CC
201
CLÁUDIA
BERNADET
SOARES
MELANOMA
MALIGNO: DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
X
HISTOPATOLÓGICO
NAS ESPECIALIDADES
MÉDICAS
Trabalho apresentado à Universidade Federal de
Santa Catarina, para a conclusão no Curso de
Graduação
em
Medicina.FLQRIANÓPOLIS
cLÁUD1A
BERNADET
SOARES
MELANOMA
MALIGNO: DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
X
HISTOPATOLÓGICO NAS
ESPECIALIDADES
MÉDICAS
Trabalho apresentado à Universidade Federal de
Santa Catarina, para a conclusão no Curso de
Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Dr. Edson J. Cardoso
Orientador: Dr. Jorge José de Souza Filho
FLORIANÓPOLIS
Soares Cláudia Bemadet. Melanoma Maligno: Diagnóstico Clínico
X
Ilistopatológico nas Especialidades Médicas. Floranópolis, 1998.30p.
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina - Universidade
Federal de Santa Catarina.
AGRADECIMENTOS
Aos
funcionáriosdo
Serviço deAnatomia
Patológica, ein especial á residentede patologia Daniela, pela colaboração durante a realização
do
projeto de pesquisae coleta dos dados.
Aos
funcionáriosdo
SAME,
que
com
muita
paciência e prestezaselecionarain os prontuários solicitados.
Ao
Dr. CharlesNedel
por sua preciosa amizade, ideias e auxíliono
desenvolvimento
deste estudo.Ao meu
orientador, Dr. Jorge José deSouza
Filho, peladedicação
esabedoria indispensáveis à realização deste trabalho.
Aos meus
verdadeiros amigos, e estessabem
quem
o são, pelocompanheirismo
durante todos estes anos.Aos meus
pais, por todoamor
e dedicação amim
dispensados, poracreditarem
no
meu
sonho
eproporcionarem
a oportunidade de chegar até aqui.Ao meu
irmão,sempre
um
exemplo
a ser seguido.Ao meu
namorado
porcompreender
minha
ausência.A
Deus
por ter colocado todas estas pessoasem meu
caminho.ÍNDICE
I. Introdução ... ..01 2. Objetivos ... ..O6 3.Métodos
... ..O7 4. Resultados ... ..09 5. Discussão ... ..l6 6.Conclusão
... ..24 7. Referências ... ..25Resumo
... _.28
Summay
... ..301.iNTRoDUÇÃo
O
melanoma
maligno
foi descrito pela primeiravez
por I-lipocratesno
século
V
a. C. tendo sido encontrado ein muitasmúmias
pré-colombianas damesma
épocam.
Esta neoplasia é proveniente
do
tecidoneuroectodérmico
decorrente daproliferação
sem
controle dos melanoblastosm.É
um
tumor de extrema
malignidade e de evolução
quase
imprevisível, tendoem
vista a possibilidade deregressão
expontâneam.
O
melanoma
maligno
possuium
grande potencial de morbimortalidade,sendo
a neoplasia responsável por cerca de74%
das mortes por câncer de pele nos Estados Unidosa" 3).Atualmente
sua incidência estáaumentando
consideravelmente
sendo
osegundo tumor que mais
cresceem
freqüência(' 2 46” 7).
O
aumento
da
incidênciapode
ser atribuída auma
maior
detecção resultantede
um
melhor
rastreamentoda
populaçãoü” 8).O
hábito de exposiçãoao
sol culturalmente valorizado pelas civilizaçõesocidentais
modemas,
aliado à diminuiçãoda
camada
de ozônio da atmosfera,tem
contribuído demodo
significativo para oaumento
da
sua incidência(8).O
melanoma
maligno
tem
seu picode
incidência entre a terceira e Sextadécadas
de vida,acomentendo
indivíduos jovensem
idade produtivaü” 17* 9).É
mais
freqüente ein pessoas deorigem
caucasiana,sendo
rara sua ocorrênciana
raça negra“” 3).
A
evidência deque
pessoas de pele claratêm maior
pré-disposição para o'7
coeficientes de ocorrência, ein
populações de
raça negra e amarela, sãoinferiores aos de raça brancalm.
Há
no
país populações demaior
risco para o câncer de pele,em
geral,representadas pelos descendentes de europeus.
Nas
regiões sudeste e sul,onde
foi
mais
intensa a concentração de imigrantes daEuropa
Central, existemcomunidades
que, por razões geográficas, sociais e culturais sofrerampouca ou
nenhuma
miscigenação
racial. Consequenteinente, estascomunidades expressam
risco importante, por suas características raciais, para odesenvolvimento
de câncer de pelelml.Embora
sua etiologianão
sejacompletamente
conhecida, sabe-seque há
varios fatores
que
podem
estar envolvidos,como
pré-disposição genética,expressão de oncogenes, alterações imunológicas, exposição a luz ultravioleta e
outros carcinógenosm.
O
papelda
radiação solarno
aparecimentodo
melanoma
aindanão
étotalmente conhecidaflo” H). Existem,
porém,
muitas evidências de queo
aumento
da
incidência demelanoma
nos últimos50
anos teve relaçãocom
oaumento
de
exposição aos raios solaresló* 1°” 1213).
