r a evitar os

e f e i t o s ne g a t i v o s da i n f iltração marginal e bacteriana,

f a t o r e s determi n a n t e s das alterações pulpares resultantes em g r a n d e parte dos t r a tamentos restauradores.

(23)

E m 1955, BUONOCORE a briu uma n o v a p e r s p e c t i v a p a r a os

p r o c e d i m e n t o s adesivos r e s t a u r a d o r e s ao aplicar ácido

fo s f ó r i c o no esmalte dental, t o r n a n d o - o mais r e c e p t i v o à

adesão, o quê p o s s i b i l i t o u a r e c u p e r a ç ã o do tecido dental

d a n i f i c a d o ou perd i d o de forma mais conservadora.

D e v e m o s c onsiderar também, que o trata m e n t o

o d o n t o l ó g i c o apesar de se c o n c e n t r a r na boca, envolve a

m a n i p u l a ç ã o da face, parte do corpo p a r t i c u l a r m e n t e

si g n i f i c a t i v a ao ser humano, criança ou adulto. Antes m e s m o

da a q u i s i ç ã o da linguagem, a boca e os músculos faciais se

m o b i l i z a m pa r a e x p r e s s a r e m emoções de alegria, prazer, medo,

dor ou raiva. Os lábios, língua e d e n t e s e s t i mulam e e x i b e m

tanto sensações agradáveis q u a n t o desagradáveis, sendo

u t i l i z a d o s no transcorrer de toda a v i d a p a r a falar, sorrir,

'alimentar e defender (KLATCHOIAN, 1993).

A l é m do importante papel no d e s e m p e n h o das funções

m a s t i g a t ó r i a s , fonéticas e estéticas, danos na e s t r utura

dental im p l i c a m na perda d e f i n i t i v a de sua integridade, com

c o n s e q ü e n t e pre j u í z o destas funções.

Co m o as modernas técnicas r e s t a u r a d o r a s adesivas não

r e q u e r e m remoção de tecido dental sadio, p e r m i t e m a r e tenção

e a e s t a b i l i z a ç ã o dos m a t eriais r e s t a u r a d o r e s nos pre p a r o s

cavitários, b em como uma adequada t r a n s m i s s ã o e d i s t r i b u i ç ã o

dos e s t r e s s e s funcionais nas i n t e r f a c e s dente-restauração,

(24)

e n f r a q u e c i d a s (FUSAYAMA, 1997; V AN MEERBEEK, PERDIGÃO,

L A M B R E C H T S et a l . 1998).

A l iteratura té c n i c o - c i e n t í f i c a es p e c i a l i z a d a t em

e v i d e n c i a d o o quanto a u t i l i z a ç ã o do c o n d i c i o n a m e n t o ácido e

sistemas adesivos em esmalte r e d u z e m c om sucesso a

m i c r o i n f i l t r a ç ã o marginal, resultante de uma efetiva união m i c r o m e c â n i c a entre o material r e s t a u r a d o r e o substrato

d e n t á r i o quim i c a m e n t e condicionado (GWINNETT, 1995;

STURCLEVANT, ROBERSON, HEYMANN, 19 95).

A d e n t i n a huma n a tem sido e s tudada c om pro f u n d i d a d e em

dentes p e r m a n e n t e s quanto a microestrutura, composição,

q u a n t i d a d e dos componentes orgânicos e inorgânicos, líquidos

i ntrí n s e c o s (TROWBRIDGE e KIM, 1995; TORNECK, 1995), p r e s s ã o

hidrostática, p e r m e a b i l i d a d e (PASHLEY, 1987; K A N C A III, 1992;

GWINNETT, 1992; PASHLEY, 1993;) e p r o p r i e d a d e s que são

c o n s i d e r a d o s os p rincipais fatores d e t e r m i n a n t e s em quase todos os p r o c e d i m e n t o s restauradores a d e s i v o s (BAIER, 1992;

M A R S H A L L JR., 1993; PASHLEY, 1993; YAP, PEARSON e STOKES,

1996; TAY, GWI N N E T T e W E I , 1998).

FOSSATI, A R A Ú J O e MORAES (1995), NÔR,FEIGAL, D E N N I S O N

et a l . (1996) a l e rtaram quanto a n e c e s s i d a d e de maiores

c o n h e c i m e n t o s da m o r f o l o g i a e f i s i o l o g i a do substrato

d e n t i n â r i o decíduo p a r a que possa ser da d o maior suporte

(25)

D i f e r e n t e m e n t e do esmalte dentário, que é acelular,

p r e d o m i n a n t e m e n t e m i n e r alizado e com p e r c e n t u a l m í n i m o de

água, a d e n t i n a possui em volume 45% a 50% de cristais de

apatita, a l t o conteúdo o r gânico c om 25% da es t r u t u r a t u b u l a r

preenc h i d a p o r fluídos e p r o c essos o d o n t o b l á s t i c o s . Como seu

conteúdo a q u o s o v a r i a em volume a p r o x i m a d a m e n t e 1% p r ó x i m o ao

limite d e n t i n á r i o e 22% junto â polpa, estes fatores a l é m de

d i f i c u l t a r e m os p r ocedimentos adesivos ã dentina, a u m e n t a m

a c e n t u a d a m e n t e a possibi l i d a d e de m i c r o i n f i l t r a ç ã o m a r g i n a l

entre o s u b s t r a t o d entinário e o m a t e r i a l r e s t a u r a d o r

(GARBEROGLIO e BRÄNNSTRÖM, 1976; TORNECK, 1995; T R O W B R I D E G E e

KIM, 1995).