A
hipótese deque
omelanoma
esteja relacionado a exposições solaresintermitentes intensas já foi descrita por
muitos
autoresló” 10).No
entanto,
Elwood
e col.em
seu trabalhomostrou que
as características individuais depigmentação
e a reação
da
pele ao sol estãomais
associadosao
risco de termelanoma
do que
os relatos prévios de
queimaduras
solares e bronzeamentoslml.Estudo
italianomostrou que
trabalharem
ambientes extemos
e ter históriaprévia de
queimaduras
solares estão positivamente relacionadoscom
o riscode
desenvolver
melanoma
em
áreas anatômicasdo
corpo expostas ao sol e. , . O
¬
_)
Rhodes
e col.afirmam que
os fatoresde
riscomais
importantesna
etiologia
do
rnelanoma, einordem
decrescente, seriam: li ) presença denevo
transformado
ou
em
transformação; 2° ) idade adulta; 3° ) existência de lesõespiginentares irregulares (inclusive
nevo
displásico e lentigo maligno); 4° )existência de
um
nevo
congênito; 5° ) serda
raça caucasiana; 6° ) históriade
inelanoina cutâneo prévio; 7° ) relato de
melanoma
cutâneo na família; 8° )imunodepressão; 9° ) sensibilidade ao sol e 10° ) exposição solar excessivallm.
A
importânciado
exame
histopatológicono
diagnóstico deinelanoma
éevidente, pois este
exame
nosfomece
dados
concernentes ao tipo demelanoma,
níveis de Clark e espessura de Breslow,
que
são essenciais para adeterminação
da extensão cirúrgica e prognóstico“4).O
diagnóstico demelanoma
requerconhecimento
clínico deuma
lesão. ., . . , . 5 . . .
suspeita, biópsia e
exame
histopatologicofi ). Elepode
ser feito primordialmente,pela observação de
uma
lesãocom
história de alteraçõesdo tamanho,
cor,relevo, consistência, presença de satelioses e de sintomas subjetivos
numa
prévialesão inelanocíticam).
Atualmente,
o
único tratamento considerado curativo é a excisão cirúrgicano
estágio inicialdo
desenvolvimento, antesda
invasãoda
derme
pelo tumor(°”9).
Em
contraste,o
diagnóstico e tratamentoem
estágios tardiostêm
resultadosdesanimadoresö” 6).
Embora
importante,não
é fácil oreconhecimento
clínico dotumor
nos
estágios iniciais, particularmente pelos
médicos não
afeitos às lesõesderniatológicas
que entram no
diagnóstico diferencialcom
melanoma.
Entreessas incluem-se
algumas
lesões consideradascomo
precursoras demelanoma
4
dermatológicas
pigmentadas mais
comuns
(nevo
intradermico e ceratose seborreica) W).Muitos
estudostêm
mostrado
diferençasno
acerto diagnostico entremédicos
treinados a reconhecer lesões cutâneas, corno os dermatologistas, eoutros
medicos não
afeitos a estas lesõeslló' 17).A
detecção precocedo
melanoma
éum
método
promissor deprevenção
secundária, pois
um
grau de sobrevida de cinco anos ê alto paratumores
com
Breslow
menor
que
l,5lmm
(>90%) comparado
com
Breslow maior que
4,0mm
(< 50°/‹›)(m.O
aumento
da incidência e índice de mortalidade pormelanorna
em
muitos
paisesvem
sendo
alvo depreocupação
das autoridades de saúde, emuitos
programas
deeducação
pública e profissional para aprevenção
ediagnóstico precoce de
melanoma
têm
sido realizados nos últimosanosm
ls).Estas
campanhas
têm
sidoacompanhadas
deum
aumento
do
número
de
pacientes
que
seapresentam
aosmedicos
com
lesõespigmentadas
aserem
examinadas
e possivelmente excisadasm”.O
prognóstico desta neoplasiadepende
de vários fatores,sendo
osprincipais: espessura
da
lesão primária, presença de lesões satélites e demetástases sistêmicas,
envolvimento
de linfonodos e localização, sendo acabeça
e
o
tronco os locais de pior prognósticom).Tratando-se de
uma
neoplasia potencialmente curávelquando
diagnosticada
em
estágios iniciais, destaca-se a importânciade
seureconhecimento
clínico por parte dos profissionais médicos.Em
estudo epidemiológico realizado nesta instituição porum
alunodo
curso de graduação
em
medicinam)
observou-seque
grande partedos
melanomas
daquela amostraforam
diagnosticados e tratadosem
estágiosavançados
de evoluçãocom
Espessura deBreslow maior que
1,5mm
e Níveis III5
habilidade dos profissionais
médicos
dasmais
diversas especialidadesem
2.
OBJETIVO
O
presente estudotem
como
objetivos:#
Observar
quais as especialidadesmédicas
encontradascomo
solicitantesde biópsia de lesões melanocíticas
com
suspeita clinica demelanoma.
#
Observar
quais as lesões propostas pelos profissionaiscomo
diagnósticodiferencial de
melanoma
maligno.#
Observar
a habilidade dos inédicosem
diagnosticar clinicamente oinelanoma maligno
cutâneo.3.
MÉToDos
Estudo observacional
do
tipo transversal retrospectivo clinico.Foram
revisados os pedidos de
anatomopatológico
enviadosao
serviço de patologia elivros de registro de laudos de histopatologia
do
Serviço deAnatomia
Patológicade pacientes atendidos
no
Hospital UniversitárioPolydoro
Ernani deSão
Thiago,
no
periodo de l988 a 1997.As
biópsiasforam
realizadas pelo Serviço de Cirurgia Ambulatorial dasseguintes maneiras: os pacientes atendidos pelo serviço
de
dermatologiaforam
biopsiados pelos próprios dermatologistas; aqueles atendidos pelas
demais
especialidades
foram encaminhados
à cirurgia ambulatorial, sendo as biópsiasrealizadas por doutorandos
ou
residentes de cirurgia orientados porum
cirurgiãochefe.
Alguns
pacientesforam
atendidos diretamente pelo Serviço de Cirurgia Ambulatorialsem
encaminhamento
prévio.Todos
os pedidos de biópsiaforam
enviados ao Serviço deAnatomia
Patológica
que
analisou as lâminas e emitiu seus respectivos laudos histológicos.O
acesso ao livro de registro de laudos e às solicitações de biópsia foi permitido pelo chefedo
Serviço deAnatomia
Patológicamediante
enviodo
projeto de pesquisa.
Dos
23.584 pedidosde
biópsia revisados,foram
selecionados 351 casoscom
hipótese clínica demelanoma
maligno
cutâneo. Relacionados a estes casosforam
coletadosdados
referentes ao especialista requisitante, hipóteses clínicasque
faziam diagnóstico diferencialcom
melanoma
e diagnóstico histopatológico fmal.8
Através
do
livro de registro de laudos emitido pelo Serviço deAnatomia
Patológica,
foram
selecionados 81 casoscom
diagnóstico final demelanoina
maligno
cutâneo. Relacionados a estes casosforma
coletadosdados
referentes àshipóteses diagnosticas pre'-operatórias e especialidade
do
medico
requisitantede
biópsia.
Foram
incluídos neste estudo os casosconfirmados
e os casoscom
suspeita clínica de inelanoina cutâneo primário.
Foram
excluídos deste estudo os casoscom
diagnóstico prévio demalanoma,
oque
poderia influenciar na suspeita clínica,alem dos
casosde
melanoma
deorigem não
cutânea.As
especialidades encontradascomo
solicitantes de biópsiaforam
divididas ein dermatologistas, cirurgiões gerais e cirurgiões especializados
que
incluem cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões plásticos e oncologistas.
O
registro e análise dosdados
coletados foi feitono programa
EPI-INFO
versão 6.0 a.Para avaliar a habilidade dos
médicos
em
diagnosticar clinicamente omelanoma
maligno,compararam-se
as hipóteses diagnosticas pré-operatórias e4.
RESULTADOS
No
período estudado, dos 23.584 pedidos de biópsia analisados pelo Serviço deAnatomia
Patológica, 35l (l,5%) apresentavam
hipótese diagnósticade
melanoma
maligno
cutâneo. Entre estes, l07(30,5%)
apresentavam-secomo
primeira hipótese clinica e 62
(l7,ó%)
tratavam-se de hipótese clinica única.As
especialidades encontradascomo
solicitantes de biópsiacom
suspeita de
melanoma
foram
na sua maioria cirurgiões gerais(54,9%)
edermatologistas
(39,l%)
(Tabela I).Os
21 cirurgiões especializados encontradoscorresponderam
a l2 cirurgiões plasticos, 8 cirurgiões de cabeça epescoço
e loncologista.
Tabela I: Freqüência das especialidades solicitantes de biópsia dos casos
com
hipótese clínica de
melanoma.
Especialidade N.°
%
Cirurgia Geral l93 54,9
Dermatologia
137 39,1Cirurgia Especializada 21 6,0
Total 351 lO0
Associadas ao
melanoma
maligno
outras hipóteses clínicasforam
10
Quadro
1: Freqüência de diagnósticos diferenciaiscom
melanoma
apresentadospelos
médicos
solicitantes de biópsia dos casoscom
suspeita clínica demelanoma.
Hipótese Clínica
No.
Nevo
94
Carcinoma
Basocelular 75Nevo
Melanocítico 30 Ceratose Seborréica28
Nevo
Azul
26
Carcinoma
Espinocelular 25Melanoma
Amelanótico
24
Entre os 351 casos
com
hipótese demelanoma
maligno, a suspeita clínicaestava correta
em
63 casos (17,9%) (Figura 1).Os
demais 288
casos(82,1%)
apresentavam outros diagnósticos
no
laudo histopatológico.17,9%
m
D
corretoI
incorreto82
,l%
ll
Considerados todos os pedidos de biópsia
com
hipótese demelanoma
maligno, pode-se observarque
16,8%
(n=
137) dos dennatologistas e17,6%
(n=
193) dos cirurgiões gerais tiveram suas suspeitas clínicas demelanoma
maligno
confirmadas pela histopatologia. Dentre os cirurgiões especializados,28,5%
(n=
21) tiveram confirmação diagnósticaem
suas suspeitas demelanoma.