Amálgama, cimento de ionômero de v i d r o c o n v e ncional e

fotoativado, resinas compostas segu n d o ÖSTLUND, M Ö L L E R e K O C K

(1992), CHRISTENSEN, (1996a) tem sido os m a t e riais

res t a u r a d o r e s mais usados na den t i ç ã o decídua.

Como os cimentos de i o n ômeros de v i d r o

f o t o p o l i m e r i z á v e i s p o s s u e m ótimas p r o p r i e d a d e s físico-

químicas (GLADYS, V AN MEERBEECK, B RAEN et a l . , 1997),

f o t o p o l i m e r i z a ç ã o imediata a s s o ciada a uma reaç ã o ácido-base

típica dos c i m e n t o s convencionais são a m p l a m e n t e indicados em

Dentí s t i c a R e s t a u r a d o r a (McLEAN, 1996; MOUNT, 1996).

Em Odontopediatria, estes materiais são e s p e c i a l m e n t e

indicados pois, além de p r e s e r v a r e m as v a n t a g e n s clínicas dos

(26)

redução da m i c r o i n f i l t r a ç â o devida a p r o p r i e d a d e de adesão

quím i c a em e s m a l t e e dentina, tem como c aracterísticas

desejáveis a b i o c o mpatibilidade, liberação e r e c a rregamento

de íons flúor, tempo de trabalho controlado, facilidade de

manipulação, m e l h o r i a quanto a s e n s i b i l i d a d e ã umidade e

r e s s e camento (VIEIRA, 1991; C ROLL e HELPIN, 1995; ABSOUHALA,

KUGEL, HURLEY, 1996; GLADYS, V A N MEERBEECK, B RAEN et a l .,

1997; KRAMER, FELDENS e ROMANO, 1997; A R A Ú J O e FIGUEIREDO, 1998; NAVARRO e CORRÊA, 1998; TEIXEIRA, 1998).

Nos ú l t i m o s anos, as resinas c o m p o s t a s tem sido

empregadas c o m mais freqüência em r e s t a u r a ç õ e s de dentes e decíduos p o s t e r i o r e s (DONLY, WILD, JENSEN, 1990; FUCKS, H O L A N

EIDELMAN, 1990a; FUCKS, H O L A N e EIDELMAN, 1990b; FAGAN et

al., 1986; F U L L e HOLLANDER, 1993a; FULL e HOLLANDER, 1993b;

CORSETTI, ARAÚJO, GARCIA-GODOY, et a l ., 1998). Porém, a

c o n tração de p o l i m e r i z a ç ã o inerente nos compósitos, a qual

oc orre já no i n í c i o da restauração, tem sido apontada como a

p r i n cipal l i m i t a ç ã o deste material (FULL e HOLLANDER, 1993;

PERDIGÃO, V A N MEERBEECK, L AMBRECHTS et a l . , 1996; DAV I D S O N e

FEILZER, 1997; JEDRYCHOWSKI, B L EIER e CAPUTO, 1998).

Estudos t em demo n s t r a d o que a u t i l i z a ç ã o sistemas

adesivos d e n t i n á r i o s de última g e r a ç ã o (FERRARRI e DAVIDSON,

1996; FERRARI, GORACCI, GARCIA-GODOY, 1997; SWIFT e BAYNE,

1997; EL K A L L A e GARCIA-GODOY, 1998) que p r e c o n i z a m a técnica

(27)

hi d r o fílicos (NAKABAYASHI, 1982; YAP, STOKES, P E A R S O N 1996;

TAY, GWINNETT, WEI, 1998), formação de b a r r e i r a h í b r i d a

resistente à p e n e t r a ç ã o de ácidos, fluídos, b a c t é r i a s e

toxinas tem si d o efetivos na p r e v e n ç ã o e redução da

mi c r o i n f i l t r a ç ã o marginal (NAKABAYASHI, ASHIZAWA, NAKAMURA,

1992; CADROY, B O J e GARCIA-GODOY, 1997; SILVA et a l ., 1998).

Para a v a l i a r e m a capacidade dos m a t e riais r e s t a u r a d o r e s

e m e vitarem e/ou p r e v e n i r e m a m i c r o i n f i l t r a ç ã o marginal, nas

pe s q uisas "in v i v o " e "in vitro", d iversas t é c n i c a s t em sido utili z a d a s como isótopos radioativos, corantes, técnicas de

cáries artificiais, c i c l a g e m térmica, c i c l a g e m mecânica,

m i c r o s c o p i a e l e t r ô n i c a de v a r r edura e outros (RETIF, 1991;

ALANI e TOH, 1997; GALE e DARVELL, 1997) .

Como a i n f i l t r a ç ã o marginal é ainda u m importante

desafio na p r á t i c a clínica, idealizou-se este e s t u d o para

avaliar "in vitr o " o grau de m i c r o i n f i l t r a ç ã o ma r g i n a l em

preparos c a v i t á r i o s classe II, tipo "slot", na junção

amelocementária, e m molares decíduos r e s taurados com cimento

de ionômero de vidro fotoativado, resina c o m p o s t a e

(28)

Este capítulo foi dividido nos seguintes tópi c o s para

melh o r facilidade de leit u r a e compreensão:

2.1 SUBSTRATO D E N T I N Á R I O 2.2 P E R M E A B I L I D A D E D E N T I N Á R I A 2.3 C O N D I C I O N A M E N T O Á C I D O E A D E S Ã O À D E N T I N A 2.3.1 Camada Híbrida. 2.3.2 H E M A . 2.4 M I C R O I N F I L T R A Ç Ã O E M A T ERIAIS R E S T A U RADORES 2.5 CIMENTO DE I O N Ô M E R O DE V I D R O 2.6 T É C N I C A D O "SANDWICH" 2.7 A D E S Ã O E N T R E C I M E N T O DE IONÔMERO DE V I D R O E R E S I N A COM P O S T A 2.8 M É T O D O S DE A V A L I A Ç Ã O D A M I C R O I N F I L T R A Ç Ã O

(29)

2 . X S U R S T R A T O D E N T I N Á R I O

G A R B E R O G L I O e B R Ä N N S T R Ö M (1976) em seu estudo de i n v e s ­

tigação em micr o s c o p i a e l e t r ô n i c a de v a r r e d u r a (MEV), d e t e r ­

m i n a r a m a quantidade e o di â m e t r o dos túbulos d e n t i n â r i o s p or

mi l í m e t r o q u adrado à d i f e r e n t e s distâncias da polpa, e m d e n ­

tina de dentes p e r m a n e n t e s humanos. Junto â parede pulpar,

0,Imm a 0 , 5mm distante da polpa, e n c o n t r a r a m uma m é d i a de

45000 túbulos p or mm^, cujo d iâmetro m e d i a cerca de 2,0 a

3,2mm. À uma distância m é d i a da p a r e d e pulpar, l,6mm a 2,0mm, enco n t r a r a m cerca de 3 0 000 túbulos por mm^, com d i â m e t r o s

que v a r i a v a m entre 0 , 8m m a l,Gmm. A uma distância de 3,1 a

3,5 da parede pulpar e n c o n t r a r a m cerca de 19000 túb u l o s po r

mm^, com diâmetros de 0,5 a l,2mm. Conclu í r a m que, q u a n t o

mais p r ó x i m o à parede pulpar, túbulos com diâmetros m a i s a m ­

plos e em m e n o r q u a n t i d a d e e r a m encontrados.

L A K O M A A e R Y T O M A A (1977) estudaram e a nalisaram a c o m ­

p o s i ç ã o mineral dos d e n t e s p e r m a n e n t e s e dos dentes d e c í d u o s

na Finlândia. E n c o n t r a r a m que o dente perman e n t e q u a n d o c o m ­

p a r a d o ao dente decíduo t em mais p o t á s s i o e ma g n é s i o n a d e n ­

tina, mas que apesar de a p r e s e n t a r e m pequenas diferenças, e s ­

tas n ão eram e s t a t i s t i c a m e n t e s i g n i f i c a n t e s . C o n c l u í r a m que

em relação a quantidade de cálcio e outros minerais, n ã o h o u ­

ve diferenças esta t í s t i c a s significantes entre os dois tipos

(30)

HIRAYAMA, YAMADA, M I A K E (1985) em m i c r o s c o p i a e l e t r ô n i ­

ca de varredura, e x a m i n a r a m estru t u r a l m e n t e e a n a l i t i c a m e n t e

os túbulos da dentina c o r o n á r i a dos dentes decíduos e os c o m ­

p a r a r a m aos dentes p e r m a n e n t e s humanos. Os espécimes f o r a m fixados em resina epóxica p a r a a análise e, após r e a l i z a d o o

exame da ultra estrutura de secções u l t r a tênues, nos m e s m o s lugares onde foram seccionados, a v a l i a r a m quantitativamente.

O b t i v e r a m neste estudo, os seguintes resultados:

01 - A dentina p e r i t u b u l a r dos dentes decíduos foi 2-3

vezes mais densa do que a dos dentes permanentes. N os

dentes decíduos h o u v e v a r i a ç ã o em simetria e em e x t e n ­

são da dentina p e r i t u b u l a r ao redor do lúmen do t ú b u l o e tal fenômeno foi o b s e r v a d o t a m b é m nos germens dos

dentes d e c í d u o s .

02 - Os cristais, que e x i b i r a m va r i e d a d e no tamanho e na forma, esta v a m f r e q ü e n t e m e n t e d e p ositados nos túb u l o s

da dentina exposta p o r atrição do esmalte. A p r e s e n t a ­

ram, para os dentes permanentes, cristais de igual f o r ­

ma e tamanho de m a n e i r a predominante.