Analisando os 107 casos
em
que
omelanoma
foi encontradocomo
primeira hipótese diagnostica,
observamos que
13(52%)
dos dermatologistas,22 (31,4%) dos cirurgiões gerais e 5 (41,6%) dos cirurgiões especializados tiveram sua hipótese diagnóstica confirmada pelo
exame
histopatológico (Figura2). 60 ¬T3“"`-` 77777 """"""`===f`“'“"“"`""""" `"""""Í"""`“`*"`""“" """""' 50 ¬% 7 zí _., l-- ___- . ¡ Freqüênc a (%) io 4:. O O 30 4 jíÊ¡"` H _' ` -~ z I
I
Dermatologia I ” r" ` °I
Cirurgia Geral A EI Cirurgia Especializada ¬___
Acerto Diagnóstico Geral Acerto na Primeira
Hipótese
Figura 2: Distribuição dos casos com suspeita clínica de melanoma segundo acerto diagnóstico geral e na
primeira hipótese diagnóstica de acordo com a especialidade requisitante.
No
livro de registros daAnatomia
Patológicaforam
encontrados 81 casos demelanoma
maligno
cutâneo confirmados peloexame
histopatológico.Os
médicos
especialistas que fizeram amaior
parte dos pedidos de biópsia dos12
81) (Tabela II).
Os
7 cirurgiões especializadoscorrespondem
a 4 cirurgiões decabeça e pescoço e 3 cirurgiões plásticos.
Tabela II: Distribuição dos casos de
melanoma
confinnados
pela histopatologiasegundo
especialidade requisitante de biópsia.Especialidade
N
.°%
Cirurgia Geral
48
59,3Dermatologia
26
32,1Cirurgia Especializada 7 8,6
Total 81 l
00
Observou-se
que
29,6%
(n=
81) dos casoscom
diagnósticohistopatológico de
melanoma
não
possuíam
suspeita clínica demelanoma
maligno na
requisição de biópsia (Figura 3).70
,«,..u..._..,. _,___¬fz, __... - -.,- M ...z ¬,@ ....m....,., Freqüência (N°) ›-^ l\) U1 ON G OO
C O40
30
Com
suspeitade
melanoma
Sem
suspeita
de
melanoma
Figura 3: Distribuição dos casos com diagnóstico histopatológico de melanoma segimdo presença de suspeita
13
Podemos
observar dos24
casos demelanoma
em
que não
houve
suspeita clínicadesta patologia, 18
(75%) foram
conduzidos por cirurgiões gerais (Figura 4).._...¬.«.-_..-.¬¬v.«,`-__-.-...-...,`..«..--t ¬ ..¬. .¬z¬v.z¬¬--_¬z-vz.-.-..¬¬...z-¬¬¬..-_...¬...v..¬~.-..».c ..._ . .».\«‹›,z¬.›`‹›«z.m~v¬-z»-z -zz «_ -.-›...¬,_¬¬.._z.¬.z_.. .. .«n‹.~\`\-`¬z».zz;»›....z-... = Freqüência (%) l\J -I> O\ O0
O
O
C
O
O
,.›z.. . i : ll ~, i â 2. . Vi ‹ - 2 ¡z mz» ze I _ 4Dermatologia
Cirurgia Geral
Cirurgia
Especializada
Figura 4: Distribuição dos casos com diagnóstico final de melanoma sem suspeita clínica deste tumor segtuido especialidade requisitante.
Quanto
às hipóteses clínicas apresentadas pelos especialistas nos casoscom
diagnóstico histopatológico demelanoma podemos
encontrar onevo
como
principal lesão citada
como
diagnóstico diferencial desta neoplasia(Quadro
2).Quadro
2: Freqüência dos diagnósticos diferenciais apresentados pelosmédicos
requisitantes de biópsia dos casos
com
diagnóstico histopatológico demelanoma.
Hipótese clínica N.°Nevo
16 LentigoMaligno
8Nevo
Melanocítico 5 Lentigo Solar 4 Ceratose Seborréica 4Nevo
Pigmentado
4l-1
Quando
separainos as hipóteses diagnosticas de acordocom
o especialista requisitanteobservamos
que entre os dermatologistas o lentigomaligno
e olentigo solar
foram
as principais lesõesque
entraramcomo
diagnosticodiferencial
de
inelanoma. Já entre os cirurgiões gerais, grandenúmero
de
pedidos
continham
o nevo,sem
maiores especificações,como
diagnosticodiferencial
(Quadro
3).Quadro
3: Distribuição dos diagnósticos diferenciais contidos nos pedidos debiópsia dos casos de inelanoina
segundo
especialidadedo medico
requisitante debiópsia.
Hipótese Clinica
Dermatologia
Cirurgia Geral Cirurgia EspecializadaLentigo
Maligno
8 O O Lentigo Solar 4 O ONevo
l 14 lNevo
Melanocitico 0 3 lNevo
Pigmentado
O 4 O Ceratose Seborréica 3 1 OEntre os casos
com
diagnóstico histopatológico demelanoma
cutâneo,houve
acerto diagnóstico clínico por partedos
especialistasem 79%
(n=
81).Os
dermatologistas apresentaramum
índice de acerto clínico de88,4%
(n=
26) dos casoscom
diagnóstico histopatológico demelanoma
,sendo que
houve
50%
de acertoquando
omelanoma
encontrava-secomo
primeira hipótesediagnostica .
Os
cirurgiões gerais aceitaram o diagnóstico clínico demelanoma
em
72,9%
(n=
48) dos casos,com
aceitona
primeira hipótese semelhante aosdermatologistas (50%).