03 - Quanto ao c o n t e ú d o de Ca e P da dentina p e r i t u b u l a r

e i n t r a t u b u l a r , n ão e n c o n t r a r a m diferenças e s t a t i s t i c a ­

m ente significantes e n t r e dentes decíduos e dentes p e r ­

(31)

H I R A Y A M A et al. (1986), em um estudo de m i c r o s c o p i a

eletrô n i c a de v a r r e d u r a em d e n t i n a decídua, c o n s t a t a r a m que a

dent i n a p e r i t u b u l a r decídua é cinco vezes mais densa que a

dent i n a dos dentes p e r m a n e n t e s e que ao longo da luz dos t ú ­

bulos existe uma v a riação n e s t a espessura. Foi encon t r a d o nos

dentes decíduos com atrição e m esmalte, alguns túbulos que se

a p r e s e n t a v a m preen c h i d o s p or cristais de diferentes formas e

tamanhos, e n t r e t a n t o estas f o r mações foram observadas t a m b é m

nos germes dentários de dentes decíduos, o que sugere não t e ­

rem, estas u l t r a estruturas, r e s u l t a d o de alterações somente

p ó s - e r u p t i v a s .

H I R A Y A M A (1990) analisou quantita t i v a m e n t e a c o n c e n t r a ­

ção de cálcio e fósforo na d e n t i n a peri t u b u l a r e i n t e r t u b u l a r

de dentes decíduos e permanentes. Os resultados s u g eriram que

a c o n c e ntração destes elementos em molares decíduos, mais e s ­

p e c i f i c a m e n t e na dentina i n t e r t u b u l a r e peritubular, é mais

b a i x a .

B AIER (1992) c onsiderou que o conhecimento e a c o m p r e ­

e n s ã o da es t r u t u r a do substrato, p rincípios e fatores bási c o s

que infl u e n c i a m no m e c anismo de adesão dos m a t e riais ao e s ­

m a l t e e dentina, são muito importantes. Como o objetivo m a i o r

é a obtenção de um pe r f e i t o selamento na interface dente-

(32)

des-t es mesmos mades-teriais sobre a e s des-t r u des-t u r a dendes-tal condicionada,

d e v e m ser igualmente estudados. E n f a t i z o u que a contaminação

c o m saliva e/ou sangue, u m i d a d e ou óleo das seringas de

a r / á g u a e das peças de alta e baixa-rotação, resíduos m e c â n i ­

co s deixados nos pr e p a r o s cavitários, rugosidades s u p e r f i c i ­

ai s da superfície dentária, c o n t e ú d o de flúor no dente, c a ­

r a c t e r í s t i c a s intrínsecas da d e n t i n a e profundidade, s u b s t r a ­

to desidratado, p r e s e n ç a de placa, tártaro, man c h a s internas

o u externas no dente, p r e s e n ç a de base no dente preparado,

co n s t i t u i n t e s do cimento provisório, são alguns dos fatores

e n c o n t r a d o s na prát i c a clínica que inter f e r e m na adesão dos m a t e r i a i s resinosos ã es t r u t u r a dentária. Concluiu que todos

os fatores acima enumerados são de total controle do p r o f i s ­

s i o n a l .

MAR S H A L L JR. (1993) c o n s i d e r o u a dentina como substrato

funda m e n t a l para a D e n t í s t i c a Restauradora. A f i r m o u que a e s ­

trutura, c aracterísticas e p r o p r i e d a d e s dentinárias são a

c h a v e determinante de todos os s istemas restauradores, t e r a ­

p i a s preventivas, fraturas dentárias, conhecimento dos p r o ­

c e s s o s de doença, dor e s e n s i b i l i d a d e do dente. R e s s altou que

a m e l h o r adesão à e s t rutura do d é n t e implica, futuramente, na

m e l h o r i a dos materiais adesivos c o m adequada força de adesão,

s e n d o a sua durabilidade uma c o n s e q ü ê n c i a para a p r e v e n ç ã o da

(33)

ções. E s c l a r e c e u que a adesão envo l v e u m a reação com u ma c a ­

m a d a espec í f i c a da dentina e as f l u t u a ç õ e s estruturais deste

s u b s t r a t o i m plicam diretamente nas d i f e r e n t e s composições r e ­

g i o n a i s , sendo importante conhecer sua composição. Citou que

brocas, e outros instrumentos de p r e p a r o p r o d u z e m alterações

m o r f o l ó g i c a s no substrato d e n t i n á r i o formando a "smear

l a y e r " , camada esta que cobre a d e n t i n a normal cortada e p e ­

n e t r a na dentina intertubular c r i a n d o os "smear p l u g s " . D e v i ­

do a fraca força de adesão da "smear layer" ã dentina, em

t o r n o de 3 a 5 micrômetros, sua m a n u t e n ç ã o se constitui g r a n ­

de desvantagem. Esclareceu, ainda, que a m a i o r i a dos sistemas

a d e s i v o s atuais p r e c o n i z a m a remoção d e s t a camada.

T O R N E C K (1995) afirmou que a d e n t i n a prov i d e n c i a u m s u ­

p o r t e e l ástico p a r a o esmalte, q ue é frágil e quebradiço.

C onjuntamente, dentina coronária e d e n t i n a radicular, c o b e r ­

tos p e l o cemento, formam um corpo que prot e g e o tecido p u l ­ par. D e f i n i u a dentina como um t e c i d o vitalizado, poroso,

permeável, e que deve ser c o n s i d e r a d a como u ma e x tensão do

t e c i d o pulpar. Ex p l i c o u que, d i f e r e n t e m e n t e do esmalte, ace-

l u l a r e p r e d o m i n a n t e m e n t e mineralizado, a dentina possui em

volume, 45% a 50% de cristais de apatita, cerca de 30% de m a ­

triz orgânica, e 25% em água. C itou que a mesma se divide em

(1) d e n t i n a intertubular, na qual a h i d r o x i a p a t i t a está e m b e ­

(34)

peritubular, livre de co l á g e n o e p a r e d e tubular hiperminera-

l i z a d a .

T R O W B R I D G E e KIM (1995) a f i r m a r a m que a dentina p l e n a ­

m ente m a d u r a possui em p e s o 65% de m a t é r i a inorgânico, quase

todo e m forma de cristal de h i d r o x i a p a t i t a , 20% sendo c o l á g e ­

no, 2% de citrato, condroitin sulfato, p r o t e í n a s não c o l á g e ­

nas, l a c t a t o e lipídios, e os 13% r e s t a n t e s em água. Em v o l u ­

me, e n c o n t r a r a m 45% de subst â n c i a inorgânica, 33% de matriz o r g â n i c a e 22% em água. D e s t a c a r a m c o m o caracte r í s t i c a p r i n ­

cipal do tecido dentinârio, a p r e s e n ç a de túbulos, os quais

o c u p a m de 2 0 a 3 0% do v o l u m e dentinârio. E n f a t i z a r a m que a

e l a s t i c i d a d e da dentina p r o v ê fl e x i b i l i d a d e para o frágil e s ­

malte q ue a cobre. É, ainda, c o n s t i t u í d a de dentina p e r i t u b u ­

lar, que reveste os túbulos; a p r e s e n t a m e n o r quant i d a d e de

c o l á g e n o e mais facilidade para d i s s o l u ç ã o em ácidos; mais m i n e r a l i z a d a e mais dura, c o m m aior c o n t e ú d o de proteoglica-

nos sulfatados. Já, a dent i n a i n t e r t u b u l a r está situada entre

os t ú b u l o s e possui maior c onteúdo de fibras colágenas. Q u a n ­

to ao l í q u i d o dentinârio, a f i r m a r a m que este a p r esenta uma

c o m p o s i ç ã o semelhante ao plasma, s endo que durante u m p r e p a r o

cavitário, há a exposição dos túbulos os quais p o r sua vez

a p r e s e n t a m um movimento r á pido do l í q u i d o até a superfície

externa, p o d e n d o ser ac e l e r a d o com a desidratação, calor e

(35)

explica-ram que os túbulos d e n tinários são os p r i n c i p a i s condutores

da difusão do líquido através da dentina. R e s u m i r a m que q u a n ­

to maior a profundidade, maior é a permeabilidade, sendo que na p o r ç ã o ra d i c u l a r m e n o r do que na coronária. E n f a t i z a r a m

como sendo a dentina ra d i c u l a r externa m e n o s permeável, pois

apresenta u m mo v i m e n t o tissular de apenas 2% se comparada em igual p a r â m e t r o com o da dentina coronária. A f i r m a r a m que a

dentina vital, quanto â p a s s a g e m de bactérias, devido às

con s t r i c ç õ e s e i rregularidades dos túbulos, pre s e n ç a dos

o d o n t o b l a s t o s e líquido, é capaz de d e t e r 99% das bactérias

que p e n e t r a m na superf í c i e dentinária. Q u a n t o ao odontoblas-

to, e n f a t i z a r a m ser a p r i ncipal célula resp o n s á v e l pela den- t inogênese e formadora do colágeno tipo I, e que seu p r o l o n ­

gamento c i t o p l a s m á t i c o se estende por to d a a espessura da

d e n t i n a .