Os
cirurgiões especializados tiveram indicede
acertode
15
especializados, os cirurgiões de cabeça e
pescoço
apresentaram100%
(n=
4) deacerto diagnóstico
na
primeira hipótese (Figura 5).1o‹:› -»-‹~ ~ ~ ~»~
80
-60
«~ Freqüência (%)I
Dermatologia
40
“ El Cirurgia Geral 21)I
Cirurgia Especializada 1"! U '__
'IAcerto
diagnóstico
Acerto
na
Primeira
Hipótese
Figura 5: Distribuição dos casos com diagnóstico histopatológico de melanoina segundo acerto diagnóstico
5.
DISCUSSÃO
O
método
utilizado neste estudo para avaliação da habilidade dosmédicos
em
diagnosticar clinicamente omelanoma
maligno, foi semelhante aoencontrado
em
outros trabalhosque
correlacionaram as hipótese clinicas pré-operatórias
com
os diagnósticos histopatológicos finaisw” 18). Ein estudoretrospectivo realizado por E. C. Gonçalves, as lâminas
foram
revisadas pormais de
um
patologista paraconfirmação do
diagnóstico e estadiamento daslesões
segundo
Clarkm. Stephensonem
seu estudo utilizouum
questionáriocom
meio
de avaliar osmédicos
participantesm).Nos
demais
estudosobservados
aavaliação
dos
profissionais consistiuda observação
de slides coloridosde
lesõesdermatológicas
comuns,
incluindomelanoma
maligno, e oreconhecimento
clínico destas lesões por parte dos participantes.
Em
todos os estudosobservados
apenas a primeira hipótese clínica foi consideradaw” ló' 18°”.Em
nosso
estudo grande parte dos profissionaisque
foramprocurados
pela
população
para avaliação de lesões melanocíticas, independentede
suaespecialidade, apresentaram a
preocupação
de incluir omelanoma
maligno
como
diagnóstico diferencial de lesões melanocíticas, vistoque
apenas17,9%
dos casos
em
que
omelanoma
foi incluídocomo
uma
das hipótesesdiagnosticas, realmente tratava-se de
melanoma.
Nos
casosem
que houve
uma
forte suspeita clínica, representados poraqueles
em
que
omelanoma
apresentava-secomo
primeira hipótese,houve
um
acerto diagnóstico superior por parte dos dermatologistas
(52%) quando
l7
Embora
os cirurgiões geraistenham
apresentadoum
indice de confirmação diagnóstica demelanoma
na
primeira hipótesemenor
que
osdemais
profissionais, este indice foimaior que o
encontradoem
outros trabalhosem
que o nível de acerto diagnóstico dos profissionais gerais foi deaproximadamente
25%l9° 28).Dentre os casos
com
diagnóstico liistopatologico demelanoina
maligno, odesempenho
diagnostico clínico apresentado pelos profissionais deum modo
geral foi alto,
com
aproximadamente
80%
de acerto por parte dosmedicos
sem
distinção de especialidade.
Quando
analisadas as especialidades, osderinatologistas
(88,4%)
e cirurgiões especializados(85,7%)
apresentavam nívelde aceito diagnóstico
maior
coinparado aos cirurgiões gerais (72,9%).Se observados apenas os casos de
melanoina
cuja suspeita clínica eiicontrava-sena
primeira hipótese diagnóstica,houve
maior
acerto por parte dos cirurgiões especializados(7l,4%)
em
especial pelos cirurgiões decabeça
epescoço (100%),
com
acerto semelhante entre os dermatologistas e cirurgiõesgerais (50%).
Os
cirurgiões gerais, apesar de apresentaremum
índice de acertodiagnóstico clínico superior ao encontrado
em
outros estudos e nível de aceitosemelhante aos dermatologistas
quando
comparadas
as primeiras hipótesesclínicas,
apresentam
grandenúmero
de situaçõesem
que não houve
suspeitaclínica de
melanoma
em
lesõesque
mais
tardeforam
confirmadas
liistologicamente
como
tal.Isto
mostra que
os dermatologistas e cirurgiões especializados (cirurgiaplástica, cirurgia de
cabeça
e pescoço e oncologia) apresentarammaior
habilidade de reconhecer clinicamente o
melanoma
maligno, por apresentaremformação
voltada aoreconhecimento
clínico desta lesão,bem
como
de lesões quefazem
diagnóstico diferencialcom
esta neoplasia. Por outro lado,comparado
aos outros estudos,em
que
diapositivosforam
utilizados paral8
avaliação diagnóstica, o indice de acerto diagnóstico apresentado pelos
dermatologistas,
quando
considerada a primeira hipótese, foimenor (50%)
vistoque
nestes estudos foi encontradoum
nível de acertoque
variou de 63 a 909/‹›'i"“.Entretanto,
em
estudo realizadopor
Lindelõf eHedblad
observou-seque
aexatidão
no
diagnóstico clinico entre os dermatologistasaumenta
com
o nível deexperiência clínica,
ou
seja,medicos
com
menos
deum
ano
de experiênciaem
dermatologia
foram
capazes de identificar oinelanoma
ein31%
dos casosem
contraste
com
63%
daquelescom
mais
de 10 anos de experiência.As
demais
hipóteses clínicas apresentadas pelos especialistasem
dermatologia
em