Co m relação aos estudos sobre a m i c r o e s t r u t u r a dos t e ­

cidos dentais, ARAÚJO, M O A R E S e FOSSATI (1995) a f i rmaram que,

frente a l i t e r a t u r a consultada, no que se refere a dentinogê-

nese, n a d a foi e n c o n t r a d o que pudesse d i f e r e n c i a r a formação

deste t e c i d o no dente dec í d u o e no dente permanente. Quanto

ao c o m p o r t a m e n t o do co m p l e x o dentina-polpa, e pr i n c i p a l m e n t e

da dent i n a do dente d e c í d u o ã estímulos externos, poucas i n ­

formações f oram mencionadas. A n a l i s a r a m o c o mportamento da

(36)

des-mi n e r a l i z a ç ã o e redes-mineralização, seu c o m p o r t a m e n t o diante de

a b r a s ã o / e r o s ã o e também junto aos m a t e r i a i s adesivos a t u a l ­

mente usados. A f i r m a r a m que em n o s s o me i o é e n c o n t r a d o g r ande

n ú mero de c r i a n ç a s de p o u c a idade com elev a d o índice de doen-

ça-cárie. E n f a t i z a r a m a nece s s i d a d e m a i o r c o n h e c i m e n t o da

m orfologia e fisiologia do s u b s trato d e n t i n á r i o decíduo com

relação aos m a t e r i a i s r e stauradores adesivos, que darão s u ­

porte físico e/ou químico ao mat e r i a l restaurador, essencial dentro de q u a l q u e r pr o g r a m a p r o m o t o r de saúde, cujo o b j e t i v o

principal é o de restaurar o e q u i l í b r i o biológico, funcional

e estético perdidos.

TOLEDO (1996) ao estudar as c a r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i ­

cas entre d e n t e s decíduos e dentes permanentes, citou que os

primeiros são mais brancos e meno r e s em 1/3 em todos os s e n ­

tidos quando c omparados aos dentes permanentes. Já, as coroas

dos dentes d e c í d u o s se a p r e s e n t a m mais amplas no sentido m é ­ sio-distal d o que no sentido cérvi c o - o c l u s a l e com acentuadas

p r o t u b e r â n c i a s cervicais nas faces v e s t i b u l a r e s dos molares.

A capa de e s m a l t e e paredes denti n á r i a s são mais delgadas, e

por esta razão, as lesões de cáries a t i n g e m mais rapidamente

o tecido pulpar. A l é m da acentuada c o n s t r i c ç ã o cervical na

união da c o r o a e p o rção radicular, a câmara p u l p a r dos d e c í ­

duos se a p r e s e n t a p r o p o r c i o n a l m e n t e mais a m p l a e com cornos

(37)

que a m o r f o l o g i a interna dos canais r a d iculares dos mol a r e s

decíduos se a l t e r a com a c ontínua formação de dentina, o a p a ­

r e c i mento de c a nais acessórios, ramificações a p i c a i s e rede

de intercanais. E n f a t i z o u ainda, que o a s s o a l h o da c â mara

p u l p a r destes d e ntes a p r e s e n t a m m a i o r porosidade, f u n c i o n a n d o

como uma p e n e i r a biológica.

PINKHAN et a l . (1996) c o n s t a t a r a m que e m 100 mg de pó:

o esmalte, dentina, cemento e osso compacto p o s s u e m 36,1 mg,

35,3 mg e 35,5 m g de cálcio, respectivamente. Pa r a o fósforo a quanti d a d e em p e s o é de 17,3mg, 17,lmg e 17,lmg. 0 cálcio e

o fósforo são tidos como os princi p a i s e l e m e n t o s que c o n s t i ­ t u e m o cristal de apatita do esmalte e dentina, cemento e

os s o compacto, a l é m de outros elementos. S e g u n d o estes a u t o ­

res, a c a l c i f i c a ç ã o do esmalte e da dentina é u m p r o c e s s o e x ­

t remamente s ensível que ocorre p or um longo p e r í o d o de tempo.

E x p l i c a r a m os v á r i o s estágios de d e s e n v o l v i m e n t o dos dentes,

d esde a c o n c e p ç ã o até a ado l e s c ê n c i a e esclareceram, quan t o

ao início da m i n e r a l i z a ç ã o dos dentes decíduos, que o término

de todo este p r o c e s s o se comple t a d a por v olta dos três anos

de idade pa r a os molares d e c í d u o s . O b s e r v a r a m q ue o p r i m e i r o

m o l a r p e r m a n e n t e é o p r i m e i r o dente a m o s t r a r formação do

germe, p r o c e s s o este que ocorre p or volta dos três e me i o à

q u a t r o meses de vida intra-uterina, seguido dos incisivos

(38)

pr i m e i r o s e s e gundos p r é - m o l a r e s e os segundos e terceiros

molares d e m o n s t r a m a formação do germe logo após o n a s c i m e n ­

to. A f i r m a r a m que os p r i m e i r o s m o l a r e s p e r m a n e n t e s são os

únicos que e x i b e m início de m i n e r a l i z a ç ã o ao n a s c i m e n t o e

término entre os n o v e e dez anos de idade. Todos os demais dentes permanentes, c om exceção dos terceiros molares, form a m

tecido duro em t o r n o dos três anos de idade e tér m i n o da f o r ­

m a ç ã o radicular e n t r e 13 e 16 anos.

RUSCHEL, SOUZA, FOSSATI et a l . (1996) em u ma rev i s ã o da

literatura d e s t a c a r a m a formação, c o m p o s i ç ã o e e s t r u t u r a de

ambas as dentições. A f i r m a r a m que a dentina, frente ã sua

complexidade m o r f o l ó g i c a no pro c e s s o de d e n t i n o g ê n e s e , é um

tecido vital, dinâmico, poroso, pe r m e á v e l e a l t amente s u s c e p ­

tível às altera ç õ e s ou estímulos de o r d e m sistêmica e/ou p r o ­ v e n i entes do me i o externo, que per m i t e a p r o p a g a ç ã o dé e s t í ­

mulos até o tecido p u l p a r através de fluídos. R e l a t a r a m t a m ­

b é m a diferença e n t r e esmalte e dentina de ambas dentições, e

a f i r m a r a m serem n e c e s s á r i o s estudos mais específicos quan t o à

dentina decídua, p o i s são muito poucos os que r e c o n h e c e m a l ­

gumas p e c u l i a r i d a d e s desta estrutura dentinária. E n f a t i z a r a m

a necessidade de p e s q u i s a s quanto a idade dentária e p e r m e a ­

bil i d a d e dentinária, pois esta se ap r e s e n t a au m e n t a d a em a m ­

bas as dentições j u n t o à superfície pulpar. Nos estudos r e v i ­

(39)

m e c a nismo de adesão se c o n s t i t u e m em: tipo de dente, i n d i v í ­

duo, "smear layer", d e n s i d a d e tubular, esclerose dentinária,

tipos de superfícies d e n t i n á r i a s expostas, profundidade, u m i ­

dade e tipos de m a t e r i a i s restauradores. Conclu í r a m s e r e m n e ­ cessários mais estudos sobre a d e n t i ç ã o decídua p a r a que se

tenha m a i o r respaldo b i o l ó g i c o â u ma adequada conduta c l í n i ­

ca .

M A R S H A L L JR., MARSHALL, K I NNEY et a l . (1997), e m r e v i ­

são da literatura sobre â m i c r o e s t r u t u r a do s u b s trato d e n t i ­

n á r i o e das p r o p r i e d a d e s r e l a c ionadas com a adesão, c o n s t a t a ­

ra m que o tecido d e n t i n á r i o p or ser vital, hidratado, com

co m ponentes estru t u r a i s e p r o p r i e d a d e s que v a r i a m c o nforme

sua profundidade e localização, e stabelece os d e t e r m i n a n t e s

princi p a i s de todas as operações na Dentís t i c a Restauradora.

F o r a m discutidas, também, as c a r a c t erísticas e s t r u t u r a i s e

mecânicas das formas n o r m a i s e m o d i f i c a d a s da dentina com r e ­ lação ao seu impacto na adesão. E n f a t i z a r a m a n e c e s s i d a d e do

m e c a n i s m o de adesão t o r n a r - s e devid a m e n t e e s c l a r e c i d o pa r a

que a u n i ã o entre o ma t e r i a l rest a u r a d o r e a d e n t i n a seja

efetivo, m i n i m i z a n d o o fator mais indesejável na p r á t i c a c l í ­

nica, a m i c r o i n f i l t r a ç ã o ou p e r c o l a ç ã o marginal. M i c r o s c o p i a

el e t r ô n i c a de varredura, a m i c r o s c o p i a de força a t ô m i c a e a

m i c r o s c o p i a t o m o g r á f i c a de raio-X são, atualmente, os métodos

(40)

-rais. E n f a t i z a r a m que o c o n h e c i m e n t o das p r o p r iedades m e c â n i ­

cas do esmalte, dentina e material r e s t a u r a d o r são r e q u i s i t o s

essenciais pa r a prever o co m p o r t a m e n t o na interface dente-

restauração. Fatores c o m o a idade e lesão de cárie p o d e m a l ­

terar igualmente a p e r f o r m a n c e e a resistência da dentina.

Neste estudo d e m o n s t r a r a m que a força de cisa l h a m e n t o é f o r ­

temente c o r r elacionada c o m a microdureza, condição e s s e n c i a l

p a r a a comp r e e n s ã o do f r a c a s s o da adesão em dentina. Os e s t u ­

dos d e m o n s t r a r a m que a d e n t i n a humana perde 3,3% de s e u p e s o ou 3 0% em umidade, se p e r m a n e c e r desi d r a t a d a por sete dias. O

p r é - r e q u i s i t o essencial p a r a uma adequada adesão é a í n tima

relação entre o s u b strato e o agente adesivo sendo a u m i d a d e

inerente da dentina c o n s i d e r a d a u m pro b l e m a devido ao fluxo

h i d r o s t á t i c o através dos túbulos que p o s s u e m uma p r e s s ã o p u l ­

par p o s i t i v a de 15cm H2O. R e l a t a r a m que a p r i ncipal d e s v a n t a ­

ge m a p r e s e n t a d a pela c a m a d a de "smear layer" é sua i n e r e n t e

f r a gilidade de adesão ã superfície denti n á r i a (±5 M P a ) . A t u ­

almente a m a i o r i a dos n o v o s sistemas adesivos us a m como forma

de t r a t a m e n t o a completa remoção ou retenção da "smear p l u g " , pa r a r e d u z i r e m a p e r m e a b i l i d a d e ou c o m b i n a r e m a i n c o r p o r a ç ã o

dos c o m ponentes da lama d e n t i n á r i a â estrutura da dentina,

m e c a n i s m o s estes ainda n ã o b e m esclarecidos. Como se t o r n o u

n e c e s s á r i o o acesso dos sistemas adesivos ao substrato denti-

n á r i o pa r a a formação da camada híbrida, é essencial a q u a l i ­

(41)