seus pedidos de biópsia, são todas lesõesque fazem
diagnóstico diferencial
com
esta neoplasia,mostrando que
grande parte destesprofissionais apresentam
conhecimento
clínico destas lesões.Há
de se evidenciar o grandenúmero
de casosque continham
como
diagnóstico diferencial
com
melanoma
apenas nevo,sem
especificação de tipo.Estes casos
foram conduzidos
preferencialmente por cirurgiões geraisque
talveztenham
utilizado a palavranevo apenas
como
indicativo de lesão melanocíticabenigna,
sem
a observação deque
são muitos os tipos de nevo,sendo
algunssimples lesões benignas e outros precursores de lesões de lesões malignas
como
omelanoma,
tendo assimmaior
importânciano
diagnóstico diferencial.Uma
análise dos diagnósticos diferenciais apresentados pelos cirurgiõesespecializados
não
foi possívelem
nosso estudo, pois apenas dois destesprofissionais apresentaram outras hipóteses
além do
melanoma
maligno.Muitos
estudostêm
mostrado
diferençasde
acerto diagnóstico entre osmedicos
treinados a reconhecer lesões cutâneas,como
dermatologistas, e outrosmédicos não
afeitos a estas lesões(16”17).A
habilidadeno reconhecimento
destaslesões requer treinamento visual específico
que pode
edeve
ser aprendidonão
só por
medicos
dermatologistas,mas também
pelos profissionais dasdemais
lQ
Para o diagnóstico clínico de
melanoma
maligno
é importante oreconhecimento
clínico da lesão. Para tanto é imprescindível a realização deum
exame
completo
da peledo
paciente, principalmente naquelesque
possuem
fatores de riscoaumentado
paradesenvolvimento
demelanoma,
com
objetivo dediagnosticar lesões ainda
em
fase inicial de desenvolvimento, cuja possibilidadede cura é altam).
Um
importante aspecto clínico a serobservado
peloexaminador
sãoalterações sugestivas de malignidade
como:
Assirnetria de forma;Bordas
irregulares;
Cor
mosqueada
(variação nas tonalidadesde
cores, indodo
marrom,
bronze, vermelho, branco, cinza, azul e preto);
Diâmetro maior que
6mm
eElevação
(podendo
apresentar-secomo
um
discreta distorçãoda
superficie) (5).O
melanoma
maligno
tem
sido classicarnente divididoem
subtipos:#
Melanoma
Extensivo Superficial: Clinicamente apresenta-secomo
papula achatada evoluindo para placa, de cor variandodo
marrom
escuro e cinza azulado de bordas irregulares#
Melanoma
Nodular: Apresenta-secomo
lesão elevadaou
polipóide, cujapigmentação pode
ser uniforme, freqüentementemostrando
ulceraçãoquando
avançado.
#
Melanoma
Lentigo Maligno:Lesão
planacom
áreas papulares focais enódulos de cor
em
tonsmarrom
e preto,além
de áreas cinzas e azuiscom
bordos
irregulares, geralmente
em
áreas expostas ao sol.#
Melanoma
Lentiginoso Acral:Pode
apresentar-seem
area palmo-plantarcomo
lesão
macular na
fase de crescimento radial, ecomo
lesão nodularquando
em
crescimento vertical, de coloração preto
marrom
e azul,podendo
apresentaráreas
despigmentadas
e bordos irregulares.Pode
também
apresentar-secomo
mácula
subunguealque
surgena
matriz estendendo-se por todo o leito unguealli20
Certos
procedimentos
podem
auxiliar a avaliação clínicade
lesõessuspeitas.
A
derrnatoscopia éum
método
diagnosticonão
invasivoque
permite aavaliação e diferenciação das lesões pigrnentadas cutâneas.
É
realizadacom
aparelho Ótico
com
aumento
variavel de 6 a 400x.Um
feixeluminoso
é emitido geralmente por urna lârnpada halógena, incidindo na superficie cutâneaem um
ângulo de 20°.Desta
forma, é possível a visualização das estruturas pi grnentadasda
junção dermo-epidérmica
e daderme
papilar,bem como
seus padrõesarquiteturais.
A
análise dos padrões deimagens
observadoscom
oemprego
destatécnica, possibilita proceder de
forma
segurana
diferenciação entre as lesõespigmentadas
cutâneas melanocíticas e asnão
melanocíticas.A
análise das corespermitirá determinar o nível cutâneo
em
que
se encontra opigmento
inelânico.O
espectrode
cor variarádo
preto ao azul, tendo omarrom
escuro, omarrom
claro e o cinza
como
tons intermediários.Quanto
mais
superficial estiver opigmento mais
enegrecido o observaremos.Nas
lesões queapresentam
componente
vascularobservaremos
tonsque
variamdo vermelho
rubi aomarrom
purpúreo.Padrões
e achados dermatoscópicos das principais lesõespigmentadas
cutâneas:#
Nevo
melanocítico juncional:Rede
pigmentar
regular,proeminente no
centroe delgada
na
periferia.Condensação
do pigmento
(pontos pretos)ou
despigmentação no
centroda
lesão.#
Nevo
melanocítico intradérmico:Padrão
globular. Glóbulos de tonalidadernarroin escuro ao acinzentado, isolados
ou agrupados
(aspectoem
cacho de
uva).
#
Nevo
displásico:Rede
pigmentar
irregular, áreascom
a tramapigmentar
proeminente
com
formação
de estrias. Interrupção abruptada
rede pigmentar.21
Áreas
dedespigmentação
central e/ou periférica.Glóbulos
inarrons isolados, bizarros, localizados fora dos limitesda
lesão (sateliose).#
Melanoma: Rede
pigmentar irregular, proeminente,fonnação
de estriascom
distribuição radial. Pseudópodes. Interrupção periférica abrupta da pigmentação. Pontos pretos, áreas cinza-azuladas,
despigmentações
e áreaspseudo-
cicatriciais.
Obs:
chama
a atençãono
melanoma
a riqueza deachados
dermatoscópicos.
#
Nevo
azul:Pigmentação
homogênea
de
tonalidade cinza-azulada.# Ceratose seborréica:
Ausência
de rede pigmentar. Presença de pseudo-cistos córneos e pseudo-dilatações foliculares.#
Carcinoma
basocelular pigmentado:Ausência
de rede pigmentar. Presençade
telangiectasias e de
formações
lobulares acinzentadas.#
Angioma,
Angioma
trombosado, Angioqueratoma: Ausência
de redepigmentar. Presença de
formações
lacunares preenchidas porpigmentação
variando
do vermelho
rubi aomarrom
purpúreo.#
Coleção
sanguinolenta:Ausência
de rede pigmentar.Pigmentação marron-
purpúreahomogênea.
#
Nevo
de Spitz eNevo
de células fusiformes:Aspecto
"e1n alvo" e"em
coroa" (área de hiperpigmentaçãoou despigmentação
central, e halo periféricoformado
por glóbulos
ou
estrias radiais) (22”24°25”26).Estudos
mostraram que
adermatoscopia não melhora
o diagnósticoclínico daquelas lesões evidentes,
porém
seu valor éextremamente
significanteem
lesões pequenas, e naquelascom
dificuldade diagnostica apesarda
experiência
do examinadorm).
A
dermatoscopiatem
aumentado
a probabilidadedo
diagnósticode
melanomas
aindapequenos que não
seriam diagnosticadosnum
exame comum.
22
desnecessárias
em
pacientescom
lesõesnão
melanociticasou
lesõespi
gmentadas
benignasque poderiam
levar a suspeita demelanomamí'
_A
toda lesão suspeita está indicada a realização de biópsia.É fundamental
que
a amostra de pele seja retirada até o tecido celular subcutâneo, jáque
aespessura vertical
do tumor
é o valor preditivomais
importante para oprognóstico, tratamento e
seguimento do melanomaug).
Apesar
damelhora
na sobrevida, a taxade
mortalidade porinelanoma
continua apresentando
aumento,
mesmo
que não
tão rapidamente.Para a redução
da morbidade
e da mortalidade pormelanoma,
empenho
deveria ser
empregado
visando a redução dos riscos paradesenvolvimento de
melanoina
e o diagnósticoem
fases iniciaisde desenvolvimento do
tumoró). Para tanto, aeducação
publica é amelhor maneira
de se alcançar aprevenção
de melanoma(5).Os
programas
educacionais para adiminuição da
morbimortalidade causada pelomelanoma
envolvem
dois aspectos distintos.Um
enfoque, de resultados a longo prazo,que
é a prevenção primáriado
tumor, levandoem
conta todos os possiveis fatores de risco. lncluemmedidas
educacionaisem
relação à exposição solar,formas
de proteção ao sol,mudança
no comportamento,
nos hábitos,mudanças
políticas e legislativas.O
outro enfoque, estecom
resultados a prazomenor,
diz respeitoao
diagnóstico precoce, incluindo orientação à
médicos
para identificar pessoasde
maior
risco, orientaçãono
exame
fisicocompleto
e cuidadoso de toda a pele,no
ABCD
clínico e nosexames
auxiliares (dermatoscopia, biópsia).Programas
deeducação
públicaem
muitos
paísesrecomendam
que
apopulação
geral realizeum
auto-exaine da pele regulannente e que estas estejamatentas
em
relação àsmudanças
clínicas de lesões pré- existentes.Ao mesmo
tempo
programas
deeducação
profissional paramédicos tem
descrito aspectos de lesões cutâneaspigmentadas que poderiam
sugerir malignidade,além da
23
necessidade de excisão das lesões
com
estas caracteristicas para avaliaçãoliistopatológicalim.
O
diagnóstico diferencialcom
melanoma
mais
comumente
mencionado
ein
programas
deeducação
profissional são lesões melanocíticascomo
lentigos enevos
melanocíticos, incluindonevo
melanocítico adquirido enevo
inelanocítico displásico. Entretanto,
na
prática, o diagnóstico diferencialfreqüentemente inclui ceratose seborréica, particularmente
em
indivíduosmais
velhos.