-lar para que seja p e r m i t i d o uma efet i v a p e n e t r a ç ã o do a d e s i v o

sem que haja cola p s o das fibras c o l á g e n a s . Concl u í r a m que c o m

m a i o r conh e c i m e n t o e c o m p r e e n s ã o do s u b strato dentinário,

será possível d e s c r e v e r a e s t r u t u r a e p r o p r i e d a d e s da d e n t i n a

p rop i c i a n d o m e l h o r d e s e n v o l v i m e n t o dos p r o c e d imentos r e s t a u ­

radores .

2

.

2 PKRMEA3XLXDA£>E

PASHLEY, ANDINGA, D E K E R S O N et a l . (1987) a f i r maram que

a p e r m e a b i l i d a d e d e n t i n á r i a é altamente variável e depende da

localização e p r o f u n d i d a d e do tecido dentinário. E s c l a r e c e r a m

que a p e r m e a b i l i d a d e é m a i o r p r ó x i m o ã p o l p a e cornos p u l p a ­

res do que nas áreas adjacentes.

KANCA III (1992) i n t r o d u z i u o c o nceito de dentina ú m i d a

â técnica de adesão, onde a f i r m o u ser esta a principal c o n d i ­

ção pa r a a p r e s e r v a ç ã o da integridade m i c r o m o r f o l ó g i c a das

fibras colágenas. A v a l i o u a habilidade do sistema de a d e s i v o

All Ecth/All B o n d (Bisco) e m dentina seca e ú mida . A d e n t i n a

úmida a p r e s e n t o u uma força de adesão s ignificantemente m a i s

alta do que a dent i n a desidratada. Concluiu, então, que e s t e s

resultados são c l i n i c a m e n t e relevantes, tendo em vista se r a

(42)

GW I N N E T T (1992) i n v e s t i g o u dentina seca e úmida, e seu

e f e i t o na força de cisalhamento. C o ncluiu diante dos r e s u l t a ­

dos obtidos, que a m i c r o e s t r u t u r a da dentina deve ser m a n t i d a

u m e d e c i d a pa r a que se ganhe e m r e l e v â n c i a clínica.

PASHLEY, CIUCHI, SANO et a l . (1993) se p r o p u s e r a m a

c omparar a dentina fraturada c o m dentina coberta com "smear

layer", antes e depois do a t a q u e ácido, em micro s c o p i a e l e ­

t rôn i c a de v a r r e d u r a (MEV), p a r a identificar as poro s i d a d e s

n a dentina que p e r m i t i s s e m a i n f i l t r a ç ã o da resina durante a

a d e s ã o dentinária. E n t e n d e r a m que a p e r m e a b i l i d a d e da dent i n a

ã agentes adesivos é de crucial i m p o r t â n c i a para que se o b t e ­

n h a um efetivo selamento d e n t i n á r i o e c o n sequentemente u ma f o r ç a de u nião na interface a d e s i v o - d e n t i n a elevada. Após a

r e m o ç ã o da fase mineral da d e n t i n a por condi c i o n a m e n t o ácido ou quelantes, ocorre a etapa adesiva, onde o H E M A (2-hidroxy-

etil-metacrilato) re-expande a fibra colágena, p e r m i t i n d o que

a m e s m a se ma n t e n h a úmida e n ã o entre em colapso, p r o p o r c i o ­

n a n d o uma p e n e t r a ç ã o mais fácil dos sistemas adesivos na d e n ­

t i n a intertubular. A dentina ú m i d a per m i t e uma rede de c o l á ­

g e n o mais p o r o s a e mais r e a t i v a do que a dentina desi d r a t a d a

ou com camada de "smear". N e s t e estudo, onde foi realizado

u m a avaliação sistemática e m M E V de: (1)dentina fraturada,

m e t a d e con d i c i o n a d a e m a n t i d a úmida antes da fixação;

Referências

Documentos relacionados

Como sabemos, numa teoria de Brans-Dicke, a gravita¸c˜ao ´e descrita n˜ao apenas pelo tensor m´etrico g µν , mas tamb´em por um campo escalar

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

Ligia Silva deverá terminar sua tese até março e o Prof.. IV - DECISÃO

AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO

De acordo com estes relatos, pode-se concluir que o rei de Malaca, protegido do imperador da China, pede-lhe que não receba os portugueses, por estes lhe terem

O Documento Orientador da CGEB de 2014 ressalta a importância do Professor Coordenador e sua atuação como forma- dor dos professores e que, para isso, o tempo e

Ninguém quer essa vida assim não Zambi.. Eu não quero as crianças

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as características de madeira do híbrido Euca/ytpus grandis x Euca/ytpus urophylla e da celulose entre o primeiro ano até o sétimo ano