Em
algumas
campanhas
a ceratose seborréica é a lesãomais
comum
com
a qual os adultos se apresentarão aos medicosllg).O
mais
importante fator isolado de recorrência e prognóstico deinelanoma
e a profundidade de invasão da lesão.Outros
fatores prognósticosincluem
ulceração, regressão, nível de invasão de Clark, localizaçãoanatômica
e fase de crescimento radialou
vertical da lesão. Destes omais
significante é a ulceraçãols l.Melanoina
in situ éum
diagnóstico específicode
lesõescom
aspectoshistológicos semelhantes aos descritos para
melanoma,
mas
confinados aepiderme
e epitélio anexial.O
melanoma
in situ éuma
lesãoque
pode
ser tratada efetivamentecom
cinirgia conservadora, equando
a lesão éremovida na
sua totalidade
não
influenciana
sobrevidado
indivíduolsl.Nos
últimos20
anos a proporção detumores removidos
em
estágiosiniciais
tem
sido maior, principalmenteem
paísesonde
háprogramas
educacionais dirigidos à profissionaisda
áreamédica
e àpopulação
em
geral. Nestes países a taxa de sobrevidaem
5 anos partiu de40%
em
1940
àpróximo
6.
CONCLUSÃO
Através dos resultados obtidos neste trabalho
podemos
concluir que:#
Os
cirurgiões gerais e dermatologistas são os profissionaismédicos mais
encontrados
como
solicitantes de biópsiados
casoscom
suspeita clínica de inelanoma.#
Os
especialistas ein dermatologiaapresentam
plenoconhecimento
daslesões
que entram no
diagnóstico diferencialcom
melanoma
maligno,em
contraste
com
os cirurgiões geraisque
não
demonstram
conhecimento
tãoapurado no que
diz respeito a estas lesões.# Observa-se
uma
grandepreocupação
entre os profissionaismedicos
em
incluir o
melanoma
maligno
como
hipótese diagnostica de lesões melanocíticas.Existe
uma
habilidademaior
por partedos
dermatologistas e cirurgiões1 2 3 4 5 6 7 8 9 7.
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Melanoma.
JAm
Acad
RESUMO
Em
estudo prévio realizado nesta instituição, observou-seque
grandeparte dos casos de
melanoma
foram
diagnosticadosem
estágiosavançados de
evolução, cujo prognóstico épouco
favorável.O
objetivo deste trabalho é observar a habilidade dos profissionaismédicos
em
diagnosticar clinicamente omelanoma
maligno,bem como
observar os diagnósticos diferenciaisapresentados e as especialidades
médicas
encontradas corno solicitantesde
biópsia.
Foram
selecionados 351 casoscom
suspeita clínica demelanoma
maligno
e seus laudos histopatológicos, além de 81 casos demelanoma
confirmados
pela histopatologia e suas hipóteses clínicas.Os
cirurgiões geraisforam
os especialistasmais
comumente
encontradoscomo
solicitantesde
biópsia.
Os
especialistasem
dermatologia apresentaram plenoconhecimento
daslesões
que entram no
diagnóstico diferencialcom
melanoma
maligno,em
contraste
com
os cirurgiões geriasque
não
demonstram
conhecimento
tãoapurado no que
diz respeito a estas lesões. Observa-seuma
grandepreocupação
entre os profissionais
médicos
em
incluir omelanoma
maligno
como
hipótesediagnóstica de lesões melanocíticas. Dentre os casos
com
suspeita clínicade
melanoma,
o acerto diagnóstico foimaior
entre os cirurgiões especializados (28,5%).Nos
casos cujomelanoma
encontrava-secomo
primeira hipótesehouve
maior
acerto entre os dermatologistas (52%). Analisados os casosde
melanoma
confirmados
pela histopatologia,houve maior
acerto diagnóstico entre os dermatologistas (88,4%), já naquelescom
melanoma
como
primeira hipótese29
habilidade
maior
por parte dos dermatologistas e cirurgiões especializadosem
SUMMARY
In a previous study
performed
in this institution, itwas
observed
that alarge
number
ofmelanoma
caseswere
diagnosedon advanced
levelsof
development
inwhich
the prognosiswas
less favorable.The
aim
of the project is to observe the abilityof
professional physicians in clinically diagnosing the malignantmelanoma,
as well as looking at differential diagnosesand
medical specialities of those requesting biopsies.A
total of 351 cases with clinical suspicionof
malignantmelanoma
were
selected
and
their histopathologic reports, in addition to 81 casesof
melanoma
confirmed by
histopathologyand
clinical hypotheses. General surgeonswere
the practitionerswho
most
frequently requested a biopsy.Dermatology
specialistsshow
complete
knowledge
about lesions that appear in the differential diagnosis with malignantmelanoma
in contrast to general surgeons thatshow
littleknowledge conceming
those lesions.There
is adeep
concem
among
practitioners in including the malignantmelanoma
as a diagnostic hypothesisof
melanocytic lesions.Of
all the caseswhere
melanoma
was
clinical suspected the correctdiagnosis
was
made
in a proportionamong
specialized surgeons (28,5%). lncases in
which
melanoma
was
found
as the first hypothesis, demiatologistshad
the highest percentage of correct diagnosis (52%).
When
melanoma
casesconfirmed by
histopathologywere
analyzed, demiatologists alsohad
the highestrate of accuracy (88,41%), but for those with
melanoma
as the first hypothesisspecialized surgeons
were
themost
correct (7 1 ,4%).Dennatologists
and
specialized surgeonsshow
great ability in diagnosing cutaneous malignantmelanoma.
TCC
UFSC
CC
0201 E\.l N-Chflm TCC UFSC CC 020IAutor: Soares, Claúdia Be
Título: Melanoma maligno 1 Diagnóstico
IIIIII III IIIHI IIII III III III
97280575] AC. 253023